domingo, abril 20, 2025

Porque hoje é a Páscoa da Ressurreição do Senhor...

Ressurreição - Peter Paul Rubens

 

De barro, como os outros

Nasceste, Jesus Cristo, entre as ovelhas
e as palhas de um curral,
mas, mal nasceste, o povo da Judeia
viu no céu um sinal.

Nasceste como o filho de um pastor
mas o Mundo, suspenso,
viu a estrela, o cortejo dos reis magos,
o ouro, a mirra, o incenso.

Nasceste como nascem os mortais
mas eras imortal,
e entre todas as noites só à tua
chamamos de Natal.

Foste preso, insultado, torturado
e pregado numa Cruz.
Mas do teu corpo não saía sangue,
saía sangue e luz.

Morreste como o bom e o mau ladrão,
cortou-te Deus a haste;
mas de todos os mortos, pelos séculos,
só tu ressuscitaste.

Ah, bem sabes, Senhor, que o barro é pouco
sem o sopro divino,
e que sem Deus só poderão salvar-se
o tonto e menino.

Por isso espero a morte sem terror,
sem temer o castigo.
Por que há-de recear-se a paz, o amor?
Receia-se o inimigo.

Bem sabes que o pecado original
nos roubou a inocência,
e que em nós e combatem Bem e Mal
ao longo da existência.

É difícil ao barro ser eterno.
Difícil, sobrehumano,
o longo drama que é o céu e o inferno
em cada ser humano.

Por isso eis-me a teus pés serena e calma.
Nem melhor, nem pior:
de barro, como os outros...corpo e alma
- mas a alma maior.





Fernanda de Castro

sábado, abril 19, 2025

Hoje é dia de lembrar a poesia de Manuel Bandeira...

 

Trem de Ferro

 

Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria o que foi isto maquinista?

Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa fumaça
corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo na fornalha
que preciso
Muito força
Muita força
Muita força

Aô ...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De inagaseira
Debruçada
No riacho
Que vontade de cantar

Aô ...
Quando me prendera
No canaviá
Cada pé de cana
Era um ofício
Aô ...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá sua boca
Pra mata minha sede
Aô ...
Vou mimbara vou mimbara
Não gosto daqui
Nasci no Sertão
Sou de Ouricirri

Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente. 


Manuel Bandeira

 

Getúlio Vargas nasceu há 143 anos...

  
Getúlio Dornelles Vargas (São Borja, 19 de abril de 1882 - Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1954) foi um advogado e político brasileiro, líder civil da Revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, depondo o seu 13º e último presidente Washington Luís e impedindo a posse do presidente eleito a 1 de março de 1930, Júlio Prestes.
Foi presidente do Brasil em dois períodos. O primeiro, de 15 anos ininterruptos, de 1930 até 1945, e que se dividiu em 3 fases: de 1930 a 1934, como chefe do "Governo Provisório"; de 1934 até 1937 como presidente da república do Governo Constitucional, tendo sido eleito presidente da república pela Assembleia Nacional Constituinte de 1934; e de 1937 a 1945, como presidente-ditador, enquanto durou o Estado Novo brasileiro, implantado após um golpe de estado.
No segundo período, em que foi eleito por voto direto, Getúlio governou o Brasil como presidente da república, por 3 anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando se suicidou.
Getúlio era chamado pelos seus simpatizantes de "o pai dos pobres", frase bíblica (livro de Job-29:16) e um dos títulos de São Vicente de Paulo, e, título criado pelo seu Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP, enfatizando o facto de Getúlio ter criado muitas das leis sociais e trabalhistas brasileiras.
A sua doutrina e seu estilo político foram denominados de "getulismo" ou "varguismo". Os seus seguidores, até hoje existentes, são denominados "getulistas". As pessoas próximas o tratavam por "Doutor Getúlio", e as pessoas do povo o chamavam de "O Getúlio", e não de "Vargas".
Cometeu suicídio no ano de 1954, com um tiro no coração, no seu quarto, no Palácio do Catete, na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal. Getúlio Vargas foi considerado o mais importante presidente da história do Brasil. A sua influência se estende até hoje, pois a sua herança política é invocada por pelo menos dois partidos políticos atuais: o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Getúlio Vargas foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, em 15 de setembro de 2010, pela lei nº 12.326.

(...)

