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domingo, fevereiro 13, 2011

terça-feira, dezembro 28, 2010

Erros meus, má fortuna, o diabo a quatro

Bandeira de Papel


Cravo & Ferradura, DN, Dezembro 2010

PS - a propósito de desculpas de sempre, uma música:


quinta-feira, setembro 09, 2010

Humor (quase) geológico...

Prémio Stuart de Tira Cómica 2010



Cravo & Ferradura, DN, 07.08.2009
(Desculpe a vaidade, não resisti, ok?)

sábado, setembro 05, 2009

Sem vergonha...

Bandeira de Papel - Cartoon do DN


Cravo e Ferradura, 4.9.2009
(Inspirado
na crónica Dr. Jekyll e Mr. Hyde, do preclaro Manuel António Pina)

domingo, fevereiro 08, 2009

Humor geomarciano


in DN de 04.01.2009 - Bandeira

sábado, outubro 11, 2008

Mutatis mutandis

ATENÇÃO! Isto não está tão mal como o pintam - o Blog Bandeira ao Vento voltou! Vejam este post de José Bandeira, por nós ilustrado com um cartoon do mesmo autor publicado no DN:




Há dois mil e seiscentos anos (tanto assim? Como o tempo passa), também em Atenas havia problemas de endividamento. Flagelados por um sem-número de contrariedades – más colheitas, pragas, aumento de taxas de juro, etc. –, os cidadãos não conseguiam pagar os seus ecrãs plasma gigantes e a taxa da Sport TV (bem, era mais os cereais e coisas assim) e viam-se reduzidos pelos seus credores à condição de escravos.

Temendo os episódios sanguinolentos e as competições de lira que sempre acompanhavam os períodos de ruptura na Grécia antiga, os atenienses, pobres como ricos, concordaram em pedir ao seu compatriota Sólon – um dos “sete sábios” da Antiguidade – que reformasse as leis da cidade e restaurasse por meios pacíficos a paz social. Sólon aceitou, mas impôs uma condição: por um período de dez anos, nenhuma das suas leis poderia ser alterada sem que antes lhe fosse pedido um parecer. Os atenienses acolheram com prazer a aparentemente inócua cláusula, e pelas costas riam-se muito e chamavam ao sábio “Sólon Freitas do Amaral”.

O legislador pôs mãos à obra e substituiu a maior parte das leis de Draco, que condenavam um grego à morte por cortar uma unha (ou a duas mortes por unha e meia), por outras mais humanas. Criou novas classes de censo baseadas na capacidade de produção agrícola e já não no nascimento. Proibiu a escravidão por dívidas. E, last but not least, simplesmente anulou todas as dívidas existentes à data – quem devia alguma coisa ficou a dever nada.

Os cidadãos escravizados foram libertados e ficaram contentes. As grandes famílias nobres perderam privilégios e ficaram possessas. Os pobres queriam mais direitos políticos e ficaram chateados. Os ricos ficaram um pouco menos ricos – e furiosos.

Então Sólon viajou para parte incerta por um período de dez anos.