quarta-feira, agosto 05, 2015

Neil Armstrong nasceu há 85 anos

Neil Alden Armstrong (Wapakoneta, 5 de agosto de 1930 - Cincinnati, 25 de agosto de 2012) foi um astronauta dos Estados Unidos, piloto de testes e aviador naval que escreveu o seu nome na história do século XX e da Humanidade ao ser o primeiro homem a pisar na Lua, como comandante da missão Apollo XI, em 20 de julho de 1969.
Antes de se tornar astronauta, Armstrong serviu na Marinha dos Estados Unidos combatendo na Guerra da Coreia como piloto de caça. Após a guerra, graduou-se como piloto de testes e serviu na Estação de Voo do Comité Consultivo Nacional para a Aeronáutica (NACA) de alta velocidade, onde acumulou mais de 900 voos em uma variedade de aeronaves.
Entrou para a NASA em 1962, integrando o segundo grupo de astronautas da agência espacial, indo ao espaço pela primeira vez em 1965, como comandante da missão Gemini VIII, três anos antes do voo que o colocaria na História. Condecorado com a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior condecoração civil do país, e a Medalha de Honra Espacial do Congresso, manteve uma vida discreta e longe dos olhos da opinião pública até sua morte, aos 82 anos. Dele, o presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, disse ser " um dos maiores heróis americanos, não apenas da sua época, mas de todos os tempos".

Carmen Miranda morreu há 60 anos

Maria do Carmo Miranda da Cunha (Marco de Canaveses, 9 de fevereiro de 1909 - Los Angeles, 5 de agosto de 1955), mais conhecida como Carmen Miranda, foi uma cantora e atriz luso-brasileira. A sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 30 e 50. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Foi considerada pela revista Rolling Stone como a 15ª maior voz da música brasileira, sendo considerada um ícone e símbolo internacional do país no exterior.
O primeiro grande sucesso veio com Ta-hí, de Joubert de Carvalho lançada em 1930 e que foi record de vendas, ultrapassando a marca de 36 mil cópias, a música alcançou uma popularidade tão grande que, em menos de seis meses, Carmen Miranda já era a cantora mais famosa do Brasil. No ano seguinte, ela fez sua primeira turnê internacional, já como uma artista renomada, quando foi para a Argentina com os cantores Francisco Alves, Mário Reis e com o bandolinista Luperce Miranda. Ela retornou à Argentina mais oito vezes, entre os anos de 1933 e 1938. Carmen se tornou a primeira artista de rádio a assinar contrato com uma emissora, quando na época todos recebiam somente cachês.
Em 1939, na comédia musical Banana da Terra, Carmen Miranda apareceu pela primeira vez caracterizada de baiana, personagem que a lançou internacionalmente. O filme apresentava clássicos como O que é que a baiana tem, que lançou Dorival Caymmi no cinema. Quando estava em temporada no Cassino da Urca, foi contratada pelo o magnata do show business Lee Shubert, para ser uma das atrações do seu espetáculo The Streets of Paris, que estrearia na Broadway. Este foi o episódio que transformou a vida de quem mais tarde viria a ser conhecida como "The Brazilian Bombshell".
Em 1940, Carmen fez sua estreia no cinema dos Estados Unidos no filme Serenata Tropical, com Don Ameche e Betty Grable, suas roupas exóticas e sotaque latino tornou-se sua marca registrada. No mesmo ano, foi eleita a terceira personalidade mais popular nos Estados Unidos, e foi convidada para se apresentar junto com seu grupo, o Bando da Lua, para o presidente Franklin Roosevelt na Casa Branca. Carmen Miranda é conhecida pelos penduricalhos ao pescoço e às frutas tropicais que lhe ornamentavam a cabeça.
Em junho de 1946, o Tesouro americano divulgou as suas coletas do ano fiscal de 1945, referentes aos ganhos dos contribuintes em 1944. Com os $201.458 dólares que lhe tinham sido pagos pela Fox “em salários, bónus e outras compensações”, Carmen Miranda era a mulher mais bem paga dos Estados Unidos - talvez no mundo - aquele ano. A sua fortuna foi estimada como algo equivalente a cerca de $2 milhões de dólares pelo Los Angeles Times.
Fez um total de catorze filmes em Hollywood entre 1940 e 1953, nove deles somente na 20th Century Fox. Embora aclamada como uma artista talentosa, sua popularidade diminuiu até o final da Segunda Guerra Mundial. O seu talento como cantora e performer, porém, muitas vezes foi ofuscado pelo caráter exótico das suas apresentações. Carmen tentou reconstruir sua identidade e fugir do enquadramento que seus produtores e a indústria tentavam lhe impor, mas sem conseguir grandes avanços. De facto, por todos os estereótipos que enfrentou ao longo de sua carreira, as  suas performances fizeram grandes avanços na popularização da música brasileira, ao mesmo tempo, abrindo o caminho para o aumento da consciência de toda a cultura Latina.
Carmen Miranda foi a primeira artista latino-americana a ser convidada a imprimir suas mãos e pés no pátio do Grauman's Chinese Theatre, em 1941. Ela também se tornou a primeira sul-americana a ser homenageada com uma estrela na Calçada da Fama. Carmen é considerada a precursora do Tropicalismo no Brasil, movimento cultural da década de 1960.
Em 20 anos de carreira deixou a sua voz registada em 279 gravações somente no Brasil e mais 34 nos EUA, num total de 313 gravações. Um museu foi construído mais tarde no Rio de Janeiro, em sua homenagem. Em 1995, ela foi tema do aclamado documentário Carmen Miranda: Bananas is my Business, dirigido por Helena Solberg, uma intersecção no cruzamento da Hollywood Boulevard e Orange Drive em frente ao Teatro Chinês em Hollywood foi oficialmente nomeada Carmen Miranda Square, em setembro de 1998. Até hoje, nenhum artista brasileiro teve tanta projeção internacional como ela.

