sexta-feira, agosto 09, 2013

Né Ladeiras - 54 anos

Foto rara da cantora.
Né Ladeiras, é o nome artístico da cantora portuguesa Maria de Nazaré de Azevedo Sobral Ladeiras (Porto, 10 de agosto de 1959).
Nasceu numa família com grandes afinidades com a música. A mãe cantava em programas de rádio, o pai tocava viola e o avô materno tocava guitarra portuguesa, braguesa, cavaquinho e instrumentos de percussão. Com 6 anos participa no Festival dos Pequenos Cantores da Figueira da Foz. Durante a sua adolescência integra vários projectos musicais, entre os quais um duo acústico formado com uma amiga da escola.

A sua carreira musical começou realmente com a fundação, em 1974, com diversos amigos, da Brigada Victor Jara, projecto no qual tocavam sobretudo música latino-americana tendo participado em diversas campanhas de animação cultural do MFA (Movimento de Forças Armadas) e de trabalho voluntário. O interesse do grupo pela música tradicional portuguesa só se manifesta nos últimos meses de 1976, após realizarem diversos espectáculos pelo país e aí "descobrirem" as potencialidades e qualidade da nossa tradição musical.
Em 1977, na sequência de uma actuação na FIL (Feira Internacional de Lisboa), mantêm contactos com a editora Mundo Novo (associada à editorial Caminho), para a qual gravam, durante dois dias, o álbum Eito Fora, que é editado nesse mesmo ano. Né Ladeiras interpreta, neste disco, um dos temas mais conhecidos, Marião com base num tradicional de Trás-os-Montes.
No ano seguinte, Né Ladeiras participa ainda nas gravações do segundo álbum da Brigada Victor Jara intitulado Tamborileiro. Em 1979, após se separar da Brigada, Né Ladeiras junta-se ao agrupamento Trovante, ainda antes de este alcançar sucesso, com o qual grava o single Toca a Reunir.
Na altura da gravidez do seu primeiro filho, Né Ladeiras fica em casa e é nessa altura que é convidada pelos Trovante que já andavam há muito tempo à procura de uma voz feminina. Fizeram alguns espectáculos e toda a preparação de Baile do Bosque. Quase todas as músicas da maqueta apresentada às editoras eram cantadas por Né Ladeiras.
Entre 1980 e 1982, integra um dos projectos mais inovadores da música portuguesa, a Banda do Casaco, fundada em 1973 por Nuno Rodrigues e António Pinho (ex- Filarmónica Fraude). Né Ladeiras participa na gravação dos álbuns No Jardim da Celeste (em 1981) e Também Eu (em 1982) que incluíam alguns dos maiores sucessos do grupo, como sejam Natação Obrigatória e Salvé Maravilha.
O primeiro trabalho a solo de Né Ladeiras, Alhur, é editado em 1982 pela Valentim de Carvalho. O disco, um EP (ou máxi-single) composto por quatro temas da autoria de Miguel Esteves Cardoso (letras) e Né Ladeiras (músicas), regista a participação de Ricardo Camacho na produção e dos Heróis do Mar como músicos de estúdio. Alhur é um disco que fala de águas, desde as águas régias do pensamento às águas salgadas dos oceanos e das lágrimas.
Né Ladeiras retribuiu, nesse mesmo ano, a colaboração com os Heróis do Mar, participando no maxi-single de Amor, que se tornou um grande êxito comercial.
Colabora com Miguel Esteves Cardoso num duplo álbum intitulado Hotel Amen que não chega a ser gravado.
Em 1984 é editado pela Valentim de Carvalho o álbum, Sonho Azul, com produção de Pedro Ayres Magalhães (membro dos Heróis do Mar e futuro mentor dos Madredeus e Resistência), que também assina as letras e partilha, com Né Ladeiras, a composição das músicas. O disco é dedicado a todas as pessoas que fizeram do cinzento um "Sonho azul" e ao filho Miguel. Dos oito temas, os que obtém maior notoriedade são: Sonho Azul, Em Coimbra Serei Tua e Tu e Eu.
Participa no Festival RTP da Canção de 1986 com Dessas Juras que se Fazem, um inédito de Carlos Tê e Rui Veloso.
Em 1988 integra o projecto Ana E Suas Irmãs, idealizado por Nuno Rodrigues - seu colega na Banda do Casaco e então director da editora Transmédia. O grupo concorre ao Festival RTP da Canção de 1988 com o tema Nono Andar, sendo apresentado como um conjunto mistério. No entanto, Né Ladeiras não participa no certame, colaborando apenas na edição em single.
Em 1989 lança um álbum dedicado à atriz sueca Greta Garbo, Corsária, fruto de um projecto de pesquisa, o que, aliás, é bem característico do trabalho a solo de Né Ladeiras. A produção e arranjos estiveram a cargo de Luís Cília. As músicas são compostas por si, sendo as letras da autoria de Alma Om. O disco não obtém uma grande divulgação, principalmente porque a editora abre falência pouco tempo após a edição do disco.
Colabora igualmente com a rádio, outra das suas paixões, em rádios de Coimbra, Antena 1 e TSF. E, posteriormente, em resultado de algum desencantamento com a música, retira-se da actividade musical.
Em 1993 participa nas gravações de Matar Saudades,tema bónus incluído na edição em CD do disco Banda do Casaco com Ti Chitas.
Entre Janeiro de 1993 e Outubro de 1994, Né Ladeiras grava, com produção de Luís Pedro Fonseca, o seu terceiro álbum, Traz-os-Montes, uma produção da Almalusa com edição da EMI-Valentim de Carvalho, que resulta de dois anos de pesquisa de material relacionado com a música e a cultura tradicionais transmontanas (onde veio a descobrir raízes na família), nomeadamente as recolhas efectuadas por Michel Giacometti e por Jorge e Margot Dias. O disco recebeu o Prémio José Afonso.
A qualidade de temas como Çarandilheira e Beijai o Menino fazem deste disco, que é a revisitação de temas tradicionais transmontanos interpretados em dialecto mirandês, a sua obra-prima e um dos melhores discos de sempre da música portuguesa.
No Natal de 1995 é editado o disco Espanta Espíritos, disco de natal idealizado e produzido por Manuel Faria (seu colega nos tempos dos Trovante), no qual participam diversos artistas, entre os quais se destaca Né Ladeiras que interpreta o tema "Estrela do Mar" com letra de João Monge e música de João Gil.
Em 1996 participa na compilação A Cantar com Xabarin, Vol. III e IV, proposta pelo programa da TV Galiza, com o tema Viva a Música! composto por Né Ladeiras e Bruno Candeias, no qual participam, nos coros, os seus filhos Eduardo e João.
O álbum Todo Este Céu, editado em (1997), é inteiramente dedicado às canções de Fausto, compositor popular português.
No álbum-compilação A Voz e a Guitarra faz incluir o tema As Asas do brasileiro Chico César e uma nova versão de La Molinera que conta com a participação do guitarrista Pedro Jóia.
Durante a Expo '98 partilha Afinidades com Chico César numa iniciativa que "desafia cantoras nacionais a conceberem um espectáculo para o qual convidam um ou uma vocalista que seja para elas uma referência." Os dois intérpretes participam igualmente no programa Atlântico da RTP/TV Cultura.
Em 1999 inicia no Castelo de Montemor-o-Velho as gravações de um disco de cantares religiosos e pagãos com a produção de Hector Zazou. Nele participam músicos portuguesas como os Gaiteiros de Lisboa, Pedro Oliveira, João Nuno Represas, passando por um grupo de adufeiras do Paul e ainda a colaboração, em algumas faixas, de Brendan Perry, Ryuichi Sakamoto e John Cale. Por divergências de reportório com o mítico produtor, Né Ladeiras decide não continuar com as gravações e dá por finda a sua realização. Meses mais tarde outros nomes são indicados para a produção do disco Tim Whelan e Hamilton Lee dos Transglobal Underground e novos arranjos são elaborados pelos músicos britânicos. Apesar dos esforços da cantora e dos novos produtores o álbum não chega a ser gravado.
Colabora no disco Sexto Sentido que marcou o regresso da Sétima Legião. Em 2000 é editada a colectânea Cantigas de Amigos com produção de João Balão e Moz Carrapa.
Anamar, Né Ladeiras e Pilar Homem de Melo juntaram-se em concerto, por iniciativa de Tiago Torres da Silva, em dois concertos realizados no mês de Novembro de 2000.
O álbum Da Minha Voz, de (2001), têm várias músicas do brasileiro Chico César e teve lançamento no Brasil em espetáculos realizados em São Paulo, com a orquestra do Teatro Municipal de São Paulo e com o grupo Mawaca. A imprensa brasileira teceu críticas positivas e elogiou, sobretudo, a voz grave e segura de Né Ladeiras. O disco conta com a participação de Ney Matogrosso, curiosamente cantando sozinho o tema "Sereia".
Ao mesmo tempo foi delineando outros projectos: um disco inspirado nas pinturas de Frida Kahlo e um outro disco de homenagem à escritora Isabelle Eberhardt (escritora convertida ao Islão, autora de "Escritos no Deserto") contando, para isso, com as letras de Tiago Torres da Silva.
É editada uma compilação com os discos "Alhur" e "Sonho Azul".
Em abril de 2010 iniciou a gravação de um novo disco com composições suas e letras de Tiago Torres da Silva na alcaidaria do castelo de Torres Novas. Conta com as participações de Vasco Ribeiro Casais (Dazkarieh), Nuno Patrício (Blasted Mechanism), Francesco Valente (Terrakota), Corvos, Lara Li e Mísia.




