segunda-feira, maio 28, 2012

O astrónomo Frank Drake nasceu há 82 anos

Frank Donald Drake (28 de maio de 1930, Chicago) é um astrónomo e astrofísico norteamericano. Ele é conhecido por ter fundado o programa SETI e criado a equação de Drake, que determina a probabilidade de haver vida extraterrestre inteligente no Universo.
Drake nasceu em Chicago e, durante a juventude, ele gostava de eletrónica e química. Ele afirma que considerou a possibilidade de existência de vida em outros planetas com apenas 8 anos de idade, mas não teria discutido tal ideia com ninguém devido à problemática religiosa dessa época.
Ele começou a estudar astronomia na Universidade de Cornell. Suas ideias sobre a possibilidade de haver vida extraterrestre foram reforçadas após ouvir uma palestra do astrofísico Otto Struve em 1951. Pouco depois, ele trabalhou brevemente como técnico de eletrónica da Marinha americana no USS Albany. Após o serviço militar, ele doutorou-se em radioastronomia em Harvard.
Embora esteja intimamente ligado à pesquisa sobre civilizações extraterrestres, Drake começou a carreira como radioastrónomo no então recém-inaugurado National Radio Astronomy Observatory (Observatório Nacional de Rádio Astronomia dos Estados Unidos), em Green Banks, Virgínia Ocidental. Mais tarde trabalhou no Laboratório de Jato-Propulsão da NASA. Em suas pesquisas, ele descobriu a ionosfera e a magnetosfera de Júpiter. Como pesquisador, Drake envolveu-se com os primeiros estudos sobre os pulsares.
Nos anos 1960, Drake supervisionou a conversão do Observatório de Arecibo em radiotelescópio. Em 1972, Drake projetou, com Carl Sagan, a Placa Pioneer, a primeira mensagem enviada ao espaço para mostrar a eventuais extraterrestre inteligentes como somos e onde vivemos. Dois anos depois, ele escreveu a Mensagem de Arecibo, também dirigida a seres inteligentes extraterrestres. Mais tarde ele foi supervisor na produção do Disco de Ouro da Voyager.
Drake trabalhou como Professor de Astronomia na Universidade Cornell entre 1964 e 1984. Desde então, ele é Professor Emérito de Astronomia e Astrofísica na Universidade da Califórnia em Santa Cruz.


O criador do mais famoso espião de sempre nasceu há 104 anos

Ian Lancaster Fleming (Cantuária, 28 de maio de 1908 - Cantuária, 12 de agosto de 1964) foi um jornalista, escritor e agente do serviço secreto britânico durante a Segunda Guerra Mundial. Tornou-se célebre por ter criado o personagem James Bond, mais conhecido como 007.

John Fogerty - 67 anos

John Cameron Fogerty (Berkeley, Califórnia, 28 de maio de 1945) é um cantor, guitarrista e compositor norte-americano, fundador e ex-líder da banda de country rock Creedence Clearwater Revival. É considerado um dos maiores e mais influentes guitarristas e compositores da história do rock'n roll mundial.


Kylie Minogue - 44 anos

Kylie Ann Minogue (Melbourne, 28 de maio de 1968) é uma cantora, compositora e atriz australiana, Vencedora do Grammy. Após o início da sua carreira como atriz infantil na televisão australiana, ela alcançou o reconhecimento através de seu papel na televisão na novela Neighbours, antes de iniciar sua carreira como cantora em 1987. Seu primeiro single, "Locomotion", passou sete semanas no primeiro lugar nas paradas australianas e se tornou o single mais vendido da década. Isso levou a um contrato com compositores e produtores Stock, Aitken e Waterman. Seu primeiro álbum, Kylie (1988), e o single "I Should Be So Lucky", cada um alcançou o número #1 no Reino Unido, e ao longo dos próximos dois anos, os seus primeiros treze singles atingiram o Top #10 no Reino Unido UK Singles Chart. Seu filme de estreia, The Delinquents (1989) foi um sucesso de bilheteira na Austrália e Reino Unido, apesar das críticas negativas.
Inicialmente apresentada como uma "garota qualquer", Minogue tentou transmitir um estilo mais maduro em sua música e imagem pública. Seus singles foram bem recebidos, mas depois de quatro álbuns, as suas vendas estavam caindo e ela deixou o grupo Stock, Aitken e Waterman em 1992 para se estabelecer como um artista independente. Seu próximo single, "Confide in Me", chegou na Austrália e foi um sucesso em vários países europeus em 1994, e um dueto com Nick Cave, "Where the Wild Roses Grow", Minogue trouxe um maior grau de credibilidade artística. Inspirando-se em uma gama de estilos musicais e artistas, Minogue tomou o controle criativo sobre a composição de seu próximo álbum, Impossible Princess (1997). Ele não conseguiu atrair boas críticas e vendas no Reino Unido, mas foi bem-sucedido na Austrália.
Minogue regressou à proeminência em 2000 com o single "Spinning Around" e o álbum de disco Light Years, tendo se apresentado durante a cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Sydney em 2000. Sua música mostrou mais singles sensualmente provocantes e personalidade para namoriscar e vários se seguiram. O single "Can't Get You Out of My Head" alcançou o número um em mais de quarenta países e o álbum Fever (2001) foi um sucesso em muitas nações, incluindo Estados Unidos, um mercado no qual Minogue já tinha recebido pouco reconhecimento. Ela embarcou em uma turnê, mas cancelou-a quando lhe foi diagnosticada um cancro de mama em maio de 2005. Após o tratamento com cirurgia e quimioterapia, ela retomou sua carreira em 2006 com a Showgirl - The Homecoming Tour'. Seu décimo álbum de estúdio, X foi lançado em 2007 e foi seguido pela turnê KylieX2008. Em 2009, ela embarcou na For You, for Me Tour, sua primeira turnê dos Estados Unidos e Canadá, e no ano seguinte lançou o seu décimo primeiro álbum de estúdio, Aphrodite.
Minogue tem alcançado recordes de vendas mundiais, com mais de 68 milhões de discos vendidos, e recebeu prémios de música notáveis, incluindo ARIA, Brit Awards e um Grammy. Ela montou diversas turnês de sucesso e recebeu um prémio Mo para "Artista Australiano do Ano" por suas performances ao vivo. Ela foi premiada com a Ordem do Império Britânico, por "serviços prestados à música", e um Ordre des Arts et des Lettres, em 2008.


