domingo, janeiro 05, 2014

Marilyn Manson - 45 anos

Marilyn Manson (nome artístico de Brian Hugh Warner; Canton, 5 de janeiro de 1969) é um músico americano, líder e vocalista de uma banda epónima de Metal Industrial, conhecido por sua personalidade escandalosa. O seu nome artístico foi formado a partir dos nomes Marilyn Monroe e Charles Manson, mostrando o que ele considerava o último e mais perturbante dualismo da cultura americana. Marilyn Manson, além de músico, também é pintor e já fez diversas pequenos papéis como ator em alguns filmes - além de dirigir curtas-metragens.
  
Infância e Adolescência
Único filho de Barbara e Hugh Warner - e primo em quarto grau do comentador conservador Pat Buchanan, Marilyn Manson nasceu em Canton, Ohio, no dia 5 de janeiro de 1969.
Tendo um pai católico e uma mãe episcopal, Brian estudou na escola Heritage Christian School do primeiro ao décimo ano. No colégio, Manson era discriminado por escutar heavy metal e ter um comportamento tímido, além do seu aspecto físico, muito magro e branco. Aproveitando-se da proibição da música pesada e de doces na escola, tornou-se um espécie de traficante dos dois, vendendo cassetes de Heavy Metal por preços absurdamente caros aos colegas e depois arrombando os seus armários no horário das aulas para revender - segundo o próprio Manson.
Quando mais novo, teve problemas com um vizinho que o forçava a ficar nu e o assediava sexualmente. Ao contar a seus pais o que acontecia, a sua cadela da raça Husky foi envenenada pelo mesmo, como forma de vingança. Manson também tinha uma cobra de estimação, chamada Max.
Mais tarde foi transferido para o Cardinal Gibbons High School, em Fort Lauderdale, Florida. Formou-se em 1987, e tornou-se um estudante no Broward Community College em 1990. Manson trabalhava para uma licenciatura em jornalismo e foi ganhando experiência na área da escrita ao publicar artigos de música para a revista de estilo de vida do sul da Flórida, 25th Parallel.

Música
Manson, com o guitarrista Scott Putesky, formou o Marilyn Manson & the Spooky Kids na Flórida, em 1989. Enquanto a banda ainda compunha e fazia shows para pequenos públicos, Manson conheceu Jeordie White e Gregory Stephen Bier Jr. (mais conhecidos, respectivamente, como Twiggy Ramirez e Madonna Wayne Gacy) em dois projetos paralelos: Satan on Fire - uma banda de metal cristão na qual ele tocou guitarra e baixo, e Sra. Scabtree - uma banda formada em colaboração com White e a então sua namorada Jessicka, onde Manson tocava bateria.
No verão de 1993, a banda (agora já chamada apenas de Marilyn Manson) chamou a atenção de Trent Reznor, que produziu o seu álbum de estreia em 1994, Portrait of an American Family, e o lançou em sua gravadora, a Nothing Records. A banda começou a desenvolver um culto de seguidores, que se tornou ainda maior com o lançamento de Smells Like Children, em 1995. Esse EP rendeu à banda o primeiro grande sucesso exibido pela MTV com "Sweet Dreams (Are Made of This)", um cover do Eurythmics, lançado em 1983.
Em 1996, Antichrist Superstar (co-produzido por Trent Reznor) foi um sucesso ainda maior, levando Marilyn Manson e a sua banda ao sucesso mundial.
Jon Wiederhorn da MTV.com, referiu-se a Marilyn Manson em 2003 como "o único artista dos dias de hoje" e a sua banda vendeu, durante estes anos, mais de 50 milhões de álbuns.

Arte
Manson declarou, numa entrevista de 2004 para a revista iD, ter começado a sua carreira como pintor de aguarelas em 1999, quando ele fez peças de cinco minutos e as vendeu a traficantes de drogas. Em 13-14 de setembro de 2002, a sua primeira apresentação, The Golden Age of Grotesque, foi realizada no Los Angeles Contemporary Exhibitions Centre. O crítico Henry Max comparou-os aos trabalhos de "materiais de pacientes psiquiátricos feitas como terapia" e disse que o seu trabalho nunca seria levado a sério num contexto de belas artes, por escrito, que o valor estava "na sua celebridade, e não no se trabalho". Em 14-15 de Setembro de 2004, Manson realizou uma segunda exposição na primeira noite em Paris e a segunda em Berlim. O show foi chamado "Trismegisto", que foi também o título da peça central da exposição - três cabeças gigantes de Cristo pintadas num painel de madeira antiga de uma tabela de embalsamadores.
Manson nomeou o seu movimento artístico de Celebritarian Corporation. Ele cunhou um slogan para o movimento: "Vamos vender a nossa sombra para aqueles que estão dentro dela."
Celebritarian Corporation é também o nome homónimo de uma galeria de arte de propriedade de Manson, chamado Celebritarian Corporation Gallery of Fine Art, em Los Angeles, onde fez a sua terceira exposição como show inaugural. De 2 a 17 de abril de 2007, os seus últimos trabalhos estiveram em exposição no Space 39 Modern & Contemporary, na Flórida. Quarenta peças dessa exposição viajaram para a Gallery Brigitte Schenk, em Colónia, na Alemanha, para serem exibidas publicamente de 28 de junho a 28 de julho de 2007. Foi recusado a sua entrada na Catedral de Colónia, quando ele estava na cidade para participar dna noite de abertura.
Manson revelou uma série de 20 pinturas, em 2010, intituladas Genealogias da Dor, uma exposição apresentou na galeria Vienna's Kunsthalle, em que o artista colaborou com David Lynch.

