terça-feira, maio 20, 2025

Stephen Jay Gould morreu há vinte e três anos...

     
Stephen Jay Gould (Nova Iorque, 10 de setembro de 1941 - Nova Iorque, 20 de maio de 2002) foi um paleontólogo e biólogo evolucionista dos Estados Unidos. Foi também um autor importante no que diz respeito à história da ciência. É reconhecido como o mais lido e conhecido divulgador científico da sua geração.
Nascido numa família judia, não praticou nenhuma religião organizada. Ainda que tenha sido educado num meio ideologicamente marcado pelo socialismo, nunca assumiu qualquer militância política. Como escritor, lutou contra a opressão cultural, principalmente contra a pseudociência legitimadora do racismo.
Começou a lecionar como membro da faculdade da Universidade de Harvard, em 1967, onde se tornou professor na cadeira de Alexander Agassiz, de zoologia. Ajudou Niles Eldredge a desenvolver a teoria do equilíbrio pontuado (1972), segundo a qual as mudanças evolucionárias ocorreriam de forma acelerada em períodos relativamente curtos, em populações isoladas, intercalados de períodos mais longos, caracterizados pela estabilidade evolutiva.
Na perspetiva do próprio Gould, esta teoria derrubava um princípio-chave do neodarwinismo (o gradualismo das mudanças evolutivas) - perspetiva não partilhada por grande parte da comunidade dos biólogos evolucionários que a consideram apenas como uma retificação importante, sem dúvida, mas que não punha em causa o que já era conhecido e defendido como certo pelos cientistas até ao momento.
      
       
(imagem daqui)

Timor-Leste tornou-se independente há 23 anos...!

      
Timor-Leste, é um dos países mais jovens do mundo, e ocupa a parte oriental da ilha de Timor, no Sudeste Asiático, além do exclave de Oecusse, na costa norte da parte ocidental de Timor, da ilha de Ataúro, a norte, e do ilhéu de Jaco, ao largo da ponta leste da ilha. As únicas fronteiras terrestres que o país tem ligam-no à Indonésia, a oeste da porção principal do território, e a leste, sul e oeste de Oecusse, mas tem também fronteira marítima com a Austrália, no Mar de Timor, a sul. Com 14.874 quilómetros quadrados de extensão territorial, Timor-Leste tem superfície equivalente às áreas dos distritos portugueses de Beja e Faro somadas, o que ainda é consideravelmente menor que o menor dos estados brasileiros, Sergipe. A sua capital é Díli, situada na costa norte.
Conhecido no passado como Timor Português, foi uma colónia portuguesa até 1975, altura em que se tornou independente, tendo sido invadido pela Indonésia três dias depois. Permaneceu considerado oficialmente pelas Nações Unidas como território português, por descolonizar, até 1999. Foi, porém, considerado pela Indonésia como a sua 27.ª província, com o nome de "Timor Timur". Em 30 de agosto de 1999, cerca de 80% do povo timorense optou pela independência em referendo organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A língua mais falada em Timor-Leste era o indonésio no tempo da ocupação indonésia, sendo hoje o tétum (mais falado na capital). O tétum e o português formam as duas línguas oficiais do país, enquanto o indonésio e a língua inglesa são consideradas línguas de trabalho pela atual constituição de Timor-Leste.
Geograficamente, o país enquadra-se no chamado sudeste asiático, enquanto do ponto de vista biológico aproxima-se mais das ilhas vizinhas da Melanésia, o que o colocaria na Oceânia e, por conseguinte, faria dele uma nação transcontinental.
      
 
(...)
   
