segunda-feira, janeiro 23, 2012

Rafael Bordalo Pinheiro morreu há 107 anos

Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro (Lisboa, 21 de março de 184623 de janeiro de 1905) foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, precursor do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo do povo português. Entre seus irmãos estava o pintor Columbano Bordalo Pinheiro.
O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa, reúne a sua obra.

Biografia
Nascido Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro, filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880) e D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes, em família de artistas, cedo ganhou o gosto pelas artes. Em 1860 inscreveu-se no Conservatório e posteriormente matriculou-se sucessivamente na Academia de Belas Artes (desenho de arquitectura civil, desenho antigo e modelo vivo), no Curso Superior de Letras e na Escola de Arte Dramática, para logo de seguida desistir. Estreou-se no Teatro Garrett embora nunca tenha vindo a fazer carreira como actor.
Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acabou por descobrir a sua verdadeira vocação, derivado das intrigas políticas dos bastidores.
Desposou Elvira Ferreira de Almeida em 1866 e no ano seguinte nasceu o seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.
Começou por tentar ganhar a vida como artista plástico com composições realistas apresentando pela primeira vez trabalhos seus em 1868 na exposição promovida pela Sociedade Promotora de Belas-Artes, onde apresentou oito aguarelas inspiradas nos costumes e tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. Em 1871 recebeu um prémio na Exposição Internacional de Madrid. Paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de ilustrador e decorador.
Em 1875 criou a figura do Zé Povinho, publicada n'A Lanterna Mágica. Nesse mesmo ano, partiu para o Brasil onde colaborou em alguns jornais e enviava a sua colaboração para Lisboa, voltando a Portugal em 1879, tendo lançado O António Maria.
Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Faleceu a 23 de janeiro de 1905 em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria (actual Largo Raphael Bordallo-Pinheiro), no Chiado, freguesia do Sacramento, em Lisboa.

O desenhador
Raphael Bordallo-Pinheiro deixou um legado iconográfico verdadeiramente notável,tendo produzido dezenas de litografias. Compôs inúmeros desenhos para almanaques, anúncios e revistas estrangeiras como El Mundo Comico (1873-74), Ilustrated London News, Ilustracion Española y Americana (1873), L'Univers Illustré e El Bazar. Fez desenhos em álbuns de senhoras, foi o autor de capas e de centenas de ilustrações em livros, e em folhas soltas deixou portraits-charge de diversas personalidades. Começou a fazer caricatura por brincadeira como aconteceu nas paredes dos claustros do edifício onde dava aulas o Professor Jaime Moniz, onde apareceram, desenhados a ponta de charuto, as caricaturas dos mestres. Mas é a partir do êxito alcançado pel'O Dente da Baronesa (1870), folha de propaganda a uma comédia em 3 actos de Teixeira de Vasconcelos, que Bordalo entra definitivamente para a cena do humorismo gráfico.
Dotado de um grande sentido de humor mas também de uma crítica social bastante apurada e sempre em cima do acontecimento, caricaturou todas as personalidades de relevo da política, da Igreja e da cultura da sociedade portuguesa. Apesar da crítica demolidora de muitos dos seus desenhos, as suas características pessoais e artísticas cedo conquistaram a admiração e o respeito público que tiveram expressão notória num grande jantar em sua homenagem realizado na sala do Teatro Nacional D. Maria II, em 6 de Junho de 1903 que, de forma inédita, congregou à mesma mesa praticamente todas as figuras que o artista tinha caricaturado.
Na sua figura mais popular, o Zé Povinho, conseguiu projectar a imagem do povo português de uma forma simples mas simultaneamente fabulosa, atribuindo um rosto ao país. O Zé Povinho continua ainda hoje a ser retratado e utilizado por diversos caricaturistas para revelar de uma forma humorística os podres da sociedade.


O ceramista
Tendo aceitado o convite para chefiar o setor artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884), aí criou o segundo momento de renovação da cerâmica Caldense. Raphael Bordallo-Pinheiro dedicou-se à produção de peças de cerâmica que, nas suas mãos, rapidamente, adquiriram um cunho original. Jarras, vasos, bilhas, jarrões, pratos e outras peças demonstram um labor tão frenético e criativo quanto barroco e decorativista, características, aliás, também presentes nos seus trabalhos gráficos. Mas Bordalo não se restringiu apenas à fabricação de loiça ornamental. Além de ter desenhado uma baixela de prata da qual se destaca um originalíssimo faqueiro que executou para o 3º visconde de S. João da Pesqueira, satisfez dezenas de pequenas e grandes encomendas para a decoração de palacetes: azulejos, painéis, frisos, placas decorativas, floreiras, fontes-lavatório, centros de mesa, bustos, molduras, caixas, e também broches, alfinetes, perfumadores, etc.
No entanto, a cerâmica também não poderia excluir as figuras do seu repertório. A par das esculturas que modelou para as capelas do Buçaco representando cinquenta e duas figuras da Via Sacra, Bordalo apostou sobretudo nas que lhe eram mais gratas: O Zé Povinho (que será representado em inúmeras atitudes), a Maria Paciência, a mamuda ama das Caldas, o polícia, o padre tomando rapé e o sacristão de incensório nas mãos, a par de muitos outros.
Embora financeiramente, a fábrica se ter revelado um fracasso, a genialidade deste trabalho notável teve expressão nos prémios conquistados: uma medalha de ouro na Exposição Colombiana de Madrid em 1892, em Antuérpia (1894), novamente em Madrid (1895), em Paris (1900), e nos Estados Unidos, em St. Louis (1904).

