sexta-feira, julho 12, 2024

Liz Mitchell, ex-vocalista dos Boney M., nasceu há 72 anos


Elizabeth Rebecca Mitchell (Clarendon, British Jamaica, 12 July 1952) is a Jamaican-British singer, best known as one of the original singers of the 1970s disco/reggae band Boney M.

Mitchell was born in Clarendon Parish, Jamaica. At the age of eleven, Mitchell and her family emigrated to London, England, in 1963; her childhood home was in the district of Harlesden. By the end of the decade, she auditioned for Hair and eventually moved to West Berlin to join the German cast where she replaced Donna Summer. After Hair, Mitchell joined the Les Humphries Singers for a few years and represented West Germany at the Eurovision Song Contest with the Ralph Siegel title "Sing Sang Song". The band was then reduced to only six singers (Liz was not one of them) for the show (their usual line-ups consisted of 20 performers and up) and came in 15th place with only 12 points, which they regarded as their beginning of the end as a band.  

A phone call from Katja Wolff agency in February 1976 persuaded Mitchell to return to West Germany to join a new group being assembled by record producer Frank Farian which would become known as Boney M. Though the group's initial purpose was simply to lip-synch for TV and discothèque performances of Farian's song "Baby Do You Wanna Bump", Boney M. soon became a legitimate recording group with Mitchell, Marcia Barrett, and producer Farian as the vocal core. Mitchell became widely regarded as Boney M.'s lead vocalist.

Although Boney M was largely a Farian vehicle for his own songwriting.

Boney M. disbanded in 1986.

After the group split up shortly after their 10th anniversary in 1986, fellow group member Bobby Farrell convinced Mitchell, Maizie Williams and a replacement for Marcia Barrett to re-group for a tour in 1987. A recording contract for the group was also arranged. When Farrell and the replacement singer failed to show up for the rehearsals, Mitchell and Williams recruited singer Celena Duncan and dancer Curt Dee Daran for the tour. As Williams had never sung on Boney M.'s recordings, Mitchell ended up recording the scheduled album on her own.

However, it proved difficult for Mitchell to find a record label to release the album, entitled No One Will Force You. It was released in Spain in the Autumn of 1988, supported by the singles "Mandela" (a re-work of Boney M.'s 1979 hit "El Lute") and "Niños De La Playa" (Children of the Beach). The latter was also released on Mega Records in Scandinavia where the group did a tour in October. By this point, Williams had been replaced by Carol Grey.

At the same time, Simon Napier-Bell had produced a remix album of Boney M.'s greatest hits and wanted the original line-up to promote it. Mitchell reluctantly accepted the offer and Boney M. appeared together again on German and Dutch TV, even though Mitchell's new line-up still had gigs to play.[citation needed]

The success of the remix album led Mitchell to sign her album for a French and Dutch release in 1989, and due to personal differences within the group, she eventually decided to focus on her solo career. Even though Madeleine Davis took her place in the group, Farian eventually called Mitchell back for a second remix album by the end of 1989 and also had her front a new Boney M. line-up for the single, "Stories", as an answer-back to an unofficial Boney M. single, "Everybody Wants to Dance Like Josephine Baker", recorded by the other three with Madeleine Davis, without Farian's approval.

In 1990, Mitchell re-formed her 1988 line-up with Patricia Foster replacing Celena Duncan and kept touring the cabaret circuit. In April 1991, she released the single "Mocking Bird", produced by longtime Boney M. collaborator, Helmut Rulofs to minimal attention. After three dire years, the success of Boney M. Gold - 20 Super Hits boosted the career of her line-up, entitled 'Boney M. feat. Liz Mitchell', and they were officially approved by Farian to promote the album and the accompanying singles. For the follow-up More Gold - 20 Super Hits Vol. II, Mitchell recorded four new songs. No One Will Force You with two previously unreleased tracks from 1984 was also re-released in Denmark, five years after it was recorded.

In 1996, Mitchell and her husband Thomas Pemberton built the Dove House Studios and formed Dove House Records. With a newly founded fan club, Mitchell recorded an EP with four Christmas songs as a special Christmas gift for her fans.

In November 1999, Mitchell finally released her album Share the World, which had taken three years to complete. In November 2000, she released the seasonal album Christmas Rose which consisted of partly new material, including the title track, "Lord's Prayer" and "I Want to Go to Heaven" co-written by herself, part re-recordings of Boney M.'s Christmas Album.

Mitchell, now a born-again Christian, continued the inspirational path on Let It Be, her fourth solo album, released in November 2004. Just a few months later, the album Liz Mitchell Sings the Hits of Boney M., recorded in Prague, backed by a Czech symphony orchestra, was released. A song recorded in 2006, called "A Moment Of Love", can be found on the compilation album, The Magic of Boney M..

She is still touring, billed as Boney M. featuring Liz Mitchell.

In 2014 an English Heritage blue plaque was unveiled at Mitchell's childhood home on Wrottesley Road in Harlesden, London, where her father still resided at this time. Mitchell now resides in Caversham, Reading.

Mitchell was appointed Member of the Order of the British Empire (MBE) in the 2024 Birthday Honours for services to music and to charity.

 

in Wikipédia

 


O brinquedo Etch A Sketch faz hoje 64 anos

 
Etch A Sketch
(conhecido como Traço Mágico no Brasil) é um brinquedo de desenho mecânico inventado pelo francês André Cassagnes e subsequentemente fabricado pela empresa americana Ohio Art Company. O brinquedo é composto por uma tela plana cinza numa moldura plástica vermelha, com dois botões giratórios nos cantos inferiores da moldura. Ao se girarem os botões uma stylus espalha pó de alumínio no fundo da tela, deixando uma linha sólida. Os botões criam imagens lineográficas: o esquerdo move a stylus horizontalmente, e o direito a move na vertical.
O Etch A Sketch foi lançado no auge do Baby Boom, em 12 de julho de 1960, e é um dos brinquedos mais conhecidos daquela época. Em 1998, foi indicado para o National Toy Hall of Fame em Rochester, New York. Em 2003, a Toy Industry Association nomeou o Etch A Sketch como um dos cem brinquedos mais memoráveis e mais criativos do século XX.
 