A ocupação militar da Indonésia em Timor-Leste fez com que o território se tornasse a 27.ª província indonésia, chamada "Timor Timur". Uma política de genocídio resultou num longo massacre de timorenses. Centenas de aldeias foram destruídas pelos bombardeamentos do exército da Indonésia, sendo utilizadas toneladas de napalm contra a resistência timorense (chamada de Falintil). O uso do produto queimou boa parte das florestas do país, limitando o refúgio dos guerrilheiros na densa vegetação local.
Entretanto, a visita do Papa João Paulo II a Timor-Leste, em outubro de 1989, foi marcada por manifestações pró-independência, que foram duramente reprimidas. No dia 12 de novembro de 1991, o exército indonésio disparou sobre manifestantes que homenageavam um estudante morto pela repressão no cemitério de Santa Cruz, em Díli. Cerca de 271 pessoas foram mortas no local. Outros manifestantes foram mortos nos dias seguintes, "caçados" pelo exército da Indonésia.
A causa de Timor-Leste pela independência ganhou maior repercussão e reconhecimento mundial com a atribuição do Prémio Nobel da Paz ao bispo Carlos Ximenes Belo e a José Ramos Horta em outubro de 1996. Em julho de 1997, o presidente sul-africano Nelson Mandela visitou o líder da FRETILIN, Xanana Gusmão, que estava na prisão. A visita fez com que aumentasse a pressão para que a independência fosse feita através de uma solução negociada. A crise na economia da Ásia no mesmo ano afetou duramente a Indonésia. O regime militar de Suharto começou a sofrer diversas pressões com manifestações cada vez mais violentas nas ruas. Tais atos levaram à demissão do general, em maio de 1998.
Em 1999, os governos de Portugal e da Indonésia começaram, então, a negociar a realização de um referendo sobre a possível independência ou autonomia do território, sob a supervisão de uma missão da ONU. No mesmo período, o governo indonésio iniciou programas de desenvolvimento social, como a construção e recuperação de escolas, hospitais e estradas, para promover uma boa imagem junto aos timorenses.
Desde o início dos anos 90, uma lei indonésia aprovava milícias que "defendessem" os interesses da nação em Timor-Leste. O exército indonésio treinou e equipou diversas milícias, que serviram de ameaça contra o povo durante o referendo. Apesar das ameaças, mais de 98% da população timorense foi às urnas no dia 30 de agosto de 1999 para votar na consulta popular, e o resultado apontou que 78,5% dos timorenses queriam a independência.
As milícias, protegidas pelo exército indonésio, desencadearam uma onda de violência antes da proclamação dos resultados. Homens armados mataram nas ruas todas as pessoas suspeitas de terem votado pela independência. Milhares de pessoas foram separadas das famílias e colocadas à força em camiões, cujo destino ainda hoje é desconhecido (muitas levadas a Kupang, no outro lado da ilha de Timor, pertencente a Indonésia). A população começou a fugir para as montanhas e buscar refúgio em prédios de organizações internacionais e nas igrejas. Os estrangeiros foram evacuados, deixando Timor entregue à violência dos militares e das milícias indonésios.
Em 1990, João Gil publica, no álbum Um Destes Dias, a famosa música portuguesa Timor, escrita por João Monge e várias vezes cantada por Luís Represas. Música essa que quase originou um segundo hino nacional e que, ainda hoje, faz presença nos concertos da banda.
A Organização das Nações Unidas (ONU) decide criar uma força internacional para intervir na região. Em 22 de setembro de 1999, soldados australianos sob bandeira da ONU entraram em Díli e encontraram um país totalmente incendiado e devastado. Grande parte da infraestrutura de Timor-Leste havia sido destruída e o país estava quase totalmente devastado. Xanana Gusmão, líder da resistência timorense, foi libertado logo em seguida.
   
   
Em abril de 2001, os timorenses foram novamente às urnas para a escolha do novo líder do país. As eleições consagraram Xanana Gusmão como o novo presidente timorense e, em 20 de maio de 2002, Timor-Leste tornou-se totalmente independente.
   

Stanley Miller morreu há dezoito anos

  
Stanley Lloyd Miller (Oakland, 7 de março de 1930 - National City, 20 de maio de 2007) foi um cientista norte americano.
Formou-se em Química na Universidade da Califórnia em Berkeley em 1951 e fez doutoramento na Universidade de Chicago, concluído em 1954. Passou um ano com uma bolsa no Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) e outros cinco anos na Universidade de Columbia, antes de se instalar na Universidade da Califórnia, em San Diego, onde terminou a sua carreira científica.
Ficou conhecido pelos seus trabalhos sobre a origem da vida. Notabilizou-se, pela primeira vez, aos 23 anos de idade, pelo seu trabalho, feito em colaboração com Harold Clayton Urey, que ficou conhecido como a Experiência de Urey-Miller e como a "Sopa Orgânica".

Robin Gibb morreu há treze anos...

