segunda-feira, novembro 26, 2018

Bonita música adequada à data...!

Poema-fado de aniversariante de hoje...


Vasco de Lima Couto nasceu há 95 anos

(imagem daqui)

Vasco de Lima Couto (Porto, 26 de novembro de 1923 - Lisboa, 10 de março de 1980) foi um poeta, actor, encenador, declamador e radialista português.
 
 
RETRATO

Fui só eu que estraguei as alvoradas
- presas suaves nos plúmbeos céus!,
e dei água aos ribeiros da minha alma
e fiz preces de amor e sangue, a Deus...

Fui só eu que, sabendo da tormenta
que o vento da nortada me dizia,
puz meus lábios no sonho incompleto
e rasguei o meu corpo na poesia.

Vieram dar-me abraços e contentes
viram que me afundava sem remédio
- nem um grito subia do horizonte
há mil anos deitado sobre o tédio!

Quando chamaram por mim do imenso rio
que a noite veste para se entreter
vi que os barcos andavam cheios de almas
buscando sonhos para não sofrer.

Cantavam doidas como a dor e a morte
parando, a espaços, para ver montanhas
e eram luzes mordidas pelas sombras,
corajosas, infelizes - mas tamanhas!

Eu fugi de as ouvir (que ardentes vozes...)
de navegar nas mesmas ansiedades
e fui sozinho semear as luas
e a natureza inculta das idades.

Parti, negando à vida o seu direito,
recalcando os meus sonhos e os meus medos...

sei agora que matei o meu destino
e quebrei o futuro nos meus dedos.

in Os Olhos e o Silêncio (1952) - Vasco de Lima Couto

Tina Turner faz hoje 79 anos

Tina Turner (Nutbush, 26 de novembro de 1939), nome artístico de Anna Mae Bullock, é uma cantora, dançarina, autora e atriz norte americana naturalizada suíça, e cuja carreira artística começou há mais de cinquenta anos. Além de ser considerada uma diva da música, é a mais notável expoente feminina do rock, e também considerada como a Rainha do Rock and Roll, e, segundo o canal de televisão americano MTV, uma das mais dinâmicas cantoras da história. Tornou-se famosa por explosivas apresentações como membro da banda Ike & Tina Turner, durante os anos 60 e 70.
  
 

O cantautor Fausto faz hoje setenta anos!

(imagem daqui)

Fausto, nome artístico de Carlos Fausto Bordalo Gomes Dias (Vila Franca das Naves, 26 de novembro de 1948) é um compositor e cantor português.
Biografia
Nascido em Vila Franca das Naves, onde a mãe era professora primária, foi ainda bebé no navio Pátria, que o levou de Portugal a Angola. Foi naquela então colónia portuguesa que formou a sua primeira banda, "Os Rebeldes". Veio para Lisboa com vinte anos, onde se licenciou em Ciências Políticas e Sociais, no então Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (actual ISCSP).
Estudava ainda quando lançou o primeiro álbum, Fausto. No âmbito do movimento associativo em Lisboa, aproximou-se de nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, juntamente com José Mário Branco ou Luís Cília, que viviam no exílio.
Autor de doze discos, gravados entre 1970 e 2011 (dez de originais, uma coletânea regravada e um disco ao vivo), é presentemente um importante nome da música portuguesa e da música popular em particular.
A sua obra tem sido revisitada por nomes como, entre outros, Mafalda Arnauth, Né Ladeiras, Teresa Salgueiro, Cristina Branco ou Ana Moura.
  
Discografia

Álbuns de originais

Singles e EPs

Coletâneas

 Prémios e Condecorações

Ligações externas
 
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Hoje é dia de recordar as cheias de 25/26 de novembro de 1967

