quinta-feira, setembro 11, 2025

Khrushchev, o corajoso político que denunciou os crimes de Estaline, morreu há 54 anos...

  
Nikita Sergueievitch Khrushchov
(também grafado Khrushchev, Kalinovka, Oblast de Kursk, 17 de abril de 1894 - Moscovo, 11 de setembro de 1971) foi secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) entre 1953 e 1964 e líder político do mundo comunista até ser afastado do poder, por causa da sua perspetiva reformista e substituído na direção da URSS pelo político conservador Leonid Brejnev.
   
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Com a morte de Estaline em 1953, Khrushchov chegou ao poder como líder do PCUS, vencendo uma sangrenta disputa interna com políticos poderosos da era estalinista - como Gueórgui Malenkov, Lazar Kaganovitch, Viatcheslav Molotov e Nikolai Bulganin. A disputa culminou na prisão e execução de Laurenti Béria, o líder da temida NKVD - a polícia política da URSS - e Ministro do Interior.
Khrushchov iniciou uma série de reformas no país, priorizando a fabricação de bens de consumo para a população soviética ao invés da ênfase no desenvolvimento da indústria pesada.
Em 23 de fevereiro de 1956, durante o XX Congresso do PCUS, Khrushchov chocaria a nação e o mundo ao fazer o seu famoso “discurso secreto”, no qual acusava Estaline do crime de genocídio durante as grandes purgas realizadas nos anos 30 na URSS e denunciava o culto da personalidade que o cercava. O seu ato acabou afastando-o dos líderes soviéticos mais conservadores, mas ele acabou derrotando-os numa disputa interna que visava derrubá-lo do poder em 1957.
Em 1958, Khrushchov substituiu Nikolai Bulganin como primeiro-ministro da União Soviética. Ao tornar-se o líder incontestado da URSS, teve condições para dar maior agilidade ao processo de implementação das suas reformas.
Khrushchov era um líder pouco diplomático, de instrução apenas básica, a quem faltavam entendimento e conhecimento da história e do mundo fora das fronteiras da URSS, apesar dos seus adversários o reconhecerem como inteligente, dentro e fora da URSS. Ficou conhecido no período da Guerra Fria pelas suas atitudes pouco convencionais e grosseiras, famoso por interromper oradores de outros países em eventos internacionais para insultá-los e por suas atitudes insólitas, como tirar os sapatos e batê-los na mesa de discussões, durante sessões do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ou brandir uma bota na cara do líder chinês Mao Tsé Tung, ou ainda fazer comentários xenófobos e racistas sobre o povo búlgaro, com o próprio primeiro-ministro da Bulgária.
Em 1959 foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz.
Conjuntamente com erros estratégicos, tanto na condução da economia agrícola soviética, como na derrota política sofrida frente aos Estados Unidos na crise dos mísseis de Cuba (1962), o seu comportamento e suas atitudes humilhavam os seus companheiros do Politburo e acabaram por causar a sua queda.
Em 14 de outubro de 1964, Khrushchov foi derrubado do poder pelos seus adversários do Politburo, acusado de erros políticos graves e desorganização da economia soviética, a principal acusação foi de se meter numa guerra armamentista, iniciada pela invasão da Baía dos Porcos, cuja atribuição, segundo os soviéticos foi única e exclusiva de John F. Kennedy, iniciando-se a chamada Guerra Fria. Passou os restantes sete anos de sua vida em prisão domiciliar, até morrer, em Moscovo, a 11 de setembro de 1971.
  

Richard Ashcroft comemora hoje 54 anos

   
Richard Paul Ashcroft (Billinge, Wigan, 11 de setembro de 1971) é um cantor e compositor britânico, conhecido pela sua atuação no grupo The Verve. Em maio de 2019, Ashcroft recebeu, da British Academy of Songwriters, Composers, and Authors, um prémio Ivor Novello por Contribuição Excecional para a Música Britânica. Chris Martin, o vocalista dos Coldplay, referiu Ashcroft como "o melhor cantor do mundo".
  
 

Salvador Allende morreu, no golpe de estado de Pinochet, há cinquenta e dois anos...


        
O Golpe de Estado de 11 de setembro, ocorrido no Chile em 1973, consistiu no derrube do regime democrático constitucional do Chile, e do seu presidente, Salvador Allende, tendo sido articulado conjuntamente por oficiais sediciosos da marinha e do exército chileno, com apoio militar e financeiro do governo dos Estados Unidos e da CIA, bem como de organizações terroristas chilenas, como a Patria y Libertad, de tendências nacionalistas-neofascistas, tendo sido encabeçado pelo general Augusto Pinochet, que se proclamou presidente.
    
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Allende decide continuar no Palácio, enquanto às 09.55 chegam os primeiros tanques ao Bairro Cívico, enfrentando-se com franco-atiradores leais ao governo. A CUT apela à resistência nos bairros industriais, enquanto o Presidente decide dar uma última locução:
"Compatriotas:

Esta Será Seguramente la última oportunidad en que me pueda dirigir a ustedes. La Fuerza Aérea ha bombardeado las torres de Radio Portales y Radio Corporación.

