quarta-feira, outubro 21, 2015

Manfred Mann - 75 anos!

Manfred Mann (born Manfred Sepse Lubowitz, 21 October 1940 in Johannesburg, Transvaal, Union of South Africa) is a South African-British keyboard player best known as a founding member and namesake of Manfred Mann, Manfred Mann Chapter Three and Manfred Mann's Earth Band.



Manfred Mann - Mighty Quinn

Come all without, come all within
You'll not see nothing like the Mighty Quinn
Come all without, come all within
You'll not see nothing like the Mighty Quinn

Everybody's building ships and boats
Some are building monuments,
others are jotting down notes
Everybody's in despair, every girl and boy
But when Quinn the Eskimo gets here
Everybody's gonna jump for joy

Come all without, come all within
You'll not see nothing like the Mighty Quinn

I like to go just like the rest,
I like my sugar sweet
But jumping queues and makin' haste,
just ain't my cup of meat
Everyone's beneath the trees,
feedin' pigeons on a limb
But when Quinn the Eskimo gets here
All the pigeons gonna run to him

Come all without, come all within
You'll not see nothing like the Mighty Quinn
Come all without, come all within
You'll not see nothing like the Mighty Quinn

Let me do what I wanna do,
I can't decide 'em all
Just tell me where to put 'em
and I'll tell you who to call
Nobody can get no sleep,
there's someone on everyone's toes
But when Quinn the Eskimo gets here
Everybody's gonna wanna doze

Come all without, come all within
You'll not see nothing like the Mighty Quinn
Come all without, come all within
You'll not see nothing like the Mighty Quinn
Come all without, come all within
You'll not see

terça-feira, outubro 20, 2015

Paleoecologia e extinções num artigo interessante

Extinção em massa: quem morre e quem sobrevive depende da teia alimentar

Representação artística de Lystrosaurus, antepassado dos mamíferos que sobreviveu à extinção em massa do fim do Pérmico

Crânio fóssil de Lystrosaurus, antepassado dos mamíferos que sobreviveu à extinção em massa do fim do Pérmico

Pormenor da teia alimentar que existia antes da extinção entre as espécies do período Pérmico

Estaremos a encaminhar-nos para uma nova extinção em massa da vida na Terra, provocada pelos seres humanos? Para tentar prever o que poderia acontecer – e talvez evitar o pior – é preciso perceber os ecossistemas em termos de quem come o quê, concluem dois cientistas.

Os especialistas dão-lhe o nome de Grande Morte (Great Dying, na expressão em inglês). Aconteceu num piscar de olhos geológico, há 252 milhões de anos, quando um vasto evento vulcânico na Sibéria cuspiu gases nocivos e uma quantidade de lava suficiente para formar um novo continente do tamanho da Europa.

O ar tornou-se mais quente e mais seco, os incêndios assolaram a paisagem e o oceano tornou-se tóxico. Em poucas dezenas de milhares de anos, perderam-se 90% das espécies marinhas e três quartos da vida terrestre. “Foi devastador”, diz o paleontólogo Peter Roopnarine. “Nunca a vida na Terra esteve tão perto de desaparecer por completo.”

Mas os cientistas ainda têm muitas perguntas acerca do que aconteceu durante a Grande Morte, formalmente conhecida como a extinção em massa do fim do Pérmico. Quais foram as primeiras espécies a desaparecer? Quando é que os ecossistemas colapsaram totalmente? Quem morreu, quem sobreviveu – e porquê?

Roopnarine pensa ter encontrado uma pista: a ideia de que a estabilidade da teia alimentar – essa complexa hierarquia de quem come quem – seria capaz de proteger as espécies quando um desastre acontece. Pelo menos durante algum tempo.

As questões relativas à sobrevivência das espécies tornaram-se mais prementes nos últimos anos, à medida que um número cada vez maior de cientistas tem vindo a acreditar que o planeta poderia estar a encaminhar-se rapidamente para uma outra extinção em massa – desta vez provocada pelos seres humanos.

Se de facto a vida na Terra for levar um outro golpe trágico, a melhor maneira de se preparar parece consistir em saber como se desenrolaram, no passado, situações semelhantes. Esses eventos de extinção em massa representam, como gosta de frisar Roopnarine, “experiências naturais” que põem à prova a capacidade de sobrevivência das espécies.

O único problema é que, no fim do Pérmico, não havia lá ninguém para tirar apontamentos (os polegares oponíveis demorariam 247 milhões de anos a evoluir, e seria preciso esperar mais uns milhões de anos ainda até alguém inventar o papel).

Foi por isso que Roopnarine, o curador de geologia da Academia das Ciências da Califórnia, e o paleobiólogo Kenneth Angielczyk, curador associado do Museu Field de Chicago, reconstruíram eles próprios, minuciosamente, aquela antiga “experiência” utilizando dados fósseis e modelos de computador. Algo que ninguém tinha feito até aqui. Os seus resultados, publicados na revista Science, fornecem alguns indícios sobre como a vida consegue gerir crises de proporções monumentais.

A chave da sobrevivência parece residir nas teias alimentares, as complicadas interacções que todos nós já mapeámos com certeza na escola. Elas ilustram como as espécies de um ecossistema arranjam comida – evitando ao mesmo tempo tornar-se comida para outros. Ora, segundo estes autores, uma teia alimentar estável pode proteger uma comunidade das catástrofes ambientais – e até da perda de algumas espécies.