O Rei que abdicou por amor da coroa do Reino Unido morreu há 40 anos

Eduardo VIII do Reino Unido (nascido Edward Albert Christian George Andrew Patrick David; 23 de junho de 189428 de maio de 1972) foi o segundo membro da Casa de Windsor a assumir o Trono do Reino Unido e permaneceu como Monarca britânico entre 20 de janeiro de 1936 e 11 de dezembro do mesmo ano. Era o filho mais velho de Jorge V do Reino Unido e da princesa Maria de Teck. Durante a Segunda Guerra Mundial, devido às suspeitas de simpatias pela Alemanha, foi desterrado para as Antilhas como governador-geral, para evitar que se tornasse um fantoche alemão.

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Estandarte pessoal de Eduardo VIII

O Rei Jorge V veio a falecer em 20 de janeiro de 1936 e o então Príncipe de Gales assumiu o trono com o título de Eduardo VIII. Já no dia seguinte à proclamação de sua ascensão ao trono, Eduardo apareceu com sua consorte, Wallis Simpson, na varanda do Palácio de St. James para cumprimentar a multidão que ali se aglomerava, quebrando um dos protocolos da proclamação de sua ascensão. Eduardo causou mal-estar nos círculos governamentais com gestos interpretados como críticas pessoais ao Governo. Ao visitar as vilas carentes de mineração de carvão, o rei percebeu que "algo precisava ser feito" para aqueles mineiros. Esta citação provocou incómodo por parte dos políticos de Londres, causando mais tensão entre Eduardo e os políticos do seu governo.
Em 16 de julho de 1936 Eduardo sofreu um atentado de morte por parte de um irlandês insatisfeito chamado Jerome Brannigan, que cavalgava nas redondezas do Palácio de Buckingham à espera do monarca. Entretanto, alguns policiais notaram a arma e detiveram-no. Durante a apuração do caso, Brannigan alegou que uma "potência estrangeira" o incumbira de assassinar o rei.
Entre agosto e setembro de 1936, Eduardo e Wallis Simpson cruzaram o Mediterrâneo Oriental a bordo do iate a vapor Nahlin. Já em outubro, era claro que o rei estava ansioso para resolver a questão do divórcio da sua amada. Os preparativos tradicionais foram iniciados, incluindo a coroação de Sra. Simpson como Rainha Simpson. Contudo, as leis religiosas e constitucionais que vigoram na Inglaterra impediram que o casamento ocorresse na Abadia de Westminster.

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 Wallis Simpson, em 1936

Desde que fora proclamado Rei, Eduardo manifestou a sua intenção de casar com Mrs. Simpson assim que o divórcio dela fosse declarado. A ideia provocou uma onda de protestos da família real, dos políticos e da Igreja Anglicana. Após ver a sua sugestão de realizar um casamento morganático ser rejeitada pelo primeiro-ministro Stanley Baldwin, Eduardo VIII tomou uma decisão drástica. Em Dezembro do mesmo ano, anunciou a sua abdicação, argumentando que seria incapaz de carregar o peso da coroa sem o apoio da mulher que amava.
Eduardo assinou o Ato de Abdicação em 10 de dezembro de 1936 em Fort Belvedere, na presença de seus quatro irmãos: Duque de York, Princesa Real, Duque de Gloucester e o Duque de Kent. A coroa passou então para o seu irmão mais novo, Jorge VI, e Eduardo tornou-se Duque de Windsor, revertendo à sua condição de Príncipe do Reino Unido.
A 3 de junho de 1937 Eduardo casou-se com Wallis Simpson numa cerimónia privada na França, à qual faltou a Família Real Britânica. A relação com a família permaneceu tensa com a recusa de reconhecimento da nova Duquesa de Windsor. A simpatia de Eduardo para com o regime nazi e a visita que fez em 1937 a Adolf Hitler não contribuíram para a melhoria das relações com a família.
Cquote1.svg Não ignorais as razões que me levaram a renunciar ao trono. Deveis crer em mim quando afirmo que cheguei à conclusão de que seria impossível suportar o pesado fardo de tantas responsabilidades, sem o auxílio e o apoio da mulher a quem amo. Cquote2.svg
Mensagem de Eduardo VIII ao povo britânico, em 10/12/1936

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Príncipe Eduardo, Duque de Windsor em 1970

