terça-feira, abril 09, 2024

Adriano Correia de Oliveira nasceu há oitenta e dois anos...

(imagem daqui)
    
Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira (Porto, 9 de abril de 1942 - Avintes, 16 de outubro de 1982) foi um músico português. Mudou-se para Avintes ainda com poucos meses de vida.
 
Filho de Joaquim Gomes de Oliveira e de sua mulher, Laura Correia, Adriano foi um intérprete do fado de Coimbra e cantor de intervenção. A sua família era marcadamente católica, crescendo num ambiente que descreveu como «marcadamente rural, entre videiras, cães domésticos e belas alamedas arborizadas com vista para o rio». Depois de frequentar o Liceu Alexandre Herculano, no Porto, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1959. Viveu na Real República Ras-Teparta, foi solista no Orfeon Académico, membro do Grupo Universitário de Danças e Cantares, ator no CITAC, guitarrista no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica e jogador de voleibol na Briosa. Na década de 60 adere ao Partido Comunista Português, envolvendo-se nas greves académicas de 62, contra o salazarismo. Nesse ano foi candidato à Associação Académica de Coimbra, numa lista apoiada pelo MUD.
Data de 1963 o seu primeiro EP, Fados de Coimbra. Acompanhado por António Portugal e Rui Pato, o álbum continha a interpretação de Trova do vento que passa, poema de Manuel Alegre, que se tornaria uma espécie de hino da resistência dos estudantes à ditadura. Em 1967 gravou o álbum Adriano Correia de Oliveira, que, entre outras canções, tinha Canção com lágrimas.
Em 1966 casa-se com Maria Matilde de Lemos de Figueiredo Leite, filha do médico António Manuel Vieira de Figueiredo Leite (Coimbra, Taveiro, 11 de outubro de 1917 - Coimbra, 22 de março de 2000) e de sua mulher Maria Margarida de Seixas Nogueira de Lemos (Salsete, São Tomé, 13 de junho de 1923), depois casada com Carlos Acosta. O casal, que mais tarde se separaria, veio a ter dois filhos: Isabel, nascida em 1967, e José Manuel, nascido em 1971. Chamado a cumprir o Serviço Militar, em 1967, ficaria apenas a uma disciplina de se formar em Direito.
Em 1970 troca Coimbra por Lisboa, exercendo funções no Gabinete de Imprensa da FIL - Feira Industrial de Lisboa, até 1974. Ainda em 1969 vê editado o álbum O Canto e as Armas, revelando, de novo, vários poemas de Manuel Alegre. Pela sua obra recebe, no mesmo ano, o Prémio Pozal Domingues.
Lança Cantaremos, em 1970, e Gente d' aqui e de agora, em 1971, este último com o primeiro arranjo, como maestro, de José Calvário, e composição de José Niza. Em 1973 lança Fados de Coimbra, em disco, e funda a Editora Edicta, com Carlos Vargas, para se tornar produtor na Orfeu, em 1974. Participa na fundação da Cooperativa Cantabril, logo após a Revolução dos Cravos e lança, em 1975, Que nunca mais, onde se inclui o tema Tejo que levas as águas. A revista inglesa Music Week elege-o Artista do Ano. Em 1980 lança o seu último álbum, Cantigas Portuguesas, ingressando no ano seguinte na Cooperativa Era Nova, em rutura com a Cantabril.
Vítima de uma hemorragia esofágica, morreu na quinta da família, em Avintes, nos braços da sua mãe.
A 24 de setembro de 1983 foi feito Comendador da Ordem da Liberdade e a 24 de abril de 1994 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em ambos os casos a título póstumo.
  

