terça-feira, maio 13, 2025

A primeira vacina foi ministrada há 229 anos


Edward Jenner (Berkeley, 17 de maio de 1749 - Berkeley, 26 de janeiro de 1823) foi um naturalista e médico britânico que exercia medicina em Berkeley, Gloucestershire, conhecido pela invenção da vacina da varíola - a primeira imunização deste tipo na história do ocidente. Afirma-se que os chineses tenham desenvolvido uma técnica de imunização anteriormente a Jenner. Eles trituravam as cascas das feridas produzidas pela varíola, onde o vírus estava presente, porém morto, e sopravam o pó através de um cano de bambu nas narinas das crianças. O sistema imunológico delas produzia uma reação contra o vírus morto e, quando expostas ao vírus vivo, o organismo já sabia como reagir, livrando os pequenos da doença.



Noting the common observation that milkmaids were generally immune to smallpox, Jenner postulated that the pus in the blisters that milkmaids received from cowpox (a disease similar to smallpox, but much less virulent) protected them from smallpox. He may already have heard of Benjamin Jesty's success.
On 14 May 1796, Jenner tested his hypothesis by inoculating James Phipps, a boy eight years old (the son of Jenner's gardener), with pus scraped from the cowpox blisters on the hands of Sarah Nelmes, a milkmaid who had caught cowpox from a cow called Blossom, whose hide now hangs on the wall of the St George's medical school library (now in Tooting). Phipps was the 17th case described in Jenner's first paper on vaccination.
Jenner inoculated Phipps in both arms that day, subsequently producing in Phipps a fever and some uneasiness but no full-blown infection. Later, he injected Phipps with variolous material, the routine method of immunization at that time. No disease followed. The boy was later challenged with variolous material and again showed no sign of infection.

O médico Geórgios Papanicolau nasceu há cento e quarenta e dois anos

      
Geórgios Papanicolaou (Kymi, Eubeia, 13 de maio de 1883 - Miami, 19 de fevereiro de 1962) foi um médico grego, pioneiro no estudo da citologia e na deteção precoce de cancro. Foi o criador do chamado teste de Papanicolau, exame realizado para detetar precocemente tumores cancerosos na vagina e colo do útero.
        
Teste de Papanicolau com células malignas
      

A escravatura acabou no Brasil, finalmente, há 137 anos...


 

A Lei Áurea (Lei Imperial n.º 3.353), sancionada em 13 de maio de 1888, foi a lei que extinguiu a escravatura no Brasil. Foi precedida pela lei n.º 2.040 (Lei do Ventre Livre), de 28 de setembro de 1871, que libertou todas as crianças nascidas de pais escravos, e pela lei n.º 3.270 (Lei Saraiva-Cotejipe), de 28 de setembro de 1885, que regulava "a extinção gradual do elemento servil".
Foi assinada por Dona Isabel, princesa imperial do Brasil, e pelo ministro da Agricultura da época, conselheiro Rodrigo Augusto da Silva. O Conselheiro Rodrigo Silva fazia parte do Gabinete de Ministros presidido por João Alfredo Correia de Oliveira, do Partido Conservador e chamado de "Gabinete de 10 de março". Dona Isabel sancionou a Lei Áurea, na sua terceira e última regência, estando o Imperador D. Pedro II do Brasil em viagem ao exterior.
O projeto de lei que extinguia a escravidão no Brasil foi apresentado à Câmara Geral, atual Câmara do Deputados, pelo ministro Rodrigo Augusto da Silva, no dia 8 de Maio de 1888. Foi votado e aprovado nos dias 9 e 10 de maio de 1888, na Câmara Geral.
A Lei Áurea foi apresentada formalmente ao Senado Imperial pelo ministro Rodrigo A. da Silva no dia 11 de maio. Foi debatida nas sessões dos dias 11, 12 e 13 de maio. Foi votada e aprovada, em primeira votação no dia 12 de maio. Foi votada, e aprovada em definitivo, um pouco antes das treze horas, no dia 13 de maio de 1888, e, no mesmo dia, levado à sanção da Princesa Regente.
Foi assinada no Paço Imperial por Dona Isabel e pelo ministro Rodrigo Augusto da Silva às três horas da tarde do dia 13 de maio de 1888.
  