   
Robin Hugh Gibb (Douglas, Ilha de Man, 22 de dezembro de 1949 - Londres, 20 de maio de 2012) foi um músico, cantor e compositor britânico. Foi um dos membros fundadores da famosa banda de pop Bee Gees. Era irmão de Barry Gibb, Andy Gibb e gémeo de Maurice Gibb, falecido em 2003, e que também era um dos membros dos Bee Gees.
Ficou mais conhecido pelos shows com a Neue Philharmonie Frankfurt, uma das mais importantes orquestras do mundo. Robin possuía uma carreira a solo de sucesso, com vários hits e álbuns.
Robin começou a cantar com os seus irmãos com 6 anos de idade. Em 28 de dezembro de 1957, quando Robin tinha 8 anos, foi a primeira apresentação dos Bee Gees. Não estava planeada, é verdade, mas foi o primeiro concerto da banda. Durante os primeiros anos da banda, destacava-se Barry Gibb, o seu irmão mais velho, na composição das canções e nos vocais. Entretanto, com a banda tocando rock psicadélico, Robin ganhou espaço na banda, passando a compor canções e a ser o vocalista principal. São muito conhecidas suas interpretações na banda, dentre elas: "Massachusetts", "And the Sun Will Shine", "I've Gotta Get a Message to You", "I Started a Joke", "How Can You Mend a Broken Heart?", "Secret Love" e "For Whom the Bell Tolls", além de uma participação na música "Nights on Broadway" entre outras.
Robin era considerado dono de uma das melhores vozes de todos os tempos, com um timbre de voz marcante e um vibrato fantástico. Robin também possui um falsete inigualável, facto que pode ser conferido na música "Living Together" do álbum Spirits Having Flown, de 1979.
Em 1969, Robin queria ainda mais espaço dentro do grupo, espaço este que não foi lhe dado, o que resultou numa disputa e uma consequente separação do grupo. Robin decidiu, então, começar a sua carreira a solo, até com sucesso, em 1969, ao lançar o single "Saved by the Bell", que chegou ao topo de vários hits de sucesso, especialmente na Europa, e proporcionou a gravação de seu primeiro álbum a solo, Robin's Reign, lançado em 1970. Em meados dos anos 70, os Bee Gees reconciliaram-se e modificaram a banda, e o segundo álbum a solo de Robin, Sing Slowly Sisters, que estava para ser lançado, foi guardado, e só circulam cópias bootlegs entre fãs.
Mesmo depois do regresso aos Bee Gees, Robin gravou algumas canções solo, a saber: "Oh! Darling", cover dos Beatles presente na trilha de um filme-tributo chamado Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band; "Sesame Street Fever" e "Trash", canções gravadas com os personagens do programa televisivo infantil norte-americano Sesame Street; e "Help Me", cantada com Marcy Levy, parte da banda de Times Square.
Na década de 80, os Bee Gees deixaram a carreira como cantores um pouco de lado e investiram na produção de discos para outros artistas. Entretanto, Robin decidiu investir na sua carreira a solo. Lançou três álbuns: How Old Are You?, do hit mundial "Juliet"; Secret Agent, famoso pelo sucesso pop "Boys Do Fall in Love"; e Walls Have Eyes que levou aos tops a canção "Like a Fool" em alguns países. Os dois primeiros trazem um ritmo mais pop, dançante, sendo particularmente bem-sucedidos na Alemanha. O terceiro não deixa de ser eletrónico, mas tem mais baladas, e foi produzido com a ajuda dos dois irmãos de Robin companheiros de Bee Gees.
Depois de Walls Have Eyes, os Bee Gees juntaram-se novamente, e ficaram juntos até 2002, quando pararam por algum tempo. Quando o quinto álbum de Robin ia ser lançado, já tendo sido mandado para as rádios o novo single "Please", morre Maurice, irmão gémeo de Robin. Mas mesmo assim o disco foi lançado, estando disponível para o público apenas uma semana depois o trágico acontecimento. Magnet vem recheado de canções eletrónicas, a maioria composições alheias, mas também regravações de clássicos da carreira de Robin.
Em 2004, Robin começou uma turnê com a orquestra Neue Philharmonie Frankfurt, turnê esta que durou até 2006 e foi registada no CD e DVD Robin Gibb with the Neue Philharmonie Frankfurt Orchestra Live. Neste meio tempo, são lançadas parcerias de Robin com outros cantores, como Alistair Griffin, G4 e US5. Após o fim da turnê, Robin lança no mercado o seu sexto disco, My Favourite Christmas Carols, que é, essencialmente, um álbum de cantigas de Natal, trazendo ainda uma nova composição de Robin, a primeira em anos: "Mother of Love", que foi lançada como single em sistema de download digital.
Em 2008, Robin entrou em estúdio para gravar o que será o seu sétimo álbum de estúdio, chamado até o momento de 50 St. Catherine's Drive, que continua até hoje sem ser lançado. O álbum, segundo o site oficial de Gibb, foi adiado para que ele se dedicasse mais ao relançamento de material dos Bee Gees. Algumas faixas, porém, já são conhecidas. Em 2008 mesmo, foram lançados para download digital as canções "Alan Freeman Days" e "Wing and a Prayer" (que, apesar do nome, é uma faixa diferente da do álbum One dos Bee Gees). Em agosto de 2009, ele disponibilizou no seu site a nova canção "Instant Love".
Em 2009, Robin e Barry anunciaram o regresso dos Bee Gees aos palcos. Porém, enquanto isto não acontecia, Robin continua fazendo shows pelo mundo, tendo sido marcada uma turnê por várias cidades brasileiras em 2011, que, porém, teve que ser cancelada por motivos médicos.
Robin, juntamente com os Bee Gees, está, desde junho de 1994, no Songwriters Hall of Fame (Hall da Fama dos Compositores) pela sua grande contribuição, compondo com os Bee Gees e na carreira a solo.
Além de finalizar um álbum em tributo ao Titanic, lançado no final de 2011, Robin lançou em julho de 2011, o seu novo DVD ao vivo. O DVD foi gravado em 2009 na Dinamarca e conta com a participação da Danish Philarmonic Orchestra e reúne os grandes sucessos dos Bee Gees, sucessos da sua carreira a solo e ainda conta com o seu single mais recente, que já é bem popular na Europa: Alan Freeman Days. Em outubro de 2011, Robin participou da regravação do hit I've Gotta Get A Message To You, junto ao The Soldiers, que será lançado como single de beneficiência. O video da música já está disponível no seu site oficial.
Robin casou com Molly Hullis, secretária que trabalhava na Robert Stigwood Organization, em 1968, e separou-se dela em 1982. Com Molly, teve dois filhos: Spencer (1972-) e Melissa (1974-). Casou-se depois com a escritora Dwina Murphy, em 1985, com a qual teve um filho: Robin John (1983-). Em 2008 foi novamente pai, desta vez com a governanta da sua casa, Claire Yang, que deu à luz Snow Evelyn Robin Juliet Gibb. O caso gerou um grande ciúme da sua esposa Dwina, que chegou a expulsar a governanta da sua casa.
Robin foi internado diversas vezes por problemas de doença. A morte repentina do irmão gémeo Maurice Gibb, em 2003, assustou os fãs, já que Robin apresentava sintomas parecidos. Em 2011 cancelou uma turnê no Brasil, por conta destes mesmos problemas.
Em novembro de 2011 o jornal Daily Mirror noticiou que Robin estaria com cancro no fígado e que o artista já sabia do diagnóstico desde o início daquele ano, mas manteve oculta a informação dos media para não preocupar os fãs.
Em 14 de abril de 2012 o jornal The Sun noticiou que o músico havia sido hospitalizado em Londres, em estado de coma, devido a uma pneumonia.
Gibb sofria de cancro do cólon e fígado e, por causa duma pneumonia, chegou a estar doze dias em coma. Morreu no dia 20 de maio de 2012, após uma longa luta contra o cancro.
O corpo do músico foi sepultado no dia 8 de junho, na presença do irmão Barry Gibb, de familiares e amigos. Encontra-se sepultado na cidade de Thame, no centro da Inglaterra.
   