Por causa do crime da rua Tonelero Getúlio foi pressionado, pela imprensa e por militares, a renunciar ou, ao menos, licenciar-se da presidência. O Manifesto dos Generais, de 22 de agosto de 1954, pede a renúncia de Getúlio. Foi assinado por 19 generais de exército, entre eles, Castelo Branco, Juarez Távora e Henrique Lott e dizia: "Os abaixo-assinados, oficiais generais do Exército...solidarizando com o pensamento dos camaradas da Aeronáutica e da Marinha, declaram julgar, como melhor caminho para tranquilizar o povo e manter unidas as forças armadas, a renúncia do atual presidente da República, processando sua substituição de acordo com os preceitos constitucionais".
Esta crise levou Getúlio Vargas ao suicídio na madrugada de 23 para 24 de agosto de 1954, logo depois de sua última reunião ministerial, na qual fora aconselhado, por ministros, a se licenciar da presidência. Getúlio registou na sua agenda de compromissos, na página do dia 23 de agosto de 1954, segunda-feira: "Já que o ministério não chegou a uma conclusão, eu vou decidir: determino que os ministros militares mantenham a ordem pública. Se a ordem for mantida, entrarei com pedido de licença. Em caso contrário, os revoltosos encontrarão aqui o meu cadáver."
Getúlio concordou em se licenciar sob condições, que constavam da nota oficial da presidência da república divulgada naquela madrugada: "Deliberou o Presidente Getúlio Vargas.... entrar em licença, desde que seja mantida a ordem e os poderes constituídos..., em caso contrário, persistirá inabalável no propósito de defender suas prerrogativas constitucionais, com sacrifício, se necessário, de sua própria vida".
Getúlio, no final da reunião ministerial, assina um papel, que os ministros não sabiam o que era, nem ousaram perguntar. Encerrada a reunião ministerial, sobe as escadas para ir ao seu apartamento. Vira-se e despede-se do ministro da Justiça, Tancredo Neves, dando-lhe uma caneta Parker 21 de ouro e diz: "Para o amigo certo das horas incertas"!
A data não poderia ser mais emblemática: Getúlio, que se sentia massacrado pela oposição, pela "República do Galeão" e pela imprensa, escolheu a noite de São Bartolomeu para a sua morte. Getúlio Vargas cometeu suicídio, com um tiro no coração, nos seus aposentos, no Palácio do Catete, na madrugada de 24 de agosto de 1954.


E agora uma pequena lição para criacionistas e outros malucos...

Porque nunca encontraremos um dinossauro congelado, mas existem dinossauros mumificados

 


 

Quem adora tudo o que envolve dinossauros, certamente um dia gostaria de encontrar ou que fosse encontrado um dinossauro inteiro congelado no permafrost, como os mamutes, rinocerontes lanudos e lobos encontrados na Sibéria e no Canadá.

Infelizmente, nunca encontraremos um dinossauro congelado. Segundo o IFL Science, quem o confirma é Susannah Maidment, investigadora sénior na divisão de Vertebrados, Antropologia e Paleobiologia do Museu de História Natural, em Londres.

A mumificação é frequentemente associada ao Antigo Egito, mas pode ocorrer naturalmente quando o ecossistema de decomposição é impedido de fazer o seu trabalho.

Os antigos faraós, que governaram há milhares de anos, eram mumificados propositadamente, mas já foram encontrados corpos mumificados em pântanos e outros cadáveres que se mumificaram naturalmente - por vezes, numa questão numa questão de dias.

No caso dos dinossauros mumificados, não se trata de um termo formal, mas foram encontradas espécimes com características mumificadas.

“Quando as pessoas dizem ‘múmias de dinossauro‘, tendem a falar destes dinossauros que estão totalmente envoltos em pele, e por isso a sua pele preservou outros tecidos moles”, disse Maidment.

Por vezes encontramos dinossauros com penas, mas normalmente não os classificamos como múmias. Portanto, não é a preservação dos tecidos moles, por si só. Penso que é esta ideia de que temos a carcaça envolva em pele, que é o que as pessoas tendem a designar por múmia, mas é um termo informal”.

Os fósseis de dinossauros com tecidos moles intactos são uma descoberta muito excitante para os palentólogos, mas são raros quando comparados com os achados baseados em ossos. Encontrámos tiranossauros com conteúdo estomacal e um psitacossauro com o primeiro orifício do rabo de dinossauro descrito, mas os favoritos de Maidmente são os anquilossauros.

“Eu trabalho com dinossauros blindados e há cerca de três ou quatro anquilossauros que estão preservados de uma forma que se pode dizer que são múmias”, disse a investigadora. “Há um muito famoso que foi encontrado há alguns anos no Canadá, chamado Borealopelta, que tem todos os seus pedaços no sítio certo, e há alguns vídeos fantásticos dele online onde se pode rodar. É muito fixe”.

“Eu não vi esse, mas temos um no Museu de História Natural que foi encontrado no início do século XX e chama-se Scolosaurus cutleri. Na verdade, falta-lhe a cabeça, mas está na galeria dos dinossauros e pode ir vê-lo”.

“Está de lado e, se olharmos para as costas, tem todas as suas escamas ainda no sítio, porque tem um armadura nas costas. Depois, se dermos a volta para o outro lado, podemos ver a cavidade do estômago. Desse lado, podem ver-se os membros e o esqueleto”.

Quando um animal morre, são as partes duras que têm mais hipóteses de sobreviver. O ecossistema da decomposição tem muitas vias de ataque, desde bactérias microscópicas prontas para transformar o cadáver numa tenda de circo, até à macrofauna que pode espalhar membros inteiros por todo o lado.

O que resta tem uma hipótese de ser preservado no registo fóssil, mas a realidade é que, para a maior parte da vida na Terra, simplesmente desaparece”.

“Para a grande maioria dos animais que já viveram, nem mesmo as suas partes duras permanecem”, disse Maidment. “O processo de fossilização é muito raro, mas por vezes temos coisas como a pele e outros tecidos moles, como as penas, preservados. Normalmente, isso requer um conjunto único de condições de enterramento, muitas vezes um enterramento muito rápido”.

