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terça-feira, janeiro 30, 2024

Porque nunca esqueceremos este crime - hoje foi dia de recordar um domingo sangrento...

 

Sunday, bloody Sunday - U2

 

I can't believe the news today
Oh, I can't close my eyes and make it go away

   

How long, how long must we sing this song?
How long? How long?
'Cause tonight, we can be as one
Tonight

   

Broken bottles under children's feet
Bodies strewn across the dead end street
But I won't heed the battle call
It puts my back up
Puts my back up against the wall

  

Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday
Alright, let's go!

  

And the battle's just begun
There's many lost, but tell me, who has won?
The trench is dug within our hearts
And mothers, children, brothers, sisters
Torn apart

  

Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday

  

How long, how long must we sing this song?
How long, how long?
'Cause tonight, we can be as one
Tonight, tonight

  

Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday (tonight, tonight)
Come get some!

  

Wipe the tears from your eyes
Wipe your tears away
Oh, wipe your tears away
Oh, wipe your tears away
Oh, wipe your bloodshot eyes

  

(Sunday, bloody Sunday)
(Sunday, bloody Sunday)
(Sunday, bloody Sunday)
Sunday, bloody Sunday

  

(Sunday, bloody Sunday)
Sunday, bloody Sunday
Alright, let's go!

  

And it's true, we are immune
When fact is fiction and TV reality
And today, the millions cry
We eat and drink while tomorrow, they die
The real battle just begun (Sunday, bloody Sunday)
To claim the victory Jesus won (Sunday, bloody Sunday)
On

 

Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday

O Domingo Sangrento foi há cinquenta e dois anos...

O Padre Edward Daly (futuro Bispo católico de Derry) com uma bandeira branca manchada de sangue, tentando levar Jackie Duddy, ferido de morte
      
Domingo Sangrento (em gaélico: Domhnach na Fola, Bloody Sunday, em inglês) foi um confronto entre manifestantes católicos e protestantes, e o exército inglês ocorrido na cidade de Derry, na Irlanda do Norte, no dia 30 de janeiro de 1972. O movimento teve início com um protesto de dez mil manifestantes que pretendiam, saindo do bairro de Creggan em marcha pelas ruas católicas da cidade, chegar até a Câmara Municipal. Antes disso, entretanto, os soldados ingleses partiram para a ofensiva e disparam contra os manifestantes, deixando 14 ativistas católicos mortos e 26 feridos.
Das catorze vítimas mortas, seis eram menores de idade e um sétimo ferido faleceu meses depois do incidente. Todas as vítimas estavam desarmadas e cinco delas foram alvejadas pelas costas. Os manifestantes protestavam contra a política do governo norte-irlandês de prender sumariamente pessoas suspeitas de atos terroristas. O incidente, que entrou para a história da ilha, era para apoiar o Exército Republicano Irlandês, o IRA, uma organização clandestina que lutava pela separação da Irlanda do Norte da Grã-Bretanha e posterior união com a República da Irlanda. Após o "Domingo Sangrento", o IRA ganhou um número enorme de jovens voluntários, dando força ainda maior a esse movimento de guerrilha. Em memória da data, foi feita a canção "Sunday Bloody Sunday!" em 1983, pela banda irlandesa U2. Paul McCartney também tratou do incidente, na canção "Give Ireland Back To The Irish", lançada em compacto com a sua então nova banda, os Wings, em fevereiro de 1972.
Duas investigações foram realizadas pelo Governo britânico. O Widgery Tribunal, realizada no rescaldo do evento, ilibou em grande parte os soldados britânicos e as autoridades da responsabilidade, mas foi criticado por muitos como um "branqueamento" do incidente, incluindo pelo antigo chefe de equipa de Tony Blair, Jonathan Powell. O Inquérito Saville, iniciado em 1998 para analisar os acontecimentos novamente (presidida por Lord Saville de Newdigate), apresentou um relatório, em 2010,  que mostrava que os soldados e autoridades do Reino Unido procederam de forma errada, levando à apresentação de desculpas às famílias das vítimas por parte do Primeiro Ministro do Reino Unido.
O Exército Republicano Irlandês (IRA) iniciara a sua campanha contra a Irlanda do Norte ser uma parte do Reino Unido havia dois anos antes do Bloody Sunday, mas a interpretação do evento impulsionaram enormemente o recrutamento e o apoio à organização.
O Bloody Sunday continua entre os mais importantes eventos dos apelidados Troubles da Irlanda do Norte, principalmente devido ao facto de ter sido levado a cabo pelo exército britânico.
 
    

segunda-feira, janeiro 22, 2024

Na Rússia houve um Domingo Sangrento há 119 anos...


O Domingo Sangrento foi um massacre que aconteceu a 22 de janeiro (de acordo com o antigo calendário, 9 de janeiro) de 1905, na cidade de São Petersburgo, no Império Russo, quando manifestantes pacíficos marcharam até ao Palácio de Inverno para apresentar uma petição ao Czar Nicolau II e foram baleados pela Guarda Imperial. A marcha foi organizada pelo padre George Gapon, que colaborou com Sergei Zubatov, da Okhrana, a polícia secreta czarista, para destruir organizações de trabalhadores.
  
Prelúdio
No mês de dezembro anterior, uma greve aconteceu na fábrica Putilov. Simpatizantes em outras partes da cidade aumentaram o número de grevistas para cerca de 80 mil. A 8 de janeiro, a cidade não tinha eletricidade ou jornais. Todas as áreas públicas foram declaradas fechadas. George Gapon, um padre ortodoxo russo que se interessava pelas condições vividas pelas classes trabalhadoras e inferiores, organizou uma procissão pacífica de trabalhadores ao Palácio de Inverno para entregar uma petição ao Czar. A petição, escrita por Gapon, deixava claros os problemas e opiniões dos trabalhadores, e pedia por melhores condições de trabalho, salários justos, redução da jornada de trabalho para oito horas e condenava as horas extras que os donos das fábricas forçavam os trabalhadores a cumprir. Outras demandas incluíam o fim da Guerra Russo-japonesa e a introdução do sufrágio universal. Tropas foram dispostas ao redor do Palácio de Inverno e em outros lugares. O czar deixou a cidade no dia 8 de janeiro e foi para Czarkoe Selo.
   
