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domingo, maio 20, 2012

O sismo desta noite em Itália - uma notícia

Há, pelo menos, 50 feridos
Sismo em Itália mata seis pessoas e lança pânico nas ruas

Torre parcialmente destruída em Finale Emilia, perto do epicentro do sismo (Giorgio Benvenuti/Reuters)

Efeitos do sismo em Finale Emilia (Giorgio Benvenuti/Reuters)

Efeitos do sismo em Finale Emilia (Giorgio Benvenuti/Reuters)

Giorgio Benvenuti/Reuters

Giorgio Benvenuti/Reuters

Um dos edifícios danificados em Sant' AgostinoGiorgio Benvenuti/Reuters

O Norte de Itália foi abalado esta noite por um sismo de magnitude 6,0 na escala de Richter. Uma actualização do balanço de vítimas feita pela agência noticiosa ANSA dá conta de seis mortos, o dobro do que era avançado nas primeiras informações. Pelo menos outras 50 pessoas ficaram feridas.

O sismo, que durou 20 segundos, aconteceu às 04.05 horas (03.05 horas em Portugal), a dez quilómetros de profundidade e a 36 quilómetros de distância da cidade de Bolonha, na região de Modena.

Uma das vítimas mortais era um funcionário de uma fábrica em Ponte Rodoni di Bondeno, que produz materiais de isolamento para habitações. Quando faltavam apenas 56 minutos para o seu turno acabar, o homem foi apanhado pelo desabamento de uma parte do telhado do edifício.

Dois outros funcionários, que também faziam o turno da noite, morreram numa unidade de fabrico de ladrilhos para pavimentos na cidade de Sant’Agostino, em Ferrara. "Ele nem era suposto ter estado lá. Mudou o turno com um amigo que queria ir à praia", contou a mãe de uma das vítimas.

O abalo sísmico, o mais forte registado em Itália nos últimos três anos, foi sentido em todo o Nordeste do país – nomeadamente nas cidades de Bolonha, Ferrara, Verona e Mântua – e foi seguido de várias réplicas, a mais forte das quais de 5,1 de magnitude. Na região de Modena, 50 pessoas ficaram feridas, sem gravidade. Várias casas ficaram danificadas e os hospitais da região foram evacuados, como medida de segurança. As equipas de socorro estão à procura de pessoas que tenham ficado debaixo dos escombros.

Em Bolonha e em outras cidades, milhares de habitantes acordaram a meio da noite e saíram à rua em pânico. As centrais telefónicas dos bombeiros depressa ficaram saturadas. "Saí para a rua de pijama", disse um homem a uma estação de televisão, citada pela agência britânica Reuters.

As primeiras imagens difundidas pelas televisões mostram casas parcialmente destruídas e destroços amontoados nas ruas. São muitos os edifícios históricos e igrejas danificados pelo tremor de terra. O castelo medieval da cidade de San Felice sul Panaro, perto do epicentro do sismo, foi um dos edifícios mais danificados e há quem receie o desabamento de uma das suas torres.

Horas mais tarde, um outro abalo, de 4,1 de magnitude, foi registado na Lombardia, nas províncias de Modena, Mântua, Ferrara e Rovigo, sem causar danos.

O último grande sismo registado em Itália foi o abalo de 6,3 de magnitude, na cidade de L'Aquila, em 2009. Morreram cerca de 300 pessoas.



quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Há 733 anos morreu o rei D. Afonso III e começou o longo e próspero reinado de D. Dinis

D. Afonso III de Portugal (Coimbra, 5 de Maio de 1210 – id., 16 de Fevereiro de 1279), cognominado O Bolonhês por ter sido casado com a condessa Matilde II de Bolonha, foi o quinto Rei de Portugal. Afonso III era o segundo filho do rei Afonso II e da sua mulher Urraca de Castela, e sucedeu ao seu irmão Sancho II em 1248.