 


Moshe Dayan nasceu há 110 anos...

   

Moshe Dayan (Kibbutz Degania Alef, 20 de maio de 1915 - Tel Aviv, 16 de outubro de 1981), foi responsável pelas mais importantes vitórias de Israel nas guerras contra seus vizinhos árabes, Dayan foi também um dos principais arquitetos dos acordos de paz de Camp David, os primeiros que se firmaram entre o governo de Israel e um país árabe (Egito).
Moshe Dayan nasceu em 20 de maio de 1915, em Deganya, na então Palestina. Com 14 anos iniciou uma carreira militar na Haganá (guerrilha sionista) que combatia os árabes. Quando esta organização foi declarada ilegal pelos britânicos, em 1939, Dayan e outros elementos judeus foram presos, durante dois anos, pelas autoridades britânicas, liderando depois as forças judaicas da Palestina que combateram a França na Síria e no Líbano. Durante combate junto aos ingleses na Síria, contra os franceses de Vichy, em 1941, perdeu o olho esquerdo, atingido por uma bala inimiga e passou a usar uma pala, o que o tornava inconfundível.
Em 1948, na luta pela independência, comandou a região militar de Jerusalém. Na chefia das forças armadas desde 1953 por cinco anos, planeou e liderou a invasão da península do Sinai, em 1956, o que lhe valeu a reputação de grande comandante militar. Dayan foi eleito para o Knesset (Parlamento) em 1959 e designado Ministro da Agricultura, no governo de David Ben-Gurion.
Em junho de 1967, já como Ministro da Defesa, comandou a vitoriosa guerra dos seis dias e passou a exercer crescente influência na política externa. O seu prestígio declinou em outubro de 1973, quando o Egito e a Síria atacaram Israel de surpresa e desencadearam a guerra do Yom Kippur.
Em 1978, sendo Ministro das Relações Exteriores do governo de Menachem Begin, tornou-se um dos arquitetos dos acordos de Camp David, assinados no ano seguinte pelo Egito e Israel. Faleceu em Tel Aviv, em 16 de outubro de 1981. A sua filha, Yael Dayan é escritora. Dayan também foi arqueólogo amador e escritor e entre os livros publicados em português está “Guerra do Sinai” (Bloch Editores).
    

Saudades de Joe Cocker...

segunda-feira, maio 19, 2025

Poema para recordar uma camponesa...

Gravura de Catarina Eufémia, como parte da obra de arte "Revolução subterrada", na passagem subterrânea da estação de Alcantâra-Mar, em Lisboa

 

AO RETRATO DE CATARINA
 
 
Esses teus olhos enxutos
Num fundo cavo de olheiras
Esses lábios resolutos
Boca de falas inteiras
Essa fronte aonde os brutos
Vararam balas certeiras
Contam certa a tua vida
Vida de lida e de luta
De fome tão sem medida
Que os campos todos enluta
 
Ceifou-te ceifeira a morte
Antes da própria sazão
Quando o teu altivo porte
Fazia sombra ao patrão
Sua lei ditou-te a sorte
Negra bala foi teu pão
E o pão por nós semeado
Com nosso suor colhido
Pelo pobre é amassado
Pelo rico só repartido
 
Tanta seara continhas
Visível já nas entranhas
Em teu ventre a vida tinhas
Na morte certeza tenhas
Malditas ervas daninhas
Hão-de ter mondas tamanhas
Searas de grã estatura
De raiva surda e vingança
Crescerão da tua esperança
Ceifada sem ser madura
  
Teus destinos Catarina
Não findaram sem renovo
Tiveram morte assassina
Hão-de ter vida de novo
Na semente que germina
Dos destinos do teu povo
E na noite negra negra
Do teu cabelo revolto
nasce a Manhã do teu rosto
No futuro de olhos posto

 
  
Carlos Aboim Inglez

Música adequada à data...

 

Cantar Alentejano - Zeca Afonso

 

Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer

Ceifeiras na manha fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou

Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou

Aquela pomba tão branca
Todos a querem p'ra si
O Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti

Aquela andorinha negra
Bate as asas p'ra voar
O Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar

Joey Ramone nasceu há setenta e quatro anos...