Massacre
No domingo, 22 de janeiro (no calendário juliano, então em vigor na Rússia, 9 de janeiro) de 1905, trabalhadores em greve e as suas famílias reuniram-se em seis pontos na cidade de São Petersburgo, no Império Russo. Eles eram organizados e liderados pelo padre ortodoxo russo George Gapon. Segurando ícones religiosos e cantando hinos e canções patrióticas (particularmente Deus Salve o Czar), uma multidão de "mais de três mil" pessoas prosseguiu sem interferência da polícia em direção ao Palácio de Inverno, residência oficial do Czar. A multidão não sabia que o Czar não estava no palácio. Os piquetes do exército perto do palácio lançaram tiros de advertência e, em seguida, dispararam diretamente contra a multidão para dispersá-la. Gapon foi alvo de tiros perto do Arco do Triunfo de Narva. Cerca de quarenta pessoas ao redor dele foram mortas, no entanto, ele não ficou ferido. Embora o Czar não estivesse no Palácio de Inverno ou mesmo na cidade e não tivesse dado a ordem para as tropas atirar, recebeu toda a culpa pelas mortes, resultando numa onda de amargura do povo russo contra o czar e seu regime autocrático.
O número de mortos é incerto, mas as autoridades da época assumiram 96 mortos e 333 feridos; fontes anti-governo afirmam que os tiros mataram mais de quatro mil pessoas, estimativas moderadas ainda estipulam uma média de cerca de mil mortos e feridos, tanto pelos tiros quanto pisoteados pela população durante o pânico. Outra fonte observa que a estimativa oficial de mortos era de 130 pessoas. Há relatos que no dia até a neve ficou vermelha. O Czar Nicolau II descreveu o dia como "doloroso e triste". Conforme relatos, a desordem civil e saques explodiram por toda a cidade. A marcha de Gapon foi aniquilada naquele dia e ele rapidamente deixou a Rússia. De acordo com uma versão, ao voltar para a Rússia, em outubro, Gapon é assassinado por ordem da Organização de Combate do Partido Social-Revolucionário, depois que revelou ao seu amigo Pinhas Rutenberg que trabalhava para a Okhrana, a polícia secreta.
Este evento foi classificado pelo embaixador britânico na época como um impulso para atividades revolucionárias na Rússia e contribuiu para a Revolução de 1905. O escritor Leão Tolstoy também foi afetado emocionalmente pelo incidente.
        

segunda-feira, janeiro 30, 2023

Hoje é dia de recordar um domingo sangrento...

 

Sunday, bloody Sunday - U2

 

I can't believe the news today
Oh, I can't close my eyes and make it go away

   

How long, how long must we sing this song?
How long? How long?
'Cause tonight, we can be as one
Tonight

   

Broken bottles under children's feet
Bodies strewn across the dead end street
But I won't heed the battle call
It puts my back up
Puts my back up against the wall

  

Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday
Alright, let's go!

  

And the battle's just begun
There's many lost, but tell me, who has won?
The trench is dug within our hearts
And mothers, children, brothers, sisters
Torn apart

  

Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday

  

How long, how long must we sing this song?
How long, how long?
'Cause tonight, we can be as one
Tonight, tonight

  

Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday (tonight, tonight)
Come get some!

  

Wipe the tears from your eyes
Wipe your tears away
Oh, wipe your tears away
Oh, wipe your tears away
Oh, wipe your bloodshot eyes

  

(Sunday, bloody Sunday)
(Sunday, bloody Sunday)
(Sunday, bloody Sunday)
Sunday, bloody Sunday

  

(Sunday, bloody Sunday)
Sunday, bloody Sunday
Alright, let's go!

  

And it's true, we are immune
When fact is fiction and TV reality
And today, the millions cry
We eat and drink while tomorrow, they die
The real battle just begun (Sunday, bloody Sunday)
To claim the victory Jesus won (Sunday, bloody Sunday)
On

 

Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday

 

O vergonhoso Domingo Sangrento foi há cinquenta e um anos...

O Padre Edward Daly (futuro Bispo católico de Derry) com uma bandeira branca manchada de sangue, tentando levar Jackie Duddy, ferido de morte
      
Domingo Sangrento (em gaélico: Domhnach na Fola, Bloody Sunday, em inglês) foi um confronto entre manifestantes católicos e protestantes, e o exército inglês ocorrido na cidade de Derry, na Irlanda do Norte, no dia 30 de janeiro de 1972. O movimento teve início com um protesto de dez mil manifestantes que pretendiam, saindo do bairro de Creggan em marcha pelas ruas católicas da cidade, chegar até a Câmara Municipal. Antes disso, entretanto, os soldados ingleses partiram para ofensiva e disparam contra os manifestantes, deixando 14 ativistas católicos mortos e 26 feridos.
Das catorze vítimas mortas, seis eram menores de idade e um sétimo ferido faleceu meses depois do incidente. Todas as vítimas estavam desarmadas e cinco delas foram alvejadas pelas costas. Os manifestantes protestavam contra a política do governo norte-irlandês de prender sumariamente pessoas suspeitas de atos terroristas. O incidente, que entrou para a história da ilha, era para apoiar o Exército Republicano Irlandês, o IRA, uma organização clandestina que lutava pela separação da Irlanda do Norte da Grã-Bretanha e posterior união com a República da Irlanda. Após o "Domingo Sangrento", o IRA ganhou um número enorme de jovens voluntários, dando força ainda maior a esse movimento de guerrilha. Em memória da data, foi feita a canção "Sunday Bloody Sunday!" em 1983, pela banda irlandesa U2. Paul McCartney também tratou do incidente, na canção "Give Ireland Back To The Irish", lançada em compacto com a sua então nova banda, os Wings, em fevereiro de 1972.
Duas investigações foram realizadas pelo Governo britânico. O Widgery Tribunal, realizada no rescaldo do evento, ilibou em grande parte os soldados britânicos e as autoridades da responsabilidade, mas foi criticado por muitos como um "branqueamento" do incidente, incluindo pelo antigo chefe de equipa de Tony Blair, Jonathan Powell. O Inquérito Saville, iniciado em 1998 para analisar os acontecimentos novamente (presidida por Lord Saville de Newdigate), apresentou um relatório, em 2010,  que mostrava que os soldados e autoridades do Reino Unido procederam de forma errada, levando à apresentação de desculpas às famílias das vítimas por parte do Primeiro Ministro do Reino Unido.
O Exército Republicano Irlandês (IRA) iniciara a sua campanha contra a Irlanda do Norte ser uma parte do Reino Unido havia dois anos antes do Bloody Sunday, mas a interpretação do evento impulsionaram enormemente o recrutamento e o apoio à organização.
O Bloody Sunday continua entre os mais importantes eventos dos apelidados Troubles da Irlanda do Norte, principalmente devido ao facto de ter sido levado a cabo pelo exército britânico.
    

 

   

domingo, janeiro 22, 2023

O Domingo Sangrento, na Rússia, foi há 118 anos

    
O Domingo Sangrento foi um massacre que aconteceu a 22 de janeiro (de acordo com o antigo calendário, 9 de janeiro) de 1905, na cidade de São Petersburgo, no Império Russo, onde manifestantes pacíficos marcharam até ao Palácio de Inverno para apresentar uma petição ao Czar Nicolau II e foram baleados pela Guarda Imperial. A marcha foi organizada pelo padre George Gapon, que colaborou com Sergei Zubatov, da Okhrana, a polícia secreta czarista, para destruir organizações de trabalhadores.
  