Mis palabras no tienen amargura, sino decepción, y serán ellas el castigo moral para los que han traicionado el juramento que hicieron... soldados de Chile, comandantes en jefe titulares, el almirante Merino que se ha autodesignado, más el señor Mendoza, general rastrero... que sólo ayer manifestara su fidelidad y lealtad al gobierno, también se ha nominado director general de Carabineros.

Ante estos hechos, sólo me cabe decirle a los trabajadores: ¡Yo no voy a renunciar! Colocado en un tránsito histórico, pagaré con mi vida la lealtad del pueblo. Y les digo que tengo la certeza de que la semilla que entregáramos a la conciencia digna de miles y miles de chilenos, no podrá ser segada definitivamente.

Tienen la fuerza, podrán avasallarnos, pero no se detienen los procesos sociales ni con el crimen... ni con la fuerza. La historia es nuestra y la hacen los pueblos.

Trabajadores de mi patria: Quiero agradecerles la lealtad que siempre tuvieron, la confianza que depositaron en un hombre que sólo fue intérprete de grandes anhelos de justicia, que empeñó su palabra en que respetaría la Constitución y la ley y así lo hizo. En este momento definitivo, el último en que yo pueda dirigirme a ustedes,. quiero que aprovechen la lección. El capital foráneo, el imperialismo, unido a la reacción, creó el clima para que las Fuerzas Armadas rompieran su tradición, la que les enseñara Schneider y que reafirmara el comandante Araya, víctimas del mismo sector social que hoy estará en sus casas, esperando con mano ajena reconquistar el poder para seguir defendiendo sus granjerías y sus privilegios.

Me dirijo, sobre todo, a la modesta mujer de nuestra tierra, a la campesina que creyó en nosotros; a la obrera que trabajó más, a la madre que supo de nuestra preocupación por los niños. Me dirijo a los profesionales de la patria, a los profesionales patriotas, a los que hace días estuvieron trabajando contra la sedición auspiciada por los Colegios profesionales, colegios de clase para defender también las ventajas que una sociedad capitalista da a unos pocos. Me dirijo a la juventud, a aquellos que cantaron, entregaron su alegría y su espíritu de lucha. Me dirijo al hombre de Chile, al obrero, al campesino, al intelectual, a aquellos que serán perseguidos... porque en nuestro país el fascismo ya estuvo hace muchas horas presente en los atentados terroristas, volando los puentes, cortando la línea férrea, destruyendo los oleoductos y los gaseoductos, frente al silencio de los que tenían la obligación de proceder: estaban comprometidos. La historia los juzgará.

Seguramente Radio Magallanes será callada y el metal tranquilo de mi voz no llegará a ustedes. No importa, lo seguirán oyendo. Siempre estaré junto a ustedes. Por lo menos, mi recuerdo será el de un hombre digno que fue leal a la lealtad de los trabajadores.

El pueblo debe defenderse, pero no sacrificarse. El pueblo no debe dejarse arrasar ni acribillar, pero tampoco puede humillarse.

Trabajadores de mi patria: tengo fe en Chile y su destino. Superarán otros hombres este momento gris y amargo, donde la traición pretende imponerse. Sigan ustedes sabiendo que, mucho más temprano que tarde, de nuevo abrirán las grandes alamedas por donde pase el hombre libre para construir una sociedad mejor.

¡Viva Chile! ¡Viva el pueblo! ¡Vivan los trabajadores!

Éstas son mis últimas palabras y tengo la certeza de que mi sacrificio no será en vano. Tengo la certeza de que, por lo menos, habrá una lección moral que castigará la felonía, la cobardía y la traición."

   
O fogo entre os tanques e os membros do GAP se inicia e, às 11.52, aviões Hawker Haunter da Força Aérea Chilena bombardeiam o Palácio de La Moneda e a residência de Allende, na Avenida Tomás Moro, em Las Condes. O golpe surpreende por sua rapidez e violência. O Palácio começa a incendiar-se, mas Allende e seus partidários negam-se a render-se. Perto das duas horas da tarde, as portas são derrubadas e o Palácio é tomado pelo exército. Allende ordena a evacuação, mas mantém-se no Palácio. Segundo o testemunho do seu médico pessoal, Allende disparou, com uma metralhadora, contra o queixo, cometendo suicídio. 
    

Ludacris nasceu há quarenta e oito anos

  
Ludacris, nome artístico de Christopher Brian Bridges, (Champaign, Illinois, 11 de setembro de 1977) é um rapper, ator e empreendedor americano.
   
 

Jonny Buckland, guitarrista dos Coldplay, celebra hoje 48 anos

   
Jonathan Mark Buckland (Londres, 11 de setembro de 1977), também conhecido como Jonny Buckland, é um músico inglês, mais conhecido por seu trabalho como guitarrista da banda Coldplay.
      