Vivam as pedras rolantes...!

 
Queremos recordar que passam hoje sessenta e dois anos sobre o primeiro concerto dos Rolling Stones - estamos a ficar velhotes - nós, ou eles, ou o que sobrou deles...
 
 

O rei-consorte D. Pedro III nasceu há 307 anos

D. Pedro III, retrato por Vieira Lusitano, circa 1760-70
 
D. Pedro III de Portugal (nome completo: Pedro Clemente Francisco José António de Bragança; 5 de julho de 1717 - 25 de maio de 1786), Infante de Portugal, Senhor do Infantado, Grão-Prior do Crato, Duque de Beja, posteriormente príncipe consorte do Brasil e Rei de Portugal de jure uxoris, foi o quarto filho do rei D. João V e da rainha D. Maria Ana.
D. Pedro era assim irmão de D. José I. Em 6 de junho de 1760 casou-se com a sobrinha e herdeira da coroa, D. Maria Francisca. Com a subida da mulher ao trono em 1777 tornou-se rei consorte de Portugal sendo cognominado "O Capacidónio", pela maneira como referia-se a várias pessoas, ou "O Sacristão", pelo seu fervor religioso, ou ainda "O Edificador", pela sua iniciativa de edificar o Palácio de Queluz.
Pedro foi uma figura neutra da política e alheou-se sempre dos aspetos governativos.
 

De seu casamento com Maria I de Portugal, tiveram os seguintes filhos:

 
   

Mouzinho da Silveira nasceu há 244 anos

    

José Xavier Mouzinho da Silveira (Castelo de Vide, 12 de julho de 1780Lisboa, 4 de abril de 1849) foi um estadista, jurisconsulto e político português e uma das personalidades maiores da revolução liberal, operando, com a sua obra de legislador, algumas das mais profundas modificações institucionais nas áreas da fiscalidade e da justiça. Preso durante a Abrilada, tornou-se intransigente defensor da Carta Constitucional pelo que teve de se exilar em 1828. Regressou ao Parlamento em 1834 para defender a sua obra legislativa, mas exilou-se de novo em 1836. Retirou-se da vida política durante os seus últimos dez anos de vida.
   