As melhores teias alimentares são como um prédio bem construído: mesmo que um tijolo se desfaça ou seja removido, a estrutura no seu conjunto permanece sólida. E só quando algo de realmente traumático acontece – quando por exemplo, se perdem demasiadas espécies ou uma espécie-chave desaparece – é que a coisa toda se desmorona.

Olhando para fósseis com 250 milhões de anos de idade, provenientes da bacia do Karoo, na África do Sul – uma região conhecida pelas suas quintas de criação de animais de caça e o seu registo fóssil em excelente estado de conservação – Roopnarine e Angielczyk reconstituíram as teias alimentares do Pérmico anteriores à extinção em massa. Para isso, começaram por fazer um trabalho no terreno naquela vasta e quase desértica zona varrida pelos ventos. E depois, sentados em frente a um computador num laboratório norte-americano, tentaram mapear quem comia o quê naquele antigo mundo.

Numa segunda fase, desmontaram essas teias alimentares e reformularam-nas, obtendo novas configurações, para ver como outras teias alimentares possíveis responderiam a um cataclismo. Um pouco à maneira de alguém que, deitando fora as instruções do kit de montagem de uma secretária, por exemplo, constrói no seu lugar um carrinho de apoio de mesa.

Resultado notável: foi a cadeia alimentar do mundo real que demonstrou ser a combinação possível mais resiliente de espécies que viviam naquela altura. Por outras palavras, foi a partir do manual de instruções da natureza que se construíram os sistemas mais estáveis.

“Parecer ter havido uma manutenção permanente da resiliência”, diz Angielczyk. “Mesmo se algum desastre viesse a atingir algumas espécies, isso não iria afectar as outras.”

E mesmo quando confrontados com a fase inicial da extinção em massa do fim do Pérmico, numa altura em que os pequenos animais já estavam a morrer em grandes quantidades, as teias alimentares permaneceram sólidas. Se o vulcanismo que desencadeou a extinção não tivesse durado tanto tempo (cerca de um milhão de anos), alguma vida poderia ter conseguido escapar incólume à catástrofe.

Só que nem as teias alimentares mais estáveis conseguem resistir a um milhão de anos de secas, fogos florestais, de acidificação dos oceanos e de alterações climáticas descontroladas. E a dada altura, as plantas – que eram o alicerce das teias alimentares do Karoo – começaram a desaparecer. Dos 50 géneros (grupos de espécies) que existiam no Karoo antes do evento, apenas cinco emergiram dessa segunda fase de extinções.

Porém, o mundo que essas espécies viram então surgir era muito menos agradável do que o mundo que tinham deixado para trás. Embora novas espécies tivessem depressa emergido para preencher o vácuo deixado pelos seus extintos predecessores, muitas acabariam rapidamente por morrer.

De facto, essas teias alimentares “reconstituídas” eram muito menos estáveis do que as que tinham perdurado durante o período Pérmico – o que mostra que não bastam umas quantas espécies novas para reconstruir um ecossistema. As interacções tinham primeiro de evoluir e de melhorar. E seriam precisos três a cinco milhões de anos para que a vida na Terra conseguisse novamente assentar, dando origem à idade dos dinossauros.

“O que está a acontecer hoje é diferente da extinção em massa de há 250 milhões de anos”, diz Roopnarine. “Em termos de exploração excessiva de recursos, de alterações climáticas, de perda de habitats e de destruição da natureza, estamos a ir muito para além da experiência vivida por qualquer outra espécie.”

Mas o que sabemos, acrescenta, é que a melhor maneira de prever a sobrevivência dos ecossistemas é olhar para a estabilidade da sua teia alimentar: Quem come quem? Quais são as espécies que asseguram a coesão do conjunto? Quais são as espécies que um ecossistema pode perder sem grande impacto, tal como aconteceu com os pequenos vertebrados das teias alimentares do fim do Pérmico?

Proteger um animal de quem todos gostamos – como o panda-gigante ou o bisonte-americano – poderia revelar-se fútil se não protegermos ao mesmo tempo a comunidade à qual pertencem. “Não se trata apenas de preservar as espécies, trata-se de preservar as suas interacções”, diz Roopnarine. “Mas isso significa que temos de perceber essas interacções.”

Actualmente, as teias alimentares modernas ainda são algo misteriosas, acrescenta. E quando as conseguimos perceber, isso acontece muitas vezes depois de alguma coisa ter corrido mal – como no caso dos recifes de corais das Caraíbas. E então, já é tarde demais para fazer seja o que for.

O registo fóssil dos últimos 20.000 a 30.000 anos – que nos parece uma eternidade, mas representa apenas um instante em termos geológicos – está recheado de esqueletos de espécies extintas por predadores humanos ou pela destruição dos habitats: o mamute-lanudo, o dodó, o dugongo-de-steller. Do ponto de vista da paleontologia, “isto tem certamente o aspecto de algo do tipo extinção em massa”, diz Angielczyk.

Se quisermos ter a certeza de que as espécies existentes vão sobreviver às pressões da vida moderna, temos de perceber o que mantém estáveis as comunidades modernas. E entretanto, “temos de ser muito cautelosos”, alerta Angielczyk. Não sabemos o que é que poderia vir a desencadear a próxima Grande Morte.