“Alguns animais [dos mais bem preservados] caíram em lagos ou foram vencidos por dunas de areia, como no caso dos famosos dinossauros do deserto de Gobi. Estes são os tipos de processos de que precisamos para que as partes moles sejam preservadas”.

 

Porque é que nunca encontraremos um dinossauro congelado na Antártida

Em primeiro lugar nunca foi encontrado nenhum T. rex fora da América do Norte, mas principalmente “porque o gelo simplesmente não é assim tão antigo”, disse Maidment. “A Antártida não foi permanentemente gelada até há cerca de 30 milhões de anos e, embora pudessem ter existido camadas de gelo, estas teriam surgido e desaparecido. O mesmo acontece com os mantos de gelo do hemisfério norte”.

“Os animais que estamos a encontrar na Sibéria são todos uma ordem de grandeza mais novos [do que os dinossauros]. Os mamutes só morreram há 4.0000 anos. Os dinossauros extinguiram-se há 66 milhões de anos. Não temos gelo tão antigo, por isso não vamos encontrar um dinossauro preso no gelo”.


in ZAP

Hoje é dia de ouvir a música dos Men At Work...

Às vezes a paleontologia é muito divertida...

Dormir em “conchinha”: tudo começou há 250 milhões de anos, com um abraço eterno

 


 

Amizade improvável entre anfíbio e um mamífero na Grande Morte: ficaram para sempre juntos numa pequena toca, na África do Sul, que foi descoberta há 50 anos. Momento eternizado ficou para a história como “O Aconchego Triássico”.

Há 250 milhões de anos, em plena Grande Morte, um momento único de partilha foi eternizado.

Descobrimo-lo em 1975 - ou melhor, o paleontólogo James Kitching descobriu-o - quando uma toca fossilizada foi desenterrada perto da base do desfiladeiro de Oliviershoek, na África do Sul.

Se inicialmente só se via a cabeça de um Thrinaxodon - um pequeno réptil semelhante a um mamífero - um exame mais minucioso revelou uma presença inesperada na pequena toca: um anfíbio raro, conhecido como Broomistega. Fossilizaram em contacto próximo, num repouso eterno que viria a ser conhecido como “The Triassic Cuddle” (“O Abraço/Aconchego Triássico”).

 


 

O Thrinaxodon ficou para sempre enrolado na forma típica de uma toca, enquanto o Broomistega ficou deitado de barriga para cima sobre o mamífero.

Mas como é que esta amizade tão improvável sequer aconteceu?

Os cientistas queriam responder a esta pergunta e especularam que o anfíbio, parecido com uma salamandra, e o principal ocupante da toca - o mamífero - teria sido enterrado pela lama. Mas era muita coincidência, a lama escorrer e levar um anfíbio para a toca do mamífero.

Olhando para o ponto de situação, a posição de”conchinha” não foi acidental. O anfíbio poderia na verdade ter sido arrastado para a toca pelo outro animal, maior e mais forte, mas o estado dos ossos e a orientação do fóssil sugeriam o contrário.

O Broomistega apresentava sinais de ferimentos sarados, incluindo costelas partidas, mas não correspondiam aos dentes daquele a quem ficou agarrado para sempre, lembra o National Geographic.

Restava uma hipótese: o anfíbio entrou propositadamente no refúgio subterrâneo num sinal de desespero, durante a dura estação seca da “Grande Morte”, a extinção mais devastadora do planeta Terra, que dizimou cerca de 90% das espécies marinhas e 70% da vida terrestre.

O Thrinaxodon, possivelmente num estado de sono profundo, pode não ter notado ou simplesmente não se incomodou com o hóspede não convidado.

 


 

Amor ou não, o que é certo é que os dois animais acabaram por ser sepultados juntos por um súbito fluxo de lama e outros sedimentos.

 

 

in ZAP

Dia de Índio...

 

Todo Dia Era Dia de Índio - Jorge Ben



Jês, Kariris, Karajás, Tukanos, Caraíbas,
Makus, Nambikwaras, Tupis, Bororós,
Guaranis, Kaiowa, Ñandeva, YemiKruia,
Yanomá, Waurá, Kamayurá, Iawalapiti,
Suyá, Txikão, Txu-Karramãe, Xokren, Xikrin, Krahô,
Ramkokamenkrá, Suyá

Curumim, chama Cunhatã
Que eu vou contar

Curumim, chama Cunhatã
Que eu vou contar

Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio

Curumim, Cunhatã
Cunhatã, Curumim

Antes que o homem aqui chegasse
As terras brasileiras
Eram habitadas e amadas
Por mais de 3 milhões de índios
Proprietários felizes
Da Terra Brasilis

Pois todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio

Mas agora eles só têm
O dia 19 de abril

Mas agora eles só têm
O dia 19 de abril

Amantes da natureza
Eles são incapazes, com certeza
De maltratar uma fêmea
Ou de poluir o rio e o mar

Preservando o equilíbrio ecológico
Da terra, fauna e flora

Pois em sua glória, o índio
Era o exemplo puro e perfeito
Próximo da harmonia
Da fraternidade e da alegria

Da alegria de viver!
Da alegria de viver!