 

 

Por Aquele Caminho - Adriano Correia de Oliveira
Música de Adriano Correia de Oliveira e Rui Pato
Letra de José Afonso
 
 

Por aquele caminho
De alegria escrava
Vai um caminheiro
Com sol nas espáduas

Ganha o seu sustento
De plantar o milho
Aquece-o a chama
De um poder antigo

Leva o solitário
Sob os pés marcado
Um rasto de sangue
De sangue lavado

Levanta-se o vento
Levanta-se a mágoa
Soltam-se as esporas
De uma antiga chaga

Mas tudo no rosto
De negro nascido
Indica que o negro
É um espectro vivo

Quem lhe dá guarida
Mostra-lhe a pintura
Duma cor que valha
Para a sepultura

Não de mão beijada
Para que não viva
Nele toda a raiva
Dessa dor antiga

Falta ao caminheiro
Dentro da algibeira
Um grão de semente
De outra sementeira

O sol vem primeiro
Grande como um sino
Pensa o caminheiro
Que já foi menino

 

segunda-feira, abril 08, 2024

Música para celebrar um dia de um povo especial...

Notícia sobre sismologia e tectónica de placas...

Algo muito estranho está a acontecer com os sismos que abalam a Terra

 

 

Eventos sísmicos devastadores estão a ocorrer longe das linhas de falha entre placas tectónicas - e não há uma forma fácil de prever quando vão acontecer ou que locais vão atingir.

Os terramotos que periodicamente atingem o planeta, tradicionalmente associados aos limites das placas tectónicas, estão a acontecer de forma cada vez mais imprevisível, e afastados da zonas limites das placas tectónicas, como seria expectável.

A imprevisibilidade do local de ocorrência e do potencial de destruição, numa era em que é suposto a ciência ter uma maior compreensão da origem dos eventos sísmicos e maior capacidade de antecipação, é desconcertante, explica a BBC Science Focus.

Éric Calais, professor da École Normale Supérieure, em Paris, e Jean François Ritz, investigador do Laboratório de Geociências do CNRS, em Montpellier, estão na linha da frente dos esforços para entender os sismos intraplaca, que ocorrem no interior das placas tectónicas.

Este fenómeno é bastante menos compreendido e significativamente mais difícil de prever em comparação com os seus homólogos interplaca, que ocorrem nos limites das placas tectónicas.

Os terramotos intraplaca, embora raros, representam uma ameaça significativa devido à sua natureza imprevisível e ao potencial de danos substanciais em regiões tradicionalmente consideradas geologicamente estáveis.

Ocorrências históricas, como o devastador terramoto de Bhuj em 2001 na Índia, que matou cerca de 20.000 pessoas, e o terramoto de Charleston em 1886 nos EUA, sublinham o potencial de perda massiva de vidas e danos materiais, mesmo em áreas não habitualmente associadas a atividade sísmica.

Estes sismos, que ocorrem devido à acumulação e libertação súbita de tensão ao longo de falhas geológicas no interior da placa, podem ter uma origem remota em eventos aparentemente inofensivos, como ruturas causadas por uma pressão equivalente a um aperto de mão.

Ao contrário dos sismos nas fronteiras das placas, onde a acumulação de tensão é monitorizada e de certa forma previsível, as falhas intraplaca são frequentemente desconhecidas até que ocorram ruturas, tornando virtualmente impossível prever quando ou onde o próximo evento vai ocorrer.

Os mecanismos que desencadeiam estes sismos podem variar - de processos naturais como a fusão de glaciares e erosão de cadeias montanhosas, até atividades humanas como a mineração.

Em estudos recentes, Calais e Ritz focaram-se em compreender os gatilhos por trás dos terramotos intraplaca, como o terramoto de Le Teil em 2019 em França, que os investigadores acreditam ter sido induzido pelo derretimento de uma calote polar e eventualmente agravado por atividade humana nas pedreiras locais.

 


Um sismo intraplaca atingiu a cidade norte-americana de Charleston em 1886, matando 60 pessoas

 

Segundo os dois investigadores, as alterações climáticas e a atividade humana em pontos chave do sistema de placas tectónicas pode aumentar a frequência dos terramotos intraplaca - com um impacto cada vez maior nas populações, especialmente à medida que a urbanização aumenta em áreas de risco.

Cidades como Basileia, na Suíça, e Charleston, nos EUA, agora com populações significativamente maiores, que vivem em construções mais vulneráveis em comparação com as que existiam na altura em que alguns sismo históricos ocorreram, têm um potencial aumentado de desastre.

