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sábado, novembro 11, 2023

Notícia curiosa sobre o nosso Universo

O Universo é um buraco negro? Estudo diz que é possível

 

 

Astrofísicos da Universidade Nacional Australiana apresentaram uma visão geral da história térmica do nosso Universo e da sequência de objetos que se condensaram à medida que se expandia e arrefecia. Eis o resultado.

De onde vieram os objetos do Universo? Foi esta pergunta que motivou Charley Lineweaver, da Universidade Nacional Australiana, a avançar com a mais recente investigação.

“Quando o Universo começou, há 13,8 mil milhões de anos, não existiam objetos como protões, átomos, pessoas, planetas, estrelas ou galáxias. Agora, o Universo está cheio desses objetos. A resposta relativamente simples para a sua origem é que, à medida que o Universo arrefecia, todos estes objetos se condensavam a partir de um fundo quente“, sustentou, citado pela Cosmos.

Para mostrar todo este processo, a equipa de investigadores fez dois gráficos: um que mostra a temperatura e a densidade do Universo à medida que se expandia e arrefecia e um segundo que traça a massa e o tamanho de todos os objetos do Universo.

O resultado é o mapa mais abrangente já criado de todos os objetos do Universo.

 

Massas, tamanhos e densidades relativas de objetos no nosso Universo

 

O gráfico que revela o tamanho e a massa tem secções onde não há nada – uma linha de buracos negros de tamanhos diferentes separa os objetos no Universo da secção “proibida pela gravidade”, enquanto uma secção menor na parte inferior é “proibida” devido à gravidade quântica.

Partes deste enredo são ‘proibidas’ – onde os objetos não podem ser mais densos do que os buracos negros, ou são tão pequenos que a mecânica quântica confunde a própria natureza do que realmente significa ser um objeto singular”, explicou o investigador Vihan Patel.

Se, por um lado, desenhar o Universo desta forma responde a algumas perguntas, põe em evidência outras tantas questões.

“Na extremidade mais pequena, o local onde a mecânica quântica e a relatividade geral se encontram, podemos encontrar o objeto mais pequeno possível – um instantão“, disse Patel.

“Este gráfico sugere que o Universo pode ter começado como um instantão, que tem um tamanho e uma massa específicos, em vez de uma singularidade, que é um ponto hipotético de densidade e temperatura infinitas”, salientou.

“No extremo maior, o gráfico sugere que, se não houvesse nada – um vácuo completo – para além do Universo observável, o nosso Universo seria um grande buraco negro de baixa densidade. Isto é um pouco assustador, mas temos boas razões para acreditar que não é esse o caso”, acrescentou ainda.

O artigo científico foi publicado, no dia 1 de outubro, no American Journal of Physics.

 

in ZAP

quarta-feira, dezembro 12, 2012

Henrietta Swan Leavitt, a cientista que descobriu como medir o Universo, morreu há 91 anos

Henrietta Swan Leavitt (4 de julho de 1868, Lancaster, Massachusetts - 12 de dezembro de 1921, Cambridge, Massachusetts) foi uma astrónoma dos Estados Unidos da América famosa por seu trabalho sobre as estrelas variáveis.
Leavitt efetuou seus estudos no Oberlin College e na Society for Collegiate Instruction of Women (Radcliffe College) onde ela descobriu tardiamente a Astronomia. No final de seus estudos, em 1892, ela seguiu outros cursos de Astronomia.
Em 1895 ela entrou para o Harvard College Observatory como voluntária. A suas qualidades e sua vivacidade de espírito permitiram-lhe ser admitida no quadro permanente de funcionários do observatório sob a direção de Charles Pickering.
Leavitt teve poucas possibilidades de efetuar trabalhos teóricos, mas foi rapidamente nomeada à chefia do departamento de fotometria fotográfica, responsável pelo estudo das fotografias de estrelas a fim de determinar suas magnitudes, processo que envolvia a comparação do tamanho de uma estrela em duas chapas fotográficas tiradas em tempos diferentes.
Ela descobriu e catalogou 1.777 estrelas variáveis situadas nas Nuvens de Magalhães. Em 1912, a partir de seu catálogo, ela descobriu que a luminosidade das variáveis cefeidas era proporcional ao seu período de variação de luminosidade. Essa relação período-luminosidade é a base de um método de estimação das distâncias de nebulosas e de galáxias no Universo.
Os resultados de Leavitt foram usados por cientistas como Ejnar Hertzsprung, Harlow Shapley e Edwin Hubble e contribuíram significantemente para o desenvolvimento da Astrofísica e da Cosmologia.
No final da sua vida, por causa de doença, não conseguia já trabalhar, vindo a morrer de cancro em 12 de dezembro de 1921, sendo enterrada no túmulo da família no Cemitério de Cambridge.

