- O asteróide 5383 Leavitt foi assim chamado em sua homenagem.
- Quatro anos após a morte de Leavitt, o matemático sueco Gösta Mittag-Leffler considerou nomeá-la para o Prémio Nobel. A nomeação era baseada em seu trabalho de formulação da relação entre a periodicidade e a luminosidade das variáveis cefeidas. No entanto, como ela já havia falecido, ela nunca foi nomeada.
quarta-feira, dezembro 12, 2012
Henrietta Swan Leavitt, a cientista que descobriu como medir o Universo, morreu há 91 anos
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Também tu, Universo?
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Dionne Warwick nasceu há 72 anos
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Edvard Munch nasceu há 149 anos
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terça-feira, dezembro 11, 2012
O Eduardo VIII do Reino Unido abdicou há 76 anos
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O último voo tripulado à Lua chegou ao nosso satélite há 40 anos
Apollo XVII | |
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Estatísticas da missão | |
Módulo de comando | America |
Módulo lunar | Challenger |
Número de tripulantes | 3 |
Lançamento | 07.12 de 1972, 05.33 UTC, Cabo Kennedy |
Alunagem | 11.12 de 1972, 19.54.57 UTC, Taurus-Littrow |
Aterragem | 19.12 de 1972, 19.24.59 UTC |
Órbitas | 3 (Terra), 75 (Lua) |
Duração | 12 dias, 13 horas, 51 minutos e 59 seguntos |
Imagem da tripulação | |
Da esquerda para a direita: Schmitt, Evans e Cernan (sentado) |
- Eugene Cernan Comandante
- Dr. Harrison Schmitt Piloto do módulo lunar
- Ronald Evans Piloto do módulo de comando
Durante o período de descanso após a primeira AEV (Atividade Extra-Veicular, o período que os astronautas passavam fora do módulo, na superfície lunar) da Apollo XVII, Eugene Cernan praticou a arte de bate-chapas, usando fita adesiva e mapas de reserva, para substituir um guarda-lamas perdido durante o começo da primeira excursão lunar.
O que aconteceu é que, enquanto Cernan carregava equipamento no rover, no início da AEV, ele acidentalmente prendeu o seu martelo sob o guarda-lamas traseiro direito do rover e arrancou-o. Ele então prendeu o guarda-lamas com fita adesiva de volta ao lugar, com alguma dificuldade por causa da poeira que cobria tudo e impedia uma boa colagem. Mas apesar dos melhores esforços, durante o regresso ao ML, a fita soltou-se e o guarda-lamas perdeu-se. A tripulação da Apollo XVI perdeu um guarda-lamas quase do mesmo modo e, interessado em evitar problemas como superaquecimento de baterias e trincos travados no rover lunar, Cernan queria moldar um novo guarda-lamas de substituição. Enquanto eles dormiam, membros da equipe de apoio no Centro Espacial Johnson, em Houston, descobriram como fazer um guarda-lamas substituto e como prendê-lo ao ro lunar e John Young, comandante da Apollo XVI, vestiu uma roupa espacial para testá-lo. Pela manhã, Young e Cernan conversaram sobre como fazê-lo e o conserto foi um sucesso.
O primeiro passeio lunar foi um pouco frustrante para o geólogo-astronauta Schmitt, porque graças ao defeito do rover eles puderam recolher muito pouco material do solo lunar.
O Buraco-na-Parede
No segundo dia na Lua, para iniciar os trabalhos, Cernan e Schmitt dirigiram seis quilómetros para oeste, num lugar chamado Buraco-na-Parede - porque, visto e fotografado do espaço, que era a referência para denominação de todos os acidentes geográficos lunares pela NASA, ele parecia, obviamente, com um buraco numa parede - na base de uma escarpa de montanhas. Nas fotografias tiradas em órbita pela Módulo de Comando da Apollo XV, ele parecia ser um lugar por onde seria possível subir os oitenta metros até ao topo da escarpa, sem forçar as capacidades do rover lunar. Do módulo Challenger, durante o descanso, Cernan e Schmitt podiam ver uma parte do Buraco-na-Parede no horizonte, além da borda da cratera chamada Camelot. Ele estava, como Cernan o descreveu, a uma pequena distância na direção sul. A superfície era suave e apesar de estarem a a andar uma boa parte do caminho numa encosta da montanha, não precisaram de muito esforço para subir. Uma vez no topo, eles dirigiram mais um quilómetro, até ao sopé do Maciço Sul das montanhas e lá passaram uma hora recolhendo amostras de pedras soltas, roladas no alto.