Após a guerra, o casal, rejeitado pela Família Real, retornou à França e passou a residir na Rue du Champ d'Entraînement, em Paris. O governo francês isentou o casal de pagar impostos pela casa próxima do Bosque de Bolonha. Eduardo teve o apoio da Embaixada Britânica.
O Duque e a Duquesa assumiram o papel de celebridades e eram considerados como parte da sociedade francesa nas décadas de 1950 e 1960. O casal era conhecido pelas belas festas e viagens luxuosas a Nova Iorque. Em 1953, o Duque de Windsor foi convidado para a cerimónia de Coroação da sua sobrinha, a futura Rainha Elizabeth, mas o casal decidiu permanecer na França e acompanhar a cerimónia pela televisão.
A Família Real nunca aceitou o casamento de Eduardo com a Duquesa de Windsor e a Rainha Maria se recusou a receber o casal no Reino Unido. No entanto, o Duque de Windsor esteve presente no funeral de seu irmão, Jorge VI. Somente em 1965, o casal retornou a Londres e foram visitados pela Rainha, acompanhada da Princesa Real e da Duquesa de Kent.
Em 1960, a saúde do Duque deteriorou-se e em dezembro de 1964, Eduardo sofreu uma cirurgia para remover um aneurisma na aorta abdominal e, no ano seguinte, foi-lhe diagnosticado um descolamento de retina. No final de 1971 o Duque, que era fumador, descobriu que tinha cancro de garganta, sendo submetido a radioterapias. A Rainha Elizabeth esteve com ele em 1972, durante uma visita de Estado à França.
Em 28 de maio de 1972, o Duque veio a falecer em sua casa em Paris, aos 77 anos de idade. Seu corpo foi trasladado para a Grã-Bretanha, velado no Castelo de Windsor e sepultado na Frogmore House.
Durante sua vida, Eduardo tentou, em vão, obter para sua esposa o título de "Alteza Real".

domingo, maio 27, 2012

Há 70 anos o Carniceiro de Praga foi alvo de um atentado

Reinhard Tristan Eugen Heydrich (Halle an der Saale, 7 de março de 1904 - Praga, 4 de junho de 1942) foi um dos líderes da Schutzstaffel durante o regime nacional-socialista na Alemanha. Chegou a alcançar o posto de Obergruppenführer dentro da SS, a temida tropa de choque nazi. Reinhard liderou a RSHA e foi por dois anos presidente da Interpol.
Era conhecido pela alcunha Protektor, por ter assumido o cargo de protetor dos territórios da Boémia e Morávia (nome pelo qual ficou conhecida a ex-Checoslováquia anexada pelos nazis em 1939), em 1941, quando Konstantin von Neurath se revelou incapaz de reprimir as manifestações dos patriotas checos. Os horrores que ali cometeu e o terror que infundiu às pessoas valeram-lhe um cognome: o Carniceiro de Praga.
Hoje, poucos duvidam de sua perícia à frente do Sicherheitsdienst (SD - Serviço de Segurança), vinculada às SS e com o objetivo de investigar, prender e eliminar toda a oposição ao regime nazi, em especial nos países ocupados. O SD, sob Heydrich, perseguiu comunistas, judeus e outros grupos religiosos que recusaram aderir ao nazismo, como as Testemunhas de Jeová. Além disso, Heydrich actuou como uma espécie de supervisor da "Solução Final" (Endlösung, em alemão), eufemismo pelo qual os nazis se referiam ao plano de extermínio da comunidade judaica. Nessa altura, ele foi incumbido por Hitler de exercer o seu trabalho in loco na Checoslováquia ocupada, onde se sabia da existência de um movimento de resistência nacional.
Na juventude, ganhou reputação pela sua habilidade desportiva – era um exímio esgrimista – e musical, ao ponto de seus pais terem sonhado com a possibilidade de ver o jovem Reinhard tornar-se um violinista famoso.

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Uma vez na Checoslováquia ocupada pelos nazis, Heydrich passou a exercer o seu poder tirânico através de assassinatos, prisões, torturas e quaisquer métodos similares que fossem necessários para controlar o movimento da resistência Checa, liderado desde Londres pelo ex-presidente do país, Eduard Benes. A política de Peitsche und Zücker (tradução: chicote e açúcar) fez de Heydrich, rapidamente, uma figura tão ou mais odiada pelos checoslovacos do que o próprio Adolf Hitler. A 27 de maio de 1942, dois militares checos, Jan Kubis e Josef Gabcik, membros do comando Anthropoid, encarregaram-se de protagonizar um atentado contra a vida de Heydrich. Ambos saltaram de pára-quedas meses antes, numa área próxima a Praga, e logo se dedicaram a procurar um local ideal para executar os seus planos. A tentativa de assassinato resultaria em parte graças à arrogância de Heydrich, que insistia em se deslocar pelas ruas de Praga num carro descapotável – contrariando as advertências de seus subordinados, que recomendavam que o Protektor utilizasse carros blindados.