Assim, sublinham os investigadores, à medida que o planeta continua a aquecer, compreender a ligação entre as mudanças climáticas e a atividade sísmica torna-se cada vez mais crucial para proteger as futuras gerações da fúria repentina de um qualquer evento sísmico num local inesperado.

 

in ZAP

O Imperador Caracala morreu há 1807 anos


Marcus Aurelius Antoninus (born Lucius Septimius BassianusLugdunum 4 April 188 – On the road between Edessa and Carrhae, 8 April 217), better known by his nickname Caracalla, was Roman emperor from 198 to 217 AD. He was a member of the Severan dynasty, the elder son of Emperor Septimius Severus and Empress Julia Domna. Proclaimed co-ruler by his father in 198, he reigned jointly with his brother Geta, co-emperor from 209, after their father's death in 211. His brother was murdered by the Praetorian Guard later that year under orders from Caracalla, who then reigned afterwards as sole ruler of the Roman Empire. Caracalla found administration to be mundane, leaving those responsibilities to his mother. Caracalla's reign featured domestic instability and external invasions by the Germanic peoples.

Caracalla's reign became notable for the Antonine Constitution (Latin: Constitutio Antoniniana), also known as the Edict of Caracalla, which granted Roman citizenship to all free men throughout the Roman Empire. The edict gave all the enfranchised men Caracalla's adopted praenomen and nomen: "Marcus Aurelius". Domestically, Caracalla became known for the construction of the Baths of Caracalla, which became the second-largest baths in Rome; for the introduction of a new Roman currency named the antoninianus, a sort of double denarius; and for the massacres he ordered, both in Rome and elsewhere in the empire. In 216, Caracalla began a campaign against the Parthian Empire. He did not see this campaign through to completion due to his assassination by a disaffected soldier in 217. Macrinus succeeded him as emperor three days later.

The ancient sources portray Caracalla as a tyrant and as a cruel leader, an image that has survived into modernity. His contemporaries Cassius Dio (c. 155 – c. 235) and Herodian (c. 170 – c. 240) present him as a soldier first and an emperor second. In the 12th century, Geoffrey of Monmouth started the legend of Caracalla's role as king of Britain. Later, in the 18th century, the works of French painters revived images of Caracalla due to apparent parallels between Caracalla's tyranny and that ascribed to king Louis XVI (r. 1774–1792). Modern works continue to portray Caracalla as an evil ruler, painting him as one of the most tyrannical of all Roman emperors. 

   

(...)   

    

At the beginning of 217, Caracalla was still based at Edessa before renewing hostilities against Parthia. On 8 April 217 Caracalla was travelling to visit a temple near Carrhae, now Harran in southern Turkey, where in 53 BC the Romans had suffered a defeat at the hands of the Parthians. After stopping briefly to urinate, Caracalla was approached by a soldier, Justin Martialis, and stabbed to death. Martialis had been incensed by Caracalla's refusal to grant him the position of centurion, and the praetorian prefect Macrinus, Caracalla's successor, saw the opportunity to use Martialis to end Caracalla's reign. In the immediate aftermath of Caracalla's death, his murderer, Martialis, was killed as well. When Caracalla was murdered, Julia Domna was in Antioch sorting out correspondence, removing unimportant messages from the bunch so that when Caracalla returned, he would not be overburdened with duties. Three days later, Macrinus declared himself emperor with the support of the Roman army.

 

Donizetti morreu há 176 anos...

     
Domenico Gaetano Maria Donizetti (Bérgamo, 29 de novembro de 1797 - Bérgamo, 8 de abril de 1848) foi um compositor de óperas italiano, um dos mais fecundos do romantismo.
Nasceu numa família pobre sem tradições no mundo da música, mas em 1806, foi um dos primeiros alunos da escola caritativa de Bergamo.
Donizetti iniciou os seus estudos musicais com Simon Mayr, em Bérgamo, e, em seguida, com Mattei em Bolonha. Nas suas primeiras peças compõe apenas composições religiosas, num estilo restrito.
Em 1814 regressa a Bergamo, ficando responsável pela música na Igreja de Santa Maria Maggiore.
Em 1818 é representada a sua primeira ópera, Enrico di Borgogna, em Veneza. O seu primeiro grande sucesso foi com a ópera Esule di Roma, estreada em 1828 em Nápoles.
Donizetti é muito conhecido pelas suas óperas, mas também compôs outros tipos de música, como quartetos de cordas, obras orquestrais e outras.
     

