Sisley nasceu em Paris, filho de pais ingleses, tendo estudado comércio em
Londres,
(1857-1861) para continuar o trabalho do seu pai, diretor de uma
empresa de exportação de flores artificiais para a América do Sul. Porém
em vez de estudar, passava o tempo a visitar museus e copiando esboços
de Constable, Turner e Bonington. Quando voltou para Paris conseguiu
autorização dos pais para entrar para a escola de Gleyre. No ateliê de
Paris, Sisley conheceu
Renoir,
Bazille e
Monet, com os quais passava horas pintando no bosque de Fontainebleau. Em
1877 participou da terceira exposição do grupo
impressionista. Juntamente com
Camille Pissarro, Sisley foi um dos mais representativos paisagistas do
impressionismo, sendo considerado também um dos pintores da escola de Barbizon.
Os seus primeiros quadros revelaram uma certa influência da obra de
Jean-Baptiste Camille Corot,
mas pouco a pouco começou a se diferenciar dele, dando mais
importância à cor do que à forma. Dono de uma capacidade surpreendente
de observação, Sisley era capaz de captar os matizes mais subtis da luz,
habilidade que demonstra nos seus quadros das estações do ano.
Também é muito singular o modo como consegue homogeneizar água, terra e céu, inundando as suas
paisagens de uma paz transcendental. O galerista Durand-Ruel expôs os seus quadros, sem sucesso, em
Paris. Mais tarde, em
1890, Sisley foi indicado como académico da Sociedade Nacional de Belas-Artes, onde expôs as suas obras pela última vez, no ano de
1898.
Biografia
A família de Sisley, proveniente de
Manchester,
morava em Paris quando Alfred Sisley nasceu. O pai, William, exportava
flores artificiais para a América do Sul. A mãe, Felicia Sell, era de
uma família inglesa culta. O pai estimulava Alfred Sisley a
interessar-se pelo comércio, razão pela qual o mandou para Londres
estudar.
Entre
1857 e
1861, Sisley ficou em
Londres
para aprender sobre comércio mas também frequentou vários museus na
capital inglesa. Quando retornou a Paris trocou o comércio pela pintura
matriculando-se no ateliê de Gabriel Gleyre, onde conheceu outros
pintores como
Frédéric Bazille,
Claude Monet e
Renoir.
Em
1863, Sisley abandonou o ateliê de Gleyre. Tempos depois ele e seus novos amigos foram pintar na floresta de
Fontainebleau, pintar ao ar livre e aperfeiçoar o uso de efeito da luz do sol.
Até praticamente
1870,
Sisley pintava com tons escuros, mas a partir de então as suas cores
tornam-se mais vivas e mais claras adotando mais as técnicas
impressionistas. Iniciou uma série de obras pintadas à margem dos rios,
tema constante de suas obras.
O pai foi à falência com o fim da guerra franco-prussiana e morreu
pouco tempo depois. Com a falência do pai, Sisley teve de passar a viver
do próprio trabalho já que o pai lhe ajudava financeiramente evitando
até então de passar dificuldades. Durante a comuna de Paris, ele
refugiou-se com a família em Voisin-Louveceiennes, aldeia próxima de
Paris.
Em
1872, Sisley conheceu o
marchand Paul Durand-Ruel, que investia o seu dinheiro em obras impressionistas. Em
1874,
Sisley expôs cinco telas na exposição independente do Salão Oficial de
Paris, mas não vendeu nenhuma tela, aliás a exposição foi um fracasso.
No ano seguinte, assim como os outros pintores impressionistas, Sisley
passava por dificuldades financeiras por isso resolveram fazer uma
nova exposição onde conseguiu vender algumas telas por pouco dinheiro.
Mesmo assim ainda fizeram a segunda e terceira exposição independente
sem muito sucesso também, Sisley novamente não vendeu nenhuma tela.
Em
1877,
Sisley mudou-se para Sèvres onde pintou a aldeia em várias telas. Dois
anos depois foi rejeitado no salão oficial e acabou se mudando para
Veneux-Nadon. No ano seguinte mudou-se para uma casa perto da floresta
de Fontainebleu. Ano após ano a sua situação financeira piorava.
Procurou ajuda do
marchand Durand que, em
1883
promoveu-lhe uma exposição que foi um fracasso. Pouco tempo depois
mudou-se para Sablons. Cinco anos mais tarde voltou a morar em
Moret-sur-Loing.
Foi só no ano de
1890
que Sisley pode receber um pouco de reconhecimento pelo seu trabalho, ao
participar da exposição promovida pela Sociedade Nacional de Belas
Artes.
Em
1897, George Petit, um
marchand, promoveu uma exposição completa de Sisley, que não vendeu nenhum quadro.
Em
1898, Eugenie Lescouezec, a sua mulher morreu a 8 de outubro. Alfred Sisley morreu alguns meses depois, em 29 de janeiro de
1899, sem o reconhecimento merecido em vida.
O canal Saint-Martin em Paris
"Neve em Louveciennes", obra de 1878
"A ponte e os Moinhos de Moret", obra de 1888