sexta-feira, maio 17, 2019

Andrea Corr - 45 anos!

Andrea Jane Corr (Dundalk, 17 de maio de 1974) é uma cantora irlandesa, vocalista da banda de folk-rock e pop-rock The Corrs, formada por ela e mais três irmãos, Caroline, Sharon e Jim, dos quais é a mais nova. Além de ser a voz principal da banda, ela também toca tin whistle e piano.
Com a banda, Andrea lançou cinco álbuns de estúdio, dois de grandes sucessos, um de remix e dois ao vivo. A banda encontra-se parada desde que os outros irmãos se recolheram à vida privada criando filhos enquanto Andrea se lançou numa carreira solo, com o álbum Ten Feet High, de 2007. O seu segundo álbum, de 2011, foi feito inteiramente de covers de canções importantes na sua infância.
Envolvida em atividades de caridade, ela e a banda fizeram vários concertos em prol de instituições como Pavarotti & Friends e 46664, número de Nelson Mandela nos 25 anos em que esteve prisioneiro, e denominação de uma série de concertos para ajudar a Fundação que leva o nome do líder sul-africano a obter fundos para o tratamento da SIDA na África. Andrea e seus irmãos foram nomeados MBE (Membros do Império Britânico) honorários pela rainha Elizabeth II em 2005, pela sua contribuição musical e assistencialista.
No cinema, Andrea já participou em pequenos papéis de filmes como Evita e The Commitments - Loucos pela Fama, emprestando a sua voz na parte de canto à personagem Kayley, do desenho animado A Espada Mágica, de 1998.
Ela é casada desde 2009 com um executivo do mercado financeiro britânico, Brett Desmond, filho do multimilionário irlandês Dermot Desmond, e tem dois filhos: Jean, nascida em abril de 2012, e Brett, em janeiro de 2014.
  
 

Edward Jenner, o criador das vacinas, nasceu há 270 anos

Edward Jenner (Berkeley, 17 de maio de 1749 - Berkeley, 26 de janeiro de 1823) foi um naturalista e médico britânico que exercia em Berkeley, filho de um vigário anglicano, Edward Jenner, aos 14 anos, tornou-se aprendiz do cirurgião da sua terra  natal. Mais tarde, estudou em Londres. Em 1772, voltou para Berkeley, dedicando-se à medicina onde seria conhecido pela descoberta da vacina da varíola - a primeira imunização deste tipo na história do ocidente. 

quinta-feira, maio 16, 2019

Há 185 anos a guerra entre liberais e absolutistas quase terminou na batalha da Asseiceira

(imagem daqui)
   
A batalha da Asseiceira travou-se na povoação de Asseiceira, perto de Tomar, a 16 de maio de 1834. Fez parte das guerras civis entre liberais e miguelistas, onde estes últimos foram derrotados. Além de mortos e feridos em grande número, os absolutistas deixaram 1.400 prisioneiros nas mãos dos liberais. Esta batalha pôs termo ao reinado de D. Miguel, obrigado a recolher-se a Évora Monte, onde foi assinada a paz e de onde o monarca partiu para o exílio.
Guerra civil
Data 16 de maio de 1834
Local Asseiceira
Resultado Vitória dos liberais
Combatentes
Flag of Portugal (1830).svg Liberais  Flag of Portugal (1707).svg Absolutistas
Comandantes
Duque da Terceira Visconde de Montalegre
Forças
Mais de 6.000 infantaria:
  • cerca 500 cavalaria
  • cerca 11 canhões
=6.000 homens:
  • 5.500 infantaria
  • 500 cavalaria
  • 12 canhões
Baixas
Cerca de 400 mortos e feridos 2.900 mortos e feridos
1.400 capturados
    

Robert Fripp - 73 anos

Robert Fripp (Wimborne Minster, Dorset, 16 de maio de 1946) é um guitarrista inglês de rock progressivo, famoso pelas suas técnicas inovadoras no seu instrumento, como o uso de um aparelho denominado Frippertronic que dá a guitarra a capacidade de gerar sons de sintetizadores. É o líder da banda King Crimson. Trabalhou com músicos como Brian Eno, Andy Summers, Peter Gabriel, David Bowie e David Sylvian. Foi considerado o 62º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
   
    

Laura Pausini - 45 anos!

Laura Pausini (Faenza, 16 de maio de 1974) é uma cantora e compositora italiana. Iniciou a sua carreira profissional em 1993 após ter vencido o Festival de Sanremo na categoria "Novos Talentos" com a música "La Solitudine". É considerada a cantora italiana mais popular dos dias atuais, com mais vendas e com maior número de certificações e prémios recebidos. Além de compor e cantar, Laura Pausini produz arranjos e projetos para as suas músicas e álbuns.
Laura Pausini é conhecida mundialmente, interpretando, além de em italiano, canções em espanhol, português, francês e inglês, obtendo assim importante sucesso e reconhecimento na Itália e em diversos países da América,Oriente Médio e da Europa, especialmente no Brasil, Chile, Argentina, México, Estados Unidos, Espanha, França, Portugal e Alemanha.
Laura Pausini é detentora de diversos prémios musicais, dentre as aquisições mais notáveis estão um Grammy Awards no ano de 2006, na categoria Melhor Álbum Pop Latino com o álbum Escucha, e 3 Grammys Latinos na categoria Melhor Álbum Vocal Pop Feminino ganhos em 2005 com Escucha, 2007 com Yo canto e 2009 com Primavera anticipada.