Na manhã de 27 de maio de 1942, Heydrich saiu no seu carro, acompanhado pelo seu motorista, para apanhar um avião até Berlim. Kubis e Gabcik esperavam a postos numa curva entre as ruas Kirchmayer e V Holesóvickach, onde supostamente o carro passaria devagar. Gabcik utilizava uma pistola-metralhadora Sten de fabricação britânica, que deveria disparar contra o Mercedes-Benz do Protektor – mas a arma encravou. Reagindo à falha da arma do companheiro, Kubis lançou uma bomba artesanal, atingindo o carro de Heydrich, e ferindo-o gravemente quando Heydrich saía do carro para acertar contas com Gabcik – os dois receberam intenso treino no quartel de Dovercourt, Reino Unido, antes de executarem a sua missão. Com o impacto da explosão da granada, Heydrich teve o baço perfurado por estilhaços tendo mais tarde, devido a infecção, ficado com septicemia.

Paganini morreu há 172 anos

Niccolò Paganini (Génova, 27 de outubro 1782Nice, 27 de maio 1840) foi um compositor e violinísta italiano que revolucionou a arte de tocar violino, e deixou a sua marca como um dos pilares da moderna técnica de violino. O seu Caprice em Lá menor, Op. 1 No. 24 está entre suas composições mais conhecidas, e serviu de inspiração para outros proeminentes artistas como Brahms e Rachmaninoff.


Em Angola, há 35 anos, uma tentativa de golpe de estado degenerou num banho de sangue

(imagem daqui)

Fraccionismo foi o nome dado a um movimento político Angolano, liderado por Nito Alves, ex-dirigente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), no poder desde a independência do país. Este movimento articulou-se como dissidência no seio do MPLA, após a independência de Angola, em oposição ao Presidente Agostinho Neto, e lançou em Luanda uma tentativa de Golpe de Estado a 27 de maio de 1977.
O golpe fracassou devido ao apoio das FAR (forças cubanas estacionadas em Angola), e após um breve período de acalmia em que tudo parecia estar solucionado, deu-se um atentado à vida do Presidente Agostinho Neto, que levou a um período de dois anos, de perseguição sangrenta dos (reais e alegados) seguidores e simpatizantes de Nito Alves, culminando em milhares de mortos.

Antecedentes
Nito Alves lutava nas fileiras do MPLA desde 1961. Quando em 1974 se dá o 25 de Abril em Portugal, era o líder militar do MPLA, na região dos Dembos, a nordeste de Luanda.
Durante o período do Governo de Transição, transformou-se no líder dos militantes do MPLA nos musseques de Luanda, onde organizou os comités denominados "Poder Popular", que lutaram durante a guerra civil em Luanda, contra a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola).
Angola conquistará a independência um ano e alguns meses depois e, segundo os Fraccionistas, já havia no seio do MPLA, uma desvirtuação dos ideais para os quais muitos militantes haviam lutado. Houve uma grave cisão, no seio do movimento, entre os chamados "moderados" empenhados num crescimento cuidadoso e gradual, congregados à volta de Agostinho Neto e Lopo do Nascimento, e uma facção radical, com Nito Alves à cabeça, que objectava à predominância de mestiços e brancos no governo.
Segundo os radicais "as pessoas brancas e de sangue misto desempenhavam um papel fortemente desproporcionado no funcionamento do governo de uma nação predominantemente negra". Porém, naquela época já existiam negros que faziam parte do poder, até porque o presidente Agostinho Neto insistia na tese de querer implantar em Angola um governo multirracial. Alguns desses membros do governo viam a oportunidade de conquistar uma maior fatia do poder, lançando abertamente um apelo racista às massas, como Nito Alves quando num comício dos bairros periféricos de Luanda, afirmou que "Angola, só seria verdadeiramente independente quando brancos, mestiços e negros passassem a varrer as ruas juntos".
Nito Alves era considerado por alguns como o segundo homem do poder, logo a seguir a Agostinho Neto, e fora nomeado Ministro do Interior, quando o MPLA formou o primeiro Governo de Angola. Porém, o descontentamento de Nito Alves com a alegada orientação de Agostinho Neto a favor dos intelectuais urbanos mestiços, tais como Lúcio Lara, influente histórico e um dos principais ideólogos do partido, o então ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Jorge, e o Ministro da Defesa, "Iko" Carreira, constituiu foco de divisão no seio do Governo.
Esta divisão tornou-se mais evidente, quando em Luanda na 3ª Reunião Plenária do Comité Central realizada de 23 a 29 de Outubro de 1976, se decidiu a suspensão por seis meses, de Nito Alves e de José Van-Dúnem, acusados formalmente de Fraccionismo por terem sido protagonistas da criação de um 2º MPLA.
Como resultado da sua suspensão, Nito Alves e José Van-Dúnem propuseram a criação de uma comissão de inquérito, para averiguar se havia ou não Fraccionismo no seio do partido e que foi liderada por José Eduardo dos Santos, arrastando no tempo as inquirições, bem como a apresentação das suas conclusões sobre o Fraccionismo, levando a alastrar a divisão no seio do MPLA.
É de referir que devido a essa comissão de inquérito, o próprio José Eduardo dos Santos e o primeiro-ministro de então, Lopo do Nascimento, foram posteriormente acusados de Fraccionistas. No entanto, José Eduardo dos Santos foi ilibado pelo comissário provincial do Lubango, Belarmino Van-Dúnem.
A mulher de José Van-Dúnem, Sita Valles, com ligações ao PCUS (Partido Comunista da União Soviética) obtidas através do Komsomol, a organização Soviética da juventude, remontando ao período em que tinha feito parte da Comissão Central da UEC (União dos Estudantes Comunistas), sendo, à altura, considerada a número 2, a seguir de Zita Seabra, foi também expulsa do MPLA, acusada de ser uma agente infiltrada do KGB (policia secreta russa).
A realização da assembleia magna de militantes realizada a 21 de Maio de 1977 na cidadela de Luanda, presidida por Agostinho Neto, é o ponto de ruptura, sendo feito o anúncio oficial da expulsão de Nito Alves e de José Van-Dúnem.

