quinta-feira, junho 19, 2025

Hoje é o feriado do Corpo de Deus...

A Procissão do Corpo de Cristo em Lisboa, em 1909 - na imagem o Rei D. Manuel II

 

Corpus Christi, também chamada de Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo, Corpus Domini (expressão latina que significa Corpo de Cristo ou Corpo do Senhor), e generalizada em Portugal como Corpo de Deus, é uma comemoração litúrgica das igrejas Católica Apostólica Romana e Anglicana (esta última, até 1548) que ocorre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma Festa de Guarda, em que a participação da Santa Missa é obrigatória, na forma estabelecida pela conferência episcopal do país respetivo.

Para os católicos apostólicos romanos, a procissão pelas vias públicas atende a uma recomendação do Código de Direito Canónico (cânone 944), que determina ao bispo diocesano que a providencie "para testemunhar publicamente a adoração e a veneração para com a Santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo".

 

in Wikipédia

quarta-feira, junho 18, 2025

Notícia sobre dinossáurios portugueses...

Dinossauros de Pombal são estrelas em série da BBC

 

No Verão de 2022, Pombal foi notícia por todo o mundo, após ser revelada a descoberta de ossadas de um dos maiores dinossauros do mundo num terreno particular na freguesia de Vila Cã. As escavações, conduzidas por cientistas do IDL – Instituto Dom Luiz, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, UNED – Universidad Nacional de Educación a Distancia e Universidad Complutense de Madrid, revelaram tratar-se de um “grande saurópode”, possivelmente do grupo Brachiosauridae, “eventualmente correspondente ao maior dinossáurio encontrado no Jurássico Superior”.

 

 

Un schelet gigantic de dinozaur, găsit într-o grădină din Portugalia

As ossadas encontram-se num terreno particular da freguesia de Vila Cã

 

Os trabalhos efectuados no concelho de Pombal estão agora em destaque na série “Walking with Dinosaurs”. Uma produção da BBC, com seis episódios, que estreou no passado dia 25 de maio no canal inglês e que está apenas acessível, no iplayer da BBC, para os residentes no Reino Unido. Contudo, essa limitação pode ser contornada. O episódio em questão pode ser visualizado, por exemplo, no endereço electrónico https://www.dailymotion.com/video/x9k94xa, se bem que sem legendagem em português. Nele, o destaque é dado ao Lusotitan, ou Titã Lusitano, aquele que será o maior dinossauro, em altura e peso, encontrado até agora em Portugal.

 

Os trabalhos efetuados no concelho de Pombal estão agora em destaque na série “Walking with Dinosaurs” 

 

O episódio é também protagonizado pelos portugueses Pedro Mocho e Elisabete Malafaia e pelo espanhol Francisco Ortega, mostrando os trabalhos que lideraram no concelho de Pombal.

Apesar de Pombal nunca ser referido no episódio, onde se fala apenas da descoberta no centro de Portugal (as localizações continuam a ser mantidas em segredo para preservar as jazidas), o Pombal Jornal sabe que as filmagens decorreram há cerca de dois anos, durante os trabalhos realizados nas freguesias de Vila Cã e de Pombal.
Na série, acompanhamos os cientistas nas escavações e vemos como deveriam viver os dinossauros no seu tempo. Um dos Lusotitans descoberto no concelho de Pombal é descrito como podendo ter cerca de 25 metros de comprimento e 12 de altura, tornando-o um dos maiores esqueletos da Europa e do mundo. Aquando da descoberta, os investigadores explicaram que “não é nada habitual encontrar todas as costelas num animal como este, muito menos na posição em que estariam no corpo, colocados no mesmo sítio”. Além da descoberta na freguesia de Vila Cã, o episódio revela outros achados, na freguesia de Pombal, e a hipótese da jazida de Vila Cã ter mais do que um esqueleto de dinossauro.
Os ossos que já foram extraídos das escavações efetuadas estão preservados num local no concelho de Pombal, à espera de uma decisão sobre onde ficarão expostos para poderem ser mostrados ao mundo.

 

in Pombal Jornal 

Trindade Coelho nasceu há 164 anos

 
José Francisco Trindade Coelho (Mogadouro, Mogadouro, 18 de junho de 1861 - Lisboa, 9 de junho de 1908) foi um escritor, magistrado e político português.

 

Hoje é dia de recordar Mísia e Saramago...

 

Nenhuma estrela caiu - Mísia
Letra (adaptada) de José Saramago e música de Franklin Rodrigues 
   
Janelas que me separam
Do vento frio da tarde
Num recanto de silêncio
Onde os gestos do pensar
São as traves duma ponte
Que não paro de lançar
  
Vem a noite e o seu recado
Sua negra natureza
Talvez a lua não falte
Ou venha a chuva de estrelas
Basta que o sono desperte
O sonho que deixa vê-las
  
Abro as janelas...
E o frio vento se esquece
Nenhuma estrela caiu
Nem a lua me ajudou
Mas a ruiva madrugada
Por trás da ponte aparece.

