domingo, fevereiro 16, 2014

El-Rei D. Afonso III morreu há 735 anos

D. Afonso III de Portugal (Coimbra, 5 de maio de 1210Coimbra, 16 de fevereiro de 1279), cognominado O Bolonhês por ter sido casado com a condessa Matilde II de Bolonha, foi o quinto Rei de Portugal. Afonso III era o segundo filho do rei Afonso II e da sua mulher Urraca de Castela, e sucedeu ao seu irmão D. Sancho II em 1248, depois de este ter sido deposto pelo Papa.

Biografia
Como segundo filho, Afonso não deveria herdar o trono destinado a Sancho e por isso viveu em França, onde se casou com Matilde II de Bolonha em 1235, tornando-se assim conde jure uxoris de Bolonha, onde servia como um dirigente militar, combatendo em nome do Rei Luís IX, rei de França, seu primo. Todavia, em 1246, os conflitos entre Sancho II e a Igreja tornaram-se insustentáveis e o Papa Inocêncio IV ordenou a substituição do rei pelo conde de Bolonha. Afonso não ignorou a ordem papal e dirigiu-se a Portugal, onde se fez coroar rei em 1248 após o exílio e morte de Sancho II em Toledo.
Até à morte de D. Sancho e à sua consequente coroação, D. Afonso apenas usou os títulos de Visitador, Curador e Defensor do Reino.
Para aceder ao trono, Afonso abdicou de Bolonha e repudiou Matilde para casar com Beatriz de Castela. Decidido a não cometer os mesmos erros do irmão, o novo rei prestou especial atenção à classe média de mercadores e pequenos proprietários, ouvindo suas queixas. Por este procedimento, Afonso III ficou conhecido também como o pai do "Estado Português", distribuindo alcaides pelos castelos e juízes pelas diferentes vilas e terras. O objectivo era a implantação de um poder legal com o qual todos os habitantes do Reino português mantivessem uma relação de igualdade.
Em 1254, na cidade de Leiria convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia geral do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade. Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros privilégios à Igreja. Recordado como excelente administrador, Afonso III organizou a administração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade através do édito de várias cartas de foral.
Em 1255, transferiu a capital do Reino de Portugal de Coimbra para Lisboa.
Foram por sua ordem feitas as Inquirições Gerais, iniciadas em 1258, como forma do rei controlar, não só o grande poder da Nobreza, mas também para saber se lhe estavam a ser usurpados bens que, por direito, pertenciam à Coroa.

Final da Reconquista
Com o trono seguro e a situação interna pacificada, Afonso voltou sua atenção para os propósitos da Reconquista do Sul da Península Ibérica às comunidades muçulmanas. Durante o seu reinado, Faro foi tomada com sucesso em 1249 e o Algarve incorporado no reino de Portugal.
Após esta campanha de sucesso, Afonso teve de enfrentar um conflito diplomático com Castela, que considerava que o Algarve lhe pertencia. Seguiu-se um período de guerra entre os dois países, até que, em 1267, foi assinado um tratado em Badajoz que determina a fronteira no Guadiana desde a confluência do Caia até à foz, a fronteira luso-castelhana.

Segundo casamento
Em 1253, o rei desposou D. Beatriz, popularmente conhecida por D. Brites, filha de D. Afonso X de Castela, O Sábio. Desde logo isto constituiu polémica pois D. Afonso era já casado com Matilde II de Bolonha.
O Papa Alexandre IV respondeu a uma queixa de D. Matilde, ordenando ao rei D. Afonso que abandone D. Beatriz em respeito ao seu matrimónio com D. Matilde. O rei não obedeceu, mas procurou ganhar tempo neste assunto delicado, e o problema ficou resolvido com a morte de D. Matilde, em 1258. O infante, D. Dinis, nascido durante a situação irregular dos pais, foi então legitimado em 1263.
O casamento funcionou como uma aliança que pôs termo à luta entre Portugal e Castela pelo Reino do Algarve. Também resultou em mais riqueza para Portugal quando D. Beatriz, já após a morte do rei, recebe do seu pai, Afonso X, uma bela região a Este do Rio Guadiana, onde se incluíam as vilas de Moura, Serpa, Noudar, Mourão e Niebla. Tamanha dádiva deveu-se ao apoio que D. Brites lhe prestou durante o seu exílio na cidade de Sevilha.

sábado, fevereiro 15, 2014

Nat King Cole morreu há 49 anos

Nat King Cole, nome artístico de Nathaniel Adams Coles, (Montgomery, 17 de março de 1919 - Santa Mónica, 15 de fevereiro de 1965) foi um cantor e músico de jazz norte-americano, pai da cantora Natalie Cole. A alcunha de "King Cole" veio de uma popular cantiga de roda inglesa, conhecida como Old King Cole.
A sua voz marcante imortalizou várias canções, como: Mona Lisa, Stardust, Unforgettable, Nature Boy, Christmas Song, "Quizás, Quizás, Quizás", entre outras, algumas das quais nas línguas espanhola e portuguesa.
As suas músicas românticas tinham um toque especial, com a sua voz associada ao piano, tornando-o assim um artista de grande sucesso.
A sua então revolucionária formação de piano, guitarra e baixo, no tempo das big bands, tornou-se popular para trios de jazz.
Nat King Cole aprendeu a tocar piano na igreja onde o seu pai era pastor. Desde criança ele esteve sempre ligado à música, tocando no coral da mesma igreja. Cole lutou contra o racismo durante toda a sua vida, recusando-se sempre a cantar em plateias com segregação racial.
Pensa-se que, por ter o hábito de fumar diariamente três maços de cigarro, o cantor morreu vítima de cancro. Encontra-se sepultado no Forest Lawn Memorial Park (Glendale), Glendale, Los Angeles, nos Estados Unidos. Um de seus últimos trabalhos foi no filme Cat Ballou, onde canta a balada da personagem que dá título ao filme, interpretada por Jane Fonda.