Mouzinho da Silveira nasceu a 12 de julho de 1780 em Castelo de Vide, filho de uma família de abastados proprietários rurais. Depois de aprender as primeiras letras e o latim, parte para a Coimbra em outubro de 1796, onde, até junho do ano seguinte, frequenta os preparatórios para entrar no Curso de Leis, no qual se matricula em outubro de 1797. Sai formado a 10 de julho de 1802. O pai falecera em maio de 1799, assumindo desde então Mouzinho, o filho mais velho, a sua independência económica. Mouzinho manterá um registo completo das suas receitas e despesas pessoais que incluirá no seu esboço autobiográfico.
Regressado a Castelo de Vide, ocupa os anos de 1803 e 1804 em tarefas relacionadas com a gestão do património familiar, particularmente em demandas resultantes do falecimento de sua avó materna. Em finais de 1804 parte para Lisboa onde na Corte sustenta até 1807, com êxito, a continuação naquele foro das demandas referentes ao património familiar. Foi testemunha ocular da entrada em Lisboa do exército invasor francês comandado por Junot, em novembro de 1807.
Terminadas as demandas que o trouxeram a Lisboa, Mouzinho da Silveira opta por não regressar a Castelo de Vide e ingressa na magistratura. Tomou posse a 1 de março de 1809 do lugar de juiz de fora de Marvão, localidade onde reside nos três anos subsequentes, participando ativamente nos preparativos para defesa daquela praça contra a ameaça napoleónica. Terminado o mandato, parte para Lisboa a 15 de outubro de 1812.
Despachado juiz de fora de Setúbal toma posse do cargo a 29 de maio de 1813, permanecendo naquele cargo até 22 de novembro de 1816. Terá exercido desde 2 de maio de 1814 as funções de juiz do Tombo dos Bens da Casa Real no termo de Lisboa.
Regressando a Lisboa, Mouzinho é nomeado Provedor da Comarca de Portalegre. Chegado a Portalegre a 21 de janeiro de 1817, toma posse do cargo de Provedor a 5 de março, mantendo-se nele até 2 de janeiro de 1821. Concorreu às eleições de 1820, não tendo sido eleito.
Em fevereiro de 1821 foi encarregado da diligência de arrecadação da Fazenda em Estremoz e de visitar as comarcas de Évora e Ourique a respeito de determinar o estado da arrecadação pública em todos os ramos, diligências que não cumpriu por ter sido despachado, a 11 de abril, administrador-geral da Alfândega Grande do Açúcar, em Lisboa, cargo de que tomou posse a 15 de maio.
Sendo administrador da Alfândega foi nomeado, a 28 de maio de 1823, Ministro da Fazenda. Sobrevindo de imediato a Vilafrancada, Mouzinho foi confirmado no lugar de Ministro por decreto de 31 de maio, sendo logo demitido por Decreto de 19 de junho. Sobre aquele nomeação escreve Mouzinho: Sendo administrador da Alfândega fui obrigado muito contra a minha vontade a ser Ministro da Fazenda no dia 29 de Maio de 1823, e sobrevindo o restabelecimento da monarquia absoluta, tive a minha demissão no dia 15 e voltei para o emprego da Alfândega, conservado nas honras de Ministro (Mouzinho da Silveira, Obras, volume I, p. 302). Nesta curta passagem pelo Governo, Mouzinho conseguiu apenas ver promulgado o Decreto de 12 de junho de 1823, revogando os impostos e décimas especiais que haviam sido estabelecidos por lei de março daquele ano.
Na sequência da Abrilada, Mouzinho é preso a 30 de abril de 1824. Encerrado no Castelo de São Jorge, ali permanece até 14 de maio, data em que é libertado em conjunto com outros presos políticos.
Por Decreto de 8 de agosto de 1825, Mouzinho foi elevado às honras de fidalgo cavaleiro da Casa Real.
Manteve atividade na área da fiscalidade, sendo nomeado em 12 de novembro de 1825 membro da junta encarregada de elaborar um regimento da alfândega geral que se pretendia criar em Lisboa. Participa ainda nos trabalhos das juntas encarregues de propor a revisão dos tratados de 1810 com o Reino Unido e de 1825 com o Brasil.
Nas eleições de outubro de 1826 é eleito deputado pelo Alentejo, integra a Comissão da Fazenda da Câmara dos Deputados, centrando a sua atividade parlamentar em matérias de fiscalidade e de gestão do património nacional.
Sentindo necessidade de se exilar, em março de 1828 pediu licença para viajar por um ano, saindo de Lisboa a 3 de abril e chegando a Paris a 15 do mesmo mês. Permanecerá em Paris até 1832, desenvolvendo estudos sobre fiscalidade e mantendo intensa troca epistolar com amigos e familiares em Portugal. Durante este período a sua situação patrimonial começa a degradar-se seriamente, reflexo da sua ausência e da profunda crise económica que afeta Portugal. A esposa e o filho ficarão definitivamente em Paris, já que Mouzinho insiste que este receba uma educação que deveria incluir conhecimentos de línguas (incluindo o alemão) e de química e outras ciências que então não estavam disponíveis em Portugal. Encaminha o filho para a indústria da tanoaria e da química, não conseguindo contudo, apesar da tanoaria de que foram sócios, recuperar nunca o desafogo financeiro que buscava.
Foi nomeado em 7 de fevereiro de 1831 membro da comissão consultiva que substituiu o Conselho de Estado junto da Regência em nome de D. Maria. A 6 de junho do mesmo ano foi convocado para fazer parte, como membro da Comissão da Fazenda da Câmara dos Deputados, da comissão encarregue de angariar os fundos e obter os empréstimos necessários a subsidiar a causa liberal.
Estando em Paris foi convocado para acompanhar D. Pedro IV na sua campanha pela implantação do liberalismo em Portugal, saindo daquela cidade a 25 de janeiro de 1832 com destino à ilha Terceira, para onde embarcou em Belle-Isle.
Tomou posse do cargo de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda e interino dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça em Angra a 2 de março de 1832. A 23 de abril de 1832 acompanha D. Pedro IV de Angra para Ponta Delgada, cidade de onde a 27 de junho parte com a força expedicionária a caminho do Mindelo. Enquanto nos Açores vê promulgados 24 Decretos e uma Portaria por si propostos e reformula toda a administração das ilhas.
Desembarca no Mindelo a 8 de julho, seguindo para o Porto, onde é cercado pelas forças de D. Miguel. Durante a sua permanência no Porto prossegue a promulgação das suas reformas, sendo publicados mais 20 Decretos e uma Portaria.
A 9 de agosto, em completo desacordo com o andamento das finanças públicas, particularmente com os empréstimos obtidos por Palmela, e acossado pelos seus correligionários que o acusavam de radicalismo e insensatez, pede a demissão dos cargos que ocupava, demissão que lhe foi concedida a 3 de dezembro de 1832 por Decreto de D. Pedro IV.
Abandonou o Ministério exatamente 9 meses depois de ter sido nomeado, deixando como legado 44 Decretos e duas Portarias que lançam as bases da moderna fiscalidade portuguesa e introduziram uma profunda reforma no sistema judiciário. Neste curto espaço de tempo, e em plena guerra civil, Mouzinho afirmou-se como uma das personalidades dominantes do liberalismo em Portugal. Impostos há, como o da sisa, que até há pouco se mantiveram no essencial semelhantes ao que por ele foi estabelecido. A ele se deve a fundação do Supremo Tribunal de Justiça e a estruturação do Ministério Público.
Durante o mês de dezembro de 1832 e o mês de janeiro de 1833 é encarregue de obter fundos para as forças liberais, participando num cruzeiro à Barra de Lisboa (a cidade estava ainda na posse das forças afetas a D. Miguel) e desenvolvendo atividades em Vigo. Com o aprofundar da sua discordância em relação à condução das finanças públicas, Mouzinho é demitido das suas funções de angariação de fundos e nomeado Diretor da Alfândega. Contudo, parte de novo para o exílio em Paris a 19 de março de 1833.
Regressado a Portugal, a 11 de setembro de 1834 entra para a Câmara dos Deputados, aí permanecendo, com algumas intermitências, até 1836, sempre na defesa intransigente da legislação da sua autoria e mantendo uma constante intervenção em matérias de fazenda pública. Nas eleições de 1835 foi reeleito deputado pelo Alentejo.
A 16 de agosto de 1836 recusa-se a jurar a Constituição de 1822 e demite-se de Diretor da Alfândega. Foi preso e, quando libertado, exila-se novamente para França.
Regressa a Portugal em 1839, entrando para a Câmara dos Deputados a 15 de fevereiro desse ano. Permanece naquela Câmara até 1840, novamente intervindo em matérias de fazenda pública.
Em 1842 candidata-se a deputado pelo Alentejo, perdendo a eleição por 2 votos. A 1 de dezembro de 1844 Mouzinho é encarregue de elaborar um regulamento geral das alfândegas.
A sua situação financeira pessoal parece melhorar em 1846, mas as expectativas colocadas no filho são goradas e a sua saúde vai-se deteriorando. A esposa permanece em Paris.
José Xavier Mouzinho da Silveira morreu em Lisboa, a 4 de abril de 1849, sendo o seu corpo transladado, em execução da sua última vontade, para a freguesia da Margem, concelho de Gavião, onde lhe foi levantado em 1875, por subscrição do Jornal do Comércio, um monumento. Do monumento consta uma escultura da autoria de Célestin Anatole Calmels.
Na Sala dos Passos Perdidos, Palácio de São Bento, Mouzinho da Silveira é homenageado numa pintura a óleo de Columbano Bordalo Pinheiro. Também, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa, Mouzinho figura numa pintura a óleo de José Rodrigues executada em 1866. O Museu Grão-Vasco, em Viseu, possui um retrato de Mouzinho, da autoria de Columbano.
No segundo centenário do seu nascimento (1980) foi colocado em Castelo de Vide, sua terra natal, um monumento comemorativo. Em muitas cidades do país existem arruamentos denominados em sua memória, o mesmo acontecendo com estabelecimentos escolares no Corvo, com a Escola Básica Integrada Mouzinho da Silveira, e em Portalegre, com a Escola Secundária Mouzinho da Silveira.
     