O jornalista
Raphael Bordallo-Pinheiro destacou-se sobretudo como um homem de imprensa. Durante cerca de 35 anos (de 1870 a 1905) foi a alma de todos os periódicos que dirigiu quer em Portugal, quer nos três anos que trabalhou em terras brasileiras.
Semanalmente, durante as décadas referidas, os seus periódicos debruçaram-se sobre a sociedade portuguesa nos mais diversos quadrantes, de uma forma sistemática e pertinente.
Em 1870 lançou três publicações: "O Calcanhar de Aquiles", "A Berlinda" e "O Binóculo", este último, um semanário de caricaturas sobre espectáculos e literatura, talvez o primeiro jornal, em Portugal, a ser vendido dentro dos teatros. Seguiu-se o "M J ou a História Tétrica de uma Empresa Lírica", em 1873. Todavia, foi "A Lanterna Mágica", em 1875, que inaugurou a época da actividade regular deste jornalista "sui generis" que, com todo o desembaraço, ao longo da sua actividade, fez surgir e também desaparecer inúmeras publicações. Seduzido pelo Brasil, também aí (de 1875 a 1879) animou "O Mosquito", o "Psit!!!" e "O Besouro", tendo tido tanto impacto que, numa obra recente, intitulada "Caricaturistas Brasileiros", Pedro Corrêa do Lago lhe dedica diversas páginas, enfatizando o seu papel...
"O António Maria", nas suas duas séries (1879-1885 e 1891-1898), abarcando quinze anos de actividade jornalística, constitui a sua publicação de referência. Ainda fruto do seu intenso labor, "Pontos nos ii" são editados entre 1885-1891 e "A Paródia", o seu último jornal, surge em 1900.
A seu lado, nos periódicos, estiveram Guilherme de Azevedo, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, João Chagas, Marcelino Mesquita e muitos outros, com contributos de acentuada qualidade literária. Daí que estas publicações constituam um espaço harmonioso em que o material textual e o material icónico se cruzam de uma forma polifónica.
Vivendo numa época caracterizada pela crise económica e política, Raphael enquanto homem de imprensa soube manter uma indiscutível independência face aos poderes instituídos, nunca calando a voz, pautando-se sempre pela isenção de pensamento e praticando o livre exercício de opinião. Esta atitude granjeou um apoio público tal que, não obstante as tentativas, a censura nunca logrou silenciá-lo. E, todas as quintas-feiras, dia habitual da saída do jornal, o leitor e observador podia contar com os piparotes costumeiros, com uma crítica a que se juntava o divertimento. Mas como era natural, essa independência e o enfrentar dos poderes instituídos originaram-lhe alguns problemas como por exemplo o retirar do financiamento d'O António Maria como represália pela crítica ao partido do seu financiador. Também no Brasil arranjou problemas, onde chegou mesmo a receber um cheque em branco para se calar com a história de um ministro conservador metido com contrabandistas. Quando percebe que a sua vida começa a correr perigo, volta a Portugal, não sem antes deixar uma mensagem:
".... não estamos filiados em nenhum partido; se o estivéssemos, não seríamos decerto conservadores nem liberais. A nossa bandeira é a VERDADE. Não recebemos inspirações de quem quer que seja e se alguém se serve do nosso nome para oferecer serviços, que só prestamos à nossa consciência e ao nosso dever, - esse alguém é um infame impostor que mente."
in O Besouro, 1878

O homem do teatro
Com 14 anos apenas, integrado num grupo de amadores, pisou como actor o palco do teatro Garrett, inscrevendo-se depois na Escola de Arte Dramática que, devido à pressão da parte do pai, acabou por abandonar. Estes inícios - que revelaram que o talento de Raphael Bordallo-Pinheiro não se direccionava propriamente para a carreira de actor - selaram, porém, uma relação com a arte teatral que não mais abandonou.
Tendo esporadicamente desenhado figurinos e trabalhado em cenários, Raphael Bordallo-Pinheiro foi sobretudo um amante do teatro. Era espectador habitual das peças levadas à cena na capital, frequentava assiduamente os camarins dos artistas, participava nas tertúlias constituídas por críticos, dramaturgos e actores. E transpunha, semana a semana, o que via e sentia, graficamente, nos jornais que dirigia. O material iconográfico legado por Raphael Bordallo-Pinheiro adquire, neste contexto, uma importância extrema porque permite perceber muito do que foi o teatro, em Portugal, nessas décadas.
Em centenas de caricaturas, Raphael Bordallo-Pinheiro faz aparecer o espectáculo, do ponto de vista da produção: desenha cenários, revela figurinos, exibe as personagens em acção, comenta prestações e critica 'gaffes'. A par disso, pelo seu lápis passam também as mais variadas reacções do público: as palmas aos sucessos, muitos deles obra de artistas estrangeiros, já que Lisboa fazia parte do circuito internacional das companhias; as pateadas estrondosas quando o público se sentia defraudado; os ecos dos bastidores; as anedotas que circulavam; as bisbilhotices dos camarotes enfim, todo um conjunto de aspectos que têm a ver com a recepção do espectáculo e que ajudam a compreender o que era o teatro e qual o seu papel na Lisboa oitocentista.

A princesa Carolina do Mónaco nasceu há 55 anos

Carolina Luísa Margarida Grimaldi (em francês: Caroline Louise Marguerite Grimaldi (Monaco-Ville, 23 de janeiro de 1957), princesa hereditária de Mónaco, princesa de Hanôver e duquesa de Brunswick-Lüneburg, é a filha mais velha do príncipe-soberano Rainier III do Mónaco (1923-2005) e de sua esposa, a atriz norteamericana Grace Kelly (1929-1982). Seu irmão, Alberto II, é o atual príncipe-soberano de Mónaco.
Como Alberto II não tem filhos legítimos, Caroline é, desde a morte de seu pai, em abril de 2005, a herdeira presuntiva do trono monegasco, sendo, por tal posição, titulada princesa hereditária do Mónaco, posição que já tinha ocupado por catorze meses entre 1957 e 1958, antes do nascimento de seu irmão. Caroline tem ainda uma irmã mais nova, Stéphanie.
Se seu irmão morrer sem ter filhos de sua consorte - filhos legítimos, Caroline tornar-se-á a segunda princesa-soberana da história do Mónaco (a sua antepassada, Luísa-Hipólita Grimaldi, deteve o título por alguns meses, em 1731). Devido às mudanças constitucionais de 2002, Alberto não poderá adotar um filho ilegítimo e colocá-lo na linha de sucessão ao trono monegasco.
Em 1999, Carolina casou-se com Sua Alteza Real o príncipe Ernst August V de Hanôver, tornando-se a princesa de Hanôver e uma duquesa de Brunswick-Lüneburg, com o tratamento de Sua Alteza Real. Anteriormente possuía o tratamento de Sua Alteza Sereníssima.