Cheia no concelho de Odivelas

Na noite de 25 para 26 de novembro de 1967 registou-se, na região de Lisboa, precipitação intensa e concentrada, tendo atingido, na estação de São Julião do Tojal, no concelho de Loures, 111 mm em apenas 5 horas (entre as 19.00 e as 24.00 horas do dia 25). As estações da região de Lisboa registaram, nesta data, cerca de um quinto do total da precipitação anual.
Tal precipitação excepcional, cujo período de retorno está estimado em cerca de 500 anos, provocaram a ocorrência de uma cheia repentina com duração inferior a 12 horas.
A cheia foi amplificada por vários factores, designadamente:
  • na região de Lisboa as bacias hidrográficas têm áreas reduzidas e tempos de resposta muito curtos (2 horas);
  • vastas zonas da região estão intensamente urbanizadas e impermeabilizadas;
  • grande parte do coberto vegetal tinha sido destruído;
  • ao longo do tempo tinham sido construídas estruturas transversais nos cursos de água, que dificultavam ou impediam a drenagem natural;
  • os rios e ribeiras da região careciam de limpeza, havendo locais onde existia vegetação muito densa que dificultava a escorrência, e outros onde, ao longo do tempo, se tinha acumulado lixo variado, inclusivamente mobiliário velho e electrodomésticos;
  • em muitos pontos a rede fluvial tinha sido canalizada, correndo, nalguns locais, de forma subterrânea (através de manilhas);
  • o sistema de drenagem pluvial estava mal dimensionado com limpeza deficiente;
  • a precipitação concentrada coincidiu com a preia-mar do Tejo, que ocorreu às 22.50 horas.
Acresce que os fortes caudais da escorrência superficial tinham grande carga sólida, arrastando quantidade muito grande de detritos de dimensões muito variadas (de micra a metros), designadamente solo erodido, árvores, fragmentos de muros e blocos de edificações destruídas. Nalguns pontos a corrente de cheia revelou características de corrente de densidade. Muitas vezes os danos foram provocados pelo impacte de detritos de grandes dimensões, que fragilizaram as estruturas, as quais acabariam por ceder perante a força da corrente.
A situação na região de Lisboa tornou-se completamente caótica. As cheias destrutivas causaram a morte de 462 pessoas e desalojaram ou afectaram cerca de 1.100, submergindo centenas de casas e infra-estruturas num rio de lamas e pedras. Todavia, permanecem muitas dúvidas sobre a dimensão deste evento, designadamente no que se refere ao número de vítimas mortais, pois que o regime político da altura nunca permitiu apurar as verdadeiras consequências desta catástrofe. Algumas estimativas apontam para prejuízos da ordem dos 3 milhões de dólares, a preços da época.
No dia seguinte as estruturas oficiais revelaram-se incapazes de ministrar o apoio necessário às vítimas, tendo-se, para tal, verificado mobilização da sociedade civil. Como recorda Mariano Gago "... com as cheias de 1967 e com a participação na movimentação dos estudantes de Lisboa no apoio às populações (morreram centenas de pessoas na área de Lisboa e isso era proibido dizer-se). Só as Associações de Estudantes e a Juventude Universitária Católica é que estavam no terreno a ajudar as pessoas a tirar a lama, a salvar-lhes os pertences, juntamente com alguns raros corpos de bombeiros e militares. Talvez isso, tenha sido um dos primeiros momentos de mobilização política da minha geração."

Consequências das cheias na Pontinha

Há dez anos, um ataque terrorista em Bombaim chocou o Mundo

Localização de alguns dos ataques
    
A 26 de novembro de 2008 dez atentados terroristas sincronizados atingiram a cidade indiana de Bombaim, conhecida como capital financeira e maior cidade do país; alguns destes ataques só terminaram três dias, em 29 de novembro, depois que as forças de segurança indianas conseguiram ganhar o controle de todos os locais atacados. Pelo menos 195 pessoas, incluindo vinte e dois estrangeiros, foram mortos, e cerca de 327 pessoas ficaram feridas.
Oito ataques ocorreram no sul da cidade: na estação ferroviária de Chhatrapati Shivaji Terminus (CST); dois hotéis de cinco estrelas, o Oberoi Trident, em Nariman Point, e o Taj Mahal Palace & Tower, próximo do Portão da Índia; no Leopold Café, um restaurante popular para turistas em Colaba; o Hospital Cama; na Casa Nariman, de propriedade de judeus ortodoxos; no cinema Metro Adlabs; no quartel-general da Polícia de Bombaim, onde pelo menos três oficias de alta patente, incluindo o chefe do Esquadrão Anti-Terrorismo de Maharashtra, foram mortos a tiros. O décimo incidente envolveu a explosão de um táxi em Vile Parle, próximo do aeroporto, porém ainda não é claro se este incidente foi ligado aos ataques do resto da cidade. Entre cinquenta e sessenta terroristas teriam participado dos ataques.
Devido ao facto dos alvos aparentes terem sido cidadãos britânicos e americanos, e pelo padrão de ataques simultâneos e coordenados, acredita-se que terroristas islâmicos possam ter sido os responsáveis. Uma organização até então desconhecida, que se identificou como os 'Mujahidin do Decão', alegou a sua autoria, através de um e-mail enviado a diversas organizações jornalísticas. Algumas reportagens têm atribuído estes ataques ao Lashkar-e-Taiba, um grupo militante islâmico que opera a partir do Paquistão. De acordo com algumas versões um dos terroristas que manteve reféns no hotel Oberoi teriam afirmado o desejo de que todos os mujahidin em prisões indianas deveriam ser soltos em troca dos reféns; o número de terroristas ainda armados dentro do edifício seria de pelo menos sete. Outras reportagens indicaram que esta exigência teria sido feita através de um dos reféns na Casa Chabad de Bombaim, numa ligação para o consulado israelita em Nova Delhi. Alguns especialistas já expressaram visões conflituantes sobre uma possível autoria da Al-Qaeda nestes atentados.
Depois de dois dias de tiroteios e explosões, o ataque aparentemente havia cessado na manhã do dia 28 de novembro; incêndios estavam sendo apagados e soldados carregavam reféns e feridos para a segurança, além dos cadáveres dos que não haviam sobrevivido ao confronto.
A Casa Nariman e o Oberoi Trident eventualmente foram libertados foram forças especiais indianas. Cinco reféns teriam sido mortos no centro judaico. A situação no hotel Hotel Taj Mahal também seria considerada encerrada, apesar dos incêndios que ainda tomam conta de partes do edifício; a ação da Guarda Nacional de Segurança teria resultado na morte de mais dois terroristas.
   