 

O Cerco de Malta terminou há 460 anos

O Cerco de Malta - chegada da frota turca, Matteo Perez d' Aleccio
   
O Cerco de Malta (também conhecido como o Grande Cerco de Malta) aconteceu em 1565, quando o Império Otomano quis conquistar a ilha estratégica, sede da Ordem de Malta.
Situada ao sul da Sicília e quase equidistante das costas líbias e tunisinas, controlava as rotas comerciais entre o Mediterrâneo Ocidental e Oriental, assim como as que uniam a Península Ibérica e o Norte da África. Dotada de excelentes portos naturais, a queda da ilha em mãos turcas teria tido consequências para a Europa cristã, tendo em conta a fraca resistência que algumas potências europeias - envolvidas entre si em conflitos de dimensão continental - apresentavam então ao avanço do Islão conquistador, tanto dos turcos, como de tribos berberes.
O cerco é considerado um dos mais importantes na história militar e, no ponto de vista dos defensores, o mais bem sucedido. No entanto, ele não deve ser encarado como um acontecimento isolado, mas como o ponto culminante de uma escalada de hostilidades entre os impérios espanhol e otomano pelo controle do Mediterrâneo, escalada que incluiu um ataque prévio sobre Malta, em 1551, por parte do corsário turco Turgut Reis, e que, em 1560, havia suposto uma importante derrota da Armada Espanhola pelos turcos na batalha de Djerba.
É notável que para os ocidentais o Cerco de Malta seja um dos factos mais importantes da Idade Moderna, enquanto que para os turcos tenha pouca importância. Esta diferença pode dever-se a duas razões, não necessariamente contraditórias entre si: em primeiro lugar, o desenlace do cerco não afetou em profundidade o Império Otomano, e em segundo lugar, os turcos saíram derrotados - algo semelhante ocorreu com a batalha de Lepanto, de 1571.
 
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A imponente esquadra turca, que partiu de Constantinopla em março, avistou Malta no amanhecer da sexta-feira 18 de maio, no entanto, não desembarcou imediatamente, mas sim costeou a ilha até o sul e finalmente ancorou no porto de Marsaxlokk (Marsa Sirocco), a cerca de 10 quilômetros do Gran Puerto. De acordo com a maioria dos relatos, em particular com o de Balbi, ao desembarcarem os turcos, houve discrepâncias entre o chefe das forças de terra, o vizir Quizil Amedli Mustafá Paxá e o almirante, Piale Paxá. Piale queria, antes de mais nada, tomar o forte de São Elmo, para dominar, assim, o Gran Puerto e dispor de um ancoradouro a salvo de siroco.  
     
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Mas no último momento, ainda pôde frustrar-se tudo: em 11 de setembro, um soldado mourisco passou pelos turcos e os informou que os reforços eram de somente de 5.000 homens. Crendo naquilo, Mustafá suspendeu o embarque e se preparou para o combate. Vendo os turcos se aproximar, Álvaro de Sande, na ponta da vanguarda espanhola, carregou sobre os turcos que iam tomar posse de uma colina, com o ímpeto do ataque, e achando que vinham por cima todas as hostes da Monarquia Católica, deram meia volta e fugiram, sendo perseguidos até à embarcação. Em 12 de setembro, desaparecia no horizonte a última vela turca.
 
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Fuga dos turcos segundo Matteo Perez d'Aleccio
 

Charles Kelley, vocalista dos Lady A, antes apelidados de Lady Antebellum, faz hoje 43 anos

Kelley performing in 2012

 

Charles Burgess Kelley (Augusta, Georgia, September 11, 1981) is an American musician who is the co-lead vocalist and founding member of the country music trio Lady A, which was formed in 2006 and are signed to Big Machine Records.

 

Lady A performing in December 2012
Lady A performing in December 2012

 

in Wikipédia

 

Peter Tosh foi assassinado há trinta e oito anos...

    
Winston Hubert McIntosh, mais conhecido como Peter Tosh (Grange Hill, 19 de outubro de 1944 - Westmoreland, 11 de setembro de 1987), foi um músico pioneiro de reggae/ska, conhecido pela sua militância em prol dos direitos humanos e da legalização da canabis. Foi assassinado a 11 de setembro de 1987, vítima de uma tentativa de assalto.
   
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Em 1987, Peter Tosh parecia estar voltando ao sucesso; naquele ano, recebeu um Grammy por "Melhor Performance de Reggae" naquele ano, pelo álbum No Nuclear War. No entanto, no dia 11 de setembro, logo após Tosh regressar à Jamaica, um gang de três homens invadiu a sua casa exigindo dinheiro. Tosh disse que não tinha, mas os três homens não acreditaram nele e permaneceram várias horas em casa, torturando Tosh. Quando os amigos de Tosh começaram a chegar a casa para cumprimentá-lo pelo seu regresso, estes ficaram ainda mais nervosos e acabaram por disparar, matando Tosh e os disc jockeys Doc Brown e Jeff "Free I" Dixon. O líder da quadrilha era Dennis "Leppo" Lobban, um homem de quem Peter Tosh havia ficado amigo e que tinha ajudado a encontrar um emprego, depois de cumprir uma longa sentença na prisão. Leppo entregou-se às autoridades, foi julgado e condenado, na mais curta deliberação de jurados da história da Jamaica: onze minutos. Foi condenado à morte, porém a sua sentença foi alterada, para prisão perpétua, em 1995, e continua até hoje na prisão. Nenhum dos seus dois cúmplices foi jamais identificado.   
   
