sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Regina Spektor - 31 anos


Regina Spektor (Moscovo, 18 de Fevereiro de 1980), é uma cantora, compositora e pianista russa radicada nos Estados Unidos. Sua música é associada ao cenário antifolk de Nova Iorque localizado no East Village.
Regina Spektor nasceu em Moscovo, na extinta União Soviética, numa família de músicos: seu pai, um fotógrafo, era também um violinista amador, e sua mãe era uma professora de música da Universidade de Música Russa (agora ela lecciona numa escola pública em Mount Vernon, Nova Iorque). 
Regina aprendeu a tocar piano praticando em um "Petrof" que sua mãe havia recebido de seu avô. Ela também conviveu com a música de bandas de rock como The Beatles, Queen, e The Moody Blues graças a seu pai, que trouxe cassetes da União Soviética. A família deixou o país em 1989, quando Regina tinha nove anos, durante o período da Perestroika, quando era permitido que os cidadãos judeus emigrassem. Nessa ocasião, Regina teve que deixar seu piano para trás. A importância dos estudos de piano fez com que seus pais pensassem duas vezes antes de sair do país, mas por razões políticas e religiosas decidiram fazê-lo.
Viajando primeiro para a Áustria e depois para a Itália, sua família se estabeleceu no Bronx, em Nova Iorque, onde Regina se formou na SAR Academy, uma escola yeshiva de médio porte. Ela então, cursou dois anos na Frisch School e outros dois na Fair Lawn High School, onde terminou seus estudos.
Regina no começo se interessava apenas por música clássica, mas depois passou a se interessar também por hip hop, rock, e punk.

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

O sufoco - quanto falta para o grand finale?

(imagem daqui)

O tempo está mesmo a acabar

Atenção à convergência dos azuis. O tempo está a acabar, o que suscita a Win Thin, que escreve num dos melhores blogues de economia do mundo - Credit Writedowns - Some Thoughs On Portugal. Tem dedicado com alguma regularidade, nos últimos tempos, espaço a Portugal, uma excepção à regra aqui enunciada no Zero Hedge. E - já agora - se a atenção internacional tem sido pouca, valeria a pena dizer que a nulidade da imprensa local, em geral burra e/ou preguiçosa, ou simplesmente abrantina (é também só uma regra, que comporta excepções), não compensa essa negligência.

in O Cachimbo de Magritte - post de Jorge Costa

Os Morcegos e seus Habitats - encontro científico nas Grutas da Moeda



1.º Encontro Científico - Os Morcegos e seus Habitats

"É já no próximo dia 26 de Fevereiro que, no âmbito da celebração dos Anos do Morcego que se assinalam ao longo de 2011 e 2012, se realiza no nosso Centro de Interpretação Científico – ambiental o 1.º “Encontro Científico em Meio Cavernícola – Os Morcegos e seus Habitats”.

A iniciativa contará com a presença da reconhecida Bióloga Sofia Reboleira, especializada em Biologia Subterrânea, do espeleólogo Olímpio Martins, em representação do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros (PNSAC) e, ainda, com Maria João Silva, professora de Biologia/Geologia, que terá a tarefa de dissertar sobre a temática dos Morcegos.

O objectivo é o de contribuir para “a divulgação da importância dos morcegos e dos desafios de conservação que enfrentam”, para a conservação dos seus habitats, bem como dos ecossistemas de que dependem”.

O 1.º “Encontro Científico em Meio Cavernícola” tem início marcado para as 14.00 horas, ocasião em que os oradores convidados farão a apresentação do tema, seguindo-se já pelas 15.30 horas um Colóquio Itinerante no interior da Gruta da Moeda. Os interessados em participar podem fazê-lo gratuitamente, bastando proceder à respectiva inscrição através do seguinte endereço de email: info@grutasmoeda.com. O número limite de inscrições é de 30 pessoas.

Este evento tem o apoio do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade e do Centro de Ciência Viva do Alviela e será o primeiro de muitos outros “Encontros Científicos” que, ao longo do ano, serão desenvolvidos no CICA gm.

O CICA gm reforça deste modo o seu posicionamento em termos de empresa turística com consciência ambiental e ecológica, não se limitando a ser um espaço de interpretação científico da gruta enquanto monumento natural, aberto aos turistas."

Notícia na SIC sobre investigadora portuguesa de troglóbios

A nova Associação Astronómica promove workshop na Marinha Grande



Workshop – Iniciação à Astronomia – Março 2011

Realiza-se já no próximo dia 12 de Março de 2011, o primeiro Workshop de Iniciação à Astronomia de 2011 a ser efectuada este ano.
Este workshop terá lugar na Marinha Grande (Leiria) e decorrerá ao inicio da tarde. Começa às 14.00 horas com uma primeira parte de vertente teórica, com uma linguagem básica e acessível a todos, e onde onde os participantes terão acesso a muitos equipamentos para experimentar nas suas próprias mãos. A segunda parte, a parte mais prática, terá inicio após um interregno de duas horas para se lanchar ou jantar. Por volta das 20.00 horas e durante a noite dentro, terá início então a sessão nocturna, de observação astronómica.

O programa será o seguinte:
  • 14:00 – Recepção dos participantes
  • 14:30 – Inicio
    • As Coordenadas Celestes e Orientação
    • Binóculos e Observação
    • Telescópios, Tipos e Utilização
    • A Potência dos Telescópios
    • As Oculares e as Lentes Barlow
    • Filtros, para que servem
    • Montagens, Tipos e sua Utilização
    • Buscadores
    • Limpeza e Manutenção de Equipamentos
    • Observação, dicas úteis
  • 18:00 – Intervalo
  • 20:00 – Inicio da Sessão Nocturna
    • Apoio à montagem, alinhamento e preparação dos equipamentos às observações
    • Passeio pelo céu à descoberta das constelações
    • Exploração à Lua e suas crateras
    • Observação guiada a objectos do céu profundo (galáxias, enxames e nebulosas)
  • ~00:00 – Sessão sem hora de fim definido

Inscrições

Os preços das inscrições são os seguintes:
  • Sócios Ad-Astra –  20 Euros
  • Não sócios Ad-Astra – 25 Euros
Notas Importantes:
  • A realização do Workshop estará dependente de um numero mínimo de participantes.
  • A sessão nocturna está limitada às condições atmosféricas desse dia.
  • Caso não seja possível realizar a sessão nocturna por falta de condições atmosféricas, a sessão será agendada para data do Workshop seguinte ou em outra noite a divulgar. Este reagendamento não terá quaisquer custos adicionais.