No dia 16 de março de 2018 foi lançado o seu décimo terceiro álbum de estúdio, intitulado Fatti sentire.
Laura Pausini já ultrapassou a marca de 100 milhões de cópias vendidas e está na Lista de recordistas de vendas de discos.
    
 

Sammy Davis Jr. morreu há 29 anos

Samuel George "Sammy" Davis, Jr. (Harlem, Nova Iorque, 8 de dezembro de 1925 - Beverly Hills, 16 de maio de 1990), mas conhecido simplesmente como Sammy Davis Jr., foi um cantor, dançarino e ator dos Estados Unidos.
Essencialmente dançarino e cantor, Davis passou a sua infância no vaudeville e tornou-se conhecido pelas suas performances na Broadway e em Las Vegas, fazendo programas de televisão e filmes. Fez parte do grupo de atores liderado por Frank Sinatra, conhecido como Rat Pack, sendo o único membro não branco.
Davis começou a sua carreira no vaudeville com três anos de idade, com o seu pai e Will Mastin. Com os dois excursionou pelos EUA, e após o serviço militar, retornou ao trio. Davis tornou-se uma sensação da noite para o dia depois de um shown na casa Ciro em 1951. Em 1954, ele perdeu o seu olho esquerdo num acidente automobilístico. Em 1960 apareceu no primeiro filme do grupo Rat Pack, Ocean Eleven. Depois de um papel de protagonista na Broadway em Mr Wonderful, em 1956, Davis voltou ao palco em 1964 no shown Golden Boy, e em 1966 teve o seu próprio programa de variedades na TV, The Sammy Davis Jr. Show. A carreira de Davis, diminuiu no final dos anos sessenta, mas ele fez sucesso com o disco "The Candy Man", em 1972, e tornou-se uma estrela em Las Vegas.
Como um afro-americano, Davis foi vítima de racismo durante toda sua vida, e foi um grande financiador da causa dos direitos civis. Também teve um relacionamento complexo com a comunidade de afro-americanos, e atraiu críticas após abraçar Richard Nixon em 1970. Um dia, em um jogo de tênis com Jack Benny, lhe perguntaram sobre o seu handicap no golf. "Handicap?" ele respondeu: "Falar sobre handicap - Eu sou um negro judeu zarolho..." Este comentário transformou-se na sua assinatura, recontada na sua biografia e em incontáveis artigos.
Depois de se reunir com Sinatra e Dean Martin, em 1987, Davis viajou com eles e Liza Minnelli numa turnê internacional, antes de morrer, de cancro no esófago, em 1990. Ele morreu em dívida com a Receita Federal americana, e os seus bens foram alvo de batalhas judiciais.
Davis foi premiado com a Medalha Spingarn pela NAACP, e foi indicado para um globo de ouro e um Emmy por suas atuações na televisão . Foi ganhador do Prémio Kennedy em 1987, e em 2001, ele recebeu postumamente o Prémio Grammy pelo conjunto da obra.
  
 

Liberace nasceu há um século!