Prelúdio
No mês de dezembro anterior, uma greve aconteceu na fábrica Putilov. Simpatizantes em outras partes da cidade aumentaram o número de grevistas para cerca de 80 mil. A 8 de janeiro, a cidade não tinha eletricidade ou jornais. Todas as áreas públicas foram declaradas fechadas. George Gapon, um padre ortodoxo russo que se interessava pelas condições vividas pelas classes trabalhadoras e inferiores, organizou uma procissão pacífica de trabalhadores ao Palácio de Inverno para entregar uma petição ao Czar. A petição, escrita por Gapon, deixava claros os problemas e opiniões dos trabalhadores, e pedia por melhores condições de trabalho, salários justos, redução da jornada de trabalho para oito horas e condenava as horas extras que os donos das fábricas forçavam os trabalhadores a cumprir. Outras demandas incluíam o fim da Guerra Russo-japonesa e a introdução do sufrágio universal. Tropas foram dispostas ao redor do Palácio de Inverno e em outros lugares. O czar deixou a cidade no dia 8 de janeiro e foi para Czarkoe Selo.
   
Massacre
No domingo, 22 de janeiro (no calendário juliano, então em vigor na Rússia, 9 de janeiro) de 1905, trabalhadores em greve e as suas famílias reuniram-se em seis pontos na cidade de São Petersburgo, no Império Russo. Eles eram organizados e liderados pelo padre ortodoxo russo George Gapon. Segurando ícones religiosos e cantando hinos e canções patrióticas (particularmente Deus Salve o Czar), uma multidão de "mais de três mil" pessoas prosseguiu sem interferência da polícia em direção ao Palácio de Inverno, residência oficial do Czar. A multidão não sabia que o Czar não estava no palácio. Os piquetes do exército perto do palácio lançaram tiros de advertência e, em seguida, dispararam diretamente contra a multidão para dispersá-la. Gapon foi alvo de tiros perto do Arco do Triunfo de Narva. Cerca de quarenta pessoas ao redor dele foram mortas, no entanto, ele não ficou ferido. Embora o Czar não estivesse no Palácio de Inverno ou mesmo na cidade e não tivesse dado a ordem para as tropas atirar, recebeu toda a culpa pelas mortes, resultando numa onda de amargura do povo russo contra o czar e seu regime autocrático.
O número de mortos é incerto, mas as autoridades da época assumiram 96 mortos e 333 feridos; fontes anti-governo afirmam que os tiros mataram mais de quatro mil pessoas, estimativas moderadas ainda estipulam uma média de cerca de mil mortos e feridos, tanto pelos tiros quanto pisoteados pela população durante o pânico. Outra fonte observa que a estimativa oficial de mortos era de 130 pessoas. Há relatos que no dia até a neve ficou vermelha. O Czar Nicolau II descreveu o dia como "doloroso e triste". Conforme relatos, a desordem civil e saques explodiram por toda a cidade. A marcha de Gapon foi aniquilada naquele dia e ele rapidamente deixou a Rússia. De acordo com uma versão, ao voltar para a Rússia, em outubro, Gapon é assassinado por ordem da Organização de Combate do Partido Social-Revolucionário, depois que revelou ao seu amigo Pinhas Rutenberg que trabalhava para a Okhrana, a polícia secreta.
Este evento foi classificado pelo embaixador britânico na época como um impulso para atividades revolucionárias na Rússia e contribuiu para a Revolução de 1905. O escritor Leão Tolstoy também foi afetado emocionalmente pelo incidente.
        

domingo, janeiro 30, 2022

Hoje é dia de recordar um estúpido e vergonhoso domingo sangrento...

 

Sunday, bloody Sunday - U2

 

I can't believe the news today
Oh, I can't close my eyes and make it go away

   

How long, how long must we sing this song?
How long? How long?
'Cause tonight, we can be as one
Tonight

   

Broken bottles under children's feet
Bodies strewn across the dead end street
But I won't heed the battle call
It puts my back up
Puts my back up against the wall

  

Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday
Alright, let's go!

  

And the battle's just begun
There's many lost, but tell me, who has won?
The trench is dug within our hearts
And mothers, children, brothers, sisters
Torn apart

  

Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday

  

How long, how long must we sing this song?
How long, how long?
'Cause tonight, we can be as one
Tonight, tonight

  

Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday (tonight, tonight)
Come get some!

  

Wipe the tears from your eyes
Wipe your tears away
Oh, wipe your tears away
Oh, wipe your tears away
Oh, wipe your bloodshot eyes

  

(Sunday, bloody Sunday)
(Sunday, bloody Sunday)
(Sunday, bloody Sunday)
Sunday, bloody Sunday

  

(Sunday, bloody Sunday)
Sunday, bloody Sunday
Alright, let's go!

  

And it's true, we are immune
When fact is fiction and TV reality
And today, the millions cry
We eat and drink while tomorrow, they die
The real battle just begun (Sunday, bloody Sunday)
To claim the victory Jesus won (Sunday, bloody Sunday)
On

 

Sunday, bloody Sunday
Sunday, bloody Sunday

O Domingo Sangrento foi há cinquenta anos...

O Padre Edward Daly (futuro Bispo de Derry) com a bandeira branca manchada de sangue, tentando levar Jackie Duddy, ferido de morte
      
Domingo Sangrento (em gaélico: Domhnach na Fola, Bloody Sunday, em inglês) foi um confronto entre manifestantes católicos e protestantes, e o exército inglês ocorrido na cidade de Derry, na Irlanda do Norte, no dia 30 de janeiro de 1972. O movimento teve início com um protesto de dez mil manifestantes que pretendiam, saindo do bairro de Creggan em marcha pelas ruas católicas da cidade, chegar até a Câmara Municipal. Antes disso, entretanto, os soldados ingleses partiram para ofensiva e disparam contra os manifestantes, deixando 14 ativistas católicos mortos e 26 feridos.
Das catorze vítimas mortas, seis eram menores de idade e um sétimo ferido faleceu meses depois do incidente. Todas as vítimas estavam desarmadas e cinco delas foram alvejadas pelas costas. Os manifestantes protestavam contra a política do governo norte-irlandês de prender sumariamente pessoas suspeitas de atos terroristas. O incidente, que entrou para a história da ilha, era para apoiar o Exército Republicano Irlandês, o IRA, uma organização clandestina que lutava pela separação da Irlanda do Norte da Grã-Bretanha e posterior união com a República da Irlanda. Após o "Domingo Sangrento", o IRA ganhou um número enorme de jovens voluntários, dando força ainda maior a esse movimento de guerrilha. Em memória da data, foi feita a canção "Sunday Bloody Sunday!" em 1983, pela banda irlandesa U2. Paul McCartney também tratou do incidente, na canção "Give Ireland Back To The Irish", lançada em compacto com sua então nova banda, os Wings, em fevereiro de 1972.
Duas investigações foram realizadas pelo Governo britânico. O Widgery Tribunal, realizada no rescaldo do evento, ilibou em grande parte os soldados britânicos e as autoridades da responsabilidade, mas foi criticado por muitos como um "branqueamento" do incidente, incluindo pelo antigo chefe de equipe de Tony Blair, Jonathan Powell. O Inquérito Saville, iniciado em 1998 para analisar os acontecimentos novamente (presidida por Lord Saville de Newdigate), apresentou um relatório, em 2010,  que mostrava que os soldados e autoridades do Reino Unido procederam de forma errada, levando à apresentação de desculpas às famílias das vítimas por parte do Primeiro Ministro do Reino Unido.
O Exército Republicano Irlandês (IRA) iniciara a sua campanha contra a Irlanda do Norte ser uma parte do Reino Unido havia dois anos antes do Bloody Sunday, mas a interpretação do evento impulsionaram enormemente o recrutamento e o apoio à organização.
O Bloody Sunday continua entre os mais importantes eventos dos apelidados Troubles da Irlanda do Norte, principalmente devido ao facto de ter sido levado a cabo pelo exército britânico.
    