Hoje é dia de cantar Neruda...

 

Poema 15
     

Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.

Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.

Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle con el silencio tuyo.

Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.

Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.

   
    


in Veinte poemas de amor y una canción desesperada - Pablo Neruda

John Petrucci, guitarrista dos Dream Theater, celebra hoje 57 anos

 

John Peter Petrucci (Nova Iorque, 12 de julho de 1967) é um guitarrista norte-americano, um dos fundadores da banda de metal progressivo Dream Theater, juntamente com o ex-baterista da banda Mike Portnoy e o baixista John Myung.


 


Sharon den Adel, vocalista dos Within Temptation, comemora hoje cinquenta anos...!

  
Sharon Janny den Adel (Waddinxveen, 12 de julho de 1974), é uma cantora holandesa, vocalista da banda de rock sinfónico Within Temptation. Ela está envolvida na música desde os seus 14 anos e foi um dos membros fundadores do grupo de rock sinfónico, juntamente com o seu marido, Robert Westerholt, em 1996.
    

 


Dordio Gomes morreu há 48 anos...


Simão César Dórdio Gomes, ou simplesmente Dordio Gomes (Arraiolos, 26 de julho de 1890 - Porto, 12 de julho de 1976), foi um pintor modernista português

 

Éguas de manada (1929), Museu Nacional de Arte Contemporânea

 

Os Queen deram o melhor concerto de sempre há 38 anos...

 

Queen at Wembley is a video recorded at the original Wembley Stadium, London, England on Saturday 12 July 1986 during Queen's Magic Tour and later debuted as a mono ‘The Tube Special’ on TV with a simultaneous stereo radio broadcast so that viewers had the option to mute their televisions; play the audio on a nearby radio and enjoy “the world’s first ever stereo simulcast” in a similar way that previous live (as opposed to, in this case, pre-recorded) classical performances had sometimes been offered. It was first released in December 1990 as an edited VHS (missing 9 songs), then as an audio CD in 1992, followed by a DVD release as Queen: Live at Wembley Stadium (in its entirety) to coincide with the CD rerelease in 2003. The DVD has gone five times platinum in the United States, four times platinum in the United Kingdom, and achieved multi platinum status around the world. On 5 September 2011, the 25th Anniversary Edition of the concert was released as a standard 2-DVD set and a deluxe 2-DVD and 2-CD set which also included the entire Friday 11 July 1986 concert on DVD for the first time. Eagle Rock Entertainment released a 25th Anniversary Edition in the USA and Canada on 12 March 2013.

    

 


A ETA executou Miguel Ángel Blanco e abandonou-o a agonizar há 27 anos...

    

Miguel Ángel Blanco Garrido (Ermua, 13 de mayo de 1968 - Lasarte, 13 de julio de 1997), fue un concejal por el Partido Popular de la localidad vizcaína de Ermua en el País Vasco, España.
Miguel Ángel Blanco fue secuestrado por ETA a las cuatro de la tarde del jueves 10 de julio de 1997 quien pidió para su liberación el acercamiento de los presos de ETA al País Vasco. El gobierno de España no cedió a la petición realizada por los secuestradores. Durante dos días se produjeron manifestaciones en toda España pidiendo su liberación y, finalmente, la tarde del sábado 12 de julio apareció herido de muerte con dos heridas por arma de fuego en la cabeza. Falleció horas después, en la madrugada del 13 de julio.
   
Biografía
Hijo de Miguel Blanco (albañil) y de Consuelo Garrido (ama de casa), ambos nacidos en la población orensana de Junquera de Espadañedo, Miguel Ángel tenía una hermana, María del Mar.
Se licenció en economia por la Universidad del País Vasco en Sarriko (Bilbao); durante un tiempo trabajó como albañil con su padre, hasta que encontró otro trabajo más acorde con sus estudios como economista en la consultoría Eman Consulting en la localidad de Éibar a donde se trasladaba diariamente en ferrocarril, rutina que facilitó su secuestro a los terroristas.
Compaginaba su trabajo con la música y tocaba la flauta como aficionado en un conjunto musical llamado Poker; era fan del grupo Héroes del Silencio. Asimismo era aficionado al deporte y entre sus planes estaba el de realizar una marcha a Madrid para reivindicar la restauración y reapertura del polideportivo ermuarra, que más tarde, tras su asesinato llevaría su nombre.
En 1995 se afilió a nuevas generaciones del PP, dirigidas en aquella fecha por su amigo Iñaki Ortega Cachón. Éste lo convenció y logró que se integrara en el comité ejecutivo provincial y posteriormente fue elegido número tres en las listas del PP en las elecciones municipales de mayo en 1995, en las que su partido cuadriplicó sus anteriores resultados en Ermua, logrando su acta de concejal.
Aunque estaba soltero, tenía novia desde hacía siete años y proyectaba casarse en septiembre de 1997.
   