(imagem daqui
   
(imagem daqui)
     
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domingo, novembro 25, 2018

A democracia ganhou raízes há 43 anos

(imagem daqui)
      
O 25 de novembro de 1975 foi o golpe militar que pôs fim à influência da esquerda radical iniciada em Portugal com o 25 de Abril de 1974.
"Após um Verão Quente de disputa entre forças revolucionárias e forças moderadas, pela ocupação do poder do Conselho da Revolução, civis e militares começaram a contar espingardas para um possível confronto armado. Este, tantas vezes anunciado pareceu por fim inevitável, quando, na madrugada de 25 de novembro de 1975, tropas pára-quedistas ocupam diversas bases aéreas, na expectativa de receber apoio do COPCON. Mas opondo-se-lhes eficazmente um grupo operacional de militares, chefiado por Ramalho Eanes, liquidou a revolta substituindo o PREC - "Processo Revolucionário em Curso" pelo "Processo Constitucional em Curso".
   
Contexto histórico
O golpe de estado de 25 de abril de 1974, conhecido por a Revolução dos Cravos, teve como objectivo principal a solução política da guerra colonial, e em segundo plano a implantação em Portugal de um regime democrático. A definição desse regime não foi consensual entre as diversas facções partidárias e movimentos sociais e políticos que surgiram então. Com a adesão espontânea de grande parte da população das principais cidades do País, o Golpe de Estado transformou-se em processo revolucionário (PREC). Na noite de 25 de Abril de 1974 o MFA deu a conhecer à população portuguesa o seu programa político e militar, o qual comportava diversas medidas de carácter político, jurídico, social e económico. O Programa do MFA não apontava para qualquer tipo específico de regime democrático mas, em contrapartida, no seu ponto 6 apontava para uma reorganização e social do País de tipo socialista (ou no mínimo socializante), anti-monopolista e favorável às classes e camadas sociais mais desfavorecidas. Foi sobretudo a favor ou contra estas provisões do Programa do MFA que a luta política, social, ideológica, económica e militar - a luta de classes - se iria desencadear. E ainda permanece entre nós... ao nível de historiadores, politólogos, especialistas de relações internacionais, políticos profissionais.
As forças mais identificadas com o modelo económico e social dito de 'economia de mercado', ou de 'livre iniciativa', ou 'capitalista' na acepção científica, como o PS, o PPD, o CDS, o PPM e as facções militares suas aliadas (spinolistas, Direita Militar mais conservadora, meloantunistas/moderados mais ou menos aliados à ala direita do PS, soarista) iriam tudo fazer para inviabilizar a implementação do ponto 6 a) e b) do Programa do MFA. Aliar-se-iam inclusive a potências estrangeiras e às respectivas agências de espionagem (EUA, RU/GB, RFA).
Algumas forças agarram-se ao referido PREC - "Processo Revolucionário em Curso", nomeadamente as coladas à extrema-esquerda parlamentar e constitucional, formada pelo MDP/CDE - Movimento Democrático Português - Comissão Democrática Eleitoral e a UDP União Democrática Popular e de vez em quando aliadas ao PCP - Partido Comunista Português. Constituíam o que se chamou Frente de Unidade Revolucionária e todas visavam a implantação de uma República popular. Todas elas detinham, em conjunto com o PCP, 36 dos 250 Deputados Constituintes.
Por oposição outras facções mais moderadas que um ano depois, em 1975, detinham uma ampla maioria dentro da Assembleia Constituinte, (214 dos 250 Deputados Constituintes), constituída por PS - Partido Socialista, PPD - Partido Popular Democrata e CDS - Centro Democrático Social, defendem a implantação de uma Democracia constitucional de cariz semi-presidencialista.
   