Wladziu Valentino Liberace (West Allis, 16 de maio de 1919 - Palm Springs, 4 de fevereiro de 1987) foi um popular pianista e showman dos Estados Unidos.
Liberace nasceu numa família de músicos. O seu pai, o italiano Salvatore Liberace, tocava trompa na Orquestra Filarmônica de Milwaukee, a sua mãe, a polaco-americana Frances Zuchowski, tocava piano e o seu irmão, George, era violinista. Desde muito cedo o menino demonstrou uma aptidão excepcional pelo piano. Quando tinha sete anos, tocou para Paderewski, que, impressionado com a precocidade do rapaz, ajudou-o a entrar como bolsista no Colégio de Música de Wisconsin. Os estudos do jovem estenderam-se por dezassete anos. Com apenas onze anos, ele foi solista num concerto com orquestra e, durante a sua adolescência, tocou com importantes orquestras.
Parecia que Liberace iria tornar-se um pianista clássico; porém, ao apresentar-se num recital, escolheu tocar como encore não uma obra de um compositor erudito, mas sim um arranjo virtuosístico de uma música popular. Nascia assim o showman Liberace, um pianista extraordinariamente treinado sob o ponto de vista da escola tradicional do piano, mas que ousou fazer o inusitado, usar toda a sua arte não apenas num repertório clássico, mas também na música popular. Além de tocar, ele cantava e dançava. Posteriormente Liberace jamais executaria qualquer canção sem um arranjo pessoal e inimitável.  A sua inesgotável capacidade pianística levou-o a ser chamado de o "Liszt de Las Vegas".
A partir de 1953, apresenta um programa semanal na televisão, em rede nacional. Nesta década, Liberace processa alguns jornais que publicaram matérias alegando a sua suposta homossexualidade, chegando a casar-se para iludir os media e os seus fãs. O seu vestuário era ao mesmo tempo luxuoso e espalhafatoso. Uma exposição de alguns dos valiosos bens de Liberace é feita em Hollywood, na Califórnia em 1966. Liberace era um notório colecionador, principalmente de mobiliário antigo, pianos antigos e carros de luxo. Entre os muitos pianos que chegou a possuir, havia um que pertencera a Chopin e outro que pertencera a George Gershwin.
Em 1973, Liberace publica a sua autobiografia. Em Las Vegas, é inaugurado, em 1979, o Museu Liberace, uma oportunidade para seus admiradores verem os seus pianos, carros, e outros objetos. No auge da sua carreira, Liberace chegou a ganhar cerca de cinco milhões de dólares anualmente, tendo construído cinco luxuosas mansões. Nunca antes, na história da música, um instrumentista havia ganho tanto dinheiro.
Em 1980, a morte de sua mãe deixa-o profundamente abalado. O seu irmão George morre, de leucemia, em 1983. A sua última aparição pública foi em novembro de 1986, no Radio City Music Hall, em Nova Iorque. Três meses depois morreria, aos 67 anos, por complicações causadas pelo vírus da SIDA, na sua residência de Palm Springs, na Califórnia. Os seus restos mortais jazem, juntamente com os da sua mãe e do seu irmão, num túmulo encimado por uma bela estátua, no Cemitério Forest Lawn, em Hollywood, Los Angeles.
  
 

Jim Henson morreu há 29 anos

 
James Maury "Jim" Henson (Greenville, Mississippi, 24 de setembro de 1936Nova Iorque, 16 de maio de 1990) foi o criador e manipulador dos bonecos Marretas.
 
     

quarta-feira, maio 15, 2019

O Cantinho do Morais foi há 55 anos

(imagem daqui)

A época 1963-64 da Taça das Taças de futebol foi ganha pelo Sporting Clube de Portugal tendo como adversário o MTK Budapest numa disputa que obrigou ao recurso a uma finalíssima. Esta viria a ser resolvida através dum canto directo apontado por Morais, golo que passou à história como o Cantinho do Morais.
Foi também durante esta competição que o Sporting Clube de Portugal estabeleceu a maior goleada de sempre das competições europeias (16-1) e brindou o Manchester United com a sua pior derrota nas provas da UEFA, 5-0. 



O Cantinho do Morais é a designação porque ficou popular o célebre golo marcado na cobrança de um pontapé de canto por João Pedro Morais, defesa do Sporting Clube de Portugal e que acabaria por dar ao clube e a Portugal a única Taça das Taças da história de Portugal. O golo foi marcado em 15 de Maio de 1964, na finalíssima da Taça das Taças, na Bélgica, contra o clube húngaro MTK.
Os leões disputaram a Taça das Taças (1963-64) onde até a final teve que ser repetida devido ao empate de 3-3 entre o Sporting e o MTK Budapest. Na finalíssima, Morais é indicado para cobrar um canto do lado esquerdo do ataque. Preparou o remate para repetir algo que já noutras ocasiões obtivera: o canto directo. O companheiro Figueiredo colocara-se junto do guarda-redes para servir de referência a Morais, este trata a bola carinhosamente, sussurra-lhe, remata e… marca o único golo da partida que assinalou a vitória do Sporting na Taça das Taças.
Morais descreveu assim o seu golo:
“Virei-me para o banco e confirmei se era eu. O técnico acenou-me que sim. Lá fui. Peguei na bola com jeitinho, disse-lhe umas palavrinhas amigas, dei-lhe um beijinho… Depois, mal senti o pé a bater nela fiquei logo com a sensação de que seria golo. Parece que o tempo parou ali. Observei a trajectória do esférico, vi o Figueiredo a correr para o primeiro poste e o guarda-redes atrás dele para interceptar a eventual cabeçada do desvio, mas o destino estava traçado. A bola passou por cima dos dois e acabou por entrar junto ao segundo poste. Foi a euforia total, ainda para mais porque foi o golo que ditou a vitória e permitiu-nos trazer a taça. Não foi um golo de sorte. Ao longo da minha carreira marquei mais uns quantos da mesma maneira…”
Segundo declarações do próprio jogador, décadas mais tarde, ao jornal "Diário de Notícias", no dia 14 de maio de 1964, véspera do jogo, Morais tinha sonhado que daria a vitória ao Sporting na finalíssima na marcação de um canto directo. No dia seguinte, o sonho tornou-se real.
Este feito de conquista de um título através de um golo de canto directo, que decidiu um título, raro em todo o mundo, viria a ser "imortalizado" num disco lançado na altura, aproveitando o relato radiofónico da jogada, feito por Artur Fernandes Agostinho, então em trabalho para a Emissora Nacional. A canção que exalta “o golo do Morais que não esquece mais”, e por isso intitulada "Cantinho do Morais", era interpretada por Margarida Amaral, e ficou popularizada por Maria José Valério
 