Preparação
Nito Alves, depois de ter sido ouvido pela comissão de inquérito em fevereiro de 1977, começou a convencer o povo de que a acusação de “Fraccionismo” que lhe era dirigida, estava associada a uma intenção de “Golpe de Estado” que lhe procuravam também imputar. Realçava igualmente o facto de que, alguns dirigentes do MPLA teriam transmitido informações a militantes, sobre a previsão de fuzilamento dele próprio, em Janeiro desse ano.
Convenceu também os seus seguidores, de que as cadeias estavam a ser preparadas pelas forças afectas a esse grupo, para receber presos que a segurança já tinha em mira, em listas que circulavam no seu seio. Foi pois, através deste clima de desconfiança generalizada, criada dentro do MPLA e da suposta tentativa de eliminação física de alguns dos seus militantes que Nito Alves e o grupo dos seus apoiantes mais próximos, promoveram a mobilização de grande parte dos membros do MPLA em sua defesa, com o apoio de algumas das organizações de massas, de alguns populares de Luanda (particularmente do musseque Sambizanga) e de sectores importantes do exército.
Os chamados Nitistas manifestaram-se genuinamente no país a 27 de maio de 1977, de forma inequívoca, apoiados pelo exército, contra a linha de orientação repressiva que pensavam estar a ser seguida e contra a deterioração da vida do povo e carência generalizada de géneros alimentares, procurando obter o apoio de Agostinho Neto às suas pretensões de depurar a organização destes elementos da aliança das forças Maoístas e de direita para garantir o aprofundamento da revolução popular.
O que de facto os seus apoiantes não sabiam é que toda essa situação tinha sido orquestrada por Nito Alves, conduzido por agentes da CIA e que através de elementos bem colocados, manipulavam os média e as bases populares, criando armazéns clandestinos onde acumulavam imensos bens alimentares e outros de primeira necessidade, os mesmos de que o povo reclamava carência, preparando-se para abrir esses mesmos armazéns depois do golpe para apaziguar as massas. Tratando-se claramente de manipulação descarada e camuflada.
O golpe
Na madrugada de 27 de maio de 1977 (sexta-feira), Nito Alves, então Ministro da Administração Interna sob a presidência de Agostinho Neto, liderou um movimento popular de protesto que se dirigiu para o Palácio Presidencial, para apelar ao Presidente Neto que tomasse uma posição contra o suposto rumo de influência Maoísta que o MPLA estava a seguir e para que alterasse essa tendência com o retorno à linha Marxista-Leninista pura.
Virinha e Nandy, dirigentes do destacamento feminino das FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola), dirigem o assalto à cadeia de S. Paulo, onde se encontrava em visita de inspeção, Hélder Neto, chefe da INFANAL (serviço de Informação e Análise), órgão paralelo à DISA (Direcção de Informação e Segurança de Angola). Para tentar impedir o ataque, Helder Neto, liberta alguns presos e entrega-lhes armas para o ajudarem a defender a cadeia. No entanto, Sambala, um cantor popular detido por delito comum, prende-o pelos braços, quando ele abre as portas da cadeia para negociar com Virinha e Nandy, acabando, supostamente, por se suicidar.
Luís dos Passos, o actual secretário-geral do PRD, num jipe com seis militares, dirigia a tomada da Rádio Nacional, enquanto nos musseques Sita Vales e José Van-Dúnem, incitam os operários e os populares à revolta.
Saidy Mingas, um dos irmãos de Rui Mingas, fiel a Agostinho Neto, entra no quartel da Nona Brigada para tentar controlar as tropas, sendo preso pelos soldados e levado com Eugénio Costa e outros militares contrários à revolta para o musseque Sambizanga, onde são posteriormente queimados vivos.
Por volta do meio-dia o Governo, através de Onambwe, director-adjunto da DISA, reage com a ajuda das tropas cubanas. Os soldados retomam a cadeia e a rádio e abrem fogo sobre os manifestantes dispersando-os, abafando-se assim o golpe. Pelas 16.00 horas, a cidade já está controlada, e os manifestantes procuram refúgio. No musseque do Sambizanga são queimados vivos, os militares aprisionados, conseguindo escapar ileso o Comandante Gato. No começo da tarde, reinava o silêncio na cidade. Na Rádio Nacional Agostinho Neto resume os acontecimentos que por poucas horas abalaram Luanda: Hoje de manhã, pretendeu-se demonstrar que já não há revolução em Angola. Será assim? Eu penso que não... Alguns camaradas desnortearam-se e pensaram que a nossa opção era contra eles.
Com o poder governamental precariamente restabelecido em Luanda, foi imposto o recolher obrigatório com início ao pôr-do-sol e a terminar ao nascer-do-sol, realizado com a ajuda de barreiras de rua por toda a cidade. Cubanos, em tanques e blindados, guardavam os edifícios públicos.
Numa última tentativa de levar o golpe em frente, surge um atentado contra Agostinho Neto, levado a cabo pelo seu segurança particular e organizado por Nito Alves. Escapa ileso mas fica abalado emocionalmente e pouco tempo depois, num discurso empolgado, afirmou: "Não haverá contemplações". "Não perderemos muito tempo com julgamentos".
Logo nessa mesma noite a DISA, começou as buscas às casas à procura dos Nitistas. No rescaldo do golpe, imensas pessoas foram submetidas a prisões arbitrárias, tortura, condenações sem julgamento ou execuções sumárias, levadas a cabo pelo Tribunal Militar Especial vulgo Comissão Revolucionária, criado para substituir os julgamentos e que ficou conhecido por Comissão das Lágrimas.
Não se sabe a data exacta em que Nito Alves foi preso, mas sabe-se que foi fuzilado e que e se fez desaparecer o seu corpo, afundando-o no mar amarrado a pedras. Sita Valles e José Van-Dúnem foram aprisionados a 16 de junho de 1977. Em 1978, o escritor australiano Wilfred Burchett confirmou que Nito Alves fora executado, bem como Sita Valles, José Van-Dúnem, Ministro do Comércio Interno, David Aires Machado, e dois comandantes superiores do exército do MPLA, Jacob João Caetano (popularmente conhecido como Monstro Imortal) e Ernesto Eduardo Gomes da Silva (Bakalof).
(imagem daqui)
Consequências
As perseguições duraram cerca de dois anos. Tipicamente, após os julgamentos sumários, os ditos “traidores” eram apresentadas na TV angolana antes de serem fuzilados. Foram exibidos desta forma aproximadamente 15.000 pessoas.
Foram mortos muitos dos melhores quadros angolanos, combatentes experientes, mulheres combativas, jovens militantes, intelectuais e estudantes. Em julho de 1979, Agostinho Neto, levando em consideração os actos dos dois últimos anos, decide dissolver a DISA pelos "excessos" que havia cometido.
Ironicamente, o golpe acabou por reescrever a história, levando o MPLA a fazer o que os golpistas reivindicavam. Em dezembro de 1977, no seu primeiro congresso, mudam de nome para MPLA-PT (MPLA Partido do Trabalho) adoptando oficialmente a ideologia marxista-leninista, pedida por Nito Alves.
De acordo com várias fontes, o número de militantes do MPLA, depois das depurações, baixou de 110.000 para 32.000. Estas acções de depuração do partido provocaram milhares de mortos, não existindo um número oficial, oscilando segundo as fontes, entre os 15.000 e os 80.000.