NOTA: queríamos dedicar esta música à amiga, colega e geopedrada Maria João Torres, que hoje faz anos...

O poeta Ronald de Carvalho morreu há 79 anos

Ronald de Carvalho, retrato de Cândido Portinari, 1929 (daqui)


Ronald de Carvalho era filho do engenheiro naval Artur Augusto de Carvalho e de Alice Paula e Silva Figueiredo de Carvalho, concluindo o curso secundário no Colégio Naval.
Entrou na Faculdade Livre de Ciéncias Jurídicas e Sociaes do Rio de Janeiro, precursora da atual Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, fazendo bacharelado em 1912. Desde 1910 trabalhava como jornalista, no Diário de Notícias, cujo diretor era Ruy Barbosa.
Na sua ida para a Europa, cursou Filosofia e Sociologia em Paris. Ao voltar para o Brasil, entrou para o Itamaraty. Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna, que decorreu em 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, a qual foi o momento determinante do Modernismo brasileiro.
Em 1924, dirigiu a Seção dos Negócios Políticos e Diplomáticos na Europa. Durante a gestão de Félix Pacheco, esteve no México, como hóspede de honra daquele governo. Em 1926, foi oficial de gabinete do ministro Otávio Mangabeira. Em 1930, o seu poema Brasil foi entusiasticamente lido na conferência Poesia Moderníssima do Brasil, apresentada pelo professor Manoel de Souza Pinto, da Cadeira de Estudos Brasileiros da Faculdade de Letras de Coimbra (tal estudo saiu no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro). Exerceu cargos diplomáticos de relevância, servindo na Embaixada de Paris, com o embaixador Sousa Dantas, por dois anos, e depois em Haia (Países Baixos). Retornou a Paris, de onde, em 1933, voltou para o Rio de Janeiro.
Foi secretário da Presidência da República, cargo que ocupava quando morreu. Em concurso realizado pelo Diário de Notícias, em 1935, foi eleito Príncipe dos Prosadores Brasileiros, em substituição a Coelho Neto. Colaborou, com destaque, em O Jornal. Casou com Leilah Accioly de Carvalho, de quem teve quatro filhos.
Ronald de Carvalho faleceu com 41 anos de idade, vítima de acidente de automóvel, no Rio de Janeiro, a 15 de fevereiro de 1935.


Sabedoria

Enquanto disputam os doutores gravemente
sobre a natureza
do bem e do mal, do erro e da verdade,
do consciente e do inconsciente;
enquanto disputam os doutores sutilíssimos,
aproveita o momento!

Faze da tua realidade
uma obra de beleza

Só uma vez amadurece,
efêmero imprudente,
o cacho de uvas que o acaso te oferece...


in Epigramas Irônicos e Sentimentais (1922) - Ronald de Carvalho

Kokomo Arnold nasceu há 113 anos

(imagem daqui)

Nascido James Arnold em Lovejoys Station, Geórgia, Arnold recebeu a sua alcunha em 1934, após lançar Old Original Kokomo Blues pelo selo Decca; era uma regravação de um blues de Francis Blackwell sobre a marca de café "Kokomo". Arnold era canhoto e seu estilo intenso de tocar o slide e a sua forma de cantar distinguia-o dos demais músicos.
Após aprender noções básicas da guitarra com o seu primo John Wiggs, Arnold começou a tocar acompanhamentos no início da década de 20 enquanto trabalhava numa fazenda em Buffalo, Nova Iorque, e como metalúrgico em Pittsburgh. Em 1929 Arnold mudou-se para Chicago e começou um negócio de contrabando de bebidas, atividade que manteve, apesar da proibição. Em 1930 Arnold mudou-se brevemente para o sul, e realizou as suas primeiras gravações, Rainy Night Blues e Paddlin' Blues, usando o nome Gitfiddle Jim, para o selo Victor, de Memphis. Ele retornou ao seu negócio de contrabando em Chicago, mas foi forçado a viver da sua música quando a vigésima-primeira emenda à Consituição Norte-Americana acabou com a proibição de venda de bebidas alcóolicas em 1933.
Desde a sua primeira gravação com a Decca, a 10 de setembro de 1934 até à sua última gravação, a 12 de maio de 1938, Arnold gravou 88 faixas, 7 das quais permanecem perdidas. Junto com Peetie Wheatstram e Amos Eaton, ele foi uma figura central no meio musical dos blues de Chicago. A sua maior influência na música moderna ocorreu através de Robert Johnson, que transformou "Old Original Kokomo Blues" em "Sweet Home Chicago" e "Milk Cow Blues" em "Milkcow Calf's Blues". Ambas as músicas foram regravadas dezenas de vezes, por diversos artistas, entre eles Elvis Presley, The Blues Brothers e Eric Clapton.
Em 1938 Arnold deixou a carreira musical para trabalhar numa fábrica em Chicago. Redescoberto em 1962, não mostrou entusiasmo para retomar a sua carreira e aproveitar o interesse renovado nos blues que surgira entre a audiência branca americana.
Arnold morreu, vítima de um ataque cardíaco, aos 67 anos, e foi enterrado em Alsip, Illinois.