  
Janelas que me separam
Do vento frio da tarde
Num recanto de silêncio
Onde os gestos do pensar
São as traves duma ponte
Que não paro de lançar
  

  

NOTA: aqui fica a versão original do poema de Saramago, tão bem adaptado pela saudosa Mísia:
    
  
A ponte
  
Vidraças que me separam
Do vento fresco da tarde
Num casulo de silêncio
Onde os segredos e o ar
São as traves duma ponte
Que não paro de lançar
    
Fica-se a ponte no espaço
À espera de quem lá passe
Que o motivo de ser ponte
Se não pára a construção
Vai muito mais a vontade
De estarem onde não estão
    
Vem a noite e o seu recado
Sua negra natureza
talvez a lua não falte
Ou venha a chuva de estrelas
Basta que o sono consinta
A confiança de vê-las
      
Amanhã o novo dia
Se o merecer e me for dado
Um outro pilar da ponte
Cravado no fundo do mar
Torna mais breve a distância
Do que falta caminhar
       
Há sempre um ponto de mira
O mais comum horizonte
Nunca as pontes lá chegaram
Porque acaba o construtor
Antes que a ponte se entronque
Onde se acaba o transpor
      
Sobre o vazio do mar
Desfere o traço da ponte
Vá na frente a construção
Não perguntem de que serve
Esta humana teimosia
Que sobre a ponte se atreve
     
Abro as vidraças por fim
E todo o vento se esquece
Nenhuma estrela caiu
Nem a lua me ajudou
Mas a ruiva madrugada
Por trás da ponte aparece.
    
 
   
in Provavelmente Alegria (1970) - José Saramago

 

Roald Amundsen morreu há 97 anos...

   
Roald Engelbregt Gravning Amundsen (Borge, 16 de julho de 1872 - Ártico, perto da Ilha do Urso, 18 de junho de 1928) foi um explorador norueguês das regiões polares, que liderou a primeira expedição a atingir o Polo Sul, a 14 de dezembro de 1911, utilizando trenós puxados por cães.
Amundsen nasceu em uma família de proprietários de navio e capitães. Inspirado na leitura das aventuras do explorador inglês John Franklin, que provou a existência da passagem Noroeste, ele decidiu-se por uma vida de exploração do desconhecido. Com 16 anos Amundsen estudava as regiões polares, tendo como referência a travessia da Gronelândia por Fridtjof Nansen. Embora tivesse frequentado o curso de Medicina, Amundsen decidiu seguir uma vida ligada ao mar e à exploração. Em 1897, com 25 anos, fez parte da tripulação do Belgica, como primeiro oficial, na Expedição Antártica Belga, de Adrien de Gerlache. Anos mais tarde, em 1903, parte para uma expedição que iria atravessar a passagem Noroeste, que liga os oceanos Atlântico ao Pacífico, na região norte do Canadá, a bordo do Gjøa.
Depois de atingir o Polo Sul, em 1911, Amundsen desejava alcançar novas conquistas. De regresso dos Estados Unidos, onde esteve em digressão de conferências, interessou-se pelo mundo da aviação e, em 1914, obteve o seu certificado de voo, o primeiro atribuído a um civil na Noruega. Em 1918, parte para o Ártico, no veleiro Maud mas, depois de dois anos à deriva, não conseguiu chegar ao Polo Norte. Em 1925, organiza a primeira expedição aérea ao Ártico, chegando à latitude de 87º 44' N. Um ano depois, foi o primeiro explorador a sobrevoar o Polo Norte no dirigível Norge, e a primeira pessoa a chegar a ambos os Polos Norte e Sul.
Em junho de 1928, Roald Amundsen embarca num hidroavião, em Tromso, perto do cabo Norte, para efectuar as buscas do dirigível Itália que levava o aviador Umberto Nobile a bordo; foi a última vez que se teve notícias de Amundsen.
   
(...)
  
Roald Amundsen morreu a 18 de junho de 1928, num acidente com o seu hidroavião Latham 47, no oceano Ártico. O voo tinha como objetivo resgatar o explorador e aviador italiano Umberto Nobile, cujo dirigível Italia caiu a nordeste do arquipélago Svalbard ao regressar do Polo Norte. Cinco países enviaram navios e aviões para os trabalhos de resgate dos sobreviventes do dirigível, que aguardavam socorro numa massa de gelo flutuante. Os tripulantes sobreviventes foram resgatados pelo navio quebra-gelo russo Krassin a 12 de julho, dezanove dias após a retirada de Umberto Nobile do local por um avião da Suécia. A busca de Amundsen e dos seis desaparecidos do Italia continuou todo o verão de 1928, e nela participou Louise Boyd, exploradora e aviadora norte-americana. O hidroavião de Amundsen nunca foi encontrado e o corpo de Roald Amundsen permanece no Ártico até hoje. A Marinha Real da Noruega organizou expedições nos anos de 2004 e 2009 com o objetivo de localizar os restos do hidroavião.
Existe controvérsia quanto à conquista do Polo Norte por Frederick Cook e depois Robert Peary. Pesquisas e estudos recentes apontam Roald Amundsen e o seu companheiro de explorações Oscar Wisting, como os primeiros a alcançar os dois polos da terra.
   

Música adequada à data...

Raffaella Carrà nasceu há oitenta e dois anos...

 
Raffaella Carrà, também conhecida por La Carrà (Bellaria-Igea Marina, 18 de junho de 1943 - Roma, 5 de julho de 2021), foi uma apresentadora de TV, entrevistadora, atriz, show-girl e cantora italiana.