Antecedentes
O Partido Socialista ganha as eleições de 1975 para a Assembleia Constituinte, as primeiras eleições livres dos últimos 50 anos e com uma participação eleitoral excepcional e sem incidentes de maior, dando a este 38% e 116 eleitos, o Partido Popular Democrata - PPD obtém 26,5% e 81 eleitos, o Partido Comunista Português obtém 12,5% e 30 eleitos, o CDS - Centro Democrático Social obtêm 7,6% e e 16 eleitos, MDP/CDE - Movimento Democrático Português - Comissão Democrática Eleitoral obtêm 4,14% e 5 eleitos, UDP União Democrática Popular obtém 0,79% e 1 eleito e a Associação para a Defesa dos Interesses de Macau (ADIM; representava os interesses de Macau e estava conotada com o CDS) obtém 0,3% e 1 eleito.
Uma manifestação de trabalhadores da construção civil, realizada a 11 de novembro cerca a Assembleia Constituinte, impedindo a saída dos deputados constituintes e do Primeiro-Ministro do Palácio de S. Bento, após 36 horas e no dia 13 de novembro o almirante Pinheiro de Azevedo é obrigado a ceder às reivindicações dos operários que exigiam aumentos salariais.
Em 16 de novembro é realizada uma manifestação de trabalhadores da cintura industrial de Lisboa e das Unidades Colectivas de Produção alentejanas no Terreiro do Paço, em Lisboa, de apoio ao "Poder Popular", nesse dia vários dirigentes e deputados do PS, PPD e CDS estão no Porto, correndo rumores que a Assembleia Constituinte pode vir a ser transferida para aquela cidade.
O VI Governo Provisório, no dia 20 de novembro, auto-suspende-se enquanto não lhe forem dadas garantias para poder governar, nesse dia é realizada uma manifestação em frente ao Palácio de Belém a favor do "Poder Popular", Costa Gomes fala com os manifestantes, afirmando ser indispensável evitar uma guerra civil.
No dia 21 de novembro, o Conselho da Revolução destitui o general Otelo Saraiva de Carvalho do comando da Região Militar de Lisboa e substitui-o pelo capitão Vasco Lourenço ligado à linha moderada, dois dias depois é realizado em Lisboa um comício do PS, em apoio ao VI Governo Provisório, na Alameda D. Afonso Henriques, o mesmo conta com milhares de pessoas. No dia seguinte, em 24 de novembro, os populares de Rio Maior e os agricultores associados da CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal), na altura conotados com a direita tradicional e patriótica, cortam as estradas de acesso a Lisboa, separando o Norte de Portugal e o Sul.
     
O Golpe

 
(imagem daqui)
    
No dia 25 de novembro:
  • na sequência de uma decisão do General Morais da Silva, Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, que dias antes tinha mandado passar à disponibilidade cerca de 1000 camaradas de armas de Tancos, pára-quedistas da Base Escola de Tancos ocupam o Comando da Região Aérea de Monsanto, Escola Militar da Força Aérea e mais cinco bases aéreas e detêm o tenente-coronel Aníbal Pinho Freire e exigem a demissão de Morais da Silva;
  • este actos são considerados pelos militares ligados ao Grupo dos Nove como o indício de que poderia estar em preparação um golpe de estado vindo de sectores mais radicais, da esquerda. Esses militares apoiados pelos partidos políticos moderados como PS e o PPD e depois do Presidente da República, General Francisco da Costa Gomes ter obtido por parte do PCP a confirmação de que não convocaria os seus militantes e apoiantes para qualquer acção de rua, decidem então intervir militarmente para controlar o país;
  • o Regimento de Artilharia de Lisboa (RALIS), conotado com a Esquerda Militar, toma posições no aeroporto de Lisboa, portagem de Lisboa A1 e Depósito de Material de Guerra de Beirolas;
  • forças da Escola Prática de Administração Militar ocupam a RTP e a PM controla a Emissora Nacional, as duas Unidades militares eram conotados respectivamente com a esquerda revolucionária e com a referida Esquerda Militar ('gonçalvistas') e com a Esquerda Militar Radical ('otelistas').
  • O Regimento de Comandos da Amadora, conotada com os moderados, com a Direita Militar ('spinolistas' e outros sectores conservadores e ultra-conservadores militares, e identificados com os partidos da Direita política parlamentar, a Igreja e sectores da Extrema-Direita) e com o Centro Militar ('melo-antunistas' ou 'moderados', identificados com o PS e o 'grupo do Florida'), cerca o Emissor de Monsanto, ocupado pelos para-quedistas, e a emissão da RTP é transferida para o Porto;
  • Mário Soares, Jorge Campinos e Mário Sottomayor Cardia, da Comissão Permanente do PS, no seguimento de um plano contra-revolucionário previamente estabelecido, saem clandestinamente de Lisboa, na tarde do dia 25, e seguem para o Porto, onde se apresentam ao moderado Pires Veloso, no Quartel da Região Militar Norte, através do General piloto-aviador José Lemos Ferreira, que teria oferecido resistência ao seu comandante, o brigadeiro graduado Eurico de Deus Corvacho;
  • O Presidente da República decreta o estado de sitio na área da Região Militar de Lisboa, e teve um papel determinante na contenção dos extremos;
  • o Tenente-Coronel António Ramalho Eanes, adjunto de Vasco Lourenço e futuro presidente da republica, ilude pressões dos militares da extrema-direita que o incitam a mandar bombardear unidades;
  • Vasco Lourenço dá voz de prisão a Diniz de Almeida, Campos Andrada, Cuco Rosa e Mário Tomé, todos militares conotados forças políticas de esquerda revolucionária, sendo o último inclusivamente filiado na UDP; diversos oficiais ditos 'moderados' estavam então conotados com o PS (com o qual conspiraram na preparação do plano e das operações que desembocaram no '25 de Novembro de 1975') e o PPD;
  • o "Grupo dos Nove", vanguarda de todas as forças políticas e militares do Centro e da Direita (parlamentar e extra-parlamentar) e os seus aliados controlam a situação.
    