O padre-guerrilheiro Camilo Torres Restrepo morreu há 48 anos

Camilo Torres Restrepo (Bogotá, 3 de febrero de 1929 - Patio Cemento, Santander, 15 de febrero de 1966) fue un sacerdote católico colombiano, pionero de la Teología de la Liberación, cofundador de la primera facultad de Sociología de Colombia y miembro del grupo guerrillero Ejército de Liberación Nacional (ELN). Durante su vida, promovió el diálogo entre el marxismo y el catolicismo. Fue ordenado sacerdote hacia 1954 luego de estudiar ciencias eclesiásticas en la arquidiócesis de Bogotá.

(...)

Torres murió el 15 de febrero de 1966 en Patio Cemento, tras combates con tropas de la Quinta Brigada de Bucaramanga, dirigida por el coronel Álvaro Valencia Tovar. El ejército ocultó el cadáver en un estratégico lugar separado de las demás fosas comunes y el lugar no fue revelado al público.
Años después, Valencia Tovar, ya retirado como general, escribió el libro El final de Camilo, en el que esclareció detalles de la muerte de Camilo Torres. Según Valencia Tovar, Torres fue sepultado en un sitio detallado, y prepararon los trámites para entregarle los restos a la familia. Sobre el destino del cadáver fue enterado su hermano mayor, el médico Fernando Torres Restrepo, que vivía en Estados Unidos.
Además, el propio general Álvaro Valencia Tovar reveló en una entrevista a la revista Semana que el cadáver de Camilo Torres fue exhumado tres años después de su entierro, sus restos fueron puestos en una urna y transportados a Bucaramanga, donde por gestiones del propio general, se creó el panteón militar de la Quinta Brigada del Ejército, y, como lo revela el general, los primeros restos en ocupar un lugar en ese panteón fueron los de Camilo Torres, aunque no se ha revelado su localización exacta.



Cruz de luz (o Camilo Torres)


Donde cayó Camilo
nació una cruz,
pero no de madera
sino de luz.

Lo mataron cuando iba
por su fusil,
Camilo Torres muere
para vivir.

Cuentan que tras la bala
se oyó una voz.
Era Dios que gritaba:
¡Revolución!

A revisar la sotana,
mi general,
que en la guerrilla cabe
un sacristán.

Lo clavaron con balas
en una cruz,
lo llamaron bandido
como a Jesús.

Y cuando ellos bajaron
por su fusil,
se encontraron que el pueblo
tiene cien mil.

Cien mil Camilos prontos
a combatir,
Camilo Torres muere
para vivir.


Daniel Viglietti

Galileu Galilei nasceu há 450 anos!

Galileu Galilei (em italiano: Galileo Galilei; Pisa, 15 de fevereiro de 1564 - Florença, 8 de janeiro de 1642) foi um físico, matemático, astrónomo e filósofo italiano.
Galileu Galilei foi personalidade fundamental na revolução científica. Foi o mais velho dos sete filhos do alaudista Vincenzo Galilei e de Giulia Ammannati. Viveu a maior parte de sua vida em Pisa e em Florença, na época integrantes do Grão-Ducado da Toscana.
Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.
O físico desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu, constitui um corte com o método aristotélico mais abstrato utilizado nessa época, devido a este Galileu é considerado como o "pai da ciência moderna".

Há 49 anos o Canadá adotou a sua atual bandeira

A Bandeira do Canadá (em inglês: Maple Leaf Flag; em francês: Unifolié) foi criada a 15 de fevereiro de 1965 - dia adotado para comemorar o Dia da Bandeira do país. Além disso, a bandeira foi criada também para celebrar o centenário do Canadá, que ocorreria em 1 de julho de 1967.
A criação da bandeira envolveu a participação de várias pessoas - Gunter Wyszechi, nas cores, Jacques Saint Cyrile, na folha estilizada, e George Bist, nas proporções, foram os responsáveis pelo símbolo nacional, e os membros de um comité do Parlamento do Canadá, liderada pelo então primeiro-ministro canadiano, Lester Bowles Pearson, defensor da nova bandeira canadense. O crédito da criação da bandeira é do comité parlamentar.
A antiga bandeira do Canadá é a origem das atuais bandeiras de Ontário e de Manitoba - que mudaram suas bandeiras em 1967, cujos governos provinciais não aceitaram a nova bandeira nacional, mudando as suas bandeiras como uma forma de protesto.

Há 25 anos a União Soviética acabou por desistir do Afeganistão

Uma coluna de BTR-80 soviéticos durante a retirada

A Retirada das forças de combate soviéticas do Afeganistão começou a 15 de maio de 1988, sob a liderança do Coronel-General Boris Gromov, que também foi o último oficial soviético a retirar-se do Afeganistão para o território soviético, através da Ponte de Amizade Afeganistão-Uzbequistão. Nos Acordos de Genebra, assinados a 15 de abril de 1988, o Afeganistão e Paquistão subscreveram três acordos com princípios de relações mútuas, em particular a não-interferência, sobre o regresso voluntário de refugiados afegãos e inter-relações para o estabelecimento da retirada gradual das tropas estrangeiras, a partir de 15 de maio do mesmo ano.
Os Estados Unidos e a União Soviética também assinaram uma declaração sobre as garantias internacionais, afirmando a sua intenção de se abster de qualquer forma de intervenção.
No período de três meses, em primeiro lugar, foi relatado que 50.183 soldados soviéticos retiraram do Afeganistão. Outros 50.100 retiraram entre 15 de agosto de 1988 e 15 de fevereiro de 1989.
Durante a retirada, ao longo da fronteira, os comboios de tropas foram sendo alvo de constantes ataques de combatentes afegãos, tendo sido mortos 523 soldados soviéticos, só durante a sua saída do país.
A retirada total das tropas soviéticas do Afeganistão foi concluída em 15 de fevereiro de 1989, em conformidade com os termos dos Acordos de Genebra, assinados 10 meses antes.
Num gesto simbólico, o Coronel-General Boris Gromov foi o último soldado soviético a retirar-se do Afeganistão e a regressar para a URSS.