Artigo publicado em exclusivo nos The Washington Post e PÚBLICO

O taxonomista Whittaker morreu há 35 anos

Whittaker propôs em 1969 uma nova classificação dos organismos, em cinco reinos, que é classificação atualmente adotada. Esses reinos, que se diferenciam pelo tipo de nutrição do ser vivo e pela organização das suas células, são os seguintes:

(imagem daqui)

Snoop Dogg - 44 anos

Calvin Cordozar Broadus, Jr. (Long Beach, 20 de outubro de 1971), conhecido pelos nomes artísticos Snoop Doggy Dogg, Snoop Dogg, Snoop Lion e Snoopzilla é um rapper, compositor, produtor musical e ator Estados Unidos da América. Na sua carreira Snoop vendeu mais de 36 milhões de discos pelo mundo, tendo a sua carreira, iniciada em 1992, quando foi descoberto pelo rapper Dr. Dre, e colaborou com ele no single Deep Cover, e em quase todas as faixas do álbum de estreia de Dre, The Chronic.


O ditador que mandou na Líbia durante quatro décadas foi assassinado há 4 anos

Muammar Abu Minyar al-Gaddafi (Sirte, 7 de junho de 1942 - Sirte, 20 de outubro de 2011) foi um militar, político, ideólogo e ditador líbio, sendo o de facto chefe de estado do seu país entre 1969 e 2011.

(...)

Morte
Em 20 de outubro de 2011, após a queda de Sirte, o último grande reduto das forças de Gaddafi, o Conselho Nacional de Transição informou oficialmente à Al Jazeera que Gaddafi havia sido capturado. De acordo com algumas fontes, Gaddafi teria sido ferido nas pernas ou levado dois tiros no peito. Segundo as primeiras informações, ele teria morrido em consequência desses ferimentos. Imagens de um vídeo amador mostram o corpo ensanguentado de Gaddafi, ainda vivo, sendo carregado como um troféu em Sirte.
O primeiro-ministro do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Mahmoud Jibril, confirmou a morte do ex-líder Muammar Kadhafi, durante os confrontos pela tomada da cidade de Sirte. "Esperávamos havia muito tempo por este momento. Muammar Kadhafi foi morto", afirmou à Associated Press. Segundo Jibril, a autópsia determinou que o líder deposto foi morto com um ferimento de bala na cabeça, após sua captura. Jibril afirmou, durante entrevista coletiva, que Gaddafi estava em boa saúde e armado, quando foi encontrado. Enquanto era levado até uma camioneta, levou um tiro no braço ou na mão direita. Posteriormente, levou um tiro na cabeça, em circunstâncias poucos claras.
O corpo de Gaddafi foi levado para uma câmara frigorífica e ficou exposto para visita pública, juntamente com o corpo de seu filho Mo'tassim e do chefe militar do regime Abu-Bakr Yunis Jabr, durante 4 dias. Posteriormente foram enterrados, num local secreto, numa simples e respeitosa cerimónia, de acordo com o governo líbio. De acordo com o jornal francês Le Figaro, o corpo de Muammar Gaddafi foi enterrado no meio do deserto em um local não especificado para evitar que o túmulo se torne um local de peregrinação de seus partidários. Em seu testamento político divulgado pouco depois da sua morte, Gaddafi exortou o seu povo a continuar lutando e resistindo de todas as formas contra o novo governo e deixou instruções sobre como ele gostaria de ser enterrado, a maneira muçulmana.

Nick Hodgson, o ex-baterista da banda Kaiser Chiefs, faz hoje 38 anos

(imagem daqui)

Nicholas David James Hodgson (Leeds, Inglaterra, 20 de outubro de 1977) é um baterista, vocalista e compositor britânico, que ficou conhecido por seu trabalho na banda Kaiser Chiefs. Compôs musicas como "Boxing Champ", "Remember You're a Girl", "If You Will Have Me", mas o seu maior sucesso como compositor foi "Man on Mars", canção lançada como single no álbum The Future Is Medieval. Em fevereiro de 2013, anunciou o seu primeiro projeto fora dos Kaiser Chiefs.


segunda-feira, outubro 19, 2015

Vinicius de Moraes nsceu há 102 anos

Vinicius de Moraes, nascido Marcus Vinicius de Moraes (Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 - Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro.
Poeta essencialmente lírico, o que lhe renderia a alcunha "poetinha", que lhe teria atribuído Tom Jobim, notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boémio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se nove vezes ao longo de sua vida e suas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo (mais conhecida como Tati de Moraes), Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso.
A sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. Ainda assim, sempre considerou que a poesia foi a sua primeira e maior vocação, e que toda sua atividade artística deriva do facto de ser poeta. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.


Peter Tosh nasceu há 71 anos

Winston Hubert McIntosh, mais conhecido como Peter Tosh (Grange Hill, 19 de outubro de 1944 - Westmoreland, 11 de setembro de 1987), foi um músico pioneiro de reggae/ska, conhecido pela sua militância em prol dos direitos humanos e da legalização da canabis


El-Rei D. Luís I morreu há 126 anos

Luís I de Portugal, de nome completo: Luís Filipe Maria Fernando Pedro de Alcântara António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança (Lisboa, 31 de outubro de 1838 - Cascais, 19 de outubro de 1889) foi o segundo filho da rainha D. Maria II e do rei Fernando II e era sobrinho do imperador D.Pedro II do Brasil, irmão mais novo de sua mãe. Luís herdou o trono depois da morte do seu irmão mais velho, D. Pedro V em 1861. Ficou conhecido como O Popular, devido à adoração pelo seu povo; Eça de Queirós chamou-lhe O Bom.