Desfecho
A versão oficial, publicada a 12 de julho de 1977, afirma que se tratou de um Golpe de Estado e que o mesmo já vinha a ser preparado desde 1974, compreendendo várias fases (infiltração, sabotagem das estruturas existentes e finalmente, golpe de estado), sendo atribuído ao "Grupo de Nito".
Defendiam que, este grupo se apresentava com uma capa aparentemente revolucionária, a de uma linha "Marxista-Leninista pura", procurou desviar o povo dos objectivos da Reconstrução Nacional e da defesa da integridade territorial, tentando, dessa forma, controlar as estruturas do MPLA e do governo.
O Bureau Político acusou inclusive o "grupo de Nito", de ser um aliado do inimigo interno (UNITA e FNLA) e externo (Zaire, África do Sul e EUA), de manipular as dificuldades do povo, efectuar calúnias contra dirigentes e de estar afastado das massas populares recusando-se a com elas conviver. No plano ideológico, considerou que as acusações dos Fraccionistas, da existência nas cúpulas de manifestações Social-Democratas ou Maoístas, eram conceitos palavrosos, sem significado em Angola.
A direcção do MPLA, discordava claramente de que o Fraccionismo, fosse uma tomada de consciência da classe operária Angolana. Considerou ainda que, os conceitos de Anti-Sovietismo e Anti-Comunismo atribuídos a grande parte dos responsáveis políticos do MPLA, eram apenas uma tentativa dos golpista de atrair o apoio dos países amigos ou Socialistas.
Os apoiantes de Nito Alves, pelo seu lado, consideram que o golpe já estava a ser feito por uma ala Maoísta do partido, liderada pelo secretário administrativo do movimento, Lúcio Lara que terá instrumentalizado os principais centros de decisão do partido e os média, em especial o Jornal de Angola, pelo que consideravam que a manifestação convocada por Nito Alves não se tratou de um golpe de estado mas sim de "um contra-golpe".
Em abril de 1992, o governo angolano reconheceu que foram "julgados, condenados e executados" os principais "mentores e autores da intentona Fraccionista", que classificou como "uma acção militar de grande envergadura" que tinha por objectivo "a tomada do poder pela força e a destituição do presidente Neto".