Vida afetiva
Esteve noivo da atriz Rose McGowan, protagonista do filme Jawbreaker. Os dois se conheceram na estreia de Gummo, em 1997. Rose também apareceu no clipe da música de Manson, Coma White 2.0. Contudo, os dois não chegaram ao casamento e, em janeiro de 2001, Rose anunciou que o seu relacionamento com Manson tinha terminado, por causa das diferenças de estilo de vida de ambos. Rose recusou a falar sobre o fim da relação em público durante algum tempo, mas mais tarde disse que não conseguiria lidar com o abuso de drogas de Manson. "Eu percebi que este não era o estilo de vida com o qual eu queria ser casada" disse em uma entrevista. "Eu nunca fui uma mulher do rock." O próprio Manson comentou: "Sabe, não estou dizendo que estou feliz sobre isso, mas acho que as pessoas têm que viver as suas vidas e nenhum de nós queria mudar quem éramos - e acho que essa é a parte importante. No final você tem que estar feliz consigo mesmo."
Já foi casado com Dita Von Teese, artista burlesca. Os dois conheceram-se após Manson ter pedido para que ela atuasse num de seus videoclipes. Dita não pôde participar, mas no aniversário de 32 anos de Manson, em 2001, ela foi até a sua casa com uma garrafa de absinto e a partir daí os dois se tornaram um casal. Manson lhe fez o pedido no dia 22 de março de 2004 e eles casaram numa cerimónia privada. Separaram-se em dezembro de 2006 devido à "diferenças irreconciliáveis", de acordo com Dita. Numa entrevista com o jornal The Daily Telegraph, Von Teese disse "Eu não era partidária das suas festas ou do seu relacionamento com outra mulher. Por mais que o amasse, eu não iria fazer parte disso". A outra mulher acreditava-se ser a atriz Evan Rachel Wood, (protagonista do filme Thirteen), com a qual Manson continuou o relacionamento após o seu divórcio, apesar dos comentários mordazes dos críticos. Von Teese também disse que deu a Manson um ultimato, mas que "não funcionou. Ao invés disso, eu me tornei a inimiga". Wood participou do videoclipe Heart-Shaped Glasses, música que foi feita para a própria. Em 2008, os dois se separaram, após Wood ter recusado ao pedido de noivado feito por Manson.
Teve um breve relacionamento com a atriz pornográfica Stoya, de março a novembro de 2009. Em dezembro do mesmo ano ela postou no seu Twitter: Nóue fomos feitos para algo duradouro. C'est la vie.s simplesmente não éramos a pessoa certa um para o outro. Só porque nos divertimos não quer dizer q
No mesmo ano reatou com Wood e em 2010 ficou noivo da atriz. Também não chegaram ao casamento e romperam o noivado, meses depois.
Manson recentemente foi referido como estando ligado romanticamente com a fotógrafa americana Lindsay Usich, que é a fotógrafa oficial do seu álbum mais recente, Born Villain. Usich foi referida como a namorada de Manson na edição de março de 2012 da revista Revolver. No artigo é feita uma referência a uma pintura nova feita por Manson na qual aparece a fotógrafa.


Luiz Pacheco morreu há seis anos

(imagem daqui)

Luiz José Gomes Machado Guerreiro Pacheco (Lisboa, 7 de maio de 1925 - Montijo, 5 de janeiro de 2008) foi um escritor, editor, polemista, epistológrafo e crítico de literatura português.
Nasceu em 1925, na freguesia de São Sebastião da Pedreira, numa velha casa da Rua da Estefânia, filho único, no seio de uma família da classe média, de origem alentejana, com alguns antepassados militares. O pai era funcionário público e músico amador. Na juventude, Luiz Pacheco teve alguns envolvimentos amorosos com raparigas menores como ele, que haveriam de o levar por duas vezes à prisão.
Desde cedo teve a biblioteca do seu pai à sua inteira disposição e depressa manifestou enorme talento para a escrita. Estudou no Liceu Camões e chegou a frequentar o primeiro ano do curso de Filologia Românica da Faculdade de Letras de Lisboa, onde foi óptimo aluno, mas optou por abandonar os estudos. A partir de 1946 trabalhou como agente fiscal da Inspecção Geral dos Espectáculos, acabando um dia por se demitir dessas funções, por se ter fartado do emprego. Desde então teve uma vida atribulada, sem meio de subsistência regular e seguro para sustentar a família crescente (oito filhos de três mães adolescentes), chegando por vezes a viver na maior das misérias, à custa de esmolas e donativos, hospedando-se em quartos alugados e albergues, indo à Sopa dos Pobres. Esse período difícil da vida inspirou-lhe o conto Comunidade, considerado por muitos a sua obra-prima. Nos anos 1960 e 70, por vezes viveu fora de Lisboa, nas Caldas da Rainha e em Setúbal.
Começa a publicar a partir de 1945 diversos artigos em vários jornais e revistas, como O Globo, Bloco, Afinidades, O Volante, Diário Ilustrado, Diário Popular e Seara Nova. Em 1950, funda a editora Contraponto, onde publica escritores como Raul Leal, Vergílio Ferreira, José Cardoso Pires, Mário Cesariny, António Maria Lisboa, Natália Correia, Herberto Hélder, etc., tendo sido amigo de muitos deles. Dedicou-se à crítica literária e cultural, tornando-se famoso (e temido) pelas suas críticas sarcásticas, irreverentes e polémicas. Denunciou a desonestidade intelectual e a censura imposta pelo regime salazarista. Denunciou, de igual modo, plágios, entre os quais o cometido por Fernando Namora em Domingo à Tarde sobre o romance Aparição de Vergílio Ferreira - "O caso do sonâmbulo chupista" (Contraponto).
A sua obra literária, constituída por pequenas narrativas e relatos (nunca se dedicou ao romance ou ao conto) tem um forte pendor autobiográfico e libertino, inserindo-se naquilo a que ele próprio chamou de corrente "neo-abjeccionista". Em O Libertino Passeia por Braga, a Idolátrica, o Seu Esplendor (escrito em 1961), texto emblemático dessa corrente e que muito escândalo causou na época da sua publicação (1970), narra um dia passado numa Braga fantasmática e lúbrica, e a sua libertinagem mais imaginária do que carnal, que termina de modo frustrantemente solitário.
Alto, magro e escanzelado, calvo, usando óculos com lentes muito grossas devido a uma forte miopia, vestindo roupas usadas (por vezes andrajosas e abaixo do seu tamanho), hipersensível ao álcool (gostava de vinho tinto e de cerveja), hipocondríaco sempre à beira da morte (devido à asma e a um coração fraco), impenitentemente cínico e honesto, paradoxal e desconcertante, é sem dúvida, como pícaro personagem literário, um digno herdeiro de Luís de Camões, Bocage, Gomes Leal ou Fernando Pessoa.
Debilitado fisicamente e quase cego devido às cataratas, mas ainda a dar entrevistas aos jornais, nos últimos anos passou por três lares de idosos, tendo mudado em 2006 para casa do seu filho João Miguel Pacheco, no Montijo e daí para um lar, na mesma cidade.
Um ano após a morte de Mário Cesariny, a 26 de novembro de 2007, em jeito de homenagem ao poeta, Comunidade foi editada em serigrafia/texto, com pinturas de Artur do Cruzeiro Seixas pela Galeria Perve. Nessa efeméride, Luiz Pacheco foi entrevistado pela RTP, no seu quarto e último lar de idosos.
Morreria algumas semanas depois, a 5 de janeiro de 2008, de doença súbita, a caminho do Hospital do Montijo, onde declararam o óbito às 22.17 horas.