Desde há 52 anos, o Homem nunca desceu tanto na Terra...

Trieste foi um batiscafo de investigação oceanográfica de desenho suíço com uma tripulação de dois ocupantes.
Em 23 de janeiro de 1960 o batiscafo Trieste desceu na Fossa das Marianas (na costa da Filipinas), no local chamado Challenger Deep, a 10.911 metros de profundidade, recorde até hoje não superado. Nesta ocasião eram seus tripulantes o Engenheiro e Oceanógrafo suíço Jacques Piccard e o Tenente da Marinha americana Don Walsh.
A Challenger Deep, fica a cerca de 360 quilómetros ao sul das Ilhas Guam, no Oceano Pacífico.
O batiscafo Trieste foi desenhado por Auguste Piccard e foi posto em atividade 26 em agosto de 1953 no Mediterrâneo, na Ilha de Capri, perto de Nápoles, Itália. A Esfera de Pressão, composta de duas secções, foi construído pela empresa Acciaierie Terni, e a parte superior foi fabricada pela empresa Cantieri Riuniti dell 'Adriatico, na então cidade livre de Trieste, na fronteira entre a Itália e a ex-Jugoslávia, daí que o nome foi escolhida para o batiscafo. A instalação da pressão foi feito na Esfera Cantiere Navale di Castellammare di Stabia, perto de Nápoles. O projeto foi baseado em experiências anteriores com o batiscafo FNRS-2, também projetado pelo Piccards. Foi construído na Bélgica e operado pela Marinha Francesa, permanecendo em operação no Mediterrâneo.
Em 1958 foi comprado pela marinha dos Estados Unidos da América, por 250.000 dólares americanos e transportado para San Diego, Califórnia.
Em Outubro de 1959, depois de ser re-equipado para uma pressão mais forte, o Trieste foi transportado para o Pacífico para participar no Projecto "Nekton", no qual ela realizou uma série de mergulhos muito profundos na Fossa das Marianas.
Em 23 de janeiro de 1960, ela alcançou o recorde de profundidade de 10.911 metros, no Challenger Deep, o mergulho mais profundo em qualquer dos oceanos do mundo.
Em abril de 1963, foi levado para o Atlântico, para New London, Connecticut, para procurar o então perdido submarino USS Thresher (SSN-593), que encontrou de agosto de 1963, fora de New London e a 1400 braças da superfície.
O Trieste foi retirado de serviço logo após a realização dessa missão, sendo musealizado, e alguns de seus componentes foram reutilizados no recém-construído Trieste II. Ele está em exposição permanente no Museu da Marinha, no Washington Navy Yard, Washington, DC.

Muzio Clementi nasceu há 260 anos

Foi diretor da Phillarmonic Society em Londres, antecessora da Royal Philharmonic Society. A sua obra mais famosa é a Sonata, Opus 36, n.º 1.

Salvador Dalí morreu há 23 anos

 Dalí fotografado por Roger Higgins em 1968

Salvador Domingo Felipe Jacinto Dali i Domènech, 1º Marquês de Dalí de Púbol (Figueres, 11 de maio de 1904 - Figueres, 23 de janeiro de 1989), conhecido apenas como Salvador Dalí, foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista. O trabalho de Dalí chama a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, oníricas, com excelente qualidade plástica. Dalí foi influenciado pelos mestres do Renascimento. O seu trabalho mais conhecido, A Persistência da Memória, foi concluído em 1931. Salvador Dalí teve também trabalhos artísticos no cinema, escultura, e fotografia. Ele colaborou com a Walt Disney no curta de animação Destino, que foi lançado postumamente em 2003 e, ao lado de Alfred Hitchcock, no filme Spellbound. Também foi autor de poemas dentro da mesma linha surrealista.
Dalí insistiu em sua "linhagem árabe", alegando que os seus antepassados eram descendentes de mouros que ocuparam o sul da Espanha por quase 800 anos (711 a 1492), e atribui a isso o seu amor de tudo o que é excessivo e dourado, sua paixão pelo luxo e seu amor oriental por roupas. Tinha uma reconhecida tendência a atitudes e realizações extravagantes destinadas a chamar a atenção, o que por vezes aborrecia aqueles que apreciavam a sua arte. Ao mesmo tempo que incomodava os seus críticos, já que sua forma de estar teatral e excêntrica tendia a eclipsar o seu trabalho artístico.
Galacidalacidesoxyribonucleicacid - 1963

domingo, janeiro 22, 2012

Música brasileira para terminar bem o dia



Você Abusou - Marysa
Música e letra de Antônio Carlos e Jocafi

Mas não faz mal
É tão normal ter desamor
É tão cafona sofrer dor
Que eu já nem sei
Se é meninice ou cafonice o meu amor
Se o quadradismo dos meus versos
Vai de encontro aos intelectos
Que não usam o coração como expressão

Você abusou
tirou partido de mim
abusou...

mas me perdoem, se eu insisto neste tema
Mas não sei fazer poema
Ou canção que fale de outra coisa que
Não seja o amor
Se o quadradismo dos meus versos
Vai de encontro aos intelectos
Que não usam o coração como expressão

Você abusou...