Conclusão
Apesar de este período histórico ter ficado conhecido como Fraccionismo, a palavra em si já tinha sido usada para definir outras tentativas de rotura no MPLA, o próprio Agostinho Neto, refere isso no discurso proferido a 5 de fevereiro de 1977, na assembleia de militantes em N'dalatando.
"... Houve a certo momento em 1962 um fraccionismo, que foi conduzido por Viriato da Cruz, nome que não é desconhecido dos camaradas, mas que produziu a divisão do Movimento, por não querer submeter-se a essas regras de centralismo democrático. Quando se discutia um problema, no Comité Director, ele assumia, sempre uma atitude contra a maioria. Mais recentemente, (1965/66) um outro grande fraccionismo, que se baseou na tribo, que é o de Chipenda. Era membro dirigente do MPLA, estava connosco no Comité Director e, certa altura, foi mobilizar a gente da sua tribo – ele é natural do Lobito. Pensava ele que poderia ser o chefe dos Umbundos.
"Revolta Activa", chefiado por Gentil Viana. Da mesma maneira, dentro do movimento, formou um grupo para combater a Direcção do Movimento. Claro que hoje está preso.
Nós temos de combater, sempre e com firmeza, qualquer tentativa de fraccionismo. Isto não pode ser admitido numa organização democrática como a nossa em que há democracia, da base ao topo.
Se esse grupo não se convencer com a crítica, é necessário neutralizá-lo... No MPLA, nós somos um e temos regras para a vida da Organização. Não somos diversos. Somos um ou devemos ser um.
Portanto, quando nós dizemos fraccionismo, significa que alguém dentro da Organização, dentro do país, quis formar grupos que fossem diferentes do MPLA. Ora neste país, o único Movimento que existe é o MPLA e quem defender outro Movimento qualquer, não pode ser tolerado.
Devo dizer aos camaradas – agora já o posso dizer – que alguns deles, alguns que andam fugidos – ou os que estão sob investigação – chegavam às reuniões e, em vez de discutir os problemas que eram inscritos na ordem de trabalho, pegavam num livro e punham-se a ler à socapa. Muitas vezes, tinham sono, dormiam, talvez porque tivessem reuniões de mais.
Primeiramente foi o grupo que se chamava "Comités Herda". Foi eliminado. Depois eram os "Comités Amílcar Cabral". Foram eliminados. Apareceram depois alguns deles, indivíduos que pertenciam a esses dois grupos apareceram numa outra organização chamada "OCA – Organização Comunista de Angola" e também foram eliminados. …"
Agostinho Neto
A única conclusão óbvia é que o Fraccionismo, não passou de apenas mais uma etapa na história evolutiva do MPLA, a sua diferença em relação aos outros movimentos semelhantes, foi que graças ao aproveitamento das forças desestabilizadoras externas e à sua ajuda e organização, o golpe Fraccionista quase obteve sucesso, mas apesar do seu fracasso, levou a que fossem efectuadas alterações estruturais no seio do MPLA extremamente positivas.
Nito Alves dizia "Os que fazem a História nem sempre podem escreve-la".

O Escutismo Católico surgiu em Portugal há 89 anos

O Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português (CNE) é a maior Organização de Juventude de Portugal. É uma associação sem fins lucrativos, destinada à formação integral de jovens, com base no método criado por Robert Baden-Powell e no voluntariado dos seus membros, que se afirma como um movimento da Igreja Católica.
O Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português - nasceu em Braga a 27 de maio de 1923. Foram seus fundadores o Arcebispo D. Manuel Vieira de Matos e Dr. Avelino Gonçalves, que em Roma tiveram os primeiros contactos com o Movimento, quando ali assistiram, em 1922, a um desfile de 20.000 Escutas, por ocasião do Congresso Eucarístico Internacional que esse ano se realizou na Cidade Eterna.
 

Siouxsie Sioux - 55 anos!

Susan Janet Ballion (Bromley, em Londres, 27 de maio de 1957) mais conhecida como Siouxsie Sioux é uma cantora britânica, vocalista da banda pós-punk Siouxsie and the Banshees, e de seu projeto paralelo formado com Budgie, a banda The Creatures. Considerada uma das mais importantes artistas de sua geração e um dos ícones do rock da década de 1980 e 1990, influenciando vários artistas de sua época e posteriormente.


Neil Finn, o vocalista dos Crowded House, faz hoje 54 anos

Neil Mullane Finn (Te Awamutu, Nova Zelândia, 27 de maio de 1958) é um cantor e compositor, líder do grupo neozelandes Crowded House e, anteriormente, de uma outra banda também neozelandesa chamada Split Enz.
Finn ficou conhecido no final dos anos 1970 depois de substituir o vocalista e compositor Phil Judd na banda Split Enz, da qual fazia parte seu irmão, Tim Finn. Com o grupo, Finn escreveu os hits "One Step Ahead", "History Never Repeats", "I Got You" e "Message to My Girl", entre outros.
Com o fim do Split Enz em 1984, foi aberto o caminho para a formação de um novo grupo que foi consolidado no ano seguinte sob o nome de Crowded House.
Nos Crowded House, Finn permaneceu até 1996, para iniciar uma bem sucedida carreira solo, lançando dois álbuns com o irmão Tim, intitulados "Finn Brothers".
Em 2007, Finn reuniu os Crowded House e, juntos, lançaram um novo álbum, "Time on Earth" começando uma turnê mundial.