Camélias, símbolo do movimento abolicionista - Dona Isabel foi presenteada diversas vezes com camélias do Quilombo do Leblon
  


Dª Isabel, Princesa Imperial do Brasil e regente do Império quando da assinatura da Lei Áurea, pela qual ficou conhecida como A Redentora
 

 


Inge Lehmann nasceu há 137 anos

 (imagem daqui)
      
Inge Lehmann (Østerbro, Copenhaga, 13 de maio de 1888 - Copenhaga, 21 de fevereiro de 1993) foi uma geodesista e sismóloga dinamarquesa que descobriu a consistência do núcleo do planeta Terra. Através da análise de dados sísmicos, ela afirmou que o centro da Terra não era constituído apenas de material fundido, como se acreditava até então, e que um núcleo interior não só existia como este possuía propriedades físicas diferentes das do núcleo externo. Esta afirmação foi logo aceite pelos sismólogos da época, já que na época não havia uma hipótese do porquê das ondas P criadas pelos terramotos diminuírem a sua aceleração quando alcançavam determinadas áreas do centro da Terra.
     

Sarah Affonso nasceu há 126 anos

Família, 1937

 

Sarah Affonso, nome artístico de Sara Sancha Afonso (Beato, Lisboa, 13 de maio de 1899 - Campo Grande, Lisboa, 15 de dezembro de 1983) foi uma pintora portuguesa.

 

(...)   

   

Em 1934 casa-se com Almada Negreiros, tentando a partir daí conciliar a vida de mãe de família e de pintora. Nos primeiros anos de casamento desenvolve o que será a parte mais importante da sua obra pictórica. "Dos retratos de meninas e mulheres e das paisagens urbanas passa para composições que incorporam motivos antes utilizados nos bordados, oriundos da cultura e imaginário populares. Evoca, a partir da memória da infância passada no Minho, costumes (procissões, festas, alminhas) e mitologias populares".

Celebraria também a sua vida pessoal em pinturas como Família, 1937, um dos seus trabalhos mais emblemáticos, onde se figura com o marido e o primeiro filho. Neste auto-retrato alargado à sua família e que funciona também como metáfora para a lenda do "menino-deus", Sarah Afonso faz uma síntese de vários aspetos da sua obra: "a qualidade do traço, o cromatismo, o desenho implícito na composição narrativa – como se tratasse de um sonho acordado – elementos tradicionais da cultura popular, como os bordados, os brinquedos e as lendas. É comum verificarmos esta associação lírica sobre a realidade, em que o tema se funde com a vivência dos retratados".

Foram várias as razões que a levaram a abandonar a pintura em finais dos anos 40. "Às razões pessoais juntavam-se a insegurança profissional e a falta de condições de trabalho. Continuou, no entanto, com um trabalho menos visível nas artes decorativas e de apoio a Almada Negreiros [...]. Em finais dos anos 50, retomou algumas das direções interrompidas, como a ilustração infantil (entre outros de A Menina do Mar, 1958, de Sophia de Mello Breyner Andresen) e o desenho".

Expôs individualmente em 1932 e 1939. Participou na Exposição do Mundo Português, 1940. Em 1944 recebeu o Prémio Sousa Cardoso na 8ª Exposição de Arte Moderna organizada pelo SPN. Em 1953 participou na Bienal de S. Paulo, Brasil.

Encontra-se colaboração sua na revista Sudoeste (1935).

Foram realizadas mostras retrospetivas da sua obra em 1953 e 1962 (Galeria de Março, Lisboa, e Academia Dominguez Alvarez, Porto respetivamente).

Sarah Afonso está sepultada nos Cemitério dos Prazeres, junto do marido. 