E no entanto, hoje
O seu canto triste
É o lamento de uma raça que já foi muito feliz
Pois antigamente

Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio

Curumim, Cunhatã
Cunhatã, Curumim

Terêrêrêrêrê, oh, yeah!
Terêrêrêrêrê, oh!
Terêrêrêrêrê, oh, yeah!
Terêrêrêrêrê

Antes que o homem aqui chegasse
As terras brasileiras
Eram habitadas e amadas
Por mais de 3 milhões de índios
Proprietários felizes
Da Terra Brasilis

Pois todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio

Mas agora eles só têm
O dia 19 de abril

Mas agora eles só têm
O dia 19 de abril

Amantes da natureza
Eles são incapazes
Com certeza
De maltratar uma fêmea
Ou de poluir o rio e o mar

Preservando o equilíbrio ecológico
Da terra, fauna e flora

Pois em sua glória, o índio
Era o exemplo puro e perfeito
Próximo da harmonia
Da fraternidade e da alegria

Da alegria de viver!
Da alegria de viver!

E no entanto, hoje
O seu canto triste
É o lamento de uma raça que já foi muito feliz
Pois antigamente

Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio

Jês, Kariris, Karajás, Tukanos, Caraíbas,
Makus, Nambikwaras, Tupis, Bororós,
Guaranis, Kaiowa, Ñandeva, YemiKruia,
Yanomá, Waurá, Kamayurá, Iawalapiti,
Suyá, Txikão, Txu-Karramãe, Xokren, Xikrin, Krahô,
Ramkokamenkrá, Suyá

Botero nasceu há noventa e três anos...


Fernando Botero Angulo (Medellín, 19 de abril de 1932 - Mónaco, 15 de setembro de 2023) foi um artista figurativista colombiano, cujo estilo é chamado por alguns de "boterismo", o que lhe dá uma identidade inconfundível.

As suas obras destacam-se sobretudo por figuras rotundas, o que pode sugerir a estaticidade da humanidade. Percebe-se a sua escultura como uma crítica social, especialmente no que diz respeito à ganância do ser humano. 

     

(...)   

    

Em 1954, Botero casou-se com Gloria Zea (fundadora do Museu de Arte Moderna de Bogotá e diretora do Instituto Colombiano de Cultura Colcultura) e tiveram três filhos: Fernando (nascido em 1956 enquanto moravam na Cidade do México e foi Ministro da Defesa, durante o governo de Ernesto Samper), Lina (1958) e Juan Carlos Botero Zea (1960). O casal divorciou-se em 1960.

Em 1964, Botero casou-se com Cecilia Zambrano, com quem teve um filho, Pedro (1970), que morreu tragicamente em 1974 em um acidente de carro na Espanha, enquanto a família estava de férias. Botero e Zambrano separaram-se em 1975. Em 1978, Botero casou-se com a artista grega Sophia Vari. Eles moravam em Paris e tinham uma casa em Pietrasanta, Itália.

Botero morreu em 15 de setembro de 2023, aos 91 anos, no Mónaco.

 

  
 O rapto de Europa - Medellín
  

Jayne Mansfield nasceu há 92 anos...

   

Jayne Mansfield (born Vera Jayne Palmer; Bryn Mawr, Pennsylvania, April 19, 1933 – New Orleans, Louisiana, June 29, 1967) was an American actress, singer, nightclub entertainer, and Playboy Playmate. A sex symbol of the 1950s and early 1960s while under contract at 20th Century Fox, Mansfield was known for her well-publicized personal life and publicity stunts. Her film career was short-lived, but she had several box-office successes and won a Theatre World Award and a Golden Globe Award.

Mansfield enjoyed success in the role of fictional actress Rita Marlowe in the Broadway play Will Success Spoil Rock Hunter? (1955–1956), which she reprised in the film adaptation of the same name (1957). Her other film roles include the musical comedy The Girl Can't Help It (1956), the drama The Wayward Bus (1957), the neo-noir Too Hot to Handle (1960), and the sex comedy Promises! Promises! (1963); the latter established Mansfield as the first major American actress to perform in a nude scene in a post-silent era film.

Mansfield took her professional name from her first husband, public relations professional Paul Mansfield. She married three times, each marriage ending in divorce, and had five children. She was allegedly intimately involved with numerous men, including Robert and John F. Kennedy, her attorney Samuel S. Brody, and Las Vegas entertainer Nelson Sardelli. On June 29, 1967, she died in an automobile crash in New Orleans at the age of 34.
   
   
Sophia Loren and Jayne Mansfield, seated at a restaurant table
Sophia Loren, Jayne Mansfield e a inveja...