 


Saudade de Jacques Brel...

 

Vesoul - Jacques Brel

 

T'as voulu voir Vierzon
Et on a vu Vierzon
T'as voulu voir Vesoul
Et on on a vu Vesoul
T'as voulu voir Honfleur
Et on a vu Honfleur
T'as voulu voir Hambourg
Et on a vu Hambourg
J'ai voulu voir Anvers
Et on a revu Hambourg
J'ai voulu voir ta sœur
Et on a vu ta mère
Comme toujours

T'as plus aimé Vierzon
Et on a quitté Vierzon
T'as plus aimé Vesoul
Et on a quitté Vesoul
T'as plus aimé Honfleur
Et on a quitté Honfleur
T'as plus aimé Hambourg
Et on a quité Hambourg
T'as voulu voir Anvers
Et on n'a vu qu'ses faubourgs
Tu n'as plus aimé ta mère
Et on a quitté sa sœur
Comme toujours

Mais je te le dis
Je n'irai pas plus loin
Mais je te préviens
J'irai pas à Paris
D'ailleurs j'ai horreur
De tous les flons flons
De la valse musette
Et de l'accordéeon

T'as voulu voir Paris
Et on a vu Paris
T'as voulu voir Dutronc
Et on a vu Dutronc
J'ai voulu voir ta sœur
J'ai vu le mont Valérien
T'as voulu voir Hortense
Elle était dans l'Cantal
J'ai voulu voir Byzance
Et on a vu Pigalle
À la gare Saint-Lazare
J'ai vu les Fleurs du Mal
Par hasard

T'as plus aimé Paris
Et on a quité Paris
T'as plus aimé Dutronc
Et on a quitté Dutronc
Maintenant je confonds ta sœur
Et le mont Valérien
De ce que je sais d'Hortense
J'irai plus dans l'Cantal
Et tant pis pour Byzance
Puisque j'ai vu Pigalle
Et la gare Saint-Lazare
C'est cher et ça fait mal
Au hasard

Mais je te le redis chauffe Marcel
Je n'irai pas plus loin
Mais je te préviens kaï kaï
Le voyage est fini
D'ailleurs j'ai horreur
De tous les flons flons
De la valse musette
Et de l'accordéon

T'as voulu voir Vierzon
Et on a vu Vierzon
T'as voulu voir Vesoul
Et on on a vu Vesoul
T'as voulu voir Honfleur
Et on a vu Honfleur
T'as voulu voir Hambourg
Et on a vu Hambourg
J'ai voulu voir Anvers
Et on a revu Hambourg
J'ai voulu voir ta sœur
Et on a vu ta mère
Comme toujours

T'as plus aimé Vierzon
Et on a quitté Vierzon... Chauffe... Chauffe
T'as plus aimé Vesoul
Et on a quitté Vesoul
T'as plus aimé Honfleur
Et on a quitté Honfleur
T'as plus aimé Hambourg
Et on a quité Hambourg
T'as voulu voir Anvers
Et on n'a vu qu'ses faubourgs
Tu n'as plus aimé ta mère
Et on a quitté sa sœur
Comme toujours... Chauffez les gars

Mais mais je te le reredis... Kaï
Je n'irai pas plus loin
Mais je te préviens
J'irai pas à Paris
D'ailleurs j'ai horreur
De tous les flons flons
De la valse musette
Et de l'accordéon

T'as voulu voir Paris
Et on a vu Paris
T'as voulu voir Dutronc
Et on a vu Dutronc
J'ai voulu voir ta sœur
J'ai vu le mont Valérien
T'as voulu voir Hortense
Elle était dans l'Cantal
J'ai voulu voir Byzance
Et on a vu Pigalle
À la gare Saint-Lazare
J'ai vu les Fleurs du Mal
Par hasard

 

Porque é preciso recordar os poetas...