sexta-feira, fevereiro 14, 2014

Baby Dodds morreu há 55 anos

Warren "Baby" Dodds (Nova Orleans, Louisiana, 24 de dezembro de 1898 - Chicago, 14 de fevereiro de 1959) foi um baterista de jazz.
"Baby" Dodds foi o irmão mais novo do clarinetista Johnny Dodds. Ele é considerado um dos melhores bateristas de jazz da época pré-big band, e um dos mais importantes bateristas precoces de jazz. Dodds foi um dos primeiros bateristas a improvisar durante as gravações.


Dmitri Borissowitsch Kabalewski morreu há 27 anos

(imagem daqui)


Kabalevsky nasceu em São Petersburgo. O seu pai era um matemático e encorajou-o a estudar matemática, no entanto, no início da vida, ele manteve uma fascinação com as artes, e tornou-se um jovem pianista, incluindo um período de três anos em que foi pianista nas salas de cinema mudo. Ele também se envolveu na poesia e na pintura. Em 1925, contra a vontade do seu pai, ele aceitou um lugar no Conservatório de Moscovo, estudando composição com Nikolai Myaskovsky e piano com Alexander Goldenweiser. No mesmo ano, ele se juntou PROKULL (produção coletiva de Compositores Estudante), um grupo de estudantes filiados com Conservatório de Moscovo visa colmatar a lacuna existente entre o modernismo do ACM e do utilitário "agitprop" música do RAPM. Tornou-se professor no Conservatório de Moscovo, em 1932. Durante a II Guerra Mundial, ele escreveu muitas canções patrióticas, tendo ingressado no Partido Comunista em 1940, e foi o editor de Sovetskaya Muzyka,  seis volumes de música criada e executada durante a guerra. Ele também compôs e executou muitas peças para filmes mudos e algumas músicas de teatro.   Em 1948, quando Andrei Jdanov declarou a sua resolução sobre os rumos que a música soviética deve tomar, Kabalevsky estava originalmente na lista de compositores que foram nomeados os mais culpados de formalismo, no entanto, devido às suas ligações com os círculos oficiais, o nome dele foi removido. Outra teoria afirma que o nome de Kabalevsky foi apenas na lista por causa de sua posição na liderança da União dos Compositores Soviéticos. Em geral, Kabalevsky não era tão aventureiro como os seus contemporâneos em termos de harmonia e preferiu um diatonismo mais convencional, entrelaçado com cromatismo e interação maior-menor. Ao contrário de seu colega compositor Sergei Prokofiev, ele abraçou as ideais do realismo socialista, e as suas obras do pós-guerra foram caracterizados como "populares, sem graça, e bem-sucedidas", embora este julgamento seja atribuída a muitos outros compositores da época. Talvez a contribuição mais importante de Kabalevsky para o mundo da criação musical tenham sido os seus esforços consistentes para ligar as crianças ao gosto pela música. Não só escreveu música especificamente dirigidas a colmatar as lacunas existentes entre as habilidades técnicas das crianças e a estética do adulto, mas durante a sua vida, ele criou um programa piloto de educação musical em vinte e cinco escolas soviéticas. Se Kabalevsky ensinou uma classe de sete anos de idade durante algum tempo, para ensiná-los a ouvir com atenção e colocar as suas impressões em palavras. Os seus escritos sobre o assunto foram publicados nos Estados Unidos, em 1988, como música e educação: um compositor escreve sobre educação musical. Em 1961, Kabalevsky fez algumas gravações em estéreo, que foram lançados em os EUA em 1975. Ele foi premiado com um número de honrias de Estado para as suas obras musicais (incluindo três Prémios Estaline). Kabalevsky havia-se tornado uma força muito importante na educação musical. Ele foi eleito o presidente da Comissão de Educação Estética Musical da Criança em 1962, bem como ser eleito presidente do Conselho Científico de Educação Estética na Academia de Ciências Pedagógicas da URSS, em 1969. Kabalevsky também recebeu o título honorário de presidente da Sociedade Internacional de Educação Musical. Kabalevsky escreveu para todos os géneros musicais e foi sempre fiel aos ideais do realismo socialista. Na Rússia, Kabalevsky é mais conhecido pelas suas músicas vocais, cantatas e óperas, enquanto no exterior, ele é conhecido por sua música orquestral. Kabalevsky frequentemente viajava para o exterior, ele era um membro da Comissão Soviética para a Defesa da Paz, bem como um representante para a promoção da amizade entre a União Soviética e os países estrangeiros. Entre os seus alunos notáveis ​​incluem-se Leo Smit.  Ele morreu em Moscovo a 14 de fevereiro de 1987.


