segunda-feira, maio 21, 2012
Mercalli nasceu há 162 anos
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A propósito da final da Taça de Portugal de futebol de ontem....
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Mais informações sobre o sismo de ontem em Itália
Mais informações sobre o sismo, obtidas no site do USGS:
Magnitude 6.0 | Localização 4km ENE of Camposanto | 2012-05-20 - 02:03 | Latitude 44.800°N | Longitude 11.192°E | Profundidade 5.0 |
domingo, maio 20, 2012
Poema para recordar o Princípe D. Pedro, na data do seu triste final
Cessação
Quando a morte vier, ou procurada
eu a tiver comigo apenas por um instante,
qual já nem for amante
a esperança conseguida à liberdade,
então do nada que a existência invade
alguma dor virá de não ter dito
que a vida eu sofria como um rito
do Sol de outras manhãs. Expatriada?
Não. Que só a morte nunca existirá.
Sonharei - sonhará,
na treva, a cantiga:
Que luz não amiga
a treva será?
Nem longe, nem perto;
nem riso decerto.
Apenas um rumor de madrugada.
in Coroa da Terra (1946) - Jorge de Sena
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O sismo desta noite em Itália - uma notícia
Há, pelo menos, 50 feridos
Sismo em Itália mata seis pessoas e lança pânico nas ruas
Uma das vítimas mortais era um funcionário de uma fábrica em Ponte Rodoni di Bondeno, que produz materiais de isolamento para habitações. Quando faltavam apenas 56 minutos para o seu turno acabar, o homem foi apanhado pelo desabamento de uma parte do telhado do edifício.
Dois outros funcionários, que também faziam o turno da noite, morreram numa unidade de fabrico de ladrilhos para pavimentos na cidade de Sant’Agostino, em Ferrara. "Ele nem era suposto ter estado lá. Mudou o turno com um amigo que queria ir à praia", contou a mãe de uma das vítimas.
O abalo sísmico, o mais forte registado em Itália nos últimos três anos, foi sentido em todo o Nordeste do país – nomeadamente nas cidades de Bolonha, Ferrara, Verona e Mântua – e foi seguido de várias réplicas, a mais forte das quais de 5,1 de magnitude. Na região de Modena, 50 pessoas ficaram feridas, sem gravidade. Várias casas ficaram danificadas e os hospitais da região foram evacuados, como medida de segurança. As equipas de socorro estão à procura de pessoas que tenham ficado debaixo dos escombros.
Em Bolonha e em outras cidades, milhares de habitantes acordaram a meio da noite e saíram à rua em pânico. As centrais telefónicas dos bombeiros depressa ficaram saturadas. "Saí para a rua de pijama", disse um homem a uma estação de televisão, citada pela agência britânica Reuters.
As primeiras imagens difundidas pelas televisões mostram casas parcialmente destruídas e destroços amontoados nas ruas. São muitos os edifícios históricos e igrejas danificados pelo tremor de terra. O castelo medieval da cidade de San Felice sul Panaro, perto do epicentro do sismo, foi um dos edifícios mais danificados e há quem receie o desabamento de uma das suas torres.
Horas mais tarde, um outro abalo, de 4,1 de magnitude, foi registado na Lombardia, nas províncias de Modena, Mântua, Ferrara e Rovigo, sem causar danos.
O último grande sismo registado em Itália foi o abalo de 6,3 de magnitude, na cidade de L'Aquila, em 2009. Morreram cerca de 300 pessoas.
Fartar, vilanagem...
Poema da Alfarrobeira
Era Maio, e havia flores vermelhas e amarelas
nos campos de Alfarrobeira.
O homem,
de burel grosso e barba de seis dias,
arrastava os tamancos e o cansaço.
Ao lado iam seguindo os bois puxando o carro,
naquele morosíssimo compasso
que engole o tempo ruminando o espaço.
Era um velho mas tinha a voz sonora
e com ela incitava os bois em andamento,
voz cantada que os ecos prolongavam
indefinidamente.