Roberto Carlos faz hoje oitenta e quatro anos

   
Roberto Carlos Braga (Cachoeiro de Itapemirim, 19 de abril de 1941) é um cantor e compositor brasileiro, um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira, foi um dos pioneiros no Brasil do movimento rock'n'roll surgido nos Estados Unidos ao longo da década de 50.
Embora tivesse iniciado a carreira sob influência da Bossa Nova, no início da década de 60, Roberto mudou o seu reportório para o rock. Com composições próprias, geralmente feitas em parceria com o amigo Erasmo Carlos, e versões de sucessos do então recente género musical, fundando as bases para o primeiro movimento de rock feito no Brasil. Com a fama, fez ao lado de Erasmo Carlos e Wanderléa um programa na TV Record chamado Jovem Guarda, que daria nome ao primeiro movimento musical do rock brasileiro. Além da carreira musical, fez filmes inspirados na fórmula lançada pelos Beatles - como "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa" e "Roberto Carlos a 300 Quilómetros por Hora".
Na viragem para década de 70, reformulou o seu repertório de rock'n roll e tornou-se um cantor e compositor basicamente romântico, fórmula que não modificou desde então. Logo também mudou o seu público-alvo, que deixou de ser jovem e passou a ser adulto. Atualmente continua apresentando-se publicamente com frequência e produz anualmente um especial que vai para o ar na semana de Natal na Rede Globo, na mesma época em que costumavam ser lançados os seus discos anuais. Entre 1961 e 1998, Roberto lançou um disco inédito por ano. Dezenas de artistas já fizeram regravações de músicas suas, entre os quais Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia.
Segundo a ABPD, Roberto Carlos é o artista a solo com mais álbuns vendidos na história do Brasil. Os seus discos já venderam mais de 120 milhões de cópias e bateram recordes de vendas - em 1994 chegou a marca de 70 milhões de discos vendidos - incluindo gravações em espanhol, inglês e italiano, em diversos países. Tendo realizado milhares de shows em centenas de cidades no Brasil e no exterior, a sua popularidade tornou-o conhecido no Brasil e na América Latina como O Rei, contando com um dos maiores clubes de fãs do mundo.
   
   
in Wikipédia
 

Afrika Bambaataa faz hoje 68 anos


Afrika Bambaataa é o nome artístico de Kevin Donovan (Bronx, Nova York, 19 de abril de 1957) é um DJ dos Estados Unidos da América e líder da Zulu Nation. Além de ter inovado os paradigmas do electro e também é reconhecido como sendo o padrinho ou pai do Hip Hop por ter sido o primeiro a utilizar o termo e dar as bases técnica e artística para o "Hip Hop" formando assim uma nova cultura que se expandia nos bairros negros e latinos da cidade de Nova Iorque e que congregava DJs, MCs, Writers (autores de graffiti), B.boys e B.Girls (dançarinos de Breaking).
Nasceu e foi criado no Bronx e, enquanto jovem, fazia parte de uma gang chamada Black Spades, mas viu que as lutas entre gangues não o levariam a lugar nenhum. Muitos dos membros originais da Zulu Nation também faziam parte dos Black Spades, que era um dos maiores e mais temidos gangues de Nova York. Bambaataa utilizou algumas gravações de diferentes tipos de música para criar raps. Experimentando sons, que iam desde James Brown (o pai do funk) até ao som eletrónico da música “Trans-Europe Express” (da banda alemã Kraftwerk), e misturando ao canto falado, trazido pelo DJ jamaicano Kool Herc, Bambaataa criou a canção “Planet Rock”, que hoje é um clássico do hip hop e do electro. Bambaataa também foi um dos líderes do Movimento Libertem James Brown, criado quando o mestre do soul e do funk estava preso e, anos depois, foi o primeiro artista a trabalhar com James Brown, gravando “Unity”.
Bambaataa criou as bases para surgimento do miami bass, freestyle, ritmos que influenciaram o funk carioca na década de 90.
  
 
 

Tony Martin - 68 anos

 
Anthony Philip Harford (Birmingham, 19 de abril de 1957), mais conhecido pelo nome artístico Tony Martin, é um músico e vocalista britânico de heavy metal.
Já fez parte de diversas bandas e projetos musicais, sendo notória a sua passagem pelos Black Sabbath, banda onde permaneceu quase dez anos (é o vocalista com maior tempo de permanência, depois de Ozzy Osbourne).
Apesar de se apresentar exclusivamente como vocalista, Tony Martin é um multi-instrumentista, como confirmou numa entrevista. Entre os instrumentos que toca, podem ser citados: guitarra, baixo, violino, teclado, harmónica, gaita de foles e flauta de pã. Nos seus álbuns a solo, costuma também gravar a maioria dos instrumentos, como por exemplo em Scream, do ano de 2005. A sua primeira aparição como artista a solo foi em 1992, com o disco Back Where I Belong.
  
 

O pogrom de Lisboa foi há 519 anos...

 

 
No Massacre de Lisboa de 1506, também conhecido como Pogrom de Lisboa ou Matança da Páscoa de 1506, uma multidão perseguiu, violou, torturou e matou centenas de pessoas, acusadas de serem judias. Isto sucedeu antes do início da Inquisição e nove anos depois da conversão forçada dos judeus em Portugal, em 1497, durante o reinado de D. Manuel I.
 
(...)
  