No dia 26 de novembro:
  • Jaime Neves com uma sua força dos Comandos da Amadora, ligados aos moderados, atacam o Regimento da Polícia Militar da Ajuda, unidade militar tida como próxima das forças políticas de esquerda revolucionária, após a rendição o resultado são 3 mortos;
  • prisões dos militares revoltosos;
  • forças das Regiões Militares do Norte e Centro deslocam-se para Lisboa;
  • Melo Antunes declara na RTP que o PCP: "é indispensável à democracia", afastando as veleidades da direita saudosista, que tendo um plano de tomada de poder, se colou ao "Grupo dos Nove".
     
No dia 27 de novembro:
  • os Generais Carlos Fabião e Otelo Saraiva de Carvalho são destituídos, respectivamente, dos cargos de Chefe de Estado Maior do Exército e de Comandante do COPCON;
  • Ramalho Eanes é nomeado Chefe de Estado Maior do Exército em substituição de Carlos Fabião e graduado em General. O COPCON é integrado no Estado Maior Geral das Forças Armadas.
  • por decisão do Conselho de Ministros a Rádio Renascença é devolvida à Igreja Católica;
  • são enviadas para a prisão de Custóias algumas dezenas de militares detidos na sequência dos acontecimentos do 25 de novembro;
  • Costa Gomes, Presidente da República, decreta o estado de sítio parcial na região abrangida pela Região Militar de Lisboa.
    
Acalmia
A 28 de novembro, o VI Governo Provisório retoma as suas funções e é suspensa a publicação dos jornais estatizados; no dia seguinte, em conferência de imprensa, Sá Carneiro acusa o PCP de ser responsável pela insubordinação militar verificada e o PS tem idêntica atitude.
É levantado o estado de sítio em Lisboa a 1 de dezembro e, no dia seguinte, na Assembleia Constituinte, o PS, PPD e CDS acusam o PCP de estar envolvido nos acontecimentos de 25 de novembro.
Em conferência de imprensa, a 4 de dezembro, Mário Soares acusa o PCP de ter participado activamente no 25 de novembro, utilizando a extrema-esquerda como ponta-de-lança e critica o PPD por "anti-comunismo retrógrado" ao pretender o afastamento do PCP, como condição da sua permanência no Governo, nesse mesmo dia o PS, a par do PPD e CDS defendem a revisão do "Pacto MFA-Partidos".
O PCP realiza, em 7 de dezembro, um comício no Campo Pequeno, Álvaro Cunhal reconhece a derrota sofrida pela esquerda revolucionária, e apela à "unidade das forças interessadas na salvaguarda das liberdades, da democracia e da revolução".
A 1 de janeiro de 1976 a GNR intervém, junto à prisão de Custóias, para dispersar a manifestação de solidariedade com os militares presos após o 25 de novembro, de que resultam quatro mortos e seis feridos.
Otelo Saraiva de Carvalho é preso, em 19 de janeiro, após a divulgação do Relatório Preliminar dos acontecimentos de 25 de novembro, porque, alegadamente, estaria implicado no possível golpe militar de esquerda.
É realizada uma grande manifestação popular, no dia 20 de fevereiro, em Lisboa, pela libertação dos militares presos em consequência dos acontecimentos de 25 de novembro.
No dia 3 de março de 1976, Otelo Saraiva de Carvalho, é libertado e passa ao regime de residência fixa.
     

As irmãs Mirabal foram assassinadas há 58 anos

Museo donde descansan sus restos
    
Las hermanas Mirabal, también conocidas como Las Mirabal (Patria Mirabal, Minerva Mirabal y María Teresa Mirabal), fueron tres hermanas dominicanas que se opusieron fervientemente a la dictadura de Rafael Leónidas Trujillo. Una cuarta hermana, Bélgica Adela "Dedé" Mirabal, no tuvo un papel activo en las actividades realizadas en contra del dictador. La hermana mayor, Patria, no tenía el mismo nivel de actividad política que sus otras hermanas, pero las apoyaba, incluso prestaba su casa para guardar armamentos y herramientas de los insurgentes. El 25 de noviembre de 1960, Patria, Minerva y María Teresa fueron asesinadas en una emboscada. En 1999 recibieron el reconocimiento de la Asamblea General de la Organización de las Naciones Unidas, que designó, en su memoria, el 25 de noviembre como el Día Internacional de la Eliminación de la Violencia contra la Mujer.
   