    Música actual para geopedrados

    quarta-feira, fevereiro 16, 2011

    O Meu Amor Anda em Fama

    Recordar o Mestre da Guitarra portuguesa

    O Blog Geopedrados confirma - o uso de pseudopedagogias (só)cretinas prejudica o ensino-aprendizagem dos nossos alunos...



    TESTE DE FÍSICA?!

    O Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério da Educação não pára de nos espantar. Agora resolveram, num teste intermédio do 11.º ano de Física e Química A, repito do 11.º ano, fazer uma transcrição de um texto de um livro meu, com apenas quatro linhas e adaptado (adaptado? faz algum sentido?), pedindo aos alunos para "transcrever" (sic) uma informação trivial que está no texto. Pede-se apenas uma transcrição de uma transcrição. Já só falta assinar o nome para ser aprovado.

    Não posso por isso deixar de concordar em absoluto com o comentário de Carlos Portela, responsável da Divisão Técnica de Educação da Sociedade Portuguesa de Física sobre aquela prova:
    "A questão 1 do Grupo I na qual o aluno deve transcrever a parte de um texto, de apenas 4 linhas, que refere o que Oersted observou, não é admissível neste ano de escolaridade. Esta questão pode ser respondida por um aluno do 2º ciclo do ensino básico que nunca tenha estudado o assunto abordado, não permitindo avaliar se o aluno consegue distinguir entre observação e interpretação (...)

    Conclui-se que este teste intermédio dá indicações erradas aos alunos sobre as suas aprendizagens e não os estimula ao esforço que é necessário para que sejam atingidos os objectivos de aprendizagem da disciplina. Constitui-se, desse modo, como um elemento que perturba o trabalho desenvolvido pelos professores na escolas, já que desincentiva a criação de hábitos de trabalho dos alunos para que possam ser atingidos os objectivos da disciplina ao dar a ideia de que é possível atingir resultados positivos sem que seja necessário investir no estudo."

    Para que o leitor julgue por si próprio, deixo o excerto da prova:
    "GRUPO I

    Durante algum tempo o magnetismo e a electricidade ignoraram-se mutuamente. Foi só no início do século XIX que um dinamarquês, Hans Christian Oersted, reparou que uma agulha magnética sofria um desvio quando colocada perto de um circuito eléctrico, à semelhança do que acontecia quando estava perto de um íman. Existia pois uma relação entre electricidade e magnetismo.

    C. Fiolhais, Física Divertida, Gradiva, 1991 (adaptado)

    1. Transcreva a parte do texto que refere o que Oersted observou."

    in De Rerum Natura - post do Doutor Carlos Fiolhais

    Orlando Ribeiro visto por Galopim de Carvalho


    NASCEU AQUI, em Lisboa, faz hoje, dia 16 de Fevereiro de 2011, 100 anos, e deixou-nos, vai para 14, em Novembro de 1997. A memória que eu e muitos outros temos dele é ainda muito fresca, tal a marca que deixou em nós.

    Geógrafo tradicional, de elevada craveira, dentro e fora do país, nos domínios da geografia física (geomorfologia) e da geografia humana, com uma notável preparação geológica, Orlando Ribeiro foi um humanista igualmente reconhecido a nível nacional e internacional. Renovador da Geografia em Portugal, o Prof. Orlando (era assim que o tratávamos), foi senhor de muitos saberes em outras áreas, como as da História, da Antropologia, da Etnografia e da Geologia, saberes que expunha numa linguagem falada e escrita de invulgar correcção, não raras vezes poética.

    De parceria com o seu colega e amigo Pierre Birot, de l’Institut de Geographie de Paris, foi pioneiro numa metodologia de investigação geomorfológica, substancialmente assente no cabal conhecimento dos sedimentos resultantes da erosão do relevo. E foi nesta linha inovadora que me concedeu o privilégio de aceitar ser meu orientador nas dissertações de doutoramento que apresentei e defendi nas Universidades de Paris e de Lisboa, factos decisivos na escolha da via de investigação que caracterizou o essencial da minha actividade com geólogo e como docente.

    Como era hábito deste ilustre Mestre, para além das frutuosas e pedagógicas discussões que travava com os seus orientandos, nas visitas que com eles fazia ao terreno, lia com eles o manuscrito, em fase final das respectivas dissertações e aí, uma vez mais, voltava a discutir, dava sugestões, fazia correcções de forma e de conteúdo, e ensinava a escrever em bom português. E foi isso que ele fez comigo, o único não geógrafo entre os muitos que orientou.

    Este meu relacionamento com o Prof. Orlando aconteceu porque eu era colega do seu filho António (hoje, o igualmente ilustre Prof. António Ribeiro), na licenciatura em Ciências Geológicas, e ambos fizéramos, com ele, proveitosas saídas de campo, onde a geomorfologia, a geologia e geografia humana se harmonizavam no rigor e na beleza, por vezes poética, do seu discurso. Aconteceu, ainda, porque éramos vizinhos. Das traseiras da sua casa falava-se para as traseiras da minha. Assim, para além da relação mestre/discípulo, fomos amigos chegados ao longo de cerca 40 anos.

    in Sopas de Pedra - post de Galopim de Carvalho

    NOTA: este é o post 4.500º do Blog Geopedrados!

    O Homem com nome de vulcão nasceu há 100 anos

    Faz hoje 100 anos que nasceu Orlando Ribeiro, cujo nome ficou ligado a um monte (vulcão) formado por uma erupção na ilha do Fogo, em Cabo Verde, em 1951 - o Monte Orlando. A foto anterior, do célebre geógrafo, ilustra o seu vulcão!