  

Humberto Delgado, o General sem Medo, nasceu há 113 anos

Humberto da Silva Delgado (Torres Novas, Brogueira, Boquilobo, 15 de maio de 1906 - Villanueva del Fresno, 13 de fevereiro de 1965) foi um militar português da Força Aérea que corporizou o principal movimento de tentativa de derrube do regime salazarista através de eleições, tendo contudo sido derrotado nas urnas, num processo eleitoral fraudulento que deu a vitória ao candidato do regime vigente, Américo Tomás.

O atual Duque de Bragança faz hoje 74 anos

Duarte Pio de Bragança e Orleans-Bragança, batizado, segundo a tradição da Casa de Bragança, como todos os seus entes dinásticos com os nomes próprios, seguido dos nomes dos três arcanjos - Miguel, Gabriel e Rafael; após a implantação da república, em 1910, a lei recusa aos descendentes de Miguel I de Portugal o uso legal desses nomes, da sua tradição familiar (Berna, Suiça 15 de maio de 1945) é o pretendente ao trono de Portugal, e detentor actual do título de Duque de Bragança, reivindicando direitos dinásticos de ser o Príncipe Real de Portugal e o Rei de Portugal. Duarte de Bragança é o chefe da Casa de Bragança e, por conseguinte, o chefe da Família Real Portuguesa.
Duarte Pio de Bragança nasceu em Berna, ao 15 de maio de 1945, oito dias depois da rendição da Alemanha nazi (1933-1945). Foi o primeiro filho de Duarte Nuno de Bragança (infante português e bisneto do Rei D. Miguel I) e de Maria Francisca de Orléans e Bragança (princesa imperial do brasileira, bisneta do Imperador D. Pedro II e trineta do Imperador D. Pedro I e Rei de Portugal D. Pedro IV) Os seus padrinhos de baptismo foram, por representação, o papa Pio XII, a rainha-viúva Amélia de Orléans (a última Rainha de Portugal) e a Princesa Aldegundes de Liechtenstein.
A família Bragança foi autorizada a regressar a Portugal pela lei 2040, de 20 de maio de 1950 aprovada na Assembleia Nacional do Estado Novo, com a condição de que o regresso da família se desse apenas três anos mais tarde. A família fixou residência na Quinta da Bela Vista, em Canidelo, Vila Nova de Gaia, propriedade de Maria Manuela Borges de Quental Calheiros (Condessa da Covilhã), e do seu esposo, Dr. Miguel Gentil Quina. Posteriormente, muda-se para o Palácio de São Marcos, uma propriedade em São Silvestre, nos arredores de Coimbra, que foi parcialmente cedida pela Fundação da Casa de Bragança para servir de residência à família. Sem fortuna e "sem meios financeiros para sustentarem o imenso casarão", com mobiliário etiquetado com "deselegantes referências de pertença à «carga»", os Braganças pagavam as despesas com donativos de apoiantes da causa monárquica. Duarte Pio estudou em Portugal, iniciando o seu percurso no Colégio de Jesuítas, Instituto Nun'Álvares, (Caldas da Saúde, Santo Tirso) que frequentou entre 1957 e 1959. Em 1960 ingressou no Colégio Militar em Lisboa. Mais tarde, frequentou o curso de licenciatura em engenharia agrónoma e estudou no Instituto para o Desenvolvimento, da Universidade de Genebra.
Entre 1968 e 1971 cumpriu o serviço militar em Angola como tenente-piloto da Força Aérea Portuguesa, passando, em 1972, para a vida civil. Nesse ano organizou, com um grupo multiétnico angolano, uma lista independente de candidatos à Assembleia Nacional, iniciativa que terminou com a sua expulsão do território angolano, por ordens de Marcelo Caetano, então Presidente do Conselho de Ministros do Estado Novo (1933-1974).
Em 25 de abril de 1974, com a Revolução dos Cravos, divulgou um comunicado enquanto pretendente ao trono, onde afirma: "Vivo intensamente este momento de transcendente importância para a Nação. Dou o meu inteiro apoio ao Movimento das Forças Armadas e à Junta de Salvação Nacional". No início da década de 1980, e tal como tinha acontecido com o seu pai, debateu-se com uma prolongada disputa judicial pela titularidade e chefia da Casa Real, contra as pretensões da auto-intitulada Maria Pia de Saxe-Coburgo e Bragança, que alegava ser filha ilegítima de D. Carlos I e meia-irmã de D. Manuel II, caso esse que, apesar de resolvido a favor de D. Duarte, foi tema de discussão e conversa no panorama monárquico português.
Duarte Pio foi o presidente da campanha Timor 87, uma campanha de apoio à independência de Timor-Leste (colónia portuguesa que era, na época, ocupada pela Indonésia) e aos timorenses residentes em Portugal e noutros países. Tal iniciativa deu destaque à causa timorense, unindo personalidades como Maria Cavaco Silva, esposa do então primeiro-ministro de Portugal; João Soares, ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa; o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Portuguesas e os representantes das centrais sindicais portuguesas (a Intersindical e a UGT). Com esses e outros apoios, Duarte Pio conseguiu a construção de um bairro de quarenta casas para timorenses desalojados. Através da Fundação Dom Manuel II, a que preside, enviou ainda ajudas para Timor-Leste no valor de várias centenas de milhares de euros.
Em 2006, em resposta às dúvidas levantadas por alguns sectores monárquicos portugueses, o Governo da República Portuguesa, personalizado no Departamento de Assuntos Jurídicos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, reconheceu oficialmente Duarte Pio de Bragança como o legítimo herdeiro do trono de Portugal e como Chefe da Casa Real Portuguesa. Tal reconhecimento foi fundamentado num parecer emitido por aquele Departamento, em que se justifica o reconhecimento dado como sendo baseado no "reconhecimento histórico e da tradição do Povo Português", nas "regras consuetudinárias da sucessão dinástica"; e no "reconhecimento tácito das restantes casas reais da Europa e do Mundo com as quais a legítima Casa de Bragança partilha laços de consanguinidade". Nesse mesmo documento, o Estado Português conferiu a Duarte Pio representatividade política, histórica e diplomática, justificando-o no facto de que os Duques de Bragança "são várias vezes enviados a representar o Povo Português em eventos de natureza cultural, humanitária ou religiosa no estrangeiro, altura em que lhes é conferido o passaporte diplomático". O documento nega ainda que o Estado esteja a pagar qualquer remuneração ou subsídio à família Bragança, mas nada diz quanto ao suporte financeiro emitido para financiar os serviços e viagens que Duarte Pio faz em nome do Estado Português.
Casou-se, a 13 de maio de 1995, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, com Isabel Inês de Castro Curvelo de Herédia (Lisboa, 22 de novembro de 1966) e tem desta três filhos:
    