O explorador James Cook morreu há 215 anos

 
James Cook (Marton, 27 de outubro de 1728 - Kealakekua, 14 de fevereiro de 1779) foi um explorador, navegador e cartógrafo inglês tendo depois alçado a patente de Capitão na Marinha Real Britânica. Cook foi o primeiro a mapear Terra Nova antes de fazer três viagens para o Oceano Pacífico durante a qual ele conseguiu o primeiro contacto europeu com a costa leste da Austrália e o Arquipélago do Havaí, bem como a primeira circum-navegação registada da Nova Zelândia.
James Cook entrou na marinha mercante britânica quando era adolescente e ingressou na Marinha Real em 1755. Ele participou da Guerra dos Sete Anos, e posteriormente estudou e mapeou grande parte da entrada do Rio São Lourenço, durante o cerco de Quebec. Isso permitiu que General Wolfe fizesse o seu famoso ataque nas Planícies de Abraão, e ajudou Cook a ter a atenção do Almirantado britânico e da Royal Society. Esta notícia veio num momento crucial, tanto na sua carreira pessoal e na direção das explorações ultramarinas britânicas, e levou-o ao seu cargo, em 1766, como comandante da HM Bark Endeavour, para a primeira das três viagens do Pacífico.
Cook cartografou muitas áreas e registrou várias ilhas e zonas costeiras nos mapas europeus pela primeira vez. Os seus resultados podem ser atribuídos a uma combinação de navegação, superior levantamento cartográfico e competências, a coragem em explorar locais perigosos para confirmar os factos (por exemplo, a entrada no Círculo Polar Antártico repetidamente e explorar ao redor da Grande Barreira de Coral), uma capacidade de conduzir os homens em condições adversas, e ousadia, tanto em relação à medida da sua exploração e sua vontade de ultrapassar as instruções recebidas pelo Almirantado.
No seu livro "Colapso" (2005), o biólogo e biogeógrafo Jared Diamond, dos Estados Unidos,  cita um registo feito por Cook, em que o capitão descreve uma breve visita à ilha de Páscoa, em 1744. "Pequenos, magros, tímidos e miseráveis", foi como Cook descreveu os insulares, que já enfrentavam um forte problema ambiental.
Cook morreu na baía havaiana de Kealakekua, em 1779, numa luta com os nativos durante a sua terceira viagem exploratória na região do Pacífico. A casa de Cook na Inglaterra é hoje um memorial e Cook é considerado o pai da Oceania.

Primeiros anos
James Cook nasceu na vila de Marton, no Yorkshire, hoje um subúrbio da cidade de Middlesbrough, e foi baptizado na igreja local de St. Cuthbert's, em cujo registo pode ainda hoje ver-se o seu nome. Cook foi o segundo dos oito filhos de James Cook, um trabalhador de fazenda escocês, e sua esposa natural do local Grace Pace de Thornaby-on-Tees. Em 1736, a sua família mudou para a fazenda Airey Holme, em Great Ayton, onde o patrão do seu pai, Thomas Skottowe pagou para ele frequentar a escola local (agora um museu). Em 1741, após 5 anos de escolaridade, ele começou a trabalhar para o seu pai, que havia sido promovido a gerente de fazenda. Como lazer gostava de subir a uma colina, Roseberry Topping, aproveitando a oportunidade para meditar, em solidão. Cook's Cottage, a última casa de seus pais, que parece que ele visitou, está agora em Melbourne, tendo sido transferida a partir da Inglaterra e reagrupados, tijolo a tijolo, em 1934.
Em 1745, aos 16 anos, Cook mudou-se cerca de 32 km, para a aldeia piscatória de Staithes, para ser aprendiz de vendedor numa mercearia propriedade de William Sanderson. Historiadores têm especulado que foi ali onde Cook sentiu a primeira atração pelo mar, enquanto olhava para fora da vitrine.
Após 18 meses, não tendo sido aprovado para o trabalho de loja, Cook viajou para a vizinha cidade portuária de Whitby para ser apresentado a uns amigos de Sanderson, Henry e John Walker. Os Walkers eram proeminentes armadores locais e Quakers, e estavam no comércio de carvão. Cook foi aprendiz na sua pequena frota de navios que operavam no transporte de carvão ao longo da costa inglesa. A sua primeira missão foi a bordo do cargueiro Freelove, e ele passou vários anos nesta rota de cabotagem, bem como em várias outras entre o rio Tyne e Londres.
Como parte dessa aprendizagem, Cook aplicou-se ao estudo de álgebra, geometria, trigonometria, navegação e astronomia, todas as competências que seriam necessárias no futuro para comandar um navio próprio.
Após os três anos de aprendizagem, Cook começou a trabalhar no comércio naval no Mar Báltico. Ele rapidamente progrediu de posição na marinha mercante, começando com a sua promoção em 1752 a Mate (funcionário encarregado de navegação) a bordo do cargueiroAmizade. Em 1755, após um mês, ao ser-lhe oferecido o comando deste navio, voluntaria-se para a marinha e é recrutado para a que viria a ser a Guerra dos Sete Anos. Apesar da necessidade de reiniciar no início da hierarquia naval, Cook iria avançar mais rapidamente na sua carreira de serviço militar, depois de entrar na Marinha em Wapping, a 7 de junho de 1755.
   
Viagens e expedições
Em 1768, no navio HMS Endeavour, Cook foi o comandante escolhido para levar os membros da Royal Society ao Taiti, para observar o trânsito de Vénus, na primeira expedição científica no Pacífico. O astrónomo encarregado da observação do evento, Charles Green, faleceu durante a viagem, quando o navio passava por Batávia (antigo nome de Jacarta, capital da Indonésia). Cook esteve, em novembro de 1768, no Rio de Janeiro, mas os tripulantes não receberam permissão para aportar, ficando reclusos nas embarcações e sob vigia das autoridades portuguesas. O famoso naturalista Joseph Banks, que participava da expedição, teve momentos fortuitos e conseguiu recolher 320 espécies vegetais nos arredores da cidade, segundo o livro de John Hawkesworth, "An account of the voyages undertaken by the order of his Present Majesty for Making Discoveries", Londres 1773. As autoridades locais negavam a permanência de estrangeiros na colónia e o francês Louis Antoine de Bougainville enfrentou obstáculos semelhantes quando visitou o Rio de Janeiro.