Apesar de terem gasto a maioria de seu tempo de trabalho num declive bastante íngreme e precisar vigiar os lugares onde pisavam, eles acharam o declive muito pouco desconfortável, assim como a tripulação da Apollo XVI. Os dois astronautas conseguiam movimentar-se com relativa facilidade dentro de suas roupas pressurizadas e usavam as suas ferramentas de mão como bengalas para se levantarem do chão, após se abaixarem para ver mais de perto alguma pedra no solo.
A primeira paragem da dupla para recolha geológica foi tranquila, e por isso o Controle de Voo em Houston decidiu alongar a estada deles, até o máximo permitido por uma volta a pé forçada, por causa do stock de oxigénio. Com a experiência feita pela tripulação da Apollo XIV como guia, a NASA havia feito uma estimativa conservadora de que, na ocorrência de uma quebra do rover, os astronautas poderiam manter uma média de velocidade a pé no retorno de 2.7 km/h. Mantendo uma margem de reserva – mas sem margem para a capacidade de stock do Sistema de Purificação de Oxigénio – a estimativa de uma velocidade média de retorno de 2.7 km/h significava que Cernan e Schmitt teriam que deixar este local no máximo após três horas e meia de AEV.
A jornada lunar continua
Continuando o passeio, a tripulação coletava amostras sem precisar descer do rover, nem retirar o cinto de segurança, usando uma pá de cabo longo para apanhar as amostras de pedras mais vistosas do solo. O tempo nestas excursões lunares sempre era muito controlado. Enquanto Schmitt recolhia amostras, Cernan aproveitava para tirar fotos, com a nova lente de 500 mm fabricada para a NASA.
A maneira como os astronautas subiam de novo no rover lunar, após descer para observar e recolher amostras, ou tirar fotografias, era interessante: para fazer isso, eles ficavam em pé ao lado do veículo, perto de seus assentos e olhando para a frente. Pulavam para os assentos e se tivessem sorte, com a ajuda da baixa gravidade, caíam sentados na posição certa; mas, numa das vezes, Cernan errou o salto e caiu sentado no chão.
A próxima paragem da dupla estava planeada para a borda de uma pequena cratera, algumas centenas de metros a norte do Buraco-na-Parede, na base da escarpa da montanha. Os dois tiveram uma viagem algo perigosa descendo a ladeira e, quando saíram dela, Cernan pediu uma homologação de recorde de velocidade lunar, de 18 km/h. Apesar da seu pedido não poder ser controlado por fonte independente, não há dúvidas de que ele estava andando rapidamente e ainda teve que manobrar para evitar um pião na descida da encosta.
A ferramenta favorita de Schmitt era uma pá com a qual ele podia ser mais seletivo na recolha e também podia ser usada para cavar pequenas valetas. Durante a missão, ele trabalhou com uma técnica de descansar a ponta da pá no chão e descer seus dedos pela haste do cabo o suficiente para que o ato de despejar a rocha recolha dentro do saco se tornasse algo mais fácil; mas mesmo assim, a recolha de solo provou ser uma incumbência mais difícil do que havia sido para outros astronautas, que usavam equipamentos com cabos longos e pinças, como ferramentas das suas recolhas. Num certo momento, ele teve uma queda espetacular, caindo girando até ficar com mãos e joelhos no chão, e quando se levantou teve que esperar alguns minutos, para se certificar que a sua câmara não se tinha estragado. Felizmente, câmara e lentes estavam incólumes e Cernan chegou com um par de pinças para ajudar Schmitt a apanhar o material espalhado.