Hoje é um dia bom para ouvir Monteverdi...

Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (Cremona, nascido, provelmente, a 9 de maio e batizado a 15 de maio de 1567 - Veneza, 29 de novembro de 1643) foi um compositor, maestro, cantor e gambista italiano.
Desenvolveu a sua carreira trabalhando como músico da corte do duque Vincenzo I Gonzaga em Mântua, e depois assumindo a direção musical da Basílica de São Marcos em Veneza, destacando-se como compositor de madrigais e óperas. Foi um dos responsáveis pela passagem da tradição polifónica do Renascimento para um estilo mais livre, dramático e dissonante, baseado na monodia e nas convenções do baixo contínuo e da harmonia vertical, que se tornaram as características centrais da música dos períodos seguintes, o Maneirismo e o Barroco.
Monteverdi é considerado o último grande madrigalista, certamente o maior compositor italiano da sua geração, um dos grandes operistas de todos os tempos e uma das personalidades mais influentes de toda a história da música do ocidente. Não inventou nada de novo, mas a sua elevada estatura musical deriva de ter empregado recursos existentes com uma força e eficiência sem paralelos na sua geração, e integrado diferentes práticas e estilos numa obra pessoal rica, variada e muito expressiva, que continua a ter um apelo direto para o mundo contemporâneo ainda que ele não seja exatamente um compositor popular nos dias de hoje.
   
 

Elio de Angelis morreu há 33 anos

Elio de Angelis (Roma, 26 de março de 1958 - Le Castellet, 15 de maio de 1986) foi um piloto italiano de Fórmula 1 que participou nos campeonatos entre 1979 e 1986. Ele correu pelas equipas Shadow, Lotus e Brabham. Morreu durante testes no circuito de Paul Ricard, em Le Castellet, em 1986. Algumas vezes, referiam-se a ele como o "último cavalheiro da Fórmula 1", e embora provavelmente não fosse um dos pilotos mais talentosos, certamente estava entre os mais populares da categoria.
  
(...)
  