O imperador que mandou construir o Taj Mahal morreu há 346 anos

O Prince Khurram com 35 anos ascendeu ao trono como Shahabuddin Mohammed Shah Jahan (também escrito Shah Jehan ou Shahjehan - 5 de janeiro de 159222 de janeiro de 1666) foi um governante e imperador do Império Mogol, no subcontinente indiano entre 1628 e 1658. O nome Shah Jahan vem do persa e significa "Rei do Mundo". Foi o quinto soberano mogol depois de Babur, Humayun, Akbar e Jahangir.
Queria expandir o seu império, como o seu avô Akbar, mas Shah Jahan é mais conhecido como o construtor do mausoléu Taj Mahal, que foi erigido para sua segunda esposa persa, Arjumand Bano Begum, popularmente conhecida como Mumtaz Mahal (Ornamento "do Palácio") com quem se casou em 10 de maio de 1612, com a idade de 20 anos, e que veio a falecer ao dar à luz o seu 14º filho.

O Taj Mahal é um mausoléu situado em Agra, uma cidade da Índia e o mais conhecido dos monumentos do país. Encontra-se classificado pela UNESCO como Património da Humanidade. Foi recentemente anunciado como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno em 2007.
A obra foi feita entre 1630 e 1652 com a força de cerca de 20 mil homens, trazidos de várias cidades do Oriente, para trabalhar no sumptuoso monumento de mármore branco que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal ("A jóia do palácio"). Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna.
Assim, o Taj Mahal é também conhecido como a maior prova de amor do mundo, contendo inscrições retiradas do Corão. É incrustado com pedras semipreciosas, tais como o lápis-lazúli entre outras. A sua cúpula é costurada com fios de ouro. O edifício é flanqueado por duas mesquitas e cercado por quatro minaretes.
Alguns supõem que o imperador pretendesse fazer para ele próprio uma réplica do Taj Mahal original na outra margem do rio, em mármore preto, mas acabou deposto antes do início das obras por um de seus filhos.

O poeta Lord Byron nasceu há 224 anos

Lord Byron com traje albanês

George Gordon Byron, 6º Barão Byron (Londres, 22 de janeiro de 1788 - Missolonghi, 19 de abril de 1824), melhor conhecido como Lorde Byron, foi um destacado poeta britânico e uma das figuras mais influentes do Romantismo, célebre por suas obras-primas, como Peregrinação de Child Harold e Don Juan (o último permaneceu inacabado devido à sua morte iminente). Byron é considerado como um dos maiores poetas europeus, é muito lido até os dias de hoje.
Toda a obra de Byron, que exprime o pessimismo romântico, com a tendência a se voltar contra os outros e contra a sociedade, pode ser vista como um grande painel autobiográfico. Foram novos, em sua postura, o tom declarado de rebeldia ante as convenções morais e religiosas e o charme cínico de que seu herói demoníaco sempre se revestiu.
A fama de Byron não se deve somente aos seus escritos, mas também a sua vida — amplamente considerada extravagante — que inclui numerosas amantes, dívidas, separações e alegações de incesto.
Encontrou a morte em Missolonghi, onde estava lutando ao lado dos gregos pela sua independência da opressão turca. Segundo consta, a causa da morte parece ter sido uremia, complicada por febre reumática. Sua filha, Ada Lovelace, colaborou com Charles Babbage para o engenho analítico, um passo importante na história dos computadores.

(...)

Lord Byron morreu enquanto lutava na Guerra de independência da Grécia, em 1824, de febres contraídas no campo de batalha. Encontra-se sepultado na Igreja de Santa Maria Madalena, Hucknall, Nottinghamshire na Inglaterra.




Lines Inscribed Upon a Cup Formed from a Skull, 1808


Start not - nor deem my spirit fled;
In me behold the only skull
From which, unlike a living head,
Whatever flows is never dull.

I lived, I loved, I quaffed, like thee:
I died: let earth my bones resign;
Fill up - thou canst not injure me;
The worm hath fouler lips than thine.

Better to hold the sparkling grape,
Than nurse the earth-worm's slimy brood;
And circle in the goblet's shape
The drink of gods, than reptile's food.

Where once my wit, perchance, hath shone,
In aid of others' let me shine;
And when, alas! our brains are gone,
What nobler substitute than wine?

Quaff while thou canst: another race,
When thou and thine, like me, are sped,
May rescue thee from earth's embrace,
And rhyme and revel with the dead.

Why not? Since through life's little day
Our heads such sad effects produce;
Redeemed from worms and wasting clay,
This chance is theirs, to be of use.


Versos Inscritos numa Taça Feita de um Crânio


Não, não te assustes: não fugiu o meu espírito
Vê em mim um crânio, o único que existe
Do qual, muito ao contrário de uma fronte viva,
Tudo aquilo que flui jamais é triste.

Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri;
Que renuncie a terra aos ossos meus
Enche! Não podes injuriar-me; tem o verme
Lábios mais repugnantes do que os teus olhos.

Onde outrora brilhou, talvez, minha razão,
Para ajudar os outros brilhe agora eu;
Substituto haverá mais nobre que o vinho
Se o nosso cérebro já se perdeu?

Bebe enquanto puderes; quando tu e os teus
Já tiverdes partido, uma outra gente
Possa te redimir da terra que abraçar-te,
E festeje com o morto e a própria rima tente.

E por que não? Se as frontes geram tal tristeza
Através da existência (curto dia ...),
Redimidas dos vermes e da argila
Ao menos possam ter alguma serventia.

