“ | Por muitos anos, eu tenho apontado que a Ecologia não é mais uma subdivisão da Biologia, mas tem emergido de suas próprias raízes biológicas para tornar-se uma disciplina separada que integra organismos, o ambiente físico e os seres humanos. | ” |
terça-feira, agosto 10, 2021
Eugene Odum morreu há dezanove anos
Música com poema de aniversariante de hoje...
Música de Dorival Caymmi e letra de Jorge Amado
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
A noite que ele não veio foi
Foi de tristeza pra mim
Saveiro voltou sozinho
Triste noite foi pra mim
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
Saveiro partiu
de noite foi
Madrugada não voltou
O marinheiro bonito
sereia do mar levou
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
Nas ondas verdes do mar meu bem
Ele se foi afogar
Fez sua cama de noivo no colo de Iemanjá
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Poesia adequada à data...
Mãe Pobre
Terra Pátria serás nossa,
Mais este sol que te cobre,
Serás nossa,
Mãe pobre de gente pobre.
O vento da nossa fúria
Queime as searas roubadas;
E na noite dos ladrões
Haja frio, morte e espadas.
Terra Pátria serás nossa
Mais os vinhedos e os milhos,
Serás nossa,
Mãe que não esquece os filhos.
Com morte, espadas e frio,
Se a vida te não remir,
Faremos da nossa carne
As searas do porvir.
Terra Pátria serás nossa,
Livre e descoberta enfim,
Serás nossa,
Ou este sangue o teu fim.
E se a loucura da sorte
assim nos quiser perder,
Abre os teus braços de morte
E deixa-nos aquecer.
Carlos de Oliveira
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Ian Anderson, líder dos Jethro Tull, faz hoje 74 anos
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O fundador da Casa de Bragança nasceu há 644 anos
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Música adequada à data...
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Aleksandr Konstantinovitch Glazunov nasceu há 156 anos
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O verdadeiro Reporter X nasceu há 124 anos
Iniciou a sua carreira jornalística aos doze anos de idade e foi, desde os vinte até à sua morte, considerado o maior repórter português. Em 1926, instalou residência permanente no Porto.
Imaginou entrevistas com Mata Hari e Conan Doyle, enviou reportagens da "Rússia dos Sovietes" sem nunca lá ter posto os pés, criou um dos primeiros detectives de gabinete da literatura policial, deu forma a uma galeria interminável de heróis de folhetim, fundou jornais, realizou filmes, previu, ao jeito de Júlio Verne, como seriam Lisboa e o Porto no ano 2000. Reinaldo Ferreira. R de realidade e F de ficção. Nasceu há um século. Os 38 anos da sua breve passagem pelo mundo foram vividos à beira do delírio, com a morfina a ajudar. Um tipógrafo distraído inventou a alcunha que o iria consagrar: Repórter X.
Luís Miguel Queirós - Jornal PÚBLICO, 10 de agosto de 1997
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Jorge Amado nasceu há 109 anos
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Hoje é dia de recordar um grande Poeta...
Carta a Ângela
Para ti, meu amor, é cada sonho
de todas as palavras que escrever,
cada imagem de luz e de futuro,
cada dia dos dias que viver.
Os abismos das coisas, quem os nega,
se em nós abertos inda em nós persistem?
Quantas vezes os versos que te dou
na água dos teus olhos é que existem!
Quantas vezes chorando te alcancei
e em lágrimas de sombra nos perdemos!
As mesmas que contigo regressei
ao ritmo da vida que escolhemos!
Mais humana da terra dos caminhos
e mais certa, dos erros cometidos,
foste de novo, e sempre, a mão da esperança
nos meus versos errantes e perdidos.
Transpondo os versos vieste à minha vida
e um rio abriu-se onde era areia e dor.
Porque chegaste à hora prometida
aqui te deixo tudo, meu amor!
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Waldemar Bastos morreu há um ano...
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Rui Knopfli nasceu há 89 anos
Velho Colono
Sentado no banco cinzento
entre as alamedas sombreadas do parque.
Ali sentado só, àquela hora da tardinha,
ele e o tempo. O passado certamente,
que o futuro causa arrepios de inquietação.
Pois se tem o ar de ser já tão curto,
o futuro. Sós, ele e o passado,
os dois ali sentados no banco de cimento.
Há pássaros chilreando no arvoredo,
certamente. E, nas sombras mais densas
e frescas, namorados que se beijam
e se acariciam febrilmente. E crianças
rolando na relva e rindo tontamente.
Em redor há todo o mundo e a vida.
Ali está ele, ele e o passado,
sentados os dois no banco de frio cimento.
Ele a sombra e a névoa do olhar.
Ele, a bronquite e o latejar cansado
das artérias. Em volta os beijos húmidos,
as frescas gargalhadas, tintas de Outono
próximo na folhagem e o tempo.
O tempo que cada qual, a seu modo,
vai aproveitando.
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Né Ladeiras - 62 anos
Né Ladeiras, é o nome artístico da cantora portuguesa Maria de Nazaré de Azevedo Sobral Ladeiras (Porto, 10 de agosto de 1959).
Nasceu numa família com grandes afinidades com a música. A mãe cantava em programas de rádio, o pai tocava viola e o avô materno tocava guitarra portuguesa, braguesa, cavaquinho e instrumentos de percussão. Com 6 anos participa no Festival dos Pequenos Cantores da Figueira da Foz. Durante a sua adolescência integra vários projectos musicais, entre os quais um duo acústico formado com uma amiga da escola.
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Carlos de Oliveira nasceu há um século!
Acusam-me de Mágoa e Desalento
Acusam-me de mágoa e desalento,
como se toda a pena dos meus versos
não fosse carne vossa, homens dispersos,
e a minha dor a tua, pensamento.
Hei-de cantar-vos a beleza um dia,
quando a luz que não nego abrir o escuro
da noite que nos cerca como um muro,
e chegares a teus reinos, alegria.
Entretanto, deixai que me não cale:
até que o muro fenda, a treva estale,
seja a tristeza o vinho da vingança.
A minha voz de morte é a voz da luta:
se quem confia a própria dor perscruta,
maior glória tem em ter esperança.
in Mãe Pobre - Carlos de Oliveira
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segunda-feira, agosto 09, 2021
Poema próprio para a data...
Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.
É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és nao vem à flor
Das caras e dos dias.
Tu és melhor - muito melhor!-
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.
Mário Cesariny
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Vesti la giubba...
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Mário Cesariny nasceu há 98 anos
Mário Cesariny de Vasconcelos (Lisboa, 9 de agosto de 1923 - Lisboa, 26 de novembro de 2006) foi pintor e poeta, considerado o principal representante do surrealismo português. É de destacar também o seu trabalho de antologista, compilador e historiador (polémico) das actividades surrealistas em Portugal.
You are welcome to Elsinore
Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte......violar-nos.....tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas.....portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício
Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida......há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras e nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar
in Pena Capital (1957) - Mário de Cesariny de Vasconcelos
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O bombardeamento de Nagasaki foi há 76 anos
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Fafá de Belém - 65 anos!
in Wikipédia
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