Em 1986, De Angelis correu pela Brabham - outra equipe famosa agora em declínio - como substituto do bicampeão mundial Nelson Piquet (que havia ido para a equipe Williams, porque o homem forte da Brabham, Bernie Ecclestone, não lhe deu um aumento de salário).
A Brabham-BMW de 1986, a BT55 Skate, era um carro de design radical, com um assento extremamente baixo. Todavia, não conseguiu tirar a Brabham do seu rápido declínio, e logo se tornou claro que aquele modelo não seria o ano em que a equipa recuperaria os seus dias de glória do início dos anos 80. Não obstante, De Angelis deu o melhor de si para ajudar no desenvolvimento do carro.
Durante testes no circuito de Paul Ricard, na França, a asa traseira do BT55 soltou-se enquanto ele pilotava a alta velocidade, fazendo com que o carro perdesse pressão aerodinâmica nas rodas traseiras, capotasse sobre uma barreira e começasse a arder. O impacto não matou De Angelis, mas ele não conseguiu sair do veículo sozinho, e a ausência de bombeiros no circuito francês - ou de alguém que pudesse ter ajudado - e uma demora de 30 minutos para a chegada de um helicóptero de resgate, fez com que ele morresse asfixiado pelo fumo.Os seus únicos outros ferimentos foram uma clavícula partida e queimaduras leves nas costas.
De Angelis seria o último piloto da F-1 a morrer a pilotar antes de Roland Ratzenberger, em Ímola, oito anos mais tarde, no fatídico fim de semana em que também morreu Senna. O seu lugar na equipa Brabham foi ocupado, ironicamente, por Derek Warwick - supostamente porque o inglês foi o único piloto desempregado que não ligou imediatamente para Ecclestone, perguntando se o podia substituir.
  
Além do seu talento como piloto, De Angelis era também um pianista de nível profissional o qual, certa vez, num episódio famoso, entreteve os demais pilotos com um recital, durante a greve de pilotos nos treinos do GP da Africa do Sul de 1982.
 

O sherpa Tenzing Norgay nasceu provavelmente há 105 anos

Sardar Tenzing Norgay (Tibete, 15 de maio de 1914 - Darjeeling, 9 de maio de 1986)  foi um alpinista e guia de alta montanha sherpa nepalês, tendo sido o primeiro homem a chegar ao topo do monte Everest, em companhia de Edmund Hillary.
Depois de várias tentativas, Norgay conseguiu estar entre os primeiros a chegar ao cume do monte Everest, aquando da expedição liderada por John Hunt, a 29 de maio de 1953. Edmund Hillary e Tenzing Norgay foram os primeiros a atingir o pico.
Uma vez que não era conhecida a data exata do seu nascimento, ele passou a usar esta data para celebrar o seu aniversário.
Em 1952, Tenzing tinha atingido uma altitude jamais alcançada anteriormente, 8.599 metros, com a equipa de uma expedição suíça dirigida por Raymond Lambert. Tenzing tornou-se em seguida responsável pelo treino in situ do Instituto de Alpinismo do Himalaia (Himalayan Montaineering Institute), em Darjeeling. Em 1978 fundou a empresa Tenzing Norgay Adventures, propondo escaladas no Himalaia. Desde 2003 a empresa é dirigida pelo filho de Tenzing Norgay e chama-se Jamling Tenzing Norgay, que também escalou o Everest em 1996.

terça-feira, maio 14, 2019

Sinatra morreu há 31 anos

Francis Albert "Frank" Sinatra (Hoboken, 12 de dezembro de 1915 - Los Angeles, 14 de maio de 1998) foi um cantor e ator norte-americano.
    
   

Joly Braga Santos nasceu há 95 anos

(imagem daqui)
 
Joly Braga Santos (Lisboa, 14 de maio de 1924 - Lisboa, 18 de julho de 1988) foi um compositor de música erudita e maestro português, condecorado com a Ordem de Sant'Iago da Espada em 1977. Durante a sua vida, que terminou quando estava no máximo da sua criatividade, escreveu seis sinfonias.
    
Início de vida
José Manuel Joly Braga Santos nasceu em Lisboa, a 14 de maio de 1924. A música, que já ouvia desde os dois anos de idade, é a primeira forma artística de que se lembra. Gostava que lhe oferecessem instrumentos musicais e o seu pai, apercebendo-se da sua predilecção pela música, levava-o aos concertos e à opera. Joly gostava especialmente das óperas com muito coro.
Aos cinco anos começou a tocar num violino de brincadeira. O seu apego ao instrumento parecia conduzi-lo a uma carreira de violinista profissional. Na verdade, chegou a estudar violino e composição no Conservatório de Lisboa, onde foi aluno de Luís de Freitas Branco. Provando ser o seu aluno mais talentoso, Joly herdou do mais proeminente compositor da altura a paleta de cores das suas orquestrações. Outra pessoa que muito contribuiu para a sua formação foi o maestro Pedro de Freitas Branco, dando a conhecer a obra de Braga Santos em todo o mundo. O próprio compositor lembra: «Ele ajudou-me de uma forma espantosa e abriu caminho à formação que mais tarde eu viria a ter.»
  