 

Maria Bethânia nasceu há 79 anos

     
Maria Bethânia Vianna Telles Veloso (Santo Amaro, 18 de junho de 1946) é uma cantora e compositora brasileira. Nascida em Santo Amaro da Purificação, Brasil, ela participou, na juventude, de peças teatrais ao lado de seu irmão, o cantor Caetano Veloso e de outros cantores proeminentes da época. Em 1965, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a sua carreira musical substituindo a cantora Nara Leão no espetáculo Opinião. No mesmo ano, assinou contrato com a gravadora RCA e lançou seu homónimo álbum de estreia.
Bethânia foi eleita a 5ª Maior Voz da Música Brasileira pela revista Rolling Stone Brasil.
Nascida na Bahia em 18 de junho de 1946, Maria Bethânia é a sexta filha de José Teles Veloso (Seu Zezinho), funcionário público dos Correios, e de Claudionor Viana Teles Veloso (Dona Canô). O seu nome foi escolhido pelo irmão Caetano Veloso, inspirado em uma canção, a valsa Maria Betânia, do compositor Capiba, então um sucesso na voz de Nélson Gonçalves.
Bethânia é membro de uma família de artistas, sendo irmã da escritora Mabel Velloso, do cantor e compositor Caetano Veloso, e tia dos cantores Belô Velloso e Jota Velloso.
Na juventude, participou de espetáculos semi-amadores em parceria com Tom Zé, Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil e, em 1960, mudou-se para Salvador, com a intenção de terminar os estudos. Lá, começou a frequentar o meio artístico, ao lado do irmão Caetano e três anos depois, em 1963, estreou como cantora na peça Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues. Nesta época, Bethânia e Caetano conheceram outros músicos iniciantes como Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, Alcivando Luz e outros, os quais acabariam sendo lançados como cantores e compositores pela cantora. No ano seguinte, montaram juntos os espetáculos Nós por Exemplo, Mora na Filosofia e Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova.  
     
 

Lídia Jorge comemora hoje 79 anos

   
Lídia Jorge (Boliqueime, Loulé, 18 de junho de 1946) é uma escritora portuguesa do período pós-Revolução, autora de romances, contos, ensaios, poesia e crónica. 

 

Vida 

Lídia Jorge nasceu no Algarve, em Boliqueime, concelho de Loulé, numa família de agricultores e de emigrantes.

Licenciou-se em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, graças ao apoio de uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian.

Depois de licenciada, foi professora do Ensino Secundário. Foi nessa condição que passou alguns anos decisivos em Angola e Moçambique, acompanhando o marido, durante o último período da Guerra Colonial.

Décadas depois veio lecionar também, como professora convidada, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, entre 1995 e 1999.

Por designação do Governo Português, foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social.

Integrou o Conselho Geral da Universidade do Algarve.

Embora próxima do Partido Socialista, em 2021, foi nomeada membro do Conselho de Estado, pelo Presidente da Republica Marcelo Rebelo de Sousa, para o período de 2021 a 2026.

 
Obra

Lídia Jorge surgiu na escrita com o romance O Dia dos Prodígios (1980). A obra constituiu um acontecimento num período em que se inaugurava uma nova fase da literatura portuguesa e, desde logo, a autora tornou-se um dos nomes de maior interesse dessa fase.

Os títulos seguintes O Cais das Merendas (1982) e Notícia da Cidade Silvestre (1884) foram ambos distinguidos com o Prémio Literário Município de Lisboa, o primeiro dos quais em 1983, ex aequo com Memorial do Convento, de José Saramago.

Notícia da Cidade Silvestre (1984), reafirma o valor da escritora, mas seria com A Costa dos Murmúrios (1988), livro que reflete a experiência passada na África colonial, que a autora consolidaria o seu lugar no panorama literário português.

Na década de 90 seguiram-se A Última Dona (1992), O Jardim sem Limites (1995) e O Vale da Paixão (1998).

Nos anos 2000 editou O Vento Assobiando nas Gruas (2002), posteriormente adaptado para cinema pela realizadora Jeanne Waltz.

Combateremos a Sombra, publicado em Portugal em 2007, recebeu em França o Prémio Michel Brisset 2008, atribuído pela Associação dos Psiquiatras Franceses.

Com chancela da Editora Sextante, publicou em 2009, o livro de ensaios Contrato Sentimental, reflexão crítica sobre o futuro de Portugal. Seguiu-se-lhe o romance A Noite das Mulheres Cantoras (2011). Os Memoráveis, publicado em 2014, é um livro sobre a mitologia da Revolução dos Cravos, retomando o tema de O Dia dos Prodígios, seu primeiro livro. Em 2016 publicou O Amor em Lobito Bay e em 2018 Estuário, sobre a vulnerabilidade do tempo atual.

Já em 2022, a escritora publicou Misericórdia,  uma reflexão sobre a humanidade e uma homenagem à sua mãe, Maria dos Remédios, falecida durante a pandemia de Covid-19. Por este romance, foi distinguida com um conjunto de prémios, como o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (2022), o Prémio Eduardo Lourenço (2023), o Prémio de Novela e Romance Urbano Tavares Rodrigues (2023), Prémio do PEN Clube Português de narrativa (2023) ou o Prémio Médicis estrangeiro (2023).

Entretanto, estreara-se na poesia em 2019, com o seu primeiro livro, O Livro das Tréguas, apesar de, curiosamente, Lídia Jorge escrever poesia desde muito jovem.

Outras publicações incluem as antologias de contos, Marido e Outros Contos (1997), O Belo Adormecido (2003), e Praça de Londres (2008), para além das edições separadas de A Instrumentalina (1992) e O Conto do Nadador (1992).