 

Hoje é dia de recordar o infame ataque terrorista de há 24 anos...

De cima para baixo: o World Trade Center ardendo após o ataque; uma secção do Pentágono desabada; voo 175 chocando contra a Torre 2 do WTC; um bombeiro pedindo ajuda no Ground Zero; parte do voo 93 sendo recuperada; voo 77 chocando contra o Pentágono
 

Local Nova Iorque, NY
Condado de Arlington, VA
Shanksville, PA
Estados Unidos
Data 11 de setembro de 2001 - 08.46 - 10.28 (UTC-5)
Mortes 2.996 mortos (incluindo 19 terroristas)
Feridos >6.291
Responsável Al-Qaeda, planeado por Osama bin Laden
Número de participante(s) 19 terroristas

 

Os ataques ou atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 (às vezes, referido apenas como 11 de setembro) foram uma série de ataques suicidas contra os Estados Unidos coordenados pela organização fundamentalista islâmica al-Qaeda em 11 de setembro de 2001. Na manhã daquele dia, dezanove terroristas sequestraram quatro aviões comerciais de passageiros. Os sequestradores colidiram intencionalmente dois dos aviões contra as Torres Gémeas do complexo empresarial do World Trade Center, na cidade de Nova Iorque, matando todos a bordo e muitas das pessoas que trabalhavam nos edifícios. Ambos os prédios desmoronaram duas horas após os impactos, destruindo edifícios vizinhos e causando vários outros danos. O terceiro avião de passageiros colidiu contra o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, no Condado de Arlington, Virgínia, nos arredores de Washington, D.C. O quarto avião caiu em um campo aberto próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois de alguns de seus passageiros e tripulantes terem tentado retomar o controle da aeronave dos sequestradores, que a tinham reencaminhado na direção da capital norte-americana. Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos.
Quase três mil pessoas morreram durante os ataques, incluindo os 227 civis e os 19 sequestradores a bordo dos aviões. A esmagadora maioria das vítimas eram civis, incluindo cidadãos de mais de 70 países. Além disso, há pelo menos um óbito secundário - uma pessoa foi descartada da contagem por um médico legista, pois teria morrido por doença pulmonar devido à exposição à poeira do colapso do World Trade Center.
   

O ator Andy Whitfield morreu há catorze anos...

  
Andy Whitfield (Amlwch, 17 de outubro de 1971 - Sydney, 11 de setembro de 2011) foi um ator e modelo galês, radicado na Austrália, mais conhecido pela representação do personagem Spartacus na série Spartacus: Blood and Sand.
  
Carreira
Whitfield nasceu em Amlwch, Anglesey. Estudou engenharia na Universidade de Sheffield, e exerceu em Londres antes de se mudar para Sydney em 1999. Ele teve aulas na Escola Screenwise de Atores de Filme e TV em Nova Gales do Sul, Austrália. Whitfield apareceu em várias séries australianas de televisão, como Opening Up, All Saints, The Strip, Packed to the Rafters e McLeod's Daughters. O seu primeiro papel de destaque foi-lhe concedido no filme australiano sobrenatural Gabriel. Whitfield também foi a estrela na série de televisão de 2010, Spartacus: Blood and Sand, filmada na Nova Zelândia. Ele interpretou Spartacus, um soldado condenado a lutar como gladiador, responsável por uma rebelião contra os romanos. Chegou a aparecer nu na série, ao lado de Manu Bennett. Whitfield também apareceu no thriller australiano The Clinic (filmado em Deniliquin), ao lado de Tabrett Bethell (famoso por Legend of the Seeker). Em agosto de 2010, Whitfield juntou-se a Freddie Wong e criou um vídeo de dois minutos intitulado Time Crisis, baseado no jogo de mesmo nome. Whitfield teve uma rápida aparição na minissérie e prequela Spartacus: Gods of the Arena, que estreou em 21 de janeiro de 2011.

Falecimento
 Em março de 2010, Whitfield foi diagnosticado com um linfoma não Hodgkin, e iniciou um tratamento imediatamente na Nova Zelândia. Esta ocorrência atrasou a produção da segunda temporada de Spartacus: Blood and Sand. Enquanto esperava o tratamento e recuperação do ator, o canal produziu uma série de seis partes de Spartacus, apenas aguardando a volta dele. Embora tivesse sido declarado curado do cancro apenas dois meses depois, sofreu complicações da doença no final do ano e foi obrigado a abandonar o papel. Em 11 de setembro de 2011, 18 meses após a descoberta do cancro, o ator veio a falecer. Whitfield deixou esposa e dois filhos. O ator Liam McIntyre, de 29 anos, foi escolhido como sucessor de Whitfield na série Spartacus.
  