Curiosidades
  • O asteróide 5383 Leavitt foi assim chamado em sua homenagem.
  • Quatro anos após a morte de Leavitt, o matemático sueco Gösta Mittag-Leffler considerou nomeá-la para o Prémio Nobel. A nomeação era baseada em seu trabalho de formulação da relação entre a periodicidade e a luminosidade das variáveis cefeidas. No entanto, como ela já havia falecido, ela nunca foi nomeada.

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Notícia sobre origem do Universo no Público

Morrerem há mais de 13 milhões de anos
Astrónomos descobrem restos da primeira geração de estrelas que iluminou o Universo

Foi a partir da luz vinda de um Quasar que os astrónomos identificaram o gás (NASA)

Um grupo de astrónomos descobriu gases reminiscentes das primeiras estrelas que iluminaram o Universo e que morreram há mais de 13 mil milhões de anos. Os resultados foram publicados em Dezembro na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Os gases foram descobertos com a ajuda de dois observatórios, o VLT (Very Large Telescope), que fica no Chile e o telescópio Keck, do Havai. Os astrónomos só conseguiram identificar estas moléculas devido ao reflexo da luz vinda de um Quasar distante – uma galáxia cujo centro é um buraco negro massivo que emite uma luz intensa.

“Isto foi apenas o primeiro passo, é como encontrar um fóssil”, disse à BBC News o astrónomo Max Pettini do Instituto de Astronomia de Cambridge, no Reino Unido.

As primeiras estrelas que existiram eram feitas de hidrogénio e hélio, deram luz ao Universo. Quando morreram, despejaram material que continha elementos mais complexos como oxigénio e ferro, que foi aproveitado nos sóis que as substituíram.

A descoberta fornece informação para uma das primeiras etapas do Universo, quando este começou a formar as primeiras estrelas, cerca de 200 milhões de anos depois doo Big Bang – que aconteceu há 13,7 mil milhões de anos.

Antes, o Universo era menos variado. “É um período muito pouco conhecido, mas o Universo nessa altura era um lugar bastante chato, só recheado com hidrogénio e hélio”, explicou Pettini. Não havia luz, por isso essa época é chamada de Idade das Trevas.

“E de alguma forma, a partir desse estado inicial, o Universo mudou para uma bela mistura de estrelas, planetas e galáxias que podemos ver hoje”, sintetizou o cientista. Estes primeiros elementos juntaram-se e formaram as primeiras estrelas. Até agora não se conhecia nenhuma observação que comprovasse a existência desta primeira geração de astros.

Mas a nuvem de átomos que a equipa do Reino Unido e dos Estados Unidos encontrou, é mais parecida com os gases que se pensa que estas estrelas produziriam do que com os sóis de hoje. A assinatura da nuvem tem um rácio de átomos de carbono para os átomos de ferro que é 35 vezes maior do que o do nosso Sol. Esta disparidade só poderia ser criada por uma estrela massiva, feita de hidrogénio e hélio.

“As primeiras estrelas têm sido um pouco o Graal Sagrado para os astrónomos”, disse Pettini. “Pensamos que elas tenham tido vidas furiosas e curtas. Estão todas mortas hoje, e não há forma de serem observadas directamente, nem com os telescópios mais poderosos. Por isso, o que encontrámos é o remanescente de uma dessas primeiras estrelas que se formaram no Universo. O carbono, oxigénio, ferro e gás prístino estão numa mistura que nunca foi vista antes.”

Agora que estas nuvens foram identificadas, vai ser mais fácil encontrar outros gases semelhantes. A reunião desta informação vai dar aos astrónomos uma fotografia mais correcta desta fase do Universo.