      
Joey Ramone, nome artístico de Jeffrey Ross Hyman (Nova Iorque, 19 de maio de 1951 - Nova Iorque, 15 de abril de 2001) foi um vocalista norte-americano e letrista, sendo seu trabalho mais conhecido a banda de punk rock Ramones. Juntamente com o seu companheiro de banda Johnny Ramone (John Cummings), foram os únicos membros que permaneceram desde o início da banda até o seu fim, em 1996.
Hyman cresceu em Forest Hills, no Queens, numa comunidade de judeus. Teve uma vida bastante conturbada, o que inspirou o som "We're A Happy Family", do álbum Rocket to Russia. Os seus pais divorciaram-se no começo dos anos 60. A sua mãe, Charlotte Lesher (1926-2007), encorajou um interesse pela música em ambos os filhos: Joey e o seu irmão mais novo, Mitchell (que atende pelo pseudónimo de Mickey Leigh).
Leigh, irmão de Joey, no DVD End of the Century: The Story of the Ramones, diz que Joey tinha TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e que ele era considerado esquisito e solitário. No mesmo DVD, Joey diz que a música salvou a sua vida e a do seu irmão, dizendo que ele se sentia bem e que ele era diferente ao cantar e que aquilo era um incentivo para ele deixar as suas inseguranças e a sua timidez de lado. Ele escreveu a música, "The KKK Took My Baby Away" devido ao facto de Johnny Ramone lhe ter roubado a namorada, eles mal se falavam depois disso.
Joey morreu de linfoma a 15 de abril de 2001, no Presbyterian Hospital, na cidade de Nova Iorque. Ele aparentemente conviveu com o linfoma durante cerca de 4 anos, já que foi examinado numa clínica especializada em cancro em meados dos anos 90. Encontra-se sepultado no Hillside Cemetery, Lyndhurst, Condado de Bergen, Nova Jérsei, nos Estados Unidos.
O músico tem um álbum a solo (póstumo) que foi lançado em 2002, um ano após a sua morte (e ano também em que os Ramones entraram para o Rock and Roll Hall of Fame). Este álbum, intitulado de "Don't Worry About Me", contém a regravação de "What a Wonderful World".
Após vários anos de desenvolvimento, o seu segundo álbum a solo, intitulado "Ya Know?", foi lançado a 22 de maio de 2012.
Em 2013 o seu irmão Mickey Leigh, juntamente com o jornalista Legs McNeil, famoso pelo livro Mate-me Por Favor, lançou a biografia de Joey Ramone, auto intitulado Eu dormi com Joey Ramone.
  
     

 


Catarina Eufémia foi assassinada há 71 anos...

Desenho de José Dias Coelho - daqui

Catarina Efigénia Sabino Eufémia (Baleizão, 13 de fevereiro de 1928 - Monte do Olival, Baleizão, 19 de maio de 1954) foi uma ceifeira portuguesa que, na sequência de uma greve de assalariadas rurais, foi assassinada a tiros, pelo tenente Carrajola da Guarda Nacional Republicana. Com vinte e seis anos de idade, analfabeta, Catarina tinha três filhos, um dos quais de oito meses, que estava ao seu colo no momento em que foi baleada.
A trágica história de Catarina acabou por personificar a resistência ao regime salazarista, sendo adotada, pelo Partido Comunista Português, como ícone da resistência no Alentejo. Sophia de Mello Breyner, Carlos Aboim Inglez, Eduardo Valente da Fonseca, Francisco Miguel Duarte, José Carlos Ary dos Santos, Maria Luísa Vilão Palma e António Vicente Campinas dedicaram-lhe poemas. O poema de Vicente Campinas "Cantar Alentejano" foi musicado por Zeca Afonso no álbum "Cantigas de Maio" editado no Natal de 1971.
 
A morte
No dia 19 de maio de 1954, em plena época da ceifa do trigo, Catarina e mais treze outras ceifeiras foram reclamar com o feitor da propriedade onde trabalhavam para obter um aumento de dois escudos por jornadas. Os homens da ceifa foram, em princípio, contrários à constituição do grupo das peticionárias, mas acabaram por não hostilizar a ação destas. As catorze mulheres foram suficientes para atemorizar o feitor que foi a Beja chamar o proprietário e a guarda.
Catarina fora escolhida pelas suas colegas para apresentar as suas reivindicações. A uma pergunta do tenente da guarda, Catarina terá respondido que só queriam "trabalho e pão". Como resposta teve uma bofetada que a enviou ao chão. Ao levantar-se, terá dito: "Já agora mate-me." O tenente da guarda disparou três balas que lhe estilhaçaram as vértebras. Catarina não terá morrido instantaneamente, mas poucos minutos depois nos braços do seu próprio patrão (entretanto chegado), que a levantou da poça de sangue onde se encontrava, e terá dito: Oh senhor tenente, então já matou uma mulher, o que é que está a fazer? O patrão, Francisco Nunes, que é geralmente descrito como uma pessoa acessível, foi caracterizado por Manuel de Melo Garrido em "A morte de Catarina Eufémia - A grande dúvida de um grande drama" como "o jovem lavrador da região que menos discutia os salários a atribuir aos rurais e que, nas épocas de desemprego, os ajudava com larga generosidade". O menino de colo, que Catarina tinha nos braços ficou ferido na queda. Uma outra camponesa teria ficado ferida também.
De acordo com a autópsia, Catarina foi atingida por "três balas, à queima-roupa, pelas costas, atuando da esquerda para a direita, de baixo para cima e ligeiramente de trás para a frente, com o cano da arma encostada ao corpo da vítima. O agressor deveria estar atrás e à esquerda em relação à vítima". Ainda segundo o relatório da autópsia, Catarina Eufémia era "de estatura mediana (1,65 m), de cor branco-marmórea, de cabelos pretos, olhos castanhos, de sistema muscular pouco desenvolvido".
Após a autópsia, temendo a reação da população, as autoridades resolveram realizar o funeral às escondidas, antecipando-o de uma hora em relação àquela que tinham feito constar. Quando se preparavam para iniciar a sua saída às escondidas, o povo correu para o caixão com gritos de protesto, e as forças policiais reprimiram violentamente a populaça, espancando não só os familiares da falecida, outros rurais de Baleizão, como gente simples de Beja que pretendia associar-se ao funeral. O caixão acabou por ser levado à pressa, sob escolta da polícia, não para o cemitério de Baleizão, mas para Quintos (a terra do seu marido cantoneiro António Joaquim do Carmo, o Carmona, como lhe chamavam) a cerca de dez quilómetros de Baleizão. Vinte anos depois, em 1974, os seus restos mortais foram finalmente trasladados para Baleizão.
Na sequência dos distúrbios do funeral, nove camponeses foram acusados de desrespeito à autoridade; a maioria destes foi condenada a dois anos de prisão com pena suspensa. O tenente Carrajola foi transferido para Aljustrel, mas nunca veio a ser sequer julgado em tribunal. Faleceu em 1964.
 