 

Procissão, 1934, óleo sobre tela

    

A primeira das Aparições de Fátima foi há 108 anos...


Aparições de Fátima
é a designação comum dada a um ciclo de aparições marianas que terá ocorrido durante o ano de 1917 na localidade de Fátima, em Portugal.
No dia 13 de maio de 1917, três crianças, Lúcia dos Santos (10 anos), Francisco Marto (9 anos) e Jacinta Marto (7 anos), afirmaram terem visto "...uma senhora mais brilhante do que o Sol" sobre uma azinheira de um metro ou pouco mais de altura, quando apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, próximo da aldeia de Aljustrel. Lúcia via, ouvia e falava com a aparição, Jacinta via e ouvia e Francisco apenas via-a, mas não a ouvia.
A aparição mariana repetiu-se nos cinco meses seguintes e seria portadora de uma importante mensagem ao mundo. A 13 de outubro de 1917, a aparição apresentou-se-lhes como sendo "a Senhora do Rosário".
   

Melanie Thornton nasceu há 58 anos...

  
Melanie Janene Thornton
(Charleston, 13 de maio de 1967 - Bassersdorf, Suíça, 24 de novembro de 2001) foi uma cantora pop norte-americana que ganhou fama na Alemanha como vocalista do grupo de eurodance La Bouche, e que encontrou o sucesso com os singles "Be My Lover" e "Sweet Dreams", em meados dos anos 90. A dupla fez sucesso mundial com diversos hits, posteriormente a artista acabou fazendo sucesso como cantora a solo, vendendo mais de vinte milhões de discos pelo mundo. Faleceu no auge do seu sucesso, com apenas um álbum a solo gravado, Ready to Fly, num trágico acidente aéreo.
    
  
 

O Papa João Paulo II foi alvo de um atentado há 44 anos...

  

A primeira tentativa de assassinato do Papa João Paulo II ocorreu em 13 de maio de 1981, uma quarta-feira, na Praça de São Pedro, no Vaticano. O papa foi baleado e gravemente ferido por Mehmet Ali Ağca, um terrorista turco, enquanto estava a passar na praça. João Paulo II foi atingido quatro vezes e sofreu perda de grande quantidade de sangue. Ağca foi detido imediatamente e posteriormente condenado à prisão perpétua por um tribunal italiano. Mais tarde, o Papa perdoou o terrorista pela tentativa de homicídio. Ele também recebeu o perdão do então presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, a pedido do Papa, e foi deportado para a Turquia, em junho de 2000.
 
O local do atentando foi marcado no chão da Praça de São Pedro - numa rocha, estão o brasão de João Paulo II e a data do atentado, em números romanos
   
(...)
   
Em 2 de março de 2006, uma comissão parlamentar italiana, a Comissão Mitrokhin, criada por Silvio Berlusconi e dirigida pelo senador da Forza Italia, Paolo Guzzanti, concluíram que a União Soviética estava por trás do atentado contra a vida de João Paulo II, em retaliação do apoio dado pelo Papa para a organização Solidariedade, o movimento católico de trabalhadores pró-democracia, uma teoria que já havia sido apoiada por Michael Ledeen e a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. O relatório italiano declarou que certamente os departamento de segurança da Bulgária comunista foram utilizados para evitar que fosse descoberto o papel da União Soviética. O relatório afirmou que a Inteligência militar soviética (Glavnoje Razvedyvatel'noje Upravlenije) - e não a KGB - foi responsável. O porta-voz do Serviço de inteligência das Relações Exteriores da Rússia, Boris Labusov, chamou a acusação de ‘absurda’. Embora o Papa tivesse declarado, durante uma visita em maio de 2002, à Bulgária, que não acreditava que aquele país estivesse envolvido na tentativa de assassinato, o seu secretário, Cardeal Stanisław Dziwisz, alegou no seu livro A Life with Karol, que o Papa estava particularmente convencido que a ex-União Soviética estava por detrás da tentativa de assassinato.
  