CÔRO DE ESCARNHO E LAMENTAÇÃO DOS CORNUDOS EM VOLTA DE S. PEDRO

MONÓLOGO DO 1.º CORNUDO

I
Acordei um triste dia
Com uns cornos bem bonitos.
E perguntei à Maria
Por que me pôs os palitos.

II
Jurou por alma da mãe
Com mil tretas de mulher
Que era mentira. Também
Inda me custava a crer...

III
Fiquei de olho espevitado
Que o calado é o melhor
E para não re-ser enganado,
Redobrei gozos de amor.

IV
Tais canseiras dei ao físico,
Tal ardor pus nos abraços
Que caí morto de tísico
Com o sexo em pedaços!

V
Esperava por isso a magana?
Já previa o que se deu?...
Do além vi-a na cama
Com um tipo pior do que eu!

VI
Vi-o dar ao rabo a valer
Fornicando a preceito...
Sabia daquele mister
Que puxa muito do peito.

VII
Foi a hora de me eu rir
Que a vingança tem seus quês:
«O mais certo é práqui vir,
Inda antes que passe um mês».

VIII
Arranjei-lhe um bom lugar
Na pensão de Mestre Pedro
(Onde todos vão parar
Embora com muito medo...)

IX
Passava duma semana
O meu dito estava escrito
Vítima daquela magana
Pobre tísico, tadito!

DUETO DOS 2 CORNUDOS

X
Agora já somos dois
A espreitar de cá de cima
Calados como dois bois
Vendo o que faz a ladina

XI
Meteu na cama mais gente
Um, dois, três... logo a seguir!
Não há piça que a contente
É tudo que tiver de vir!

S. PEDRO, INDIGNADO, PRAGUEJA.

XII
- É de mais!... Arre, diabo!
- Berra S. Pedro, sandeu.
–E mortos por dar ao rabo
Lá vêm eles pró Céu!

CORO, PIANÍSSIMO, LIRISMO
NAS VOZES

XIII
Que morre como um anjinho
Quem morre por muito amar!

CORO, AGORA NARRATIVO
OU EXPLICATIVO.

Já formemos um ranchinho
De cá de cima, a espreitar.

XIV
Passam meses, passa tempo
E a bela não se consola...
Já semos um regimento
Como esses que vão prá Ingola!

(ÁPARTE DO AUTOR DAS COPLAS:
«COITADINHOS!»)

XV
Fazemos apostas lindas
Sempre que vem cara nova.
Cálculos, medidas infindas
Como ela terá a cova.

XVI
Há quem diga que por si
Já não lhe topou o fundo...
Outros juram que era assi
Do tamanho... deste Mundo!

XVII
- Parecia uma piscina!
–Diz um do lado, espantado.
- Nunca vi uma menina
Num estado tão desgraçado!

APARTE DO AUTOR, ANTIGO MILITANTE DAS ESQUERDAS (BAIXAS).

XVIII
(Um estado tão desgraçado?!...
Pareceu-me ouvir o Povo
Chorando seu triste fado
nas garras do Estado Novo!)

XIX
O último que chegou cá
Morreu que nem um patego:
Afogado, ieramá,
Nos abismos daquele pego.

O CORO DOS CORNUDOS,
ACOMPANHADO POR S. PEDRO EM SURDINA,
ENTOA A MORALIDADE, APÓS TER
LIMPADO AS ÚLTIMAS LAGRIMETAS
E SUSPIRANDO COMO SÓ OS CORNUDOS SABEM.

XX
Mulher não queiras sabida
Nem com vício desusado,
Que podes perder a vida
Na estafa de dar ao rabo.

XXI
Escolhe donzela discreta
Com os três no seu lugar.
Examina-lhe a greta,
Não te vá ela enganar...

XXII
E depois de veres o bicho
E as maneiras que tem
A funcionar a capricho,
Já sabes se te convém.

XXIII
Mulher calma, é estimá-la
Como a santa no altar.
Cabra douda, é rifá-la...
- Que não venhas cá parar.

XXIV
Este conselho te dão,
E não te levam dinheiro...
Os cornudos que aqui estão
Com S. Pedro hospitaleiro.

XXV
Invejosos quase todos
Dos conos que o mundo guarda

FAZEM MAIS UM BOCADO DE LAMENTAÇÃO.
NOTA DO AUTOR: QUASE,
PORQUE ENTRETANTO
ALGUNS BRINCAVAM UNS COM OS OUTROS.
RABOLICES!

Mas se fornicas a rodos
Tua vinda aqui não tarda!

RECOMEÇA A MORALIDADE, ESTILO
ESTÃO VERDES, NÃO PRESTAM.
ALGUNS BÊBADOS, CORNUDOS
DESPEITADOS OU AMARGURADOS.
VOZES PASTOSAS.
DEVE LER-SE: VIIINHO...VÉLHIIINHO...

XXVI
Melhor que a mulher é o vinho
Que faz esquecer a mulher...
Que faz dum amor já velhinho
Ressurgir novo prazer.

FINALE, MUITO CATÓLICO.

XXVII
Assim termina o lamento
Pois recordar é sofrer.
Ama e fode. É bom sustento!
E por nós reza um pater.

Luiz Pacheco
Num dia em que se achou
Mais pachorrento.


in Textos Malditos (1977) - Luiz Pacheco

Há novos dados sobre a evolução e aparecimento das angiospérmicas

Genoma de árvore transporta-nos até às primeiras plantas com flor
Nicolau Ferreira - 03.01.2014

Flor feminina da Amborella
Amborella em fruto
Flor masculina da Amborella


Estudado o genoma de planta que só vive na Nova Caledónia. É a única de uma linhagem que surgiu no início da evolução das plantas com flor.