Em 2020, com o título de Em Todos os Sentidos, reuniu as crónicas que leu, ao longo de um ano, aos microfones da Rádio Pública, Antena 2.

  

in Wikipédia

 

Fado do retorno


Amor, é muito cedo
E tarde uma palavra
A noite uma lembrança
Que não escurece nada

Voltaste, já voltaste
Já entras como sempre
Abrandas os teus passos
E páras no tapete

Então que uma luz arda
E assim o fogo aqueça
Os dedos bem unidos
Movidos pela pressa

Amor, é muito cedo
E tarde uma palavra
A noite uma lembrança
Que não escurece nada

Voltaste, já voltei
Também cheia de pressa
De dar-te, na parede
O beijo que me peças

Então que a sombra agite
E assim a imagem faça
Os rostos de nós dois
Tocados pela graça.

Amor, é muito cedo
E tarde uma palavra
A noite uma lembrança
Que não escurece nada

Amor, o que será
Mais certo que o futuro
Se nele é para habitar
A escolha do mais puro

Já fuma o nosso fumo
Já sobra a nossa manta
Já veio o nosso sono
Fechar-nos a garganta

Então que os cílios olhem
E assim a casa seja
A árvore do Outono
Coberta de cereja.


Lídia Jorge

Saudades de Mísia...

Alison Moyet celebra hoje sessenta e quatro anos


Geneviève Alison Jane Moyet (Billericay, 18 de junho de 1961) é uma cantora britânica, bastante conhecida pelo seu trabalho na dupla de synthpop Yazoo, formada no início da década de 80

 

 in Wikipédia

 

Fê Lemos, percursionista dos Capital Inicial, faz hoje 63 anos

Capital Inicial e banda de apoio em 2009 - da esquerda: Robledo Silva, Yves Passarell, Dinho Ouro Preto, Flávio Lemos, Fabiano Carelli e Fê Lemos

Antônio Felipe Villar de Lemos, mais conhecido pelo nome artístico de Fê Lemos (Rio de Janeiro, 18 de junho de 1962), é o baterista da banda Capital Inicial.

 

Dizzy Reed nasceu há 62 anos


  
Darren Arthur "Dizzy" Reed (Hinsdale, June 18, 1963) is an American musician. He is best known as the keyboardist for the hard rock band Guns N' Roses, with whom he has played, toured, and recorded since 1990.

Aside from lead singer Axl Rose, Reed is the longest-standing member of Guns N' Roses, and was the only member of the band to remain from their Use Your Illusion era until the 2016 return of guitarist Slash and bass guitarist Duff McKagan.

In 2012, Reed was inducted into the Rock and Roll Hall of Fame as a member of Guns N' Roses, although he did not attend the ceremony. He was also a member of the Australian-American supergroup The Dead Daisies with his Guns N' Roses bandmate Richard Fortus, ex-Whitesnake member Marco Mendoza, ex-Mötley Crüe frontman John Corabi and session drummer Brian Tichy.

    
 

A última guerra entre Estados Unidos e Reino Unido começou há 213 anos

O Capitólio dos Estados Unidos após Washington, DC ter sido queimada pelo exército britânico
  
A Guerra de 1812, ou a Guerra Anglo-Americana, foi a guerra entre os Estados Unidos da América, e o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda e as suas colónias, incluindo o Canada Superior (Ontario), o Canadá Inferior (Quebec), Nova Escócia, Bermuda e a ilha da Terra Nova.
A Guerra decorreu entre 18 de junho de 1812 e 23 de março de 1815, embora o seu tratado de paz tenha sido assinado em 1814. O Massacre do Fort Dearborn, Indiana, em 15 de agosto de 1812, foi a "gota de água" que levou os norte-americanos à guerra contra os britânicos ao que é, hoje, reconhecida nos EUA como War of 1812 ("A Guerra de 1812," em português). A guerra terminou em status quo.
A Revolução Francesa trouxe problemas para os Estados Unidos, devido às diferenças entre as fações federalistas (admiradores da Inglaterra) e os republicanos (admiradores da França revolucionária), e a acentuação da rivalidade da França com a Inglaterra, que não tolerava a independência da ex-colónia. Além disso, os britânicos ainda tinham ligações comerciais com os sulistas.
Eles tentaram de todas as maneiras impedir os acordos entre franceses e nortistas, utilizando-se da força: apresamento de navios da ex-colónia, desafiando a soberania nacional e prejudicando as indústrias; recrutamento forçado de norte-americanos por ingleses; problemas com índios no oeste, instigados por britânicos do Canadá; e, em relação aos Estados Unidos, a tentativa de conquista da mesma, facto esse almejado por eles.
Entre 1812 e 1814 ocorreu o conflito, durante o governo do presidente James Madison. Apesar dos desastres sofridos, o Tratado de Gand, que acabou com a guerra, não promoveu modificações no mapa dos Estados Unidos. Mais, reforçou o sentimento nacionalista da população e consolidou a União.