(...)
   

Agca passou 19 anos em prisões italianas, sendo depois extraditado para a Turquia, onde foi condenado a prisão perpétua, pelo assalto a um banco nos anos 70 e pelo assassinato de um jornalista em 1979, pena depois comutada para dez anos de prisão. Dois dias depois do Natal em 1983, João Paulo II visitou a prisão onde o seu pretenso assassino estava sendo mantido. Os dois conversaram privadamente durante vinte minutos.

Coincidentemente, os tiros disparados contra o Papa foram feitos no dia 13 de maio. Nesta data, em 1917, Nossa Senhora de Fátima teria feito a sua primeira aparição aos três pastorinhos. O Pontífice sempre afirmou que a Virgem Maria teria "desviado as balas" e salvo a sua vida nesse dia. Um ano depois, a 13 de maio de 1982 e já recuperado, João Paulo II visita, pela primeira vez, o Santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer à Virgem o tê-lo salvo. O Santo Padre ofereceu uma das balas que o atingiu ao Santuário. Essa bala foi posteriormente colocada na coroa da estátua da Virgem, onde permanece até hoje.
  

Chet Baker morreu há 37 anos...

              
Chesney Henry "Chet" Baker, Jr. (Yale, Oklahoma, 23 de dezembro de 1929Amesterdão, 13 de maio de 1988) foi um trompetista e cantor de jazz norte-americano.