Excertos do mapa de rotas de viagens de James Cook

O Resolution e a circum-navegação
Após o sucesso da expedição científica, Cook prosseguiu com objectivos de exploração. Durante a viagem, descobre um arquipélago, que batiza de Ilhas Sociedade, na Polinésia Francesa, e mapeia toda a Nova Zelândia. No regresso, descobre a costa ocidental da Austrália.
Em 1772, Cook parte para nova circum-navegação, ao comando das naus Resolution e Adventure. Durante esta viagem chega à mais baixa latitude ao sul alcançada até então (70°10''S), cruzando pela primeira vez o Círculo Polar Antártico. Esta viagem resultou na descoberta das Ilhas Cook.
Em 1776, com os navios Resolution e Discovery, Cook parte para a missão que seria a sua última e descobre o arquipélago do Havaí, que chama de Sandwich. Costeia a América e atravessa o estreito de Bering, chegando ao Ártico. No regresso ao Havaí, é morto pelos nativos, ao voltar a Kealakekua para consertar o mastro do Resolution.
Cook ficou conhecido pela preocupação com a saúde e a alimentação das suas tripulações. Na sua primeira viagem, nenhum membro da tripulação morre de escorbuto, doença causada pela falta de ácido ascórbico (vitamina C) no organismo e responsável pela morte de muitos marinheiros até o século XVIII.
Cquote1.svg A ambição me leva a ir não só mais longe do que qualquer outro homem antes de mim já foi, mas até tão longe quanto creio ser possível a um homem ir. Cquote2.svg
- Diário de James Cook

Cook sendo apunhalado na baía de Makahiki

Maceo Parker - 71 anos

Nascido em um ambiente totalmente musical, a sua mãe e o seu pai cantaram numa igreja e seus irmãos eram músicos, tocavam tambor e trombones.
Maceo e o seu irmão Melvin, entraram para a banda de James Brown em 1964, com várias dificuldades, Maceo saiu da banda e regressou em 1973. Em 1975 alguns membros sairam da banda como Maceo Parker e Fred Wesley, entrando para a banda funk de George Clinton, o Parliament.
Maceo, mais uma vez com dificuldades em se manter na banda, saiu do Parliament e voltou para a banda de James Brown, ficando de 84 a 88. Em 1990 ele finalmente seguiu uma carreira a solo, produzindo mais de sete discos.


Hoje é o dia de São Cirilo

Cirilo (em grego: Κύριλλος} - Kyrill ou Kyrillos), diácono em Constantinopla, foi um dos grandes responsáveis pela expansão do cristianismo ortodoxo entre os eslavos do Leste Europeu no século IX. Uma das realizações mais importantes de São Cirilo foi a elaboração de um alfabeto adaptado às línguas eslavas, conhecido posteriormente como alfabeto cirílico.
Empenhou-se no ensino do cristianismo nas línguas eslavas, contrariando a posição de Roma e Constantinopla de lecionar os ensinamentos cristãos em grego, latim ou hebraico. Cirilo (ou Constantino) nasceu na Tessalónica no ano de 827 e morreu em 14 de fevereiro de 869. É lembrado como um dos últimos grandes missionários da Igreja pré-cismática ocidental.
Ele e o seu irmão Metódio (ambos são os santos patronos da Europa) foram importantes durante as disputas ideológicas e tensões entre o Império Bizantino e o Sacro Império Romano-Germânico e também na aculturação dos povos Eslavos ao Cristianismo.
 

O Massacre do Dia de São Valentim foi há 85 anos

(imagem daqui)

O Massacre do Dia de São Valentim ou Massacre do Dia dos Namorados é o nome que ficou conhecido o assassinato de sete pessoas, ocorrido a 14 de fevereiro de 1929, durante a época da Lei Seca nos Estados Unidos da América, causado por um conflito entre duas poderosas quadrilhas de Chicago, Illinois. As quadrilhas eram o Gang Sul, liderada pelo ítalo-americano Al Capone e o Gang Norte, cujo líder era o polaco-irlandês Bugs Moran. Membros da Egan's Rats também foram suspeitos de terem participado do massacre, do lado de Capone.