D. Dinis I de Portugal (Lisboa [?], 9 de Outubro 1261 - Santarém, 7 de Janeiro de 1325) foi o sexto rei de Portugal, cognominado o Lavrador pela imputação da plantação do pinhal de Leiria ou o Rei-Poeta devido à sua obra literária.
Filho de D. Afonso III de Portugal e da infanta Beatriz de Castela. Foi aclamado em Lisboa em 1279, tendo subido ao trono com 17 anos. Em 1282 desposou Isabel de Aragão, que ficaria conhecida como rainha santa.
Ao longo de 46 anos a governar o Reino de Portugal e o Reino do Algarve foi um dos principais responsáveis pela criação da identidade nacional e o alvor da consciência de Portugal enquanto estado-nação: em 1297, com a conclusão da Reconquista, definiu as fronteiras de Portugal no Tratado de Alcanizes, prosseguiu relevantes reformas judiciais, instituiu a língua Portuguesa como língua oficial da corte, libertou as Ordens Militares em território nacional de influências estrangeiras e prosseguiu um sistemático acréscimo do centralismo régio. A sua política centralizadora foi articulada com importantes acções de fomento económico - como a criação de inúmeros concelhos e feiras. D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro e organizou a exportação da produção excedente para outros países europeus. Em 1308 assinou o primeiro acordo comercial português com a Inglaterra. Em 1312 fundou a marinha Portuguesa, nomeando 1º Almirante de Portugal, o genovês Manuel Pessanha, e ordenando a construção de várias docas.
Foi grande amante das artes e letras. Tendo sido um trovador famoso, cultivou as Cantigas de Amigo, de Amor e a sátira, contribuindo para o desenvolvimento da poesia trovadoresca. Pensa-se ter sido o primeiro monarca português alfabetizado, tendo assinado sempre com o nome completo. Culto e curioso das letras e das ciências, terá impulsionado a tradução de muitas obras para português, entre as quais se contam os tratados de seu avô Afonso X, o Sábio. Foi o responsável pela criação da primeira Universidade portuguesa, inicialmente instalada na zona do actual Largo do Carmo, em Lisboa. Transferida pela primeira vez para Coimbra em 1308. Esta universidade foi transferida várias vezes entre as duas cidades, estando definitivamente instalada em Coimbra desde 1537, por ordem de D. João III.
Após a sua morte em 1325 foi sucedido pelo seu filho legitimo Afonso IV de Portugal, apesar da oposição do seu filho natural Afonso Sanches.

segunda-feira, janeiro 31, 2011

A propósito da trapalhada dos graus académicos bolonheses

O Conselho Nacional das Profissões Liberais e Graus Académicos

“A vida é um pouco mais complexa do que se diz, e também as circunstâncias. Há uma necessidade premente de mostrar essa complexidade” (Marcel Proust, 1871-1922).

Mercê da atabalhoada transformação do então ensino médio em ensino superior politécnico, tem-se assistido à vã tentativa de endireitar a sombra torta de uma vara de sucessivas asneiras, agravando-se, pelo contrário, a situação ao taparem-se buracos por um lado e abrindo-se crateras por outro lado.

Tudo isto feito ao sabor de uma política de ensino superior nada digna de crédito e, muito menos, de aplauso, por a legislação que lhe foi servindo de respaldo ter ido, na escuridão da noite e de baionetas caladas, ao encontro de interesses partidários, da vozearia dos maiores sindicatos docentes e da vontade de professores e alunos do então chamado ensino superior curto, hoje denominado de ensino politécnico. Tudo isto aconteceu, em parte, por causa de uma declarada apatia inicial do corpus universitário face aos poderes públicos que, num abrir e fechar de olhos, de um inicial e simples diploma de estudos superiores do ensino politécnico, passaram a conceder o bacharelato para daí partirem para a licenciatura e o mestrado. E ainda a procissão vai no adro!

Reporto-me, por ora, aos graus académicos universitários, imediatamente anteriores ao chamado “Processo de Bolonha”: licenciatura (“com o prestígio da Universidade que lhe deu a primeira credencial de título académico nobilitante”, nas palavras de Adriano Moreira), mestrado e doutoramento. Um tanto a latere, deve ser esclarecido que, embora com vida efémera, a seguir a 25 de Abril, assistiu-se à recuperação do grau de bacharel - com tradição secular em Portugal, v.g., o caso de Eça de Queiroz- na Faculdade de Direito de Coimbra e outras faculdades portuguesas do outros ramos do saber.