 

   


The death
  • John (Jackie) Duddy. Shot in the chest in the car park of Rossville flats. Four witnesses stated Duddy was unarmed and running away from the paratroopers when he was killed. Three of them saw a soldier take deliberate aim at the youth as he ran. He is the uncle of the Irish boxer John Duddy.
  • Patrick Joseph Doherty. Shot from behind while attempting to crawl to safety in the forecourt of Rossville flats. Doherty was the subject of a series of photographs, taken before and after he died by French journalist Gilles Peress. Despite testimony from "Soldier F" that he had fired at a man holding and firing a pistol, Widgery acknowledged that the photographs showed Doherty was unarmed, and that forensic tests on his hands for gunshot residue proved negative.
  • Bernard McGuigan. Shot in the back of the head when he went to help Patrick Doherty. He had been waving a white handkerchief at the soldiers to indicate his peaceful intentions.
  • Hugh Pius Gilmour. Shot through his right elbow, the bullet then entering his chest as he ran from the paratroopers on Rossville Street. Widgery acknowledged that a photograph taken seconds after Gilmour was hit corroborated witness reports that he was unarmed, and that tests for gunshot residue were negative.
  • Kevin McElhinney. Shot from behind while attempting to crawl to safety at the front entrance of the Rossville Flats. Two witnesses stated McElhinney was unarmed.
  • Michael Gerald Kelly. Shot in the stomach while standing near the rubble barricade in front of Rossville Flats. Widgery accepted that Kelly was unarmed.
  • John Pius Young. Shot in the head while standing at the rubble barricade. Two witnesses stated Young was unarmed.
  • William Noel Nash. Shot in the chest near the barricade. Witnesses stated Nash was unarmed and going to the aid of another when killed.
  • Michael M. McDaid. Shot in the face at the barricade as he was walking away from the paratroopers. The trajectory of the bullet indicated he could have been killed by soldiers positioned on the Derry Walls.
  • James Joseph Wray. Wounded then shot again at close range while lying on the ground. Witnesses who were not called to the Widgery Tribunal stated that Wray was calling out that he could not move his legs before he was shot the second time.
  • Gerald Donaghey. Shot in the stomach while attempting to run to safety between Glenfada Park and Abbey Park. Donaghey was brought to a nearby house by bystanders where he was examined by a doctor. His pockets were turned out in an effort to identify him. A later police photograph of Donaghey's corpse showed nail bombs in his pockets. Neither those who searched his pockets in the house nor the British army medical officer (Soldier 138) who pronounced him dead shortly afterwards say they saw any bombs. Donaghey had been a member of Fianna Éireann, an IRA-linked Republican youth movement. Paddy Ward, a police informer who gave evidence at the Saville Inquiry, claimed that he had given two nail bombs to Donaghey several hours before he was shot dead.
  • Gerard (James) McKinney. Shot just after Gerald Donaghey. Witnesses stated that McKinney had been running behind Donaghey, and he stopped and held up his arms, shouting "Don't shoot! Don't shoot!", when he saw Donaghey fall. He was then shot in the chest.
  • William Anthony McKinney. Shot from behind as he attempted to aid Gerald McKinney (no relation). He had left cover to try to help Gerald.
  • John Johnston. Shot in the leg and left shoulder on William Street 15 minutes before the rest of the shooting started. Johnston was not on the march, but on his way to visit a friend in Glenfada Park. He died 4½ months later; his death has been attributed to the injuries he received on the day. He was the only one not to die immediately or soon after being shot.
        

sábado, janeiro 22, 2022

O Domingo Sangrento russo foi há 117 anos

    
O Domingo Sangrento foi um massacre que aconteceu a 22 de janeiro (de acordo com o antigo calendário, 9 de janeiro) de 1905, na cidade de São Petersburgo, no Império Russo, onde manifestantes pacíficos marcharam até ao Palácio de Inverno para apresentar uma petição ao Czar Nicolau II e foram baleados pela Guarda Imperial. A marcha foi organizada pelo padre George Gapon, que colaborou com Sergei Zubatov, da Okhrana, a polícia secreta czarista, para destruir organizações de trabalhadores.
  
Prelúdio
No mês de dezembro anterior, uma greve aconteceu na fábrica Putilov. Simpatizantes em outras partes da cidade aumentaram o número de grevistas para cerca de 80 mil. A 8 de janeiro, a cidade não tinha eletricidade ou jornais. Todas as áreas públicas foram declaradas fechadas. George Gapon, um padre ortodoxo russo que se interessava pelas condições vividas pelas classes trabalhadoras e inferiores, organizou uma procissão pacífica de trabalhadores ao Palácio de Inverno para entregar uma petição ao Czar. A petição, escrita por Gapon, deixava claros os problemas e opiniões dos trabalhadores, e pedia por melhores condições de trabalho, salários justos, redução da jornada de trabalho para oito horas e condenava as horas extras que os donos das fábricas forçavam os trabalhadores a cumprir. Outras demandas incluíam o fim da Guerra Russo-japonesa e a introdução do sufrágio universal. Tropas foram dispostas ao redor do Palácio de Inverno e em outros lugares. O czar deixou a cidade no dia 8 de janeiro e foi para Czarkoe Selo.
   
Massacre
No domingo, 22 de janeiro (no calendário juliano, então em vigor na Rússia, 9 de janeiro) de 1905, trabalhadores em greve e as suas famílias reuniram-se em seis pontos na cidade de São Petersburgo, no Império Russo. Eles eram organizados e liderados pelo padre ortodoxo russo George Gapon. Segurando ícones religiosos e cantando hinos e canções patrióticas (particularmente Deus Salve o Czar), uma multidão de "mais de três mil" pessoas prosseguiu sem interferência da polícia em direção ao Palácio de Inverno, residência oficial do Czar. A multidão não sabia que o Czar não estava no palácio. Os piquetes do exército perto do palácio lançaram tiros de advertência e, em seguida, dispararam diretamente contra a multidão para dispersá-la. Gapon foi alvo de tiros perto do Arco do Triunfo de Narva. Cerca de quarenta pessoas ao redor dele foram mortas, no entanto, ele não ficou ferido. Embora o Czar não estivesse no Palácio de Inverno ou mesmo na cidade e não tivesse dado a ordem para as tropas atirar, recebeu toda a culpa pelas mortes, resultando numa onda de amargura do povo russo contra o czar e seu regime autocrático.
O número de mortos é incerto, mas as autoridades da época assumiram 96 mortos e 333 feridos; fontes anti-governo afirmam que os tiros mataram mais de quatro mil pessoas, estimativas moderadas ainda estipulam uma média de cerca de mil mortos e feridos, tanto pelos tiros quanto pisoteados pela população durante o pânico. Outra fonte observa que a estimativa oficial de mortos era de 130 pessoas. Há relatos que no dia até a neve ficou vermelha. O Czar Nicolau II descreveu o dia como "doloroso e triste". Conforme relatos, a desordem civil e saques explodiram por toda a cidade. A marcha de Gapon foi aniquilada naquele dia e ele rapidamente deixou a Rússia. De acordo com uma versão, ao voltar para a Rússia, em outubro, Gapon é assassinado por ordem da Organização de Combate do Partido Social-Revolucionário, depois que revelou ao seu amigo Pinhas Rutenberg que trabalhava para a Okhrana, a polícia secreta.
Este evento foi classificado pelo embaixador britânico na época como um impulso para atividades revolucionárias na Rússia e contribuiu para a Revolução de 1905. O escritor Leão Tolstoy também foi afetado emocionalmente pelo incidente.
      

sábado, janeiro 30, 2021

Sunday, Bloody Sunday...