O Massacre
Na manhã de 14 de fevereiro de 1929, Dia dos Namorados (Dia de São Valentim), os corpos de seis membros da quadrilha de "Bugs" Moran e mais Reinhardt H. Schwimmer foram encontrados caídos ao lado de um muro da garagem da SMC Cartage Company (Rua North Clark, 2122) no Lincoln Park, Chicago, no Norte da cidade. Eles tinham sido assassinados com vários tiros, provavelmente por criminosos comandados por Al Capone, tanto locais como provavelmente por pistoleiros de fora da cidade. Dois homens que estavam com uniforme de polícias de Chicago foram vistos na garagem na hora do crime, conforme testemunhas. Uma das vítimas, encontrada agonizante, Frank Gusenberg, quando lhe perguntaram sobre quem o havia baleado, respondera: "I'm not gonna talk - nobody shot me" ("Eu não vou falar - ninguém me baleou"). Foram contado 14 ferimentos de bala em seu corpo. Capone tinha saído de férias para a Flórida.
A hipótese mais aceita é a de que o massacre foi o resultado do plano da quadrilha de Capone para eliminar Bugs Moran, que se tornara o líder do Gang Norte, após substituir Dion O'Banion, assassinado cinco anos antes. Jack McGurn foi o principal suspeito de ter chefiado o crime. O massacre teria sido planeado por Capone por várias razões: como retaliação por uma tentativa mal-sucedida de Frank Gusenberg e do seu irmão Peter de matarem Jack McGurn no começo do ano, a cumplicidade do Gang Norte no assassinato de Pasqualino "Patsy" Lolordo e Antonio "The Scourge" Lombardo, e a concorrência de Bugs Moran, no contrabando de bebidas, nos subúrbios da cidade.
Foi aceite que os homens do Gang Norte foram à garagem com a promessa da divisão das cargas de uísque de Detroit, fornecidas pela Purple Gang. Contudo, mais recentemente foram aventadas outras hipóteses: observou-se que todas as sete vítimas (exceto o mecânico John May) estavam vestidas com as suas melhores roupas, o que sugeriu que pretendiam viajar com os camiões para buscarem as bebidas. O motivo verdadeiro para o crime, nunca foi conhecido.
Quatro homens que estavam na entrada do prédio, dois vestidos como policiais, foram quem atiraram em Moran e seus comparsas. Antes da chegada de Moran, Capone usara dois pistoleiros não identificados em salas alugadas no armazém do outro lado da rua, para fazerem a vigilância.
Por volta das dez e meia da manhã, quatro homens chegaram ao armazém em dois carros: um Cadillac sedan e um Peerless, ambos com aparência de carros de detetives, donde saíram dois homens vestidos de polícias e dois com roupas civis. O gang de Moran foi ao armazém, mas Moran não teria entrado. Foi dito que Moram se aproximara do local, mas parara ao avistar os carros e saiu dali. Outros diriam que Moran chegara atrasado e por isso não foi morto.
Os assassinos teriam confundido alguns dos homens da garagem como sendo Moran e outros da quadrilha (principalmente Albert Weinshank, que tinha a mesma altura e lembrava Moran). Foi dado o sinal para que os assassinos entrassem no armazém. Os dois falsos polícias, carregando metralhadoras, saíram de Peerless e entraram no prédio por duas portas. Lá dentro eles encontraram os comparsas de Moran, um sexto homem chamado Reinhart Schwimmer, que não era reconhecido como um membro da quadrilha, e John May, mecânico de carros que provavelmente prestava serviço aos bandidos. Os assassinos ordenaram que os homens ficassem em linha junto à parede. Aparentemente não houve resistência, pois devem ter acreditado tratar-se da polícia, fazendo uma exibição para saírem bem nos jornais do dia seguinte.
Então os dois policias abriram a porta que dava para a Rua Clark e os outros dois do Cadillac entraram. As rajadas começaram, vindas de sub-metralhadoras Thompson. Foram contadas setenta cápsulas das armas.
Alertados pelo ladrar de um cão, os moradores chamaram a polícia. O cão de John May, Highball, além de Frank Gusenberg, eram os únicos sobreviventes. As fotos do crime foram tiradas por Jun Fujita e publicadas no Chicago Daily News.

Hoje é Dia de São Valentim e dos Namorados...

São Valentim e seus discípulos

São Valentim é um santo, aparentemente reconhecido pela Igreja Católica e igrejas orientais, que dá nome ao Dia dos Namorados em muitos países, onde se celebra o Dia de São Valentim. O nome refere-se a, pelo menos, três santos martirizados na Roma antiga.
O Imperador Cláudio II, durante o seu governo, proibiu a realização de casamentos no Império, com o objectivo de formar um grande e poderoso exército. Cláudio acreditava que os jovens, se não tivessem família, alistar-se-iam com maior facilidade. No entanto, um Bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do Imperador. O seu nome era Valentim e as cerimónias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que atiraram mensagens ao bispo estava uma jovem cega, Artérias, filha do carcereiro, a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram apaixonando-se e, milagrosamente, a jovem recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: “do seu Valentim”, expressão ainda hoje utilizada. Valentim foi decapitado em 14 de fevereiro de 270.
Entretanto, desde 1799, a data já não é celebrada oficialmente pela Igreja Católica, em função da precariedade da comprovação histórica que põe em questão até mesmo a sua existência. Mesmo assim ele é ainda considerado o santo do dia dos namorados.

NOTA: O dia 14 de fevereiro, festa do santo, é considerado, em muitos países, como o dia dos namorados. Mas, no Brasil, este é um dia comum e o dia dos namorados é comemorado no dia 12 de junho, véspera do dia de Santo António.

Porque hoje é Dia de São Valentim!



Google Doodle de 14.02.2014 - faça bombons virtuais para partilhar com a sua namorado no Facebook

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Música adequada à data...



Xutos & Pontapés - O Milagre de Fátima
Álbum: Puro (2014)

Eu nem gosto de GPS's - só servem para embaralhar viagens...

Opinião
Suspeitas sobre os colégios do grupo de ensino GPS
Rui J. Baptista*
11.02.2014


A confirmarem-se as suspeitas, estaremos na presença de situações graves que afectarão a reputação do nosso país.


“No meio de um povo geralmente corrupto, a liberdade não pode durar muito” (Edmund Burke).
  
As notícias sobre o apoio dos ministérios da Educação, sob as tutelas do Partido Socialista e do Partido Social-Democrata, aos colégios do Grupo GPS, têm inundado os meios de comunicação social com justo destaque para a reportagem da TVI, da autoria jornalista Ana Leal, que deu início a todo este escabroso processo.
  