 


Notícias do Bloqueio

Aproveito a tua neutralidade,

o teu rosto oval, a tua beleza clara,

para enviar notícias do bloqueio

aos que no continente esperam ansiosos.



Tu lhes dirás do coração o que sofremos

nos dias que embranquecem os cabelos...

tu lhes dirás a comoção e as palavras

que prendemos – contrabando – aos teus cabelos.



Tu lhes dirás o nosso ódio construído,

sustentando a defesa à nossa volta

- único acolchoado para a noite

florescida de fome e de tristezas.



Tua neutralidade passará

por sobre a barreira alfandegária

e a tua mala levará fotografias,

um mapa, duas cartas, uma lágrima...



Dirás como trabalhamos em silêncio,

como comemos silêncio, bebemos

silêncio, nadamos e morremos

feridos de silêncio duro e violento.



Vai pois e noticia com um archote

aos que encontrares de fora das muralhas

o mundo em que nos vemos, poesia

massacrada e medos à ilharga.



Vai pois e conta nos jornais diários

ou escreve com ácido nas paredes

o que viste, o que sabes, o que eu disse

entre dois bombardeamentos já esperados.



Mas diz-lhes que se mantém indevassável

o segredo das torres que nos erguem,

e suspensa delas uma flor em lume

grita o seu nome incandescente e puro.



Diz-lhes que se resiste na cidade

desfigurada por feridas de granadas

e enquanto a água e os víveres escasseiam

aumenta a raiva

..........................e a esperança reproduz-se


 
Egito Gonçalves

Não nos deixes, Jacques Brel...

 

Jacques Brel - Ne Me Quitte Pas

Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit deja
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheure
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...

Moi je t'offrirai
Des perles du pluie
Venues de pays
Ou il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'apres ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumiere
Je ferai un domaine
Ou l'amour sera roi
Ou l'amour sera loi
Ou tu seras reine
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...

Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te racont'rai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...

On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...

Ne me quitte pas
Je ne veux plus pleurer
Je ne veux plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...
Ne me quitte pas...

Nijinski, um dos melhores bailarinos de sempre, morreu há 74 anos

  
Wacław Niżyński, em polaco; Vatslav Fomitch Nijinski, em russo, Вацлав Фомич Нижинский  (Kiev, 12 de março de 1890 - Londres, 8 de abril de 1950) foi um bailarino e coreógrafo russo de origem polaca.
Considerado um dos maiores bailarinos de seu tempo, viveu a dança desde muito cedo, pois era filho de bailarinos polacos, que se apresentavam em teatros e circos. Dançando nas apresentações de seus pais, atuou desde o quatro anos de idade.
Após o seu pai ter abandonado a família, mudou-se com a sua mãe para São Petersburgo, na Rússia. Com dez anos de idade, iniciou os seus estudos em dança na escola de balé do Teatro Imperial. Aos dezoito anos foi o par da bailarina Anna Pavlova. No ano seguinte, em 1909, viajou para Paris com a companhia de balé de Sergei Diaghilev, na qual obteve reconhecimento internacional.

Para os críticos, Nijinski era dotado de uma técnica extraordinária. Por isso, foi chamado por muitos como o deus da dança, a oitava maravilha do mundo e o Vestris do Norte (referência ao bailarino francês Auguste Vestris, junto ao qual seria sepultado, no cemitério de Montmartre, em Paris). Nijinski revolucionou o balé no início do século XX, conciliando a sua técnica com um poder de sedução da plateia, os seus saltos pareciam desafiar a lei da gravidade.
Com coreografias de Fokine, dançou: Silfides, Petrushka, Sherazade, Espectro da Rosa entre outros. Como coreógrafo, Nijinski era considerado ousado e original, sendo atribuído a ele o início da dança moderna. Uma de suas coreografias mais polémicas foi L'Aprés-Midi d'un Faune, com música de Debussy, vaiada em sua estreia, em 1912. Outras muito conhecidas foram A Sagração da Primavera e Till Eulenspiegel.