    Carlos Paredes nasceu há 86 anos





    (imagem daqui)


    Foi um dos grandes guitarristas e é um símbolo ímpar da cultura portuguesa. É um dos principais responsáveis pela divulgação e popularidade da guitarra portuguesa e grande compositor. Carlos Paredes é um guitarrista que para além das influências dos seus antepassados - pais, avós, tios, todos eles exímios guitarristas de Coimbra - mantém um estilo Coimbrão, a sua guitarra é de Coimbra, e própria afinação. A sua vida em Lisboa marcou-o e inspirou-lhe muitos dos seus temas e composições. Conhecido como O mestre da guitarra portuguesa ou O homem dos mil dedos.


    ADENDA: faz hoje anos o fadista João Ferreira-Rosa...

    Orlando Ribeiro nasceu há 100 anos

    (imagem daqui)

    Orlando Ribeiro (Lisboa, 16 de Fevereiro de 1911 - Lisboa, 17 de Novembro de 1997) foi um geógrafo e historiador português.

    (...)
    Ribeiro dedicou toda a sua vida ao ensino e investigação em Geografia, e é a justo título considerado como o renovador desta ciência em Portugal. Foi também o geógrafo português do século XX com mais projecção ao nível internacional. A sua vasta obra inclui não só científicos na Geografia, mas revela também uma diversidade de interesses intelectuais invulgares. Orlando Ribeiro licenciou-se em Geografia e História em 1932, e veio a doutorar-se em 1935 pela Universidade de Lisboa com a tese A Arrábida, esboço geográfico. Entre 1937 e 1940 (durante a guerra) viveu em Paris, e trabalhou na Sorbonne, com Marc Bloch, Emmanuel de Martonne e A. Demangeon. Em 1940, foi nomeado professor da Universidade de Coimbra, mas rapidamente se instalou em Lisboa. Em 1943, já em Lisboa, fundou o Centro de Estudos Geográficos.
    Da sua intensa actividade científico-académica destaca-se Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico. Em 1966, o Centro de Estudos Geográficos começou a publicar a revista Finisterra, que foi e continua a ser a principal publicação da Geografia portuguesa, com projecção internacional.
    O interesse intelectual de Ribeiro pela História, Antropologia e Etnografia foi desenvolvido essencialmente enquanto discípulo de David de Melo Lopes e de Leite de Vasconcelos. Ribeiro lançou-se também na Geologia com Carlos Teixeira. Trabalhou ainda com Juvenal Esteves, Barahona Fernandes e Celestino da Costa.
    Recebeu o grau de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada, em 1987.

    terça-feira, fevereiro 15, 2011

    Parabéns, Galileu!


    Galileu, sendo imortal, faz hoje 447 anos, como bem nos lembra o AstroPT. Para além da revolução nos céus, deixa-nos uma das mais belas frases da Ciência: Eppur si muove! E, também, a famosa experiência da Torre de Pisa (uma das míticas histórias da Ciência pois, aparentemente, tal experiência nunca foi feita) em que, confrontando Aristóteles, Galileo afirma que, no vazio, não existe qualquer razão para que corpos diferentes tenham tempos de queda diferentes. Textualmente, Galileu:

    O ridículo da opinião de Aristóteles é mais claro do que a luz. Quem vai acreditar, por exemplo, que se duas esferas de chumbo forem largadas da órbita da Lua, sendo uma cem vezes maior do que a outra, a maior chegue à Terra numa hora, enquanto a menor leva cem horas no seu movimento? Ou se duas pedras forem lançadas ao mesmo tempo de uma torre alta, tendo uma o dobro do tamanho da outra, quem vai acreditar que a mais pequena vá a meio do caminho quando a grande está a chegar ao chão?

    O que Galileu não imaginava é que, vários séculos mais tarde, essa mesma experiência foi feita num outro corpo celeste e o seu nome invocado.
    Eis o capitão David Scott, da missão Apollo 15, numa demonstração pedagógica, com um martelo e uma pena...

     

    Até quando...?

    Desde 2005 a «prejudicar os interesses do país»:


    «Os números oficiais do Instituto da Gestão da Dívida Pública aí estão para evidenciar esse enorme buraco, cada vez mais descontrolado.
    Nos anos da governação de Sócrates, o aumento da dívida pública foi o seguinte:

    2005- 11,1 mil milhões de euros
    2006- 6,8 mil milhões de euros
    2007- 4,2 mil milhões de euros
    2008- 5,7 mil milhões de euros
    2009- 14,3 mil milhões de euros
    2010- 14 mil milhões de euros.
    Nos 6 anos de 2005 a 2010, a dívida aumentou 56,1 mil milhões de euros, passando de 90,7 mil milhões para 146,8 mil milhões de euros. E se, em 2004, significava 60% do PIB, em 2009 representa 79,4% e em 2010 vai aproximar-se dos 90%.
    Se a estes valores da dívida directa juntarmos cerca de 30 mil milhões de euros de dívida indirecta das empresas públicas deficitárias e que o Estado terá que honrar e ainda o valor actual dos compromissos com as PPPs no montante de cerca de 26 mil milhões de euros, teremos um valor global de 203 mil milhões de euros, equivalente a 122% do PIB. Em apenas 6 anos, a dívida pública sobe exponencialmente.
    O risco de crédito é, de facto, enorme. Os credores e agências de rating apenas vêem o óbvio.
    Por cá, o pensamento oficial insiste em negar a evidência. Para continuar na senda do despesismo de que é exemplo o aumento da despesa corrente previsto para 2010.
    Mas querem o Governo e os “pensadores” a soldo fazer de nós parvos ou quê?» (4R)
    .
    Isto, num país normal, seria suficiente para se exigir a imediata remoção desses incompetentes que andam há anos a enganar e a enganarem-se. Mas como não é de todo um país normal, temos uma oposição que anda com eles ao colo.

    in Blasfémias - post de Gabriel Silva

    O país dos records de um pseudo-engenheiro

    (imagem daqui)


    O governo dos mentirosos, aldrabões e cobardes

    (imagem daqui)

    Maioria dos cargos a extinguir na Segurança Social estão vagos

    A maioria dos cargos que Helena André diz que vai extinguir são lugares que já não estavam ocupados.

    O lugar de vogal no Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) que o Governo disse que pretendia extinguir não está ocupado por ninguém. O cargo de subdirector-geral da Direcção-Geral da Previdência (DGSS) que se pretende eliminar, na prática, também não existe.