A historiografia situa o início da matança no Mosteiro de São Domingos (Santa Justa), no dia 19 de abril de 1506, um domingo, quando os fiéis rezavam pelo fim da seca e da peste que tomavam Portugal, e alguém jurou ter visto no altar o rosto de Cristo iluminado - fenómeno que, para os católicos presentes, só poderia ser interpretado como uma mensagem de misericórdia do Messias - um milagre.
Um cristão-novo que também participava da missa tentou explicar que a luz era apenas o reflexo do sol, mas foi calado pela multidão, que o espancou até a morte.
A partir daí, os judeus da cidade, que anteriormente já eram vistos com desconfiança, tornaram-se o bode expiatório da seca, da fome e da peste: três dias de massacre sucederam-se, incitados por frades dominicanos que prometiam absolvição dos pecados dos últimos cem dias para quem matasse os "hereges", e que juntaram um grupo de mais de quinhentas pessoas, incluindo marinheiros da Holanda, da Zelândia e de outras terras, com as suas promessas.
A corte encontrava-se em Abrantes - onde se instalara para fugir à peste - quando o massacre começou. D. Manuel I tinha-se posto a caminho de Beja, para visitar a mãe. Terá sido avisado dos acontecimentos em Avis, logo mandando magistrados para tentar pôr fim ao banho de sangue. Entretanto, mesmo as poucas autoridades presentes foram postas em causa e, em alguns casos, obrigadas a fugir.
Como consequência, homens, mulheres e crianças foram torturados, massacrados, violados e queimados em fogueiras improvisadas no Rossio. Os judeus foram acusados entre outros "males", de deicídio e de serem a causa da profunda seca e da peste que assolava o país. A matança durou três dias - de 19 a 21 de abril, na Semana Santa de 1506 - e só acabou quando foi morto um cristão-novo que era escudeiro do Rei, João Rodrigues Mascarenhas, e as tropas reais afinal chegaram para restaurar a ordem.
 

Byron morreu há duzentos e um anos...

 
George Gordon Byron, 6º Barão Byron (Londres, 22 de janeiro de 1788 - Missolonghi, 19 de abril de 1824), melhor conhecido como Lorde Byron, foi um destacado poeta britânico e uma das figuras mais influentes do romantismo, célebre por suas obras-primas, como Peregrinação de Child Harold e Don Juan (o último permaneceu inacabado devido à sua morte iminente). Byron é considerado como um dos maiores poetas europeus, é muito lido até os dias de hoje.
Toda a obra de Byron, que exprime o pessimismo romântico, com a tendência a se voltar contra os outros e contra a sociedade, pode ser vista como um grande painel autobiográfico. Foram novos, em sua postura, o tom declarado de rebeldia ante as convenções morais e religiosas e o charme cínico de que seu herói demoníaco sempre se revestiu.
A fama de Byron não se deve somente aos seus escritos, mas também a sua vida - amplamente considerada extravagante - que inclui numerosas amantes, dívidas, separações e alegações de incesto.
Encontrou a morte em Missolonghi, onde estava lutando ao lado dos gregos, na sua luta pela independência da opressão turca. Segundo consta, a causa da morte parece ter sido uremia, complicada por febre reumática. A sua filha, Ada Lovelace, colaborou com Charles Babbage para a criação do engenho analítico, um passo importante na história dos computadores, papel ímpar para uma mulher na História da Ciência do século XIX.
     
(...)
     
Morte
Lord Byron morreu enquanto lutava na Guerra de Independência da Grécia, em 1824, de febres contraídas no campo de batalha. Encontra-se sepultado na Igreja de Santa Maria Madalena, Hucknall, Nottinghamshire na Inglaterra.
 


    

 

 


  
Lines Inscribed Upon a Cup Formed from a Skull, 1808


Start not - nor deem my spirit fled;
In me behold the only skull
From which, unlike a living head,
Whatever flows is never dull.

I lived, I loved, I quaffed, like thee:
I died: let earth my bones resign;
Fill up - thou canst not injure me;
The worm hath fouler lips than thine.

Better to hold the sparkling grape,
Than nurse the earth-worm's slimy brood;
And circle in the goblet's shape
The drink of gods, than reptile's food.

Where once my wit, perchance, hath shone,
In aid of others' let me shine;
And when, alas! our brains are gone,
What nobler substitute than wine?

Quaff while thou canst: another race,
When thou and thine, like me, are sped,
May rescue thee from earth's embrace,
And rhyme and revel with the dead.

Why not? Since through life's little day
Our heads such sad effects produce;
Redeemed from worms and wasting clay,
This chance is theirs, to be of use.
  
+-+-+
  

Versos Inscritos numa Taça Feita de um Crânio


Não, não te assustes: não fugiu o meu espírito
Vê em mim um crânio, o único que existe
Do qual, muito ao contrário de uma fronte viva,
Tudo aquilo que flui jamais é triste.

Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri;
Que renuncie a terra aos ossos meus
Enche! Não podes injuriar-me; tem o verme
Lábios mais repugnantes do que os teus olhos.

Onde outrora brilhou, talvez, minha razão,
Para ajudar os outros brilhe agora eu;
Substituto haverá mais nobre que o vinho
Se o nosso cérebro já se perdeu?

Bebe enquanto puderes; quando tu e os teus
Já tiverdes partido, uma outra gente
Possa te redimir da terra que abraçar-te,
E festeje com o morto e a própria rima tente.

E por que não? Se as frontes geram tal tristeza
Através da existência (curto dia ...),
Redimidas dos vermes e da argila
Ao menos possam ter alguma serventia.

Charles Darwin morreu há 143 anos...