Morre subitamente no seu palácio de verão, na cidadela de Cascais, a 19 de outubro de 1889. Sucede-lhe o seu filho Carlos, sob o nome de Carlos I de Portugal.


domingo, outubro 18, 2015

Melina Mercouri nasceu há 95 anos

Melina Amalia Mercouri (Atenas, 18 de outubro de 1920 - Nova Iorque, 6 de março de 1994), mais conhecida como Melina Mercouri, foi uma atriz, cantora e ativista política grega. Fez parte do Parlamento Helénico e, em 1981, tornou-se a primeira mulher a ser Ministra da Cultura na Grécia.
O seu avô, Spyros Merkouris, foi Presidente da Câmara de Atenas durante muitos anos. O seu pai era membro do Parlamento. O seu tio era George S. Mercouris, líder do Partido Socialista Nacional da Grécia e que se tornou presidente do Banco da Grécia durante a ocupação da Grécia pelo Eixo, durante a Segunda Guerra Mundial.
O seu primeiro filme, Stella (1955), foi dirigido por Michael Cacoyannis, o diretor de Zorba, o grego. Foi ele que a levou para Cannes, onde o filme foi nomeado para a Palma de Ouro. Lá, Melina conheceu o diretor Jules Dassin, com quem viveria até morrer. O casal não teve filhos.
Melina tornou-se conhecida mundialmente quando participou, em 1960, no filme Never on Sunday, de Jules Dassin, que lhe rendeu o prémio de Melhor Atriz no Festival de Cannes e uma nomeação para o Óscar de melhor atriz. Em 1978, Melina encerrou a sua carreira no cinema para se dedicar à política.
Durante o período da ditadura militar na Grécia, Melina viveu em França. Quando tornou a haver democracia no  país, ela primeiro foi eleita para o Parlamento; depois tornou-se a primeira mulher a ser Ministra da Cultura no país, em dois mandatos consecutivos. Como Ministra da Cultura, lutou para fazer voltar os famosos Mármores de Elgin, que foram retirados do Partenon grego.
Morreu em Nova Iorque, de cancro do pulmão, aos 73 anos. O seu corpo foi trazido para Atenas, onde teve funeral de estado.


Chuck Berry nasceu há 89 anos!

Chuck Berry, nome artístico de Charles Edward Anderson Berry (Saint Louis, 18 de outubro de 1926), é um compositor, cantor e guitarrista americano. É apontado por muitos como um dos pioneiros do rock and roll. Apesar de ninguém poder garantir que criou o rock and roll sozinho, já que o estilo foi produto de um contexto do pós-guerra nos EUA e da mistura de jump blues e R&B que era feita por vários músicos afro-americanos até durante a época, Chuck Berry é considerado, e correctamente, um dos pioneiros do estilo justamente por ter feito a mistura funcionar. De uma forma geral só se pode afirmar que o rock and roll foi criado pelos seus pioneiros, o que inclui vários músicos.
Foi eleito pela revista Rolling Stone o 5º maior artista da música de todos os tempos e foi considerado o sétimo melhor guitarrista do mundo pela mesma revista.

Notícia sobre paleoantropologia no Público

Dentes antigos podem remodelar história das primeiras migrações humanas

A colecção de dentes fósseis agora descoberta na China

Os fósseis, encontrados numa gruta chinesa, indicam que os humanos modernos terão chegado à Ásia muito antes de entrarem na Europa.

Esta quarta-feira, uma equipa internacional de cientistas anunciou a descoberta de 47 dentes humanos fósseis, provenientes de uma gruta do Sul da China, com idades compreendidas entre os 80.000 e os 120.000 anos. Os seus resultados foram publicados na revista Nature.

Estes achados, que constituem portanto a prova mais antiga da presença de humanos modernos fora de África, poderão obrigar os especialistas a rescrever a história das primeiras migrações da nossa espécie aquando da sua saída de África. Porquê? Porque sugerem que o Homo sapiens não só entrou na Ásia muito mais cedo do que se pensava, como lá entrou – também ao contrário do que se pensava – muito mais cedo do que na Europa.

Os dentes fósseis, vindos de pelo menos 13 indivíduos, foram encontrados na gruta de Fuyan, no condado de Dao da província chinesa de Hunan. E colocam a nossa espécie no Sul da China 30.000 a 70.000 anos antes do seu aparecimento no Leste do Mediterrâneo ou na Europa.

“Até agora, a maioria da comunidade científica pensava que o Homo sapiens só passara a estar presente na Ásia há 50.000 anos”, disse Wu Liu, autor principal do estudo, do Instituto de Paleontologia dos Vertebrados e de Paleoantropologia da Academia das Ciências chinesa. Mas os dentes agora descobertos, acrescentou, são cerca de duas vezes mais antigos do que os primeiros vestígios da presença de humanos modernos na Europa.

Segundo a teoria mais aceite, designada Out of Africa em inglês, a nossa espécie surgiu pela primeira vez, em África, há cerca de 200.000 anos, espalhando-se a seguir para outras regiões do mundo. Porém, a datação e os caminhos dessa migração para fora de África têm permanecido incertos.

“Estes resultados sugerem que o Homo sapiens esteve presente na Ásia desde muito antes do que os 50.000 anos apontados pela hipótese Out of Africa”, explicou por seu lado María Martinón-Torres, do University College de Londres (Reino Unido) e co-autora do trabalho.

Para esta cientista, aliás, “é lógico pensar que as dispersões migratórias para leste tenham sido mais fáceis, do ponto de vista ambiental, do que as deslocações para norte, dada a rudeza dos invernos na Europa”. Mas ela vai mais longe: também é possível que a nossa espécie tenha chegado ao Sul da China dezenas de milhares de anos antes de conquistar a Europa simplesmente por não ter conseguido entretanto entrar no continente europeu devido à presença, já enraizada, dos nossos robustos primos neandertais. “Poderá ter sido difícil conquistar territórios que os neandertais já ocupavam há centenas de milhares de anos”, disse María Martinón-Torres.