Marilyn Monroe morreu há 53 anos

Marilyn Monroe, nascida Norma Jeane Mortenson (Los Angeles, 1 de junho de 1926 - Los Angeles, 5 de agosto de 1962) foi uma atriz, cantora e modelo norte-americana.
Depois de passar boa parte da sua infância morando em lares adotivos, Monroe começou uma carreira como modelo, o que a rendeu um contrato no cinema em 1946, com a 20th Century-Fox. As suas aparições nos seus primeiros filmes eram pequenas, mas as suas interpretações em The Asphalt Jungle e All About Eve, além do facto de ser a primeira mulher a posar nua para a Playboy, chamou a atenção do público. Em 1952 conquistou o seu primeiro papel principal em Don't Bother to Knock, repetindo em Niagara, um filme melodramático que geria o seu poder de sedução. A sua personalidade cómica como "loira burra" foi usada para filmes posteriores como Gentlemen Prefer Blondes (1953), How to Marry a Millionaire (1953) e The Seven Year Itch (1955). Monroe estudou na Actors Studio para ampliar o seu alcance na atuação no filme dramático Bus Stop (1956), que foi aclamado pela crítica e recebeu uma indicação para o Globo de Ouro. A sua produtora, "Marilyn Monroe Productions", lançou The Prince and the Showgirl (1957), pelo qual recebeu uma indicação ao BAFTA e ganhou o prêmio italiano David di Donatello. Ela recebeu um Globo de Ouro por sua interpretação em Some Like It Hot (1958). O último filme concluído de Monroe foi The Misfits (1961), onde ela estrelava ao lado de Clark Gable, cujo roteiro ficou por conta do seu então marido, Arthur Miller.
As circunstâncias da sua morte indicam para uma overdose de barbitúricos, e têm sido objeto de especulação. Embora oficialmente classificado como um "provável suicídio", a possibilidade de uma overdose acidental, bem como de homicídio, não foram descartadas. Em 1999 Monroe foi classificada como a sexta maior estrela feminina de todos os tempos pela American Film Institute. Frequentemente é citada como um ícone pop e cultural, bem como símbolo sexual por excelência americana. Em 2009, um canal americano nomeou-a na 1ª posição das mulheres mais sexy de todos os tempos.

A fauna (ou flora...) de Ediacara e a reprodução no Pré-Câmbrico

Como era a reprodução das estranhas formas de vida há 565 milhões de anos

Ilustração dos Fractofusus no fundo do mar
 

Fósseis de Fractofusus encontrados em Mistaken Point, no litoral da Terra Nova

Mistaken Point, no litoral da Terra Nova

Durante o período geológico do Ediacarano havia jardins no fundo do mar com organismos diferentes de tudo o que conhecemos hoje. Um estudo revelou as formas de reprodução dos Fractofusus, que não eram nem animais nem plantas.

De forma ovalada, com algumas dezenas de centímetros de comprimento, as duas espécies conhecidas de Fractofusus viviam coladas ao leito do mar na escuridão total, entre um a dois quilómetros de profundidade, há 565 milhões de anos. Naquela altura, a Terra era completamente diferente, os continentes tinham uma conformação distinta da que conhecemos hoje, e eram nus de vida. O movimento passava-se todo nos oceanos, mas noutros molde. A meio do período Ediacarano, entre há 635 a 540 milhões de anos, a evolução dos animais estava na sua mais tenra infância. No local onde se encontraram os fósseis de Fractofusus, na ilha da Terra Nova, no Nordeste do Canadá, não há qualquer marca de plantas ou animais. Mas a disposição de dezenas de fósseis daqueles organismos – que não são considerados nem animais nem plantas – mostrou aos cientistas que estas criaturas tinham dois tipos de reprodução: uma que permitia colonizar novos lugares e outra que permitia ocupar rapidamente o novo território.