O Domingo Sangrento foi há 49 anos

O Padre Edward Daly (futuro Bispo de Derry) com a bandeira branca manchada de sangue, tentando levar Jackie Duddy, ferido de morte
      
Domingo Sangrento (em gaélico: Domhnach na Fola, Bloody Sunday, em inglês) foi um confronto entre manifestantes católicos e protestantes, e o exército inglês ocorrido na cidade de Derry, na Irlanda do Norte, no dia 30 de janeiro de 1972. O movimento teve início com um protesto de dez mil manifestantes que pretendiam, saindo do bairro de Creggan em marcha pelas ruas católicas da cidade, chegar até a Câmara Municipal. Antes disso, entretanto, os soldados ingleses partiram para ofensiva e disparam contra os manifestantes, deixando 14 ativistas católicos mortos e 26 feridos.
Das catorze vítimas mortas, seis eram menores de idade e um sétimo ferido faleceu meses depois do incidente. Todas as vítimas estavam desarmadas e cinco delas foram alvejadas pelas costas. Os manifestantes protestavam contra a política do governo norte-irlandês de prender sumariamente pessoas suspeitas de atos terroristas. O incidente, que entrou para a história da ilha, era para apoiar o Exército Republicano Irlandês, o IRA, uma organização clandestina que lutava pela separação da Irlanda do Norte da Grã-Bretanha e posterior união com a República da Irlanda. Após o "Domingo Sangrento", o IRA ganhou um número enorme de jovens voluntários, dando força ainda maior a esse movimento de guerrilha. Em memória da data, foi feita a canção "Sunday Bloody Sunday!" em 1983, pela banda irlandesa U2. Paul McCartney também tratou do incidente, na canção "Give Ireland Back To The Irish", lançada em compacto com sua então nova banda, os Wings, em fevereiro de 1972.
Duas investigações foram realizadas pelo Governo britânico. O Widgery Tribunal, realizada no rescaldo do evento, ilibou em grande parte os soldados britânicos e as autoridades da responsabilidade, mas foi criticado por muitos como um "branqueamento" do incidente, incluindo pelo antigo chefe de equipe de Tony Blair, Jonathan Powell. O Inquérito Saville, iniciado em 1998 para analisar os acontecimentos novamente (presidida por Lord Saville de Newdigate), apresentou um relatório, em 2010,  que mostrava que os soldados e autoridades do Reino Unido procederam de forma errada, levando à apresentação de desculpas às famílias das vítimas por parte do Primeiro Ministro do Reino Unido.
O Exército Republicano Irlandês (IRA) iniciara a sua campanha contra a Irlanda do Norte ser uma parte do Reino Unido havia dois anos antes do Bloody Sunday, mas a interpretação do evento impulsionaram enormemente o recrutamento e o apoio à organização.
O Bloody Sunday continua entre os mais importantes eventos dos apelidados Troubles da Irlanda do Norte, principalmente devido ao facto de ter sido levado a cabo pelo exército britânico.
    
    
Mural by Bogside Artists depicting all who were killed by the British Army on the day
   
The death
  • John (Jackie) Duddy. Shot in the chest in the car park of Rossville flats. Four witnesses stated Duddy was unarmed and running away from the paratroopers when he was killed. Three of them saw a soldier take deliberate aim at the youth as he ran. He is the uncle of the Irish boxer John Duddy.
  • Patrick Joseph Doherty. Shot from behind while attempting to crawl to safety in the forecourt of Rossville flats. Doherty was the subject of a series of photographs, taken before and after he died by French journalist Gilles Peress. Despite testimony from "Soldier F" that he had fired at a man holding and firing a pistol, Widgery acknowledged that the photographs showed Doherty was unarmed, and that forensic tests on his hands for gunshot residue proved negative.
  • Bernard McGuigan. Shot in the back of the head when he went to help Patrick Doherty. He had been waving a white handkerchief at the soldiers to indicate his peaceful intentions.
  • Hugh Pius Gilmour. Shot through his right elbow, the bullet then entering his chest as he ran from the paratroopers on Rossville Street. Widgery acknowledged that a photograph taken seconds after Gilmour was hit corroborated witness reports that he was unarmed, and that tests for gunshot residue were negative.
  • Kevin McElhinney. Shot from behind while attempting to crawl to safety at the front entrance of the Rossville Flats. Two witnesses stated McElhinney was unarmed.
  • Michael Gerald Kelly. Shot in the stomach while standing near the rubble barricade in front of Rossville Flats. Widgery accepted that Kelly was unarmed.
  • John Pius Young. Shot in the head while standing at the rubble barricade. Two witnesses stated Young was unarmed.
  • William Noel Nash. Shot in the chest near the barricade. Witnesses stated Nash was unarmed and going to the aid of another when killed.
  • Michael M. McDaid. Shot in the face at the barricade as he was walking away from the paratroopers. The trajectory of the bullet indicated he could have been killed by soldiers positioned on the Derry Walls.
  • James Joseph Wray. Wounded then shot again at close range while lying on the ground. Witnesses who were not called to the Widgery Tribunal stated that Wray was calling out that he could not move his legs before he was shot the second time.
  • Gerald Donaghey. Shot in the stomach while attempting to run to safety between Glenfada Park and Abbey Park. Donaghey was brought to a nearby house by bystanders where he was examined by a doctor. His pockets were turned out in an effort to identify him. A later police photograph of Donaghey's corpse showed nail bombs in his pockets. Neither those who searched his pockets in the house nor the British army medical officer (Soldier 138) who pronounced him dead shortly afterwards say they saw any bombs. Donaghey had been a member of Fianna Éireann, an IRA-linked Republican youth movement. Paddy Ward, a police informer who gave evidence at the Saville Inquiry, claimed that he had given two nail bombs to Donaghey several hours before he was shot dead.
  • Gerard (James) McKinney. Shot just after Gerald Donaghey. Witnesses stated that McKinney had been running behind Donaghey, and he stopped and held up his arms, shouting "Don't shoot! Don't shoot!", when he saw Donaghey fall. He was then shot in the chest.
  • William Anthony McKinney. Shot from behind as he attempted to aid Gerald McKinney (no relation). He had left cover to try to help Gerald.
  • John Johnston. Shot in the leg and left shoulder on William Street 15 minutes before the rest of the shooting started. Johnston was not on the march, but on his way to visit a friend in Glenfada Park. He died 4½ months later; his death has been attributed to the injuries he received on the day. He was the only one not to die immediately or soon after being shot.
      

sexta-feira, janeiro 22, 2021

Na Rússia, o Domingo Sangrento foi há 116 anos

  
O Domingo Sangrento foi um massacre que aconteceu a 22 de janeiro (de acordo com o antigo calendário, 9 de janeiro) de 1905, na cidade de São Petersburgo, no Império Russo, onde manifestantes pacíficos marcharam até ao Palácio de Inverno para apresentar uma petição ao Czar Nicolau II e foram baleados pela Guarda Imperial. A marcha foi organizada pelo padre George Gapon, que colaborou com Sergei Zubatov, da Okhrana, a polícia secreta czarista, para destruir organizações de trabalhadores.
  