Aliás, frisou ainda, algumas das migrações para fora de África têm vindo a ser rotuladas de “falsas dispersões”. E por exemplo, certos fósseis provenientes de grutas em Israel indicam que, de facto, há cerca de 90.000 anos, os humanos modernos terão chegado “às portas da Europa sem conseguir lá entrar”, disse ainda a investigadora.

“Esperamos que, graças à nossa descoberta dos fósseis humanos de Dao, as pessoas percebam que o Leste da Ásia é uma das áreas-chave para o estudo das origens e da evolução dos humanos modernos”, declarou Wu Liu.

sábado, outubro 17, 2015

Poesia - para terminar bem o dia...

(imagem daqui)

Nascimento último

Como se não tivesse substância e de membros apagados.
Desejaria enrolar-me numa folha e dormir na sombra.
E germinar no sono,germinar na árvore.
Tudo acabaria na noite,lentamente,sob uma chuva densa.
Tudo acabaria pelo mais alto desejo num sorriso de nada.
No encontro e no abandono,na última nudez,
respiraria ao ritmo do vento,na relação mais viva.
Seria de novo o gérmen que fui,o rosto indivisível.
E ébrias as palavras diriam o vinho e a argila
e o repouso do ser no ser,os seus obscuros terraços.
Entre rumores e rios a morte perder-se-ia.

 

in No Calcanhar do Vento (1987) - António Ramos Rosa

Há 26 anos um sismo devastou a região de São Francisco

O Sismo de Loma Prieta de 1989 ocorreu na região da área da baía de São Francisco, na Califórnia, Estados Unidos, no dia 17 de outubro de 1989, às 17.04, hora local (00.04 UTC no dia 18), e teve magnitude de 6,9 na escala de magnitude de momento (Mw). O epicentro foi a 16 km a nordeste de Santa Cruz, numa secção na Falha de Santo André na montanha de Loma Prieta (que deu o nome ao sismo), localizada ao longo das Montanhas de Santa Cruz. Teve duração de 8 a 15 segundos e o hipocentro foi a uma profundidade de 19 km. Causou a morte de 63 pessoas e outras 3.757 ficaram feridas. O prejuízo total foi de cerca de 5.6 a 6 mil milhões de dólares.
O terramoto ficou mais conhecido por ser o primeiro sismo da era moderna com epicentro nos Estados Unidos a ser transmitido ao vivo, em rede nacional, por uma emissora de televisão no país, a American Broadcasting Company (ABC), devido ao jogo n.º 3 da World Series da Major League Baseball de 1989 que estava para ser iniciado no Candlestick Park, e por coincidência, tinha como finalistas as duas equipas da área da baía de São Francisco (região atingida pelo tremor de terra), os San Francisco Giants e os Oakland Athletics.

Chopin morreu há 166 anos

Frédéric François Chopin, nome de batismo Fryderyk Franciszek Chopin (Żelazowa Wola, 1 de março de 1810 - Paris, 17 de outubro de 1849), foi um pianista polaco, radicado na França, e o maior compositor para piano da era romântica. É amplamente conhecido como um dos maiores compositores para piano e um dos pianistas mais importantes da história. A sua técnica refinada e a sua elaboração harmónica são comparadas historicamente com as de outros grandes compositores, como Mozart e Beethoven, assim como a sua duradoura influência na música até aos dias de hoje.

(...)

Em 1848, Chopin deu o seu último concerto em Paris, além de visitar a Inglaterra e a Escócia com a sua aluna e admiradora Jane Stirling. Eles chegaram a Londres em novembro, e ainda conseguiu dar alguns concertos e apresentações de salão.
Ele voltou a Paris, onde em 1849 ficou incapaz de ensinar e se apresentar.
A sua irmã, Ludwika, que tinha dado a ele as primeiras lições de piano, cuidou dele n seu apartamento na Praça Vendôme, nº 12. Nas primeiras horas de 17 de outubro Chopin morreu.
Chopin morreu rodeado de amigos e, como gostava muito de flores, logo depois da morte recebeu tal quantidade que parecia repousar num jardim. Como era costume na época, foi feita uma máscara mortuária, por Auguste Clesinger. A máscara foi rejeitada pela família, pois demonstrava claramente a expressão de sofrimento (Chopin morreu sufocado), mas o escultor remodelou a peça, dando assim uma aparência mais tranquila.
Antes do funeral de Chopin, de acordo com seu desejo ao morrer, o seu coração foi retirado devido ao seu medo de ser enterrado vivo. Ele foi posto pela sua irmã numa urna de cristal selada, com Cognac, destinada a Varsóvia. O coração permanece até hoje lacrado dentro de um pilar da Igreja da Santa Cruz (Kościół Świętego Krzyża), em Krakowskie Przedmieście, debaixo de uma inscrição do Evangelho de Mateus: "onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6:21), que, curiosamente, seria salvo da destruição de Varsóvia pelos nazis, em 1944, pelo general das SS, Erich von dem Bach-Zelewski.


António Ramos Rosa nasceu há 91 anos

(imagem daqui)

António Vítor Ramos Rosa (Faro, 17 de outubro de 1924Lisboa, 23 de setembro de 2013), foi um poeta, tradutor e desenhador português.
  