Publicado esta segunda feira no site da revista Nature, o artigo com esta descoberta pode ajudar a compreender o lugar destas estranhas formas de vida na árvore da evolução.
Na transição para o período Câmbrico, primeiro período da era Paleozóica, há 540 milhões de anos, já não há nenhuma prova fóssil conhecida dos “jardins do Ediacarano”, o nome dado a estes ecossistemas. “Ediacarano” vem de Ediacara, uma cordilheira de montanhas no Sul da Austrália. Em 1946, foram encontrados fósseis nestas montanhas que revelaram a existência deste antigo ecossistema. O termo foi também aproveitado para dar nome ao último período da era Neoproterozóica, entre há 1000 a 540 milhões de anos.
A ideia de “jardins” está associada a uma placidez e a uma constância que parece ter-se vivido nestes universos marinhos que não tinham predadores, nem animais que escavavam a areia. Por isso, o leito do mar estava coberto por uma camada de bactérias. Era por cima desta camada que viviam as espécies ediacaranas. Havia organismos que tinham a forma de uma folha e prendiam-se ao leito com um pedúnculo. Já as espécies do género Fractofusus, que pertence ao grupo dos Rangeomorpha, estavam coladas ao chão.
“Os Fractofusus não se parecem com nada que esteja vivo hoje”, explica ao PÚBLICO Emily Mitchell, investigadora da Universidade de Cambridge, e uma das autoras do artigo que junta ainda a contribuição de outros cientistas do Reino Unido.
“Têm uma forma oval, com segmentos que se ramificam, e que por sua vez se vão ramificando em novos segmentos. A maioria dos organismos tem cerca de dez centímetros de comprimento, mas os maiores cresciam até aos 40 centímetros. Eram bastante achatados, os maiores tinham uma altura de três a quatro centímetros”, descreve a cientista. “Não há indícios de que eles se movessem, em vez disso viviam directamente no tapete de bactérias que cobria o chão do mar nas zonas de profundidade. Pensa-se que se alimentavam absorvendo nutrientes [da água] através das suas paredes membranares – não há nenhum indício de nenhum tipo de abertura bucal.”
Durante milhões de anos, estas formas de vida floresceram. Depois, a evolução deu um salto e o mundo mudou. Os primeiros animais surgiram ainda no Ediacarano, passaram a conseguir escavar o leito marinho, destruindo o tapete de bactérias e surgiram predadores. Estes jardins acabaram por desaparecer. “O mais provável é que os animais do Câmbrico rapidamente se tenham sobreposto na procura de nutrientes e de espaço em relação aos seus pares ediacaranos”, especula a cientista.
No Câmbrico, surgem no registo fóssil os principais filos dos animais, como os moluscos, os artrópodes ou os vertebrados. A esta aparente e rápida diversificação dos animais dá-se o nome de explosão do Câmbrico.
O mundo ainda mudou muito com a colonização dos continentes feita pelas plantas e pelos animais. Só há menos de 400 milhões de anos, no período Devónico, é que os primeiros tetrápodes começaram a caminhar em terra, originando os anfíbios e os répteis. Há 252 milhões de anos iniciou-se o Mesozóico, a era dos dinossauros, onde apareceram os mamíferos e as aves, e que durou até há 66 milhões de anos, quando se deu a grande extinção dos grandes répteis. O vazio permitiu a diversificação dos mamíferos que dominam agora os continentes.

Duas formas de reprodução 
Perante a complexidade actual, os jardins do Ediacarano de há 565 milhões de anos são ecossistemas básicos, constituídos por organismos simples. Se imaginarmos a Terra daquela altura, com os seus continentes vazios, parece um lugar desolador. Mas os Fractofusus são já o resultado de milhares de milhões de anos de evolução. A vida terá surgido na Terra há cerca de 3500 milhões de anos. Os primeiros organismos eram uma célula só. Com o passar do tempo, ficaram mais complexos, formaram seres com muitas células e diferentes tecidos.
“Os macro-organismos do Ediacarano existiram na transição entre a vida microbiana e a explosão do Câmbrico”, contextualiza Emily Mitchell. “É durante esta transição que os animais iniciaram a sua evolução. Se queremos compreender a evolução dos animais, precisamos de compreender a vida no Ediacarano.”
Para isso, a equipa da Universidade de Cambridge estudou a distribuição dos fósseis de três locais diferentes do litoral da Terra Nova: duas em Mistaken Point, na Península de Avalon, e a terceira em Catalina Dome, na Península de Bonavista. Descobertos em 1967, os fósseis de Mistaken Point foram produzidos graças a uma erupção vulcânica com uma grande queda de cinzas, semelhante à que se abateu sobre a cidade de Pompeia, e conservou as estruturas daqueles antigos organismos. Num dos locais, os fósseis dos Fractofusus, género descrito em 2007, convivem com os fósseis de outras sete espécies de ediacaranos, noutro convivem com quatro.
“Nestes ecossistemas preservados [no registo fóssil] há informação que nos permite tentar responder a perguntas biológicas e ecológicas complexas, como o modo de reprodução”, diz Emily Mitchell. A equipa fez um mapa da distribuição dos fósseis de Fractofusus nos três locais e descobriu que estes organismos estavam agrupados. Em cada agrupamento, havia ainda grupos mais densos destas criaturas.
“Estes [antigos] padrões foram comparados com padrões ambientais e reprodutivos de organismos modernos. Esta comparação mostrou que aquele padrão resultava do modo de reprodução”, explicou a investigadora. A cientista descobriu ainda que a distribuição dos Fractofusus era semelhante à de plantas como o morangueiro. Esta planta lança um estolho, um caule que cresce lateralmente e a dada altura origina um novo morangueiro, que é um clone do morangueiro progenitor.
O Fractofusus terá tido a mesma técnica reprodutiva. “O progenitor Fractofusus produziria um ou vários filamentos, e um bebé Fractofusus iria nascer ao longo do filamento ou no fim”, descreve Emily Mitchell. Nalguns casos, os cientistas contaram 23 agrupamentos de Fractofusus, cada um contendo 12 grupos, e cada um destes subgrupos com três indivíduos. A esta organização está associada uma escala de tamanho, com os organismos “progenitores” a serem maiores do que os “filhos”. Esta forma de reprodução assexuada, em que cada indivíduo é um clone do seu progenitor, serviria para colonizar rapidamente uma região.
Mas os cientistas acreditam que haveria um outro mecanismo de reprodução que permitiria estas espécies colonizarem locais distantes. Para isso, pensa-se que os indivíduos adultos produziriam estruturas que se desprendem deles (propágulos) e que seriam levadas pelas correntes marinhas.
“O propágulo levado pela água permitia ao Fractofusus colonizar novas áreas, e impedir a sua extinção no caso de haver uma grande perturbação. Assim que o Fractofusus encontrasse um lugar bom para crescer, a reprodução por filamento serviria para ele se espalhar nessa área de forma fácil e rápida”, resume a cientista, acrescentando que este é um passo importante para compreender a biologia destes organismos.
O trabalho não vai ficar por aqui, refere Emily Mitchell. A técnica será utilizada para estudar o resto do ecossistema daqueles antigos jardins: “Vamos alargar esta análise a outras espécies ediacaranas para analisar a sua reprodução. Também planeamos usar a análise espacial para compreender como as espécies interagiam entre si.”

