Antes da Expo
terça-feira, setembro 30, 2025
A EXPO'98 terminou há vinte e sete anos
Antes da Expo
Postado por
Fernando Martins
às
00:27
0
bocas
Marcadores: Estação do Oriente, EXPO'98, Exposição Internacional de Lisboa de 1998, Exposição Mundial de 1998, Lisboa, Oceanário, Os oceanos: um património para o futuro, Parque das Nações, Pavilhão atlântico
Um terramoto atingiu a ilha de Sumatra há 16 anos
Johnny Mathis comemora hoje noventa anos...!
John Royce "Johnny" Mathis (Texas, 30 de setembro de 1935) é um cantor popular norte-americano.
Nascido no Texas, Mathis viveu boa parte da sua infância em São Francisco (Califórnia). Influenciado pelo pai, que havia sido cantor e pianista de vaudeville, começou a cantar publicamente na escola e em eventos da igreja. Seu pai rapidamente percebeu o talento do filho e contratou-lhe um professor de canto quando ele tinha treze anos.
Ele foi também um talentoso atleta juvenil, tendo jogado basquetebol e participado de competições de atletismo na escola de segundo grau. Graças a isso, recebeu uma bolsa de estudos para atletas na Faculdade Estadual de São Francisco, onde em 1954 quebrou um recorde estudantil de salto em altura com a marca de 1,96m, apenas 7cm abaixo do recorde olímpico da época. A sua intenção era tornar-se professor de Educação Física, mas ao mesmo tempo começou a cantar em bares, e acabou atraindo a atenção do produtor musical George Avakian.
No início de 1956, antes de completar 19 anos, Mathis teve que optar entre começar a treinar com a equipe norte-americana de atletismo que iria para as Olimpíadas de Melbourne ou assinar um contrato como cantor com a Columbia Records. Seguindo conselho de seu pai, ele optou pela carreira musical,o mas nunca perdeu completamente o entusiasmo pelo desporto, tornando-se um praticante de golfe e patrocinando vários torneios beneficentes.
Embora frequentemente descrito como um cantor romântico, sua discografia inclui um vasto número de estilos: jazz, pop tradicional, música latina, soul/R&B, soft rock e outros. Teve também desde cedo ligação com o cinema: um dos seus primeiros sucessos, It's not for me to say, foi incluído no filme Lizzie (1957), no qual ele também aparece num papel coadjuvante. Mathis também é mundialmente conhecido por A time for us, tema do filme Romeu e Julieta (1968) de Franco Zeffirelli, adaptação para o cinema da obra literária de William Shakespeare. Seu nome tornou-se também muito ligado à música natalina, depois de ter gravado seis álbuns de Natal.
Ao todo, Johnny Mathis gravou mais de 130 álbuns, que venderam mais de 200 milhões de cópias em todo o mundo. É até hoje o artista mais longa permanência no selo da Columbia Records, onde esteve contratado de 1956 a 1963 e de 1968 até o presente.
Algumas de suas canções de grande sucesso incluem Evie, My love for you, Maria (banda sonora do filme Amor, sublime amor), Chances are, It´s not for me to say, Wonderful! Wonderful!, The twelfth of never, Wild is the wind, Mundo Divino, Misty, Pequeno, A certain smile, Gina, What will my Mary say, On a clear day (You can see forever), Eu estou na Casa ao Lado, When a child is born, Gone, Gone, Gone, Too much, too little, too late (com Deniece Williams), Last time I felt like this (com Jane Olivor), e Friends in love (com Dionne Warwick).
Um dos poucos cantores cuja carreira atravessou seis décadas, Mathis continua apresentando-se e gravando regularmente. O seu mais recente álbum é Johnny Mathis sings the great new american songbook, lançado em setembro de 2017, com canções previamente gravadas por Leonard Cohen, Bruno Mars, Whitney Houston, etc
Recentemente (2018), Mathis teve uma participação na série norte-americana Criminal Minds, no episódio final da temporada 14, fazendo papel dele próprio, como padrinho de casamento do protagonista.
Postado por
Fernando Martins
às
00:09
0
bocas
Marcadores: jazz, Johnny Mathis, Misty, música, música latina, pop
James Dean morreu há setenta anos...
Postado por
Fernando Martins
às
00:07
0
bocas
Marcadores: actor, cinema, James Dean
Quino, o criador da Mafalda, morreu há cinco anos...
segunda-feira, setembro 29, 2025
Miguel de Unamuno nasceu há cento e sessenta e um anos...