Prelúdio
No mês de dezembro anterior, uma greve aconteceu na fábrica Putilov. Simpatizantes em outras partes da cidade aumentaram o número de grevistas para cerca de 80 mil. A 8 de janeiro, a cidade não tinha eletricidade ou jornais. Todas as áreas públicas foram declaradas fechadas. George Gapon, um padre ortodoxo russo que se interessava pelas condições vividas pelas classes trabalhadoras e inferiores, organizou uma procissão pacífica de trabalhadores ao Palácio de Inverno para entregar uma petição ao Czar. A petição, escrita por Gapon, deixava claros os problemas e opiniões dos trabalhadores, e pedia por melhores condições de trabalho, salários justos, redução da jornada de trabalho para oito horas e condenava as horas extras que os donos das fábricas forçavam os trabalhadores a cumprir. Outras demandas incluíam o fim da Guerra Russo-japonesa e a introdução do sufrágio universal. Tropas foram dispostas ao redor do Palácio de Inverno e em outros lugares. O czar deixou a cidade no dia 8 de janeiro e foi para Czarkoe Selo.
   
Massacre
No domingo, 22 de janeiro (no calendário juliano, então em vigor na Rússia, 9 de janeiro) de 1905, trabalhadores em greve e as suas famílias reuniram-se em seis pontos na cidade de São Petersburgo, no Império Russo. Eles eram organizados e liderados pelo padre ortodoxo russo George Gapon. Segurando ícones religiosos e cantando hinos e canções patrióticas (particularmente Deus Salve o Czar), uma multidão de "mais de três mil" pessoas prosseguiu sem interferência da polícia em direção ao Palácio de Inverno, residência oficial do Czar. A multidão não sabia que o Czar não estava no palácio. Os piquetes do exército perto do palácio lançaram tiros de advertência e, em seguida, dispararam diretamente contra a multidão para dispersá-la. Gapon foi alvo de tiros perto do Arco do Triunfo de Narva. Cerca de quarenta pessoas ao redor dele foram mortas, no entanto, ele não ficou ferido. Embora o Czar não estivesse no Palácio de Inverno ou mesmo na cidade e não tivesse dado a ordem para as tropas atirar, recebeu toda a culpa pelas mortes, resultando numa onda de amargura do povo russo contra o czar e seu regime autocrático.
O número de mortos é incerto, mas as autoridades da época assumiram 96 mortos e 333 feridos; fontes anti-governo afirmam que os tiros mataram mais de quatro mil pessoas, estimativas moderadas ainda estipulam uma média de cerca de mil mortos e feridos, tanto pelos tiros quanto pisoteados pela população durante o pânico. Outra fonte observa que a estimativa oficial de mortos era de 130 pessoas. Há relatos que no dia até a neve ficou vermelha. O Czar Nicolau II descreveu o dia como "doloroso e triste". Conforme relatos, a desordem civil e saques explodiram por toda a cidade. A marcha de Gapon foi aniquilada naquele dia e ele rapidamente deixou a Rússia. De acordo com uma versão, ao voltar para a Rússia, em outubro, Gapon é assassinado por ordem da Organização de Combate do Partido Social-Revolucionário, depois que revelou ao seu amigo Pinhas Rutenberg que trabalhava para a Okhrana, a polícia secreta.
Este evento foi classificado pelo embaixador britânico na época como um impulso para atividades revolucionárias na Rússia e contribuiu para a Revolução de 1905. O escritor Leão Tolstoy também foi afetado emocionalmente pelo incidente.
      

quinta-feira, janeiro 30, 2020

O Domingo Sangrento foi há 48 anos

O Padre Edward Daly (futuro Bispo de Derry) com a bandeira branca manchada de sangue, tentando levar Jackie Duddy, ferido de morte
      
Domingo Sangrento (em gaélico: Domhnach na Fola, Bloody Sunday, em inglês) foi um confronto entre manifestantes católicos e protestantes, e o exército inglês ocorrido na cidade de Derry, na Irlanda do Norte, no dia 30 de janeiro de 1972. O movimento teve início com um protesto de dez mil manifestantes que pretendiam, saindo do bairro de Creggan em marcha pelas ruas católicas da cidade, chegar até a Câmara Municipal. Antes disso, entretanto, os soldados ingleses partiram para ofensiva e disparam contra os manifestantes, deixando 14 ativistas católicos mortos e 26 feridos.
Das catorze vítimas mortas, seis eram menores de idade e um sétimo ferido faleceu meses depois do incidente. Todas as vítimas estavam desarmadas e cinco delas foram alvejadas pelas costas. Os manifestantes protestavam contra a política do governo norte-irlandês de prender sumariamente pessoas suspeitas de atos terroristas. O incidente, que entrou para a história da ilha, era para apoiar o Exército Republicano Irlandês, o IRA, uma organização clandestina que lutava pela separação da Irlanda do Norte da Grã-Bretanha e posterior união com a República da Irlanda. Após o "Domingo Sangrento", o IRA ganhou um número enorme de jovens voluntários, dando força ainda maior a esse movimento de guerrilha. Em memória da data, foi feita a canção "Sunday Bloody Sunday!" em 1983, pela banda irlandesa U2. Paul McCartney também tratou do incidente, na canção "Give Ireland Back To The Irish", lançada em compacto com sua então nova banda, os Wings, em fevereiro de 1972.
Duas investigações foram realizadas pelo Governo britânico. O Widgery Tribunal, realizada no rescaldo do evento, ilibou em grande parte os soldados britânicos e as autoridades da responsabilidade, mas foi criticado por muitos como um "branqueamento" do incidente, incluindo pelo antigo chefe de equipe de Tony Blair, Jonathan Powell. O Inquérito Saville, iniciado em 1998 para analisar os acontecimentos novamente (presidida por Lord Saville de Newdigate), apresentou um relatório, em 2010,  que mostrava que os soldados e autoridades do Reino Unido procederam de forma errada, levando à apresentação de desculpas às famílias das vítimas por parte do Primeiro Ministro do Reino Unido.
O Exército Republicano Irlandês (IRA) iniciara a sua campanha contra a Irlanda do Norte ser uma parte do Reino Unido havia dois anos antes do Bloody Sunday, mas a interpretação do evento impulsionaram enormemente o recrutamento e o apoio à organização.
O Bloody Sunday continua entre os mais importantes eventos dos apelidados Troubles da Irlanda do Norte, principalmente devido ao facto de ter sido levado a cabo pelo exército britânico.
    