Criado até os dez anos numa quinta no Oklahoma, partiu para Los Angeles no final dos anos 30, quando começou a estudar teoria musical. Chet Baker sempre foi influenciado pelo seu pai, guitarrista, de quem herdou a paixão pela música e de quem ganhou, aos 10 anos de idade, um trombone, que substituiu mais tarde por um trompete. Amante do jazz, não tardou em conquistar o sucesso, sendo apontado como um dos melhores trompetistas do género logo com o seu primeiro disco.
Ainda bem jovem, passou a integrar grupos de renome da música americana da época. Os seus primeiros trabalhos foram com a Vido Musso's Band e com Stan Getz, porém Chet só conheceu o sucesso depois do convite de Charlie Parker (Bird), em 1951, para uma série de apresentações na Costa Oeste dos Estados Unidos. Em 1952 entrou para a banda de Gerry Mulligan, alcançando grande notoriedade com a primeira versão de My Funny Valentine. Entretanto, por causa dos problemas de Gerry com as drogas, o quarteto acabou tendo vida curta, existindo menos de um ano. Mas o talento de Chet logo o transformaria em ídolo em toda a América e na Europa.
Especialistas dividem a vasta obra do músico em duas etapas: a fase cool, do início da sua carreira, mais ligada ao virtuosismo jazzístico, e a outra, a partir de 1957, quando a sensibilidade na interpretação torna-se ainda mais evidente.
Avesso a partituras, Chet não deixou, entretanto, de integrar as big bands americanas. Era dotado de extrema criatividade, inaugurando um modo de cantar no qual a voz era quase sussurrada. Possivelmente exerceu grande influência em alguns dos grandes nomes da bossa nova, como João Gilberto e Carlos Lyra, embora alguns, como o contrabaixista Sizão Machado, por exemplo, acreditem que a bossa nova é que teria influenciado os músicos americanos - e não o contrário.
Para tocar as músicas, Chet apenas pedia o tom. Económico nas notas (ao contrário de outros trompetistas, como Dizzy Gillespie, que preferiam o virtuosismo), Chet improvisava com sentimento. Certo dia, deram-lhe o tom errado de uma música de propósito, e mesmo assim Chet Baker conseguiu encontrar um caminho harmónico. Valorizava as frases melódicas, com notas longas e encorpadas, o que acabou lhe valendo o rótulo de cool.
No começo dos anos 60, Chet realizou diversas experiências com o flugelhorn, instrumento de timbre macio e aveludado.
No entanto, a sua gloriosa trajetória na música não lhe deu uma vida segura, afastada de problemas. Por causa do seu envolvimento com drogas, especialmente com a heroína (durante as suas crises de abstinência, que eram monitorizadas por médicos, usava metadona), Chet foi preso muitas vezes. Conta-se que chegou a ser espancado por não ter pago uma dívida contraída com a compra de drogas. Este episódio levou-o à perda de vários dentes.
Para alguns especialistas, as falhas na sua arcada dentária teriam contribuído para prejudicar a sua performance. Contudo, para outros, contraditoriamente, tal facto teria obrigado o músico a enveredar pelas nuances do instrumento, alcançando, deste modo, sonoridades ímpares e inconfundíveis.
Em maio de 1983, durante uma de suas inúmeras viagens à Holanda, produziu gravações com o pianista Michael Graillier e com o baixista italiano Ricardo Del Fra, parceiro do baterista brasileiro Afonso Vieira.
Em 1985, Chet Baker esteve no Brasil para duas apresentações na primeira edição do Free Jazz Festival. A banda era formada pelo pianista brasileiro Rique Pantoja (com quem Chet já havia gravado um disco no início dos anos 80 - Chet Baker & The Boto Brasilian Quartet), pelo baixista Sizão Machado, pelo baterista americano Bob Wyatt e pelo flautista Nicola Stilo. A primeira apresentação, no Hotel Nacional, na cidade do Rio de Janeiro, foi considerada magnífica por muitos e dececionante por alguns, mas a apresentação em São Paulo, igualmente tida por alguns como um sucesso e por outros como dececionante, quase entra para a história do jazz pela porta dos fundos: depois do espetáculo, já no seu quarto, no Maksoud Plaza, Chet roubou a mala do médico que o acompanhava e tomou doses cavalares das drogas que lhe estavam sendo administradas para controlar as crises de abstinência. Chet teve uma overdose e quase morreu.
Naquele mesmo ano, em Roma, o trompetista iniciou, com Rique Pantoja, as gravações de Rique Pantoja & Chet Baker (WEA, Musiquim), que terminariam em São Paulo, no ano de 1987. O LP foi um sucesso para a crítica.
Chet Baker morreria, aos 58 anos, em Amesterdão, de forma trágica e misteriosa, na madrugada de 13 de maio de 1988, ao cair da janela do hotel. Até hoje há controvérsias sobre as circunstâncias da sua morte - acidente ou suicídio?
Foi sepultado no Inglewood Park Cemetery, em Los Angeles.
  
 

Hoje é dia de ouvir música brega...

Hoje é dia de recordar Ritchie Valens...

Hoje é dia de ouvir Stevie Wonder...!

Música para recordar que hoje é 13 de maio...!

segunda-feira, maio 12, 2025

Hoje é dia de cantar a poesia de Manuel Alegre...!

 

 

Capa negra, rosa negra - Estudantina Universitária de Coimbra
Música: António Portugal e Adriano Correia de Oliveira
Letra: Manuel Alegre

  
  
Capa negra, rosa negra
Rosa negra sem roseira
Abre-te bem nos meus ombros
Como o vento numa bandeira.

Abre-te bem nos meus ombros
Vira costas à saudade
Capa negra, rosa negra
Bandeira de liberdade.

Eu sou livre como as aves
E passo a vida a cantar
Coração que nasceu livre
Não se pode acorrentar.

Dante Gabriel Rossetti, pintor da Irmandade Pré-Rafaelita, nasceu há 197 anos...