Charles Robert Darwin
(Shrewsbury, 12 de fevereiro de 1809 - Downe, Kent, 19 de abril de 1882) foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual. Esta teoria culminou no que é, agora, considerado o paradigma central para explicação de diversos fenómenos na biologia. Foi laureado com a medalha Wollaston concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1859.
Darwin começou a se interessar por história natural na universidade enquanto era estudante de Medicina e, depois, Teologia. A sua viagem de cinco anos a bordo do brigue HMS Beagle e escritos posteriores trouxeram-lhe reconhecimento como geólogo e fama como escritor. Suas observações da natureza levaram-no ao estudo da diversificação das espécies e, em 1838, ao desenvolvimento da teoria da Seleção Natural. Consciente de que outros antes dele tinham sido severamente punidos por sugerir ideias como aquela, ele as confiou apenas a amigos próximos e continuou a sua pesquisa tentando antecipar possíveis objeções. Contudo, a informação de que Alfred Russel Wallace tinha desenvolvido uma ideia similar forçou a publicação conjunta das suas teorias em 1858.
Em seu livro de 1859, "A Origem das Espécies" (do original, em inglês, On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life), ele introduziu a ideia de evolução a partir de um ancestral comum, por meio de seleção natural. Esta se tornou a explicação científica dominante para a diversidade de espécies na natureza. Ele ingressou na Royal Society e continuou a sua pesquisa, escrevendo uma série de livros sobre plantas e animais, incluindo a espécie humana, notavelmente "A descendência do Homem e Seleção em relação ao Sexo" (The Descent of Man, and Selection in Relation to Sex, 1871) e "A Expressão da Emoção em Homens e Animais" (The Expression of the Emotions in Man and Animals, 1872).
Em reconhecimento da importância do seu trabalho, Darwin foi enterrado na Abadia de Westminster, próximo dos túmulos de Charles Lyell, William Herschel e Isaac Newton. Foi uma das cinco pessoas não ligadas à família real inglesa a ter um funeral de Estado no século XIX.
      

Manuel Bandeira nasceu há 139 anos...

(imagem daqui)

   

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife, 19 de abril de 1886 - Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.
Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 1922 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre, Clarice Lispector e Joaquim Nabuco, entre outros, representa o melhor da produção literária do estado de Pernambuco.

 

Auto-retrato
 
Provinciano que nunca soube
Escolher bem uma gravata;
Pernambucano a quem repugna
A faca do pernambucano;
Poeta ruim que na arte da prosa
Envelheceu na infância da arte,
E até mesmo escrevendo crônicas
Ficou cronista de província;
Arquiteto falhado, músico
Falhado (engoliu um dia
Um piano, mas o teclado
Ficou de fora); sem família,
Religião ou filosofia;
Mal tendo a inquietação de espírito
Que vem do sobrenatural,
E em matéria de profissão
Um tísico profissional.

 
  
Manuel Bandeira

Levon Helm morreu há treze anos...


Levon Helm
, nome artístico de Mark Lavon Helm (Elaine, Arkansas, 26 de maio de 1940 – Nova Iorque, 19 de abril de 2012) foi um multi-instrumentista e ator dos Estados Unidos da América, mais conhecido como vocalista e baterista do grupo de rock The Band. Helm tornou-se célebre pela sua voz, profundamente sentimental, e o seu estilo criativo na bateria, características bem representadas em gravações dos The Band como "The Weight", "Up on Cripple Creek" ou "The Night They Drove Old Dixie Down". Após o fim do grupo, em 1978, fez alguns papéis no cinema e deu início a uma carreira a solo, trabalhos que passou a manter paralelamente a quando do regresso dos The Band ao ativo, em 1983.
Foi-lhe diagnosticado um cancro da garganta no final da década de 90. Após um longo período de recuperação formou uma banda solo, voltando a se apresentar ao vivo e gravando três álbuns: Dirt Farmer (2007), vencedor do Grammy na categoria "Best Traditional Folk Album", Electric Dirt (2010), vencedor do Grammy na categoria estreante "Best Americana Album", e o ao vivo Ramble at the Ryman (2011), também premiado com um Grammy de "Best Americana Album".
Helm continuou a fazer shows esporádicos no seu estúdio caseiro em Woodstock, até que, em abril de 2012 foi divulgado pela sua esposa e filha que estava "nos estágios finais duma batalha contra o cancro". Dois dias depois do anúncio, morreu no Hospital Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Manhattan.

 

Duarte Pacheco nasceu há 125 anos...

    
Duarte José Pacheco (Loulé, 19 de abril de 1900 - Setúbal, 16 de novembro de 1943) foi um engenheiro e estadista português.
   
 
Monumento a Duarte Pacheco em Loulé

Último de quatro filhos e sete filhas de José de Azevedo Pacheco (Loulé, São Clemente, 18 de Janeiro de 1864 - 1914), Comissário da Polícia de Loulé, e de sua mulher Maria do Carmo Pontes Bota (Loulé, São Clemente - 1905), doméstica, e sobrinho paterno de Marçal de Azevedo Pacheco.

Ingressou aos 17 anos no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, onde se forma em 1923 em Engenharia Eletrotécnica. Um ano depois é contratado como assistente e em 1925 já era professor catedrático, ensinando a cadeira de Matemáticas Gerais. Em 1926 torna-se diretor interino do IST e, em 10 de agosto de 1927, o Conselho Escolar determinava por unanimidade a sua nomeação como Diretor efetivo.[2]

Em 1928, com apenas 29 anos, ocupa pela primeira vez um cargo político, ao ser nomeado para Ministro da Instrução Pública, exercendo estas funções apenas durante uns curtos meses. A 18 de abril toma posse e a 10 de novembro demite-se. Era o primeiro governo de José Vicente de Freitas, estando Óscar Carmona na presidência da república.