    
Mural by Bogside Artists depicting all who were killed by the British Army on the day
   
The death
  • John (Jackie) Duddy. Shot in the chest in the car park of Rossville flats. Four witnesses stated Duddy was unarmed and running away from the paratroopers when he was killed. Three of them saw a soldier take deliberate aim at the youth as he ran. He is the uncle of the Irish boxer John Duddy.
  • Patrick Joseph Doherty. Shot from behind while attempting to crawl to safety in the forecourt of Rossville flats. Doherty was the subject of a series of photographs, taken before and after he died by French journalist Gilles Peress. Despite testimony from "Soldier F" that he had fired at a man holding and firing a pistol, Widgery acknowledged that the photographs showed Doherty was unarmed, and that forensic tests on his hands for gunshot residue proved negative.
  • Bernard McGuigan. Shot in the back of the head when he went to help Patrick Doherty. He had been waving a white handkerchief at the soldiers to indicate his peaceful intentions.
  • Hugh Pius Gilmour. Shot through his right elbow, the bullet then entering his chest as he ran from the paratroopers on Rossville Street. Widgery acknowledged that a photograph taken seconds after Gilmour was hit corroborated witness reports that he was unarmed, and that tests for gunshot residue were negative.
  • Kevin McElhinney. Shot from behind while attempting to crawl to safety at the front entrance of the Rossville Flats. Two witnesses stated McElhinney was unarmed.
  • Michael Gerald Kelly. Shot in the stomach while standing near the rubble barricade in front of Rossville Flats. Widgery accepted that Kelly was unarmed.
  • John Pius Young. Shot in the head while standing at the rubble barricade. Two witnesses stated Young was unarmed.
  • William Noel Nash. Shot in the chest near the barricade. Witnesses stated Nash was unarmed and going to the aid of another when killed.
  • Michael M. McDaid. Shot in the face at the barricade as he was walking away from the paratroopers. The trajectory of the bullet indicated he could have been killed by soldiers positioned on the Derry Walls.
  • James Joseph Wray. Wounded then shot again at close range while lying on the ground. Witnesses who were not called to the Widgery Tribunal stated that Wray was calling out that he could not move his legs before he was shot the second time.
  • Gerald Donaghey. Shot in the stomach while attempting to run to safety between Glenfada Park and Abbey Park. Donaghey was brought to a nearby house by bystanders where he was examined by a doctor. His pockets were turned out in an effort to identify him. A later police photograph of Donaghey's corpse showed nail bombs in his pockets. Neither those who searched his pockets in the house nor the British army medical officer (Soldier 138) who pronounced him dead shortly afterwards say they saw any bombs. Donaghey had been a member of Fianna Éireann, an IRA-linked Republican youth movement. Paddy Ward, a police informer who gave evidence at the Saville Inquiry, claimed that he had given two nail bombs to Donaghey several hours before he was shot dead.
  • Gerard (James) McKinney. Shot just after Gerald Donaghey. Witnesses stated that McKinney had been running behind Donaghey, and he stopped and held up his arms, shouting "Don't shoot! Don't shoot!", when he saw Donaghey fall. He was then shot in the chest.
  • William Anthony McKinney. Shot from behind as he attempted to aid Gerald McKinney (no relation). He had left cover to try to help Gerald.
  • John Johnston. Shot in the leg and left shoulder on William Street 15 minutes before the rest of the shooting started. Johnston was not on the march, but on his way to visit a friend in Glenfada Park. He died 4½ months later; his death has been attributed to the injuries he received on the day. He was the only one not to die immediately or soon after being shot.
   
in Wikipédia
        

quarta-feira, janeiro 22, 2020

O Domingo Sangrento russo foi há 115 anos

O Domingo Sangrento foi um massacre que aconteceu a 22 de janeiro (de acordo com o antigo calendário, 9 de janeiro) de 1905, na cidade de São Petersburgo, no Império Russo, onde manifestantes pacíficos marcharam até ao Palácio de Inverno para apresentar uma petição ao Czar Nicolau II e foram baleados pela Guarda Imperial. A marcha foi organizada pelo padre George Gapon, que colaborou com Sergei Zubatov, da Okhrana, a polícia secreta czarista, para destruir organizações de trabalhadores.
  
Prelúdio
No mês de dezembro anterior, uma greve aconteceu na fábrica Putilov. Simpatizantes em outras partes da cidade aumentaram o número de grevistas para cerca de 80 mil. A 8 de janeiro, a cidade não tinha eletricidade ou jornais. Todas as áreas públicas foram declaradas fechadas. George Gapon, um padre ortodoxo russo que se interessava pelas condições vividas pelas classes trabalhadoras e inferiores, organizou uma procissão pacífica de trabalhadores ao Palácio de Inverno para entregar uma petição ao Czar. A petição, escrita por Gapon, deixava claros os problemas e opiniões dos trabalhadores, e pedia por melhores condições de trabalho, salários justos, redução da jornada de trabalho para oito horas e condenava as horas extras que os donos das fábricas forçavam os trabalhadores a cumprir. Outras demandas incluíam o fim da Guerra Russo-japonesa e a introdução do sufrágio universal. Tropas foram dispostas ao redor do Palácio de Inverno e em outros lugares. O czar deixou a cidade no dia 8 de janeiro e foi para Czarkoe Selo.
  
Massacre
No domingo, 22 de janeiro (no calendário juliano, então em vigor na Rússia, 9 de janeiro) de 1905, trabalhadores em greve e as suas famílias reuniram-se em seis pontos na cidade de São Petersburgo, no Império Russo. Eles eram organizados e liderados pelo padre ortodoxo russo George Gapon. Segurando ícones religiosos e cantando hinos e canções patrióticas (particularmente Deus Salve o Czar), uma multidão de "mais de três mil" pessoas prosseguiu sem interferência da polícia em direção ao Palácio de Inverno, residência oficial do Czar. A multidão não sabia que o Czar não estava no palácio. Os piquetes do exército perto do palácio lançaram tiros de advertência e, em seguida, dispararam diretamente contra a multidão para dispersá-la. Gapon foi alvo de tiros perto do Arco do Triunfo de Narva. Cerca de quarenta pessoas ao redor dele foram mortas, no entanto, ele não ficou ferido. Embora o Czar não estivesse no Palácio de Inverno ou mesmo na cidade e não tivesse dado a ordem para as tropas atirar, recebeu toda a culpa pelas mortes, resultando numa onda de amargura do povo russo contra o czar e seu regime autocrático.
O número de mortos é incerto, mas as autoridades da época assumiram 96 mortos e 333 feridos; fontes anti-governo afirmam que os tiros mataram mais de quatro mil pessoas, estimativas moderadas ainda estipulam uma média de cerca de mil mortos e feridos, tanto pelos tiros quanto pisoteados pela população durante o pânico. Outra fonte observa que a estimativa oficial de mortos era de 130 pessoas. Há relatos que no dia até a neve ficou vermelha. O Czar Nicolau II descreveu o dia como "doloroso e triste". Conforme relatos, a desordem civil e saques explodiram por toda a cidade. A marcha de Gapon foi aniquilada naquele dia e ele rapidamente deixou a Rússia. De acordo com uma versão, ao voltar para a Rússia, em outubro, Gapon é assassinado por ordem da Organização de Combate do Partido Social-Revolucionário, depois que revelou ao seu amigo Pinhas Rutenberg que trabalhava para a Okhrana, a polícia secreta.
Este evento foi classificado pelo embaixador britânico na época como um impulso para atividades revolucionárias na Rússia e contribuiu para a Revolução de 1905. O escritor Leão Tolstoy também foi afetado emocionalmente pelo incidente.
      