Sharon Tate, esposa de Roman Polanski e grávida de oito meses, foi brutalmente assassinada há 44 anos

Sharon Marie Tate (Dallas, 24 de janeiro de 1943Los Angeles, 9 de agosto de 1969), foi uma atriz norte-americana e uma das mulheres mais bonitas do cinema da década de 1960. Morreu de maneira trágica, brutalmente assassinada, aos oito meses de gravidez, pelas mãos da famigerada Família Manson, seita de jovens seguidores de Charles Manson.
Considerada uma das melhores promessas do cinema e sex symbol de Hollywood, na época de sua morte, aos 26 anos, já era conhecida mundialmente, estava casada com o diretor polaco Roman Polanski, havia participado em sete filmes, trabalhado como modelo para comerciais e revistas de moda e tinha sido indicada para o Globo de Ouro pelo filme O Vale das Bonecas, de 1967.
Uma década após o seu assassinato, a sua mãe, Doris Tate, em resposta a um crescente status cult que envolvia os seus assassinos e temerosa de que eles pudessem conseguir liberdade condicional - apesar de condenados à prisão perpétua - organizou uma campanha pública contra o que ela considerava deficiências no sistema correcional da Califórnia. A campanha resultou em emendas criadas na lei criminal do estado, que passou a permitir a vítimas de crimes e aos seus familiares a participação com depoimentos durante o julgamento ou pedidos de liberdade condicional de criminosos condenados. Ela foi a primeira pessoa nos Estados Unidos a ter o direito de se expressar, em audiência oficial após a aprovação da nova lei, o que fez durante a audiência do pedido de liberdade condicional de um dos assassinos de sua filha, Tex Watson. Ela acreditava que a mudança na lei havia dado à Sharon Tate a dignidade que lhe havia sido retirada pelos seus assassinos e que por isso ela agora era capaz de transformar o legado de Sharon de vítima de assassinato em símbolo das vítimas de crimes de morte.
 

