terça-feira, setembro 23, 2025
Aldo Moro nasceu há cento e nove anos...
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Marcadores: Aldo Moro, assassinato, Brigadas Vermelhas, democracia cristã, Itália, terrorismo
São Pio de Pietrelcina morreu há 57 anos
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Pablo Neruda morreu há cinquenta e dois anos...
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Escribir: por ejemplo: «La noche está estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos.»
El viento de la noche gira en el cielo y canta.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Yo la quise, y a veces ella también me quiso.
En las noches como ésta la tuve entre mis brazos.
La besé tantas veces bajo el cielo infinito.
Ella me quiso, a veces yo también la quería.
Cómo no haber amado sus grandes ojos fijos.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido.
Oír la noche inmensa, más inmensa sin ella.
Y el verso cae al alma como al pasto el rocío.
Qué importa que mi amor no pudiera guardarla.
la noche está estrellada y ella no está conmigo.
Eso es todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos.
Mi alma no se contenta con haberla perdido.
Como para acercarla mi mirada la busca.
Mi corazón la busca, y ella no está conmigo.
la misma noche que hace blanquear los mismos árboles.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.
Ya no la quiero, es cierto, pero cuánto la quise.
Mi voz buscaba el viento para tocar su oído.
De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.
Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.
Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido.
Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos,
mi alma no se contenta con haberla perdido.
Aunque éste sea el último dolor que ella me causa,
y éstos sean los últimos versos que yo le escribo.
in Veinte poemas de amor y una canción desesperada - Pablo Neruda
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.
Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.
Pablo Neruda - tradução de Fernando Assis Pacheco
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Ruben A. morreu há cinquenta anos...
Nasceu a 26 de maio de 1920 na então Praça do Rio de Janeiro (atual Príncipe Real), freguesia das Mercês, em Lisboa. Era o filho mais novo de Ruben da Silva Leitão e Gardina Andresen. Como primos do lado materno contam-se a escritora Sophia de Mello Breyner Andresen e o arquiteto João Andresen; do lado paterno o pintor Ruy Leitão.
A sua vida estudantil foi atribulada, com várias mudanças de liceu e reprovações. Aos 18 anos, em 1938, vai viajar sozinho a Berlim e Viena, ficando a conhecer a Alemanha de Hitler durante 2 meses.
Preparou-se para entrar no curso de Ciências Histórico-Filosóficas em Lisboa, tendo recebido explicações de Agostinho da Silva. Depois de ter sido reprovado na cadeira de Anatomia, desiste e muda-se para Coimbra.
Licenciou-se na Universidade de Coimbra em Ciências Histórico-Filosóficas em 1945, onde foi colega do pensador Eduardo Lourenço. Fez uma tese de licenciatura sobre os textos e correspondência inédita do rei D. Pedro V, temática que irá explorar ao longo da sua vida.
Torna-se professor de Francês num liceu. Em setembro de 1947, parte para Inglaterra para ser leitor no departamento de português no King's College de Londres, como bolseiro do Instituto para a Alta Cultura.
Foi professor no King's College, em Londres, de 1947 a 1952. Casou-se com Rosemary Bach, aluna do departamento no King's College, que será mãe dos seus 4 filhos: Alexandra, Catarina, Cristóvão e Nicolau.
Em setembro de 1950, investe o dinheiro da herança da venda da quinta do Campo Alegre, no Porto, na construção de uma casa de campo. Escolhe uma terra no Alto Minho, no lugar de Montedor, em Carreço, com o projeto de autoria do seu primo João Andresen.
A sua obra Páginas II escandaliza Salazar, resultando na demissão de Ruben Leitão no lugar de leitor que ocupava em Londres e no seu regresso a Lisboa.
Foi funcionário da Embaixada do Brasil em Lisboa de 1954 a 1972. Nesta data, foi nomeado administrador da Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Foi igualmente diretor-geral dos Assuntos Culturais do Ministério da Educação e Cultura. A 9 de julho de 1973, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
Nos anos 70, compra um monte perto de Estremoz, o Monte dos Pensamentos.
Divorcia-se de Rosemary e aceita o convite da Universidade de Oxford para ser docente no Saint Antony's College. Três dias depois de chegar a Londres, morre de ataque cardíaco. Foi enterrado, em campa rasa, no cemitério do Carreço; a sua campa tem um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen.
Em 1976, a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Lisboa alterou a designação da Travessa das Chagas, na freguesia das Mercês, onde tinha nascido Ruben A. e perto da qual, na Rua do Monte Olivete, tinha residência, para Rua Ruben A. Leitão, ficando assim consagrado na toponímia da cidade.
A 23 de setembro de 2020 foi feito Grande-Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico a título póstumo.
O Amor é Inevitável
(O Amor) É inevitável, faz parte da combustão da natureza, é força, mar, elemento, água, fogo, destruição, é atmosfera, respira-se, quando se morre abandona-se, o amor deixa, fica isolado, é um elemento, come-se, bebe-se, sustenta pão, pão diário para rico e pobre, pão que ilumina o forno do amassador, aparece nas condições mais estranhas, bicho que nasce, copula dentro de si mesmo, paira, espermatozóide e óvulo, as duas coisas ao mesmo tempo, amor é assim outro elemento fundamental da natureza, as pessoas vivem tanto com o amor, ou tão alheias do amor, que nem notam, raro percebem que o amor existe, raro percebem que respiram, que a água está, é indispensável, ninguém pode viver alheio aos elementos, ao amor.
in Silêncio para 4 - Ruben A.