    O mesmo se passa com boa parte dos 100 lugares a suprimir no Instituto da Segurança Social (ISS): correspondem a postos que foram sendo deixados vagos nos últimos meses e não foram reocupados.

    Depois de no domingo ter enviado uma nota ao Negócios dizendo que "vão ser extintos, de imediato" os lugares acima referidos, ontem, o secretário de Estado da Segurança Social, esclareceu que o processo já ocorreu.

    Em declarações citadas pela Lusa, Pedro Marques (na foto) diz que os 100 cargos de dirigentes no ISS foram extintos nos últimos tempos, à custa de aposentações, não renovações de comissões de serviço e de transferência de funcionários para Instituições Privadas de Solidariedade Social. No caso do IGFSS e da DGSS, está apenas em causa riscar, da lei orgânica, os referidos lugares.

    Música (country...?!?) de um grupo que está a fazer muito sucesso

    Música (quase) actual para geopedrados


    NOTA: ideia roubada ao Blog A Educação do meu Umbigo (Paulo Guinote rules...!).

    Planeta Homem - mais uma fantástica série BBC

    Música para a ressaca do dia dos namorados

    Porque nem todos os "amores" têm um final feliz


    Bebo & Cigala: La Bien Pagá (via O Cachimbo de Magritte)

    Site sobre Orlando Ribeiro


    O Blog Geopedrados recomenda, na véspera da passagem dos 100 anos do nascimento do Professor Doutor Orlando Ribeiro, a visita ao site que o homenageia:


    Citemos a sua introdução:

    ORLANDO RIBEIRO, 1911-1997


    Essencialmente dedicado ao ensino e investigação em Geografia, Orlando Ribeiro é considerado o renovador desta ciência no Portugal do século XX, e o geógrafo português com mais ampla projecção a nível internacional. No entanto, a sua vasta obra, produzida a par da longa e intensa carreira como professor e investigador universitário, abarca muito mais do que avanços científicos na Geografia, e revela uma diversidade de interesses e intervenções que desenham uma invulgar geografia intelectual.
    A renovação da Geografia, pela introdução do factor humano como elemento central à compreensão geográfica entendida como síntese de muitas realidades, é antes de mais fruto de um espírito humanista que desde os anos do liceu impulsionava o estudante Orlando Ribeiro para o conhecimento da História, da Antropologia, da Etnografia, através do contacto, entre outros, com David Lopes, seu professor, e Leite de Vasconcellos, de quem foi também, desde muito jovem e ao longo da vida, dedicado discípulo.
    Mas o alargamento de horizontes da Geografia como ciência é também resultado do seu espírito curioso e independente que, ainda nos bancos da escola, o levou a manter ligações com cientistas de outras áreas, onde procurou alicerces de uma formação naturalista que sempre consideraria indispensável a um geógrafo. Aprendeu geologia trabalhando no campo com Fleury e colaborando mais tarde com Carlos Teixeira e Zbyszewsky. Reflexões metodológicas e sobre questões de biologia, buscou-as na medicina através de amigos como Juvenal Esteves, Barahona Fernandes ou Celestino da Costa. Com eles partilhava também a inspiração universalista da literatura e da música, em autores como Goethe, Bach, Beethoven e Bruckner. É sobre Goethe a sua primeira conferência, no ano do centenário da morte do escritor (1932), e o seu primeiro artigo, Geografia humana, é publicado, em 1934, numa revista de medicina.
    Licenciado em Geografia e História em 1932, Orlando Ribeiro doutorou-se em Geografia pela Universidade de Lisboa em 1936, com a tese A Arrábida, esboço geográfico. Em 1937 segue para Paris como Leitor de Português na Sorbonne, onde viria a alargar horizontes com mestres como Marc Bloch, E. de Martonne e A. Demangeon. De regresso a Portugal em 1940, foi sucessivamente nomeado Professor em Coimbra e em Lisboa onde, em 1943, fundou o Centro de Estudos Geográficos. Da sua intensa actividade se destaca, desde 1945, uma das suas obras de síntese mais conhecidas, Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico, e a criação, em 1966, da revista Finisterra, ainda hoje um dos veículos editoriais mais importantes para a geografia portuguesa, a nível nacional e internacional.

    A colaboração científica internacional foi, com efeito, outro aspecto marcante da actividade de Orlando Ribeiro. Em 1949 organizou em Lisboa o que seria, no pós-guerra, o primeiro Congresso da União Geográfica Internacional, organização para que viria a ser nomeado Primeiro Vice-Presidente em 1952. Ao longo da vida praticou, e estimulou nos seus alunos, o intercâmbio com geógrafos estrangeiros através de estágios e de viagens de investigação a que dedicou grande parte do seu tempo.
    São talvez as viagens, e os trabalhos delas resultantes, o melhor testemunho da sua actividade como geógrafo. Mas são também elas, por excelência, os elos que nos revelam as suas preocupações sociais com os territórios e povos estudados, e nos transportam à sua sensibilidade como fotógrafo, ao “fundo mágico da sua personalidade”, à qualidade literária da sua prosa. Viajante incansável, sobretudo em Portugal e Espanha na década de 40, e pelo Mundo fora entre 1950-1965, com destaque para o ultramar português, Orlando Ribeiro oferece-nos leituras de muitos lugares do Mundo em que a observação científica não se desliga da natureza como um todo, dos costumes, da arte e, sobretudo, do elemento humano.


    Cidadão interveniente e profícuo prosador sobre muitos outros temas como a ciência, o ensino e a universidade, as reformas educativas ou os problemas coloniais, Orlando Ribeiro usou sempre de uma frontalidade que, se não diminuía o respeito científico que lhe era reconhecido, também nunca facilitou as suas relações com os órgãos de decisão, desde o Estado Novo ao período pós 25 de Abril. Por muito tempo teve, como resposta às suas opiniões, um invariável silêncio. Contrastando com o precoce reconhecimento a nível internacional, a difusão da sua obra e as honras oficiais, no seu próprio país, surgiram muito tardiamente.
    É ainda pela própria pena de Orlando Ribeiro que podemos hoje rever toda uma época e experiência de vida através da sua rica prosa memorialística, recolhida e dada à estampa em Orlando Ribeiro: Memórias de um Geógrafo, em 2003. Mas, sobre Orlando Ribeiro e a sua obra, existem também muitos outros testemunhos publicados desde os anos 70.