Secuestro y asesinato
El 10 de julio de 1997, Blanco fue secuestrado por ETA, que amenazó con asesinarlo a menos que el Gobierno español inició la transferencia de todos los presos de ETA a cárceles del País Vasco dentro de las 48 horas. Horas antes de que expirara el ultimátum, una de las más grandes manifestaciones de masas en la historia española se inició en las ciudades más importantes, exigiendo la liberación de Miguel Ángel. Pero 50 minutos después de la fecha límite de vencimiento, a las 16:50 del 12 de julio, recibió un disparo en la parte posterior de la cabeza. Poco después, fue encontrado en las afueras de San Sebastián, en la agonía de la muerte, con su las manos atadas. Murió en el hospital a las 04:30 del 13 de julio.
   
Repercusiones
El asesinato de Miguel Ángel Blanco supuso una importante movilización en contra de ETA. Tras su muerte se acuñó el término Espíritu de Ermua y se creó el 18 de diciembre de 1997 la Fundación Miguel Ángel Blanco, presidida por su hermana, con el objetivo de mantener, promover y fomentar el respeto a los Derechos Humanos, los principios de paz, solidaridad y convivencia democrática y conservar viva la memoria de Miguel Ángel Blanco. La entidad promotora de esta fundación fue Radio Televisión Española, que donó para su creación los ingresos obtenidos durante el acto homenaje en recuerdo de Miguel Ángel Blanco.
Su secuestro y asesinato provocaron un sentimiento social de rechazo hacia ETA en grandes sectores de la ciudadanía. Aunque asociaciones como Gesto por la Paz de Euskal Herria ya habían iniciado el año anterior sus movilizaciones cívicas contra la violencia, a partir de entonces las organizaciones y las expresiones en contra de la violencia de ETA aumentaron.
El Foro de Ermua surge tras la reunión de varios profesores después del secuestro y posterior asesinato del concejal. Su eje de acción es un manifiesto de repulsa donde se proclama su oposición a cualquier negociación con ETA que no sea su disolución como organización armada y la unidad antiterrorista de los dos grandes partidos políticos, PP y PSOE. Militantes de distintas organizaciones políticas, principalmente del PSOE y del PP o periodistas integran este grupo cívico.
El 30 de junio de 2006 se juzgó y condenó a 50 años de prisión a los responsables, Francisco Javier García Gaztelu (alias Txapote) y su compañera sentimental Irantzu Gallastegui (alías Amaia), por el secuestro y asesinato del concejal. Durante los mismos días del juicio Telecinco emitió el documental Miguel Ángel Blanco: el día que me mataron.
Los familiares de Miguel Ángel fueron expulsados del juicio por interrumpir la vista tras enfrentarse a los acusados y sus familiares. La hermana de Miguel Ángel (María del Mar) y presidenta de su fundación manifestó: "Les he dicho que se rían; que yo el día que sus familiares se pudran en la cárcel, desde ese día, me reiré yo".
Diez años después todavía se celebran actos de homenaje, existiendo una fundación en su recuerdo.
Tras el décimo aniversario de la muerte de Blanco, sus familiares trasladaron su cuerpo desde el nicho del cementerio de Ermua al de la localidad orensana de La Merca, donde actualmente descansa en su tumba.
El cantautor Carlos Goñi, líder del grupo musical Revólver, compuso una canción, "Una lluvia violenta y salvaje", de su disco Básico 2, en homenaje a Miguel Ángel Blanco.

 

Malala nasceu há vinte e sete anos

  
Malala Yousafzai (Swat, 12 de julho de 1997) é uma ativista paquistanesa e a pessoa mais nova a ser laureada com um prémio Nobel. É conhecida principalmente pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação na sua região natal do vale do Swat na província de Khyber Pakhtunkhwa, no nordeste do Paquistão, onde os talibãs locais impedem as jovens de frequentar a escola. Desde então, o ativismo de Malala tornou-se um movimento internacional.
A família de Malala gere uma cadeia de escolas na região. No início de 2009, quando tinha 11-12 anos de idade, Malala escreveu para a BBC um blog, sob pseudónimo, no qual detalhava o seu quotidiano durante a ocupação talibã, as tentativas destes em controlar o vale e os seus pontos de vista sobre a promoção da educação para as jovens no vale do Swat. No verão seguinte, o New York Times publicou um documentário sobre o quotidiano de Malala à medida que o exército paquistanês intervinha na região. A popularidade de Malala aumentou consideravelmente, dando entrevistas na imprensa e na televisão e sendo nomeada para o prémio internacional da Criança pelo ativista sul-africano Desmond Tutu.
Na tarde de 9 de outubro de 2012, Malala entrou num autocarro escolar na província de Khyber Pakhtunkhwa. Um homem armado chamou-a pelo nome, apontou-lhe uma pistola e disparou três tiros. Uma das balas atingiu o lado esquerdo da testa e percorreu o interior da pele, ao longo da face e até ao ombro. Nos dias que se seguiram ao ataque, Malala manteve-se inconsciente e em estado grave. Quando a sua condição clínica melhorou foi transferida para um hospital em Birmingham na Inglaterra. Em 12 de outubro, um grupo de 50 clérigos islâmicos paquistaneses emitiu uma fátua contra os homens que a tentaram matar, mas os talibãs reiteraram a sua intenção de matar Malala. A tentativa de assassinato desencadeou um movimento de apoio nacional e internacional. A Deutsche Welle escreveu em 2013 que Malala se tornou "a mais famosa adolescente em todo o mundo". O enviado especial das Nações Unidas para a educação global, Gordon Brown, lançou uma petição da ONU em nome de Malala com o slogan I am Malala ("Eu sou Malala"), exigindo que todas as crianças do mundo estivessem inscritas em escolas até ao fim de 2015, petição que impulsionou a retificação da primeira lei de direito à educação no Paquistão.
Em 29 de abril de 2013, Malala foi capa da revista Time e considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Em 12 de julho do mesmo ano, Malala discursou na sede da Organização das Nações Unidas, pedindo acesso universal à educação. Malala foi ainda homenageada com o prémio Sakharov de 2013. Em fevereiro de 2014, foi nomeada para o World Children's Prize na Suécia. Em 10 de outubro, foi anunciada a atribuição do Nobel da Paz a Malala pela sua luta contra a repressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação. Com apenas 17 anos, Malala foi a mais jovem laureada com o Nobel. Malala partilhou o Nobel com Kailash Satyarthi, um ativista indiano dos direitos das crianças.
   