A Rainha Vitória do Reino Unido morreu há 111 anos

Vitória do Reino Unido (Londres, 24 de maio de 1819East Cowes, 22 de janeiro de 1901), oriunda da Casa de Hanôver, foi rainha do Reino Unido de 1837 até a morte, sucedendo ao tio, o rei Guilherme IV. A incorporação da Índia no Império Britânico em 1877 conferiu a Vitória o título de Imperatriz da Índia.
Vitória era filha do príncipe Eduardo, duque de Kent e Strathearn, o quarto filho do rei Jorge III. Tanto o duque de Kent como o rei morreram em 1820, fazendo com que Vitória fosse criada sob a supervisão da sua mãe alemã, a princesa Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld. Herdou o trono aos dezoito anos, depois de os três tios paternos terem morrido sem descendência legítima. O Reino Unido era já uma monarquia constitucional estabelecida, na qual o soberano tinha relativamente poucos poderes políticos directos. Em privado, Vitória tentou influenciar o governo e a nomeação de ministros. Em público tornou-se um ícone nacional e a figura que encarnava o modelo de valores rigorosos e moral pessoal.
Casou-se com o seu primo direito, o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, em 1840. Os seus nove filhos e vinte e seis dos seus quarenta e dois netos casaram-se com outros membros da realeza e famílias nobres por todo o continente europeu, unindo-as entre si, o que lhe valeu a alcunha de "a avó da Europa". Após a morte de Alberto em 1861, Vitória entrou num período de luto profundo durante o qual evitou aparecer em público. Como resultado do seu isolamento, o republicanismo ganhou força durante algum tempo, mas na segunda metade do seu reinado, a popularidade da rainha voltou a aumentar. Os seus jubileus de ouro e diamante foram muito celebrados pelo público.
O seu reinado de 63 anos e 7 meses foi o mais longo, até à data, da história do Reino Unido e ficou conhecido como a Era Vitoriana. Foi um período de mudança industrial, cultural, política, científica e militar no Reino Unido e ficou marcado pela expansão do Império Britânico. Vitória foi a última monarca da casa de Hanôver. O seu filho e sucessor, o rei Eduardo VII, pertencia à nova casa de Saxe-Coburgo-Gota.

(...)

A rainha Vitória foi já retratada em vários filmes, livros, revistas e outras publicações. O primeiro filme de sucesso sobre Vitória foi Victoria, the Great, realizado e produzido por Herbert Wilcox, tinha como actriz principal a britânica Anna Neagle. O filme estreou em 1937, ano de coroação do bisneto de Vitória, o rei Jorge VI, e serviu para comemorar o centenário da coroação da rainha em 1837. Teve tanto sucesso que, no ano seguinte, estreou a sua sequela, intitulada Sixty Glorious Years.
Outro filme de grande sucesso sobre a vida de Vitória estreou em 1950, The Mudlark, tinha Irene Dunne como protagonista e era uma versão alternativa aos anos de luto da rainha. Em 1997, Judi Dench e Billy Connolly protagonizaram o filme Mrs. Brown sobre a relação da rainha com o seu criado escocês, John Brown. O filme foi muito aclamado pela critica e valeu uma nomeação para o Óscar de Melhor Actriz a Dench. Em 2001 a BBC estreou uma série de dois episódios intitulada Victoria & Albert, protagonizada por Victoria Hamilton e Jonathan Firth (irmão do actor Colin Firth) que retractava a vida de Vitória desde a sua infância até à morte de Alberto em 1861.
Mais recentemente, em 2009, Emily Blunt e Rupert Friend protagonizaram o filme The Young Victoria, uma versão romantizada da vida do casal real que foi bem recebida pela crítica e recebeu várias nomeações para os Óscares e para os Globos de Ouro, incluindo Melhor Actriz Dramática (nos Globos de Ouro) para Emily Blunt, Melhor Direcção Artística, Maquilhagem e Guarda-roupa, conquistando o Óscar nesta categoria.
O grupo de humor britânico, Monty Python, utilizou a figura da rainha Vitória em vários dos seus sketches, incluindo The Queen Victoria Sketch, no qual a rainha e o seu primeiro-ministro, Lord Gladstone pregam várias partidas um ao outro numa espécie de filme mudo, Queen Victoria Handicap, uma corrida de cães em que estes são substituídos por rainhas vitórias ou The Queen, onde Michael Palin interpreta uma rainha que fala com sotaque alemão, tem dificuldades em expressar-se em inglês e leva o caixão do marido para todo o lado.


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O Domingo Sangrento russo foi há 107 anos

O Domingo Sangrento foi um massacre que aconteceu em 22 de janeiro (de acordo com o antigo calendário, 9 de janeiro) de 1905, em São Petersburgo na Rússia, onde manifestantes pacíficos marcharam para apresentar uma petição ao czar Nicolau II e foram baleados pela Guarda Imperial. A marcha foi organizada pelo padre George Gapon, que colaborou com Sergei Zubatov da Okhrana, a polícia secreta czarista, para criar organizações de trabalhadores.
No mês de dezembro anterior, uma greve aconteceu na fábrica Putilov. Simpatizantes em outras partes da cidade aumentaram o número de grevistas para cerca de 80 000. Em 8 de janeiro, a cidade não tinha eletricidade ou jornais. Todas as áreas públicas foram declaradas fechadas. George Gapon, um padre ortodoxo russo que se interessava pelas condições vividas pelas classes trabalhadoras e inferiores, organizou uma procissão pacífica de trabalhadores ao Palácio de Inverno para entregar uma petição ao czar. A petição, escrita por Gapon, deixava claros os problemas e opiniões dos trabalhadores, e pedia por melhores condições de trabalho, salários justos, redução da jornada de trabalho para oito horas e condenava as horas extras que os donos das fábricas forçavam os trabalhadores a cumprir. Outras demandas incluíam o fim da Guerra Russo-japonesa e a introdução do sufrágio universal. Tropas foram dispostas ao redor do Palácio de Inverno e em outros lugares. O czar deixou a cidade no dia 8 de janeiro e foi para Czarkoe Selo.
No domingo, 22 de janeiro de 1905, Gapon iniciou a sua marcha sob um vento gelado e rajadas de neve. Nos bairros operários formaram-se cortejos que convergiram para o centro da cidade. Deixando as armas fechadas em casa, os manifestantes caminharam pacificamente através das ruas. Alguns transportavam cruzes, ícones e estandartes religiosos, outros bandeiras nacionais e retratos do czar.[2] Enquanto caminhavam cantavam hinos religiosos e o Hino Imperial Deus Salve o Czar. Os diversos cortejos deviam chegar ao Palácio de Inverno às duas da tarde. Não havia qualquer confrontação com as tropas. Através da cidade, nas pontes e avenidas estratégicas, os manifestantes encontraram o caminho bloqueado em linhas de infantaria, reforçada por cossacos e hussardos; e os soldados abriram fogo contra a multidão. O número oficial de vítimas foi 92 mortos e várias centenas de feridos. Gapon desapareceu e outros chefes da marcha foram apanhados.
Apesar do czar não estar presente no Palácio de Inverno neste dia, ele ficou com a culpa pelas mortes, o que fez surgir ressentimentos em sua direção e na de seu governo autocrata.
A assembleia de Gapon foi fechada esse dia, e ele rapidamente deixou a Rússia. Voltando em outubro, foi assassinado por ordem do partido Social Revolucionário, depois de revelar a um amigo, Pinhas Rutenberg, que trabalhava para a Okhrana, a polícia secreta.