Primeros años, estudios y activismo antitrujillista
Las hermanas Mirabal crecieron en un hogar rural acomodado de la sección Ojo de Agua en el municipio Salcedo. El padre de las hermanas Enrique Mirabal fue un exitoso hombre de negocios.
Estudiaron como internas en el Colegio Inmaculada Concepción de La Vega, dirigido por monjas españolas de la Orden Terciarias Franciscanas de Jesús y María donde, tanto Minerva como María Teresa, se destacaron por su inteligencia e interés en el estudio.
Cuando Trujillo llegó al poder, su familia perdió casi toda su fortuna. Las Mirabal creían que Trujillo llevaría al país al caos y por ello entraron a formar parte de un grupo de oposición al régimen, conocido como la Agrupación política 14 de junio. Dentro de este grupo eran conocidas como Las Mariposas, se les conocía así, porque ese era el nombre con que Minerva se identificaba en las relaciones políticas. Dos de las hermanas, Minerva y María Teresa, fueron encarceladas, violadas y torturadas en varias ocasiones por Trujillo y sus cómplices . A pesar de estas situaciones, continuaron en su lucha por terminar con la dictadura. Después de varios encarcelamientos, Trujillo decidió terminar con las hermanas.
En 1949, el dictador Trujllo quiso tener un amorío con Minerva al quedar impactado por su belleza, pero ella se le negó, algo que Trujillo nunca le pudo perdonar.
  
Trama de Trujillo, emboscada y posterior asesinato
El 18 de mayo de 1960, las hermanas Minerva y María Teresa habían sido juzgadas en Santo Domingo, al igual que sus esposos, por atentar contra la seguridad del estado dominicano. Se les declaró culpables y fueron condenadas a tres años de prisión, inmediatamente todos comenzaron a purgar sus penas, pero ellas no durarían mucho en la cárcel. En un gesto extraño el 9 de agosto y por disposición expresa de Trujillo, Minerva y María Teresa Mirabal fueron puestas en libertad, sus maridos sin embargo continuaron en prisión. Estas disposiciones de Trujillo tenían doble propósito, por un lado pretendía demostrar su "generosidad", por el otro les daba la libertad a aquellas personas a quien él quería seguir hostilizando, este último era el caso de las Mirabal. No bien habían pasado un par de semanas de la libertad y ya existían informes sobre reuniones secretas contra el régimen encabezadas de nuevo por las Hermanas Mirabal esto, sumado a las presiones internacionales entre muchas cosas por el atentado en Venezuela contra el Presidente Rómulo Betancourt, por el que la OEA sancionó al estado dominicano con rompimiento de relaciones diplomáticas y económicas y la creciente caída de los diferentes regímenes dictatoriales en América Latina y en medio de un informe que inició de nuevo con los pasos que daban estas mujeres rebosó la copa de la tolerancia de Trujillo quien le ordenó al General Pupo Román un plan para hacer desaparecer definitivamente a las Hermanas Mirabal. Recomendándole usar al SIM para su ejecución. La primera medida que tomó Pupo Román fue el traslado de los presos a la cárcel de Salcedo, al parecer aparentando benevolencia, pues de este modo no tendrían que realizar largos viajes a la cárcel de La Victoria, que era donde cumplían sus penas los esposos, en verdad esto era el inicio de la capitalización del plan para la eliminación de las hermanas Mirabal. El General Pupo Román, cumpliendo las orientaciones del Generalísimo dejó en manos del SIM (Servicio de Inteligencia Militar) a la sazón dirigida por el Capitán de Corbeta de la Marina de Guerra Mayor Cándido Torres Tejada, quien había sustituido al siniestro Johnny Abbes, que se encargaba en ese momento de dirigir la campaña contra la Iglesia y a la emisora Radio Caribe, pero en verdad Abbes seguía dirigiendo con sus ideas y tras bastidores al organismo opresor, para dar cumplimiento a la orden, Torres Tejada se dirigió a Santiago y le dio las instrucciones al jefe del SIM en la zona norte, el entonces Teniente Víctor Alicinio Peña Rivera y según escribe en su libro el propio Peña Rivera, éste le expuso el plan de la siguiente manera: "Vengo de parte del ministro de las Fuerzas Armadas, General Román, para que dispongas el traslado a Puerto Plata de los esposos de las Hermanas Mirabal, la justificación del traslado será el descubrimiento de armas clandestinas dirigidas al movimiento que ellos encabezan, la idea es que ellos nos ayuden a determinar si las personas apresadas las pueden identificar como miembros del movimiento, una vez terminado esto les puedes decir que serán regresados a Salcedo de nuevo. Una vez trasladados les prepararás una emboscada en la carretera a las Hermanas Mirabal, deben morir y se simulará un accidente automovilístico, ese es el deseo del jefe". Al día siguiente el cabo de la Policía Nacional Ciriaco de La Rosa llegó a los cuarteles del SIM en Santiago para cumplir con el plan, solicitó cuatro agentes y un vehículo para conformar el escuadrón de acción, Peña Rivera asignó a Alfonso Cruz Valerio, Emilio estrada Malleta, Néstor Antonio Pérez Terrero, y Ramón Emilio Rojas Lora. El 18 de noviembre el escuadrón regresó sin cumplir la orden alegando que las hermanas Mirabal viajaban con niños, el 22 de noviembre regresaron de nuevo alegando las mismas causas, pero el 25 de noviembre se pudo comprobar que en esa visita no andaban con niños sino con un chofer (Rufino de la Cruz) y otra de sus hermanas (Patria), se decidió entonces ejecutar el macabro plan. Tras despedirse de sus respectivos maridos, en el patio de la fortaleza, las tres mujeres y el chofer, salieron rumbo a Salcedo. Ya fuera de Puerto Plata, el jeep se desplazaba por la serpenteante carretera y al llegar al puente de Marapica, fueron detenidos por cuatro hombres que iban en un cepillo el cual atravesaron en medio del puente. Las tres mujeres fueron obligadas, a punta de pistola, a subirse al asiento trasero del vehículo de sus verdugos, mientras tres de éstos se montaban con el chofer en el jeep, dirigiéndose hacia La Cumbre donde estaba la casa, en la que les esperaba el capitán Peña Rivera para darles las instrucciones finales.
Los dos vehículos entraron al patio de la casa. Las hermanas y el chofer fueron llevados a la fuerza por los sicarios dentro de la casa. De inmediato Peña Rivera hizo una seña a de la Rosa para que actuaran, retirándose hacia una lejana habitación de la casa. Entró a la casa y los repartió entre sus otros tres compañeros que debían ejecutar el plan al igual que pañuelos para ahorcar las víctimas. Fue así entonces que durante varios minutos unos quejidos y alaridos que no pudieron escucharse fuera de la estructura de la vivienda construida de adobe y forradas de caoba fueron emitidos, y con la respiración entrecortada, los sicarios dieron por teminada su labor de exterminio. Los cuerpos de las mujeres y el hombre ya no hacían ningún movimiento convulsivo, las apalearon hasta morir para luego introducir los cuerpos en el coche y simular un accidente de tráfico.El sargento de la Rosa se dirigió entonces al aposento donde estaba Peña Rivera y le dijo: "Señor, misión cumplida".