    O padre guerrilheiro Camilo Torres morreu há 45 anos

    CAMILO TORRES RESTREPO
    Camilo Torres Restrepo (Bogotá, 3 de febrero de 1929 - Patio Cemento, Santander, 15 de febrero de 1966) fue un sacerdote católico colombiano, pionero de la Teología de la Liberación, cofundador de la primera Facultad de Sociología de América Latina y miembro del grupo guerrillero Ejército de Liberación Nacional (ELN). Durante su vida, promovió el diálogo y el sincretismo entre el marxismo y el catolicismo.

    segunda-feira, fevereiro 14, 2011

    Música de encerramento do Dia dos Namorados 2011

    Para os mais tímidos e para os casos perdidos, este tema imortal dos Xutos & Pontapés:



    Hás-de ver - Xutos & Pontapés


    Palavras que se enrolam na língua
    Uma timidez superlativa
    Há coisas difíceis de dizer
    Não vou ficar a olhar
    Deixar o tempo passar
    E ver o teu sorriso a desaparecer


    Kilos de alegria
    Montes de prazer
    Há-de vir o dia
    Em que te vou dizer


    Não sou gago
    Não me falta a vontade
    Sei que te me dás
    Essa liberdade
    Mas há coisas difíceis de dizer


    Vou ver se consigo
    Dizer-te ao ouvido
    Estas três palavras
    Que trago comigo
    Hás-de ver


    Kilos de alegria
    Montes de prazer
    Há-de vir o dia
    Em que te vou dizer


    Lá estou eu outra vez a tremer
    Com esta conversa pra fazer
    Farto de calar
    Farto de sofrer
    Mas há coisas difíceis de dizer
    Farto de sofrer
    Farto de calar
    Com todo o meu amor

    Dinossauros da Lourinhã na Academia das Ciências de Lisboa


    A Academia das Ciências de Lisboa tem vindo a recuperar instalações que, também, têm a ver com actividades do Museu. É o caso de uma antiga instalação que dava entrada para o Convento da Ordem Terceira, agora arranjado como Sala de Exposições temporárias.

    Nada melhor, a propósito, do que aproveitar o ensejo para prosseguir a colaboração da Academia das Ciências de Lisboa com o GEAL/ Museu da Lourinhã, e dar a conhecer, em Lisboa, parte de um património riquíssimo, no género, o mais relevante em Portugal.

    Vários exemplares representam espécies que foram novas para a Ciência, como o Lourinhanosaurus antunesi, cujo tipo será exposto pela primeira vez em Lisboa, um dos dinossauros que viveram durante o Jurássico superior, há 150 milhões de anos, no território onde hoje é Portugal, mais concretamente na área da Lourinhã.

    O nome é dedicado à vila da Lourinhã. Embora latinizado, conforme as regras de Nomenclatura Zoológica, significa literalmente “lagarto da Lourinhã, dedicado a [Miguel Telles] Antunes”. Este investigador, da Universidade Nova de Lisboa, membro da Academia de Ciências de Lisboa e director do Museu desta instituição, é um dos mais prestigiados paleontólogos europeus. Além disso, é membro do Conselho Científico do GEAL.

    Esta exposição revela-se, pois, como oportunidade única de vermos em Lisboa este e outros dinossauros. Convém lembrar que foi feita uma réplica do esqueleto de Lourinhanosaurus, a qual esteve em exposição temporária no Japão em vez do original, uma vez que foi decidido evitar os riscos inerentes à sua saída do País.

    Teremos, também, divertidas actividades para os mais novos (incluindo tirarem uma fotografia com o Dinoacadémico), sujeitas a um número mínimo de inscritos e com pré-inscrição.

    A mostra estará presente ao público de 3 a 27 de Fevereiro, das 10h às 19h de Segunda-Feira a Domingo. A entrada é livre e aberta ao público em geral.


    Retirado daqui

    Homens da Luta - Geração Sócrates

    Mais uma notícia sobre Orlando Ribeiro

    O geógrafo que gostava de fotografia, de música e de vulcões
    12.02.2011 - Teresa Firmino

    Na ilha do Fogo em 1951 - fotografia do álbum Finisterra, de Orlando Ribeiro

    Andou pelo país e pelas antigas colónias. Inseparável da sua Leica, Orlando Ribeiro fotografava tudo e, em cadernos de campo, anotava e desenhava. O seu livro Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico é das obras mais marcantes do século XX português. Retrato do grande mestre da geografia amanhã, na RTP2. Para ouvir, como uma sinfonia de Bruckner.

    O portão da moradia de Vale de Lobos, Sintra, dá as boas-vindas aos espectadores, entre árvores e flores. Instantes depois, a geógrafa Suzanne Daveau leva-nos, escadas acima, até ao interior da casa que partilhou durante anos com Orlando Ribeiro. Na sala cheia de livros, põe um disco de vinil no gira-discos, música de Anton Bruckner, como início da banda sonora da viagem que se seguirá sobre Orlando Ribeiro, o geógrafo, o viajante, o fotógrafo, o melómano.

    Fundador da geografia moderna portuguesa, Orlando Ribeiro nasceu a 16 de Fevereiro em 1911, em Lisboa, e morreu a 17 de Novembro de 1997. O documentário Orlando Ribeiro - Itinerâncias de Um Geógrafo, da autoria e realização de António João Saraiva e Manuel Carvalho Gomes, marca o centenário do seu nascimento. Estreia-se amanhã na RTP2, às 21h. (Na terça-feira, às 17h30, na Academia de Marinha, em Lisboa, dois dos seis filhos de Orlando Ribeiro, do casamento anterior, Fernando e António, falarão dele como pai, como homem de cultura e das influências que recebeu do sogro, o historiador Manuel Ramos, especialista na fundação de Portugal e de quem foi aluno na universidade.)

    Quando tinha quatro anos, a mãe morreu e ele foi criado nos arredores de Almada, em Runa, com o avô materno, major reformado que lhe despertou o gosto pelo estudo. O filho António Ribeiro, geólogo também conhecido, recorda essas raízes no documentário: "Uma das pessoas que mais o influenciou na infância e na juventude foi o avô materno, Augusto Carvela, que era uma pessoa com uma certa formação. Tinha sido oficial do Exército e tinha uma cultura geral bastante vasta."