O relacionamento com Diaghilev ficou bastante abalado quando Nijinski se apaixonou pela bailarina Romola de Pulszkie e casou com ela, em 1913, em Buenos Aires. Por uns tempos, foi afastado do grupo, voltando a fazer parte da companhia em 1916, nos Estados Unidos.
Em 1919, aos 29 anos, acometido por distúrbio mental (esquizofrenia), abandonou os palcos. A esquizofrenia do bailarino caracterizava-se, sobretudo pela desordem de pensamento. Essa marca é bastante evidente em trechos de seus diários: "Tenho uma copeira seca, porque sente. Ela pensa muito, porque foi dessecada no outro lugar onde ela serviu por muito tempo". O seu impressionante diário, escrito em 1919, foi publicado por Romola de Pulszki em 1936. Entretanto, nessa versão, Romola eliminou um terço dos textos originais, suprimindo todos os versos e vários trechos com passagens eróticas.
Nijinski passou por inúmeras clínicas psiquiátricas até completar os 60 anos. Morreu numa clínica em Londres, em 8 de abril de 1950. Somente em 1995 uma edição integral dos originais de seu diário foi publicada na França, pela editora Actes Sud, graças ao consentimento da filha de Nijinski, Tamara.
   

O guitarrista Steve Howe faz hoje 77 anos

  
Stephen James Willian John Howe (Londres, 8 de abril de 1947) é um músico inglês de rock progressivo, internacionalmente conhecido pelo seu trabalho como guitarrista da banda Yes. Considerado um dos melhores e mais influentes guitarristas de todos os tempos, ele também já participou em trabalhos das bandas The Syndicats, Bodast, Tomorrow, Asia e GTR, além de ter lançado 14 álbuns a solo.
  
  

 


El-Rei D. Pedro I, o eterno namorado de Inês de Castro, nasceu há 704 anos

        
D. Pedro I de Portugal (Coimbra, 8 de abril de 1320 - Estremoz, 18 de janeiro de 1367) foi o oitavo Rei de Portugal. Recebeu os cognomes de O Justiceiro (e também O Cruel ou O Cru), pela energia posta em vingar o assassínio de Inês de Castro. Filho do Rei D. Afonso IV e da sua mulher, a Rainha D. Beatriz de Castela, Pedro I sucedeu ao seu pai em 1357.
    
  
 
 
(imagem daqui)
  
  

Alcobaça

   
  
Corpos feitos de pedra - para sempre
aqui
nesta nave de gelo e de sombra,
no incandescente sono a que chamamos
eternidade.

Quem desperta o teu rosto? Quem move
as tuas mãos no gesto com que iludes
a distância dos vivos? Não sabemos
morrer
e repetimos hoje o mesmo abraço
fiel à órbita dos astros
e a esta certeza de que fomos
e somos e seremos
um do outro.

É assim o amor - uma palavra
sonâmbula, uma bênção
que os séculos não apagam
sob as pequenas asas de alguns anjos
guardando e protegendo o nosso imenso
segredo.

Corpos feitos de pedra - ainda e sempre
aqui
até ao fim do mundo,
até ao fim.



in Pena Suspensa (2004) - Fernando Pinto do Amaral 

Aniversariante de hoje a cantar...

Filipe IV de Espanha, III de Portugal, nasceu há 419 anos

      
Filipe IV (Valladolid, 8 de abril de 1605Madrid, 17 de setembro de 1665) foi o Rei da Espanha de 1621 até à sua morte, e também Rei de Portugal e Algarves, como Filipe III, até ao início da Guerra da Restauração, em 1640. Filipe é lembrado pelo seu patrocínio das artes, principalmente de Diego Velázquez, e por governar o Império Espanhol durante o período da Guerra dos Trinta Anos.
Apesar do Império Espanhol ter alcançado aproximadamente 12,2 milhões de quilómetros quadrados de área na época de seu falecimento, o reino estava em declínio em outros aspetos, reflexo das inúmeras reformas fracassadas das políticas filipinas.  
     