Autoretrato, 1847

Dante Gabriel Rossetti (Londres, 12 de maio de 1828 - Birchington-on-Sea, 10 de abril de 1882), originalmente Gabriel Charles Dante Rossetti, foi um poeta, ilustrador e pintor inglês de origem italiana. Devido à sua preferência pela poesia medieval e em especial pela obra de Dante, Rossetti muda a ordem dos seus nomes e passa a usar Dante em primeiro lugar.
Fundou, juntamente com John Everett Millais e William Holman Hunt, em 1848, a Irmandade Pré-Rafaelita, um grupo artístico entre o espírito revivalista do romantismo e as novas vanguardas do século XX.
Rossetti também escrevia poemas para os seus quadros, como "Astarte Syraica". Como designer, trabalhou com William Morris para produzir imagens para vitrais e decorações.
Como ilustrador, Rossetti produziu poucas trabalhos, mas que tiveram influência duradoura sobre ilustradores do século XIX e XX. Fez ilustrações para Moxon Tennyson, Allingham e para os livros de poesia da sua irmã, Christina Rossetti.
   

Lady Lilith (1868), Delaware Art Museum

 
  

O Anjo do Gueto de Varsóvia morreu há dezassete anos...

     
Irena Sendler, em polaco: Irena Sendlerowa, nascida Krzyżanowska (Varsóvia, 15 de fevereiro de 1910 - Varsóvia, 12 de maio de 2008), também conhecida como "Anjo do Gueto de Varsóvia," foi uma ativista católica dos direitos humanos durante a Segunda Guerra Mundial, tendo contribuído para salvar mais de 2.500 vidas, ao conseguir que várias famílias cristãs escondessem filhos de judeus no seio do seu lar e ao levar alimentos, roupas e medicamentos às pessoas barricadas no gueto, com risco da própria vida. 
   
A mãe das crianças do Holocausto
Cquote1.svg A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade. Cquote2.svg
- Irena Sendler
  
Quando a Alemanha nazi invadiu o país, em 1939, Irena era assistente social no Departamento de Bem Estar Social de Varsóvia, trabalhava com enfermeiras e organizava espaços de refeição comunitários da cidade com o objetivo de responder às necessidades das pessoas que mais necessitavam. Graças a ela, esses locais não só proporcionavam comida para órfãos, anciãos e pobres, como lhes entregavam roupas, medicamentos e dinheiro. Ali trabalhou incansavelmente para aliviar o sofrimento de milhares de pessoas, tanto judias como católicas.
Em 1942, os nazis criaram um gueto em Varsóvia, e Irena, horrorizada pelas condições em que ali se sobrevivia, uniu-se ao Conselho para a Ajuda aos Judeus, Zegota. Ela mesma contou:
  
   
Quando Irena caminhava pelas ruas do gueto, levava uma braçadeira com a estrela de David, como sinal de solidariedade e para não chamar a atenção sobre si própria. Pôs-se rapidamente em contacto com famílias, a quem propôs levar os seus filhos para fora do gueto, mas não lhes podia dar garantias de êxito. Eram momentos extremamente difíceis, quando devia convencer os pais a que lhe entregassem os seus filhos e eles lhe perguntavam:
"Podes prometer-me que o meu filho viverá?". Disse Irena, "O que poderia prometer, quando nem sequer sabia se conseguiriam sair do gueto." A única certeza era a de que as crianças morreriam se permanecessem lá. Muitas mães e avós eram reticentes na entrega das crianças, algo absolutamente compreensível, mas que viria a se tornar fatal para muitas crianças. Algumas vezes, quando Irena ou as suas companheiras voltavam a visitar as famílias para tentar fazê-las mudar de opinião, verificavam que todos tinham sido levados para os campos da morte.
Ao longo de um ano e meio, até à evacuação do gueto no Verão de 1942, conseguiu resgatar mais de 2.500 crianças por várias vias: começou a recolhê-las em ambulâncias como vítimas de tifo, mas logo se valia de todo o tipo de subterfúgios que servissem para os esconder: sacos, cestos de lixo, caixas de ferramentas, carregamentos de mercadorias, sacos de batatas, caixões... nas suas mãos qualquer elemento transformava-se numa via de fuga.
Irena vivia os tempos da guerra pensando nos tempos de paz e por isso não fica satisfeita só por manter com vida as crianças. Queria que um dia pudessem recuperar os seus verdadeiros nomes, as suas identidades, as suas histórias pessoais e as suas famílias. Concebeu então um arquivo no qual registava os nomes e dados das crianças e as suas novas identidades.
Os nazis souberam dessas atividades e, em 20 de outubro de 1943, Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a prisão de Pawiak, onde foi brutalmente torturada. Num colchão de palha encontrou uma pequena estampa de Jesus Misericordioso com a inscrição: "Jesus, em Vós confio", e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II.
Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou-se a trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Foi condenada à morte. Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional".
Ao sair, gritou-lhe em polaco "Corra!". No dia seguinte Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados. Os membros da Żegota tinham conseguido deter a execução de Irena subornando os alemães, e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.
Em 1944, durante o revolta de Varsóvia, colocou as suas listas em dois frascos de vidro e enterrou-os no jardim de uma vizinha para se assegurar de que chegariam às mãos indicadas se ela morresse. Ao acabar a guerra, Irena desenterrou-os e entregou as notas ao doutor Adolfo Berman, o primeiro presidente do comité de salvação dos judeus sobreviventes. Lamentavelmente, a maior parte das famílias das crianças tinha sido morta nos campos de extermínio nazis.
De início, as crianças que não tinham família adotiva foram cuidadas em diferentes orfanatos e, pouco a pouco, foram enviadas para a Palestina.
As crianças só conheciam Irena pelo seu nome de código "Jolanta". Mas anos depois, quando a sua fotografia saiu num jornal depois de ser premiada pelas suas ações humanitárias durante a guerra, um homem chamou-a por telefone e disse-lhe:
  