James Madison venceu as eleições presidenciais americanas de 1808, primariamente por causa de suas habilidades em relações internacionais, em uma época onde tanto a França quanto o Reino Unido estavam à beira da declaração de guerra contra os Estados Unidos. Madison, uma vez na presidência do país, rapidamente removeu o Ato do Embargo de 1807. A França logo se propôs a terminar todos seus ataques contra navios mercantes americanos e não interferir com o comércio internacional americano. Porém, o Reino Unido continuou ativamente os ataques contra a frota mercante americana. Além disso, os britânicos passaram a fornecer grandes quantidades de suprimentos militares a nativos indígenas do sul dos Grandes Lagos, e incentivavam estes indígenas a atacarem comunidades norte-americanas e grupos de colonos norte-americanos que viajavam em direção ao oeste.
Em resposta a estes problemas, os Estados Unidos da América declararam guerra ao Reino Unido em 1812. Os habitantes do sul e do oeste do país eram em sua grande maioria a favor da guerra, uma vez que se preocupavam em defender o direito da expansão americana em direção ao oeste e o direito de ter acesso a mercados internacionais para seus produtos de exportação. Já os federalistas da Nova Inglaterra opuseram-se à guerra, e sua reputação sofreria muito ao final do conflito, causando a desintegração do partido político.
No início da guerra, os Estados Unidos rapidamente invadiram o Canadá, então colónia britânica, e capturaram diversas cidades daquele país. Os americanos incentivaram os canadianos a rebelar-se contra o Reino Unido e a juntar-se aos Estados Unidos. Porém, devido ao pouco apoio da população canadense aos ideais americanos e à mobilização de grandes quantidades de tropas britânicas no Canadá, os americanos foram obrigados a recuar. Os britânicos invadiram então os Estados Unidos, tendo ocupado diversas cidades do nordeste americano, entre elas, Washington, DC, a capital americana.
A invasão britânica da capital americana fez com que, subitamente, um grande número de pessoas passassem a querer se alistar nas forças armadas. A soberania do país estava em risco e a independência deveria ser mantida a todo custo, o governo proclamou. O avanço britânico foi parado em Baltimore, em 1814. As cenas da batalha de defesa da cidade por parte dos americanos fizeram com que Francis Scott Key, que testemunhara a batalha, escrevesse The Star-Spangled Banner, que acabaria por se tornar o hino oficial dos Estados Unidos.
A guerra terminou oficialmente em 8 de janeiro de 1815, sob os termos do Tratado de Ghent. A Batalha de Nova Orleães, porém, ocorreu após a assinatura do tratado. Esta batalha resultou em vitória para os Estados Unidos. Um dos principais comandantes americanos durante a guerra, Andrew Jackson, o general das forças americanas durante a Batalha de Nova Orleães, tornou-se imensamente popular nos Estados Unidos.
A Guerra de 1812 causou um drástico crescimento do nacionalismo e do orgulho americano. O país então acabara de resistir militarmente contra a segunda maior potência militar do mundo à época (a maior era a França napoleónica). A guerra causou um súbito aumento da moral americana - especialmente na Batalha de Nova Orleães. Os britânicos, segundo o tratado de paz, comprometeram-se a parar com seus ataques contra navios mercantes americanos, e um período de paz, de expansão territorial, de isolacionismo e do fortalecimento da economia do país, seguiu-se-lhe. Este período ficaria conhecido como Era do Bem Sentir.
  

Ana de Castro Osório nasceu há 153 anos


Ana de Castro Osório (Mangualde, 18 de junho de 1872 - Lisboa, 23 de março de 1935) foi uma escritora, especialmente no domínio da literatura infantil, jornalista, pedagoga, feminista e ativista republicana portuguesa.

Nascida em Mangualde, a 18 de junho de 1872, Ana de Castro Osório era filha de João Baptista de Castro (1845-1920), reputado bibliófilo, notário e magistrado, natural de Eucísia, Alfândega da Fé, e de Mariana Adelaide Osório de Castro Cabral de Albuquerque Moor Quintins (1842-1917), activista feminista, natural de São Jorge de Arroios, Lisboa. A sua mãe era filha do Tenente-General José Osório de Castro Cabral de Albuquerque (1799-1857), governador de Macau, e de Ana Doroteia Moore Quintius, de nacionalidade holandesa. Sobre o seu pai sabe-se ainda que publicou um livro sobre "Questões Jurídicas" (1868) durante a sua estadia universitária em Coimbra, quando este era companheiro de casa de Teófilo Braga, e que em 1911 julgou e aprovou o pedido de Carolina Beatriz Ângelo para ser incluída nas listas de recenseamento eleitoral, tornando-se assim na primeira mulher a votar no país. Ana era também a mais nova dos quatro filhos do casal, sendo irmã de Alberto Osório de Castro (1868-1946), juiz, maçon e poeta, João Osório de Castro (1869-1939), juiz e escritor, e de Jerónimo Osório de Castro (1871-1935), comandante e presidente da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, sendo ainda tia do engenheiro e empresário industrial Jerónimo Pereira Osório de Castro (1902-1957), do médico veterinário, professor e autor Jerónimo de Melo Osório de Castro (1910-1976), do dramaturgo e escritor João Osório de Castro (1926-2007) e do ex-bastonário da Ordem dos Advogados e poeta António Osório (1933-2021).

A 10 de março de 1898, com 25 anos de idade, Ana de Castro Osório casou-se com Francisco Paulino Gomes de Oliveira (1864-1914), poeta, publicista e membro do Partido Republicano Português, comummente conhecido como Paulino de Oliveira, na igreja paroquial de Nossa Senhora da Anunciada, em Setúbal. Anos antes, tinha recusado veementemente o pedido de casamento do poeta Camilo Pessanha, contudo, a amizade entre os dois manteve-se até à morte deste, em 1926.