A lenda
Ao torná-la numa lenda da resistência antifascista, o PCP teria adulterado alguns pormenores da vida e morte de Catarina Eufémia. Designadamente, fez-se crer que Catarina era militante do Partido Comunista, no comité local de Baleizão, desde 1953, o que é, possivelmente, falso. A escolha de Catarina para porta-voz das ceifeiras terá sido mesmo influenciada pelo facto de não existirem as mínimas suspeitas de ser comunista. Aliás, Mariana Janeiro, uma militante comunista várias vezes presa pela PIDE, sempre rejeitou a hipótese de que Catarina estivesse ao serviço do partido. Por seu lado, António Gervásio, antigo dirigente do PCP no Alentejo, afirma que Catarina era de facto membro do comité local de Baleizão do PCP desde 1953. Também a União Democrática Popular reivindicou a militância de Catarina (embora a UDP só tenha surgido em 1974, tentou reclamar Catarina como um dois exemplos da linha comunista não-estalinista e comunista não-interclassista, que antecedeu a União Democrática Popular e o seu precursor, o PC-R), tendo, mesmo, erigido um pequeno monumento em sua memória, que foi destruído por apoiantes do PCP em 23 de maio de 1976. Os familiares de Catarina, especialmente os filhos, chegaram a apoiar ou filiar-se na UDP. UDP e PCP continuam a disputar Catarina (que segundo conhecidos não seria militante comunista, mas sendo altamente politizada, seria simpatizante com bastante certeza).
Afirmou-se também que Catarina Eufémia estaria grávida de alguns meses no momento em que foi assassinada. Aparentemente, essa informação teria vindo de outras ceifeiras, a quem Catarina alguns dias antes de ser assassinada teria revelado o seu estado amenorreico. Durante a autópsia, o povo de Baleizão juntou-se no largo da Sé de Beja, a poucos metros do Hospital da Misericórdia, clamando em desespero e revolta: "Não foi uma, foram duas mortes!". No entanto, o médico legista que a autopsiou, Henriques Pinheiro, afirmou repetidamente, inclusive depois da revolução de 1974, que as referências a uma gravidez eram falsas.
 
    

Phil Rudd, baterista dos AC/DC, faz hoje setenta e um anos

      
Phil Rudd (Melbourne, Austrália, 19 de maio de 1954), também conhecido como Adami, é um baterista australiano, membro da banda AC/DC.
Entrou em 1975 na banda e ficou nesta até 1983, quando houve um desentendimento com Malcolm Young e após esse episódio, ele saiu dos AC/DC (outro motivo associado à sua saída foram os vícios de drogas e bebida).
Após a sua saída da banda, Phil montou na Nova Zelândia uma escola de pilotos de helicóptero. Em 1994, quando a banda estava fazendo shows na Nova Zelândia, os restantes membros perguntaram-lhe se queria regressar e ele aceitou.
Phil tem em seu estilo de tocar bateria uma boa batida, com muito controle sobre o ritmo da música. Costuma conduzir a música de uma forma simples, porém bem executada, misturando batidas de blues.
    