Biografia
António Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino secundário por questões de saúde. Em 1958 publica no jornal «A Voz de Loulé» o poema "Os dias, sem matéria". No mesmo ano sai o seu primeiro livro «O Grito Claro», n.º 1 da colecção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo, e também poeta, Casimiro de Brito. Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia», que em 1960 encerra a edição, por ordem da polícia política.
Foi um dos fundadores da revista de poesia Árvore existente entre 1951 e 1953 e fez parte do MUD Juvenil.
A 10 de junho de 1992 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 9 de junho de 1997 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro. Em 2003, a Universidade do Algarve, atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.


Este homem que pensou

Este homem que pensou
com uma pedra na mão
transformá-la num pão
transformá-la num beijo

Este homem que parou
no meio da sua vida
e se sentiu mais leve
que a sua própria sombra

Eminem faz hoje 43 anos

Eminem, nome artístico de Marshall Bruce Mathers III (St. Joseph, 17 de outubro de 1972), é um rapper, compositor, produtor musical e ator dos Estados Unidos da América. Adquiriu rápida popularidade, em 1999, com o lançamento do disco The Slim Shady LP, com o qual venceu o Grammy Award de Melhor Álbum de Rap do ano. O seu trabalho seguinte, The Marshall Mathers LP, tornou-se o álbum a solo mais vendido na história dos Estados Unidos. Tal facto tornou-o conhecido no mundo inteiro e ajudou na divulgação da sua gravadora, a Shady Records, e do seu grupo, o D12.
The Marshall Mathers LP e o seu terceiro disco, The Eminem Show também conquistaram o Grammy, tornando-se o primeiro artista a conquistar o prémio de Melhor Álbum de Rap do ano três vezes consecutivas. Em 2003, venceu o Óscar de melhor canção original com "Lose Yourself", que esteve presente no seu filme semi-biográfico 8 Mile. "Lose Yourself" iria se tornar o single que por maior tempo ocupou a primeira posição das paradas de hip hop. Em 2004, boatos sobre o fim da sua carreira foram anunciados após o lançamento do álbum Encore, que foram encerrados com o anúncio de Relapse, oficialmente disponibilizado a 15 de maio de 2009. De acordo com a Nielsen SoundScan, Eminem é o artista que mais vendeu na década nos Estados Unidos e atualmente está na 41ª posição de recordistas de vendas de discos da história do país segundo o ranking da RIAA, e no mundo tem mais de 90 milhões de álbuns vendidos, tornando-o um dos artistas recordistas de vendas de discos. Em 2010, lançou Recovery, no qual estava presente o single "Love the Way You Lie", que foi um enorme sucesso comercial. Recovery tornou-se o sexto álbum consecutivo de Eminem a estrear na primeira posição nas paradas do Estados Unidos. De início, o álbum ficou por cinco semanas consecutivas no topo, retornando posteriormente para outras duas e somando sete semanas em primeiro lugar, no total.
Eminem foi escolhido como o 79° na lista dos "100 Melhores Artistas de Todos os Tempos" da VH1. Numa lista similar, foi colocado em 82° pela revista Rolling Stone. Incluindo o trabalho com o D12, Eminem acumula 9 álbuns no topo da Billboard Top 200, sendo 7 solo (6 de estúdio, 1 compilação) e 2 com o D12. Ele tem 13 singles na primeira posição em todo o mundo. Tal sucesso fez Eminem ser reconhecido pela Billboard como o Artista da Década. De acordo com a mesma Billboard, o rapper teve dois dos cinco álbuns mais vendidos entre 2000 e 2009. Eminem também já vendeu mais de 17 milhões de downloads de suas músicas apenas nos Estados Unidos. Em 2010, a MTV classificou Eminem como o sétimo maior ícone da história da música pop.


sexta-feira, outubro 16, 2015

Notícia sobre Paleontologia Ibérica

Mamífero que viveu há 125 milhões de anos já tinha pêlos e espinhos

Ilustração científica do Spinolestes xenarthrosus

Spinolestes xenarthrosus

Fóssil do Spinolestes xenarthrosus encontrado em Espanha

Fóssil descoberto em Espanha está tão bem conservado que revela com pormenor a pelagem do animal e até dos seus órgãos internos. Um dos cientistas da equipa que o estudou também tem investigado fósseis de mamíferos primitivos encontrados numa antiga mina portuguesa.

Pesava 50 a 70 gramas, a cabeça e o corpo mediam 13 centímetros e a cauda outros 11. Vivia no chão, numa zona pantanosa perto de um lago enorme, alimentando-se de insectos e de outros pequenos invertebrados. Eis o Spinolestes xenarthrosus, um mamífero novo para a ciência que viveu há 125 milhões de anos e trouxe revelações sobre o aparecimento dos pêlos e dos espinhos nos mamíferos primitivos e até sobre as suas infecções na pele.

O seu pequeno fóssil, exemplar único, foi descoberto em 2012, na jazida paleontológica de Las Hoyas, no meio de Espanha, a 170 quilómetros a leste de Madrid e a 30 da cidade de Cuenca. Todos os verões, os cientistas vão para lá fazer escavações à procura de fósseis de animais e de plantas que viveram há 125 milhões de anos, no período do Cretácico Inferior, e que ficaram fossilizados nas rochas calcárias.

Naqueles tempos, Las Hoyas não era uma zona seca, como agora. Havia um lago, que chegou a ter 50 quilómetros quadrados. O clima destas terras, então noutras latitudes, era quente como o das regiões subtropicais. Floresciam coníferas e fetos.