quarta-feira, janeiro 30, 2019

O Domingo Sangrento foi há 47 anos

O Padre Edward Daly (futuro Bispo de Derry) com a bandeira branca manchada de sangue, tentando levar Jackie Duddy, ferido de morte
  
Domingo Sangrento (em gaélico: Domhnach na Fola, Bloody Sunday, em inglês) foi um confronto entre manifestantes católicos e protestantes, e o exército inglês ocorrido na cidade de Derry, na Irlanda do Norte, no dia 30 de janeiro de 1972. O movimento teve início com um protesto de dez mil manifestantes que pretendiam, saindo do bairro de Creggan em marcha pelas ruas católicas da cidade, chegar até a Câmara Municipal. Antes disso, entretanto, os soldados ingleses partiram para ofensiva e disparam contra os manifestantes, deixando 14 ativistas católicos mortos e 26 feridos.
Das catorze vítimas mortas, seis eram menores de idade e um sétimo ferido faleceu meses depois do incidente. Todas as vítimas estavam desarmadas e cinco delas foram alvejadas pelas costas. Os manifestantes protestavam contra a política do governo norte-irlandês de prender sumariamente pessoas suspeitas de atos terroristas. O incidente, que entrou para a história da ilha, era para apoiar o Exército Republicano Irlandês, o IRA, uma organização clandestina que lutava pela separação da Irlanda do Norte da Grã-Bretanha e posterior união com a República da Irlanda. Após o "Domingo Sangrento", o IRA ganhou um número enorme de jovens voluntários, dando força ainda maior a esse movimento de guerrilha. Em memória da data, foi feita a canção "Sunday Bloody Sunday!" em 1983, pela banda irlandesa U2. Paul McCartney também tratou do incidente, na canção "Give Ireland Back To The Irish", lançada em compacto com sua então nova banda, os Wings, em fevereiro de 1972.
Duas investigações foram realizadas pelo Governo britânico. O Widgery Tribunal, realizada no rescaldo do evento, ilibou em grande parte os soldados britânicos e as autoridades da responsabilidade, mas foi criticado por muitos como um "branqueamento" do incidente, incluindo pelo antigo chefe de equipe de Tony Blair, Jonathan Powell. O Inquérito Saville, iniciado em 1998 para analisar os acontecimentos novamente (presidida por Lord Saville de Newdigate), apresentou um relatório, em 2010,  que mostrava que os soldados e autoridades do Reino Unido procederam de forma errada, levando à apresentação de desculpas às famílias das vítimas por parte do Primeiro Ministro do Reino Unido.
O Exército Republicano Irlandês (IRA) iniciara a sua campanha contra a Irlanda do Norte ser uma parte do Reino Unido havia dois anos antes do Bloody Sunday, mas a interpretação do evento impulsionaram enormemente o recrutamento e o apoio à organização.
O Bloody Sunday continua entre os mais importantes eventos dos apelidados Troubles da Irlanda do Norte, principalmente devido ao facto de ter sido levado a cabo pelo exército britânico.
  
  
Mural by Bogside Artists depicting all who were killed by the British Army on the day
The death
  • John (Jackie) Duddy. Shot in the chest in the car park of Rossville flats. Four witnesses stated Duddy was unarmed and running away from the paratroopers when he was killed. Three of them saw a soldier take deliberate aim at the youth as he ran. He is the uncle of the Irish boxer John Duddy.
  • Patrick Joseph Doherty. Shot from behind while attempting to crawl to safety in the forecourt of Rossville flats. Doherty was the subject of a series of photographs, taken before and after he died by French journalist Gilles Peress. Despite testimony from "Soldier F" that he had fired at a man holding and firing a pistol, Widgery acknowledged that the photographs showed Doherty was unarmed, and that forensic tests on his hands for gunshot residue proved negative.
  • Bernard McGuigan. Shot in the back of the head when he went to help Patrick Doherty. He had been waving a white handkerchief at the soldiers to indicate his peaceful intentions.
  • Hugh Pius Gilmour. Shot through his right elbow, the bullet then entering his chest as he ran from the paratroopers on Rossville Street. Widgery acknowledged that a photograph taken seconds after Gilmour was hit corroborated witness reports that he was unarmed, and that tests for gunshot residue were negative.
  • Kevin McElhinney. Shot from behind while attempting to crawl to safety at the front entrance of the Rossville Flats. Two witnesses stated McElhinney was unarmed.
  • Michael Gerald Kelly. Shot in the stomach while standing near the rubble barricade in front of Rossville Flats. Widgery accepted that Kelly was unarmed.
  • John Pius Young. Shot in the head while standing at the rubble barricade. Two witnesses stated Young was unarmed.
  • William Noel Nash. Shot in the chest near the barricade. Witnesses stated Nash was unarmed and going to the aid of another when killed.
  • Michael M. McDaid. Shot in the face at the barricade as he was walking away from the paratroopers. The trajectory of the bullet indicated he could have been killed by soldiers positioned on the Derry Walls.
  • James Joseph Wray. Wounded then shot again at close range while lying on the ground. Witnesses who were not called to the Widgery Tribunal stated that Wray was calling out that he could not move his legs before he was shot the second time.
  • Gerald Donaghey. Shot in the stomach while attempting to run to safety between Glenfada Park and Abbey Park. Donaghey was brought to a nearby house by bystanders where he was examined by a doctor. His pockets were turned out in an effort to identify him. A later police photograph of Donaghey's corpse showed nail bombs in his pockets. Neither those who searched his pockets in the house nor the British army medical officer (Soldier 138) who pronounced him dead shortly afterwards say they saw any bombs. Donaghey had been a member of Fianna Éireann, an IRA-linked Republican youth movement. Paddy Ward, a police informer who gave evidence at the Saville Inquiry, claimed that he had given two nail bombs to Donaghey several hours before he was shot dead.
  • Gerard (James) McKinney. Shot just after Gerald Donaghey. Witnesses stated that McKinney had been running behind Donaghey, and he stopped and held up his arms, shouting "Don't shoot! Don't shoot!", when he saw Donaghey fall. He was then shot in the chest.
  • William Anthony McKinney. Shot from behind as he attempted to aid Gerald McKinney (no relation). He had left cover to try to help Gerald.
  • John Johnston. Shot in the leg and left shoulder on William Street 15 minutes before the rest of the shooting started. Johnston was not on the march, but on his way to visit a friend in Glenfada Park. He died 4½ months later; his death has been attributed to the injuries he received on the day. He was the only one not to die immediately or soon after being shot.