Unamuno
D. Miguel…
Fazia pombas brancas de papel
Que voavam da Ibéria ao fim do mundo…
Unamuno Terceiro!
(Foi o Cid o primeiro,
D. Quixote o segundo.)
Amante duma outra Dulcineia,
Ilusória, também
(Pátria, mãe,
Ideia
E namorada),
Era seu defensor quando ninguém
Lhe defendia a honra ameaçada!
Chamado pelo aceno da miragem,
Deixava o Escorial onde vivia,
E subia, subia,
A requestar na carne da paisagem
A alma que, zeloso, protegia.
Depois, correspondido,
Voltava à cela desse nosso lar
Por Filipe Segundo construído
Com granito da fé peninsular.
E falava com Deus em castelhano.
Contava-lhe a patética agonia
Dum espírito católico, romano,
Dentro dum corpo quente de heresia.
Até que a madrugada o acordava
Da noite tumular.
E lá ia de novo o cavaleiro andante
Desafiar
Cada torvo gigante
Que impedia o delírio de passar.
Unamuno Terceiro!
Morreu louco.
O seu amor, por ser demais, foi pouco
Para rasgar o ventre da Donzela.
D. Miguel…
Fazia pombas brancas de papel,
E guardava a mais pura na lapela.
in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga
Postado por
Fernando Martins
às
16:10
0
bocas
Marcadores: Espanha, Filosofia, franquismo, Miguel de Unamuno, Miguel Torga, poesia
Hoje é dia de recordar Cervantes...
Exortação a Sancho
Senhor meu, Sancho Pança enlouquecido
Servo vencido
Na terra sonhada
Olha esta Ibéria que te foi roubada,
E que só terá paz quando for tua.
Ergue a fronte dobrada
E começa a façanha prometida!
Cumpre o voto da nova arremetida,
Feito aos pés de quem foi
O destemido herói
Da batalha de ser fiel à vida!
Nega-te a ser passiva testemunha
Do amor cobiçoso
Que os falsos namorados
Fazem crer impoluto e arrebatado
Àquele que reflecte o céu lavado
Nos olhos confiados.
Venha o teu grito de transfigurado:
Ai, no se muera!... E a Donzela acorda
E renega o idílio traiçoeiro.
Venha o Sancho da lança e do arado,
E a Dulcineia terá, vivo a seu lado,
O senhor D. Quixote verdadeiro!
in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga
Postado por
Pedro Luna
às
15:47
0
bocas
Marcadores: Dom Quixote, Espanha, literatura, Miguel de Cervantes, Miguel Torga, poesia, romances, Sancho Pança
Poema para recordar o Infante Santo...
D. Fernando Infante de Portugal
Deu-me Deus o seu gládio, porque eu faça
A sua santa guerra.
Sagrou-me seu em honra e em desgraça,
Às horas em que um frio vento passa
Por sobre a fria terra.
Pôs-me as mãos sobre os ombros e doirou-me
A fronte com o olhar;
E esta febre de Além, que me consome,
E este querer-grandeza são Seu nome
Dentro em mim a vibrar.
E eu vou, e a luz do gládio erguido dá
Em minha face calma.
Cheio de Deus, não temo o que virá,
Pois venha o que vier, nunca será
Maior do que a minha alma.
in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa
Postado por
Pedro Luna
às
14:02
0
bocas
Marcadores: Beato Fernando de Portugal, D. Afonso V, D. Duarte I, dinastia de Avis, Fernando Pessoa, Ínclita geração, Infante Santo, Marrocos, mártir, reconquista
Émile Zola morreu há cento e vinte e três anos...
Émile Zola (Paris, 2 de abril de 1840 - Paris, 29 de setembro de 1902) foi um consagrado escritor francês, considerado criador e representante mais expressivo da escola literária naturalista além de uma importante figura libertária da França. Foi, provavelmente, assassinado por desconhecidos em 1902, quatro anos depois de ter publicado o famoso artigo J'accuse, em que acusa os responsáveis pelo processo fraudulento de que Alfred Dreyfus foi vítima.
Vida
Émile-Édouard-Charles-Antoine Zola nasceu na capital francesa. Filho do engenheiro italiano François Zola (originalmente Francesco Zola) e a sua esposa Émilie Aubert, cresceu em Aix-en-Provence, onde estudou no Collège Bourbon (atualmente conhecido como Collège Mignet) e aos dezoito anos, retorna a Paris para estudar no Lycée Saint-Louis. Devido às complicações financeiras por que passou após a morte do pai, Zola é levado a trabalhar em uma série de escritórios, ocupando cargos de pouca influência.