Arvo Part nasceu há noventa anos...!

   
Arvo Pärt (Paide, 11 de setembro de 1935) é um compositor erudito estónio. Pärt trabalha com um estilo minimalista que emprega a técnica de tintinnabuli (do latim, 'pequenos sinos') e repetições hipnóticas
   
Vida
Em 1944, Arvo Pärt presencia a ocupação da Estónia pela União Soviética, ocupação que duraria 50 anos, deixando profundas impressões sobre ele.
Em 1954 ingressa na escola secundária de música de Tallinn, a capital do país. No ano seguinte, deve fazer o seu serviço militar, durante o qual faz parte da banda, onde toca oboé e caixa.
Ingressa no conservatório de Tallinn em 1957, onde estuda com Heino Eller. Paralelamente, trabalha numa emissora de rádio, como engenheiro de som, posto que deverá ocupar de 1958 a 1967. Em 1962, uma das suas composições escrita para coro infantil e orquestra, Nosso jardim (escrita em 1959), dá-lhe o primeiro prémio dos jovens compositores da URSS. Em 1963 fica diplomado pelo conservatório de Tallinn. Nessa época compõe também para o cinema.
Ainda no início dos anos 60, inicia-se na composição serial, com as suas duas primeiras sinfonias. Isto vai provocar inimizades, dado que a música serial era considerada como um avatar da decadência burguesa ocidental. Também incorretas politicamente, no contexto soviético, eram as suas composições de inspiração religiosa e a técnica de colagem que adotou por algum tempo. Nessas circunstâncias, a sua obra será severamente limitada.
No final da década de 60, a meio de uma crise pessoal que bloqueia a sua criatividade, Arvo Pärt renuncia ao serialismo e, mais amplamente, à composição. Durante vários anos, dedica-se ao estudo do cantochão gregoriano e dos compositores renascentistas franco-flamengos, como Josquin des Prés, Machaut, Obrecht e Ockeghem. Esses estudos e reflexões resultaram na elaboração de uma peça de transição, a Sinfonia n° 3 (1971).
A sua evolução estilística é particularmente notável em 1976, com a composição de uma peça para piano que se tornou célebre, Für Alina, que marca uma rutura com as suas primeiras obras e prepara o terreno para seu novo estilo, qualificado por ele mesmo de "estilo tintinnabulum". O compositor explica: "Eu trabalho com bem poucos elementos - somente uma ou duas vozes. Construo a partir de um material primitivo - com o acorde perfeito, com uma tonalidade específica. As três notas de um acorde perfeito são como sinos. Por isso eu o chamei tintinnabulação". No ano seguinte, Pärt escreverá, nesse novo estilo, três das suas peças mais importantes e reconhecidas: Fratres, Cantus in Memoriam Benjamin Britten e Tabula rasa.
Os problemas constantes com a censura soviética levam-no a finalmente emigrar em 1980, com a sua esposa e os dois filhos. Inicialmente vai para Viena, onde obtém a cidadania austríaca. No ano seguinte, parte para Berlim Ocidental e frequentemente passa temporadas perto de Colchester, Essex. Por volta dos anos 2000, volta à Estónia e hoje vive em Talinn.
O seu sucesso no Ocidente e particularmente nos Estados Unidos teve por inconveniente a sua inclusão na categoria dos compositores "minimalistas místicos" ou "minimalistas sagrados", juntamente com Alan Hovhaness, Henryk Górecki, John Tavener, Pēteris Vasks e outros. Em 1996 torna-se membro da American Academy of Arts and Letters.
Criador de uma música apurada, de inspiração profundamente religiosa, associada por alguns à música pós-moderna, Arvo Pärt atualmente aprofunda o seu estilo tintinnabulum. As suas obras foram executadas em todo o mundo e foram objeto de mais de 80 gravações, além de terem sido muito usadas em bandas sonoras de filmes e em espetáculos de dança. É dele, por exemplo, a composição que Jean-Luc Godard utilizou na curta metragem Dans le noir du temps, episódio do filme Ten Minutes Older: The Cello (2002). A obra foi também usada em inúmeras produções cinematográficas e televisivas. A sua obra Spiegel im Spiegel, de 1978, integrou em 2014 a banda sonora do premiado filme brasileiro Hoje Eu Quero Voltar Sozinho. Em 10 de dezembro de 2011 foi indicado pelo Papa Bento XVI como membro do Pontifício Conselho para a Cultura.
   
 

Hoje é dia de recordar um golpe de estado e a morte de Salvador Allende...