As angiospérmicas, as plantas com flor, uma presença constante quando se olha para um jardim, prado ou floresta, são a última grande invenção da natureza na evolução das plantas. Charles Darwin, um dos pais do evolucionismo, chamou “um mistério abominável” ao aparecimento e rápida disseminação deste grupo de plantas que hoje reúne 350.000 espécies e é um pouco mais recente do que os dinossauros. Esse mistério foi agora parcialmente desvendado.
Um projecto internacional sequenciou o genoma da Amborella trichopoda, uma pequena árvore, com dois a três metros de altura, que apenas existe na ilha principal da Nova Caledónia, a Grande Terra, e é a única espécie descendente de uma linhagem muito antiga das plantas com flor. Há cerca de 200 milhões de anos deu-se um fenómeno de duplicação de genoma numa planta superior, que foi depois essencial para o aparecimento das plantas com flor. Esse fenómeno foi comprovado pela análise do genoma da Amborella trichopoda, onde a duplicação ainda é visível no seu genoma, conclui um dos três artigos publicados na revista Science, que trazem os resultados deste projecto internacional.

Existem apenas 18 populações da Amborella trichopoda, todas nas regiões montanhosas da maior ilha da Nova Caledónia, um arquipélago francês que fica na região mais a sul da Melanésia, no oceano Pacífico e a leste da Austrália. Pensa-se que o antepassado desta planta se tenha separado do restante ramo das plantas com flor há 160 milhões de anos. As características genéticas que partilha com o resto das angiospérmicas surgiram numa altura inicial da evolução das plantas com flor.

“Da mesma forma que o genoma do ornitorrinco – um sobrevivente de uma linhagem antiga [de mamíferos] – pode ajudar no estudo da evolução dos mamíferos, o genoma sequenciado da Amborella pode ajudar a descobrir a evolução de todas as flores”, explica Victor Albert, da Universidade de Búfalo, estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos, que pertence ao grupo que estudou a citogenética desta planta, um dos sete grupos do Projecto do Genoma da Amborella.

O fóssil mais velho de uma planta com flor encontrado tem entre 135 e 130 milhões de anos, mas pensa-se que as angiospérmicas tenham aparecido há mais de 160 milhões de anos. Nessa altura, a Terra estava no final do Jurássico, o período do meio da era dos dinossauros, onde as florestas de coníferas (o pinheiro faz parte deste grupo de plantas) eram dominantes. Mas no final Cretácico, o último período onde os dinossauros caminharam na Terra, as plantas com flores já eram dominantes.

Depois dos fetos com o seu sistema vascular e folhas, depois das gimnospérmicas com os seus estróbilos, como as pinhas, e sementes, como os pinhões, a Terra foi dominada por plantas que mostram o seu sistema reprodutor nas belas flores, que envelhecem e caem para dar lugar a frutos, muitas vezes vistosos, que envolvem as sementes. Hoje, a alimentação do homem seria completamente diferente se este ramo da evolução não existisse, já que as espécies agrícolas e hortícolas são, na grande generalidade, angiospérmicas.

A duplicação do genoma

O resto da história dos mais de 160 milhões de anos das plantas com flor está carregado de duplicações de genoma. Mas a Amborella trichopoda, como é uma linhagem separada e muito antiga, não apresenta esses fenómenos. Por isso, os cientistas observaram no seu genoma uma outra duplicação, que já se pensava existir, e que aconteceu antes do aparecimento das plantas com flor, há cerca de 200 milhões de anos.

“A duplicação do genoma pode, por isso, oferecer uma explicação sobre o ‘abominável mistério’ de Darwin – a proliferação aparentemente abrupta de novas espécies de plantas com flor nos registos fósseis durante o período Cretácico”, explica por sua vez Claude dePamphilis, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Através do genoma desta planta, estima-se que o antepassado de todas as plantas com flor tivesse ao todo 14.000 genes que codificam para proteínas. Destes, 1179 genes eram novos e surgiram graças à duplicação genómica. Alguns destes genes são importantes para a floração, para a produção de madeira e para a resposta ao stress, como a predação feita pelos herbívoros. Muitos outros genes já existiam, mas ganharam novas funções nestas plantas. “Como único membro existente de uma linhagem antiga, a Amborella é uma janela única para os primeiros fenómenos da evolução das angiospérmicas”, lê-se na conclusão do artigo.



sábado, janeiro 04, 2014

Música para recordar que estamos na época mais sombria do ano...



Till Lindemann - 51 anos

Till Lindemann (Leipzig, 4 de janeiro de 1963) é o vocalista da banda alemã Rammstein. Ex-campeão da Europa de natação da antiga Alemanha Oriental (RDA) enquanto jovem, teve que abandonar o desporto devido a um rompimento muscular abdominal (cuja cicatriz pode ser vista no vídeo Live aus Berlin).
Após vários incidentes menos graves, como o ocorrido na Treptow Arena, em Berlim, a 27 de setembro de 1996, em que um objeto em chamas voou na direção da plateia, felizmente sem causar acidentes, Till dedicou-se ao estudo de técnicas de pirotecnia e formou-se como pirotécnico profissional, característica que marca os concertos do Rammstein.
As suas características mais marcantes são o timbre grave e os seus "R"s enrolados. Lindemann tem 1,92 metros de altura. O seu cabelo natural é castanho e os olhos, verdes-azulados.
Antes de ingressar nos Rammstein, Till trabalhou fazendo cestos quando morou em Schwerin e foi baterista da banda First Arsch.
Em 1986 começou a tocar bateria numa banda chamada First Arsch, também conhecida como "First Art": o jogo de palavras talvez servisse para enganar as autoridades comunistas e era uma banda punk com sede em Schwerin. Fizeram um álbum intitulado Saddle up. Till também tocou numa banda chamada Feeling B. Uma música chamada "Leid von der unruhevollen Jugend" ("Música da juventude incansável") encontra-se no álbum Hea Hoa Hoa Hoa Hea Hoa Hea (1990). Mais tarde, nos anos 90, Lindemann começou a escrever letras, possivelmente baseadas em poemas anteriores que começara a escrever.
Till é o vocalista do grupo, embora tenha sido baterista na sua banda anterior. Tem uma poderosa presença em palco. Um dos seus movimentos mais conhecidos é o de bater com o punho na sua perna ao ritmo dos riffs, da mesma maneira como fazem os ferreiros - ele também faz isso quando sente dor no joelho. Till tem um problema na rótula, que, às vezes, sai do lugar e só volta com um impacto na perna. Como Till disse numa entrevista, que pode ser vista no DVD Vídeos 1995-2012, no making-of de um dos vídeos, ele disse: "Eu tenho um problema no joelho e, quando piso mal o chão, a minha rótula sai do lugar. Quando era mais jovem, logo que eu sentia isso, batia no joelho, como faço nos shows, e esta voltava ao lugar e melhorava."
Till obteve licença para trabalhar no palco com fogos de artifício, depois de estudar para ter o certificado de pirotecnia. Depois de um acidente na Treptow Arena, em Berlim, a 27 de setembro de 1996, em que símbolo da banda - em chamas - caiu do palco sobre o público, a banda passou a manter uma equipe especializada de pirotécnicos, com os quais Lindemann aprendeu.
Cada membro da banda é instruído para trabalhar com os adereços pirotécnicos que usa em palco.
Na banda é o que melhor fala inglês, apesar de ter um sotaque muito forte.