O cantor e músico Steve Perry faz hoje 63 anos

Steve Perry (nascido Stephen Ray Perry em 22 de janeiro de 1949) é um vocalista e escritor de músicas norteamericano. Perry nasceu em Hanford, Califórnia, e é mais conhecido por ter sido vocalista da banda Journey de 1977 até 1987 e também de 1995 até 1998.
Steve, que tem ascendência portuguesa tendo avós que vieram dos Açores (Pico), tem sido muito elogiado e aclamado por ser um compositor, cantor e "entertainer" completo, o que é muito apropriado pois ele foi o vocalista do Journey.
Nascido e criado em Hanford, aos 18 anos, mudou-se para Los Angeles para correr atrás de seu sonho de tornar-se cantor. Steve trabalhou como engenheiro de som e tocou em várias bandas locais como "The Sullies" e " Ice and Pieces" enquanto esperava pela sua grande chance, uma oportunidade na indústria da música.
Em 1977 uma fita Demo da sua banda de Blues e Rock chamada "Alien Project", chegou às mãos de Herbie Herbert, que coincidentemente procurava por um vocalista para o Journey. "Alien Project" foi dissolvida quando um de seus integrantes faleceu num acidente de carro; Herbie contactou Steve e em meados de 1977, Steve tornou-se o vocalista do Journey.
Steve recebeu a alcunha de "The Voice" pelos fãs, críticos e colegas músicos pela voz forte, melodiosa e capaz de atingir notas altas com grande facilidade. Ele toca guitarra, piano e bateria, e cita Sam Cooke, Jackie Wilson e Marvin Gaye como sua inspiração musical.

A cantora Maysa Matarazzo morreu há 35 anos

Maysa Figueira Monjardim, mais conhecida como Maysa Matarazzo ou simplesmente Maysa (São Paulo ou Rio de Janeiro, 6 de junho de 1936 - Niterói, 22 de janeiro de 1977), foi uma cantora, compositora e atriz brasileira. Ao longo da sua carreira imortalizou uma discografia com mais de 25 títulos. Cristalizou uma das mais sensíveis obras da Música Popular Brasileira.

BIOGRAFIA
Segundo algumas fontes, Maysa teria nascido na capital paulista, numa tradicional família do estado do Espírito Santo que logo se mudou para o Rio de Janeiro. Outras fontes, porém, afirmam que seu nascimento foi mesmo no Rio. Da capital paulista ou do Rio, é certo, no entanto, que em 1947 a família transferiu-se para Bauru, no interior paulista. Logo depois, mudaram-se novamente para a capital. Mesmo fixada em São Paulo, a família ainda mudaria de endereço várias vezes.
Maysa era neta do barão de Monjardim, que foi presidente da província do Espírito Santo por cinco vezes. Estudou no tradicional colégio paulistano Assunção e no Sacré-Cœur de Marie, em São Paulo. As férias eram passadas em Vitória, onde reencontrava os tios e primos.
Casou-se aos dezassete anos com o empresário André Matarazzo, dezassete anos mais velho, amigo de seus pais, e membro do ramo ítalo-brasileiro da família Matarazzo, de cuja união nasceu Jayme Monjardim Matarazzo, diretor de cinema e telenovelas.
Divorciou-se do marido em 1957, pois ele opôs-se à sua carreira musical. Maysa teve vários relacionamentos amorosos, entre eles, com o compositor Ronaldo Bôscoli, o empresário espanhol Miguel Azanza, o ator Carlos Alberto, o maestro Julio Medaglia, entre vários outros. Ao assumir o relacionamento com Miguel Azanza em 1963, Maysa estabeleceu residência na Espanha onde morou durante anos com o marido e o filho. Só retornou definitivamente ao Brasil em 1969. Na década de 70, Maysa se aventuraria pelo mundo das telenovelas e do teatro participando de produções como O Cafona, Bel-Ami e o espetáculo Woyzeck de George Büchner. Em 1977, um trágico acidente automobilístico na Ponte Rio-Niterói encerrava a carreira e o brilho da estrela, que foi um dos maiores nomes da música popular brasileira.

Morte
Vivendo isolada na casa de praia em Maricá, desde 1972, para onde ia todo o fim de semana, Maysa morreu a caminho da mesma casa de praia em Maricá, enquanto dirigia um carro “Brasília azul” em alta velocidade, no dia 22 de Janeiro de 1977, por volta das 5 horas da tarde, na Ponte Rio-Niterói. O efeito de anfetaminas somado à ingestão excessiva de álcool e ao cansaço físico e psicológico que a cantora vinha sofrendo teriam provocado o fatídico acidente. Porém, a conclusão dos laudos periciais mostrou que no momento do acidente ela estava completamente sóbria, não havia resquícios de álcool em seu organismo.
Em uma de suas últimas anotações, registou:
Cquote1.svg Hoje é novembro de 1976, sou viúva, tenho 40 anos, 20 de carreira e sou uma mulher só. O que dirá o futuro?