Música
Durante a sua juventude, o contexto de guerra mundial de então impediu um contacto mais próximo do compositor com a cultura musical europeia. Joly Braga Santos procurou assim inspiração na tradição portuguesa, especialmente na obra do seu mestre Luís de Freitas Branco. O antigo folclore português e o polifonismo renascentista está bem presente no seu primeiro período, durante o qual compõe as suas primeiras quatro sinfonias. O talento de Joly demonstra-se assim a si próprio pelo facto das referidas obras terem sido compostas entre os 22 e os 27 anos e imediatamente executadas pela Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional. Mas antes de completar os seus 20 anos, o compositor transpôs para música textos de, Antero de Quental, Fernando Pessoa e Luís de Camões, que voltaria a ser fonte de inspiração da sua 6ª Sinfonia. Contudo já na 4ª sinfonia tinha usado um poema de Vasconcellos Sobral no seu epílogo, tema esse que chegou a ser proposto para Hino Mundial da Juventude.
O contacto com a Europa acontece com a sua ida para Itália, país onde foi bolseiro para musicologia, composição musical e direcção de orquestra. Estudou com Virgílio Mortari, Gioachino Pasqualini, Alceo Galliera e Hermann Scherchen, cujo Curso Internacional de Regência frequentou com Luigi Nono, Bruno Maderna e Fernando Corrêa de Oliveira.
No seu regresso a Portugal, Joly tornou-se uma figura de destaque na direcção de orquestra e durante um longo período de tempo deixou de lado a composição. Refere-se a essa fase como um período "sabático", antes de se voltar, em 1965, para a sua maior criação, a Quinta Sinfonia. Esta obra foi o seu último trabalho puramente orquestral, pois a Sexta Sinfonia foi composta para coro e soprano.
Por esta altura, o compositor português estava já bastante familiarizado com a mudança de estilo musical resultante do período pós-guerra, apoiando aqueles que compunham num idioma mais agressivo e mais moderno. Braga Santos também catapultou a sua carreira nesse sentido, embora sem nunca perder a qualidade melódica que faz a sua música tão brilhante, misturando-a apenas com um pouco daquela aspereza que aparecia então na música mundial. Neste período compôs a ópera Trilogia das Barcas, baseada em Gil Vicente e estreada em 1970 no Festival da Gulbenkian, constituindo umas das grandes obras de sempre do repertório lírico português.
A música de Joly Braga Santos pode ser vista principalmente como uma fusão dos vários estilos Europeus, particularmente da Europa Ocidental. Mas é o próprio quem diz: «Desde sempre entendi que tinha de criar o meu próprio estilo e a minha música devia ser o resultado dessa criação.» A melodia era para ele a razão de ser da música.
Além da vasta obra musical, Braga Santos pertenceu ainda ao Gabinete de Estudos Musicais da Emissora Nacional, foi Director da Orquestra Sinfónica do Porto, Maestro Assistente e de Captação da Orquestra Sinfónica da RDP, professor de Composição do Conservatório Nacional de Lisboa, crítico e articulista, entre outros do Diário de Notícias, e fundou ainda a Juventude Musical Portuguesa.
O musicólogo João de Freitas Branco, autor da obra de referência da história da música portuguesa, salientou a generosidade cultural do maior sinfonista português. «Ele é o inverso do artista que se dirige apenas a minorias privilegiadas. Ele queria que muitas pessoas viessem a usufruir da sua arte.» Comunicar para ele era essencial, contribuindo para isso o seu espírito aberto. Pai de uma família muito unida, adorava as suas filhas, a quem chamava as suas «maravilhas pequeninas»
Eleito pela UNESCO como um dos 10 melhores compositores da música contemporânea de então, Joly Braga Santos disse de si próprio, parafraseando Stravinsky, «Não me considero compositor, mas sim inventor de música.»
Morreu em Lisboa, no ano de 1988.
 
 

A mais jovem mãe humana teve um filho há oitenta anos

Lina Medina, com o médico e o filho
     
Lina Vanessa Medina (Pauranga, 27 de setembro de 1933) é uma peruana e a mãe mais jovem já confirmada na história da medicina. Teve um filho aos cinco anos de idade, sete meses e 21 dias. Além do feito, a menina ficou conhecida por também nunca revelar o nome do pai da criança e também por passar a sua vida em pobreza, sem qualquer assistência do governo peruano. Casou-se em 1972 e chegou a ter outro filho aos 38 anos de idade. Hoje vive em um bairro pobre em Lima. Era uma de entre nove filhos.
Existem algumas controvérsias quanto o local e a data exata de nascimento de Lina. Alguns afirmam ter sido em Antacancha ou Ticrapo, além de Pauranga. Porém, todas essas cidades se localizam na Região de Huancavelica. Quanto à data, alguns afirmam que poderia ter sido em 23 de setembro.
  