Bombardeamento do Palácio de La Moneda durante o Golpe de Estado no Chile, em 11 de setembro de 1973

Os restos mortais do ex-presidente do Chile, Salvador Allende, foram exumados a 23 de maio de 2011 para determinar a causa da morte. A exumação foi ordenada pelo juiz Mário Carroza, na sequência de um pedido feito, em representação dos familiares, pela senadora Isabel Allende, filha do ex-presidente chileno, para determinar com "certeza jurídica as causas da sua morte". No dia 19 de julho de 2011, a autópsia realizada aos restos mortais do ex-presidente confirmou que a sua morte fora ocasionada "por ferimento de projétil" e que a "forma corresponde a suicídio".
      
 

O Desastre Ferroviário de Alcafache foi há quarenta anos...

(imagem daqui)
   
O Desastre Ferroviário de Moimenta-Alcafache ou Desastre Ferroviário de Alcafache foi um acidente de natureza ferroviária, ocorrido na Linha da Beira Alta, em Portugal, a 11 de setembro de 1985; este acidente foi o pior desastre ferroviário ocorrido no país.
   
Contexto
O acidente deu-se junto ao Apeadeiro de Moimenta-Alcafache, na freguesia de Moimenta de Maceira Dão, no concelho de Mangualde. Este apeadeiro situa-se entre as estações de Nelas e Mangualde, numa zona de via única.
O acidente envolveu duas composições de passageiros, uma efetuando o serviço internacional entre o Porto e Paris, que circulava com 18 minutos de atraso; a outra fazia um serviço de natureza regional, na direção de Coimbra. A composição regional era composta pela locomotiva número 1439, da Série 1400 dos Caminhos de Ferro Portugueses, e por 6 ou 7 carruagens, construídas pela companhia das Sociedades Reunidas de Fabricações Metálicas; o internacional era formado por uma locomotiva Série 1960, com o número 1961, e por cerca de 12 carruagens. No total, viajavam cerca de 460 passageiros.
    
Acidente
O serviço regional, com paragem em todas as estações e apeadeiros, chegou à estação de Mangualde,onde deveria permanecer até fazer o cruzamento com o Internacional. No entanto, e não obstante o facto de se terem dado ordens para que a prioridade na circulação fosse atribuída ao serviço internacional, o regional continuou viagem, estimando que o atraso na marcha do Internacional fosse suficiente para a chegada à estação de Nelas, onde, então, se poderia fazer o cruzamento. No entanto, o outro serviço estava circulando com um atraso menor do que o esperado; considerando, erroneamente, que a via estava livre até à estação de Mangualde, também continuou viagem. Após a partida, o chefe da estação de Nelas telefonou para a estação de Moimenta-Alcafache, para avisar da partida do Internacional, sendo, então, informado, que o serviço regional já se encontrava a caminho. Prevendo que as composições iriam colidir, tentou avisar a guarda-barreira de uma passagem de nível entre ambas as estações, de modo a que esta parasse a composição através da ostentação de uma bandeira ou da colocação de petardos na via; no entanto, esta manobra não foi possível, porque o comboio já ali tinha passado.
Por volta das 18.37 horas, ambas as composições colidiram, encontrando-se a circular a uma velocidade aproximada de 100 quilómetros/hora; o choque destruiu as locomotivas e algumas carruagens em ambas as composições, e provocou vários incêndios devido ao combustível presente nas locomotivas e nos sistemas de aquecimento das carruagens. Devido ao facto dos materiais utilizados nas carruagens não serem à prova de chamas, o fogo propagou-se rapidamente, produzindo grandes quantidades de fumo.
Logo após o acidente, gerou-se o pânico entre os passageiros, que tentaram sair das carruagens. Várias pessoas, entre elas crianças, ficaram presas nos destroços das carruagens, tendo sido socorridos por outros passageiros; outros não conseguiram sair a tempo, tendo morrido nos incêndios ou asfixiadas.
   
Reação das equipas de salvamento e rescaldo
O alerta foi dado por militares da Guarda Nacional Republicana, que se encontravam em operações na Estrada Nacional 234, nas proximidades do local do acidente. Apesar dos serviços de salvamento terem chegado apenas escassos minutos após o acidente, a situação no local era caótica, com incêndios no material circulante e na floresta em redor, vários feridos e passageiros em pânico.
Estima-se que, neste acidente, tenham falecido cerca de 150 pessoas, embora as circunstâncias do acidente, e a falta de controlo sobre o número de passageiros em ambos os serviços, tenham impedido uma contagem exata do número de vítimas mortais. A estimativa oficial aponta para 49 mortos, dos quais apenas 14 foram identificados, continuando ainda 64 passageiros oficialmente desaparecidos.
A maior parte dos restos mortais que não foram identificados foram sepultados numa vala comum junto ao local do desastre, aonde também foi erguido um monumento, em memória das vítimas e das equipas de salvamento.
    