CARREIRA

Anos 50 - início de carreira
Em 1956, Maysa foi convidada pelo produtor Roberto Côrte-Real para gravar um disco, durante uma reunião familiar. O álbum Convite para ouvir Maysa (todo preenchido com composições próprias) foi gravado logo após o nascimento de seu único filho Jayme Monjardim. O disco gravado apenas em caráter beneficente (toda sua renda fora destinada ao Hospital do Cancro de Dona Carmen Annes Dias Prudente), logo começou a fazer sucesso, tocando nas rádios paulistas e cariocas. Pouco a pouco, a carreira de Maysa foi adquirindo um caráter profissional, o que descontentou seu marido André Matarazzo e que levou ao fim do seu casamento. Já em 1957 (ainda não divorciada), Maysa era contratada da TV Record paulista, com um programa só seu patrocinado pela Abrasivos Bombril, acabava de gravar seu segundo disco, de 10 polegadas, intitulado Maysa.
Em 1957, com menos de um ano de carreira, no julgamento anual dos cronistas de Rádio de São Paulo, para a escolha de Os Melhores do Ano de 1956, Maysa foi apontada como 'A maior revelação feminina, O melhor compositor e O melhor letrista. O Clube dos Cronistas de Discos concedeu-lhe o título de A maior cantora do ano. No ano seguinte, foi premiada com o disputado Troféu Roquette Pinto de A melhor cantora de 1958. No ano anterior, ela já havia recebido o mesmo prémio como cantora revelação de 1957. O jornal O Globo, que em 1957 havia conferido a ela o Disco de Ouro de cantora revelação, agora também a premiava como a principal voz feminina do país. Também seria de Maysa naquele ano o Troféu Chico Viola, para o melhor disco de 1958.
Em 1958 (já divorciada) muda-se para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil e é contratada da TV Rio, com um programa só seu patrocinado pelos Biscoitos Piraquê. Lança seu terceiro disco (agora de 12 polegadas) intitulado Convite para Ouvir Maysa nº 2. O disco foi considerado pela crítica musicalmente irretocável, tornou-se campeão de vendas e lançou a canção Meu Mundo Caiu como o maior sucesso do ano. Até o fim da década Maysa seguiria sua carreira acumulando diversos prémios, vendo a carreira e popularidade, em crescente ascensão . Seus discos eram campeões de vendas e seus programas de televisão eram muito prestigiados. Ainda em 1958 ela se tornaria a melhor e mais bem paga cantora do Brasil.

Anos 60
Durante os anos 60, Maysa aprimorou constantemente a técnica vocal, registando em discos de grande qualidade técnica o auge de sua carreira. A partir de 1960, empreendeu inúmeras excursões pelo mundo, se apresentando em vários países, além de aderir ao movimento da Bossa Nova, com o qual pode expandir referências musicais. Junto a um grupo formado por Roberto Menescal, Luiz Eça, Luiz Carlos Vinhas, Bebeto Castilho, Hélcio Milito e Ronaldo Bôscoli, foram responsáveis pelo lançamento da Bossa Nova no exterior. Em 1961 realiza uma histórica tournée à Argentina e o Uruguai. Maysa teve uma intensa carreira internacional; assim, em 1960, tornou-se a primeira cantora brasileira a se apresentar no Japão, a convite da companhia área brasileira Real Aerovias, que acabara de estrear o voo Rio de Janeiro - Tóquio. Passeou a sua classe pela América Latina, passando diversas vezes por Buenos Aires, Montevidéu, Punta del Leste, Lima, Caracas, Bogotá, Porto Rico e Cidade do México. Apresentou-se em Paris, Lisboa, Madrid, Nova Iorque, Itália, Marrocos e Angola. Lá, se apresentava em casas noturnas e gravava discos. Entre 1960 e 1961 realizou temporada nos Estados Unidos, gravando o lendário álbum Maysa Sings Songs Before Dawn pela Columbia Records norte-americana. Lá, também se apresentou no sofisticado Blue Angel Night Club, a mais requintada casa noturna de Nova Iorque, na época.
Ainda em 1963, empreendeu um histórico concerto no Olympia de Paris, naquela que é a mais famosa casa de espetáculos da capital francesa. Em 1966 participou do II Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, classificando para a finalíssima a canção Amor-Paz de sua autoria, com a compositora Vera Brasil, juntamente com Disparada, com Jair Rodrigues e A Banda, com Chico Buarque e Nara Leão. No mesmo ano, Maysa também participou da primeira edição Festival Internacional da Canção. Neste último alcançou o terceiro lugar na fase nacional e o prémio de melhor intérprete brasileira do festival, defendendo a canção Dia das Rosas (de Luiz Bonfá e Maria Helena Toledo) e onde se destacou a música vencedora Saveiros, interpretada por uma então novata: Nana Caymmi.
Regressou definitivamente ao Brasil em 1969. Neste ano, estreou Maysa Especial com Ítalo Rossi na TV Tupi carioca e o espetáculo A Maysa de Hoje, gravado em disco, com temporadas no Canecão do Rio de Janeiro e no Urso Branco de São Paulo, obtendo sucesso de crítica e público. Pouco tempo depois, participou como jurada do V Festival da Música Popular Brasileira da TV Record. E do IV Festival Internacional da Canção, com a música Ave Maria dos Retirantes, de Alcyvando Luz e Carlos Coqueijo, que não se classificou para a final. Naquela edição, o Troféu Galo de Ouro (prémio máximo do festival), ganhou o nome de Maysa Monjardim.