in Público - ler notícia

terça-feira, agosto 04, 2015

Música adequada à (triste) data...


Uma batalha, há 437 anos, quase fez desaparecer Portugal...

A Batalha de Alcácer-Quibir, conhecida em Marrocos como Batalha dos Três Reis, foi uma batalha travada no norte de Marrocos perto da cidade de Alcácer-Quibir, entre Tânger e Fez, em 4 de agosto de 1578. Os combatentes foram os portugueses liderados pelo rei D. Sebastião aliados ao exército do sultão Mulei Mohammed (Abu Abdallah Mohammed Saadi II, da dinastia Saadiana) contra um grande exército marroquino liderado pelo sultão Mulei Moluco (Abd Al-Malik, seu tio) e com apoio otomano.
No seu fervor religioso, o Rei D. Sebastião planeara uma cruzada após Mulay Mohammed ter solicitado a sua ajuda para recuperar o trono, que seu tio Abu Marwan Abd al-Malik I Saadi havia tomado. A batalha resultou na derrota portuguesa, com o desaparecimento em combate de El-Rei D. Sebastião e da nata da nobreza portuguesa. Além do Rei português, morreram na batalha os dois sultões rivais, originando o nome "Batalha dos Três Reis", com que ficou conhecida entre os marroquinos.
A derrota na batalha de Alcácer-Quibir levou à crise dinástica de 1580 e ao nascimento do mito do sebastianismo. O reino foi gravemente empobrecido pelos resgates que foi preciso pagar para reaver os cativos.
A batalha ditou fim da Dinastia de Avis e do período de expansão iniciado com a vitória na Batalha de Aljubarrota. A crise dinástica resultou na perda da independência de Portugal por 60 anos, com a união ibérica sob a dinastia Filipina.

Hans Christian Andersen morreu há 140 anos...

Hans Christian Andersen (Odense, 2 de abril de 1805 - Copenhaga, 4 de agosto de 1875) foi um escritor e poeta de histórias infantis, nascido na atual Dinamarca.
Andersen era filho de um sapateiro, o que levou Andersen a ter dificuldades para se educar. No entanto, seus ensaios poéticos e o conto "Criança Moribunda" garantiram-lhe um lugar no Instituto de Copenhaga. Escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias, e, principalmente, contos de fadas, pelos quais é mundialmente conhecido.
(...)
Contudo, apesar de ter escrito diversos romances adultos, livros de poesia e relatos de viagens, foram os contos de fadas que tornaram Hans Christian Andersen famoso. Especialmente pelo facto de que, até então, eram muito raros livros voltados especificamente para crianças.
Ele foi, segundo estudiosos, a "primeira voz autenticamente romântica a contar histórias para as crianças" e buscava sempre passar padrões de comportamento que deveriam ser adotados pela nova sociedade que se organizava, inclusive apontando os confrontos entre "poderosos" e "desprotegidos", "fortes" e "fracos", "exploradores" e "explorados". Ele também pretendia demonstrar a ideia de que todos os homens deveriam ter direitos iguais.
Entre 1835 e 1842, Andersen lançou seis volumes de Contos, livros com histórias infantis traduzidos para diversos idiomas. Ele continuou escrevendo seus contos infantis até 1872, chegando à marca de 156 histórias. No começo, escrevia contos baseados na tradição popular, especialmente no que ele ouvia durante a infância, mas depois desenvolveu histórias no mundo das fadas ou que traziam elementos da natureza.
No final de 1872, Andersen ficou gravemente ferido ao cair da sua própria cama, e permaneceu com a saúde abalada até 4 de agosto de 1875, quando faleceu, em Copenhaga, onde foi enterrado.