Análise do acidente
Verificou-se que os chefes das estações não comunicaram entre si, e ao posto de comando de Coimbra, como estava regulamentado, a alteração do local de cruzamento de Mangualde para Nelas; tivesse isto sido feito, a discrepância na circulação teria sido notada, e uma das composições teria ficado parada na estação, de modo a se fazer o cruzamento em segurança.
Por outro lado, devido à falta de um equipamento próprio, revelou-se impossível comunicar com os comboios envolvidos; a única forma de avisar os condutores era através da sinalização, e da instalação de petardos na via, o que, neste caso, não se revelou suficiente. Tivesse isto sido realizado, as composições poderiam ter sido paradas nas estações. O sistema de comunicação utilizado na altura naquele troço, denominado Cantonamento Telefónico, dependia do uso de telefones para transmitir informações entre as estações e o centro de comando.
Após o acidente, foram instalados sistemas mais avançados de segurança, sinalização e controlo de tráfego, como o Controlo de Velocidade, permitindo uma maior eficiência e segurança nas operações ferroviárias, e fazendo com que acidentes como este sejam praticamente impossíveis de acontecer; por outro lado, a introdução de sistemas de rádio-solo permitiu uma comunicação direta entre os maquinistas e as centrais de controlo, e foi proibida a utilização de materiais que facilitem a propagação de chamas nos comboios.
   
Monumento em Memória do Acidente de Alcafache - Moimenta do Dão
   

Javier Marías morreu há três anos...

Javier Marías Franco (Madrid, 20 de setembro de 1951 – Madrid, 11 de setembro de 2022) foi um escritor, tradutor e editor espanhol, membro da Real Academia Espanhola.

 

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Javier Marías é considerado um dos escritores mais importantes da língua castelhana. Os seus artigos de imprensa tinham grande influência na cultura tanto em Espanha como na América Latina, sendo publicados em jornais tais como "El País", "El Semanal" e a revista mexicana "Letras Libres". Apesar do enorme sucesso, Marías era alvo de algumas críticas negativas que o consideram "pouco espanhol". Desde 1971 escreveu mais de trinta obras, entre romances, ensaios e coletâneas de artigos e contos. Os seus livros foram traduzidos em mais de trinta idiomas e venderam mais de quatro milhões e meio de exemplares, em todo o mundo.

Marías morreu em 11 de setembro de 2022, aos setenta anos de idade, em Madrid, por causa de uma pneumonia associada ao Covid-19.

 

quarta-feira, setembro 10, 2025

Hoje é dia de recordar Henry Purcell...

Stephen Jay Gould nasceu há oitenta e quatro anos...

     

Stephen Jay Gould (Nova Iorque, 10 de setembro de 1941 - Nova Iorque, 20 de maio de 2002) foi um paleontólogo e biólogo evolucionista dos Estados Unidos. Foi também um autor importante no que diz respeito à história da ciência. É reconhecido como o mais lido e conhecido divulgador científico da sua geração.

Nascido numa família judia, não praticou nenhuma religião organizada. Ainda que tenha sido educado num meio ideologicamente marcado pelo socialismo, nunca assumiu qualquer militância política. Como escritor, lutou contra a opressão cultural, principalmente contra a pseudociência legitimadora do racismo.
Começou a lecionar como membro da faculdade da Universidade de Harvard, em 1967, onde se tornou professor na cadeira de Alexander Agassiz, de zoologia. Ajudou Niles Eldredge a desenvolver a teoria do equilíbrio pontuado (1972), segundo a qual as mudanças evolucionárias ocorreriam de forma acelerada em períodos relativamente curtos, em populações isoladas, intercalados de períodos mais longos, caracterizados pela estabilidade evolutiva.
Na perspetiva do próprio Gould, esta teoria derrubava um princípio-chave do neodarwinismo (o gradualismo das mudanças evolutivas) - perspetiva não partilhada por grande parte da comunidade dos biólogos evolucionários que a consideram apenas como uma retificação importante, sem dúvida, mas que não punha em causa o que já era conhecido e defendido como certo pelos cientistas até ao momento.
         
Carreira académica
Stephen Jay Gould formou-se em Geologia em 1963, pelo Antioch College e em 1967 tornou-se Doutor em Paleontologia pela Universidade de Columbia. Nesse mesmo ano tornou-se professor na Universidade de Harvard, tornando-se professor efetivo em 1973.
Desde de 1973 Gould era o Curador da coleção de Paleontologia de Invertebrados do Museu de Zoologia Comparada de Harvard e membro adjunto do Departamento de História das Ciências em Harvard. Em 1983 tornou-se Professor de Zoologia da Cátedra Alexander Agassiz (também na Universidade de Harvard) e em 1996 Professor Convidado de Biologia da Cátedra Vicent Astor na Universidade de Nova York. Gould manteve todos estes cargos até 2002.
   