Do seu casamento, teve dois filhos: o poeta, dramaturgo, historiador literário, ensaísta e político, dirigente do Nacionalismo Lusitano, João de Castro Osório (1899-1970) e o escritor, jornalista e crítico literário José Osório de Castro (1900-1964), pai da atriz Isabel de Castro (1931-2005).

Da sua imensa obra literária, que conta com mais de cinquenta títulos, incluindo ensaios, romances e contos, algumas obras de destaque são: "Em Tempo de Guerra" (1918), "A Verdadeira Mãe" (1925), "Viagens Aventurosas de Felício e Felizarda" (1923), "A Grande Aliança" (1924), "Mundo Novo" (1927), "A Capela das Rosas" (1931), "O Príncipe das Maçãs de Oiro" (1935), e "Histórias Maravilhosas da Tradição Popular Portuguesa" (2 volumes, compilada somente em 1952); assim como várias publicações periódicas de destaque onde colaborou como: "A Ave azul" (1899-1900), "Branco e Negro" (1896-1898), "Brasil-Portugal" (1899-1914), "A Leitura" (1894-1896), "Serões" (1901-1911), "A Farça" (1909-1910) e "Terra portuguesa" (1916-1927).

Para além dessas obras, e de o título de criadora da literatura infantil portuguesa, é lhe reconhecida uma extensa e intensiva recolha dos contos da tradição oral do país, e a tradução e publicação de vários contos dos irmãos Grimm assim como muitos outros autores estrangeiros de literatura para crianças.

A Ana de Castro Osório ainda se deve a compilação, organização, edição e publicação de "Clepsidra", o único livro de Camilo Pessanha, em 1920, na editora por ela criada, Lusitânia.

 

Hoje é dia de recordar José Saramago...

(imagem daqui)

 

No Coração, Talvez
 
No coração, talvez, ou diga antes:
Uma ferida rasgada de navalha,
Por onde vai a vida, tão mal gasta.
Na total consciência nos retalha.
O desejar, o querer, o não bastar,
Enganada procura da razão
Que o acaso de sermos justifique,
Eis o que dói, talvez no coração.


 
in
Os Poemas Possíveis (1966) - José Saramago

Mário Saa nasceu há cento e trinta e dois anos...

(imagem daqui)
     
Mário Paes da Cunha e Sá (Caldas da Rainha, 18 de junho de 1893 - Ervedal, 23 de janeiro de 1971) foi um escritor português.
 
Biografia
Mário Paes da Cunha e Sá, que adotou Mário Saa como nome literário, descendia de uma família de grandes proprietários da elite económica e social do concelho alentejano de Avis. Aquando do seu nascimento, o seu pai era notário e sub-delegado no julgado de Óbidos, vivendo nas Caldas da Rainha. Em 1895, a sua família volta para Avis e o seu pai constrói o Monte de Pero Viegas, onde Mário Saa residiu quase toda a vida. Recebeu formação no Colégio de S. Fiel, em Louriçal do Campo (Beira Baixa), no Liceu de Évora e, em 1913, era aluno do Instituto Superior Técnico. Através da revista Presença (n.º 19, 1929), sabe-se que em 1917 continuaria a frequentar o IST. No ano seguinte inscreveu-se no curso de Ciências Matemáticas na Universidade de Lisboa e, em 1930, no curso de Medicina da mesma Universidade, não tendo, no entanto, concluído qualquer das licenciaturas. A vida de Mário Saa repartiu-se entre a administração agrícola das suas propriedades e a investigação e produção literária. Em consonância com o perfil dos intelectuais do seu tempo dedicou-se e interessou-se por temáticas distintas publicando várias obras e numerosos artigos em periódicos. Dedicou-se à filosofia, à genealogia, à geografia antiga, à poesia, à problemática camoniana, às investigações arqueológicas, e mesmo à astrologia e à grafologia. O seu interesse pela arqueologia e a investigação que realizou sobre vias romanas deram origem à sua obra de maior importância, «As Grandes Vias da Lusitânia», em seis volumes, o produto de mais de 20 anos de investigações e prospeções arqueológicas que é, ainda hoje, uma obra de referência. A par com a arqueologia, Mário Saa destacou-se, também, no panorama da poesia portuguesa das décadas de 20 e 30 do século XX, publicando com assiduidade na revista Presença e privando com os grandes poetas e intelectuais da época no âmbito da boémia literária da Brasileira do Chiado. Em 1959 colaboraria ainda no primeiro número da revista «Tempo Presente».
   
Obras publicadas:
  • Evangelho de S. Vito (1917)
  • Portugal Cristão-Novo ou os Judeus na República (1921)
  • Poemas Heróicos / Simão Vaz de Camões; Pref. de Mário Saa (1921)
  • Camões no Maranhão (1922)
  • Táboa Genealógica da Varonia Vaz de Camões (1924)
  • A Invasão dos Judeus (1925)
  • A Explicação do Homem: Através de uma auto explicação em 207 táboas filosóficas (1928)
  • Origens do Bairro-Alto de Lisboa: Verdadeira notícia (1929)
  • Nós, Os Hespanhóis (1930)
  • Proclamações à Pátria: Uma Aliança Luso-Catalã (?)
  • Proclamações à Pátria: Até ao Mar Cantábrico (1931)
  • Erridânia: A Geografia Mais Antiga do Ocidente (1936)
  • As Memórias Astrológicas de Camões e o Nascimento do Poeta em 23 de Janeiro de 1524 (1940)
  • As Grandes Vias da Lusitânia: O Itinerário de Antonino Pio (6 T.; 1957-1967)
  • Poesia e alguma prosa - Organização, introdução e notas de João Rui de Sousa, INCM, (2006)
       
     
    
Xácara das Mulheres Amadas
  
Quem muitas mulheres tiver,
em vez de uma amada esposa,
mais se afirma e se repousa
pera amar sua mulher;
Quem isto não entender...
em cousas d'amor não ousa,
em cousas d'amor não quer!
   