Estátua da Pequena Sereia, no Porto de de Copenhaga

A última Rainha Mãe do Reino Unido nasceu há 115 anos

Isabel Ângela Margarida Bowes-Lyon (Londres, 4 de agosto de 1900Chalé Real, Windsor, 30 de março de 2002), também conhecida como A Rainha Mãe, foi a esposa do Rei Jorge VI e Rainha consorte do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte de 1936 até 1952. Ela é mãe da Rainha Isabel II do Reino Unido e da princesa Margarida, Condessa de Snowdon. Isabel também foi a última Imperatriz da Índia.
Nascida na nobreza britânica, era filha de Claude Bowes-Lyon, 14.º Conde de Strathmore e Kinghorne, e da sua esposa Cecília Cavendish-Bentinck. Ela ganhou proeminência em 1923 ao casar com Alberto, Duque de Iorque, o segundo filho do rei Jorge V e da rainha Maria. O casal e as suas duas filhas representavam os ideais de família e serviço público. Isabel participou de uma grande variedade de eventos públicos e ficou conhecida popularmente como a "duquesa sorridente".
Em 1936, o seu marido tornou-se inesperadamente Rei quando o seu irmão Eduardo VIII abdicou para se casar com Wallis Simpson. Como rainha consorte, Isabel acompanhou Jorge VI em viagens diplomáticas pela França e América do Norte antes do início da Segunda Guerra Mundial. Seu espírito indómito foi uma fonte de apoio moral ao povo britânico durante o conflito. Em reconhecimento ao seu papel de trunfo para os interesses britânicos, Adolf Hitler descreveu-a como "a mulher mais perigosa na Europa". Após a guerra, a saúde do Rei piorou e ele morreu em 1952.
Com a morte da Rainha Maria, em 1953, Eduardo VIII morando no exterior e a sua filha sendo Rainha, Isabel tornou-se o membro mais velho da família real britânica e assumiu uma posição matriarcal. Nos anos posteriores, ela sempre foi popular com o público, mesmo quando os outros membros da família passaram por períodos de impopularidade. Ela continuou a ter uma ativa vida pública até alguns meses antes de morrer, aos 101 anos, sete semanas depois da morte da sua filha Margarida.

Brasão de Isabel Bowes-Lyon como Rainha

segunda-feira, agosto 03, 2015

P. D. James nasceu há 95 anos!

Phyllis Dorothy James, Baroness James of Holland Park (Oxford, England, 3 August 1920 – Oxford, England, 27 November 2014), known as P. D. James, was an English crime writer. She rose to fame for her series of detective novels starring police commander and poet Adam Dalgliesh.

O poeta Políbio Gomes dos Santos morreu há 76 anos

(imagem daqui)

Políbio Gomes dos Santos (Ansião, 7 de agosto de 1911 - Ansião, 3 de agosto de 1939, foi um poeta português.
Políbio, frequentou o Instituto Militar dos Pupilos do Exército em Lisboa e terminou os seus estudos liceais em Coimbra, tendo aí ingressado na Faculdade de Letras.
Devido a ter adoecido, em setembro de 1938, com tuberculose, esteve internado no Sanatório da Guarda.
Foi um dos colaboradores dos Cadernos da Juventude, da Presença, do Sol Nascente e do O Diabo, assim como fez parte do grupo Novo Cancioneiro, de tendência neo-realista.
Actualmente, existe o Prémio Literário Políbio Gomes dos Santos, em homenagem ao poeta.

Poema da Voz que Escuta

Chamam-me lá em baixo.
São as coisas que não puderam decorar-me:
As que ficaram a mirar-me longamente
E não acreditaram;
As que sem coração, no relâmpago do grito,
Não puderam colher-me.
Chamam-me lá em baixo,
Quase ao nível do mar, quase à beira do mar,
Onde a multidão formiga
Sem saber nadar.
Chamam-me lá em baixo
Onde tudo é vigoroso e opaco pelo dia adiante
E transparente e desgraçado e vil
Quando a noite vem, criança distraída,
Que debilmente apaga os traços brancos
Deste quadro negro - a Vida.
Chamam-me lá em baixo:
Voz de coisas, voz de luta.
É uma voz que estala e mansamente cala
E me escuta.


 

in Voz que Escuta (1939) - Políbio Gomes dos Santos

domingo, agosto 02, 2015

A Invasão do Kuwait por Saddam Hussein foi há 25 anos

Mapa do Iraque em 1990, com o Kuwait como província

A Invasão do Kuwait, também conhecida como a Guerra Iraque-Kuwait, foi um grande conflito entre a República do Iraque e o Estado do Kuwait, o que resultou em sete meses de uma longa ocupação do Kuwait pelo Iraque, que posteriormente levou à intervenção militar direta, por forças lideradas pelos Estados Unidos, na Guerra do Golfo.
Em 1990, o Iraque acusou o Kuwait de roubar petróleo iraquiano por perfuração inclinada, embora algumas fontes iraquianas indicavam que a decisão de Saddam Hussein de atacar o Kuwait foi tomada poucos meses antes da invasão real. Alguns sentiam que havia várias razões para o movimento do Iraque, incluindo a incapacidade iraquiana de pagar mais de US$ 80 mil milhões, que haviam sido emprestados para financiar a Guerra Irão-Iraque e a superprodução de petróleo do Kuwait, que manteve os rendimentos abaixo para o Iraque. A invasão começou a 2 de agosto de 1990, e após dois dias de intenso combate, a maior parte das Forças Armadas do Kuwait foi destruída pela Guarda Republicana Iraquiana, ou escapou para a vizinha Arábia Saudita e o Bahrain. O estado do Kuwait foi anexado, e Saddam Hussein anunciou em poucos dias que este era a 19ª província do Iraque.

Causas
O Kuwait foi um forte aliado do Iraque durante a Guerra Irão-Iraque e funcionou como um importante porto do país, uma vez que Bassorá foi fechada pelos combates. No entanto, após o fim da guerra, as relações de amizade entre os dois países árabes vizinhos azedaram, devido a razões económicas e diplomáticas, que finalmente culminaram com a invasão iraquiana do Kuwait.