A Rainha Catarina de Bragança nasceu há 380 anos!

Catarina Henriqueta de Bragança (Vila Viçosa, 25 de novembro de 1638 - Lisboa, 31 de dezembro de 1705) foi uma Infanta de Portugal, depois Princesa da Beira, e, posteriormente, Rainha Consorte de Inglaterra e Escócia, pelo seu casamento com o rei Carlos II da casa de Stuart.
Filha do rei D. João IV de Portugal, da Casa de Bragança, e da sua consorte, a rainha D. Luísa de Gusmão, depois da morte da irmã mais velha, D. Joana, Princesa da Beira, assumiu o título de Princesa da Beira. Os seus irmãos foram os monarcas D. Afonso VI e D. Pedro II de Portugal.
Brasão da Rainha Catarina de Bragança, consorte do Rei Carlos II de Inglaterra
(...)
Catarina não foi uma rainha popular na Inglaterra por ser católica, o que a impediu de ser coroada. Sem posteridade, deixou pelo menos à Inglaterra a geleia de laranja, o hábito de beber chá, além de lá ter introduzido o uso dos talheres e do tabaco. A sua responsabilidade pela introdução do chá é disputada já que já no ano de 1657, Thomas Garraway o vendia na sua loja de café em Londres na Exchange Alley. Isto aconteceu num período em que a East India Company o estava a vender abaixo dos preços dos Holandeses e o anunciava como uma panaceia para a apoplexia, catarro, cólica, tuberculose, tonturas, epilepsia, pedra, letargia, enxaquecas, parálise e vertigem. O hábito de beber chá já existiria, Catarina apenas o transformou na "instituição" que hoje conhecemos por five o'clock tea.
Em Londres, estavam reservados grandes desgostos à rainha porque D. Catarina reconheceu em seu marido carácter muito diferente do que lhe afirmaram. Julgava-o um homem sério e virtuoso, mas era, ao contrário, libidinoso. Em solteiro se entregara sempre a uma vida de libertinagem dissoluta, continuou da mesma forma, casado, sem se coibir, dando nenhuma importância à mulher, chegando ao ponto de nomear para dama da rainha sua amante, miss Palmer, que depois elevou a Duquesa de Cleveland. O procedimento deu origem a graves discórdias, de que resultou o rei nunca mais procurar sua mulher nem sequer a cumprimentar quando se encontravam. D. Catarina, fazendo esforço, pretendeu ainda chamá-lo a si, tratando benevolamente a favorita, mas nem assim lhe mereceu consideração. Na Biblioteca da Ajuda, nas colecções dos manuscritos, há sua correspondência com seu irmão D. Afonso VI de Portugal e sua mãe Luísa de Gusmão.
O seu dote trouxe a cidade de Bombaim e de Tânger para o domínio britânico, pois Portugal, em busca de apoios contra Filipe IV de Espanha, na Guerra da Restauração, a isso se comprometera pelo tratado de paz e aliança assinado em 3 de junho de 1661: obrigava-se o país a pagar dois milhões de cruzados pelo dote da infanta, e transferia para a Inglaterra a posse de Tânger, e do porto e ilha de Bombaim. Além disso, os mercadores ingleses podiam habitar quaisquer praças do reino e gozavam de idênticos privilégios no Rio de Janeiro, na Bahia e em Pernambuco. No caso de os Portugueses recuperarem dos Holandeses a ilha do Ceilão, obrigavam-se a repartir com os Ingleses o trato da canela. Todavia, sua popularidade nos Estados Unidos era bastante elevada. Acarinhada pela população local, em sua homenagem foi dado o nome de Queens a um dos cinco bairros da cidade de Nova York.
Catarina nunca deu à luz um herdeiro, apesar de ter estado grávida por várias vezes, a última das quais em 1669. A sua posição era difícil, já que Carlos continuava a ter filhos das suas amantes, mas insistia em que ela fosse tratada com respeito e recusou divorciar-se. Chegou mesmo a ser acusada de maquinar a morte do marido por sugestão do pontífice e outros príncipes católicos. Como o seu irmão, já Regente e depois Pedro II de Portugal, mandou como embaixador extraordinário Henrique de Sousa Tavares, marquês de Arronches, fez com que fossem castigados os acusadores, o rei tornou a ter amor e carinho por ela e morreu, ao que se diz, como verdadeiro católico.
  