No que concerne à imprensa escrita, do Jornal PÚBLICO do dia 22 transcrevo: “A Polícia Judiciária (PJ) realizou esta terça-feira uma operação que envolveu mais de cem inspectores que visou o grupo de ensino GPS (Gestão e Participações Sociais), detentor de 26 colégios, entre os quais 14 que recebem apoio do Ministério da Educação. Em investigação, apurou o PÚBLICO estão crimes de corrupção e branqueamentos de capitais.”
  
Independentemente do maior ou menor nível de gravidade do que se venha a apurar, para além do incumprimento, também, em outros colégios convencionados, da legislação que obriga a que os colégios que recebem apoio estatal estejam implantados em localidades sem oferta de ensino oficial, é caso para dizer que a procissão ainda vai no adro. Assim, impõe essa legislação: Em zonas carecidas de escolas públicas, o Estado celebra contratos de associação com escolas particulares,com a finalidade de possibilitar às populações locais a frequência das escolas particulares nas mesmas condições de gratuitidade do ensino público.” E por não haver almoços grátis, tudo isto à custa do dinheiro dos impostos pagos em sacrifício impiedoso de uma magra classe média asfixiada entre pobres esquálidos e ricos com a chamada curva da felicidade numa barriga que mal cabe dentro de calças do tamanho XXL.
   
Mal me passava pela cabeça que o escândalo atingiria tamanhas proporções, na altura em que foi publicado um meu artigo de opinião sobre este assunto, de que transcrevo o seguinte parágrafo. “A grande parte desta polémica, longe de ter chegado ao fim, reduz-se a uma coisa tão simples como dever o ensino privado com contrato de associação ser uma alternativa ao ensino público inexistente numa determinada área e não como mera satisfação megalómana de famílias pouco abonadas que gostam de blasonar a riqueza de terem os filhos a estudar em colégios à custa do erário público, o dinheiro dos impostos de todos nós” (“Ensinos oficial, convencionado e privado”, PÚBLICO, 13/11/2013). Seja-me permitido, agora, este acrescento (em evocação do ditado popular, de que “grão a grão enche a galinha o papo”): “E muito menos de bafejados pela fortuna que, desta forma, acrescentam, ainda que modestas, migalhas às respectivas contas bancárias.”
   
A confirmar-se o grande número de suspeitas que impendem sobre este caso, estaremos na presença de situações graves que afectarão a reputação do nosso país, ferindo, por outro lado, o regime democrático nele vigente, porque, na opinião de Aldous Huxley, “nos estados autocraticamente organizados, o espólio do governo é compartilhado entre poucos: nos estados democráticos há muito mais pretendentes, que só podem ser satisfeitos com uma quantidade muito maior de espólio que seria necessário para satisfazer os poucos aristocratas; a experiência demonstrou que o governo democrático é geralmente muito mais dispendioso do que o governo por poucos". 
   
Nestes últimos anos, tem-se assistido, apesar da torrente caudalosa dos fundos comunitários de que o país beneficiou e esbanjou em obras faraónicas, ao triste panorama da bolsa dos portugueses ser castigada com impostos mais elevados que os da grande maioria dos países europeus; e, last but not least, alguns países do Leste Europeu começam a aproximar-se – ou mesmo a superiorizarem-se – ao desenvolvimento destas paragens lusitanas.
   
Não fossem os relatórios nada abonatórios para o nosso país, que nos chegam em catadupa do estrangeiro, e são publicados nos media (bendita liberdade de imprensa!), quase poderíamos ser levados a pensar que o bem-estar da Pátria e a felicidade dos portugueses residem, tão-só, em encontrar respostas para perguntas que lhe angustiam o seu dia-a-dia, como, por exemplo, saber antecipadamente qual o clube que virá a vencer o actual Campeonato da Primeira Liga de Futebol.
   
Nestas circunstâncias, e numa nada “ditosa Pátria”, com uma tantas personagens com responsabilidades sociais, políticas e económicas que, em momentos de grave crise nacional, parecem preocupar-se com questões menores, foi sacudida a opinião pública, pelo menos aquela mais atenta e responsável, pelo artigo de Daniel Kaufmann que nos dá conta de que Portugal podia estar ao nível da Finlândia se melhorasse a sua posição no ranking do controlo da corrupção” (Finance & Developement, revista editada pelo Fundo Monetário Internacional, Setembro de 2005).
    
Numa altura em que a salvação da nossa economia, mercê das asneiras que se fizeram com sucessivos Programas de Estabilidade e Crescimento e medidas quejandas, e as tentativas de cura se revelaram como simples mezinhas de curandeiros com o perigo de o doente não morrer da doença mas da cura, foi encarada como salvação, in extremis, a chegada e permanência no nosso torrão natal do FMI, que fez recair sobre os justos as asneiras dos pecadores responsáveis por um estado deplorável das finanças públicas que conduziu Portugal à penosa situação actual.
   
Um estado deplorável das finanças públicas em que os governantes se regozijaram, dias atrás e publicamente, com o facto de  o défice de 2013 ter baixado, não tanto pela diminuição das gorduras do Estado, como seria desejável, mas mais pela pesada carga de impostos imposta aos cidadãos nacionais como se “o acto de tributar fosse idêntico a depenar de um ganso, procurando obter o maior número de penas com a menor gritaria” (Jean-Baptiste Colbert). Até quando?
   
A resposta encontro-a em Pessoa: “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.” Percorram-se, portanto, novos trilhos que levem a que não seja uma quase moribunda classe média a pagar a factura dos erros cometidos por uma determinada e descarada linha de rumo ao serviço de interesses de políticos e suas amizades. Mas haverá coragem para tanto?

*Ex-docente do ensino secundário e universitário e co-autor do blogue De Rerum Natura
   
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