Whitney Houston nasceu há 50 anos!

Whitney Elizabeth Houston (Newark, 9 de agosto de 1963 - Los Angeles, 11 de fevereiro de 2012) foi uma cantora norte-americana de R&B, pop, gospel, além de atriz e modelo. Whitney Houston foi a artista mais premiada de todos os tempos, segundo o Guinness World Records; a sua lista de prémios inclui dois Emmy Awards, seis Grammy Awards, trinta Billboard Music Awards, 22 American Music Awards, num total de 415 prémios conquistados na sua carreira até 2010.
Houston também foi uma das artistas mais bem sucedidas do mundo da música, tendo vendido mais de 200 milhões de cópias em todo o mundo. Inspirada por vários cantores de soul de destaque em sua família, incluindo a mãe, Cissy Houston, as primas Dionne Warwick e Dee Dee Warwick, bem como sua madrinha, Aretha Franklin, Houston começou a cantar com o coral gospel júnior da Nova igreja de Jersey aos 11 anos de idade. Depois que ela começou a atuar ao lado de sua mãe em casas noturnas na cidade de Nova York, ela foi descoberta por Clive Davis, empresário da Arista Records. Até o presente, Houston lançou seis álbuns de estúdio e três álbuns de trilha sonora, todos eles certificados com diamante, multiplatina, platina e ouro pela Recording Industry Association of America (RIAA).
Seu álbum de estreia autointitulado, lançado em 1985, se tornou o álbum de estreia mais vendido por uma artista feminina, com 25 milhões de cópias comercializadas. Seu segundo álbum, Whitney (1987), tornou-se o primeiro álbum de uma artista feminina a estrear em primeiro lugar na Billboard 200. Whitney alcançou grandes sucessos nas paradas de música popular, bem como sua proeminência na MTV, começando com seu vídeo de How Will I Know, permitiu várias artistas femininas afro-americanas seguirem seu sucesso. O primeiro papel de Houston no cinema foi no filme O Guarda-Costas (1992), no qual fez um enorme sucesso como protagonista. A trilha sonora original do filme ganhou o Grammy 1994 de Álbum do Ano. Seu primeiro single, I Will Always Love You, se tornou o mais vendido por uma artista feminina na história da música. O álbum é o único de uma artista feminina entre os cinco mais vendidos de todos os tempos, ocupando o quarto lugar. Houston continuou como estrela de filmes e contribuiu com a banda sonora dos mesmos, inclusive com os filmes Waiting to Exhale (1995) e The Preacher's Wife (1996). Três anos após o lançamento de seu quarto álbum, My Love Is Your Love (1998), Whitney renovou seu contrato com a gravadora Arista Records. Ela lançou o seu quinto álbum de estúdio, Just Whitney, em 2002, e o álbum de Natal com o título One Wish: The Holiday Album em 2003. No meio de uma ampla cobertura dos media da sua turbulência pessoal e profissional, Houston terminou o seu casamento de 14 anos com o cantor Bobby Brown, em 2006. Em 2009, Houston lançou o seu sétimo e último álbum de estúdio, I Look to You.
Whitney foi reconhecida internacionalmente como uma das maiores artistas de todos os tempos, devido ao seu talento, legado e, principalmente, à sua voz marcante e lendária. Graças a esse talento vocal marcante, Whitney foi frequentemente chamada de The Voice (A Voz). Whitney é frequentemente comparada a grandes artistas do passado, como Frank Sinatra, Aretha Franklin e Elvis Presley e também está entre os 500 Maiores artistas de todos os tempos da Revista Rolling Stone. Whitney faleceu em 11 de fevereiro de 2012 e, segundo o Instituto de Criminalística de Los Angeles, a morte de Whitney Houston foi acidental. A cantora afogou-se na banheira, mas, segundo os peritos, outros dois fatores contribuíram para a morte dela: uma doença nas artérias do coração e traços de cocaína que foram encontrados durante a autópsia.

Shostakovich morreu há 38 anos

Dmitri Dmitriyevich Shostakovich (São Petersburgo, 25 de setembro de 1906 – Moscovo, 9 de agosto de 1975) foi um compositor russo e um dos mais célebres compositores do século XX.
Shostakovich ganhou fama na União Soviética graças ao mecenato de Mikhail Tukhachevsky, chefe de pessoal de Leon Trotsky, tendo mais tarde uma complexa e difícil relação com a burocracia estalinista. A sua música foi oficialmente denunciada duas vezes, em 1936 e 1948, e foi periodicamente banida. Não obstante, ele recebeu alguns prémios e condecorações estatais e serviu na Soviete Supremo da União Soviética. Apesar das controvérsias oficiais, os seus trabalhos eram populares e bem recebidos pelo público.
Após um período influenciado por Sergei Prokofiev e Igor Stravinsky, Shostakovich desenvolveu um estilo híbrido, como exemplificado pela sua ópera Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk (1934). Esta obra individual justapôs uma variedade de tendências, incluindo o estilo neoclássico (mostrando a influência de Igor Stravinsky) e o estilo pós-romântico (após Gustav Mahler).
Os trabalhos orquestrais de Shostakovitch incluem quinze sinfonias e seis concertos. A sua música de câmara inclui quinze quartetos para cordas, um quinteto para piano, duas peças para um octeto de cordas e dois trios para piano. Para piano, ele compôs duas sonatas solo, um primeiro conjunto de prelúdios e um outro conjunto mais tardio de prelúdios e fugas. Outros trabalhos incluem duas óperas e uma quantidade substancial de música para filmes.


quinta-feira, agosto 08, 2013

poesia e saudades...

