quinta-feira, julho 31, 2025
Lobo nasceu há oitenta e dois anos
Antoine de Saint-Exupéry desapareceu há 81 anos...
O essencial é invisível aos olhos.
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Paula Morelenbaum - 63 anos
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Wesley Snipes celebra hoje 63 anos
Wesley Trent Snipes (Orlando, 31 de julho de 1962) é um ator e produtor de cinema dos Estados Unidos da América.Numa carreira cinematográfica que abrange mais de trinta anos, Snipes apareceu numa variedade de produções, como vários thrillers, filmes de drama e comédia, embora seja mais conhecido pelos seus filmes de ação. Ele foi nomeado para o Independent Spirit de melhor ator coadjuvante pelo seu trabalho em The Waterdance (1992) e ganhou o prémio Volpi de Melhor Ator pela sua atuação no filme One Night Stand (1997). A importância de Snipes para o cinema foi reconhecida com uma estrela na Calçada da Fama em 1998.
Jim Corr faz hoje sessenta e um anos
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Manuel Fernandes Tomás nasceu há 254 anos
Manuel Fernandes Tomás (Figueira da Foz, 31 de julho de 1771 - Lisboa, 19 de novembro de 1822), por muitos considerado a figura mais importante do primeiro período liberal, foi um magistrado e político vintista que se destacou na organização dos primeiros movimentos pró-liberalismo. Era juiz desembargador na Relação do Porto quando foi um dos fundadores do Sinédrio, assumindo um papel central na revolução liberal do Porto de 24 de agosto de 1820. Foi figura primacial do liberalismo vintista, fez parte da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, criada no Porto, que administrou o Reino após a revolução liberal, sendo encarregue dos negócios do Reino e da Fazenda. Eleito deputado às Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, pela Beira, participou ativamente na elaboração das Bases da Constituição da Monarquia Portuguesa, que D. João VI jurou em 1822.
Biografia
Manuel Fernandes Tomás nasceu na Figueira da Foz, a 31 de junho de 1771, no seio de uma família da burguesia. Foram seus pais João Fernandes Tomás e Maria da Encarnação, os quais, à vista do engenho precoce que o moço revelava, o mandaram para Coimbra ainda muito jovem, aparentemente com o fito de o fazer seguir a carreira eclesiástica.
Formação e ingresso na magistratura
Fernandes Tomás tomou o grau de bacharel em Cânones pela Universidade de Coimbra tendo apenas 20 anos, decidindo trocar o sacerdócio, que lhe destinavam, pela advocacia. Para tal, praticou com vários jurisconsultos de Lisboa, aperfeiçoando-se através do estudo das ciências do Direito.
A 30 de agosto de 1792 foi nomeado síndico e procurador fiscal do município da Figueira da Foz, sendo vereador da respetiva Câmara entre 1795 e 1798.
Ingressando na magistratura, em 1801 foi nomeado juiz de fora da comarca de Arganil,
cargo que desempenhou com notável zelo e energia. Em 1805 foi nomeado
superintendente das alfândegas e dos tabacos nas comarcas de Leiria, Aveiro e Coimbra, cargo que desempenhava quando em 1807 ocorreu a primeira invasão francesa.
Participação na Guerra Peninsular
Perante a ocupação francesa, retirou-se para uma quinta sua, sita próximo da Figueira da Foz, e aí permaneceu até que, em 1808, ocorreu naquela região o desembarque das tropas anglo-portuguesas comandadas por Arthur Wellesley. Face a inexistência de autoridades estabelecidas, foi então indigitado como a pessoa competente para tratar com o comandante inglês os assuntos referentes aos interesses e necessidades do exército.
A atividade de Fernandes Tomás foi devidamente apreciada pelo comando britânico. Restabelecido o governo português, em 1809 foi nomeado provedor da comarca de Coimbra e logo o general instou para que fosse adjunto ao comissariado do exército. Em 1810 foi nomeado intendente dos víveres no quartel-general do marechal William Carr Beresford, tendo sido incansável para que nada faltasse ao exército.
Como prémio da sua atividade, em 1811 foi nomeado desembargador honorário do Tribunal da Relação do Porto, ou seja recebeu o predicamento de desembargador, posto que ocupará somente em 1817 já que à data da nomeação ainda não tinha o triénio de provedor que lhe era requerido para o lugar.
De 1812 a 1814, ano em que findou a Guerra Peninsular, esteve Fernandes Tomás em Coimbra, ali começando provavelmente a germinação do seu plano revolucionário, que anos depois levaria a cabo no Porto.
Ao longo deste período, Fernandes Tomás afirmou-se como um erudito, ganhando renome através da publicação de algumas obras de Direito, afirmando-se como um pensador preocupado com a degradação da vida nacional portuguesa e com a necessidade de reformar as instituições e eliminar a tutela política britânica que entretanto se instalara.
O Porto e a fundação do Sinédrio
Transferindo-se de Coimbra para o Porto em 1817, com o fim de ocupar a vaga de desembargador para que estava nomeado, naquela cidade encontrou Fernandes Tomás quem simpatizasse com as suas ideias e aspirações, vendo o sentimento patriótico invadindo todos os espíritos. Esta indignação nacional foi catalisada pela execução de Gomes Freire de Andrade e dos seus companheiros de desdita, que, imputada ao general William Carr Beresford, o tornou fortemente impopular.
Com outro jurisconsulto também de ideologia liberal, José Ferreira Borges, com quem se tinha relacionado após a sua chegada à cidade do Porto, estabeleceu a 18 ou 21 de janeiro de 1818 um pacto secreto visando o fomento de ações que contribuíssem para a implantação do liberalismo em Portugal e para a dignificação da vida nacional.
Juntaram ao projeto José da Silva Carvalho e João Ferreira Viana, seus amigos e correligionários, iniciando um conjunto de reuniões secretas para formularem as bases em que devia assentar o plano a seguir pela sociedade secreta que tinham fundado, a qual ficou constituída sob o nome de Sinédrio, tendo por objeto Observar os acontecimentos em Portugal e Espanha, tomando devagar o pulso às tendências e às aspirações do espírito público.
Ajustaram reunir-se em segredo no dia 22 de cada mês na Foz do Douro para discorrerem acerca dos sucessos e das notícias do mês passado e assentarem nos propósitos mais oportunos segundo as circunstâncias.
Em 1819 o Sinédrio compunha-se, além dos quatro fundadores, dos sócios Duarte Leça, José Pereira de Menezes, Francisco Gomes da Silva, João da Cunha Sotto Maior, José Maria Lopes Carneiro e José dos Santos Silva. O número dos associados no Sinédrio nunca passou de treze, sendo o último a inscrever-se, em 18 de agosto de 1820, Bernardo Correia de Castro e Sepúlveda, que depois prestou à causa liberal relevantes serviços.
A Revolução do Porto
Manuel Fernandes Tomás, e o seu grupo do Sinédrio, é considerado o motor do movimento de 24 de agosto de 1820 que resultou na Revolução do Porto.
Este papel mobilizador e de verdadeiro ideólogo daquele movimento, para além do seu papel destacado na Junta Provisional do Governo Supremo do Reino fazem dele figura primacial do liberalismo vintista. Naquela Junta, criada no Porto e que administrou o Reino após a revolução liberal, foi encarregue dos Negócios do Reino e da Fazenda, as duas pastas mais importantes da governação de então.
Com a adesão de Lisboa, e a fusão das duas Juntas, o papel de Manuel Fernandes Tomás sai reforçado, fazendo depois a charneira entre o governo e as Cortes.
A experiência governativa e parlamentar e a morte
Eleito deputado às Cortes Constituintes, pela Beira, elaborou as bases da Constituição que D. João VI jurou em 1822.
Fernandes Tomás, além de membro da Junta Provisional do Supremo Governo do Reino, foi deputado eleito pela Beira às Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, a cuja sessão inaugural assistiu em 26 de janeiro de 1821 e em cujos trabalhos teve parte ativa e conspícua. Participou nos trabalhos parlamentares até ao seu encerramento com a aprovação da Constituição Política da Monarquia Portuguesa, a 4 de novembro de 1822.
Agravando-se-lhe a enfermidade crónica de que padecia, faleceu em Lisboa, na antiga rua do Caldeira, n.º 2, a Santa Catarina, a 19 de novembro de 1822, escassas duas semanas após a aprovação da Constituição de que fora um dos principais obreiros. A sua morte deixou consternado todo o partido liberal, que lhe tributava uma espécie de culto e via nele um dos mais firmes sustentáculos do sistema para cujo triunfo concorrera tão poderosa e eficazmente.
Os seus restos mortais foram sepultados, primeiro na antiga igreja de Santa Catarina, trasladados depois para a Igreja dos Paulistas, e desta transferidos para jazigo de família no cemitério dos Prazeres. No Jornal do Comércio, de fevereiro de 1883, estão reproduzidos alguns documentos acerca do óbito e trasladações de Fernandes Tomás.
Manuel Fernandes Tomás nas Cortes Constituintes, em quadro de Veloso Salgado
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Marcadores: constituição, dinastia de Bragança, liberalismo, maçonaria, Manuel Fernandes Tomás, Monarquia Constitucional, Revolução liberal do Porto, Sinédrio
Augusto Gil nasceu há 152 anos...
Estudou inicialmente na Guarda, a "sagrada Beira", de cuja paisagem encontramos reflexos em muitos dos seus poemas e de onde os pais eram oriundos, e formou-se em Direito na Universidade de Coimbra.
Começou a exercer advocacia em Lisboa, tornando-se mais tarde diretor-geral das Belas-Artes. Na sua poesia notam-se influências do Parnasianismo e do Simbolismo. Influenciado por Guerra Junqueiro, João de Deus e pelo lirismo de António Nobre, a sua poesia insere-se numa perspetiva neo-romântica nacionalista.
in Wikipédia
Balada da Neve
Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.
É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
. Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…
Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança…
E descalcinhos, doridos…
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!…
Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…
E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.
in Luar de Janeiro (1909) - Augusto Gil
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Liszt morreu há 139 anos...
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Primo Levi nasceu há 106 anos

Primo Levi (Turim, 31 de julho de 1919 - Turim, 11 de abril de 1987) foi um químico e escritor italiano. Escreveu memórias, contos, poemas e novelas. É mais conhecido por seu trabalho sobre o Holocausto, em particular, por ter sido um prisioneiro em Buna-Monowitz (Auschwitz III). O seu livro Se questo è un uomo (Brasil: É isso um Homem / Portugal: Se Isto É um Homem) é considerado um dos mais importantes trabalhos memorialísticos do século XX. O seu livro Il sistema periodico (A Tabela Periódica), por sua vez, foi considerado o melhor livro de ciência já escrito pela Royal Institution.
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Canto dos mortos em vão
Sentai-vos e negociai
À vossa vontade, velhas raposas grisalhas.
Iremos amuralhar-vos num palácio esplêndido
Com comida, vinho, boas camas e bom fogo.
Para que possais negociar e chegar a bom termo sobre
A vida dos nossos filhos e dos vossos.
Que toda a sabedoria da criação
Convirja para bendizer as vossas mentes
E vos guie no labirinto.
Mas lá fora ao frio, nós iremos esperar-vos,
O exército dos mortos em vão,
Nós os de Marne e de Montecassino,
De Treblinka, de Dresden e de Hiroshima:
E estarão connosco
Os leprosos e os tracomatosos,
Os desaparecidos de Buenos Aires,
Os mortos do Cambodja e os moribundos da Etiópia,
Os pactuadores de Praga,
Os exangues de Cálcuta,
Os inocentes massacrados em Bolonha.
Ai de vós se saís sem acordo:
Sereis cingidos ao nosso abraço.
Somos invencíveis porque somos os vencidos.
Invulneráveis porque já mortos:
Nós rimo-nos dos vossos mísseis.
Sentai-vos e negociai
Até que se vos seque a língua:
Se a ruína e a vergonha durarem
Iremos afogar-vos na nossa podridão.
Primo Levi
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Armando Antunes da Silva nasceu há 104 anos...

(imagem daqui)
Armando Antunes da Silva (Évora, 31 de julho de 1921 - Évora, 21 de dezembro de 1997) foi um escritor contista e romancista, poeta e jornalista português.
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Passei o Tejo à noitinha
Passei o Tejo à noitinha
e vi o Tejo calado,
trago um barco de papel
pró deitar no mar salgado.
Quando o barco se romper
deito no Tejo uma estrela
e a estrela branca lá fica
e nunca mais torno a vê-la...
Dizem os homens e mulheres
que nas águas deste Tejo
barra fora lá seguiram
camponeses do Alentejo
que nesse tempo sentiram
o que era a triste vida
feita de nada de nada
e por demais permitida...
Falam os homens mais velhos
que neste rio -ó desgraça! -
partiu barco e partiu povo
rumo a Timor e Mombaça
passando pelo mar alto
pró Bié e Tarrafal,
gente de boa presença
que nunca a ninguém fez mal!
Diziam os homens mais velhos
com espanto e em segredo,
que nas águas do rio Tejo
partiu gente pro degredo:
Timor, Bié, Tarrafal,
no tempo do salazar
as barcas seguiam cheias
a navegar, a navegar,
com homens em cativeiro,
Timor, Bié, Tarrafal,
e regressavam com ferro,
coco, amendoim e sisal...
Passo o Tejo à noitinha
e já ninguém me faz mal!
Antunes da Silva
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Will Champion, baterista dos Coldplay, comemora hoje 47 anos
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Marcadores: bateria, Coldplay, música, Reino Unido, Rock alternativo, Speed Of Sound, Will Champion
Inácio de Loyola morreu há 469 anos
Tomai Senhor, e recebei
Toda minha liberdade,
A minha memória também.
O meu entendimento
E toda minha vontade.
Tudo que tenho e possuo,
Vós me destes com amor.
Todos os dons que me destes,
Com gratidão vos devolvo:
Disponde deles, Senhor,
Segundo vossa vontade.
Dai-me somente
O vosso amor, vossa graça.
Isto me basta,
Nada mais quero pedir.
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Alissa White-Gluz, a vocalista dos Arch Enemy, nasceu há quarenta anos
![]()
Alissa White-Gluz (Montreal, 31 July 1985) is a Canadian singer, best known as the lead vocalist of the Swedish melodic death metal band Arch Enemy, and former lead vocalist and founding member of the Canadian metalcore band the Agonist. Her vocal style includes both growling and clean vocals (singing). Although primarily associated with melodic death metal and metalcore, she has appeared as a guest vocalist for power metal, symphonic metal and deathcore bands, notably Kamelot, Delain, Carnifex and Powerwolf, and has performed live with Nightwish and Tarja Turunen.
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O cantor Francisco José morreu há 37 anos...
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Marcadores: Francisco José, Galopim de Carvalho, música, música romântica, Olhos Castanhos, Teatro de Revista
El-Rei D. João V morreu há 275 anos...
D. Afonso, último Príncipe Real de Portugal e tio de El-Rei D. Manuel II, nasceu há cento e sessenta anos
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Qual agosto, qual carapuça - hoje é o melhor dia para casar...!
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Marcadores: música, O Melhor dia p'ra casar, Quim Barreiros
quarta-feira, julho 30, 2025
Porque um Poeta, se recordado, nunca desaparece...
Elegia para Mário Quintana, vivo
Antes que escape
e não adivinhe o exacto momento,
antecipo-me a Sua Ex.ª
e auguro-lhe, tarde, a vida eterna.
Já agora, continue os seus
Apontamentos de História Sobrenatural:
por porta travessa faça chegar
o Manual do Perfeito Abismo.
E fale dessa história obsessiva
do cricrilar dos grilos
(parecido com o cantarolar
dos seus vermes?)
Diga ao menos se conseguiu
encontrar Botticelli,
de quem o senhor descende:
entreajudem-se.
E, se a coisa o não embaraçar,
ilumine-nos com a enormidade
da sapiência divina.
Peça-lhe (é preciso audácia
com Deus) que assine
a sua ordem de expulsão
– e volte, gestante,
pelo túnel de outra vida.
in A Ignorância da Morte (1978) - António Osório
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Pedro Luna
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Hoje é dia de ouvir cantar Kate Bush...
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Ângelo de Lima, um pintor e poeta da revista Orpheu, nasceu há 153 anos...
(imagem daqui)
Ângelo de Lima (Porto, 30 de julho de 1872 - Lisboa, 14 de agosto de 1921) foi um pintor e poeta português da revista Orpheu.
(...)
(...) os poemas de Ângelo de Lima, alguns com laivos simbolistas, mas outros com características marcadamente delirantes e surreais, repletos de neologismos, versos de sentido incompreensível, despertaram a admiração dos Modernistas. Em junho de 1915, numa atitude provocadora para espantar o burguês lisboeta, Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, diretores do n.º 2 da revista Orpheu, publicam alguns "Poemas Inéditos" de Ângelo de Lima, que abrem este número da revista trimestral de literatura. Ângelo de Lima permaneceria internado no Hospital de Rilhafoles (então já Hospital Miguel Bombarda) até ao final da sua vida. Morreu de enterite e está sepultado no Cemitério dos Prazeres.
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SONETO
Pára-me de repente o Pensamento ...
- Como que de repente refreado
Na Douda Correria em que levado ...
- Anda em busca da paz, do esquecimento...
Pára Surpreso... Escrutador... Atento
Como pára... um Cavalo Alucinado
Ante um Abismo... ante seus pés rasgado...
Pára... e Fica... e Demora-se um Momento...
Vem trazido na Douda Correria
Pára à beira do Abismo e se demora
E Mergulha na Noite, Escura e Fria
Um olhar d'Aço que na Noute explora...
- Mas a Espora da dor seu flanco estria...
- E Ele Galga... e Prossegue... sob a Espora!
Ângelo de Lima



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