Anos 70
Em 1970, Maysa lança pela Philips o álbum Ando Só numa Multidão de Amores, que não obteve sucesso de público. Maysa passou então a investir na carreira de atriz e já em 1971 estreou na telenovela O Cafona da Rede Globo, interpretando Simone, seu alter-ego. Por esse papel, Maysa acabou ganhando o prémio de Coadjuvante de Ouro. No mesmo ano, integrou o elenco da telenovela Bel-Ami da TV Tupi, interpretando Márica, mas abandonou a produção. Ela ainda montaria o espetáculo teatral Woyzeck de George Büchner, sem sucesso.
Após algumas temporadas em discotecas do Rio de Janeiro e São Paulo, desde o fim de 1972, Maysa se afasta do meio artístico e vai morar em uma casa de praia, localizada no município de Maricá, litoral fluminense. Lá, Maysa morou até o fim da vida, na maior parte em companhia do namorado, o ator Carlos Alberto. Durante este período, quase não gravou discos nem fez shows, fazia poucas aparições na mídia e reservava suas aparições a participações especiais, como no Fantástico e no Brasil Especial, da TV Globo.
Realizou alguns dos últimos shows de sua carreira, na discoteca Igrejinha, localizada em São Paulo, em 1975. A temporada, pouco tempo depois, ficaria marcada como “a tournée do adeus”. Até ali já havia feito inúmeras temporadas de grande sucesso em diversas casas noturnas de São Paulo como a Cave, o Oásis, Urso Branco, Di Mônaco e Igrejinha. E do Rio de Janeiro como o Club 36, Au Bon Gourmet, Meia-Noite do Hotel Copacabana Palace, Canecão, Flag, Sucata, Fossa e Number One, dentre outras casas tradicionais e famosas.

Estilo musical
As composições e as canções foram escolhidas de maneira a formar um repertório sob medida para o seu timbre, que não era o de uma voz vulgar, pelo contrário, possuía um viés melancólico e triste, que se tornou emblemático do género samba-canção. Ao lado de Maysa, destacam-se Nora Ney, Ângela Maria e Dolores Duran. O género, comparado ao bolero, pela exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo. O samba-canção (surgido na década de 1930) antecedeu o movimento da bossa nova (surgido ao final da década de 1950, em 1958), com o qual Maysa também se identificou. Mas este último representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações em detrimento do drama e das melodias ressentidas, de inveja (vulgo dor-de-cotovelo). O legado de Maysa, ainda que aponte para dívidas históricas com a bossa nova, é o de uma cantora de voz mais arrastada do que as intérpretes desse género musical e por isso aproxima-se antes do bolero.
Contemporânea da compositora e cantora Dolores Duran, Maysa compôs 30 canções, numa época em que havia poucas mulheres nessa atividade. Maysa interpretava de maneira muito singular, personalista, com toda a voz, sentimento e expressão, sendo um dos maiores nomes da canção intimista. Um canto gutural, ensejando momentos de solidão e de grande expressão afetiva. Um dos momentos antológicos desta caracterização dramática foi a apresentação, em 1974, de Chão de Estrelas (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa), e de Ne Me Quitte Pas (10 de junho de 1976), tendo sido apresentadas em duas edições do programa Fantástico da Rede Globo.
Todo este característico estilo Maysa, influenciou ao menos meia dúzia de cantores sua geração, e principalmente a geração posterior a sua. Este estilo Maysa se tornou notável em cantores e compositores, como: Ângela Rô Rô, Leila Pinheiro, Fafá de Belém, Simone e também Cazuza e Renato Russo.
Celebrizaram-se as canções: Ouça, Meu Mundo Caiu, Tarde Triste, Resposta, Adeus, Felicidade Infeliz, Diplomacia e O Que? (todas de sua autoria) e mais: Ne Me Quitte Pas, Chão de Estrelas, Dindi, Por Causa de Você, Se Todos Fossem Iguais a Você, Eu Sei Que Vou Te Amar, Franqueza, Eu Não Existo Sem Você, Suas Mãos, Bouquet de Izabel, Bronzes e Cristais, Bom Dia Tristeza, Noite de Paz, Castigo, Fim de Caso, O Barquinho, Fim de Noite, Meditação, Alguém me Disse, Cantiga de Quem Está Só, A Felicidade, Manhã de Carnaval, Hino ao Amor (L'Hymne a L'Amour), Demais, Preciso Aprender a Ser Só, Canto de Ossanha, Tristeza, As Mesmas Histórias, Dia das Rosas, Se Você Pensa, Pra Quem Não Quiser Ouvir Meu Canto, Light My Fire, Chuvas de Verão, Bonita, As Praias Desertas, Bloco da Solidão, Tema de Simone e Morrer de Amor.


O Professor Doutor Luís de Albuquerque, catedrático da Universidade de Coimbra e especialista em Matemática, História dos Descobrimentos e Engenharia Geográfica morreu há 20 anos

(imagem daqui)

Luís Guilherme Mendonça de Albuquerque, igualmente conhecido como Luís de Albuquerque (Lisboa, 6 de março de 1917 — Lisboa, 22 de janeiro de 1992) foi um professor universitário de Matemática e de Engenharia Geográfica, e um historiador dos Descobrimentos Portugueses.

Nasceu em Lisboa, em 1917, e faleceu na mesma localidade, em 1992.
Iniciou a sua carreira como docente na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, em 1941, aonde também foi um especialista em História da Educação; nesta mesma instituição ascendeu, por concurso público, a professor catedrático, em 9 de julho de 1966.
Foi aclamado como um dos principais vultos da historiografia do Século XX no estudo dos Descobrimentos Portugueses, tendo escrito para jovens e crianças, e analisado a história da náutica e da marinha. Exerceu, igualmente, a posição de presidente da Comissão Científica da Comissão dos Descobrimentos Portugueses.
Na sequência da Revolução de 25 de abril, foi nomeado governador civil do distrito de Coimbra, cargo que ocupou entre 1974 e 1976.
Entre 1978 e a sua jubilação, em 1987, foi director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.
Em 25 de novembro de 1984, apresentou a comunicação Gil Eanes, e o Cabo Bojador, na Academia da Marinha.