(imagem daqui)

poema para uma Amiga que nos deixou

o que fica na memória
sobrevive
a doenças e quedas

in cinza (2013) – rosa oliveira


Porque, além do teu olhar tranquilo e um pouco triste,
ainda mais depois do teu acidente,
resistias à dor, dentro e fora da tua alma e corpo,
além do que, nós, os que te amávamos, imaginávamos,

a mágoa que nos assolou é inimaginável…

Lembramos agora a tua energia para superar tudo, para ajudar os amigos, e é in-
ímpio não recordar que nunca mais sofrerás, que agora estás em paz, lá onde
guardarás um lugar para todos, como antigamente no Café Safari, onde
insistirás em beber connosco a última cerveja da noite,
até que o patrão decida que se tinha(mos) de ir embora…

como vamos agora superar esta dor
onde tu nos deixaste?
morreste como quem cumpre um dever, olvidando contudo os que te amavam…

salva-nos, contudo, a tua viva memória,
as tuas fotos, a tua recordação perene, o teu cheiro,
um ou outro gesto inesquecível, como quando,
depois de tirares a carta, partiste para uma viagem noturna,
ausente e distraída, como sempre, sem ligares os faróis…
devemos, contudo, recordar que tudo o que viveste ficou entre nós,
entre as nossas memórias favoritas,
sem esquecer que fica um pouco ti no olhar e modo de ser dos teus sobrinhos…


Pedro Luna, agosto de 2013

The Edge - 52 anos

David Howell Evans (Londres, 8 de agosto de 1961) mais conhecido por seu nome artístico The Edge (ou apenas Edge), é o guitarrista, backing vocal e teclista da banda de rock irlandesa U2. Em 2003, foi considerado o 38º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
The Edge, juntamente com os colegas de Bono, compuseram recentemente uma adaptação musical do Homem-Aranha.


O paleontólogo Henry Fairfield Osborn nasceu há 156 anos

Era um especialista em mamíferos fósseis. Ele descobriu e nomeou os famosos Tyrannosaurus rex, em 1905, e Velociraptor, em 1924.
Foi laureado com a medalha Wollaston pela Sociedade Geológica de Londres, em 1926.

Holotipo do Tyrannosaurus rex

José Lezama Lima morreu há 37 anos

José Lezama Lima (Havana, 19 de dezembro de 1910 – Havana, 8 de agosto de 1976) foi um romancista, ensaísta e poeta cubano, considerado uma das figuras mais influentes da literatura latino-americana.
Nascido no Quartel Militar de Columbia, perto de Havana, na cidade de Marianao, onde o seu pai era coronel, Lezama viveu os tempos mais turbulentos da história de Cuba, lutando contra a ditadura de Machado, e mais tarde, sobrevivendo ao regime de Fidel Castro. Sendo homossexual, a sua obra literária inclui o romance barroco, semiautobiográfico, Paradiso, de (1966), a história de um jovem e das suas lutas contra misteriosas doenças, contra a morte do seu pai, e as suas sensibilidades homossexuais e poéticas em desenvolvimento. Lezama LIma coligiu ainda várias antologias de poesia cubana e colaborou nas revistas Verbum e Orígenes, sendo considerado o patriarca das Letras Cubanas na maior parte dos seus últimos anos.
Embora tenha deixado Cuba em pelo menos duas ocasiões (uma viagem à Jamaica e uma possível viagem ao México), a poesia de Lezama Lima, os seus ensaios e dois dos seus romances inspiraram-se em imagens e ideias de diversas culturas e períodos históricos. O estilo barroco que ele desenvolveu baseava-se em partes iguais na sua sintaxe influenciada por Góngora e por uma constelação assombrosa de imagens invulgares. O primeiro livro publicado de Lezama Lima, um longo poema intitulado "Muerte de Narciso", foi publicado quando ele tinha apenas vinte e sete anos, tornando-o instantaneamente famoso em Cuba e instituiu o estilo de Lezama e os seus temas clássicos.
Para além dos seus poemas e romances, Lezama Lima escreveu diversos ensaios sobre figuras da literatura mundial como Mallarmé, Paul Valéry, Góngora e Rimbaud, bem como sobre a estética barroca Latino-Americana. Muito notável são também os seus ensaios publicados como La expresión americana, descrevendo a sua visão do barroco europeu, a sua relação com os clássicos, e com o barroco Americano.
José Lezama Lima morreu em 1976 e foi enterrado no Cemitério Colon, em Havana. Foi muito influente para os escritores cubanos e porto-riquenhos da sua geração, como Virgilio Piñera, Reinaldo Arenas, René Marqués e Giannina Braschi, que representaram a sua vida nas suas obras.