Quantas mais, mais se descansa,
mais a gente serve a todas;
quantas mais forem as bodas,
quantos mais os pares da dança,
menos a dança nos cansa
O gosto d'andar nas rodas.
  
Que quantas mais, mais detido
a cada uma per si;
nem cansa tanto o que vi,
nem fica o gosto partido;
ao contrário, é acrescido
a cada uma per si!
   
No paladar de mudar
mais se sente o gosto agudo:
que amar nada ou amar tudo
é estar pronto a muito amar;
o enjoo vem de não estar
a par do nada e do tudo.
  
Mais facilmente se chega
pera muitas que pera uma;
e a razão é porque, em suma,
se esta razão me não cega,
quem quer que muitas adrega
é como tendo...nenhuma!
  
Com muitas, descanso vem,
faz o desejo acrescido:
que é o mais apetecido
aquilo que se não tem;
e o apetite é o bem;
e em saciá-lo é perdido.
Também a mulher que tem
seu marido repartido
é mais gostosa do bem
que advém de seu marido!
  
Tão gostosa e recolhida,
tão pronta e tão conformada,
quanto o gosto é não ter nada;
porque o gosto é ser servida
e não o estar contentada.
O gosto é coisa corrente,
e quem o tem já não sente
o gosto dessa corrida,
que tê-lo, é cousa ... jazente...
que tê-lo , é cousa... perdida!
  
Ora, pois, nesta jornada
não vi nada mais de amar
que ter muito por chegar
e cousa alguma chegada;
não vi nada mais de ter...
que ter muito que perder...
e cousa alguma ganhada! 
 
 
 
Mário Saa

Moe Howard nasceu há 127 anos


Moses Harry Horwitz, mais conhecido como Moe Howard (Nova Iorque, 19 de junho de 1897 - Los Angeles, 4 de maio de 1975), foi um ator e comediante norte-americano mais conhecido como o líder dos Three Stooges (Os Três Patetas, no Brasil; Os Três Estarolas, em Portugal), grupo cómico que trabalhou em filmes e na televisão durante mais de quatro décadas. Moe tinha 4 irmãos, sendo que destes, dois tornar-se-iam integrantes dos Três Estarolas: Curly Howard e Shemp Howard.

 Os Três Estarolas, com Moe ao centro, no filme Disorder in the Court (1936)
   

Arquimedes da Silva Santos nasceu há 104 anos...

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Arquimedes da Silva Santos nasceu na Póvoa de Santa Iria, Vila Franca de Xira, a 18 de junho de 1921.

Médico, professor, poeta e ensaísta, pioneiro da educação pela arte em Portugal, Arquimedes da Silva Santos teve intervenção nas áreas política, cívica e artística, tendo sido uma das grandes figuras da história política e cultural do Concelho de Vila Franca de Xira.

Opositor ao regime salazarista, foi preso na sequência da participação na campanha presidencial de Norton de Matos em 1949, torturado e levado a julgamento em Tribunal Plenário. Após a sua libertação, foi proibido de exercer medicina em todos os organismos do Estado.

Licenciou-se em Medicina na Universidade de Coimbra em 1951, onde fez também o Curso de Ciências Pedagógicas, tornando-se especialista em neuropsiquiatria infantil. Foi bolseiro do governo francês para aperfeiçoamento em Pedopsiquiatria e Psicopedagogia na Salpetrière e na Sorbonne e convidado para Assistente estrangeiro na Faculdade de Medicina de Paris, obtendo o diploma daquela especialidade.

Foi assistente do Centro de Investigação Pedagógica do Instituto Gulbenkian de Ciência, fundação onde ministrou vários cursos, e desenvolveu estudos nas áreas da psicopedagogia e das expressões artísticas. Ministrou cursos no Centro Artístico Infantil do Acarte. Foi consultor psicopedagógico para as Comissões de Reforma e Orientadora do Conservatório Nacional e responsável pela Escola-piloto de Formação de Educadores pela Arte no Conservatório Nacional de Lisboa. Foi fundador, professor e presidente do Conselho Pedagógico da Escola Superior de Educação pela Arte do Conservatório Nacional de Lisboa, até à sua extinção em 1984, e professor-coordenador na Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa, até à sua aposentação, em 1999.

Teve um papel pioneiro e destacado em várias organizações associadas à Intervenção Artística e à Arte-Educação, nomeadamente na Associação Portuguesa de Educação pela Arte, no Instituto de Apoio à Criança, na Associação Portuguesa de Educação Musical e na Associação Portuguesa de Musicoterapia.

Enquanto universitário em Coimbra desenvolveu grande atividade literária e teatral, nomeadamente no TEUC – Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra e no Ateneu de Coimbra, tendo privado com poetas e escritores como Egídio Namorado, Carlos de Oliveira, Ferreira Monte, João José Cochofel ou Rui Feijó, com quem partilhou cumplicidades e amizade. Em finais de 1944, com Joaquim Namorado, João José Cochofel, Carlos de Oliveira e Rui Feijó, toma as rédeas da revista Vértice, que virá a tornar-se uma das publicações referência do neorrealismo.