O grande poeta modernista T. S. Eliot morreu há 49 anos

Eliot nasceu em St. Louis, Missouri, nos Estados Unidos, mudou-se para a Inglaterra em 1914 (então com 25 anos), tornando-se cidadão britânico em 1927, com 39 anos de idade. Sobre a sua nacionalidade e a sua influência na sua obra, T. S. Eliot disse:
My poetry wouldn’t be what it is if I’d been born in England, and it wouldn’t be what it is if I’d stayed in America. It’s a combination of things. But in its sources, in its emotional springs, it comes from America.
Tradução: A minha poesia não seria o que é se eu tivesse nascido na Inglaterra, e não seria o que é se eu tivesse permanecido nos Estados Unidos da América. É uma combinação de várias coisas. Mas, nas suas raízes, na sua fonte emocional, vem da América.
Faleceu a 4 de janeiro de 1965 e, segundo a sua vontade, foi cremado e as suas cinzas foram depositadas na igreja de Saint Michael, na vila de East Cocker, Somerset, na Inglaterra.
Infância
Thomas Stearns Eliot nasceu na família Eliot, uma família de classe média originária da Nova Inglaterra, que se mudou para St. Louis, Missouri. O seu pai, Henry Ware Eliot (1843-1919), foi um empresário bem sucedido em St. Louis, e a sua mãe, Charlotte Champe Stearns (1843-1929), escreveu poesias e foi uma assistente social. Eliot foi o último dos seis filhos sobreviventes do casal, que já tinham 44 anos de idade quando ele nasceu. As suas quatro irmãs tinham entre 11 e 19 anos de idade e o seu irmão era oito anos mais velho que ele. Chamado "Tom" por familiares e amigos, recebeu o nome de seu avô materno Thomas Stearns.

Literatura
T. S Eliot residia em Londres. Depois da guerra, nos anos vinte, ele passou muito tempo com outros grandes artistas na Avenue Montparnasse, em Paris, onde foi fotografado por Man Ray. A poesia francesa exerceu grande influência na obra de Eliot, em particular o simbolista Charles Baudelaire, cujas imagens da vida em Paris serviram de modelo para a imagem de Londres pintada por Eliot. Ele começou então a estudar sânscrito e religiões orientais, chegando a ser aluno do famoso arménio G. I. Gurdjieff. A obra de Eliot, após a sua conversão ao cristianismo da Igreja Anglicana, é frequentemente religiosa na sua natureza e tenta preservar o inglês arcaico e alguns valores europeus que ele julgava serem importantes. Publicou o poema The Waste Land em 1922; em 1927 obteve a nacionalidade britânica. Em 1928, Eliot resumiu as suas crenças muito bem, no prefácio de seu livro "Para Lancelot Andrews": "O ponto de vista geral [dos assuntos do livro] pode ser descrito como classicista na literatura, monárquico na política e anglo-católico na religião." Essa fase inclui trabalhos poéticos como Ash Wednesday, The Journey of the Magi, e Four Quartets.
A Game of Chess


THE Chair she sat in, like a burnished throne,
Glowed on the marble, where the glass
Held up by standards wrought with fruited vines
From which a golden Cupidon peeped out
(Another hid his eyes behind his wing)
Doubled the flames of sevenbranched candelabra
Reflecting light upon the table as
The glitter of her jewels rose to meet it,
From satin cases poured in rich profusion;
In vials of ivory and coloured glass
Unstoppered, lurked her strange synthetic perfumes,
Unguent, powdered, or liquid—troubled, confused
And drowned the sense in odours; stirred by the air
That freshened from the window, these ascended
In fattening the prolonged candle-flames,
Flung their smoke into the laquearia,
Stirring the pattern on the coffered ceiling.
Huge sea-wood fed with copper
Burned green and orange, framed by the coloured stone,
In which sad light a carvèd dolphin swam.
Above the antique mantel was displayed
As though a window gave upon the sylvan scene
The change of Philomel, by the barbarous king
So rudely forced; yet there the nightingale
Filled all the desert with inviolable voice
And still she cried, and still the world pursues,
'Jug Jug' to dirty ears.
And other withered stumps of time
Were told upon the walls; staring forms
Leaned out, leaning, hushing the room enclosed.
Footsteps shuffled on the stair.
Under the firelight, under the brush, her hair
Spread out in fiery points
Glowed into words, then would be savagely still.

'My nerves are bad to-night. Yes, bad. Stay with me.
'Speak to me. Why do you never speak? Speak.
'What are you thinking of? What thinking? What?
'I never know what you are thinking. Think.'

I think we are in rats' alley
Where the dead men lost their bones.

'What is that noise?'
The wind under the door.
'What is that noise now? What is the wind doing?'
Nothing again nothing.
'Do
'You know nothing? Do you see nothing? Do you remember
'Nothing?'
I remember
Those are pearls that were his eyes.
'Are you alive, or not? Is there nothing in your head?'
But
O O O O that Shakespeherian Rag—
It's so elegant
So intelligent
'What shall I do now? What shall I do?'
'I shall rush out as I am, and walk the street
'With my hair down, so. What shall we do to-morrow?
'What shall we ever do?'
The hot water at ten.
And if it rains, a closed car at four.
And we shall play a game of chess,
Pressing lidless eyes and waiting for a knock upon the door.