  


Pete Townshend comemora hoje 79 anos

      
Peter Dennis Blandford Townshend (Chiswick, Londres, 19 de maio de 1945) é um guitarrista, cantor, compositor e escritor britânico, mais conhecido por seu trabalho com a banda de rock The Who. A sua carreira com o conjunto estende-se durante mais de quarenta anos, durante os quais ele progrediu para ser considerado uma dos mais influentes das décadas de 60 e 70.
Townshend é o principal compositor dos Who, tendo escrito mais de cem canções espalhadas pelos onze álbuns de estúdio do grupo, incluindo trabalhos conceptuais e óperas rock como Tommy e Quadrophenia. Embora reconhecido primeiramente como guitarrista, é também cantor e multiinstrumentista, tendo gravado com instrumentos como banjo, acordeão, sintetizador, piano, teclado, baixo e bateria, tanto em seus projetos solo e trabalhos dos Who quanto em participações em álbuns de outros artistas.
Townshend também foi colaborador de diversos jornais e revistas, tendo escrito resenhas, artigos e roteiros, trabalhando também como letrista e compositor para diversos grupos musicais. Foi listado no 3º lugar da lista de "Melhores Guitarristas" do livro The New Book of Rock Lists de Dave Marsh, em 10° na lista de "50 Melhores Guitarristas" da Gibson.com e em 10° na lista de "100 Melhores Guitarristas de Todos os Tempos" da Rolling Stone.
   

   


Marku Ribas nasceu há 78 anos...

(imagem daqui)
  
Marco Antonio Ribas mais conhecido como Marku Ribas (Pirapora, 19 de maio de 1947 - Belo Horizonte, 6 de abril de 2013) foi um cantor, compositor, ator, dançarino e percussionista brasileiro.
Seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: soul, samba, samba rock, jazz, funk, reisado, batuque e ritmos africanos.
Em 1985, Ribas participou no álbum Dirty Work da banda britânica Rolling Stones. Participou em vários filmes nacionais, entre eles, "Uma onda no ar" e "Batismo de Sangue" (como Carlos Marighella). Markú inovou ao utilizar o próprio corpo como instrumento de percussão. Em sua voz harmonias e melodias improvisadas em qualquer rítmo, o seu estilo de cantar e inventar palavras e frases com diferentes sonoridades influenciou e continua a influenciar diferentes gerações de músicos de diferentes estilos. Ativista político declarado, na luta por direitos sociais e contra o racismo, no auge do sucesso comercial da sua carreira, com o sucesso do samba rock e da soul music brasileira, rompe com as gravadoras multinacionais e parte para uma carreira independente. Afastado dos media nacional, em 2001 é redescoberto e apadrinhado pelo então rei do soul brasileiro, Ed Mota.
Marku Ribas faleceu na noite de sábado de 6 de abril de 2013, aos 65 anos, por causa de um cancro do pulmão.

 


Grace Jones - 77 anos

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Grace Beverly Jones (Spanish Town, Jamaica, 19 de maio 1948) é uma modelo, cantora e atriz jamaicana radicada nos Estados Unidos. Nascida na Jamaica, ela e a sua família mudaram-se para Syracuse, Nova Iorque nos Estados Unidos, quando ela ainda era adolescente. Grace começou a sua carreira como modelo no estado de Nova Iorque, depois em Paris, trabalhando para casas de moda francesas de grande prestígio, como Yves Saint Laurent e Kenzo, e aparecendo em capas de revista como Elle e Vogue.

Notavelmente trabalhou como fotógrafos de renome como Jean-Paul Goude, Helmut Newton, Guy Bourdin, e Hans Feurer, e ficou conhecido pela sua aparência andrógena e a sua cabeça rapada. 

 

Primeiros anos

Grace Jones nasceu da união do pastor pentecostal, Robert, e da costureira Marjorie P. Jones, família que incluía ainda mais seis irmãos e irmãs. Antes de se tornar uma modelo de sucesso em Nova Iorque e Paris, Grace estudou teatro na Universidade de Syracuse no estado de Nova Iorque.
 
 
Carreira
Música

Jones assinou um contrato com a Island Records em 1977, o que resultou num sucesso de hits Disco e Dance e um resposta positiva do público. Os três álbuns Disco que ela gravou - Portfolio (1977), Fame (1978) e Muse (1979) - geraram grande sucesso no mercado da época. Durante esse período, também se tornou uma musa para Andy Warhol, que a fotografou incontáveis vezes. Jones também o acompanhou em várias ocasiões no famoso clube Studio 54 em Nova York.

No final dos anos 70, Jones se adaptou à música New Wave e decidiu criar um estilo diferente para ela. Ainda na Island Records, lançou os álbuns Warm Leatherette (1980) e Nightclubbing (1981). Tais álbuns incluíram readaptações de canções do The Pretenders, Sting, Iggy Pop, Roxy Music, Flash and the Pan, The Normal, Ástor Piazzolla e Tom Petty. Jones ainda marcou presença nas banda sonoras de novelas brasileiras. "That's The Trouble" fez parte da música de Locomotivas, de 1977; "I Need a Man", de Sem Lenço, Sem Documento (1977/1978); em 1978, "La Vie En Rose" foi hit em O Pulo do Gato, e "Do Or Die" fez parte da banda sonora internacional da novela Pecado Rasgado.

Em paralelo com a sua transformação musical, Jones também mudou o seu visual dramaticamente, criado em parceria com o estilista Jean-Paul Goude, com quem ela eventualmente se casou e de quem teve um filho. Jones adotou um look severo e andrógino, com um corte de cabelo em formato quadrado e roupas acolchoadas. As capas icónicas de Nightclubbing e, em seguida, Slave To The Rhythm (1985) exemplificaram essa nova identidade. Até hoje, Grace Jones é tanto conhecida pelo seu look único  como pela sua música. A sua colaboração com Sadkin e Blackwell continuou com o álbum Living My Life (1982), influenciado pelo dub-reggae.