Su novela Paradiso, obra cumbre del autor, fue publicada en el año 1966. Considerada por muchos críticos como una de las obras maestras de la narrativa del siglo XX, en ella confluye toda su trayectoria poética de carácter barroco, simbólico e iniciático. Fue publicada en 1970 por la editorial mexicana Era, en una edición revisada por el autor y al cuidado de Julio Cortázar y Carlos Monsiváis.
Paradiso fue calificada por las autoridades cubanas dos años más tarde como "pornográfica" debido al tema de la homosexualidad en su trama y esto sirvió de antesala a la acusación por actividades contrarrevolucionarias en 1971 que le amargó los últimos años de su existencia. Las actuales autoridades cubanas han rectificado radicalmente este enfoque de la obra de Lezama.
Profundo conocedor de Platón, los poetas órficos, los filósofos gnósticos, Luis de Góngora y las corrientes culteranas y herméticas, devoto del idealismo platónico y ferviente lector de los poetas clásicos, Lezama vivió plenamente entregado a los libros, a la lectura y a la escritura. Se ha dicho de él que fue "un escritor de palabra golosa, henchida de barruntos sobre las más extraordinarias imaginerías. En él, el vocablo se hunde, como inmenso cucharón, en un caldo que contiene todos los saberes y todos los sabores y logra extraer, inimaginablemente entremezclados, bocados que son imágenes, que son poesía. Lezama es un poeta de lo sensual; escritor de una palabra que es deleite, que es placer, que es plenitud" (Rafael Fauquié, Escribir la Extrañeza).
La estética de Lezama es la estética de la intuición y de lo intuitivo: percepción primaria donde se encuentran todas las clarividencias. Por lo que respecta a su poesía, no se alteró especialmente en la forma ni el fondo con la llegada de la Revolución y se mantuvo como una suerte de monumento solitario difícilmente catalogable. Para muchos especialistas, el conjunto de su obra representa dentro de la literatura hispanoamericana una ruptura radical con el realismo y la psicología y aporta una alquimia expresiva que no provenía de nadie. Julio Cortázar fue sin duda el primero en advertir la singularidad de su propuesta.
En 1972 recibe el Premio Maldoror de poesía de Madrid y en Italia el premio a la mejor obra hispanoamericana traducida al italiano, por la novela Paradiso.
Falleció el 9 de agosto de 1976 a consecuencia de las complicaciones del asma que padecía desde niño. A pesar de su escasa difusión editorial, la obra de José Lezama Lima sigue trascendiendo más allá del tiempo y las fronteras. Muchos poetas y narradores cubanos, latinoamericanos y españoles posteriores a él siguen admitiendo la influencia significativa que la propuesta de Lezama ha tenido en ellos: el caso más notorio sea quizás el de Severo Sarduy, que postuló su teoría del neobarroco a partir del barroco de Lezama.
Siendo hermético por instinto y por el exceso expresivo, busca la revelación del misterio de la poesía. Fue un poeta religioso que, como San Juan de la Cruz, hace prevalecer el sentir sobre el decir.
Lezama consiguió devolver a la poesía su esencia, pues en algún momento descendió hasta la inutilidad de la palabra usada y ya desprovista de música. Él estructuró un sistema poético del mundo sin importarle la dificultad que su lectura entrañaba para todos los lectores: quiso explicar el conocimiento del mundo desde la otra orilla, de lo desconocido, de lo otro y en ese recorrido lograr el desvelamiento de un nuevo ser nacido de la oscuridad: la poesía.
José Lezama Lima crea un sistema para explicar el mundo a través de la metáfora y especialmente de la imagen. Su famosa frase lo resume: "la imagen es la realidad del mundo invisible".


AH, QUE TÚ ESCAPES

Ah, que tú escapes en el instante
en el que ya habías alcanzado tu definición mejor.
Ah, mi amiga, que tú no quieras creer
las preguntas de esa estrella recién cortada,
que va mojando sus puntas en otra estrella enemiga.
Ah, si pudiera ser cierto que a la hora del baño,
cuando en una misma agua discursiva
se bañan el inmóvil paisaje y los animales más finos: antílopes, serpientes de pasos breves, de pasos evaporados,
parecen entre sueños, sin ansias levantar
los más extensos cabellos y el agua más recordada.
Ah, mi amiga, si en el puro mármol de los adioses
hubieras dejado la estatua que nos podía acompañar,
pues el viento, el viento gracioso,
se extiende como un gato para dejarse definir.


in Enemigo Rumor (1941) - José Lezama Lima

quarta-feira, agosto 07, 2013

Políbio Gomes dos Santos nasceu há 102 anos

(imagem daqui)

Políbio Gomes dos Santos (Ansião, 7 de agosto de 1911 - Ansião, 3 de agosto de 1939, foi um poeta português.
Políbio frequentou o Instituto Militar dos Pupilos do Exército em Lisboa e terminou os seus estudos liceais em Coimbra, tendo aí ingressado na Faculdade de Letras e Direito.
Devido a ter adoecido, em setembro de 1938, com tuberculose, esteve internado no Sanatório da Guarda.
Foi um dos colaboradores dos Cadernos da Juventude, da Presença, do Sol Nascente e do O Diabo, assim como fez parte do grupo Novo Cancioneiro, de tendência neo-realista.
Actualmente, existe o prémio literário Políbio Gomes dos Santos, em homenagem ao poeta.
Epitáfio

Menino, bem menino, fiz o meu balão
Papel de seda às cores...
- Tantas eram!
Ai, nunca mais as vi, nos olhos se perderam.
Quando a tarde morria o meu balão subiu
E tão direito ia, tão veloz correu
Que eu disse: "Vai tombar a Lua
E talvez queime o céu."

Anoiteceu.
E no horizonte o meu balão era uma rosa
Vermelha, não minha, aflitiva,
Murchando,
Poisando na água pantanosa
De além.

Ninguém o viu.

Ninguém colheu a angústia dum balão ardendo.
Somente a água verde rebrilhou acesa,
Clamorosa e podre,
Como nos incêndios de Veneza
E rãs, acreditando o mal mortal e seu
Foram fugindo, pela noite fria,
Do balão que ardeu.


Ó tu, quem sejas, o balão fui eu!