When Lil's husband got demobbed, I said—
I didn't mince my words, I said to her myself,
HURRY UP PLEASE IT'S TIME
Now Albert's coming back, make yourself a bit smart.
He'll want to know what you done with that money he gave you
To get yourself some teeth. He did, I was there.
You have them all out, Lil, and get a nice set,
He said, I swear, I can't bear to look at you.
And no more can't I, I said, and think of poor Albert,
He's been in the army four years, he wants a good time,
And if you don't give it him, there's others will, I said.
Oh is there, she said. Something o' that, I said.
Then I'll know who to thank, she said, and give me a straight look.
HURRY UP PLEASE IT'S TIME
If you don't like it you can get on with it, I said.
Others can pick and choose if you can't.
But if Albert makes off, it won't be for lack of telling.
You ought to be ashamed, I said, to look so antique.
(And her only thirty-one.)
I can't help it, she said, pulling a long face,
It's them pills I took, to bring it off, she said.
(She's had five already, and nearly died of young George.)
The chemist said it would be alright, but I've never been the same.
You are a proper fool, I said.
Well, if Albert won't leave you alone, there it is, I said,
What you get married for if you don't want children?
HURRY UP PLEASE IT'S TIME
Well, that Sunday Albert was home, they had a hot gammon,
And they asked me in to dinner, to get the beauty of it hot—
HURRY UP PLEASE IT'S TIME
HURRY UP PLEASE IT'S TIME
Goonight Bill. Goonight Lou. Goonight May. Goonight.
Ta ta. Goonight. Goonight.
Good night, ladies, good night, sweet ladies, good night, good night.



T. S. Eliot

Louis Braille nasceu há 205 anos!

Louis Braille (Coupvray, 4 de janeiro de 1809 - Paris, 6 de janeiro de 1852), mais raramente, em português, Luís Braille, foi o criador do sistema de leitura para cegos que recebeu seu nome, braille.

Biografia
Louis Braille nasceu a 4 de janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda, possivelmente uma sovela. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou para o olho direito, provocando-lhe cegueira total.
Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Pallury, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi selecionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Institut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris).
O fundador do instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. As primeiras experiências de Haüy envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso. Embora rudimentares, esses esforços lançaram a base para desenvolvimentos posteriores. Apesar de as crianças aprenderem a ler com este sistema, não podiam escrever porque a impressão era feita com letras costuradas no papel.
Louis aprendeu a ler as grandes letras em alto-relevo nos livros da pequena biblioteca de Haüy. Mas também se apercebia que aquele método, além de lento, não era prático. Na ocasião, ele escreveu no seu diário:
"Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, terei de encontrar uma outra forma."
Em 1821, quando Louis Braille tinha somente 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto, onde apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita nocturna, também conhecido por Serre e que mais tarde veio a ser chamado de sonografia. Tratava-se de um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha, quando era necessário ler mensagens sem usar a luz que poderia revelar posições. Assim, era possível trocar ordens e informações de forma silenciosa. Usava-se uma sovela para marcar pontinhos em relevo em papelão, que então podiam ser sentidos no escuro pelos soldados. A escrita nocturna baseava-se numa tabela de trinta e seis quadrados, cada quadrado representando um som básico da linguagem humana. Duas fileiras com até seis pontos cada uma eram gravadas em relevo no papel. O número de pontos na primeira fileira indicava em que linha horizontal da tabela de sons vocálicos se encontrava o som desejado, e o número de pontos na segunda fileira designava o som correto naquela linha. Esta ideia de usar um código para representar palavras em forma fonética foi introduzido no Instituto. Louis Braille dedicou-se de forma entusiástica ao método e passou a efectuar algumas melhorias.
Assim, nos dois anos seguintes, Braille esforçou-se em simplificar o código. Por fim desenvolveu um método eficiente e elegante que se baseava numa célula de apenas três pontos de altura por dois de largura. O sistema apresentado por Barbier, era baseado em 12 pontos, ao passo que o sistema desenvolvido por Braille é mais simples, com apenas 6 pontos. Braille, em seguida, melhorou o seu próprio sistema, incluindo a notação numérica e musical. Em 1824, com apenas 15 anos, Louis Braille terminou o seu sistema de células com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome e que, excepto algumas pequenas melhorias, permanece basicamente o mesmo até hoje.
Apesar de tudo, levou tempo até essa inovação ser aceite. As pessoas com visão não entendiam quão útil o sistema inventado por Braille podia ser, e um dos professores principais da escola chegou a proibir o seu uso pelas crianças. Felizmente, tal decisão teve efeito contrário ao desejado, encorajando as crianças a usar o método e a aprendê-lo em segredo. Com o tempo, mesmo as pessoas com visão acabaram por perceber os benefícios do novo sistema. No instituto, o novo código só foi adotado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille, provocada pela tuberculose, em 6 de janeiro de 1852, com apenas 43 anos.
Na França, a invenção de Louis Braille foi finalmente reconhecida pelo Estado. Em 1952, o seu corpo foi transferido para Paris, onde repousa no Panteão Nacional.

Phil Lynott, vocalista, baixista e líder dos Thin Lizzy, morreu há 28 anos

Philip Parris "Phil" Lynott (West Bromwich, 20 de agosto de 1949 – Salisbury, 4 de janeiro de 1986) foi um músico irlandês, célebre por ser o vocalista, baixista e principal compositor da banda de rock Thin Lizzy.
Como líder da banda, o baixo e os vocais de Lynott foram um elemento crucial no sucesso comercial de diversos dos seus sucessos, como "Whiskey in the Jar", "The Boys are Back in Town", "Jailbreak" e "Waiting for an Alibi". Lynott também teve uma carreira a solo, publicou dois livros de poesia, e, após o fim dos Thin Lizzy, formou a banda Grand Slam, da qual foi líder até ao seu fim, em 1984. No período que antecedeu a sua morte, teve um grande sucesso no Reino Unido juntamente com Gary Moore, primeiro com a canção "Out in the Fields", e em seguida com "Nineteen".
Phil Lynott morreu aos 36 anos, vítima de insuficiência cardíaca, devido a uma pneumonia, eventualmente potenciada pelo uso de drogas e álcool.




Michael Stipe - 54 anos

John Michael Stipe (born January 4, 1960, at Decatur, Georgia) is an American singer, lyricist and visual artist. He was the lead vocalist of the alternative rock band R.E.M. from their formation in 1980 until their dissolution in 2011.
Stipe is noted and occasionally parodied for the "mumbling" style of his early career as well as his social and political activism. He was in charge of R.E.M.'s visual image, often selecting album artwork and directing many of the band's music videos. Outside the music industry, he runs his own film production companies: C-00 and Single Cell Pictures.


El-Rei D. Sancho II morreu, no exílio, há 766 anos

D. Sancho II de Portugal (cognominado O Capelo por haver usado um enquanto criança; alternativamente conhecido como O Pio ou O Piedoso), quarto rei de Portugal, nasceu em Coimbra em 8 de setembro de 1209, filho do rei D. Afonso II de Portugal e de D. Urraca de Castela, e faleceu, exilado e sem poder, em Toledo, no Reino de Castela, a 4 de janeiro de 1248.