As águas do grande lago, pouco profundas, fervilhavam de vida. Celacantos, tubarões, peixes vários. Na orla palustre, havia crocodilos, tartarugas e insectos, como libélulas. Nos bosques à volta do lago, encontravam-se dinossauros, os senhores da Terra de então, como o pequeno Pelicanimimus. E os ares eram dominados pelas aves, entre elas o Iberomesornis, forma intermédia entre os dinossauros e as aves actuais.

Sabe-se que todos eles tinham vivido ali através do que ficou depositado no fundo do lago, nos lodos finos, em excelente estado de conservação por causa da ausência de oxigénio, e que foi depois tapado por mais sedimentos ao longo de milhões de anos. Las Hoyas é hoje um paleolago, ou lago paleontológico. A sua descoberta em 1984 foi por acaso, quando a zona foi arada e as lajes calcárias acabaram por se soltar e ficar à vista. Chegaram a ser ter usos ornamentais, até que alguém reparou nos fósseis que aprisionavam e foi mostrá-las a cientistas da Universidade Autónoma de Madrid (UAM). Tinha-se encontrado uma das jazidas paleontológicas mais importantes da Península Ibérica.

Ora em 2012 os cientistas voltaram para mais uma temporada de escavações, coordenada pela espanhola Angela Buscalioni, da UAM, com as suas picaretas. Há muitos voluntários, e um deles, José Luis Sañudo, deparou-se numa das lajes com o fóssil completo de um pequeno mamífero. Entre tantos fósseis já ali encontrados — como ainda pterossauros, lagartos e salamandras —, aquele era o primeiro de um mamífero.

Angela Buscalioni é especialista em répteis da era Mesozóica (entre há 252 milhões de anos e 65 milhões de anos), por isso decidiu contactar um especialista em mamíferos dessa era, o alemão Thomas Martin. O resultado dessa colaboração é a descrição do Spinolestes xenarthrosus como um género e espécie novos para a ciência na edição desta quinta-feira da revista Nature.

Faz parte dos eutriconodontes, um grupo de mamíferos que viveu entre o Jurássico Médio e o Cretácico Superior. Tinham uma fileira de dentes com três pontas afiadas (cúspides) na zona da bochecha. “Estão totalmente extintos e não têm uma relação próxima com nenhum grupo de mamíferos modernos. Surgiram muito antes dos mamíferos marsupiais e placentários”, explica ao PÚBLICO Thomas Martin, da Universidade de Bona, na Alemanha. “Andavam no chão e os seus representantes mais pequenos, como o Spinolestes, eram insectívoros, ao passo que alguns eutriconodontes grandes eram predadores carnívoros ou necrófagos. O maior mamífero do Mesozóico conhecido, o Repenomamus do Cretácico Inferior, era um eutriconodonte que pesava dez a 15 quilos.”

Em vários sentidos, o fóssil de Las Hoyas é único, frisa o paleontólogo alemão. “É um esqueleto completo de um mamífero que tem as estruturas integumentárias extraordinariamente preservadas: pêlos, espinhos, escamas dérmicas, pavilhão auricular [a orelha] e órgãos internos, como os pulmões e o fígado. Os pêlos estão preservados a nível celular, o que até agora não tínhamos no registo fóssil dos mamíferos do Mesozóico. Esse pormenor de preservação da pelagem é único”, diz o paleontólogo. “Pela primeira vez, esta descoberta dá informação sobre a evolução dos pêlos e espinhos na história evolutiva dos mamíferos do Mesozóico. Fornece provas sobre os primeiros espinhos e escamas. Única é também a preservação de tecido dos pulmões e do fígado.”

Thomas Martin não se cansa de realçar a excepcionalidade deste fóssil. “Há outros mamíferos do Mesozóico até mais velhos (do Jurássico) que têm pêlos preservados, mas ficaram na rocha só como uma camada escura ou uma impressão”, esclarece. “A prova mais antiga de pêlos em mamíferos é, até agora, do Jurássico Médio - por exemplo, do Castorocauda e do Megaconus, do Nordeste da China. Porém, nestes casos o pêlo está preservado só como uma camada escura sem quaisquer detalhes estruturais. Foram descritos pêlos isolados de mamíferos em âmbar do Cretácico, dando alguns detalhes, mas a sua origem é desconhecida.”

Provas directas de pêlos eram, até agora, bastante mais recentes: o tecido fossilizado do fóssil de Las Hoyas “estende o conhecimento directo de microestruturas integumentárias de mamíferos dos 60 milhões até aos 125 milhões de anos”, lê-se no artigo.

De Las Hoyas a Guimarota
O que já revelaram estas estruturas antigas? “O Spinolestes mostra que a diferenciação dos integumentos (diferentes tipos de pêlos, espinhos ou escamas córneas) já tinha ocorrido nos tempos mesozóicos”, diz Thomas Martin. “Uma vez que o Spinolestes não é próximo de nenhum grupo moderno de mamíferos, significa a evolução dos espinhos ocorreu diversas vezes de forma independente na história dos mamíferos, como nos ouriços e no porco-espinho.”

Os espinhos do Spinolestes tinham a sua função. “Na parte de trás das costas, a pelagem era espinhosa, funcionando provavelmente como equipamento de defesa, como nos ratos-espinhosos modernos. Nestes ratos, os espinhos desprendem-se facilmente e se um deles é mordido nas costas o predador fica com a boca cheia de espinhos e rato foge. Os espinhos voltam a crescer e o animal não fica gravemente ferido.”