Na metade dos anos 80, ela trabalhou com Trevor Horn para o álbum Slave To The Rhythm e com o produtor Nile Rodgers para o álbum Inside Story (1986) - o seu primeiro álbum após sair da Island Records. Inside Story produziu o seu mais recente hit que entrou na Billboard Hot 100, I'm Not Perfect (But I'm Perfect For You), uma das diversas canções que ela co-escreveu com Bruce Woolley. O álbum Bulletproof Heart (1989) atingiu o primeiro lugar nas paradas Hot Dance Music/Club Play com o hit Love On Top Of Love. Jones também alcançou grande sucesso no Reino Unido. Até hoje, Grace Jones lançou 43 singles e muitas de suas canções são consideradas como clássicos nos dias de hoje. Recentemente Grace participou do novo álbum de inéditas da banda de trip rock Gorillaz com a canção "Charger" lançado no dia 28 de abril de 2017.

 

Estilo e imagem e voz

O visual andrógino de Grace Jones, que inclui roupas, maneiras e estatura (1,79m), foi uma grande influência no movimento "power dressing" dos anos 80, e também em artistas como Cher, Annie Lennox (Eurythmics) e Claudie Fritsch-Mentrop (Desireless). Ela também exemplificou o corte de cabelo em "caixa" dos anos 70, que seria usado em seguida por muitos negros da América na próxima década. Ela manteve uma carreira de atriz em paralelo com a sua música. A sua forte presença e visual foram levados ao seu trabalho de palco rapidamente: as suas performances mostraram diversas personagens com roupas peculiares e forte atitude. Um bom exemplo disso foi a sua colaboração com o artista visual Keith Haring, que pintou o seu corpo com símbolos tribais e a vestiu com uma armadura de fios. O artista também pintou o corpo de Jones no clipe de I'm Not Perfect (But I'm Perfect For You).

Miss Jones é uma cantora contralto e domina algumas técnicas de soprano. Sua extensão vocal mede (ao total) 5,4 oitavas. São duas as formas de cantar que predominam em seu trabalho: o monótono canto falado, fraseado como nas canções Corporate Cannibal e Walking In The Rain, e o modo quase soprano como em La Vie En Rose e Slave To The Rhythm. Além de ser dona de vocais fortes, autoritários e hipnóticos, Jones também toca acordeão.

Em 2000, Grace Jones gravou The Perfect Crime, uma canção up-tempo para a TV dinamarquesa, escrita pelo compositor Floppy M. No dia 20 de outubro de 2006, o CD triplo Ultimate Collection foi lançado na Europa pela CCM, numa edição limitada. No dia 3 de novembro do mesmo ano, Jones compareceu a uma reunião de pessoas que compartilhavam do mesmo sobrenome, cantando Slave To The Rhythm e Pull Up To The Bumper.

Embora o seu último álbum de estúdio tenha saído em 1989, Grace Jones nunca deixou de se apresentar ao vivo. Prefere seguir o estilo underground nos seus shows, sem grandes divulgações, o que coloca os seus fãs em uma "emocionante caçada". Num honroso comeback, o produtor Ivor Guest confirmou que ela já terminou de gravar seu novo álbum, com a canção Corporate Cannibal como primeiro single. Nick Hooker dirigiu o primeiro clipe para o novo álbum. Outros participantes desse lançamento são Sly and Robbie, Brian Eno, Wally Badarou, Tricky, Uzziah "Sticky" Thompson, Mikey "Mao" Chung, Barry Reynolds, John Justin, Martin Slattery, Philip Sheppard, Paulo Goude, Robert Logan, Don-E e Tony Allen, sob os cuidados de Cameron "Engine" Craig. Em outubro 2008 ela volta com o álbum Hurricane

 

Atuação

O trabalho de Jones como atriz em grandes filmes começou com o papel de Zula, uma amazona no filme Conan, o Destruidor (1984), ao lado de Arnold Schwarzenegger e a lenda da NBA Wilt Chamberlain. Antes disso ela havia aparecido em filmes de produção baixa, frequentemente com conteúdo sexualmente explícito. Em seguida ela fez o papel de May Day, no filme 007: A View To A Kill (1985).

Jones também apareceu em vários outros filmes, incluindo Vamp (1986), onde ela interpretou uma exótica dançarina vampírica chamada Katrina, usando a pintura corporal de Keith Haring. Ela também fez o papel de Helen Strange no filme Boomerang, de Eddie Murphy - para o qual gravou a canção-título do filme, 7 Day Weekend - em 1992. Em 2001, ela apareceu junto com Tim Curry em Wolf Girl (a.k.a Blood Moon), como um travesti e aberração de circo chamado Christoph/Christine. Apareceu num episódio da série Beastmaster como Guerreira Impatra.


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Dusty Hill, o já falecido baixista dos ZZ Top, nasceu há 76 anos...


Joseph Michael "Dusty" Hill (Dallas, May 19, 1949 – Houston, July 28, 2021) was an American musician, singer, and songwriter, best known as the bassist and secondary lead vocalist of the American rock group ZZ Top; he also played keyboards with the band. He was inducted into the Rock and Roll Hall of Fame, as a member of ZZ Top, in 2004. 

 

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