Brasão de D. Sancho II

Guerra Civil, Deposição e Morte
O isolamento político de Sancho II começa provavelmente em 1232, estando o reino com conturbações internas; Afonso de Castela entra nesse ano pelo Norte do reino em defesa de Sancho II. Resigna também em Roma o bispo de Coimbra, Pedro, aliado de Sancho.
D. Afonso, irmão mais novo de Sancho, denuncia em 1245 o casamento de Sancho com Mécia. Nesse mesmo ano a Bula Inter alia desiderabilia prepara a deposição de facto do monarca. O papado, através de duas Breves, aconselha Afonso, Conde de Bolonha, a partir para a Terra Santa em Cruzada e também que passe a estar na Hispânia, fazendo aí guerra ao Islão. A 24 de julho, a Bula Grandi non immerito depõe oficialmente Sancho II do governo do reino, e Afonso torna-se regente. Os fidalgos levantam-se contra Sancho, e Afonso cede a todas as pretensões do clero no Juramento de Paris, uma assembleia de prelados e nobres portugueses, jurando que guardaria todos os privilégios, foros e costumes dos municípios, cavaleiros, peões, religiosos e clérigos seculares do reino. Abdicou imediatamente das suas terras francesas e marchou sobre Portugal, chegando a Lisboa nos últimos dias do ano.
Em 1246, Afonso segura Santarém, Alenquer, Torres Novas, Tomar, Alcobaça e Leiria; Sancho II fortifica-se em Coimbra. A Covilhã e a Guarda ficam nas mãos de Afonso. Sancho II procura a intervenção castelhana na guerra civil, depois da conquista de Jaén. Assim, o infante Afonso de Castela entra em Portugal por Riba-Côa a 20 de dezembro, tomando a Covilhã e a Guarda e devastando o termo de Leiria, derrotando a 13 de janeiro de 1247 o exército do Conde de Bolonha. Apesar de não ter perdido nenhuma das batalhas contra o irmão do Rei de Portugal, Afonso de Castela decide abandonar a empresa, levando consigo para Castela El-Rei D. Sancho II, visto que a pressão da Santa Sé aumentava. Embora no Minho continuem partidários de Sancho II e fiquem no terreno as guarnições castelhanas no castelo de Arnoia (seu grande apoiante e anticlerical), o caso encontra-se perdido. D. Sancho II redige o seu segundo e último testamento enquanto exilado em Toledo a 3 de janeiro de 1248, e morre a 4 desse mesmo mês. Julga-se que os seus restos mortais repousem na catedral de Toledo.
Afonso III declara-se Rei de Portugal em 1248, já após a morte do seu irmão mais velho, Sancho.

Isaac Newton nasceu há 371 anos

Estátua de Newton no Trinity College

Isaac Newton (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 4 de janeiro de 1643* - Londres, 31 de março de 1727) foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrónomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.
A sua principal obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes na história da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.
Ao demonstrar a consistência que havia entre o sistema por si idealizado e as leis de Kepler do movimento dos planetas, foi o primeiro a demonstrar que os movimentos de objetos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador e profético de suas leis era centrado na revolução científica, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza.
Em uma pesquisa promovida pela Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência. De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional.
* O seu nascimento foi registado como sendo no dia de Natal, 25 de dezembro de 1642, pois, naquela época, a Grã-Bretanha usava ainda o calendário juliano

Newton (1795), retratado por William Blake como um "geómetra divino"

Gerry Rafferty morreu há dois anos

Gerald "Gerry" Rafferty (Paisley, 16 de abril de 1947 - Bournemouth, 4 de janeiro de 2011) foi um cantor, compositor e músico escocês, de raízes irlandesas, que morreu de insuficiência hepática, causada pelo seu alcoolismo. Estava acompanhado pela sua filha Martha no momento do seu falecimento, em sua casa.

Carreira
Ele começou a sua carreira como músico de rua. O seu primeiro grupo foi a banda Humblebums, em seguida, lançou um álbum a solo e, em 1972, formou um novo grupo, os Stealers Wheel, ao lado de Joe Egan. Em 1975, o grupo desfez-se e Rafferty continuou com os álbuns a solo. A canção mais conhecida dele é "Baker Street, incluído no disco "City to city", de 1978. Outra sua música conhecida é Stuck In The Middle With You, composta por Rafferty para o Stealers Wheel, e que fez parte da banda sonora do filme de Quentin Tarantino, Cães Danados.


A Terra está agora (12.00 horas) no ponto mais próximo do Sol...!

(imagem daqui)

Em astronomia, o periélio, que vem de peri (à volta, perto) e hélio (Sol), é o ponto da órbita de um corpo, seja ele planeta, planeta anão, asteroide ou cometa, que está mais próximo do Sol. Quando um corpo se encontra no periélio, ele tem a maior velocidade de translação de toda a sua órbita. Quando o corpo em questão estiver orbitando qualquer outro objeto celeste que não o Sol, utiliza-se o nome genérico periastro para identificar esse ponto.
A distância entre a Terra e o Sol no periélio é de aproximadamente 147,1 milhões de quilómetros. Isto ocorre uma vez por ano, por volta de catorze dias após o solstício de dezembro, próximo do dia 4 de janeiro.



Le périhélie est le point de l'orbite d'un corps céleste (planète, comète, etc.) qui est le plus rapproché du Soleil (grec : helios) autour duquel il tourne.
Cela se dit aussi de l'époque où l'objet a atteint ce point.
L'antonyme de périhélie est aphélie.
Le périhélie est une dénomination particulière du terme générique astronomique périapside (voir cet article pour plus de détails).