Zeca Afonso nasceu há 86 anos

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 2 de agosto de 1929 - Setúbal, 23 de fevereiro de 1987), foi um cantor e compositor português. É também conhecido pelo diminutivo familiar de Zeca Afonso, apesar de nunca ter utilizado este nome artístico.


Há 70 anos a Conferência de Potsdam redesenhou a Europa

A Conferência de Potsdam - ocorreu em Potsdam, Alemanha (perto de Berlim), entre 17 de julho e 2 de agosto de 1945. Os participantes foram os vitoriosos aliados da Segunda Guerra Mundial, que se juntaram para decidir como administrar a Alemanha, que tinha se rendido incondicionalmente nove semanas antes, no dia 8 de maio, Dia da Vitória na Europa. Os objectivos da conferência incluíram igualmente o estabelecimento da ordem pós-guerra, assuntos relacionados com tratados de paz e contornar os efeitos da guerra.
  
Participantes

 Primeiros resultados da Conferência
  • Acordo sobre as indemnizações de guerra. Os aliados estimaram as suas perdas em  200 mil milhões de dólares. Após insistências das forças ocidentais (excluíndo assim a URSS), a Alemanha foi obrigada apenas ao pagamento de 20 mil milhões, em propriedades, produtos industriais e força de trabalho. No entanto, a Guerra Fria impediu que o pagamento se processasse na totalidade. Estaline propôs que a Polónia não tivesse direito a uma indemnização directa, mas sim que tivesse direito a 15% da compensação da União Soviética (esta situação nunca aconteceu).
  • Todos os outros assuntos seriam tratados na conferência de paz final, que seria convocada assim que possível.
Enquanto que a fronteira entre a Alemanha e a Polónia foi praticamente determinada e tornada irreversível através da transferência forçada de populações, facto acordado em Potsdam, o ocidente queria que na conferência final de paz se confirmasse a linha Oder-Neisse como marco permanente.
Dado que a Segunda Guerra Mundial nunca foi terminada com uma Conferência de Paz formal, a fronteira Germano-Polaca foi sendo confirmada com base em acordos mútuos: 1950 pela República Democrática Alemã, 1970 pela República Federal Alemã e, em 1990, pela Alemanha já reunificada. Este estado de incerteza levou a uma grande influência da União Soviética sobre a Polónia e Alemanha.
Os aliados ocidentais, especialmente Churchill, mostraram-se desconfiados das jogadas de Estaline, o qual já tinha instalado governos comunistas em países da Europa Central sob sua influência; a conferência de Potsdam acabou por ser a última conferência entre os Aliados.
Durante a conferência, Truman mencionou a Estaline uma "nova arma potente" não especificando detalhes. Estaline, que ironicamente já sabia da existência desta arma muito antes que Truman soubesse da mesma, encorajou o uso de uma qualquer arma que proporcionasse o final da guerra. Perto do final da conferência foi apresentado um ultimato ao império do Japão, ameaçando uma "rápida e total destruição", sem mencionar a nova bomba.
Após a recusa do Japão, ocorreram os bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki, com o lançamento de bombas atómicas sobre Hiroshima (6 de agosto) e Nagasaki (9 de agosto). O dia 15 de agosto de 1945 foi o dia V-J (dia da vitória sobre o Japão). Representantes japoneses assinaram a rendição oficial do país a 2 de setembro.
Truman tomou a decisão de usar armamento atómico para acabar com a guerra enquanto esteve na conferência. Ainda que, hodiernamente, a historiografia recente admita que as bombas foram utilizadas com o intuito de apenas abreviar a guerra para que a URSS não avançasse mais na frente oriental.

Alemanha em 1947

sábado, agosto 01, 2015

António Maria Lisboa nasceu há 87 anos

(imagem daqui)

António Maria Lisboa (Lisboa, 1 de agosto de 1928 - Lisboa, 11 de novembro de 1953) foi um poeta português.
Apesar da sua evidente preferência pelas artes e letras, foi obrigado pelo pai a frequentar o Ensino Técnico, que detestava. A partir de 1947 forma, com Pedro Oom e Henrique Risques Pereira, um pequeno grupo à parte das actividades dos surrealistas, adoptando uma postura inconformista diante da transformação do surrealismo numa escola, no que acabaria por conduzir ao abjeccionismo, termo em que convergem os princípios da estética surrealista e uma postura poética de «insubmissão permanente ante os conceitos, regras e princípios estabelecidos». Em março de 1949 parte para Paris, onde permanece por dois meses. Datam provavelmente dessa curta estada os seus primeiros contactos com o Hinduísmo, a Egiptologia, e o Ocultismo em geral. Escreveu Erro Próprio (1950), o principal manifesto do surrealismo português. Colaborou na revista Pirâmide publicada entre 1959 e 1960 e foi redactor de Afixação Proibida, em colaboração com Mário Cesariny , amigo que o acompanhou até aos últimos dias de vida. Atormentado por dificuldades existenciais, morreu de tuberculose, com apenas vinte e cinco anos.
Ainda que inserida no surrealismo, a obra de António Maria Lisboa (em parte publicada postumamente por Luiz Pacheco na editora Contraponto) caracteriza-se por uma faceta ocultista e esotérica que a torna muito particular. Lisboa prefere intitular-se «metacientista», e não surrealista, porque, como argumenta numa carta a Mário Cesariny, a «Surrealidade não é só do Surrealismo, o Surreal é do Poeta de todos os tempos, de todos os grandes poetas». Em 1977 foi publicado um volume com a sua obra completa organizado por Cesariny. Na introdução, este salientou não só o facto de a destruição dos manuscritos, operada por familiares do poeta, constituir uma perda irreparável para a história do surrealismo português, como o facto de a sua morte prematura parecer encimar um itinerário fulgurante ao longo do qual poesia e vida constituíram uma unidade indissolúvel. Escreveu ainda acerca de António Maria o seguinte: 
Preocupado com uma verdadeira aproximação às culturas exteriores à tão celebrada civilização ocidental, há na sua poesia uma busca incessante de um futuro tão antigo como o passado. Pode, e decerto deve, ser considerado o mais importante poeta surrealista português, pela densidade da sua afirmação e na direcção desconhecida para que aponta.