Nesse tempo teve uma missão que se veio a revelar de uma importância decisiva para o século XX português: vai a Coimbra convencer Salazar a regressar à pasta das Finanças. Salazar encontrava-se desiludido com a experiência anterior dos amargos cinco dias que participou do Governo de Mendes Cabeçadas e pela desgraça política financeira do General João Sinel de Cordes, com quem tinha tentado colaborar. É Duarte Pacheco que negoceia as condições extraordinárias que Salazar pretende para voltar a ocupar o cargo. A missão foi bem sucedida, tanto que Salazar toma posse a 28 de abril desse mesmo ano.

É sob a orientação de Duarte Pacheco, que se dá início à construção dos edifícios do Instituto Superior Técnico em Lisboa, construindo-se aquele que viria a ser o primeiro campus universitário português. Existe uma história curiosa quanto à origem dos vidros do edifício do Instituto. Diz-se que foram enviados por diversas indústrias vidreiras como amostras solicitadas pelo próprio Ministro, a fim de determinar o de melhor qualidade, sendo utilizadas nas janelas do edifício sem se terem informado as indústrias solicitadas e sem ter havido nenhum tipo de remuneração dos vidros usados.

Mas é com 33 anos que Duarte Pacheco encontra o seu próprio destino. Em 1932 volta a ser convidado por Salazar, que admirava o seu carácter, para participar no seu Governo, na pasta de Ministro das Obras Públicas e Comunicações. A 5 de julho assume pela primeira vez a pasta das Obras Públicas e Comunicações no Governo de Salazar, até 18 de janeiro de 1936, altura em que abandona as funções. Entretanto, a 1 de julho de 1933, é agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Em 1936, com uma reforma da corporação política, Duarte Pacheco é afastado do Governo, regressando ao Instituto Superior Técnico, mas ferido politicamente e profetiza que "hão de vir em peregrinação pedir-me desculpas e suplicar-me que regresse". Profecia que sai certa, porque, no dia 1 de janeiro de 1938, Duarte Pacheco é nomeado presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e meses depois, a 25 de maio, em acumulação, novamente ministro do Governo, passando a ocupar a pasta das Obras Públicas e Comunicações, pasta que desta vez só abandonará com a morte ao serviço da Nação Portuguesa. A 18 de dezembro de 1940 é agraciado com a Grã-Cruz da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.

A 18 de setembro de 1941 foi inaugurada a Ponte Eng. Duarte Pacheco entre o Torrão, atualmente fazendo parte da freguesia de Alpendorada, Várzea e Torrão (Marco de Canaveses) e o lugar de Entre-os-Rios na freguesia da Eja (Penafiel) pelo Presidente da República Óscar Carmona. Assistiu à cerimónia, entre outros, o Eng.º Duarte Pacheco, Ministro das Obras Públicas e Comunicações, que viria a dar nome à ponte.

Na manhã de 15 de novembro de 1943, Duarte Pacheco foi a Vila Viçosa, inteirar-se dos trabalhos em curso para a construção da estátua de D. João IV, mas queria chegar a tempo ao Conselho de Ministros, marcado para a tarde. Ao regressar a Lisboa, na Estrada Nacional n.º 4, no lugar da Cova do Lagarto, entre Montemor-o-Novo e Vendas Novas, o veículo oficial seguia a alta velocidade e despistou-se, embatendo com o lado direito num sobreiro. Um acompanhante teve morte imediata. Os outros sofreram ferimentos relativamente ligeiros. Os de Duarte Pacheco foram graves. O ministro foi transportado para o Hospital da Misericórdia em Setúbal. Mal foi informado, Salazar seguiu para lá, fazendo-se acompanhar de um grupo de médicos reputados. De nada puderam valer e, na madrugada de 16, era confirmado o óbito de Duarte Pacheco, devido a hemorragia interna.  
 

Luís de Oliveira Guimarães nasceu há 125 anos...


Luís de Oliveira Guimarães nasceu a 19 de abril de 1900, em Espinhal, Penela, e morreu em 5 de maio de 1998, em Lisboa.

Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa em 1923, veio a exercer a magistratura como delegado do procurador da República em diversas localidades. Jornalista, poeta e comediógrafo, deixou colaboração dispersa nos periódicos A Capital, A Manhã, Primeiro de Janeiro, Comércio do Porto, Diário Popular, República e Sol. Iniciou a sua carreira literária com a publicação de um livro de versos em 1921, Bonecas Que Amam. As suas crónicas de jornal, bem como as suas produções para o teatro, são geralmente de teor humorístico. Tendo colaborado em várias revistas e operetas, de parceria com Carlos Selvagem, João Correia de Oliveira, José Ribeiro dos Santos, Augusto Santa-Rita e Silva e Bastos, o seu trabalho mais notável para o teatro foi a adaptação do romance de Aquilino Ribeiro, O Arcanjo Negro, levada à cena em 1948 no Teatro da Trindade, por Alves da Cunha. Foi co-fundador da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses e editor do boletim Autores, desta instituição. Foi também membro da Associação dos Arqueólogos.  


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