O chefe Dan George morreu há 44 anos...
Robert Bloch morreu há trinta e um anos
(...)
Bloch foi por diversas vezes galardoado, tendo recebido um Prémio Hugo, um Bram Stoker Award e um World Fantasy Award. Chegou a ser presidente, de 1970 a 1971, da Mistery Writers of America e foi membro da Science Fiction and Fantasy Writers of America. Faleceu por causa de um cancro em 23 de setembro de 1994. Foi sepultado no Westwood Village Memorial Park Cemetery.
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Marcadores: literatura, Psico, Robert Bloch
António Ramos Rosa morreu há doze anos...
António Vítor Ramos Rosa (Faro, 17 de outubro de 1924 – Lisboa, 23 de setembro de 2013), foi um poeta, tradutor e desenhador português.
Biografia
António Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino
secundário por questões de saúde. Em 1958 publica no jornal «A Voz de
Loulé» o poema "Os dias, sem matéria". No mesmo ano sai o seu primeiro
livro «O Grito Claro», n.º 1 da coleção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo, e também poeta, Casimiro de Brito.
Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia»,
que em 1960 encerra a edição, por ordem da polícia política.
Foi um dos fundadores da revista de poesia Árvore, existente entre 1951 e 1953, e fez parte do MUD Juvenil.
A 10 de junho de 1992 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 9 de junho de 1997 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro. Em 2003, a Universidade do Algarve, atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.
Uma Voz na Pedra
Não sei
se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha ebriedade é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra.
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Marcadores: António Ramos Rosa, poesia, saudades
Hoje temos a Geórgia no pensamento...
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Marcadores: blues, country, Georgia on my mind, gospel, jazz, música, pop, Ray Charles, Rhythm and Blues, Rock and Roll, soul
Hoje é dia de ouvir Bruce Springsteen...
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Marcadores: Bruce Springsteen, folk rock, Glory Days, heartland rock, música, Roots rock
segunda-feira, setembro 22, 2025
Glosa à chegada da nova estação...
Balada do Outono - José Afonso
Meu sono vazio
Não vão acordar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Poentes morrendo
P'ras bandas do mar
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
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Marcadores: Balada do Outono, equinócio, Equinócio do Outono, música, Outono, Zeca Afonso
Shaka Zulu morreu há 197 anos...
Shaka kaSenzangakhona (Mthethwa Paramountcy, circa July 1787 – KwaDukuza, 22 September 1828), also known as Shaka Zulu and Sigidi kaSenzangakhona, was the founder of the Zulu Kingdom from 1816 to 1828. He was one of the most influential monarchs of the Zulu, responsible for re-organizing the military into a formidable force via a series of wide-reaching and influential reforms.
King Shaka was born in the lunar month of uNtulikazi (July) in the year of 1787 near present-day Melmoth, KwaZulu-Natal Province, the son of the Zulu King Senzangakhona kaJama. Spurned as an illegitimate son, Shaka spent his childhood in his mother's settlements, where he was initiated into an ibutho lempi (fighting unit), serving as a warrior under Inkosi Dingiswayo.
King Shaka further refined the ibutho military system and, with the Mthethwa Paramountcy's support over the next several years, forged alliances with his smaller neighbours to counter the growing threat from Ndwandwe raids from the north. The initial Zulu maneuvers were primarily defensive, as King Shaka preferred to apply pressure diplomatically, with an occasional strategic assassination. His reforms of local society built on existing structures. Although he preferred social and propagandistic political methods, he also engaged in a number of battles.
King Shaka's reign coincided with the start of the Mfecane/Difaqane ("Upheaval" or "Crushing"), a period of devastating warfare and chaos in southern Africa between 1815 and about 1840 that depopulated the region. His role in the Mfecane/Difaqane is highly controversial. He was ultimately assassinated by his half-brothers King Dingane and Prince Mhlangana.
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Marcadores: África do Sul, estratégia militar, guerra, Shaka Zulu, zulus
Hoje o dia e a noite duram doze horas - e o outono começa às 18.19 horas...
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Marcadores: astronomia, equinócio, Outono
A escravatura foi abolida nos Estados Unidos da América há 163 anos
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David Coverdale celebra hoje setenta e quatro anos
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Marcadores: David Coverdale, Deep Purple, hard rock, heavy metal, Is This Love, música, Whitesnake
Nick Cave faz hoje 68 anos
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Marcadores: Austrália, Into my arms, música, Nick Cave, Nick Cave and The Bad Seeds, Pós-punk, Rock alternativo
Andrea Bocelli nasceu há 67 anos
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Marcadores: Andrea Bocelli, Canto Della Terra, cegos, easy listening, Itália, música, Ópera, pop
José Maurício Nunes Garcia nasceu há 258 anos
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Marcadores: barroco, Brasil, Igreja Católica, José Maurício Nunes Garcia, Magnificat, música, música clássica
Antônio Conselheiro morreu há 128 anos
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Marcadores: Antônio Conselheiro, Brasil, Canudos, monárquicos, sebastianismo
A Guerra Irão-Iraque começou há quarenta e cinco anos
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Marcadores: guerra Irão-Iraque, Irão, Iraque, Khomeini, Saddam Hussein
Isaac Stern morreu há vinte e quatro anos...
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Marcadores: Bach Sonata No. 1, Isaac Stern, judeus, música, Ucrânia, USA, violino