Ligado aos grupos neorrealistas de Vila Franca de Xira e de Coimbra, colaborou com O Diabo, a Gazeta Musical e de Todas as Artes, o Sol Nascente e a Vértice, sendo nesta última que publica, em 1958, o seu primeiro livro de poemas Voz Velada. Só nove anos mais tarde edita Cantos Cativos na Coleção Poetas de Hojeda Portugália Editora. Publicaria novamente quase vinte anos depois uma outra edição aumentada por Livros Horizonte. Para além da poesia, destaca-se a sua produção na área da ensaística, essencialmente no campo da Psicopedagogia e da Educação pela Arte.
Arquimedes da Silva Santos foi uma das figuras mais importantes no projeto de institucionalização definitiva do Museu do Neo-Realismo, tendo contribuído de um modo ativo em todas as suas etapas fundamentais.

À data da inauguração do Museu do Neo-Realismo nas atuais instalações, em 2007, foi inaugurada, também, a exposição biobibliográfica sobre a sua vida e obra – Arquimedes da Silva Santos, Sonhando para os Outros, com curadoria de Luísa Duarte Santos e Fátima Pires. Aquando das comemorações do 10º aniversário do Museu acolhemos o lançamento do seu livro Plinto, fazendo, como refere Fernando J. B. Martinho “justiça a um título que esperou mais de 70 anos pela sua reavaliação”.

A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira ergueu uma estátua em sua homenagem, tendo dado o seu nome a uma Praça na Póvoa de Santa Iria, sua cidade natal, e atribui-lhe em 2019 a Medalha de Honra, reconhecendo também desta forma a sua intervenção em prol da Cultura, da Educação e da Arte em Portugal.

Faleceu em Lisboa a 8 de dezembro de 2019.

O Espólio de Arquimedes da Silva Santos, encontra-se em depósito no Museu do Neo-Realismo. Começou a dar entrada em 2003. A segunda e terceira parte do mesmo foi entregue respetivamente em 2005 e 2010.

 

in Museu do Neo-Realismo

 

Dois poemas breves


    Oh Vida, Luta, Amor :
um instante de pausa em contemplação.
(-- Quantas cruzes em árvore floriram
nos campos de batalha onde caíram?
Quanta estátua de sal deixa a saudade
nesta árdua ascensão da humanidade?)
Suspende-te um momento só, coração –
    quero contar a Dor.
   

*
  

Sinistro bando de corvos
ronda nossos magros corpos.


Se algum de nós desfalece
logo aduncas garras descem.


Piam na noite agoirentos
medo espalhando entre as gentes.


Se algum de nós estremece
logo negras sombras crescem.


(E nós cativos por corvos e mistério
neste cemitério de semivivos!)



 

Arquimedes da Silva Santos

A Batalha de Waterloo foi há 210 anos...

A Batalha de Waterloo, por Clément-Auguste Andrieux, no Palácio de Versalhes
     
A Batalha de Waterloo foi um confronto militar ocorrido a 18 de junho de 1815 perto de Waterloo, na atual Bélgica (então parte integrante do Reino Unido dos Países Baixos). Um exército do Primeiro Império Francês, sob o comando do Imperador Napoleão (com 72.000 homens), foi derrotado pelos exércitos da Sétima Coligação que incluíam uma força britânica liderada pelo Duque de Wellington, e uma força prussiana comandada por Gebhard Leberecht von Blücher (118.000 homens). Este confronto marcou o fim dos Cem Dias e foi a última batalha de Napoleão; a sua derrota terminou com o seu governo como Imperador.
Depois do regresso de Napoleão ao poder em 1815, muitos dos Estados que se tinham oposto ao Imperador formaram a Sétima Coligação, dando início à mobilização dos seus exércitos. Duas forças de grande dimensão sob o comando de Wellington e de Blücher concentraram-se perto da fronteira nordeste da França. Napoleão decidiu atacar na esperança de as destruir antes que dessem início a uma invasão coordenada da França, juntamente com outros membros da coligação. O confronto decisivo da campanha de três dias de Waterloo - 16 a 19 de junho de 1815 -, teve lugar em Waterloo. De acordo com Wellington, a batalha foi "a mais renhida a que assisti na minha vida".
Napoleão atrasou o início da batalha até ao meio-dia esperando que o terreno secasse. O exército de Wellington, posicionado ao longo da estrada para Bruxelas, na escarpa de Mont-Saint-Jean, resistiu a múltiplos ataques franceses até que, no final do dia, os prussianos chegaram em força e penetraram no flanco direito de Napoleão. Naquele momento, o exército de Wellington contra-atacou provocando a desordem das tropas francesas no campo-de-batalha. Posteriormente, as forças da coligação entraram em França repondo Luís XVIII no trono francês. Napoleão abdicou, rendeu-se aos britânicos e foi exilado na ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821.
O campo-de-batalha fica, atualmente em território belga, a cerca de treze quilómetros a sudeste de Bruxelas, e a 1,6 km da cidade de Waterloo. No local da batalha existe hoje um enorme monumento designado por Monte do Leão (em francês Butte du Lion), construído por terra trazida do próprio terreno da batalha.
     
Brasão do  I Duque de Wellington