sábado, novembro 24, 2018

Freddie rules foreves...

Toulouse-Lautrec nasceu há 154 anos

Toulouse-Lautrec em 1892, então com 28 anos
Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa (Albi, 24 de novembro de 1864Saint-André-du-Bois, 9 de setembro de 1901) foi um pintor pós-impressionista e litógrafo francês, conhecido por pintar a vida boémia de Paris do final do século XIX. Sendo ele mesmo um boémio, faleceu precocemente, aos 36 anos, de sífilis e alcoolismo. Trabalhou menos de vinte anos mas deixou um legado artístico importantíssimo, tanto no que se refere à qualidade e quantidade de suas obras, como também no que se refere à popularização e comercialização da arte. Toulouse-Lautrec revolucionou o design gráfico dos cartazes publicitários, ajudando a definir o estilo que seria posteriormente conhecido como Art Nouveau.
Condessa Adèle de Toulouse-Lautrec, no desjejum

Rómulo de Carvalho nasceu há 112 anos

(imagem daqui)

Rómulo Vasco da Gama de Carvalho (Lisboa, 24 de novembro de 1906 - Lisboa, 19 de fevereiro de 1997), português, foi um químico, professor de físico-química do ensino secundário no Liceu Pedro Nunes e Liceu Camões, pedagogo, investigador de História da ciência em Portugal, divulgador da ciência, e poeta sob o pseudónimo de António Gedeão. Pedra Filosofal e Lágrima de Preta são dois dos seus mais célebres poemas.
A data do seu nascimento foi adoptada em Portugal, em 1996, como Dia Nacional da Cultura Científica.
Teve dois filhos, Frederico de Carvalho, também formado em Ciências, e Cristina Carvalho, escritora (esta última do seu segundo matrimónio, com a escritora Natália Nunes).
Jaz no Jazigo dos Escritores Portugueses, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, junto com vultos notáveis das letras portuguesas como José Cardoso Pires ou Fernando Namora.

   
Amostra sem valor
  
Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.
  
Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.
  
Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.

  
  
António Gedeão

Freddie Mercury morreu há 27 anos


Freddie Mercury, nome artístico de Farrokh Bulsara (Zanzibar, 5 de setembro de 1946 - Londres, 24 de novembro de 1991), foi um cantor, pianista e compositor britânico, que ficou mundialmente famoso como fundador e vocalista da banda britânica de rock Queen, que integrou de 1970 até ao ano da sua morte.
Mercury, tornou-se célebre pelo seu poderoso tom de voz e as suas performances energéticas, que sempre envolviam a plateia, sendo considerado pela crítica como um dos maiores artistas de todos os tempos. Como compositor, Mercury criou a maioria dos grandes sucessos dos Queen, como "We Are the Champions", "Love of my Life", "Killer Queen", "Bohemian Rhapsody", "Somebody to Love" e "Don't Stop Me Now". Além do seu trabalho na banda, Mercury também lançou vários projetos paralelos, incluindo um álbum solo, Mr. Bad Guy, em 1985, e um disco de ópera ao lado da soprano Montserrat Caballé, Barcelona, em 1988. Mercury morreu vítima de broncopneumonia, consequência da SIDA , em 1991, um dia depois de ter assumido a doença publicamente.
O seu trabalho com os Queen ainda lhe gera reconhecimento até aos dias de hoje - é citado como principal influência de muitos outros cantores e bandas. Em 2006, ele foi nomeado a maior celebridade asiática de todos os tempos, sendo também eleito o maior líder de banda da história, numa uma votação pública organizada pela MTV americana. Em 2008, ele ficou na décima oitava posição na lista dos "100 Maiores Cantores de Todos os Tempos" da revista Rolling Stone, e no ano seguinte a Classic Rock o aclamou como o maior vocalista de rock and roll. Com os Queen, Mercury vendeu mais de 150 milhões de discos em todo o mundo.