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Primeira luta contra o cancro

Em julho de 1982, Gould foi diagnosticado com mesotelioma peritoneal, um tipo letal de cancro que afeta o revestimento abdominal (o peritoneu). Esse cancro é frequentemente encontrado em pessoas que ingeriram ou inalaram fibras de amianto, um mineral que foi utilizado na construção do Museu de Zoologia Comparada de Harvard. Depois de uma recuperação difícil de dois anos, Gould publicou em 1985 uma coluna para a revista Discover, intitulada “The Median Isn't the Message”, discutindo sua reação ao ler que “o mesotelioma é incurável, com mortalidade mediana de apenas oito meses após a descoberta”. No seu ensaio, ele descreve o real significado desse fato e o alívio ao perceber que médias estatísticas são abstrações úteis, mas, sozinhas, não englobam “o nosso mundo real de variação, matizes e contínuos”.

Gould também foi um defensor do uso medicinal de canabis. Durante os seus tratamentos contra o cancro, fumou canabis para ajudar a aliviar os longos períodos de náusea intensa e incontrolável. De acordo com Gould, a droga teve um “efeito muito importante” na sua recuperação final. Posteriormente, ele questionou como “qualquer pessoa humana poderia negar tal substância benéfica a indivíduos em grande necessidade simplesmente porque outros a utilizam para propósitos diferentes”. Em 5 de agosto de 1998, o depoimento de Gould ajudou a obter êxito no processo movido pelo ativista portador de HIV Jim Wakeford contra o Governo do Canadá para ter o direito de cultivar, possuir e usar canabis para fins medicinais.

 

Doença final e morte

Em fevereiro de 2002, uma lesão de aproximadamente 3 centímetros foi encontrada na radiografia de tórax de Gould, e oncologistas diagnosticaram-no com cancro em estágio IV. Gould faleceu dez semanas depois, em 20 de maio de 2002, devido a um adenocarcinoma metastático de pulmão (uma forma agressiva de cancro que já se havia espalhado para o cérebro, fígado e baço). Esse cancro não estava relacionado ao enfrentado em 1982,  embora também esteja associado à exposição ao amianto. Ele morreu na sua casa, “numa cama montada na biblioteca de seu loft no SoHo, rodeado pela sua esposa, Rhonda, por sua mãe, Eleanor, e pelos muitos livros que amava”. 

 

(imagem daqui)

Joe Perry, guitarrista dos Aerosmith, celebra hoje 75 anos...!


Anthony Joseph Perry (Lawrence, 10 de setembro de 1950) é um guitarrista dos Estados Unidos da América. Ele é o principal guitarrista solo e um dos fundadores da banda de hard rock Aerosmith. Foi considerado o 84º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone e, em 2001, entrou para o Rock and Roll Hall of Fame com o resto dos membros dos Aerosmith. Em 2013, recebeu, juntamente com o parceiro musical Steven Tyler, o ASCAP Founders Award e entrou para o Songwriters Hall of Fame.
Por parte de pai, Perry vem de uma família de portugueses, originários da Madeira. O seu avô foi obrigado a mudar o sobrenome da família de 'Pereira' para 'Perry', devido a lei de emigração nos Estados Unidos. Por parte de mãe, o guitarrista vem de uma família de italianos, provenientes de Nápoles.
  
 

Manuel Herminío Monteiro, editor da Assírio & Alvim, nasceu há 73 anos...

 

 

Manuel Herminío Monteiro (Vila Real, 10 de setembro de 1952 - Lisboa, 3 de junho de 2001) foi empresário português, editor da Assírio & Alvim.
Os seus primeiros estudos foram divididos entre Arouca, Mogofores e Porto, até que ao 8º ano se mudou para Lisboa, licenciando-se em História na Faculdade de Letras, após uma curta passagem por Direito.
Em 1975 ingressou na Assírio & Alvim como vendedor e, em pouco, os seus percursos se tornam intimamente comuns. Quando do seu ingresso na editora, esta, com dois anos de existência encontrava-se numa grave crise, encontrando-se quase na falência. Em 1983, Hermínio Monteiro assumiu a direção da editora e conseguiu não só salvá-la da falência, como tornar a quase falida editora num dos maiores casos de sucesso editorial em Portugal. Apostando sobretudo em poetas lusófonos pouco conhecidos do grande público, foi granjeando uma notoriedade nos meios culturais pela excelente qualidade, que culminou em edições de obras de figuras já tão notórias como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Teixeira de Pascoaes, Herberto Helder e Mário Cesariny entre vários outros.
Contudo, o seu percurso não se deu somente ligado a edição. Foi também impulsionador de outras formas de divulgação de cultura, como um espaço/galeria de arte, pelo qual passaram vários artistas plásticos, pintores, escultores e fotógrafos; dinamizou as livrarias nos cinemas King, de Lisboa, em 1995, e no Porto, em 1998, organizando lançamentos de livros, encontros, debates e espetáculos musicais; lançou em 1986 a revista mensal “A Phala”, concebida para veicular o espírito muito próprio da editora; criou a “Assírio Líquida”, o primeiro bar-livraria no Bairro Alto.
Morreu em Lisboa, vítima de cancro.