    É na companhia do avô que tem o primeiro contacto com o campo, em Runa e Viseu, de onde a família era originária e onde ia passar férias. "Tudo lugares onde o campo está perto, onde era possível estar só, passear por sítios aprazíveis, apanhar amoras e, na beira dos caminhos, cortar canas para fazer brinquedos", contou nos seus escritos, reunidos em Memórias de Um Geógrafo (Edições João Sá da Costa, 2003), e que ouvimos agora narrado pela voz do jornalista Fernando Alves. "O gosto da geografia devo-o ao amor da natureza e da vida do campo, desenvolvido em longos passeios a pé", continuava. "A partir destas recordações de infância, sinto-me profundamente enraizado na vida obscura do meu povo. Criado entre gente simples e humilde, fiquei sempre fiel às origens, ao gosto de uma vida sóbria (...)."

    Aos oito anos, regressou a Lisboa, a casa do pai, o "senhor António da drogaria", como era conhecido na Rua da Escola Politécnica. Frequentou o Liceu Passos Manuel entre 1921 e 1928, onde foi admitido com 20 valores. Formou-se em História e Geografia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e aí contactou pela primeira vez com o etnógrafo Leite de Vasconcellos, já aposentado, a quem chamava "mestre". Em 1934, começou a fazer várias viagens por Portugal, como bolseiro do Instituto de Alta Cultura, e a preparar a tese de doutoramento Arrábida - Esboço Geográfico, que terminou dois anos depois. No ano seguinte, 1937, partiu como leitor de português para a Universidade Paris-Sorbonne, onde esteve até 1940, e aí também estudou geografia. Nesse período, entre 1936 e 1940, no intervalo dos anos lectivos, correu Portugal de uma ponta a outra, sobretudo a Beira Baixa, zona de contraste entre o Norte e o Sul, rica para um trabalho em que se aplicassem os métodos da geografia moderna - sempre acompanhado por um objecto precioso, uma máquina fotográfica, dando azo a uma das suas paixões.

    Com o primeiro dinheiro que ganhou com as aulas de Português em Paris, fez logo uma compra. "Uma boa máquina fotográfica, que conservou ao longo da vida", conta Suzanne Daveau, que conheceu o geógrafo numa conferência em Estocolmo e veio a casar-se com ele em 1965. "Ficou tão contente com esta compra que escreveu logo ao mestre, Leite de Vasconcellos: "Comprei uma máquina Leica, que me custou chorudos um conto e oitocentos [nove euros a preços actuais] - e não 18 tostões -, mas que faz tudo o que é preciso e só tem o inconveniente de tornar as excursões mais caras. Era, porém, um traste indispensável que fica incondicionalmente ao seu dispor nas excursões que fizermos juntos.""


    Uma pérola da cultura

    O seu trabalho mais famoso é Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico, editado pela primeira vez em 1945 (actualmente publicada pela Livraria Sá da Costa Editora). Palavras de Orlando Ribeiro ditas por Fernando Alves no documentário: "Publiquei um livro ambicioso no título e no conteúdo: Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico, primeiro ensaio de síntese na destrinça de influências e relações que se entrelaçam na terra de Portugal."

    Entremos de novo na sala em Vale de Lobos, para ouvir Suzanne Daveau falar deste livro e do que descobriu enquanto arrumava papeladas para entregar à Biblioteca Nacional, que ficou com a guarda do espólio de Orlando Ribeiro, incluindo os 24 cadernos de viagem, correspondência e os manuscritos das suas obras. "Encontrei nesta agenda minúscula do ano 1941 um apontamento muito curioso. No dia 31 de Maio, está esta indicação: "O editor da Coimbra Editora pediu-me um livro para a Colecção Universitas. Grande alegria minha."" E na agenda consta um título provisório, Portugal, Produtor de Homens: "Não tenho dúvida de que é o pedido que levou à realização do livro mais conhecido do Orlando, Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico."

    No depoimento que presta no documentário, o sociólogo António Barreto diz: "Considero este livrinho uma verdadeira pérola da cultura portuguesa. É certamente dos melhores livros de todo o século XX e um dos grandes livros de toda a literatura portuguesa, científica ou não. Neste caso, científica." E acrescenta: "É um livro maravilhosamente bem escrito, de um precisão, de um rigor, de uma modéstia académica, em que ele sugere, propõe, define. Devia ser sempre, sempre, lido nas escolas."

    Também José Mattoso sublinha a importância deste livro. "Na altura, os historiadores não se aperceberam de que isso obrigava a uma nova concepção da História de Portugal, tanto mais que o regime salazarista tinha uma ideologia extremamente unitária do país e fundamentava a sua ideologia na unidade fundamental de Portugal", diz o historiador. "E o que o professor Orlando Ribeiro veio trazer foi a demonstração de que não havia unidade, há diversidade."

    Ele fundou, em 1943, o Centro de Estudos Geográficos (CEG) da Universidade de Lisboa, a primeira instituição nacional de investigação na disciplina, e a que presidiu até 1973. A geografia em Portugal ganhou então uma dimensão internacional e muitos foram os discípulos que Orlando Ribeiro deixou, como Raquel Soeiro de Brito, Ilídio do Amaral ou Jorge Gaspar.


    Onze mil imagens

    É no CEG que está a colecção de imagens do geógrafo, cerca de 11 mil. Tem dez mil fotografias a preto e branco e as restantes imagens são diapositivos. Tirou-as não só em Portugal, mas nos vários países que calcorreou, desde o Brasil e México até Marrocos, Egipto e as ex-colónias, com excepção de Timor. E não só fotografava, como desenhava muito nos cadernos de campo, que depois usava como documentação.

    Em Portugal, as deambulações faziam-se numa carrinha 4L. "Era um carro alto, que conseguia atravessar os caminhos maus, os rios", diz Suzanne Daveau. "O Orlando conhecia a fundo Portugal. Queria mostrar-me os lugares que conhecia. Mas de vez em quando chegávamos a uma aldeia e ele dizia: "Ah, nesta aldeia nunca estive!" Ficava felicíssimo por descobrir uma coisa que não conhecia."

