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quarta-feira, maio 15, 2019

O Cantinho do Morais foi há 55 anos

(imagem daqui)

A época 1963-64 da Taça das Taças de futebol foi ganha pelo Sporting Clube de Portugal tendo como adversário o MTK Budapest numa disputa que obrigou ao recurso a uma finalíssima. Esta viria a ser resolvida através dum canto directo apontado por Morais, golo que passou à história como o Cantinho do Morais.
Foi também durante esta competição que o Sporting Clube de Portugal estabeleceu a maior goleada de sempre das competições europeias (16-1) e brindou o Manchester United com a sua pior derrota nas provas da UEFA, 5-0. 



O Cantinho do Morais é a designação porque ficou popular o célebre golo marcado na cobrança de um pontapé de canto por João Pedro Morais, defesa do Sporting Clube de Portugal e que acabaria por dar ao clube e a Portugal a única Taça das Taças da história de Portugal. O golo foi marcado em 15 de Maio de 1964, na finalíssima da Taça das Taças, na Bélgica, contra o clube húngaro MTK.
Os leões disputaram a Taça das Taças (1963-64) onde até a final teve que ser repetida devido ao empate de 3-3 entre o Sporting e o MTK Budapest. Na finalíssima, Morais é indicado para cobrar um canto do lado esquerdo do ataque. Preparou o remate para repetir algo que já noutras ocasiões obtivera: o canto directo. O companheiro Figueiredo colocara-se junto do guarda-redes para servir de referência a Morais, este trata a bola carinhosamente, sussurra-lhe, remata e… marca o único golo da partida que assinalou a vitória do Sporting na Taça das Taças.
Morais descreveu assim o seu golo:
“Virei-me para o banco e confirmei se era eu. O técnico acenou-me que sim. Lá fui. Peguei na bola com jeitinho, disse-lhe umas palavrinhas amigas, dei-lhe um beijinho… Depois, mal senti o pé a bater nela fiquei logo com a sensação de que seria golo. Parece que o tempo parou ali. Observei a trajectória do esférico, vi o Figueiredo a correr para o primeiro poste e o guarda-redes atrás dele para interceptar a eventual cabeçada do desvio, mas o destino estava traçado. A bola passou por cima dos dois e acabou por entrar junto ao segundo poste. Foi a euforia total, ainda para mais porque foi o golo que ditou a vitória e permitiu-nos trazer a taça. Não foi um golo de sorte. Ao longo da minha carreira marquei mais uns quantos da mesma maneira…”
Segundo declarações do próprio jogador, décadas mais tarde, ao jornal "Diário de Notícias", no dia 14 de maio de 1964, véspera do jogo, Morais tinha sonhado que daria a vitória ao Sporting na finalíssima na marcação de um canto directo. No dia seguinte, o sonho tornou-se real.
Este feito de conquista de um título através de um golo de canto directo, que decidiu um título, raro em todo o mundo, viria a ser "imortalizado" num disco lançado na altura, aproveitando o relato radiofónico da jogada, feito por Artur Fernandes Agostinho, então em trabalho para a Emissora Nacional. A canção que exalta “o golo do Morais que não esquece mais”, e por isso intitulada "Cantinho do Morais", era interpretada por Margarida Amaral, e ficou popularizada por Maria José Valério
 
  

quarta-feira, novembro 13, 2013

A maior goleada nos jogos da UEFA na Europa (16 a 1) foi há 50 anos

Maior goleada na Europa faz 50 anos e pertence ao Sporting

(imagem daqui)

Faz hoje precisamente 50 anos que o Sporting bateu os cipriotas do Apoel, por 16-1, naquela que continua a ser a maior vitória de sempre em provas europeias.

Foi a 13 de novembro de 1963 que o Sporting viveu, no antigo estádio José de Alvalade, uma das maiores noites de glória da história do clube, que ficaria até hoje no palmarés europeu.
Na 1ª mão dos oitavos de final da agora extinta Taça das Taças, os "leões", então comandados por Gentil Cardoso, 'massacraram' autenticamente os cipriotas do Apoel, num jogo que terminou com um resultado mais propício a hóquei em patins do que futebol: 16-1.
A estrela da partida foi o avançado Mascarenhas - hoje com 76 anos e a recuperar de um acidente vascular cerebral -, que conseguiu um hat trick... a dobrar, isto é, marcou seis golos. Os outros tentos foram da autoria de Mário Lino, Louro, José Pérides, Augusto, Figueiredo e Ferreira Pinto, jogadores que alinharam de início, tal como Carvalho, Pedro Gomes, Alfredo e Fernando Mendes.
Na segunda mão, o Sporting também venceu, mas por números mais modestos: 2-0. Curiosamente, ambas as mãos foram disputadas em Lisboa, por acordo entre os dois clubes, já que o Apoel não dispunha de recursos financeiros e teve de ser o Sporting a custear as deslocações.
A goleada recorde deu alento aos "leões" para a restante prova, uma vez que o Sporting acabaria por conquistar o troféu, ao bater os ingleses do Manchester United (1-4 e 5-0), os franceses do Lyon (0-0, 1-1 e 1-0) e os húngaros do MTK Budapeste (3-3 e 1-0), já depois de também terem eliminado os italianos da Atalanta (0-2, 3-1 e 3-1) na 1ª eliminatória.