Obras
  • Afixação Proibida (1949);
  • Erro Próprio (1950);
  • Ossóptico (1952);
  • Isso Ontem Único (Lisboa, 1953);
  • A Verticalidade e a Chave (Lisboa, 1956);
  • Exercícios sobre o Sonho e a Vigília de Alfred Jarry seguido de O Senhor Cágado e o Menino (Lisboa, 1958);
  • Uma Carta: Estrela da Ilha em Puros Ministros (Lisboa, 1958)
  • Poesia de António Maria Lisboa (org. Mário Cesariny, Lisboa, 1962)

Varech


Eu estimo sobre tudo os teus olhos incolores
as tuas mãos inúteis, a tua boca verde

Eu falo somente dos relógios caídos, dos autocarros

Eu falo somente dos pés vermelhos

Eu falo... eu falo... eu falo...

No vigésimo século as nuvens são árvores
e os pássaros mais pequenos grandes paquidermes

Sim, é verdade, os cabelos loiros

Então, meia-noite!

Senhora, se me dá licença, este dia acabou
por este dia
simplesmente

A criança é porca, é inútil

Muito obrigado.

Ney Matogrosso - 74 anos

Ney de Souza Pereira (Bela Vista, 1 de agosto de 1941), mais conhecido como Ney Matogrosso, é um cantor, diretor, iluminador e ator brasileiro. Ex-integrante dos Secos & Molhados (1973-1974), foi o artista que mais sobressaiu do grupo após iniciar a sua carreira a solo com o disco Água do Céu - Pássaro (1975) e com as suas apresentações subsequentes. É considerado pela revista Rolling Stone como a terceira maior voz brasileira de todos os tempos e, pela mesma revista, trigésimo terceiro maior artista brasileiro de todos os tempos. Embora tenha começado relativamente tarde, das canções poéticas e de géneros híbridos dos Secos e Molhados ele passou a interpretar outros compositores do país, como Chico Buarque, Cartola, Rita Lee ou Tom Jobim, construindo um reportório que prima pela qualidade e versatilidade. Em 1983, completava dez anos de estreia no cenário artístico e já possuía dois Discos de Platina e dois Discos de Ouro, inclusive pela enorme repercussão da canção "Homem com H" de 1981.
Como iluminador de espetáculos, tem supervisionado toda a produção da área nas suas próprias apresentações e também merece destaque o seu trabalho de iluminação e seleção de reportório no show Ideologia (1988) de Cazuza e no show Paratodos de Chico Buarque em 1993, ao que afirma: "quero que as luzes provoquem sensações nas pessoas". Matogrosso também tem atuado recentemente no cinema: estreou em 2008 no curta-metragem Depois de Tudo, dirigido por Rafael Saar, e no filme Luz das Trevas de 2009, dirigido por Helena Ignez.
Distinguido por sua rara voz de contratenor, Ney Matogrosso também é conhecido por suas performances ao vivo. Atribuem à sua maquiagem cénica e ao seu vestuário exótico desde os anos 70 uma certa mudança de conceitos sobre o comportamento masculino apropriado no Brasil. Segundo Violeta Weinschelbaum, "o magnetismo da sua figura, a atração decididamente sexual que Ney Matogrosso produz sobre o palco é algo inimaginável." A biógrafa Denise Pires Vaz também escreve: "Dos cantores brasileiros, Ney Matogrosso é um dos poucos, senão o único, que pode merecer o título de showman."

...e foi ontem...


Quim Barreiros - O Melhor Dia para Casar


Qual é o melhor dia p'ra casar
Sem sofrer nenhum desgosto
O trinta e um de julho,
Porque depois entra agosto.

Qual é o melhor dia p'ra casar
Sem sofrer nenhum desgosto
O trinta e um de julho,
Porque depois entra agosto.

Seja viúva ou solteira
Ou até divorciado
Casar é palavra de ordem
Quando se encontra o bem amado.

Seja velho seja novo
Não há idade p'ra amar
E quando isso acontece
Todos pensam em casar

Qual é o melhor dia p'ra casar
Sem sofrer nenhum desgosto
O trinta e um de julho,
Porque depois entra agosto.

Qual é o melhor dia p'ra casar
Sem sofrer nenhum desgosto
O trinta e um de julho,
Porque depois entra agosto.



Contra a vontade dos Pais
Ou com o seu consentimento
Os noivos sonham com o dia,
O dia do casamento.

Um pormenor importante
Que é preciso respeitar
Combinar com a família
O melhor dia p'ra casar.

Qual é o melhor dia p'ra casar
Sem sofrer nenhum desgosto
O trinta e um de julho,
Porque depois entra agosto.