Solo laranja na Lua
Trinta e sete minutos após terem parado, Eugene Cernan e Harrison Schmitt estavam em movimento novamente. O próximo alvo era uma cratera chamada Shorty e todos tinham grandes esperanças de que fossem encontrado algo geologicamente pouco usual. Vista da órbita, a Shorty parecia ser sinistra e diferente. Ela localiza-se logo após a extremidade de um terreno que desabou da montanha e é muito mais escura que a região em redor. Como era típico durante as paragens geológicas da Apollo XVII, quando Cernan estacionava o rover lunar, Schmitt pulava para fora e dava uma rápida vi em volta, enquanto Cernan cuidava de limpar a poeira no rover e outros "afazeres domésticos". Eles estavam parados perto de uma grande pedra quebrada e Schmitt saiu primeiro para olhar e depois levar uma tina de recolha de amostras. Estando um pouco envergonhado com a sua primeira queda lunar, ele não começou a recolha de amostras até que Cernan estivesse pronto para ajudá-lo. Tendo visto de perto uma grande pedra arredondada e quebrada na sua frente, ele voltou para apanhar a tina e começar a apanhar amostras, quando imediatamente notou que havia algo muito pouco comum no solo que havia mexido com seus pés e parou por uma fração de segundos. Na paragem na escarpa da montanha, ele havia visto pontos coloridos no solo, os quais, após um momento de considerações, pareciam ser pontos de luz do Sol, refletidos pela chapa dourada da frente no rover. E ali na cratera Shorty, a tripulação da Apolo XVII havia achado solo cor de laranja na Lua.
Como eles podiam andar três vezes mais rápido do que a velocidade de uma caminhada a pé presumida pelos planeadores da AEV, quando Cernan e Schmitt dirigiam-se de rover em direção ao ML Challenger, o tempo necessário para a caminhada a pé deixou de ser uma coisa importante. Após andarem uma parte do caminho de volta, fizeram uma breve paragem para montar uma carga sísmica, fazer uma rápida recolha de amostras e continuaram em direção à borda sul da Cratera Camelot, uma grande cratera de impacto um quilómetro a oeste do ML.
Por cerca de vinte minutos, Cernan e Schmitt trabalharam num quadrante limitado de um campo de rochas na Camelot, conscientes do potencial de tropeçarem em algo. Recolheram amostras de rocha, amostras de solo caídos sobre as rochas por impactos próximos e compararam amostras de solo escavado entre as rochas. Trabalharam rápida e eficientemente e satisfeitos com eles próprios por um dia de trabalho bem feito, pulavam e cantavam enquanto faziam o seu caminho de volta até ao rover lunar e depois, para o ML.
O último passeio da Missão Apollo na Lua
Os planos para o terceiro e último dia eram tão desafiadores quanto os do Dia 2 e o trabalho acabou sendo igualmente recompensador. Saindo do Módulo Lunar, Cernan e Schmitt dirigiram-se para norte cerca de três quilómetros, até à base do 'Maciço Norte' e lá cruzaram 400 m de encosta para nordeste, em direção a uma grande rocha partida, que havia sido vista nas fotografias de Apollo XV. Na verdade, um certo número de rochas havia sido selecionadas nas fotos antes da missão e a rocha partida, em particular, parecia ter traços em comum. Após o pouso, Schmitt pôde escolher rochas e percursos no 'Maciço Norte' e agora, a medida que se aproximavam da montanha, se tornava evidente que os percursos no solo vistos nas fotos, como aqueles que eles tinham visto no dia anterior no 'Maciço Sul', consistiam em cadeias de depressões parecidas com crateras, escavados pelas rochas quando elas balançavam, tombavam e escorregavam pela montanha abaixo. A rocha dividida assentava exatamente abaixo de uma falha considerável na encosta e, evidentemente, tinha caído, batido no solo com força considerável, partido e escorregado alguns metros até parar. Observando em detalhe, ela havia se quebrado em cinco pedaços, tendo o maior deles de seis a dez metros num dos lados.