    Um dos momentos mais deliciosos do documentário é aquele em que Orlando Ribeiro surge na ilha do Faial, tendo como cenário o vulcão dos Capelinhos, que entrou em erupção a 27 de Setembro de 1957, e onde ele e Raquel Soeiro de Brito chegaram poucos dias depois. É o único momento em que ouvimos a voz de Orlando Ribeiro, a ser entrevistado para a RTP, que tinha iniciado as emissões regulares meses antes: "Infelizmente não é possível oferecer - como é que se chamam as pessoas que escutam isto?... os telespectadores, são os telespectadores - os ruídos do vulcão, de modo que para os substituir, muito tristemente, aliás, vamos dizer alguma coisa sobre a erupção."

    Tal como no vulcão dos Capelinhos, documentou e fotografou profusamente a erupção na ilha do Fogo, em Cabo Verde, em 1951. No livro A Ilha do Fogo e as Suas Erupções, de 1954, não se esqueceu também das provações por que passava a população com a seca e as fomes, no capítulo As crises: miséria e redenção. Ao contrário do resto do livro, enviado à Junta de Investigações do Ultramar, esse capítulo seguiu logo para a tipografia, para evitar que fosse censurado. "O Orlando já era conhecido internacionalmente. Como na altura era vice-presidente da União Geográfica Internacional, não tiveram a coragem de suprimir o livro", conta Suzanne Daveau.

    Também não fica esquecida a sua paixão pela música, a ponto de Ilídio do Amaral se lembrar de um episódio: "Resolveu que num dia da semana, salvo erro sexta-feira, o seu grupo de assistentes ouviria música clássica. Comprámos um gira-discos, eu trouxe da minha colecção, ele trouxe da dele, punha-se a tocar. E ele, Orlando Ribeiro, explicava." Paixão que transparece nas Memórias de Um Geógrafo, nomeadamente pelo Adágio da Sétima Sinfonia de Bruckner, "muito solene e muito lento", dizia. "É qualquer coisa de arrepiantemente exacto e subtil - qualquer coisa que só o poder divino é capaz de insuflar, quase para além do humano e, no entanto, terrivelmente sentido por um espírito ávido de precisão."

    Aproxima-se o centenário do geógrafo Orlando Ribeiro...

    ... e ontem a RTP2 deu um excelente documentário sobre a vida deste Senhor:




    "Orlando Ribeiro, Itinerâncias de um Geógrafo" comemora o centenário do nascimento de Orlando Ribeiro (1911-1997), transportando para o século XXI a memória deste geógrafo português e a sua obra de incontornável valor universal. Em forma de viagem, o documentário aborda a genial e vasta obra de Orlando Ribeiro, construída a partir de um grande amor pela Geografia Física e Humana. A vida e a obra de Orlando Ribeiro são narradas na primeira pessoa, usando excertos de textos do próprio autor apoiados pelo depoimento de personalidades com que se cruzou durante a vida.

    GÉNERO:
    Documentários

    FICHA TÉCNICA:
    Duração: 1 HORA
    Produção: B´lizzard – Criatividade, Comunicação e Serviços, Lda e Pedro Canavilhas
    Realização: Manuel Gomes e António Saraiva
    Autoria: Manuel Gomes e António Saraiva
    Últimas Exibições:
    RTP2 - 2011-02-13 | 21.00 horas

    Sobre o documentário, apenas uma palavra - excelente! Para o Toni (António Saraiva, ex-aluno de minha mãe e marido de uma prima) os nossos agradecimentos pela brilhante prestação...

    NOTA: para os interessados, o site da RTP tem o documentário disponível para - AQUI.

    Poema para o Dia dos Namorados

    Imagem Activa

    O amor é uma companhia

    O amor é uma companhia.
    Já não sei andar só pelos caminhos,
    Porque já não posso andar só.
    Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
    E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
    Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
    E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.

    Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
    Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
    Todo eu sou qualquer força que me abandona.
    Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

    Alberto Caeiro

    Música adequada à data



    Somebody To Love


    Can anybody find me somebody to love?
    Each morning I get up I die a little
    Can barely stand on my feet
    Take a look in the mirror and cry
    Lord what you're doing to me
    I have spent all my years in believing you
    But I just can't get no relief, Lord!
    Somebody, somebody
    Can anybody find me somebody to love?


    I work hard every day of my life
    I work till I ache my bones
    At the end I take home my hard earned pay all on my own -
    I get down on my knees
    And I start to pray
    Till the tears run down from my eyes
    Lord - somebody - somebody
    Can anybody find me - somebody to love?


    (He works hard)


    Everyday - I try and I try and I try -
    But everybody wants to put me down
    They say I'm goin' crazy
    They say I got a lot of water in my brain
    Got no common sense
    I got nobody left to believe
    Yeah - yeah yeah yeah


    Oh Lord
    Somebody - somebody
    Can anybody find me somebody to love?


    Got no feel, I got no rhythm
    I just keep losing my beat
    I'm ok, I'm alright
    Ain't gonna face no defeat
    I just gotta get out of this prison cell
    Someday I'm gonna be free, Lord!


    Find me somebody to love
    Can anybody find me somebody to love?

    Cupid's Day

    

    domingo, fevereiro 13, 2011

    Vamos brincar às coincidências?


    Título por Carlos Drummond de Andrade

    Rui Pedro Soares era administrador da PT,
    que é dona da TMN,
    que perdeu registos telefónicos de Rui Pedro Soares,
    num caso  que também envolvia Joaquim Oliveira,
    que é dono do DN,
    cujo director tentou abafar a história.

    in Blasfémias - post de João Miranda 

    Subscrevo e assino por baixo

    (imagem daqui)


    .
    .

    in Blasfémias - post de João Miranda

    Hoje é dia de ouvir Ópera

    Para recordar Richard Wagner


    NOTA: para cinéfilos malucos, sugere-se a observação de outra versão - AQUI.