Políbio Gomes dos Santos

Caetano Veloso - 71 anos

Caetano Emanuel Viana Teles Veloso (Santo Amaro, Bahia, 7 de agosto de 1942), mais conhecido como Caetano Veloso, é um músico, produtor, arranjador e escritor brasileiro. Com uma carreira que já ultrapassa quatro décadas, Caetano construiu uma obra musical marcada pela releitura e renovação e considerada amplamente como possuidora de grande valor intelectual e poético. Embora desde cedo já tivesse aprendido a tocar violão em Salvador, escrito entre os anos de 1960 e 1962 críticas de cinema para o Diário de Notícias e conhecido o trabalho dos cantores de rádios e dos músicos de bossa nova (notavelmente João Gilberto, o seu "mestre supremo" e com quem dividiria o palco anos mais tarde), Caetano iniciou seu trabalho profissionalmente apenas em 1965, com o compacto "Cavaleiro/Samba em Paz", enquanto acompanhava a irmã mais nova, Maria Bethânia, nas suas apresentações nacionais do espetáculo Opinião, no Rio de Janeiro.
Nessa década, conheceu Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, participou dos festivais de música popular da Rede Record e compôs bandas sonoras de filmes. Em 1967, saiu o seu primeiro LP, Domingo, com Gal Costa, e, no ano seguinte, liderou o movimento chamado Tropicalismo, que renovou o cenário musical brasileiro e os modos de se apresentar e criar música no Brasil, através do disco Tropicalia ou Panis et Circencis, ao lado de vários músicos. Em 1968, face ao endurecimento do regime militar no Brasil, compôs o hino "É Proibido Proibir", que foi desclassificado e amplamente vaiado durante o III Festival Internacional da Canção. Em 1969, foi preso pelo regime militar e partiu para um exílio político em Londres, onde lançou o disco Caetano Veloso (1971), disco com temática melancólica e com canções compostas em inglês e endereçadas aos que ficaram no Brasil. O disco Transa (1972) representou seu retorno ao país e seu experimento com compassos de reggae. Em 1976, uniu-se a Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia para formar os Doces Bárbaros, grupo influenciado pela temática hippie dos anos 1970, lançando um disco, Doces Bárbaros, e saindo em turnê. Na década de 1980, mais sóbrio, apadrinhou e se inspirou nos grupos de rock nacionais, aventurou-se na produções dos discos Outras Palavras, Cores, Nomes, Uns e Velô, e, em 1986, participou de um programa de televisão com Chico Buarque. Na década de 1990, escreveu o livro Verdade Tropical (1997), e o disco Livro (1998) ganhou um Prémio Grammy em 2000, na categoria World Music. Com o disco A Foreign Sound, cantou clássicos norte-americanos. Em 2006, lançou o álbum , fruto de sua experimentação com o rock e o underground. Unindo estes géneros ao samba, Zii e Zie, de 2009, fechou a parceria com a Banda Cê.
Caetano Veloso é considerado um dos artistas brasileiros mais influentes desde a década de 1960, tendo já sido chamado de "aedo pós-moderno". Em 2004, foi considerado um dos mais respeitados e produtivos músicos latino-americanos do mundo, tendo mais de cinquenta discos lançados e canções em bandas sonoras de filmes como Hable con Ella, de Pedro Almodovar e Frida, de Julie Taymor. Ao longo de sua carreira, também se converteu numa das personalidades mais polémicas e com maior força de opinião no Brasil. É uma das figuras mais importantes da música popular brasileira e considerado internacionalmente um dos melhores compositores do século XX, sendo comparado a nomes como Bob Dylan, Bob Marley, John Lennon e Paul McCartney.
Foi eleito pela revista Rolling Stone, o 4º maior artista da música brasileira de todos os tempos pelo conjunto da obra, e pela mesma revista, o 8º maior cantor brasileiro de todos os tempos.
  

Bruce Dickinson, o vocalista da banda Iron Maiden, faz hoje 55 anos!

Paul Bruce Dickinson (7 de agosto de 1958), nascido em Nottinghamshire, Inglaterra é um cantor, compositor, piloto, historiador, esgrimista, locutor de rádio, autor, roteirista e, inicialmente, diretor de marketing, mais conhecido como o vocalista da banda de heavy metal Iron Maiden.
Bruce começou a sua carreira musical em pequenas bandas na escola e na faculdade, como a banda Styx em 1976, Speed (em 1977 e 1978) e Shots no começo de 1979. Ele entrou, então, na banda Samson no fim de 1979, onde ganhou um pouco de popularidade com o nome artístico "Bruce Bruce." Ele saiu dos Samson em 1981 para entrar nos Iron Maiden, substituindo Paul Di'Anno, e estreando no álbum The Number of the Beast. Durante a sua primeira participação na banda, foram lançados vários álbuns de sucesso, resultando na fama mundial de Bruce, que se tornou um dos vocalistas de heavy metal mais conceituados.
Bruce saiu dos Maiden em 1993, para seguir com sua a carreira a solo, sendo substituído por Blaze Bayley, que o viu como um experiência em vários estilos de rock e metal. Bruce juntou-se aos Iron Maiden novamente em 1999 juntamente com o guitarrista Adrian Smith, com quem lançou mais 4 álbuns de estúdio. Desde então, Bruce lançou apenas mais um álbum em sua carreira solo, Tyranny of Souls. Ele é o primo mais velho de Rob Dickinson, primeiro vocalista da banda britânica de rock alternativo Catherine Wheel. O seu filho, Austin, é o vocalista da banda de metalcore Rise to Remain. No dia 19 de julho de 2011 recebeu um doutoramento honoris causa pelo Queen Mary College de Londres, pela sua contribuição para a indústria musical. Segundo a Hit Parader, Bruce Dickinson é considerado o 7º melhor vocalista de heavy metal do mundo.

  

Notícia sobre um amigo meu no Público...

Carlos Dias, um português entre a elite do xadrez 
Jorge Guimarães - 27.03.2013 

Árbitro credenciado, foi nomeado pelo presidente da FIDE para o torneio de candidatos. E fala um pouco sobre os bastidores da prova. 