Apesar do lado da montanha ser consideravelmente íngreme logo acima da pedra, quando Cernan estacionou o rover, ele e Schmitt descobriram que seu trabalho seria bem difícil. Eles pouco tinham reparado sobre os detalhes da escarpa quando se dirigiam à rocha partida; mas quando pularam do rover lunar, tiveram que se inclinar para a frente a fim de ficarem em pé no talude. Nos lugares em volta da pedra, eles podiam se empertigar no sulco que ela havia cavado, mas na maior parte da hora que passaram ali, precisaram lutar contra a inclinação da montanha. Foi graças à confiança que havia sido conquistada com os trabalhos anteriores em taludes e encostas das Apollo XV e XVI – além dos dois primeiros dias de sua própria missão – que, enquanto eles riam e faziam piadas sobre o talude, não mostraram nenhuma hesitação em completar o trabalho.
Após a missão, apenas Cernan teve algum pesar com seu trabalho no penúltimo local de recolha; ele estava triste de não ter tido tempo de escrever o nome de sua filha na saliência superior coberta de poeira da rocha. Ele recolheu uma amostra da poeira e o ponto pode ser visto numa famosa fotografia tirada por Schmitt, com o vale visível ao fundo. Alan Bean, que se tornou pintor após ter ido a lua na Apollo XII, depois corrigiu a falha de Cernan pintando a cena e colocando o nome de Tracy, a filha de Cernan, no lugar. Para aqueles que conhecem a história, a rocha partida do penúltimo ponto de recolha na Lua se tornou conhecida como a Pedra de Tracy.
Se a subida até a pedra havia sido extenuante – e é importante dizer que apesar do esforço nenhum deles teve batimentos cardíacos superiores a 130 por minuto – a descida não deixou de ser divertida. Após terminar sua coleta sob a Pedra de Tracy, Cernan voltou em direção ao jipe pulando muito rápido. Quando ele se aproximava vindo pelo trilho formado pela queda da pedra, colocou muito peso sobre o seu pé direito e caiu de forma espetacular. Como o solo era macio, sem pedras protuberantes no chão e como Cernan estava em descida, a queda pareceu ser pior do que realmente foi. Na verdade, caiu bastante devagar, graças à baixa gravidade, podendo manter algum controle e aterrou em cima das mãos e dos joelhos, evitando bater com a sua câmara no chão. Era a segunda queda de um astronauta na Lua.
Neste momento, os astronautas já estavam fora do ML há cerca de cinco horas. Eles tinham estado trabalhando duro o dia inteiro, andando em terreno áspero e rugoso em volta das escarpas. Apesar do controle de Houston insistisse que eles deviam partir imediatamente, Cernan e Schmitt decidiram ficar por mais alguns minutos, de maneira que pudessem acabar a trincheira, tirar algumas fotografias e guardar algumas amostras. Trabalharam rápida e eficientemente. Houston não os interrompeu.
O encerramento da missão Apollo
Nenhuma das missões Apollo podia ser mais do que uma rápida viagem de reconhecimento a uma área de alunagem em particular, em virtude da contenção de custos de todo o Projeto Apollo. O prazo final dado em 1962 pelo Presidente John Kennedy para uma alunagem tripulada - fim da década de 60 - havia forçado a NASA a desenvolver o mais simples hardware capaz de completar uma missão de alunagem e foi devido às equipes de construtores que, na época destas missões, as tripulações pudessem passar três dias na Lua e tivessem o rover lunar para ampliar o seu alcance na superfície. Não havia mais nenhuma esperança de fazer algo, além de arranhar a superfície lunar e produzir um esboço da história geológica da Lua.