O Spinolestes também tinha uma coluna vertebral reforçada com articulações adicionais entre as vértebras, o que permite inferir o seu estilo de vida. “Estas articulações davam à coluna vertebral uma força extraordinária. O Spinolestes vivia num ambiente pantanoso, onde procurava insectos e outros animais pequenos na vegetação rasteira, usando a força da coluna para afastar cascas e outros materiais de plantas à procura de larvas”, explica o paleontólogo. “Também tinha patas anteriores [da frente] bastante fortes, que usava para arranhar e escavar.”

Há mais: a localização dos órgãos internos do Spinolestes indica que possuía diafragma, músculo que separa os pulmões (na cavidade torácica) do fígado (na cavidade abdominal). “O diafragma é típico dos mamíferos modernos e um pré-requisito para uma respiração eficaz nos mamíferos. A sua presença no Spinolestes demonstra que já tinha aparecido nos primeiros mamíferos do Cretácico.”

Ao ter mantido conservada a primeira orelha de um mamífero do Mesozóico, este fóssil dá ainda indicações sobre a forma e o tamanho das orelhas dos mamíferos daqueles tempos. E, por fim, sofria de dermatofitose, uma infecção por fungos que afecta a pele e os pêlos, originando zonas circulares sem pelagem, comum nos mamíferos de hoje. “Encontrámos pêlos no Spinolestes parecidos com os pêlos dos mamíferos modernos com este problema. Por isso, inferimos que este tipo de infecção já existia no Cretácico”, relata o investigador, rematando: “Para mim, esta descoberta é extremamente entusiasmante porque tem informações sobre estruturas que considerávamos inacessíveis. É mais uma prova de que os mamíferos do Mesozóico não eram criaturas primitivas parecidas com musaranhos, mas que já eram altamente diversificados.”

Thomas Martin conhece bem os fósseis de mamíferos primitivos descobertos perto de Leiria - na antiga mina da Guimarota, de onde se extraiu um carvão até 1961, quando fechou. Por essa altura, já um outro cientista alemão (Walter Kühne, da Universidade Livre de Berlim) tinha descoberto este tesouro paleontológico. Nos anos 60, 70 e 80, foram-se recolhendo fósseis (de mamíferos, crocodilos, peixes, anfíbios, lagartos, dinossauros, pterossauros, aves primitivas...). Foram sobretudo os seus fósseis de mamíferos do Jurássico Superior, com 150 milhões de anos, que a tornaram conhecida.

Os primeiros mamíferos da Terra tinham aparecido muito antes, há 220 milhões de anos. E os mamíferos da Guimarota contribuíram para conhecer melhor essa história. Por exemplo, saiu de lá, em 1976, o primeiro esqueleto de um mamífero do Jurássico: o Henkelotherium guimarotae, que vivia nos ramos das árvores e comia insectos.

Em 2007, Thomas Martin veio devolver a Portugal, e ao Museu Geológico de Lisboa, parte dos mamíferos da Guimarota que ainda estavam na Alemanha, onde foram preparados e estudados. Actualmente, assegura, quase todo o material da Guimarota já voltou a Portugal. Daí que lhe tivéssemos perguntado se há muitas diferenças entre os mamíferos da Guimarota e o de Las Hoyas. “Não são assim tão diferentes”, responde. “Os mamíferos da Guimarota também tinham pelagem (pelo que sabemos por fósseis contemporâneos da China), embora os pêlos não tivessem ficado preservados.”

Angela Lansbury - 90 anos!

Dame Angela Brigid Lansbury (Londres, 16 de outubro de 1925) é uma atriz britânica nascida na Inglaterra.

Apesar de toda a sua extensa carreira no cinema e no teatro, tendo trabalhado para a televisão desde os anos 50, Angela Lansbury tornou-se especialmente famosa pelo seu desempenho na mundialmente conhecida série de televisão Murder, She Wrote, produzida pela CBS entre 1984 e 1996, em 12 temporadas com 263 episódios. A série, exibida em Portugal com o título "Crime, Disse Ela", e no Brasil intitulada "Assassinato por Escrito", tornou-se a mais longa série policial de ficção da história da televisão americana, tornando Angela Lansbury uma das mais bem pagas actrizes do mundo. Angela representava Jessica Fletcher, uma professora de inglês, reformada da profissão e a viver em Cabot Cove, no Maine, Estados Unidos, e que agora se dedicava a escrever mistérios policiais. Entretanto, via-se envolvida em pequenos mistérios, incluindo roubos, fraudes e mesmo assassinatos, os quais resolvia com grande intuição e inteligência, mas sem nunca perder a compostura, polidez e boa educação. Neste papel tornou-se uma estrela televisiva amada por milhões de espectadores em todo o mundo. Curiosamente, segundo é afirmado pelos seus amigos mais íntimos, Angela é, na vida real, uma pessoa extremamente simpática e humana, fazendo facilmente amizade com outros, tal como acontecia com a sua personagem mais famosa.


Flea, o baixista dos Red Hot Chili Peppers, faz hoje 53 anos

Michael Peter Balzary (Melbourne, 16 de outubro de 1962), mais conhecido pelo seu nome artístico Flea, é um baixista australiano nascido em Melbourne. Flea, que também toca trompete e ocasionalmente trabalha como ator, é mais conhecido como baixista, co-fundador e um dos compositores da banda de rock alternativo Red Hot Chili Peppers. Flea também é o co-fundador da Silverlake Conservatory of Music, uma organização sem fins lucrativos de educação musical fundada em 2001.