Modigliani nasceu há 140 anos...

Amedeo Clemente Modigliani (Livorno, 12 de julho de 1884 - Paris, 24 de janeiro de 1920) foi um artista plástico e escultor italiano que viveu em Paris.
Artista principalmente figurativo, tornou-se célebre sobretudo por seus retratos femininos caracterizados por rostos e pescoços alongados, à maneira das máscaras africanas.
Morreu aos trinta e cinco anos, em condições de extrema pobreza material, vítima de meningite tuberculosa, agravada pelo excesso de trabalho, álcool e drogas.
Modigliani nasceu em uma família judia, em Livorno, Itália.
O seu trisavô materno, Solomon Garsin, emigrara de Túnis para Livorno no século XVIII. Os Garsin eram originários da Espanha, de onde haviam sido expulsos, no final do século XV, transferindo-se para Túnis. Depois eles foram para Livorno, onde nasceu o bisavô materno de Amedeo Mogigliani, Giuseppe Garsin - filho de Salomon Garsin e de Régine Spinoza.
Já a família paterna, os Modigliani, era provavelmente oriunda de Modigliana, perto de Forli, na região da Romagna. Antes de se estabelecerem em Livorno, teriam vivido em Roma, onde exploravam uma casa de penhores. Segundo Jeanne Modigliani, um certo Emanuele Modigliani teria sido encarregado pelo governo pontifical de fornecer o cobre necessário às emissões extraordinárias de moedas dos dois ateliês pontificais. Posteriormente, não obstante uma lei dos Estados Pontifícios que proibia a posse de terras por judeus, Emmmnuele teria adquirido um vinhedo nas encostas do Albani, sendo, logo em seguida, obrigado pelas autoridades a se desfazer da vinha. Inconformado, ele teria então deixado Roma, com toda a sua família, para se instalar em Livorno, em 1849. Naquele mesmo ano, Giuseppe Garsin, depois de sofrer sérios reveses nos negócios, decide deixar Livorno e partir , com a mulher, Anna Moscato, e o filho, Isaac, para Marselha onde foi bem-sucedido.
Amedeo Modigliani foi o quarto filho de Flaminio Modigliani e sua esposa Eugénie Garsin, filha de Isaac e Régine Garsin. Na época, os Garsin eram relativamente abastados - sobretudo um dos irmãos de Eugénie, Amédée Garsin, que enriquecera especulando com imóveis e mercadorias. Já os Modigliani tinham empobrecido, chegando à falência. Flaminio dedicava-se aos vários negócios da família, que incluíam mineração e agricultura na Sardenha, além de atividades comerciais em Livorno. Mas os negócios andaram mal. Foi o nascimento de Amedeo que salvou a família da ruína total, pois, de acordo com uma lei antiga, os credores não podiam tomar a cama de uma mulher grávida ou de uma mãe com um filho recém-nascido. Os oficiais de justiça entraram na casa da família, justamente quando Eugénie entrou em trabalho de parto. A família então protegeu seus pertences mais valiosos colocando-os por cima da cama da parturiente.
Na infância, Amedeo sofreu de diversas doenças graves - pleurisia, tifo e tuberculose - que comprometeram sua saúde pelo resto da vida e cujo tratamento forçava-o a constantes viagens, até sua mudança definitiva para Paris, em 1906. Também por causa da saúde precária não recebeu educação formal e voltou-se para o estudo da pintura, iniciado na cidade natal, que prosseguiu em Veneza e Florença. Teve uma estreita relação com sua mãe, que lhe deu aulas até que ele completasse dez anos, e começou a desenhar e pintar precocemente, antes mesmo de ir para a escola. Aos catorze anos, durante uma crise de febre tifóide, ele delirava e, em seu delírio, falava que queria acima de tudo ver as pinturas no Palazzo Pitti e nos Uffizi, em Florença. A sua mãe então prometeu-lhe que, assim que recuperasse, o levaria a Florença; de facto, não só cumpriu a promessa como permitiu que o filho fosse trabalhar no estúdio de Guglielmo Micheli, um dos pintores mais conhecidos de Livorno, de quem Amedeo recebe as primeiras noções de pintura. No ateliê de Micheli, ele conhecerá, em 1898, o grande Giovanni Fattori, sendo assim influenciado pelo movimento dos Macchiaioli, em particular pelo próprio Fattori e por Silvestro Lega.
Em 1906, Modigliani transfere-se para Paris e, ao fim de três anos de vida boémia, executa uma de suas obras mais importantes: O violoncelista, que expôs no Salão dos Independentes de 1909.
Como outros pintores e artistas do seu tempo, viveu a experiência da extrema pobreza. Por meio dos companheiros de arte, conheceu o poeta polaco Leopold Zborowski, que se tornaria seu melhor e mais devotado amigo, além de incentivador e marchand. Em 1917, Zborowski consegue para Modigliani uma exposição individual na Gallerie Berthe Weill. A exposição durou apenas um dia, pois se transformou num escândalo graças aos nus expostos na vitrine da galeria.
A grande musa de Amedeo foi Jeanne Hébuterne, com quem teve uma filha, Jeanne, em 1918. Complicações na saúde fazem o pintor viajar para o sul da França com a esposa e a filha, para se recuperar. Retorna a Paris ao final de 1918.
Na noite de 24 de janeiro de 1920, aos 35 anos, Modigliani morre de tuberculose. Foi sepultado no famoso Cemitério do Père-Lachaise, em Paris.
No dia seguinte à morte do companheiro, Jeanne, grávida de nove meses, suicida-se, atirando-se do quinto andar de um edifício.
Fruto de diversas culturas, amigo de tantos artistas e encontrando-se numa conturbada fase de questionamentos e transições, sua obra entretanto não pode ser considerada filiada a nenhuma escola, sendo toda ela dotada de um estilo próprio e autónomo.
Seus nus, que provocaram escândalo em seu tempo, revelam não sensualidade, mas um desnudamento da alma humana. O seu estilo faz parte de um momento em que a arte pictórica, confrontada à fotografia, lutava para manter seu espaço, seus valores e sua estética.
O encontro com o escultor Constantin Brancusi marcou a carreira de Modigliani, que por um longo período abandonou a pintura pela escultura. Impressionado pelo cubismo, muito influenciado por Cézanne, Toulouse-Lautrec e Picasso, o artista executou nesse período esculturas nas quais se misturam influências da escola de Siena e da arte da África negra, sobretudo das esculturas do Congo e do Gabão. Nota-se em suas esculturas uma forte influência da arte africana e cambojana, que provavelmente conhecera no Musée de l'Homme. Seu interesse pelas máscaras africanas é evidente no tratamento dos olhos de seus modelos.
A partir de 1912, com o agravamento de sua doença, Modigliani abandona a escultura, concentrando-se apenas na pintura.
   