Petições do “Conselho Nacional das Ordens Profissionais “(CNOP) têm tentado, de certo modo, minorar, as sucessivas asneiras cometidas no que concerne à atribuição, sem rei nem roque, de graus académicos em território nacional. O núcleo duro da proposta por si apresentada reside em “atribuir a equiparação do grau de mestre às antigos licenciaturas universitárias anteriores a Bolonha”.


Pode dizer-se que remonta ao ano de 2004 esta preocupação do CNOP pela confusão que se desenhava no horizonte entre os graus académicos propostos em Portugal e aqueloutros existentes em outros países com a louvável intenção “de adopção de um sistema de graus comparável e legível”. Ora o que hoje se passa é haver uma confusão de graus académicos no espaço europeu que quase exige uma tabela de equivalências de graus académicos ministrados em Portugal e grande parte dos países do velho continente.

Com essa intenção e evocando eu de novo palavras de Adriano Moreira, “para estar nas decisões para não vir a ser apenas objectos delas”, realizou, em Coimbra, o CNOP um Seminário, intitulado “Reflexos da Declaração de Bolonha” (12 e 13 de Novembro de 2004), com a participação de nove ordens profissionais em representação, por ordem alfabética, de advogados, arquitectos, biólogos, economistas, engenheiros, farmacêuticos, médicos, médicos dentistas e médicos veterinários. Na altura, todos estas associações profissionais se manifestaram em bloco (passe a redundância) contra a atribuição do grau de licenciado para o ciclo inicial de estudos universitários.

Em face do panorama deste ano de 2011, este parecer não teve qualquer impacto, ou mera influência sequer, nas decisões da tutela do então Ministério da Ciência e do Ensino Superior (MCES). Desta forma, neste torrão natal, no nosso jeito secular de complicar as coisas simples, a língua de Shakespeare – veículo de entendimento entre parcelas de territórios de cinco continentes – seria abastardada pela adopção do termo licenciado como que a modos da forçada tradução para português da palavra inglesa bachelor. Tudo isto, depois de consultas, “para inglês ver”, promovidas pelo próprio MCES por ter considerado (?) que o assunto “exigia a assumpção repartida de responsabilidades por parte do Governo, da Administração, das Instituições de Ensino Superior e das Associações Profissionais”. E era, outrossim, acrescentado que “nesse sentido estamos a proceder a uma profunda discussão a nível nacional e a nível parlamentar” (p. 22, de uma brochura emanada desse ministério).
Por outro lado, essa louvável intenção era reforçada pela afirmação de estar em análise o “impacto no exercício das Profissões Liberais através de contacto com as Ordens Profissionais” (p. 66, id.;ibid). Mas porque, como diz o aforisma, “ estar o inferno cheio de boas intenções”, assistiu-se ao degradante desprestígio das licenciaturas universitárias então existentes. E este facto é tanto mais insólito se tivermos em conta que a consulta a um qualquer dicionário nos dá a tradução da palavra inglesa bachelor como bacharel em português, com a correspondência a um ciclo de estudo inicial com a duração de três anos, em nomenclatura adoptada para além do Reino Unido, por exemplo, na Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca e República Checa.

Voltando à carga, o CNOPO tenta agora, de certo e, quanto a mim, discutível modo, minorar, as asneiras cometidas no que respeita à concessão de graus académicos através de uma petição “online”, começada a correr em Julho do ano passado, endereçada à Assembleia da República, que, muito resumidamente, pretende que “aos licenciados pré-Bolonha, com formação de 5/6 anos, seja dada equivalência de mestre” (Notícia do Canal UP, 23/07/2010).

Segundo o Público (16/01/2011), esta petição, subscrita por 49.300 assinaturas (quando seriam apenas necessárias 4.000), acabou de dar entrada esta semana na Assembleia da República, com o objectivo de “acabar de vez com as confusões e as injustiças criadas com a reforma de Bolonha, exigindo a atribuição do grau de mestre aos titulares de licenciaturas pré-reforma”. A propósito, refiro que, em Março de 2009, através também do CNOP, foi levada a Plenário da Assembleia da República uma petição nesse sentido “com resultados reais nulos”, segundo os seus signatários.