  
E assim começou a receber muitas chamadas e reconhecimentos públicos.
Em 1965, a organização Yad Vashem de Jerusalém outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã honorária de Israel.
Em novembro de 2003 o presidente da República Aleksander Kwaśniewski, concedeu-lhe a mais alta distinção civil da Polónia: a Ordem da Águia Branca. Irena foi acompanhada pelos seus familiares e por Elżbieta Ficowska, uma das crianças que salvou, que recordava como "a menina da colher de prata".
        

Saudades de Antonio Vega...

Um escritor teve de pedir, aos estúpidos nazis, há 92 anos, que também queimassem os seus livros...

  
Oskar Maria Graf (Berg, 22 de julho de 1894 - Nova Iorque, 28 de junho de 1967) foi um escritor alemão.
Ele escreveu várias novelas e narrativas socialistas-anarquistas sobre a vida na Baviera, consideradas um pouco autobiográficas.
Inicialmente usou o seu verdadeiro nome, Oskar Graf. Depois de 1918 passou a usar o pseudónimo de Oskar Graf-Berg, sobretudo em artigos de revistas e jornais; para trabalhos que considerava mais sérios, ele passou a assiná-los com o nome de Oskar Maria Graf.
   
(...) 
   
Em 17 de fevereiro de 1933, viajou para Viena, uma viagem que deu início ao seu exílio voluntário da Alemanha natal. Os seus livros, inicialmente, não foram destruídos durante a Queima de Livros nazi, sendo, curiosamente, uma leitura recomendada pelo regime. Como resultado desta decisão, em 12 de maio de 1933, ele publicou, no jornal de Viena Arbeiter-Zeitung ("Jornal dos Trabalhadores") o seu famoso apelo anti-nazi, Verbrennt mich! ("Queimem-me!"). Os nazis, por causa do conteúdo aparentemente pertencente ao Movimento Völkisch, pensavam que os livros eram conformes à ideologia oficial do III Reich.
Um ano depois, em 1934, os seus livros foram finalmente proibidos na Alemanha.
  