Nu Couché au coussin Bleu

Cabeça de mulher, 1911/1912
    

Pablo Neruda nasceu há cento e vinte anos...

   
Pablo Neruda (Parral, 12 de julho de 1904 - Santiago, 23 de setembro de 1973) foi um poeta chileno, bem como um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX e cônsul do Chile na Espanha (1934 - 1938) e no México.
   
Pablo Neruda nasceu em Parral, em 12 de julho de 1904, como Neftalí Ricardo Reyes Basoalto. Era filho de José del Carmen Reyes Morales, um operário ferroviário, e de Rosa Basoalto Opazo, professora primária, morta quando Neruda tinha apenas um mês de vida. Ainda adolescente adotou o pseudónimo de Pablo Neruda (inspirado no escritor checo Jan Neruda), que utilizaria durante toda a vida, tornando-se seu nome legal, após ação de modificação do nome civil.
Em 1906 seu pai se transferiu para Temuco, onde se casou com Trinidad Candia Marverde, que o poeta menciona em diversos textos, como "Confesso que vivi" e "Memorial de Ilha Negra", como o nome de Mamadre. Estudou no Liceu de Homens dessa cidade e ali publicou seus primeiros poemas no periódico regional A Manhã. Em 1919 obteve o terceiro lugar nos Jogos Florais de Maule com o poema Noturno Ideal.
Em 1921 radicou-se em Santiago e estudou pedagogia em francês na Universidade do Chile, obtendo o primeiro prémio da festa da primavera com o poema "A Canção de Festa", publicado posteriormente na revista Juventude. Em 1923 publica Crespusculário, que é reconhecido por escritores como Alone, Raúl Silva Castro e Pedro Prado. No ano seguinte aparece pela Editorial Nascimento seus Vinte poemas de amor e uma canção desesperada, no que ainda se nota uma influência do modernismo. Posteriormente se manifesta um propósito de renovação formal de intenção vanguardista em três breves livros publicados em 1936: O habitante e sua esperança, Anéis e Tentativa do homem infinito.
Em 1927 começa sua longa carreira diplomática quando é nomeado cônsul em Rangum, na Birmânia. Em suas múltiplas viagens conhece em Buenos Aires Federico Garcia Lorca e, em Barcelona, Rafael Alberti. Em 1935, Manuel Altolaguirre entrega a Neruda a direção da revista Cavalo verde para a poesia na qual é companheiro dos poetas da geração de 1927. Nesse mesmo ano aparece a edição madrilena de Residência na terra.
Em 1936, eclode a Guerra Civil espanhola; Neruda é destituído do cargo consular e escreve Espanha no coração. Em 1945 é eleito senador. No mesmo ano, lê para mais de 100 mil pessoas no Estádio do Pacaembu em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes. Em 1950 publica Canto Geral, em que sua poesia adota intenção social, ética e política. Em 1952 publica Os Versos do Capitão e em 1954 As uvas e o vento e Odes Elementares.
Em 1953 constrói sua casa em Santiago, apelidada de "La Chascona", para se encontrar clandestinamente com sua amante Matilde, a quem havia dedicado Os Versos do Capitão. A casa foi uma de suas três casas no Chile, as outras estão em Isla Negra e Valparaíso. "La Chascona" é um museu com objetos de Neruda e pode ser visitada, em Santiago. No mesmo ano, recebeu o Prémio Lenine da Paz.
Em 1958 apareceu Estravagario com uma nova mudança em sua poesia. Em 1965 lhe foi outorgado o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Oxford, Grã-Bretanha. Em outubro de 1971 recebeu o Nobel de Literatura. Após o prémio, Neruda é convidado por Salvador Allende para ler para mais de 70 mil pessoas no Estadio Nacional de Chile.
Morreu em Santiago em 23 de setembro de 1973, de cancro na próstata. Encontra-se sepultado em sua propriedade particular em Isla Negra, Santiago no Chile. Postumamente foram publicadas suas memórias em 1974, com o título Confesso que vivi .
Em 1994 um filme chamado Il Postino (também conhecido como O Carteiro e O Poeta ou O Carteiro de Pablo Neruda no Brasil e em Portugal) conta sua história na Isla Negra, no Chile, com sua terceira mulher Matilde. No filme, que é uma obra de ficção, a ação foi transposta para a Itália, onde Neruda teria se exilado. Lá, numa ilha, torna-se amigo de um carteiro que lhe pede para ensinar a escrever versos (para poder conquistar uma bonita moça do povoado).
Durante as eleições presidenciais do Chile nos anos 70, Neruda abriu mão de sua candidatura para que Allende vencesse, pois ambos eram marxistas e acreditavam numa América Latina mais justa o que, a seu ver, poderia ocorrer com o socialismo. De acordo com Isabel Allende, em seu livro Paula, Neruda teria morrido de "tristeza" em setembro de 1973, ao ver dissolvido o governo de Allende. A versão do regime militar do ditador Augusto Pinochet (1973-1990) é a de que ele teria morrido devido a um cancro da próstata. No entanto, fontes próximas, como o motorista e ajudante do poeta na época, Manuel Araya, afirmam com insistência que o poeta teria sido assassinado, estando a própria justiça do Chile a contestar a versão oficial sobre a sua morte. Em fevereiro de 2013, um juiz chileno ordenou a exumação do corpo do poeta, no âmbito de uma investigação sobre as circunstâncias da morte.
Encontra-se sepultado na sua propriedade em Isla Negra, Santiago, no Chile. Postumamente foram publicadas as suas memórias em 1974, com o título Confesso que vivi .
   