Ainda que “considerada insuficiente pelo CNOP”, encontra-se, simultaneamente, em discussão uma recomendação do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, a ser aprovada pelas universidades, sujeita às seguintes condições: "Quem tiver uma licenciatura feita antes da reforma de Bolonha e contar com cinco anos de experiência profissional bastará um semestre de aulas e a defesa pública de um relatório sobre a profissão para conseguir o grau de mestre".

Cotejando a petição do CNOP e a proposta do Conselho de Reitores, verifica-se o seguinte:

1. Ambas não perspectivam a situação dos mestrados antes de Bolonha.

2. O CNOP, numa visão meramente atenta aos interesses de licenciados universitários seus membros, exclui desta petição licenciados (pré-Bolonha) que, por exemplo, iniciaram no ano lectivo de 1987/88, cursos universitários de formação educacional com a duração de 4 anos. Ou seja, separa os licenciados com 4 anos de formação relativamente aos licenciados de 5 anos, havendo, contudo, uma décalage de dois anos de estudo entre estes e os portadores de um mestrado da altura.

3. O Conselho de Reitores, por seu lado, mostra-se restritivo na sua recomendação ao pretender que aos licenciados, ainda com seis anos de formação, como os casos de engenharia e medicina, seja ministrado” um semestre de aulas e a defesa pública de um relatório sobre a profissão”.

Em simples exercício de cidadania, mas com respaldo em inúmeros artigos de opinião meus sobre esta temática (v.g., “Declaração de Bolonha, ordens e sindicatos”, Diário de Coimbra, 27/10/2004; “O Processo de Bolonha e as Ordens Profissionais, I,II,III”, Diário de Coimbra, respectivamente, 01, 14 e 18/12/ 2004; “Processo de Bolonha e graus académicos”, Público, 13/06/2005), defendo que já chega de aplicar vacinas de que se desconhece o efeito e as doses a aplicar provocando, por vezes, a disseminação letal da própria doença.

Assim, ainda que possa ser tido como atrevimento, não posso deixar de pôr a discussão uma possível solução para este labirinto, de graus académicos pré e pós-Bolonha, necessitado de um fio de Ariadne que nos indique a saída. Uma solução para o caso português seria a atribuição dos graus universitários de bacharelato, mestrado e doutoramento. Às licenciaturas universitárias anteriores a Bolonha seria dada equivalência aos actuais mestrados, com dispensa de qualquer requisito, pela sua exigência não ser nada inferior (bem pelo contrário!) à destes. Os antigos mestrados seriam considerados como uma pós-graduação com prioridade a um acesso mais rápido aos doutoramentos e benefícios reais em concursos públicos.

Desta forma, as antigas licenciaturas perdurariam na memória colectiva sem qualquer desprimor. Nunca com a indignidade de terem a mesma denominação das actuais licenciaturas. Assim como “As árvores morrem de pé”, título de uma peça de teatro magistralmente representada por Palmira Bastos, o antigo grau de licenciado universitário seria extinto com a dignidade que lhe foi concedida por instituições universitárias de reconhecido mérito sem sair beliscado o seu verdadeiro mérito relativamente aos actuais mestrados.

Mas será que há coragem política para vencer um estado mórbido, provocado por detractores do conhecimento científico, mezinhas de simples curandeiros das ciências da educação e agravado por leis frouxas ou simples declarações de boas intenções? Nada há que um vómito para a mixórdia actual dos graus académicos pré e pós-Bolonha não consiga expulsar!

in De Rerum Natura - post de Rui Baptista

domingo, janeiro 16, 2011

Sobre a trapalhada dos graus académicos bolonheses

(imagem daqui)

50 mil licenciados pedem "fim das injustiças criadas por Bolonha"

Se todas as universidades aceitarem a recomendação do Conselho de Reitores, a oferta passará a ser igual: a quem tiver uma licenciatura feita antes da reforma de Bolonha e contar com cinco anos de experiência profissional bastará um semestre de aulas e a defesa pública de um relatório sobre a profissão para conseguir o grau de mestre.