Brasão de Filipe IV de Espanha
   

Tartini nasceu há 332 anos

Monumento na Basílica de Pádua
  
Formou uma famosa escola de violino – a Escola das Nações – de onde saíram eminentes violinistas, entre os quais Nardini.
Tartini afirmou que o sonhou com o Diabo e que este pegou no seu violino e tocou-lhe aquela que seria a sua Sonata do Diabo.
   

 


Hoje é o Dia Internacional do Cigano...!

(imagem daqui)
    
Desde 8 de abril de 1971 é comemorado o Dia Internacional do Cigano, data que assinala o primeiro encontro internacional de ciganos em Orpingtion, nas redondezas de Londres. Foi feita uma celebração da cultura cigana com o objetivo de sensibilizar para as dificuldades e estigma social enfrentados por esta comunidade. E mais de cinco décadas depois, a comunidade cigana continua a ser um dos grupos minoritários mais excluídos e discriminados na Europa, nomeadamente no que diz respeito ao acesso a bens e serviços básicos, como a educação, saúde, habitação e trabalho. Estas condições obrigaram a um grande isolamento e marginalização dos ciganos. Se por um lado, levou à sua própria exclusão da sociedade civil e, por outro, este isolamento ajudou a conservar e valorizar a sua cultura e identidade, nomeadamente na honra de valores como o culto da família, o respeito pelas pessoas mais velhas e a proteção das crianças. 
Em Portugal, e como forma de representação da cultura cigana, tem vindo a ser feito ao longo dos últimos anos um trabalho orientado para a inclusão da comunidade cigana na sociedade civil portuguesa, a partir de uma intervenção articulada junto destas comunidades e de diferentes agências governamentais ou entidades privadas. 
Em 2009, a propósito do Ano Europeu para o Diálogo Intercultural, a Subcomissão para a Igualdade de Oportunidades e Família, da Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura elaborou um relatório que revela situações de exclusão e pobreza que estas comunidades continuam a ser alvo. O relatório aponta ainda algumas recomendações para intervenção, nomeadamente ao nível da educação e da habitação. Este documento abre a porta para a introdução desta questão na agenda política nacional e a partir daqui muitas iniciativas têm vindo a ser tomadas no sentido da integração social dos ciganos, valorizando e respeitando a sua cultura e identidade próprias e procurando a sua integração e participação plenas enquanto cidadãos e cidadãs portugueses/as. Para a sistematização e priorização desta intervenção, foi criada uma Estratégia Nacional para a Integração das Comunidades Ciganas.
  
Retirado daqui

 

NOTA: dedico este post aos meus alunos ciganos, atuais e antigos, bem como aos ciganos meus conterrâneos (da minha terra natal e da terra que escolhi para viver), a todos os meus amigos ciganos e à minha mãe, apreciadora de música cigana, deste tenra idade...

Música adequada à data...

O poeta Egito Gonçalves nasceu há 104 anos...


José Egito de Oliveira Gonçalves
(Matosinhos, 8 de abril de 1920 - Porto, 29 de janeiro de 2001), mais conhecido por Egito Gonçalves, foi um poeta, editor e tradutor. Publicou os primeiros livros na década de 1950. Teve como atividade profissional a administração de uma editora. A sua intensa atividade de divulgação cultural e literária concretizou-se, a partir dos anos 50, na fundação e/ou direção de diversas revistas literárias, como A Serpente (1951), Árvore (1952-54), Notícias do Bloqueio (1957-61), Plano (1965-68, publicada pelo Cineclube do Porto) e Limiar. Em 1977 foi-lhe atribuído o Prémio de Tradução Calouste Gulbenkian, da Academia das Ciências de Lisboa pela seleção de Poemas da Resistência Chilena e, em 1985, recebeu o Prémio Internacional Nicola Vaptzarov, da União de Escritores Búlgaros. Em 1995 obteve o Prémio de Poesia do Pen Clube, o Prémio Eça de Queirós e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores com o livro E No Entanto Move-se. A sua obra encontra-se traduzida em francês, polaco, búlgaro, inglês, turco, romeno, catalão e castelhano. Faleceu em 2001, e o seu último livro, Entre Mim e a Minha Morte Há Ainda um Copo de Crepúsculo, foi editado cinco anos depois.
 