Era um deus soberano e maltrapilho
a cuja imperiosa voz aquelas massas
de carne musculada
maciça, rude, bruta, inamovível,
obedeciam mansas e seguiam
no sulco aberto
como se um pulso alado as dirigisse,
mornas e sonolentas.
A voz era a de um deus que os mundos cria,
que do nada faz tudo,
que vence a inércia e anula a gravidade,
que levita o que pesa e o trata como leve.
Potência aliciadora alonga-se e prolonga-se
nos plainos da paisagem,
enquanto os animais prosseguem no caminho
do seu quotidiano,
pensativos e absortos.
Lá em baixo, na margem do ribeiro,
estendido sobre a erva,
jaz o infante.
Do seu coração ergue-se a haste de um virote
erecta como um junco,
e já nenhuma voz o acordará.
in Novos Poemas Póstumos – António Gedeão
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Joe Cocker nasceu há 68 anos
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João XXI, o único Papa português, morreu há 735 anos
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Vasco da Gama chegou à Índia há 514 anos
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O Rei D. Afonso V matou o seu teu tio e sogro, D. Pedro, Duque de Coimbra, na Batalha de Alfarrobeira, há 563 anos
Postado por Fernando Martins às 00:56 0 bocas
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Hoje é um triste dia da História de Portugal - o Infante D. Pedro, Duque de Coimbra, morreu há 563 anos
Claro em pensar, e claro no sentir,
É claro no querer;
Indiferente ao que há em conseguir
Que seja só obter;
Dúplice dono, sem me dividir,
De dever e de ser —
Não me podia a Sorte dar guarida
Por eu não ser dos seus.
Assim vivi, assim morri, a vida,
Calmo sob mudos céus,
Fiel à palavra dada e à ideia tida.
Tudo mais é com Deus!
in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa
Postado por Pedro Luna às 00:47 0 bocas
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Stephen Jay Gould morreu há dez anos
Postado por Fernando Martins às 00:10 0 bocas
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Timor-Leste é independente há 10 anos!
Postado por Fernando Martins às 00:00 0 bocas
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sábado, maio 19, 2012
Na abertura do Museu do Quartzo...
Postado por Adelaide Martins às 23:59 0 bocas
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Recordar Catarina Eufémia
Catarina Eufémia
O primeiro tema da reflexão grega é a justiça
E eu penso nesse instante em que ficaste exposta
Estavas grávida porém não recuaste
Porque a tua lição é esta: fazer frente
Pois não deste homem por ti
E não ficaste em casa a cozinhar intrigas
Segundo o antiquíssimo método oblíquo das mulheres
Nem usaste de manobra ou de calúnia
E não serviste apenas para chorar os mortos
in Dual (1972) -Sophia de Mello Breyner Andresen
Postado por Pedro Luna às 20:55 0 bocas
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Joey Ramone nasceu há 61 anos
Postado por Fernando Martins às 20:19 0 bocas
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Pete Townshend - 67 anos
Postado por Fernando Martins às 20:07 0 bocas
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Mário de Sá-Carneiro nasceu há 122 anos
Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe d'asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Assombro ou paz? Em vão... Tudo esvaído
Num baixo mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho - ó dor! - quási vivido...
Quási o amor, quási o triunfo e a chama,
Quási o princípio e o fim - quási a expansão...
Mas na minh'alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo... e tudo errou...
- Ai a dor de ser-quási, dor sem fim... -
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se elançou mas não voou...
Momentos d'alma que desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol - vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
. . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . .
Um pouco mais de sol - e fora brasa,
Um pouco mais de azul - e fora além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
in Dispersão - Mário de Sá-Carneiro
Postado por Fernando Martins às 19:53 0 bocas
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Catarina Eufémia foi assassinada há 57 anos
Zeca Afonso - Cantar alentejano
Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer
Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou
Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou
Aquela pomba tão branca
Todos a querem p'ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti
Aquela andorinha negra
Bate as asas p'ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar
Postado por Fernando Martins às 19:28 0 bocas
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