    Música do aniversariante de hoje

    O extraordinário mês de Janeiro de 2011, segundo Bandeira



    Cravo & Ferradura, DN, Janeiro 2011 (in Bandeira ao Vento)

    A Guerra da Restauração terminou há 343 anos


    O Tratado de Lisboa foi um tratado assinado a 13 de Fevereiro de 1668 entre Portugal (Afonso VI de Portugal) e Espanha (Carlos II de Espanha) que viria a pôr fim à Guerra da Restauração. Por este tratado, a Espanha reconhece a independência de Portugal e devolvem-se prisioneiros e conquistas. Exceptua-se a cidade de Ceuta que ficará na posse de Espanha.

    sábado, fevereiro 12, 2011

    Pela suspensão da aldrabice da avaliação de desempenho do pessoal docente já!

    Encontro no Porto
    Dirigentes escolares exigem suspensão do processo de avaliação e pedem justiça

    O actual modelo de avaliação de desempenho do pessoal docente foi hoje fortemente criticado, no Porto, por muitos dirigentes de escolas públicas que exigem que o Ministério da Educação (ME) o suspenda por que entendem que o modelo em curso “não garante justiça na avaliação nem promove a qualidade da escola pública”. E até se “construir um modelo de avaliação de desempenho simples, exequível e justo, deve, igualmente ser suspensos todos os efeitos dele decorrentes, nomeadamente na progressão na carreira e nos concursos”.

    Numa moção aprovada por larga maior (apenas três votos contra), no final do I Encontro Nacional de Dirigentes de Escolas Públicas, os professores dão conta das “nefastas consequências da implementação do processo de avaliação neste ano lectivo” e referem que “até à presente data, a menos de seis meses do termo de um ciclo de avaliação de dois anos, ainda não se estabeleceram quotas diferenciadas para as menções de muito bom e excelente destinadas aos diferentes agentes do processo (avaliados, relatores e membros da comissão de coordenação de avaliação e desempenho”.

    Durante o encontro foram ouvidas muitas críticas ao processo de avaliação e às suas “incongruências”. “É impraticável, é impossível produzir resultados justos com este modelo. É preciso acabar com esta bagunçada”, afirmou um dos oradores. Uma professora colocou a questão da avaliação no “plano da esquizofrenia” e perguntou: “Por que é que os professores têm de ser avaliados num intervalo de tempo de dois em dois anos?”

    O novo código de contratos públicos não escapou à chuva de críticas. Os dirigentes deram conta das “enormes dificuldades por que passam as escolas públicas com a aplicação das novas regras de contratação pública” e denunciaram a inadequação do código a micro-organizações como são as escolas e os agrupamentos de escolas”. Considerando-o “inexequível”, os dirigentes fazem saber que “rejeitam, desde já, eventuais responsabilidade por incumprimento das disposições legais que resultem da inexistência de recursos humanos habilitados, que lhes permitam aplicar o código em toda a sua extensão e profundidade”.

    Parque Escolar contestada

    Da ordem de trabalhos do I Encontro de Dirigentes de Escolas Públicas faziam também parte a agregação de escolas e agrupamentos e a organização do próximo ano lectivo. Relativamente a estes dois pontos ouviram-se muitas críticas com os oradores a questionarem o ministério de Isabel Alçada. Sobre o primeiro ponto, foi aprovada uma moção na qual exigem do Ministério da Educação que “nenhum processo de agregação possa ser levado a cabo sem os pareceres concordantes da administração autárquica e da comunidade educativa (conselhos gerais)”: Exigem também que o processo de agregação seja antecedido de um período de discussão pública local nunca inferior a 30 dias e que nunca resultem unidades orgânicas com um número de alunos superior a 1500”.

    Já sobre o último tema do encontro, os dirigentes escolares mostram uma grande apreensão. Aludiram ao novo diploma de organização do ano lectivo que “prevê reduções significativas no crédito de horas lectivas e equivalentes até agora à disposição das escolas para o exercício de cargos, o desenvolvimento de projectos e o apoio pedagógico”. “As restrições de crédito de horas lectivas surgem, precisamente, num momento em que se exige das escolas, cada vez mais, respostas abrangentes e eficazes a situações problemáticas de largo espectro socioeducativo”, lê-se na moção.

    Uma moção que defendia a demissão colectiva dos dirigentes escolares foi rejeitada

    Antes da aprovação das moções, um professor de um agrupamento de escolas trouxe à liça a Parque Escolar, uma empresa fortemente contestada que está a requalificar 400 escolas públicas das quais é proprietária até 2037. E o que propôs foi que as escolas regressem à posse do estado logo que terminem as obras em 2015.

    Darwin nasceu há 202 anos


    Charles Robert Darwin FRS (Shrewsbury, 12 de Fevereiro de 1809Downe, Kent, 19 de Abril de 1882) foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da selecção natural e sexual. Esta teoria se desenvolveu no que é agora considerado o paradigma central para explicação de diversos fenómenos na Biologia. Foi laureado com a medalha Wollaston concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1859.
    Darwin começou a se interessar por história natural na universidade enquanto era estudante de Medicina e, depois, Teologia. A sua viagem de cinco anos a bordo do brigue HMS Beagle e escritos posteriores trouxeram-lhe reconhecimento como geólogo e fama como escritor. Suas observações da natureza levaram-no ao estudo da diversificação das espécies e, em 1838, ao desenvolvimento da teoria da Selecção Natural. Consciente de que outros antes dele tinham sido severamente punidos por sugerir ideias como aquela, ele as confiou apenas a amigos próximos e continuou a sua pesquisa tentando antecipar possíveis objecções. Contudo, a informação de que Alfred Russel Wallace tinha desenvolvido uma ideia similar forçou a publicação conjunta das suas teorias em 1858.
    Em seu livro de 1859, "A Origem das Espécies" (do original, em inglês, On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life), ele introduziu a ideia de evolução a partir de um ancestral comum, por meio de selecção natural. Esta se tornou a explicação científica dominante para a diversidade de espécies na natureza. Ele ingressou na Royal Society e continuou a sua pesquisa, escrevendo uma série de livros sobre plantas e animais, incluindo a espécie humana, notavelmente The Descent of Man, and Selection in Relation to Sex (1871) e "A Expressão da Emoção em Homens e Animais" (The Expression of the Emotions in Man and Animals, 1872).
    Em reconhecimento à importância do seu trabalho, Darwin foi enterrado na Abadia de Westminster, próximo de Charles Lyell, William Herschel e Isaac Newton. Foi uma das cinco pessoas não ligadas à família real inglesa a ter um funeral de Estado no século XIX.