Há um representante português no torneio de candidatos ao título de campeão mundial de xadrez. Só que não se trata de um jogador. Carlos Oliveira Dias é um dos três árbitros da prova, tendo sido directamente nomeado para essa função pelo presidente da Federação Internacional de Xadrez (FIDE), Kirsan Ilyumzhinov, naquela que é a mais importante arbitragem da sua carreira e um feito que nenhum outro juiz português alcançou.
Nascido em Moçambique há 53 anos, em Lourenço Marques, actual Maputo, foi ainda na infância que teve as primeiras luzes sobre xadrez, por intermédio de dois tios, que o introduziram nos segredos de Caíssa. Desde cedo se revelou mais vocacionado para a componente organizativa das provas, tendo começado a desenvolver essa vocação a nível escolar. O período conturbado da descolonização fê-lo regressar, como tantos outros, a Portugal, instalando-se na cidade de Leiria.
No início dos anos 1980 realizou as suas primeiras arbitragens a nível nacional e alcançou o título de árbitro internacional em 1997. O topo da carreira surgiria em 2010, quando lhe foi outorgado o título máximo na arbitragem, o de FIDE Lecturer, que apenas 43 árbitros no mundo inteiro possuem. Em conversa com o PÚBLICO, partilhou algumas das suas impressões sobre aquele que, para muitos, já é classificado como o mais importante torneio da história do xadrez.
No carismático Savoy Place, no centro de Londres, onde decorre a prova, tudo está organizado com o máximo de profissionalismo. O torneio foi planeado de forma rigorosa: desde o conforto providenciado aos participantes aos cuidados para evitar tentativas de fraude por uso de meios informáticos, com detectores de metais e bloqueio de sinal de Internet, passando pelo fornecimento de um tablet aos espectadores presentes, com acesso apenas a uma fonte específica de sinal, que permite seguir os comentários em directo das partidas a decorrer.
“A prova é realmente algo de especial. Desde os aspectos competitivos até aos extracompetitivos, tudo foi programado ao detalhe.
As peças são um modelo novo, com design especial e exclusivo. As próprias transmissões são inovadoras”, continua Carlos Dias. Aponta como único senão o ritmo de reflexão utilizado, sem incremento de tempo por jogada nos primeiros 60 lances e, a partir daí, com 30 segundos acrescidos, o que já valeu ao infeliz Vassily Ivanchuk três derrotas por exceder o limite estipulado de duas horas para os primeiros 40 movimentos.
Ivanchuk é apenas um dos grandes xadrezistas com os quais o árbitro português convive regularmente. “Os jogadores, de um modo geral, são simpáticos. Claro, uns mais que outros. O [Levon] Aronian chegou mesmo a juntar-se a mim e ao árbitro chefe na cerimónia de abertura e, quando lhe disse que a primeira vez que o arbitrei foi em Cappelle, em 1996, era ele um garoto, respondeu-me: ‘The good old days [Os bons velhos tempos].’ O [Boris] Gelfand, por exemplo, bebe um expresso no início e outro quase ao fim das sessões. Já nem pede... no tempo certo, lá está o café”, conta.
A visita a Lisboa da elite do xadrez mundial esteve na agenda da FIDE até há pouco tempo - estava prevista a realização do terceiro torneio da série Grand Prix na capital portuguesa -, mas, por decisão da Agon (empresa que detém os direitos de organização do evento), a prova acabou por ser desviada para Zurique, onde Carlos Dias fará a próxima arbitragem: “Com o cancelamento do torneio de Lisboa, perdemos uma boa oportunidade de dar um empurrão no nosso xadrez. Mas outras provas virão, estou certo.”
in Público - ler notícia


NOTA: o meu amigo Carlos Dias, árbitro, jogador e empresário na área do Xadrez, tem feito imenso pelo desporto que eu pratico desde longa data - os nossos parabéns pela notícia!

Há 16 anos um duplo atentado matou 223 pessoas em África

Aftermath at the US embassy in Nairobi

The 1998 United States embassy bombings were a series of attacks that occurred on August 7, 1998, in which hundreds of people were killed in simultaneous truck bomb explosions at the United States embassies in the East African capitals of Dar es Salaam, Tanzania, and Nairobi, Kenya. The date of the bombings marked the eighth anniversary of the arrival of American forces in Saudi Arabia.
The attacks were linked to local members of the Egyptian Islamic Jihad, brought Osama bin Laden and Ayman al-Zawahiri to the attention of the American public for the first time, and resulted in the U.S. Federal Bureau of Investigation placing bin Laden on its Ten Most Wanted Fugitives list. The FBI also connected the attack to Azerbaijan, as 60 calls via satellite phone were placed by Bin Laden to associates in Baku regarding the strike. Fazul Abdullah Mohammed was credited for being the mastermind behind the bombings.
 