 

Poema 14 (Juegas todos los días)

Juegas todos los días con la luz del universo.
Sutil visitadora, llegas en la flor y en el agua.
Eres más que esta blanca cabecita que aprieto
como un racimo entre mis manos cada día.

A nadie te pareces desde que yo te amo.
Déjame tenderte entre guirnaldas amarillas.
Quién escribe tu nombre con letras de humo entre las estrellas del sur?
Ah déjame recordarte como eras entonces cuando aún no existías.

De pronto el viento aúlla y golpea mi ventana cerrada.
El cielo es una red cuajada de peces sombríos.
Aquí vienen a dar todos los vientos, todos.
Se desviste la lluvia.

Pasan huyendo los pájaros.
El viento. El viento.
Yo solo puedo luchar contra la fuerza de los hombres.
El temporal arremolina hojas oscuras
y suelta todas las barcas que anoche amarraron al cielo.

Tú estás aquí. Ah tú no huyes
Tú me responderás hasta el último grito.
Ovíllate a mi lado como si tuvieras miedo.
Sin embargo alguna vez corrió una sombra extraña por tus ojos.

Ahora, ahora también, pequeña, me traes madreselvas,
y tienes hasta los senos perfumados.
Mientras el viento triste galopa matando mariposas
yo te amo, y mi alegría muerde tu boca de ciruela.

Cuanto te habrá dolido acostumbrarte a mí,
a mi alma sola y salvaje, a mi nombre que todos ahuyentan.
Hemos visto arder tantas veces el lucero besándonos los ojos
y sobre nuestras cabezas destorcerse los crepúsculos en abanicos girantes.

Mis palabras llovieron sobre ti acariciándote.
Amé desde hace tiempo tu cuerpo de nácar soleado.
Hasta te creo dueña del universo.
Te traeré de las montañas flores alegres, copihues,
avellanas oscuras, y cestas silvestres de besos.
Quiero hacer contigo
lo que la primavera hace con los cerezos.



in
Veinte poemas de amor y una canción desesperada (1924) - Pablo Neruda

 

Nota: para os não entendem muito bem a língua de Cervantes, a tradução do poeta Fernando Assis Pacheco:
 

Poema 14 (Brincas todos os dias)
  
 
Brincas todos os dias com a luz do universo.
Subtil visitadora, chegas na flor e na água.
És mais do que a pequena cabeça branca que aperto
como um cacho entre as mãos todos os dias.
 
Com ninguém te pareces desde que eu te amo.
Deixa-me estender-te entre grinaldas amarelas.
Quem escreve o teu nome com letras de fumo entre as estrelas do sul?
Ah deixa-me lembrar como eras então, quando ainda não existias.
 
Subitamente o vento uiva e bate à minha janela fechada.
O céu é uma rede coalhada de peixes sombrios.
Aqui vêm soprar todos os ventos, todos.
Aqui despe-se a chuva.
 
Passam fugindo os pássaros.
O vento. O vento.
Eu só posso lutar contra a força dos homens.
O temporal amontoa folhas escuras
e solta todos os barcos que esta noite amarraram ao céu.
 
Tu estás aqui. Ah tu não foges.
Tu responder-me-ás até ao último grito.
Enrola-te a meu lado como se tivesses medo.
Porém mais que uma vez correu uma sombra estranha pelos teus olhos.
 
Agora, agora também, pequena, trazes-me madressilva,
e tens até os seios perfumados.
Enquanto o vento triste galopa matando borboletas
eu amo-te, e a minha alegria morde a tua boca de ameixa.
  
O que te haverá doído acostumares-te a mim,
à minha alma selvagem e só, ao meu nome que todos escorraçam.
Vimos arder tantas vezes a estrela d'alva beijando-nos os olhos
e sobre as nossas cabeças destorcerem-se os crepúsculos em leques rodopiantes.

As minhas palavras choveram sobre ti acariciando-te.
Amei desde há que tempo o teu corpo de nácar moreno.
Creio-te mesmo dona do universo.
Vou trazer-te das montanhas flores alegres, «copihues»,
avelãs escuras, e cestos silvestres de beijos.
Quero fazer contigo
o que a primavera faz com as cerejeiras.

Saudades de Christine McVie...