Lina exibindo a gestação
  
Gestação
Ao perceber o aumento anormal do tamanho do abdómen de sua filha, Tiburcio Medina recorreu a curandeiros da vila local para resolver o problema. Porém, os xamãs da vila descartaram que este tivesse a ver com superstições da localidade (como uma em que uma cobra, Apu, vai crescendo dentro da pessoa até matá-la), então recomendaram aos pais que a levassem para o hospital da cidade de Pisco. Na época, os pais pensaram que se tratava de um tumor, mas os médicos determinaram que se tratava de uma gravidez de sete meses. Dr. Gerardo Lozada levou-a para Lima, capital do Peru, para que outros especialistas confirmassem a gravidez antes da cirurgia. Um mês e meio depois, em 14 de maio de 1939 (quando era comemorado o Dia da Mãe no Peru), ela deu a luz um menino, por cesariana, feita necessariamente, já que a sua abertura pélvica era muito pequena. A cirurgia foi feita pelo Dr. Lozada e pelo Dr. Busalleu, com o Dr. Colretta como anestesista.
Esse caso foi publicado em detalhe pelo Dr. Edmundo Escomel na revista La Presse Medicale, juntamente com detalhes adicionais, como que a sua menarca teria ocorrido aos 8 meses de idade e os seus seios proeminentes começarem a desenvolver-se aos 4 anos. Aos 5 anos, a sua aparência demonstrava alargamento pélvico e maturação óssea avançada.
O seu filho nasceu com 2,7 quilogramas e recebeu o nome de Gerardo, em homenagem ao médico que realizou a operação. Apesar de fisicamente amadurecida, Lina preferia brincar com bonecas do que cuidar do seu filho, que recebia alimentação de uma enfermeira. Gerardo foi criado pelo irmão de Lina e levado a acreditar que Lina era sua irmã, mas aos dez anos descobriu que na verdade se tratava de sua mãe, depois de ser ridicularizado na escola. Ele cresceu saudavelmente e morreu em 1979 aos 40 anos de uma doença na medula óssea. Nunca foi confirmada qualquer relação entre a doença e o seu nascimento de uma mãe tão precoce.
O mistério da história não se trata na precocidade de Lina, já que isso pode ser explicado como desequilíbrio hormonal, mas sim quem seria o pai da criança, pois a peruana nunca revelou o segredo e se nega a falar do assunto até hoje, chegando a recusar uma entrevista com a Reuters em 2002. O seu pai chegou a ser preso após o nascimento do filho, acusado de incesto, mas foi libertado após alguns dias, por ausência de provas para incriminá-lo. As suspeitas recaíram então em um irmão de Lina, que era deficiente mental.
No Peru, muitas vezes a garota era associada com a Virgem Maria, que havia concebido um filho sem o pecado original, por obra do Espírito Santo. Algumas pessoas da região acreditam até hoje que Gerardo é filho do deus Sol.
  
Pobreza
Após o nascimento, policiais, doutores e uma equipe de filmagem chegaram à vila para reportar o ocorrido. Muitas pessoas quiseram auxiliá-la, chegando a existir uma oferta de 5 mil dólares de um empresário norte-americano. Uma oferta mais ousada veio de Nova Iorque, propondo mil dólares por semana, mais despesas, para que Lina e o filho fossem colocados em exposição na Feira Mundial da cidade. A única proposta aceita pela família foi a de um empresário norteamericano que a mãe e o bebé fossem aos EUA para que cientistas analisassem o caso. A oferta incluía o apoio financeiro vitalício aos aois.
Em poucos dias, o Estado peruano proibiu todas as ofertas anteriores, alegando que Lina e o filho estavam em ‘‘perigo moral’’, e chegou a criar uma comissão para protegê-los. Mas após seis meses o governo os abandonou.
Lina permaneceu no hospital por onze meses e só pôde voltar para a família após o início de procedimentos legais que levaram a Corte Suprema a permitir a sua convivência com os pais. Alguns anos depois, o Estado expropriou Lina e destruiu a sua casa, onde hoje existe uma estrada. Hoje ela espera que o governo lhe dê o equivalente a uma propriedade, para compensar a casa já perdida. Segundo o atual marido de Lina, o imóvel valia cerca de 25 mil dólares. Caso conseguisse a moradia, Lina encerraria uma longa batalha judicial.
Em 1972, a mãe mais jovem do mundo casa-se, pela primeira vez, com Raúl Jurado e, no mesmo ano, aos 38 anos, tem o seu segundo filho, que vive no México. Atualmente vive no caminho de um beco escuro, parcialmente interditado por placas de madeira, num bairro pobre e com alto índice de criminalidade, na capital peruana de Lima, conhecido na localidade como o ‘‘paraíso dos ladrões’’ e "Chicago Chico" (‘‘Pequena Chicago’’), em alusão à cidade dos Estados Unidos Chicago.
Alguns consideram que a falta de ajuda do governo peruano possa ser explicada por puro preconceito, já que em outros países Lina receberia total apoio do Estado. O obstetra José Sandoval, autor de Mãe aos Cinco Anos, luta desde os seus tempos de estudante para uma pensão vitalícia para Lina. Desde 2002 ele já conseguiu acelerar os processos e já chegou a levar o caso para a primeira-dama Eliane Karp.