Isto, contudo, é considerado insuficiente pelo Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP), que esta semana fez entrar na Assembleia da República uma petição com 49.300 assinaturas. Objectivo: "Acabar de vez com as confusões e com as injustiças criadas com a reforma de Bolonha."

"Explicar a situação não é fácil, porque ela é absurda", afirma Fernando Santo, presidente do CNOP. Segundo diz, tem origem na escolha da designação dos títulos académicos por ocasião da reforma de Bolonha, que visou harmonizar o ensino superior nos países europeus e implicou alterações na duração dos cursos a partir de 2006.

Naquela altura, diz, foram cometidos dois "erros propositados que afectaram centenas de milhares de pessoas já licenciadas". Começou, diz, com a atribuição das mesmas designações – licenciatura e mestrado – aos graus obtidos antes e depois de Bolonha, apesar de os ciclos terem durações diferentes. "E agravou-se", na sua perspectiva, "quando o Governo continuou a ignorar os apelos à distinção, na Portaria n.º 782/2009, que estabelece a correspondência entre os níveis de educação e formação e os níveis de qualificação para efeitos profissionais".

A consequência, sublinha, foi a "desvalorização" profissional do termo "licenciatura". "Uma pessoa com uma formação académica de cinco ou seis anos antes de Bolonha tem o mesmo título académico que outra com três anos de estudos. Mas, se isto é já incompreensível, torna-se gravíssimo quando se reflecte, por exemplo, num concurso para uma vaga na administração pública, em que ambas as "licenciaturas" equivalem a um nível 6 de qualificação. Isto, ao mesmo tempo que um mestre pós-Bolonha, com cinco anos de formação académica (os mesmos de um antigo licenciado), concorre com o nível 7", aponta.

Fernando Santo assegura que "não se tratou de um lapso. "Houve uma clara intenção política de, reduzindo a factura, aumentar, para efeitos estatísticos, o número de "licenciados", que passam a sê-lo com menos dois anos de formação", denuncia.

Na petição lançada pela CNOP, que reuniu 49.300 assinaturas - quando só eram necessárias 4000 para obrigar à discussão na AR -, são exigidas duas medidas: a alteração da regulamentação do Quadro Nacional de Qualificações, com a atribuição do nível de qualificação 7 aos licenciados pré-Bolonha e a atribuição do grau de mestre aos titulares das licenciaturas pré-reforma.

Neste contexto, Fernando Santo considera "insuficiente" a recomendação do CRUP. "É positiva, porque é um sinal de abertura e vem dar visibilidade a uma situação que prejudica centenas de milhares de profissionais, mas ainda há muito caminho a percorrer para acabar com as injustiças", diz.

domingo, janeiro 09, 2011

Que bom - vou ser Mestre...

Finalmente um país de Mestres!

"Universidades vão credenciar com mestrado licenciados de pré-Bolonha
08 de Janeiro de 2011, 23:27

O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Rendas, disse neste sábado que “foram aprovadas recomendações para iniciar o processo de creditação dos licenciados pré-Bolonha”.
Falando no final da reunião da CRUP, que decorreu no Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores, António Rendas revelou que “essas orientações visam credenciar os licenciados anteriores ao processo de Bolonha com o grau de mestre”.
Para isso, “conforme o currículo académico e profissional de cada um terão de fazer algumas disciplinas, apresentar e defender um relatório final, cujas definições serão determinadas por cada uma das universidades”.
Fonte: Lusa/SAPO

Não deixa de ser, por um lado,  mais uma fonte de receita do Ensino Superior.
Será pertinente saber o que se fará com os mestrados pré-Bolonha!
No entanto, espero que não se esteja a cometer um erro para reparar outro.
Um assunto que ainda fará correr muita tinta!

Bem! Lá terei que adaptar a minha expressão de: "Doutores conheço muitos! Senhores é que conheço poucos!", para: "Mestres conheço muitos! Senhores é que conheço poucos!".


NOTA: e assim se constrói um país de "engenheiros" e "sábios", como o que nos comanda. Para celebrar tal facto uma musiquinha: