quarta-feira, julho 02, 2025
Nabokov morreu há 48 anos...
Postado por
Fernando Martins
às
00:48
0
bocas
Marcadores: entomologia, inglês, literatura, Lolita, Nabokov, Rússia, russo, Xadrez
Michelle Branch nasceu há 42 anos
Postado por
Fernando Martins
às
00:42
0
bocas
Marcadores: country, Everywhere, Michelle Branch, música, música acústica, pop, pop rock, Rock
António Quadros (pintor) morreu há trinta e um anos...
Auto-retrato
António Augusto de Melo Lucena e Quadros (Viseu, 9 de julho de 1933 - Santiago de Besteiros, 2 de julho de 1994), também referido pelos heterónimos João Pedro Grabato Dias, Frey Ioannes Garabatus e Mutimati Barnabé João, foi um pintor e poeta português. Viveu em Moçambique, entre 1964 e 1984.
Percurso
Diplomou-se em pintura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Entre 1958 e 1959 esteve em Paris (Ecole des Beax-Arts de Paris), como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, onde fez os cursos de gravura e pintura a fresco.
Participou em diversas exposições coletivas, podendo destacar-se: I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 1957); Art Portugais: Peinture et Sculpture du Naturalisme à nos Jours (Paris, 1968). Foi galardoado com o Prémio Marques de Oliveira e o Prémio Armando Basto (S.N.I.).
Parte para Moçambique em 1964. Em 1968 revela-se como poeta ao obter um prémio para "40 Sonetos de Amor e Circunstância e Uma Canção Desesperada" assinado por João Pedro Grabato Dias, negando durante vários anos ser o seu autor.
Nesse período colaborou com grupos de teatro em Lourenço Marques, como o TALM (Teatro Amador de Lourenço Marques), em que foi autor do cenário da peça "Jardim Zoológico" de Eduardo Albee, encenada e interpretada por Mário Barradas, e o TEUM (Teatro dos Estudantes da Universidade de Moçambique), sendo autor dos cenários e o guarda roupa de "O Velho da Horta" e "Quem tem Farelos?" de Gil Vicente, ambas encenadas por Matos Godinho.
Colaborou no Núcleo de Arte de Lourenço Marques, como professor, onde contactou, entre outros, com Malangatana Valente. Ganhou o 1º Prémio no concurso da Sociedade de Estudos de Moçambique que, na cerimónia oficial, não foi entregue, dado que o Secretário Provincial de Educação considerou a obra indecorosa.
Em 1971, lançou as odes O Morto e A Arca e ainda as Laurentinas. Grabato Dias e Rui Knopfli, criam nesse ano a revista Caliban.
Em 1972, por ocasião dos 400 anos da morte de Camões, lançou o poema épico Quybyrycas, assinadas por Frey Ioannes Garabatus, com prefácio de Jorge de Sena, onde glosava e parodiava "Os Lusíadas".
Depois do 25 de abril, inventou o livrinho Eu, o povo, supostamente deixado por Mutimati Barnabé João, guerrilheiro moçambicano morto em combate, não assumindo inicialmente a sua autoria. Escreveu o novo livro de poemas didático O Povo e nós, já de autoria de João Pedro Grabato Dias.
Publicou um livro de divulgação da biotecnologia, para aplicação nas zonas rurais moçambicanas.
Publicou o poema pseudobibliográfico "Facto/Fado", considerado pelo crítico literário Eugénio Lisboa um dos melhores livros em português.
Em Moçambique, foi ainda o co-autor do monumento aos heróis, na Praça dos Heróis Moçambicanos, em Maputo.
No regresso a Portugal e a Santiago de Besteiros, em 1984, dedicou-se ao ensino, à escrita e pintura.
Publicou em 1992 Sete Contos para um Carnaval.
Foi cantado por cantores como José Afonso e Amélia Muge.
Como pintor, atividade principal da sua criação, tem extensa e rica obra, de extrema beleza, realizada em Portugal e Moçambique. Dedicou-se ainda a outras artes plásticas, como cerâmica, pintura em cerâmica, esculturas metálicas, cartazes, ilustração de livros e desenhos criados por computador.
Obteve a Grã-Cruz da Ordem do Infante D.Henrique, atribuída, a título póstumo, pelo Presidente Jorge Sampaio, em 1998, pela obra plástica e literária, particularmente pela autoria de As Quybyrycas.
in Wikipédia
Postado por
Fernando Martins
às
00:31
0
bocas
Marcadores: António Quadros (pintor), pintura, poesia
Sophia morreu há vinte e um anos...
(imagem daqui)
"Havia em minha casa uma criada, chamada Laura, de quem eu gostava muito. Era uma mulher jovem, loira, muito bonita. A Laura ensinou-me a "Nau Catrineta" porque havia um primo meu mais velho a quem tinham feito aprender um poema para dizer no Natal e ela não quis que eu ficasse atrás… Fui um fenómeno, a recitar a "Nau Catrineta", toda. Mas há mais encontros, encontros fundamentais com a poesia: a recitação da "Magnífica", nas noites de trovoada, por exemplo. Quando éramos um pouco mais velhos, tínhamos uma governanta que nessas noites queimava alecrim, acendia uma vela e rezava. Era um ambiente misto de religião e magia… E de certa forma nessas noites de temporal nasceram muitas coisas. Inclusivamente, uma certa preocupação social e humana ou a minha primeira consciência da dureza da vida dos outros, porque essa governanta dizia: «Agora andam os pescadores no mar, vamos rezar para que eles cheguem a terra» (…)."
"Esses poemas têm a ver com as manhãs da Granja, com as manhãs da praia. E também com um quadro de Picasso. Há um quadro de Picasso chamado Mulheres à beira-mar. Ninguém dirá que a pintura do Picasso e a poesia de Lorca tenham tido uma enorme influência na minha poesia, sobretudo na época do Coral… E uma das influências do Picasso em mim foi levar-me a deslocar as imagens."
- A busca da justiça, do equilíbrio, da harmonia e a exigência do moral
- Tomada de consciência do tempo em que vivemos
- A Natureza e o Mar – espaços eufóricos e referenciais para qualquer ser humano
- O tema da casa
- Amor
- Vida em oposição à morte
- Memória da infância
- Valores da antiguidade clássica, naturalismo helénico
- Idealismo e individualismo ao nível psicológico
- O poeta como pastor do absoluto
- O humanismo cristão
- A crença em valores messiânicos e sebastianistas
- Separação
"A sua sensibilidade de poeta oscila entre o modernismo de expressão e um classicismo de tom, caracterizado por uma sobriedade extremamente dominada e por uma lucidez dialética que coloca muitas das suas composições na linha dos nossos melhores clássicos."
Álvaro Manuel Machado, Quem é Quem na Literatura Portuguesa
"Sophia de Mello Breyner Andresen é, quanto a nós, um caso ímpar na poesia portuguesa, não só pela difusa sedução dos temas ou pelos rigores da expressão, mas sobretudo por qualquer coisa, anterior a isso tudo, em que tudo isso se reflete: uma rara exigência de essencial-idade".
David Mourão-Ferreira, Vinte Poetas Contemporâneos
"A poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen é (…) uma das vozes mais nobres da poesia portuguesa do nosso tempo. Entendamos, por sob a música dos seus versos, um apelo generoso, uma comunhão humana, um calor de vida, uma franqueza rude no amor, um clamor irredutível de liberdade – aos quais, como o poeta ensina, devemos erguer-nos sem compromissos nem vacilações."
Jorge de Sena, "Alguns Poetas de 1938" in Colóquio: Revista de Artes e Letras, nº 1, 01.01.59
POEMA
A minha vida é o mar o abril a rua
O meu interior é uma atenção voltada para fora
O meu viver escuta
A frase que de coisa em coisa silabada
Grava no espaço e no tempo a sua escrita
Não trago Deus em mim mas no mundo o procuro
Sabendo que o real o mostrará
Não tenho explicações
Olho e confronto
E por método é nu meu pensamento
A terra o sol o vento o mar
São a minha biografia e são meu rosto
Por isso não me peçam cartão de identidade
Pois nenhum outro senão o mundo tenho
Não me peçam opiniões nem entrevistas
Não me perguntem datas nem moradas
De tudo quanto vejo me acrescento
E a hora da minha morte aflora lentamente
Cada dia preparada
Sophia de Mello Breyner Andresen
Postado por
Fernando Martins
às
00:21
0
bocas
Marcadores: monárquicos, poesia, Sophia de Mello Breyner Andresen
Íngrid Betancourt foi libertada há dezassete anos
A operação foi a conclusão de uma vasta preparação de infiltração no mais alto nível das FARC. Os reféns só souberam que estavam a caminho da liberdade no helicóptero, pois toda a operação decorreu sem um único tiro e sem qualquer violência.
Postado por
Fernando Martins
às
00:17
0
bocas
Marcadores: Colômbia, direitos humanos, FARC, guerrilha, Íngrid Betancourt, senador, sequestro
Dia de dupla saudade - Manuel II e Sophia...
Ausência
in No mar novo (1958) - Sophia de Mello Breyner Andresen
(imagem daqui)
Nunca mais
Caminharás nos caminhos naturais.
Nunca mais te poderás sentir
Invulnerável, real e densa -
Para sempre está perdido
O que mais do que tudo procuraste
A plenitude de cada presença.
E será sempre o mesmo sonho, a mesma ausência.
in Poesia I (1944) - Sophia de Mello Breyner Andresen
Postado por
Pedro Luna
às
00:13
0
bocas
Marcadores: D. Manuel II, dignidade, El-Rei, literatura, Monarquia, poesia, saudades, Sophia de Mello Breyner Andresen
Música adequada à data...
Ronda das mafarricas
LETRA António Quadros (pintor)
MÚSICA José Afonso
Estavam todas juntas
Quatrocentas bruxas
À espera À espera
À espera da lua cheia
Estavam todas juntas
Veio um chibo velho
Dançar no adro
Alguém morreu
Arlindo coveiro
Com a tua marreca
Leva-me primeiro
Para a cova aberta
Arlindo Arlindo
Bailador das fadas
Vai ao pé coxinho
Cava-me a morada
Arlindo coveiro
Cava-me a morada
Fecha-me o jazigo
Quero campa rasa
Arlindo Arlindo
Bailador das fadas
Vai ao pé coxinho
Cava-me a morada
Postado por
Pedro Luna
às
00:03
0
bocas
Marcadores: António Quadros (pintor), Estudantina, música, pintura, poesia, Zeca Afonso
terça-feira, julho 01, 2025
Salgueiro Maia nasceu há oitenta e um anos...
Fernando José Salgueiro Maia (Castelo de Vide, 1 de julho de 1944 - Lisboa, 4 de abril de 1992), foi um militar português.
"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"
A Salgueiro Maia
Aquele que na hora da vitória
respeitou o vencido
... Aquele que deu tudo e não pediu a paga
Aquele que na hora da ganância
Perdeu o apetite
Aquele que amou os outros e por isso
Não colaborou com a sua ignorância ou vício
Aquele que foi «Fiel à palavra dada à ideia tida»
como antes dele mas também por ele
Pessoa disse
Sophia de Mello Breyner Andresen
Postado por
Fernando Martins
às
08:10
0
bocas
Marcadores: 25 de Abril, heróis, poesia, Salgueiro Maia, Sophia de Mello Breyner Andresen
Jorge Tuna, ilustre guitarrista de fado e canção de Coimbra, celebra hoje 87 anos

Jorge Tuna, de nome completo Jorge Manuel Casqueiro Lopo Tuna, nascido em 1 de julho de 1937, aqui numa foto a abrir uma interessante entrevista dada a Baptista-Bastos, inserta no livro Fado Falado, da coleção Um Século de Fado, da Ediclube, saído em 1999. A foto é de José Santos. Jorge Tuna começou a tocar guitarra em Coimbra no ano de 1952. Licenciou-se em Medicina.
Postado por
Fernando Martins
às
08:07
0
bocas
Marcadores: Fado de Coimbra, Guitarra de Coimbra, Jorge Tuna, Velha Coimbra
Dan Aykroyd faz hoje 73 anos
Postado por
Fernando Martins
às
07:30
0
bocas
Marcadores: actor, Blues Brothers, Canadá, cinema, Dan Aykroyd
Zetho Cunha Gonçalves faz hoje 65 anos

(imagem daqui)
Zetho Cunha Gonçalves nasceu na cidade do Huambo, Angola, a 1 de julho de 1960. Passou a infância e adolescência no Cutato (pequena povoação na Província do Cuando-Cubango, onde fez a instrução primária e a que chama a sua «pátria inaugural da Poesia»). Estudou no Colégio Alexandre Herculano, na cidade do Huambo, e Agronomia na extinta Escola de Regentes Agrícolas de Santarém, em Portugal.
Poeta, autor de literatura para a infância e juventude, ficcionista, organizador de edições, antologiador e tradutor de poesia, exerceu várias profissões: de tratador de gado numa fazenda a empregado de escritório, de vendedor de publicidade e publicitário a diretor adjunto de um jornal de turismo falido, de empregado de mesa em restaurantes e pesquisador de notícias para uma empresa da especialidade a intermediário e conselheiro de bibliófilos. Foi coordenador da página literária «Casa-Poema da Língua Portuguesa» no jornal Plataforma, de Macau, e da secção cultural da revista África 21. É membro da União dos Escritores Angolanos.
Tem traduções para alemão, chinês, espanhol, hebraico e italiano, e colaboração dispersa por jornais e revistas de Angola, Brasil, Espanha, Itália, Macau, Moçambique e Portugal. Tem participado em vários colóquios e encontros literários em Portugal, Brasil, Cuba, Espanha e Itália.
Em 2018, o seu nome foi proposto para Prémio Nobel de Literatura. Em 2019, Noite Vertical, obra publicada em 2017, foi galardoada com o I Prémio dstangola/Camões.
Vive atualmente em Lisboa, dedicando-se inteiramente à criação poética e literária.
in Wikipédia
No meu ombro
Repousa
no meu ombro
a tua insónia:
– A noite
é o grande poema.
E vai
até de madrugada.
Zetho Cunha Gonçalves
Postado por
Fernando Martins
às
06:50
0
bocas
Marcadores: poesia, Zetho Cunha Gonçalves
A princesa Diana de Gales nasceu há 64 anos...
Postado por
Fernando Martins
às
06:40
0
bocas
Marcadores: Carlos III, Diana de Gales, Isabel II, Monarquia, princesa do povo, Reino Unido
Roddy Bottum, teclista dos Faith No More, comemora hoje 62 anos
Roddy Bottum (nascido Roswell Christopher Bottum III, Los Angeles, 1 de julho de 1963) é um músico americano, mais conhecido como teclista da banda californiana de rock Faith No More.
Postado por
Fernando Martins
às
06:20
0
bocas
Marcadores: alternative metal, avant garde, Epic, Faith No More, Indie pop, indie rock, música, Rock alternativo, Roddy Bottum, teclas
A Madeira foi descoberta, oficialmente, há 606 anos
![]()
As ilhas do arquipélago da Madeira já seriam conhecidas antes da chegada dos europeus no século XIV, a crer em referências presentes em obras e cartas geográficas como o "Libro del Conoscimiento" (1348-1349), de autoria de um frade mendicante espanhol, no qual as ilhas são referidas pelo nome de "Leiname", "Diserta" e "Puerto Santo".
Postado por
Fernando Martins
às
06:06
0
bocas
Marcadores: Bartolomeu Perestrelo, descobrimentos, João Gonçalves Zarco, Madeira, Tristão Vaz Teixeira
Portugal aboliu a pena de morte há 158 anos
| “ | Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. (...) Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida! Ódio ao ódio. A liberdade é uma cidade imensa da qual todos somos concidadãos | ” |
- Abolida para crimes políticos em 1852 (artigo 16º do Ato Adicional à Carta Constitucional de 5 de julho, sancionado por D. Maria II).
- Abolida para crimes civis em 1867 no reinado de D. Luís. Abolida para todos os crimes, exceto por traição durante a guerra, em julho em 1867 (Lei de 1 de julho de 1867). A proposta partiu do ministro da Justiça Augusto César Barjona de Freitas, sendo submetida à discussão na Câmara dos Deputados. Transitou depois para a Câmara dos Pares, onde foi aprovada.
A última execução conhecida em território português foi em 22 de abril de 1846, em Lagos, de José Joaquim, de alcunha “o Grande” que matou a criada do padrinho a tiro.
Remonta a 1 de julho de 1772 a última execução de uma mulher (Luísa de Jesus).
A penúltima e última execuções por enforcamento foram as de Manuel Pires, de Vila da Rua - Moimenta da Beira, a 8 de maio de 1845 e de José Maria, conhecido pelo "Calças", no Campo do Tabolado, em Chaves, a 19 de setembro de 1845.
Postado por
Fernando Martins
às
01:58
0
bocas
Marcadores: abolição da pena de morte, direitos humanos, Monarquia Constitucional, pena de morte, Portugal
É hoje...!

Queríamos dedicar esta música aos nossos leitores adeptos do clube português com mais troféus em todas as modalidades e que faz hoje oficialmente 119 anos (podia ter mais mais, mas são mesmo cento e dezanove anos - sem aldrabices na data da fundação, ao contrário de outros) nomeadamente ao meu pai (seu sócio há mais de 71 anos...!) e aos meus irmãos, duas sobrinhas e filho...!