Qual é o melhor dia p'ra casar
Sem sofrer nenhum desgosto
O trinta e um de julho,
Porque depois entra agosto.



Qual é o melhor dia p'ra casar
Sem sofrer nenhum desgosto
O trinta e um de julho,
Porque depois entra agosto.

Qual é o melhor dia p'ra casar
Sem sofrer nenhum desgosto
O trinta e um de julho,
Porque depois entra agosto.

Qual é o melhor dia p'ra casar
Sem sofrer nenhum desgosto
O trinta e um de julho,
Porque depois entra agosto.

Qual é o melhor dia p'ra casar
Sem sofrer nenhum desgosto
O trinta e um de julho,
Porque depois entra agosto.

sexta-feira, julho 31, 2015

O Infante D. Afonso, o último (e improvável...) Príncipe Real de Portugal na Monarquia, nasceu há 150 anos

Afonso de Bragança, conhecido como o Infante D. Afonso, de seu nome completo Afonso Henrique Maria Luís Pedro de Alcântara Carlos Humberto Amadeu Fernando António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando Inácio de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança (Ajuda, Lisboa, 31 de julho de 1865 - Nápoles, 21 de fevereiro de 1920) foi o 3.º Duque do Porto, 24.º Condestável de Portugal e o 109.º governador e 51.º e último vice-rei da Índia Portuguesa.
Segundo filho do Rei Luís I e da Rainha Maria Pia de Saboia, princesa da Sardenha, e irmão mais novo do rei Carlos I, Afonso desempenhou as funções de condestável do reino, tendo sido nomeado vice-rei da Índia em 1895, por ocasião de uma expedição a essas colónias. Representou algumas vezes o irmão em cortes estrangeiras. Foi general de divisão do exército português e inspector-geral da arma de artilharia. Era ainda comandante honorário dos Bombeiros Voluntários da Ajuda.
Jurado pelas Cortes herdeiro presuntivo da coroa portuguesa, durante o curto reinado de Manuel II, seu sobrinho, após a implantação da República em 1910, Afonso exilou-se com a mãe, a rainha Maria Pia, em Itália, onde residiu na cidade de Nápoles. Não teve filhos do seu casamento morganático, celebrado em Madrid, em 1917, com Nevada Stoody Hayes, cidadã americana.
Reza a crónica anedótica que era conhecido como «O Arreda». Amante de carros e de velocidade, corria pelas ruas da cidade no seu automóvel aos gritos «Arreda, arreda!» para que as pessoas saíssem da frente, o que lhe valeu o cognome. Foi responsável pela organização das primeiras corridas de carros em Portugal.
Falecido em 1920, foi trasladado em 1921 para o Panteão da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

Brasão de armas de Príncipe Real de Portugal

Francisco José deixou-nos há 27 anos...

(imagem daqui)
   
Francisco José Galopim de Carvalho (Évora, 16 de agosto de 1924 - Lisboa, 31 de julho de 1988), mais conhecido como Francisco José, foi um cantor português.

Biografia
Iniciou sua carreira no liceu no qual estudava quando se apresentou no Teatro Garcia de Resende e se profissionalizou aos 24 anos de idade, sendo obrigado a interromper o curso de engenharia quando estava no terceiro ano.
Teve seus maiores sucessos na balada romântica Olhos Castanhos, lançada em 1951, e Guitarra Toca Baixinho, em 1973.
Quando começou a cantar, já finalista do curso, foi inscrito num programa da rádio que existia na altura, de Igrejas Caeiro, por colegas de curso.
Foi professor universitário, cargo que tinha na altura da sua morte. Era irmão do famoso geólogo, o Professor Doutor Galopim de Carvalho, conhecido pela atuação em defesa dos vestígios (icnofósseis) de Dinossáurios.


El-Rei D. João V morreu há 265 anos

D. João V em 1729, por Jean Ranc

D. João V de Portugal (João Francisco António José Bento Bernardo de Bragança; 22 de outubro de 1689 - 31 de julho de 1750), dito o Magnânimo, foi o vigésimo-quarto Rei de Portugal desde 1 de janeiro de 1707 até à sua morte.
O seu longo reinado, de 43 anos, foi o mais rico da História de Portugal, profundamente marcado pela descoberta de ouro no Brasil no final do século XVII, cuja produção atingiu o auge precisamente na última década do seu reinado.

(...)

Os principais testemunhos materiais do seu tempo são hoje, o Palácio Nacional de Mafra, a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, o Aqueduto das Águas Livres em Lisboa, e a principal parte da colecção do Museu Nacional dos Coches, talvez a mais importante a nível mundial, também na capital portuguesa. No campo imaterial, merece destaque a extinta Academia Real da História Portuguesa, precursora da actual Academia Portuguesa da História, e ainda a criação do Patriarcado de Lisboa, um dos três patriarcados do Ocidente da Igreja Católica.
O último feito diplomático do reinado de D. João V, o Tratado de Madrid de 1750, estabeleceu as fronteiras modernas do Brasil. Vestígios do seu tempo no Brasil são cidades como Ouro Preto, então a capital do distrito do ouro das Minas Gerais, São João del-Rei, assim nomeada em sua honra, Mariana, que recebeu o nome da rainha, São José, a que foi dada o nome do príncipe herdeiro (hoje Tiradentes), e numerosas outras cidades, igrejas e conventos da era colonial.

Bandeira pessoal de El-Rei D. João V