quarta-feira, dezembro 12, 2012

Henrietta Swan Leavitt, a cientista que descobriu como medir o Universo, morreu há 91 anos

Henrietta Swan Leavitt (4 de julho de 1868, Lancaster, Massachusetts - 12 de dezembro de 1921, Cambridge, Massachusetts) foi uma astrónoma dos Estados Unidos da América famosa por seu trabalho sobre as estrelas variáveis.
Leavitt efetuou seus estudos no Oberlin College e na Society for Collegiate Instruction of Women (Radcliffe College) onde ela descobriu tardiamente a Astronomia. No final de seus estudos, em 1892, ela seguiu outros cursos de Astronomia.
Em 1895 ela entrou para o Harvard College Observatory como voluntária. A suas qualidades e sua vivacidade de espírito permitiram-lhe ser admitida no quadro permanente de funcionários do observatório sob a direção de Charles Pickering.
Leavitt teve poucas possibilidades de efetuar trabalhos teóricos, mas foi rapidamente nomeada à chefia do departamento de fotometria fotográfica, responsável pelo estudo das fotografias de estrelas a fim de determinar suas magnitudes, processo que envolvia a comparação do tamanho de uma estrela em duas chapas fotográficas tiradas em tempos diferentes.
Ela descobriu e catalogou 1.777 estrelas variáveis situadas nas Nuvens de Magalhães. Em 1912, a partir de seu catálogo, ela descobriu que a luminosidade das variáveis cefeidas era proporcional ao seu período de variação de luminosidade. Essa relação período-luminosidade é a base de um método de estimação das distâncias de nebulosas e de galáxias no Universo.
Os resultados de Leavitt foram usados por cientistas como Ejnar Hertzsprung, Harlow Shapley e Edwin Hubble e contribuíram significantemente para o desenvolvimento da Astrofísica e da Cosmologia.
No final da sua vida, por causa de doença, não conseguia já trabalhar, vindo a morrer de cancro em 12 de dezembro de 1921, sendo enterrada no túmulo da família no Cemitério de Cambridge.

Curiosidades
  • O asteróide 5383 Leavitt foi assim chamado em sua homenagem.
  • Quatro anos após a morte de Leavitt, o matemático sueco Gösta Mittag-Leffler considerou nomeá-la para o Prémio Nobel. A nomeação era baseada em seu trabalho de formulação da relação entre a periodicidade e a luminosidade das variáveis cefeidas. No entanto, como ela já havia falecido, ela nunca foi nomeada.

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