 
 

Tudo Vai Bem, Amor!...
   

Tudo vai bem, amor! Aqui estamos longe!
Aqui malogra-se a abordagem dos terrores,
ninguém descarna o sonho ou a esperança,
não há fantasmas de espingarda ao ombro,
ninguém agoniza chicoteado pelas sombras...
Aqui não há ditadores nem guilhotinam os oráculos,
ninguém encobre estrelas com areia,
não cortam com navalhas os seios das mulheres,
não se incendeiam
ghetos com corpos de crianças:
é tudo útil, simples, como um campo de trigo
- a Esfinge é um animal de pedra muito gasta.
Os poetas podem passear nas ruas; a paz
não é uma aranha sobre terra árida.
O sono não se povoa de estátuas de ameaça,
o amor não se faz de coração crispado:
o leito do amor é a simples terra nua.


in O Vagabundo Decepado - Egito Gonçalves

Dulce Pontes - 55 anos

     
Dulce José da Silva Pontes (Montijo, 8 de abril de 1969) é uma das cantoras portuguesas mais populares e reconhecidas internacionalmente. Canta canções pop, música tradicional portuguesa (fado e folclore incluído), bem como música clássica.
Costuma definir-se como uma artista da world music. É compositora, poeta, arranjadora e produtora. A sua atividade artística contribuiu para o renascimento do fado nos anos noventa do século passado. Dulce distingue-se principalmente pela sua voz, que é versátil, dramática e com uma capacidade invulgar de transmitir emoções. É uma soprano dramática com uma voz potente, versátil e penetrante. É considerada uma das melhores artistas dentro do panorama musical Mundial.
Já atuou em palcos como o Carnegie Hall e ao lado de nomes como Ennio Morricone, Andrea Bocelli e José Carreras.
   

 


Picasso morreu há cinquenta e um anos...


Pablo
Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso (Málaga, España; 25 de octubre de 1881 - Mougins, Francia; 8 de abril de 1973), conocido como Pablo Picasso, fue un pintor y escultor español, creador, junto con Georges Braque y Juan Gris, del movimiento cubista.
Considerado uno de los mayores artistas del siglo XX, participó desde la génesis en muchos movimientos artísticos que se propagaron por el mundo y ejercieron una gran influencia en otros grandes artistas de su tiempo. Incansable y prolífico, pintó más de dos mil obras, presentes en museos y colecciones de toda Europa y del mundo. Además, abordó otros géneros como el dibujo, el grabado, la ilustración de libros, la escultura, la cerámica y el diseño de escenografía y vestuario para montajes teatrales.
En lo político, Picasso se declaraba pacifista y comunista. Fue miembro del Partido Comunista Francés hasta su muerte, el 8 de abril de 1973, en Notre-Dame-de-Vie (Mougins, Francia) a los 91 años. Está enterrado en el parque del castillo de Vauvenargues (Bouches-du-Rhone).
 
Les Demoiselles d'Avignon (1907) - Museu de Arte Moderna de Nova Iorque
 
Nature morte au compotier, 1914–15 - Columbus Museum of Art, Ohio
    

Ezra Koenig, vocalista dos Vampire Weekend, faz hoje quarenta anos...!


Ezra Michael Koenig (Nova York, 8 de abril de 1984) é um músico, compositor, produtor e roteirista norte-americano. É conhecido principalmente pelo seu trabalho como vocalista e guitarrista da banda nova-iorquina Vampire Weekend. Além disso, é o criador da animação Neo Yokio, da Netflix, apresentador do programa de rádio Time Crisis with Ezra Koenig, da plataforma de streaming Apple Music.

 

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