No final da missão Apollo XVII, havia amostras suficientes de lava das regiões montanhosas, para que os geólogos estivessem confiantes de terem entendido como as grandes bacias lunares, como o Mar da Serenidade, haviam sido criadas pelos impactos de meteoros, como as montanhas se tinham erguido e como os 'maria' (de lava, arrefecida durante milhões de anos na superfície lunar, se haviam formado pelas erupções de lava que venham de tempos em tempos do interior do satélite. E havia detalhes intrigantes, os quais, se não foram completamente explicados, pareciam ser consistentes com as ideias gerais. Se, por exemplo, alguns geólogos se desapontaram com o facto de não terem encontrado evidências de vulcanismo em qualquer das áreas de alunagem das Apollo, a descoberta dos solos negro e alaranjado na cratera Shorty – combinado com o subsequente mapeamento feito em órbita por Schmitt, de regiões similares por todos os lugares em volta das bordas do Mar da Serenidade – tornou fácil para os geólogos descreverem a fase de formação dos 'maria' (plural de mare) na evolução lunar.
Eugene Cernan gostava de descrever a Apollo XVII como 'o fim do começo' e, certamente, de uma perspectiva científica, a Apollo foi um começo maravilhoso.
Como estavam capacitados pelas experiências das missões anteriores, Cernan e Schmitt ficaram com todos os recordes de tempo gasto na superfície, distância percorrida, números de amostras recolhidas e quantidade de fotografias tiradas; as experiências anteriores lhes deram confiança em suas habilidades para fazer um trabalho bem feito. Como as outras tripulações, eles aprenderam rapidamente como tirar proveito das condições do ambiente lunar. Então, apesar do facto que equipamentos e procedimentos mais eficazes ainda serão produzidos no futuro para tornar possível a condução de operações lunares de maneira mais efetiva, há muito o que ainda pode ser aprendido com a experiência das missões Apollo.
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O Protocolo de Quioto foi publicado há 15 anos
- Reformar os setores de energia e transportes;
- Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
- Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
- Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos;
- Proteger florestas e outros sumidouros de carbono.
Postado por Fernando Martins às 15:00 0 bocas
Marcadores: aquecimento global, Ecologia, efeito de estufa, Protocolo de Quioto
Berlioz nasceu há 209 anos
segunda-feira, dezembro 10, 2012
Pinochet morreu há 6 anos
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Marcadores: Chile, direitos humanos, ditadores, pena de morte, Pinochet, Salvador Allende, tortura
Brian Molko, o vcocalista dos Placebo, faz hoje 40 anos!
Filho de um bancário norte-americano e de uma escocesa, a família Molko mudou bastante vezes a sua residência durante a infância de Brian, viajando por países como a Libéria, Líbano e Luxemburgo. Molko considera a cidade escocesa de Dundee, cidade natal de sua mãe, como o lugar onde cresceu.
Em 1990, Brian começou a estudar Drama na Goldsmiths College em Londres. Ele descreve a sua infância como um momento de solidão (gostava muito de ficar em seu quarto sozinho) e alienação. Começou a usar maquilhagem quando tinha apenas 11 anos de idade. Brian é fluente em francês e intolerante à lactose.
Os seus pais tentaram, durante a sua infância, educá-lo de acordo com seus padrões e o seu pai queria que ele se tornasse bancário.
As suas influências musicais incluem Depeche Mode, Dead Kennedys, Bad Religion, Sonic Youth, PJ Harvey, Nick Drake, Joy Division, Sex Pistols, The Pixies e The Cure. Molko aprendeu sozinho a tocar guitarra. Aos 16 anos, ganhou uma Telecaster falsa de presente dos pais. Rapidamente ele comprou uma guitarra verdadeira. Também toca outros instrumentos como baixo, teclado, saxofone e bateria. Ocasionalmente Molko é DJ em clubes, mas admite que não é muito bom.
Brian sempre foi alvo de muitas críticas quando esteve faculdade de Arte Dramática em Londres. Vivia sozinho já desde os 17 anos, longe dos pais. Brian afirmou a sua independência e dedicava-se muito aos estudos dramáticos, porém, a sua paixão pela música era mais forte, e todo seu dramatismo foi despejado em composições musicais.
Brian foi uma pessoa muito reprimida pelos pais, que fizeram de tudo para ele seguir uma carreira tradicional, porém, foi tudo em vão. Ele diz gostar muito de passar horas sozinho em casa, com as luzes apagadas, ouvindo a sua própria música bem alto, beber uísque e a fumar cigarros mentolados, dizendo que isso o leva ao transe.