sábado, maio 26, 2012

Miles Davis nasceu há 87 anos

Miles Dewey Davis Jr (Alton, 26 de maio de 1926Santa Monica, 28 de setembro de 1991) foi um trompetista, compositor e bandleader de jazz norte-americano.
Considerado um dos mais influentes músicos do século XX, Davis esteve na vanguarda de quase todos os desenvolvimentos do jazz desde a Segunda Guerra Mundial até a década de 1990. Ele participou de várias gravações do bebop e das primeiras gravações do cool jazz. Foi parte do desenvolvimento do jazz modal, e também do jazz fusion que originou-se do trabalho dele com outros músicos no final da década de 1960 e no começo da década de 1970.
Miles Davis pertenceu a uma classe tradicional de trompetistas de jazz, que começou com Buddy Bolden e desenvolveu-se com Joe "King" Oliver, Louis Armstrong, Roy Eldridge e Dizzy Gillespie. Ao contrário desses músicos ele nunca foi considerado com um alto nível de habilidade técnica. Seu grande êxito como músico, entretanto, foi ir mais além do que ser influente e distinto em seu instrumento, e moldar estilos inteiros e maneiras de fazer música através dos seus trabalhos. Muitos dos mais importantes músicos de jazz fizeram seu nome na segunda metade do século XX nos grupos de Miles Davis, incluindo: Joe Zawinul, Chick Corea e Herbie Hancock, os saxofonistas John Coltrane, Wayne Shorter, George Coleman e Kenny Garrett, o baterista Tony Williams e o guitarrista John McLaughlin.
Como trompetista Davis tinha um som puro e claro, mas também uma pouco comum liberdade de articulação e altura. Ele ficou conhecido por ter um registo baixo e minimalista de tocar, mas também era capaz de conseguir alta complexidade e técnica com seu trompete.
Em 13 de março de 2006, Davis foi postumamente incluído no Rock and Roll Hall of Fame. Ele foi também incluído no St. Louis Walk of Fame, Big Band and Jazz Hall of Fame, e no Down Beat's Jazz Hall of Fame.


Marian Gold, o vocalista dos Alphaville, faz hoje 58 anos

Hartwig Schierbaum (Herford, 26 de maio de 1954), mais conhecido pelo nome artístico de Marian Gold, é um músico alemão. Ele é o vocalista da banda alemã de synthpop Alphaville.
Marian fez sucesso em meados dos anos 80, com as músicas "Big in Japan", "Forever Young", "Sounds Like A Melody" e "Dance With Me".


Stevie Nicks - 64 anos

Stevie Nicks, nome artístico de Stephanie Lynn Nicks, (Phoenix, Estados Unidos, 26 de maio de 1948) é uma cantora e compositora norte-americana, mais conhecida como cantora da banda Fleetwood Mac. Uma de suas canções solo, "Edge of Seventeen", figurou na trilha sonora do jogo eletrónico Grand Theft Auto IV, mais precisamente na rádio Liberty Rock Radio 97.8.Também teve a sua banda sonora da musica "Edge of Seventeen" no filme Escola de Rock em 2003.


sexta-feira, maio 25, 2012

Gonçalo Ribeiro Telles - 90 anos!

Gonçalo Pereira Ribeiro Telles (Lisboa, 25 de maio de 1922) é um arquitecto paisagista e político português.
Figura notável das questões do ordenamento do território e do uso da terra em Portugal, Gonçalo Ribeiro Telles licenciou-se em Engenharia Agrónoma e terminou o Curso Livre de Arquitectura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia. Iniciou a sua vida profissional como assistente deste instituto, tornando-se discípulo de Francisco Caldeira Cabral. Mais tarde seria professor catedrático convidado da Universidade de Évora, criando as licenciaturas em Arquitectura Paisagista e em Engenharia Biofísica.
Iniciou a sua intervenção pública como membro da Juventude Agrária e Rural Católica, acentuando a sua oposição ao regime nas sessões do Centro Nacional de Cultura. Com Francisco Sousa Tavares fundou, em 1957, o Movimento dos Monárquicos Independentes, a que se seguiria o Movimento dos Monárquicos Populares, assumindo-se claramente contra o salazarismo. Em 1958 manifestou o seu apoio à candidatura presidencial de Humberto Delgado. Em 1967, aquando das cheias de Lisboa, impôs-se publicamente contra as políticas de urbanização vigentes. Em 1971 ajudou a fundar o movimento Convergência Monárquica.
Após o 25 de Abril fundou o Partido Popular Monárquico, a cujo Directório presidiu. Foi Subsecretário de Estado do Ambiente nos I, II e III Governos Provisórios, e Secretário de Estado da mesma pasta, no I Governo Constitucional. Em 1979 integrou a Aliança Democrática, liderada por Francisco Sá Carneiro. Deputado à Assembleia da República, eleito em 1980, 1983, 1985, integrou o VIII Governo Constitucional, como Ministro de Estado e da Qualidade de Vida. Durante esse período criou as zonas protegidas da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e lançou as bases do Plano Director Municipal. Em 1984 fundou o Movimento Alfacinha, com o qual se apresentou candidato à Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido eleito vereador. Posteriormente fundou o Movimento o Partido da Terra, de que é presidente honorário, desde 2007.
Entre os seus restantes projectos, referenciem-se os jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto e com o qual recebeu, ex aequo, o Prémio Valmor de 1975. Projectou também o Jardim Amália Rodrigues, junto ao Parque Eduardo VII, em 1996. De 1998 a 2002, por iniciativa da presidência da Câmara Municipal de Lisboa, coordenou uma equipa técnica responsável por um conjunto muito vasto de projectos, em Lisboa e na Área Metropolitana, relativos às estruturas verdes principal e secundária, hoje em diferentes fases de implementação, tais como o Vale de Alcântara e a Radial de Benfica, o Vale de Chelas, o Parque Periférico, o Corredor Verde de Monsanto e a Integração na Estrutura Verde Principal de Lisboa, da Zona Ribeirinha Oriental e Ocidental.
Em 1994 recebeu do então Presidente Mário Soares, a Grã-Cruz da Ordem de Cristo.