Inicia-se no ramo jornalístico escrevendo colunas para os jornais Cartier de Villemessant's e Controversial. As suas colunas não poupavam críticas severas a Napoleão III:
(…) meu trabalho torna-se a imagem de um reinado partido, de um estranho período de loucura e vergonha humanas - e à Igreja - A civilização jamais alcançará a perfeição até que a última pedra da última igreja caia sobre o último padre.
A obra de caráter autobiográfico La Confession de Claude (1865), um dos primeiros trabalhos publicados por Zola, atraiu atenção negativa da crítica especializada. O ainda mais criticado
Thérèse Raquin, romance lançado no ano seguinte, apresentou uma abordagem inovadora em sua concepção: inspirado pelos estudos científicos da época, Zola propõe não um simples romance, mas uma análise científica pormenorizada do ser humano, da moral e da sociedade. Thérèse Raquin tornou-se, portanto, marco inicial de um novo movimento literário, oriundo da análise científica e experimental do ser humano: o naturalismo.
Em vida, Zola também demonstrou elevado engajamento político. Certamente, o seu trabalho de maior influência política foi a carta aberta intitulada J'accuse (Eu Acuso), destinada ao então presidente da França Félix Faure. A carta, publicada na primeira página do jornal parisiense L'Aurore em 13 de janeiro de 1898, acusou o governo francês de antissemitismo, por julgar e condenar precipitadamente o capitão Alfred Dreyfus, judeu e oficial do exército francês, por traição em 1894.
Émile Zola faleceu, em 29 de setembro de 1902, na sua casa em Paris, devido à inalação de uma quantidade letal de monóxido de carbono, proveniente de uma lareira defeituosa; alguns estudiosos não descartam a hipótese de homicídio.
Em 1908, o corpo de Zola foi transferido do cemitério de Montmartre para o Panteão.
Postado por
Fernando Martins
às
12:30
0
bocas
Marcadores: Émile Zola, França, J'accuse, literatura
Samora Machel nasceu há noventa e dois anos...
Postado por
Fernando Martins
às
09:20
0
bocas
Marcadores: FRELIMO, Guerra Colonial, Moçambique, Samora Machel
O massacre nazi de Babi Yar foi há 84 anos...
| “ | Ordena-se a todos os judeus residentes de Kiev e suas vizinhanças que compareçam à esquina das ruas Melnyk e Dokterivsky, às 8 horas da manhã de segunda-feira, 29 de setembro de 1941 trazendo documentos, dinheiro, roupa interior, etc. Aqueles que não comparecerem serão fuzilados. Aqueles que entrarem nas casas evacuadas por judeus e roubarem pertences destas casas serão fuzilados. | ” |
| “ | As testemunhas oculares disseram que, meses após as mortes, o solo de Babi Yar continuava a esguichar geyseres de sangue. | ” |
Postado por
Fernando Martins
às
08:40
0
bocas
Marcadores: Babi Yar, Holocausto, II Grande Guerra, II Guerra Mundial, judeus, massacre, nazis, Ucrânia, URSS
Lech Walesa faz hoje oitenta e dois anos
Postado por
Fernando Martins
às
08:20
0
bocas
Marcadores: católicos, comunismo, democracia, Gdansk, Lech Walesa, Polónia, Prémio Nobel, Presidente da República, Sindicatos, Solidariedade
A Europa sacrificou a Checoslováquia, há 87 anos, para tentar impedir a Guerra...
1. A Alemanha ocupa os Sudetas (outubro de 1938).
2. A Polónia anexa Zaolzie, uma área com bastantes polacos, que os dois países disputaram numa guerra em 1919 (outubro de 1938).
3. A Hungria ocupa áreas da fronteira (terço sul da Eslováquia e o sul da Ruténia Carpátia) com significativas minorias de húngaros, de acordo com a Primeira Arbitragem de Viena (novembro de 1938).
4. Em março de 1939, a Hungria anexa a restante Ruténia Carpátia (que tinha ficado autónoma desde outubro de 1938).
5. A Alemanha invade os restantes territórios checos, estabelecendo o Protetorado da Boémia e Morávia, onde coloca um governo fantoche.
6. O resto da Checoslováquia dá origem à Eslováquia, com um governo fantoche e pró-nazi.
Postado por
Fernando Martins
às
08:07
0
bocas
Marcadores: Acordo de Munique, Checoslováquia, Hitler, nazis, Putin, vergonha