 

Memorial recordando a Queima dos Livros de 1933, em Frankfurt


A QUEIMA DOS LIVROS

Quando o Regime ordenou que queimassem em público
Os livros de saber nocivo, e por toda parte
Os bois foram forçados a puxar carroças
Carregadas de livros para a fogueira, um poeta
Expulso, um dos melhores, ao estudar a lista
Dos queimados, descobriu, horrorizado, que os seus
Livros tinham sido esquecidos. Correu para a secretária
Alado de cólera e escreveu uma carta aos do Poder
Queimai-me! escreveu com pena veloz, queimai-me!
Não me façais isso! Não me deixeis de lado! Não disse eu
Sempre a verdade nos meus livros? E agora
Tratais-me como um mentiroso! Ordeno-vos:
Queimai-me!
   
 
  
in
Poemas (2007) - Bertolt Brecht (tradução - Paulo Quintela)

Burt Bacharach nasceu há 97 anos...

     
Burt Freeman Bacharach (Kansas City, Missouri, May 12, 1928 – Los Angeles, California, February 8, 2023) was an American composer, songwriter, record producer, and pianist who is widely regarded as one of the most important and influential figures of 20th-century popular music. Starting in the 1950s, he composed hundreds of pop songs, many in collaboration with lyricist Hal David. Bacharach's music is characterized by unusual chord progressions and time signature changes, influenced by his background in jazz, and uncommon selections of instruments for small orchestras. He arranged, conducted, and produced much of his recorded output.

Over 1,000 different artists have recorded Bacharach's songs. From 1961 to 1972, most of Bacharach and David's hits were written specifically for and performed by Dionne Warwick, but earlier associations (from 1957 to 1963) saw the composing duo work with Marty Robbins, Perry Como, Gene McDaniels, and Jerry Butler. Following the initial success of these collaborations, Bacharach wrote hits for singers such as Gene Pitney, Cilla Black, Dusty Springfield, Tom Jones, and B. J. Thomas.

Bacharach wrote seventy-three U.S. and fifty-two UK Top 40 hits. Those that topped the Billboard Hot 100 include "This Guy's in Love with You" (Herb Alpert, 1968), "Raindrops Keep Fallin' on My Head" (Thomas, 1969), "(They Long to Be) Close to You" (the Carpenters, 1970), "Arthur's Theme (Best That You Can Do)" (Christopher Cross, 1981), "That's What Friends Are For" (Warwick, 1986), and "On My Own" (Carole Bayer Sager, 1986). His accolades include six Grammy Awards, three Academy Awards, and one Emmy Award.

Bacharach is described by writer William Farina as "a composer whose venerable name can be linked with just about every other prominent musical artist of his era"; in later years, his songs were newly appropriated for the soundtracks of major feature films, by which time "tributes, compilations, and revivals were to be found everywhere". A significant figure in easy listening, he influenced later musical movements such as chamber pop and Shibuya-kei. In 2015, Rolling Stone ranked Bacharach and David at number 32 for their list of the 100 Greatest Songwriters of All Time. In 2012, the duo received the Library of Congress Gershwin Prize for Popular Song, the first time the honor has been given to a songwriting team.
    

 


Sam Nujoma, primeiro Presidente da Namibía, nasceu há 96 anos...

  
Samuel Daniel Shafiishuna, mais conhecido como Sam Nujoma (Etunda, 12 de maio de 1929Vinduque, 8 de fevereiro de 2025), foi um ativista revolucionário da Namíbia, anti-apartheid e político que serviu três mandatos como o primeiro Presidente da Namíbia, de 1990 a 2005. Nujoma foi um membro fundador e o primeiro presidente da Organização do Povo da África do Sudoeste (SWAPO) em 1960. Ele desempenhou um papel importante como líder do movimento de libertação nacional na campanha pela independência da Namíbia do domínio sul-africano.
Filho de camponeses, foi o primeiro presidente da Namíbia, tendo sido um dos grandes incentivadores da sua independência, em 1990, como líder da SWAPO (Organização dos Povos do Sudoeste Africano), que durante trinta anos travou uma batalha sem trégua contra a ocupação do regime minoritário sul-africano do Apartheid.
É considerados por muitos como o pai da Namíbia e por outros como um lutador.