A Nissan Atlas truck, similar to that used in Dar es-Salaam

The bombings are widely believed to have been revenge for American involvement in the extradition, and alleged torture, of four members of Egyptian Islamic Jihad (EIJ) who had been arrested in Albania in the two months prior to the attacks. Between June and July, Ahmad Isma'il 'Uthman Saleh, Ahmad Ibrahim al-Sayyid al-Naggar, Shawqi Salama Mustafa Atiya and Mohamed Hassan Tita were all renditioned from Albania to Egypt, with the cooperation of the United States; the four men were accused of participating in the assassination of Rifaat el-Mahgoub, as well as a later plot against the Khan el-Khalili market in Cairo. The following month, a communique was issued warning the United States that a "response" was being prepared to repay them for their interference.
According to journalist Lawrence Wright, the Nairobi operation was named after the Holy Kaaba in Mecca; the Dar es Salaam bombing was called Operation al-Aqsa in Jerusalem, but "neither had an obvious connection to the American embassies in Africa. Bin Laden initially said that the sites had been targeted because of the 'invasion' of Somalia; then he described an American plan to partition Sudan, which he said was hatched in the embassy in Nairobi. He also told his followers that the genocide in Rwanda had been planned inside the two American embassies."
Wright concludes that bin Laden's actual goal was "to lure the United States into Afghanistan, which had long been called 'The Graveyard of Empires.'" According to a 1998 memo authored by Mohammed Atef and seized by the FBI, around the time of the attacks, al-Qaeda had both an interest in and specific knowledge of negotiations between the Taliban and the American-led gas pipeline consortium CentGas.
In May 1998, a villa in Nairobi was purchased by one of the bombers for the purpose of accommodating bomb building in the garage. Sheikh Ahmed Salim Swedan purchased a beige Toyota Dyna truck in Nairobi and a 1987 Nissan Atlas refrigeration truck in Dar es Salaam. Six metal bars were used to form a "cage" on the back of the Atlas to accommodate the bomb.
In June 1998, KK Mohamed rented House 213 in the Illala district of Dar es Salaam, about four miles (6 km) from the U.S. Embassy. A white Suzuki Samurai was used to haul bomb components hidden in rice sacks, from House 213.
In both Nairobi and Dar es Salaam, Mohammed Odeh supervised construction of two massive, 900kg destructive devices. The Nairobi bomb was made of 400 to 500 cylinders of TNT (about the size of soda cans), aluminum nitrate, aluminum powder and detonating cord. The explosives were packed into some twenty specially designed wooden crates that were sealed and then placed in the bed of the trucks. Muhsin Musa Matwalli Atwah ran a wire from the bomb to a set of batteries in the back of the truck cab and then to a detonator switch beneath the dashboard. The Dar es Salaam bomb used a slightly different construction: the TNT was attached to fifteen oxygen tanks and gas canisters, and was surrounded with four bags of ammonium nitrate fertilizer and some sand bags to tamp and direct the blast.
The bombings were scheduled for August 7, the eighth anniversary of the arrival of American troops in Saudi Arabia, likely a choice by Osama bin Laden.
 
Attacks and casualties
On August 7, between 10:30 am and 10:40 am local time (3:30–3:40 am Washington time), suicide bombers in trucks laden with explosives parked outside the embassies in Dar es Salaam and Nairobi, and almost simultaneously detonated. In Nairobi, approximately 212 people were killed, and an estimated 4,000 wounded; in Dar es Salaam, the attack killed at least 11 and wounded 85. Seismological readings analyzed after the bombs indicated energy of between 3–17 tons of high explosive material. Although the attacks were directed at American facilities, the vast majority of casualties were local citizens; 12 Americans were killed, including two Central Intelligence Agency employees in the Nairobi embassy, Tom Shah and Molly Huckaby Hardy, and one Marine, Sergeant Jesse Aliganga, a Marine Security Guard at the Nairobi embassy.
While driver Azzam drove the Toyota Dyna quickly toward the Nairobi embassy along with Mohamed Rashed Daoud Al-Owhali, local security guard Benson Okuku Bwaku was warned to open the gate immediately – and fired upon when he refused to comply. Al-Owhali threw a stun grenade at embassy guards before exiting the vehicle and running off. Osama bin Laden later offered the explanation that it had been Al-Owhali's intention to leap out and shoot the guards to clear a path for the truck, but that he had left his pistol in the truck and subsequently ran off. As Bwaku radioed to Marine Post One for backup, the truck detonated.
The explosion damaged the embassy building and flattened the neighbouring Ufundi Building where most victims were killed, mainly students and staff of a secretarial college housed here. The heat from the blast was channelled between the buildings towards Haile Selassie Avenue where a packed commuter bus was burned. Windows were shattered in a radius of nearly one kilometer. A large number of eye injuries occurred because people in buildings nearby who had heard the first explosion of the hand grenade and the shooting went to their office windows to have a look when the main blast occurred and shattered the windows.
Meanwhile, the Atlas truck in Dar es Salaam was being driven by Hamden Khalif Allah Awad, known as "Ahmed the German" due to his blonde hair, a former camp trainer who had arrived in the country only a few days earlier. The death toll was less than in Nairobi as the U.S. embassy was located outside the city center on Bagamoyo Road on a large plot with no immediate neighbours close to the gate where the explosion occurred.
Following the attacks, a group calling itself the "Liberation Army for Holy Sites" took credit for the bombings. American investigators believe the term was a cover used by Egyptian Islamic Jihad, who had actually perpetrated the bombing.
 
Aftermath and international respons
In response to the bombings, President Bill Clinton ordered Operation Infinite Reach, a series of cruise missile strikes on targets in Sudan and Afghanistan on August 20, 1998, announcing the planned strike in a prime time address on American television.
In Sudan, the missiles destroyed the Al-Shifa pharmaceutical factory, where 50% of Sudan's medications for both people and animals were manufactured. The Clinton administration claimed that there was ample evidence to prove that the plant produced chemical weapons, but a thorough investigation after the missile strikes revealed that the intelligence was false.[24]
The United Nations Security Council passed Resolution 1189 condemning the attacks on the embassies.
Both embassies were heavily damaged and the Nairobi embassy had to be rebuilt. It is now located across the road from the office of the World Food Programme for security purposes. A few months after the attacks and subsequent American missile strikes in Afghanistan, the American energy company Unocal withdrew its plans for a gas pipeline through Afghanistan.
Within months following the bombings, the United States Department of State Bureau of Diplomatic Security added Kenya to its Antiterrorism Assistance Program (ATA), which was originally created in 1983. While the addition was largely a formality to reaffirm America's commitment to fighting terrorism in Kenya, it nonetheless sparked the beginning of an active bilateral antiterrorism campaign between the United States and Kenya. The U.S. Government also rapidly and permanently increased the monetary aid to Kenya. Immediate changes included a $42 million grant targeted specifically towards Kenyan victims.
 

terça-feira, agosto 06, 2013

Jorge Amado morreu há 12 anos

Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912 - Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.
Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra são criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Os seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em fitas gravadas para cegos.
Em 1994 viu sua obra ser reconhecida com o Prémio Camões.