Cas de la Terre
La Terre décrit une orbite elliptique dont le Soleil occupe un des foyers. Elle est au périhélie vers le 4 janvier, à une distance de 0,983 ua.
La date et l'heure (temps universel) de passage de la Terre au périhélie varient légèrement d'une année sur l'autre, du fait de la précession des équinoxes et de diverses perturbations apportées par la position des autres planètes du Système solaire, et du fait des particularités de notre calendrier civil.
Année Périhélie Aphélie
Date Heure Date Heure
2014 4 janvier 12:00 4 juillet 00:00





On a ci-dessous le schéma simplifié de l'orbite de la Terre autour du Soleil, montrant ces deux points particuliers que sont l'aphélie et le périhélie (l'ellipticité est volontairement exagérée sur ce schéma, l'orbite de la Terre étant en pratique très proche d'un cercle):

Lien avec les saisons
C'est principalement l'inclinaison de l'axe de la Terre par rapport au plan de l'écliptique qui est responsable du phénomène des saisons. Ceci étant, le fait que le périhélie tombe au début du mois de janvier et l'aphélie au début du mois de juillet a pour effet de diminuer l'écart de températures entre hiver et été dans l'hémisphère nord et à l'augmenter dans l'hémisphère sud (modification dont l'ordre de grandeur est de 1 °C).
En outre, en se basant sur les données de l'institut de mécanique céleste et de calcul des éphémérides, on peut constater que, pour l'hémisphère nord, la demi-année froide (automne-hiver) dure environ une semaine de moins que la demi-année chaude (printemps-été). Par exemple, pour 2013-2014, l'écart peut être estimé à 7 d 13 h 31 min. La raison est l'application de la deuxième loi de Kepler ou loi des aires. La Terre, en effet, tourne autour du soleil plus vite près du périhélie que de l'aphélie du fait de la gravité plus importante du Soleil.

sexta-feira, janeiro 03, 2014

Thomas Bangalter, dos Daft Punk, nasceu há 39 anos

Thomas Bangalter, nascido a 3 de janeiro de 1975, é produtor musical e o fundador do grupo de música eletrónica Daft Punk, tendo também produzido música para a banda Stardust, e para o filme Irreversible. Thomas tem a sua própria gravadora, chamada Roulé. Fora da produção musical, Thomas é realizador e director de fotografia. Bangalter é filho de Daniel Vangarde e tem uma irmã que vive no Brasil, no Rio de Janeiro, adotada por outra familia. Reside em Beverly Hills, na Califórnia, com a sua mulher, a actriz francesa Élodie Bouchez, e os seus dois filhos, Tara-Jay e Roxan.

Biografia
Thomas Bangalter começou a tocar piano com a idade de seis anos. Bangalter afirmou, em entrevista, que seus pais eram rigorosos em manter a sua prática, o que ele lhes agradeceria mais tarde. O seu pai, Daniel Vangarde, era um famoso produtor de música e compositor para artistas, tais como os Gibson Brothers, Ottawan e Sheila B. Devotion. Conforme expresso por Bangalter: "Eu nunca tive qualquer intenção de fazer o que meu pai estava fazendo."
Bangalter conheceu Guy-Manuel de Homem-Christo quando frequentavam a escola Lycée Carnot, em 1987. Foi aí que eles descobriram o seu fascínio mútuo com os filmes e música dos anos 60 e 70, "coisas básicas de culto adolescente, desde Easy Rider a Velvet Underground. "Eles e Laurent Brancowitz acabaram formando um trio de indie rock chamado Darlin, no qual Bangalter tocava guitarra e baixo. Bangalter considerou que "Foi talvez ainda mais uma coisa adolescente nessa altura. É como, você sabe, todo mundo quer estar numa banda.". Uma análise negativa refere-se ao ato como "um bando de punks bobos (Daft Punk em inglês)", que inspiraram o novo nome para Bangalter e Homem-Christo.
Pouco antes de atingir a idade de 18 anos, a Daft Punk cresceu, com os seus elementos interessados em música eletrónica, o que levou Brancowitz a deixar o grupo, para a prossecução de esforços com os colegas parisienses da banda Phoenix. Em 1993, Bangalter apresentou uma demonstração de material para Stuart Macmillan, dos Slam, que levou ao seu primeiro single "The New Wave". Daniel Vangarde deu conselhos valiosos à dupla. "Ele ajudou-nos a conhecer a situação das gravadoras e como elas funcionam. Sabendo isso, nós fizemos algumas opções, a fim de conseguir aquilo que queríamos."
Daniel Vangarde recebeu agradecimentos pelos seus esforços, nas notas de reconhecimentos de Homework. O título do álbum é atribuído em parte ao facto de que Homework foi gravado no quarto de Bangalter. Como ele comentou: "Eu tive que passar a cama para outra sala para ter espaço para o material." Nos anos seguintes do lançamento de 1997, Bangalter centrava-se na sua própria gravadora, Roulé ("rolar", em francês). A gravadora lançava singles de Romanthony, Roy Davis Jr., do próprio Bangalter, entre outros. Bangalter colaborou com Alan Braxe e Benjamin Diamond e lançou, em 1998, o hit "Music Sounds Better with You". Assim como para o Homework, o single foi gravado no estúdio da casa de Bangalter.
Em torno da mesma época de "Music Sounds Better with You", Bangalter co-produziu o segundo single de Bob Sinclar "Gym Tonic". A canção utilizava amostras de um video de exercícios de Jane Fonda. Fonda posteriormente recusou permissão para o uso da amostra. Uma banda chamada Spacedust lançou um single chamado "Gym and Tonic", que recria elementos de "Gym Tonic" e "Music Sounds Better with You". A música tornou-se número um no Reino Unido.
Em 1998, Bangalter e Homem-Christo colaboraram com Romanthony no que se tornaria a primeira das sessões de Discovery. Uma das faixas produzidas, "One More Time" se tornou o mais bem sucedido single da Daft Punk, em 2000. Bangalter também realizou, num sintetizador Yamaha CS-60, a faixa "Embuscade", no álbum de estreia de Phoenix, United, que foi lançado no mesmo ano. Ele também fez equipe com DJ Falcon sob a denominação Together para lançar o seu single, com o mesmo nome, em 2000. Em 2002, Bangalter foi pai de um filho, com a atriz Élodie Bouchez, chamado Tara-Jay.
Juntos lançaram o single "So Much Love to Give", em 2003. A faixa "Call on Me" de Eric Prydz foi inicialmente pensada para ser um acompanhamento de Together, devido à semelhança entre as duas canções e do uso da faixa pelo DJ Falcon nos seus espetáculos.
Entre 13 de setembro e 9 de novembro de 2004, Bangalter e Homem-Christo produziram e misturaram faixas para o seu álbum Human After All. Pouco depois, mudou-se para a sua actual casa, em Beverly Hills, Califórnia. A mudança é atribuível à carreira de Bouchez em Hollywood e pelo interesse no cinema de Bangalter. Em 2 de junho de 2008 Bouchez deu à luz o seu segundo filho com Bangalter, Roxan.