Vasco da Gama (Sines, c. 1460 ou 1468 ou 1469 - Cochim, Índia, 24 de dezembro de 1524) foi um navegador e explorador português. Na Era dos Descobrimentos, destacou-se por ter sido o comandante dos primeiros navios a navegar da Europa para a Índia, na mais longa viagem oceânica até então realizada, superior a uma volta completa ao mundo pelo Equador. No fim da vida foi, por um breve período, Vice-rei da Índia portuguesa título que era usado em algumas monarquias da Europa, para designar os governadores e representantes do rei numa província afastada ou num território ultramarino.
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Chegada de Vasco da Gama a Calecute, Índia, a 20 de maio de 1498
Em 20 de maio de 1498, a frota alcançou Kappakadavu, próxima de Calecute, no actual estado indiano de Kerala, ficando estabelecida a Rota do Cabo e aberto o caminho marítimo dos Europeus para a Índia.
No dia seguinte à chegada, entre a multidão reunida na praia, foram saudados por dois mouros de Tunes (Tunísia), um dos quais dirigiu-se em castelhano «Ao
diabo que te dou; quem te trouxe cá?». E perguntaram-lhe o que vínhamos
buscar tão longe; e ele respondeu: «Vimos buscar cristãos e
especiaria.», conforme relatado por Álvaro Velho. Ao ver as imagens de deuses Hindus
Gama e os seus homens pensaram tratar-se de santos cristãos, por
contraste com os muçulmanos que não tinham imagens. A crença nos
"cristãos da Índia", como então lhes chamaram, perdurou algum tempo
mesmo depois do regresso.
Contudo as negociações com o governador local, Samutiri Manavikraman Rajá, Samorim
de Calecute, foram difíceis. Os esforços de Vasco da Gama para obter
condições comerciais favoráveis foram dificultados pela diferença de
culturas e pelo baixo valor de suas mercadorias,
com os representantes do samorim a escarnecerem das suas ofertas, e os
mercadores árabes aí estabelecidos a resistir à possibilidade de
concorrência indesejada. As mercadorias apresentadas pelos portugueses
mostraram-se insuficientes para impressionar o samorim, em comparação
com os bens de alto valor ali comerciados, o que gerou alguma
desconfiança. Os portugueses acabariam por vender as suas mercadorias
por baixo preço para poderem comprar pequenas quantidades de especiarias
e jóias para levar para o reino.
Por fim o Samorim mostrou-se agradado com as cartas de D. Manuel I e
Vasco da Gama conseguiu obter uma carta ambígua de concessão de direitos
para comerciar, mas acabou por partir sem aviso após o Samorim e o seu
chefe da Marinha Kunjali Marakkar
insistirem para que deixasse todos os seus bens como garantia. Vasco da
Gama manteve os seus bens, mas deixou alguns portugueses com ordens
para iniciar uma feitoria.
in Wikipédia
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