Brian Molko teve recentemente um filho com Helena Berg, fotógrafa, ao qual deu o nome de Cody. Ele diz que o nome é uma homenagem a um amigo que morreu num acidente de carro, mas algumas pessoas acreditam que o nome é uma referência ao álbum da banda Mogwai, Come On Die Young.
Postado por Fernando Martins às 23:45 0 bocas
Marcadores: Brian Molko, guitarra, música, Placebo, Rock alternativo, Song To Say Goodbye
Otis Redding morreu há 45 anos
Otis Redding (9 de Setembro de 1941 - 10 de Dezembro de 1967) foi um influente cantor norte-americano de soul, conhecido por seu estilo passional e pelo sucesso póstumo "(Sittin' On) the Dock of the Bay".
Nascido em Macon, Geórgia, ele começou a trabalhar na indústria musical no começo dos anos 60, gravando "These Arms of Mine", que se tornou um hit. Em seguida vieram "Mr. Pitiful", "I Can't Turn You Loose", "(I Can Get No) Satisfaction" e "Respect".
Redding compunha a maioria de suas músicas, prática não muito comum na época, às vezes em parceria com Steve Cropper (do grupo Booker T. & the MG's). Em Julho de 1967 ele esteve presente no conhecido Festival Pop de Monterey.
"(Sittin' On) the Dock of the Bay" tornou-se famosa um ano depois da morte de Redding num acidente de avião no Wisconsin, juntamente com sua banda de apoio The Bar-Keys.
in Wikipédia
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Marcadores: I've Got Dreams To Remember, música, Otis Redding, soul
Clarice Lispector nasceu há 92 anos
A lucidez perigosa
Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.
Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes.
Pois sei que
- em termos de nossa diária
e permanente acomodação
resignada à irrealidade -
essa clareza de realidade
é um risco.
Apagai, pois, minha flama, Deus,
porque ela não me serve
para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir
dos modos possíveis.
Eu consisto,
eu consisto,
amém.
Clarice Lispector
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domingo, dezembro 09, 2012
Clarice Lispector morreu há 35 anos
Meu Deus, me dê a coragem
de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites,
todos vazios de Tua presença.
Me dê a coragem de considerar esse vazio
como uma plenitude.
Faça com que eu seja a Tua amante humilde,
entrelaçada a Ti em êxtase.
Faça com que eu possa falar
com este vazio tremendo
e receber como resposta
o amor materno que nutre e embala.
Faça com que eu tenha a coragem de Te amar,
sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo.
Faça com que a solidão não me destrua.
Faça com que minha solidão me sirva de companhia.
Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Faça com que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços
o meu pecado de pensar.
Clarice Lispector
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O poeta e pintor surrealista António Pedro nasceu há 103 anos
António Pedro da Costa (Cidade da Praia, 9 de dezembro de 1909 - Caminha, Moledo, 17 de agosto de 1966) foi um encenador, escritor e artista plástico português.
Maravilhosa plástica das coisas!
Tudo no seu lugar, as cores e os olhos
Lá no lugar de cada coisa, a vê-la
Com seu aspecto natural e próprio.
(Tudo para cada um, na variedade
Dos olhos de quem se admite na paisagem,
Ou como espectador,
Ou como actor,
Ambas as coisas uma, no concerto
Magnífico do mundo.)
...Sem memória, ou com memória a sê-la
Nos olhos a olhar completamente
Sem nenhum pensamento reservado:
- Olhos dados a cada coisa, ou tida
Cada coisa p’los olhos que se deram!...
Vaivém de tudo e nada, desse nada
Profético de tudo - e o tudo enorme
De cada nada afeiçoado e olhado
À feição de quem olha possuindo
E possuído, na maravilhosa
Cópula grande dos Artistas todos...
Maravilha de ter-se e ter-se dado,
Em cada olhar olhado,
E em cada cor e em cada flor mantido,
Bolindo e vendo
O sonho de se ir tendo
Realizado.
in Primeiro Volume - Canções e Outros Poemas (1936) - António Pedro
Postado por Fernando Martins às 22:30 0 bocas
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