segunda-feira, agosto 14, 2023

Poesia adequada à data...

 

 

Do rio que tudo arrasta

    
Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem

 


Bertolt Brecht 

 

A ponte Morandi desabou há cinco anos...

   
O viaduto Polcevera da Autoestrada A10, também conhecido como ponte Morandi, foi uma ponte atirantada atravessando o rio Polcevera, a oeste de Génova. Encontrava-se entre os bairros de Sampierdarena e Cornigliano.
A ponte, projetada pelo engenheiro Riccardo Morandi, foi construída entre 1963 e 1967 pela Società Italiana per Condotte d'Acqua. Foi inaugurada em 4 de setembro de 1967, com a presença do então presidente da República Giuseppe Saragat. O seu comprimento era de 1.182 metros e o tabuleiro encontrava-se a uma altura de 45 metros. Os pilares alcançavam até 90 metros e o vão máximo era de 210 metros.
 
O acidente provocou o colapso da parte central da ponte (destaque a vermelho)
   
A 14 de agosto de 2018, a parte da ponte sobre a zona fluvial e industrial Sampierdarena desabou no momento em que vários automóveis e camiões passavam por ela, causando 43 mortes.
Entre as possíveis causas investigadas, estavam a corrosão de elementos estruturais da ponte. Em 1979. o engenheiro Morandi já havia publicado um relatório técnico chamado "O comportamento de longo prazo dos viadutos submetidos a tráfego pesado localizado num ambiente hostil: o viaduto sobre a Polcevera, em Génova", alertando que a estrutura deveria passar por obras de reforço. Em seu estudo, o engenheiro concluiu que em poucos anos, seria necessário remover os pontos de corrosão nos reforços expostos, injetar resinas onde fosse necessário e aplicar elastómeros de resistência. Morandi também concluiu que a estrutura, submetida a ventos marinhos, direcionados para o vale do rio Polcevera, criava uma atmosfera de alta salinidade, associada a uma mistura de fumaça saturada de vapores ácidos altamente corrosivos, emitida pelas chaminés das siderúrgicas situadas no vale. Os vapores ácidos teriam agido nas superfícies externas estruturais, que apresentavam evidências de ataque de origem química, com perda de resistência superficial também do concreto. Nas investigações preliminares, e considerando o relatório de Morandi, as autoridades italianas suspeitaram que possa ter havido a rutura de um dos cabos de aço que sustentavam a estrutura, causando o acidente, que fez ruir um trecho de duzentos metros da ponte.
   

Hans Christian Orsted nasceu há 246 anos

   
Hans Christian Ørsted (Rudkøbing, 14 de agosto de 1777 - Copenhaga, 9 de março de 1851) foi um físico e químico dinamarquês.
É conhecido sobretudo por ter descoberto que as correntes elétricas podem criar campos magnéticos que são parte importante do Eletromagnetismo. As suas descobertas moldaram a filosofia pós-kantiana e os avanços na ciência durante o final do século XIX. Foi também o primeiro pensador moderno a descrever explicitamente e denominar a experiência mental.

Ângelo de Lima, pintor, poeta e maluco participante da revista Orpheu, morreu há 102 anos...

(imagem daqui)

 

Ângelo de Lima (Porto, 30 de julho de 1872 - Lisboa, 14 de agosto de 1921) foi um pintor e poeta português da revista Orpheu

   

(...)

(...) os poemas de Ângelo de Lima, alguns com laivos simbolistas, mas outros com características marcadamente delirantes e surreais, repletos de neologismos, versos de sentido incompreensível, despertaram a admiração dos Modernistas. Em junho de 1915, numa atitude provocadora para espantar o burguês lisboeta, Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, diretores do n.º 2 da revista Orpheu, publicam alguns "Poemas Inéditos" de Ângelo de Lima, que abrem este número da Revista Trimestral de Literatura. Ângelo de Lima permaneceria internado no Hospital de Rilhafoles (então já Hospital Miguel Bombarda) até ao final da sua vida. Morreu de enterite e está sepultado no Cemitério dos Prazeres.

 

in Wikipédia

 

SONETO

Pára-me de repente o Pensamento ...
- Como que de repente refreado
Na Douda Correria em que levado ...
- Anda em busca da paz, do esquecimento...

Pára Surpreso... Escrutador... Atento
Como pára... um Cavalo Alucinado
Ante um Abismo... ante seus pés rasgado...
Pára... e Fica... e Demora-se um Momento...

Vem trazido na Douda Correria
Pára à beira do Abismo e se demora

E Mergulha na Noite, Escura e Fria
Um olhar d'Aço que na Noute explora...

- Mas a Espora da dor seu flanco estria...
 
- E Ele Galga... e Prossegue... sob a Espora!

  

Ângelo de Lima

El-Rei D. João I, o Mestre de Avis de boa memória, morreu há 590 anos...

     
D. João I de Portugal (Lisboa, 11 de abril de 1357 – Lisboa, 14 de agosto de 1433), foi o décimo Rei de Portugal e o primeiro da Dinastia de Avis, cognominado O de Boa Memória pelo legado que deixou.
Filho ilegítimo (bastardo) do rei D. Pedro I e 3.º Mestre da Ordem de Avis (com sede em Avis), foi aclamado rei na sequência da crise de 1383-1385, que ameaçava a independência de Portugal.
Com o apoio do condestável do reino, Nuno Álvares Pereira, e aliados ingleses, travou a batalha de Aljubarrota contra o Reino de Castela, que invadira o país. A vitória foi decisiva: Castela retirou-se, acabando bastantes anos mais tarde por o reconhecer oficialmente como rei.
Para selar a aliança Luso-Britânica casou com D. Filipa de Lencastre, filha de João de Gaunt, dedicando-se desde então ao desenvolvimento do reino.
Em 1415 conquistou Ceuta, praça estratégica para a navegação no norte de África, o que iniciaria a expansão portuguesa. Aí foram armados cavaleiros os seus filhos D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique, irmãos da chamada ínclita geração.
       
Bandeira pessoal de D. João I com a sua divisa: «Pour bien»
      

Halle Berry - 57 anos


Maria Halle Berry (Cleveland, 14 de agosto de 1966) é uma atriz norte-americana.  Ela começou sua carreira como modelo e participou de vários concursos de beleza, terminando como segunda no concurso de Miss EUA em 1986. O seu primeiro papel de destaque no cinema foi em O Príncipe das Mulheres (1992), ao lado de Eddie Murphy. Berry também atuou na comédia Os Flintstones (1994), na comédia dramática Bulworth (1998) e no telefilme Dorothy Dandridge - O Brilho de uma Estrela (1999), pelo qual ganhou os prémios Emmy e Globo de Ouro. Ganhou o Óscar de melhor atriz com a sua atuação em Monster's Ball - Depois do Ódio (2001), tornando-se a primeira mulher negra a receber o prémio.
          

Enzo Ferrari morreu há 35 anos...


Enzo Anselmo Ferrari (Módena, Itália, 18 de fevereiro de 1898 - Maranello, 14 de agosto de 1988) foi o fundador da Scuderia Ferrari e da fábrica de automóveis Ferrari.
Apaixonou-se pelo desporto automóvel com apenas dez anos, quando visitou o autódromo de Bolonha. Enzo Ferrari trabalhou como mecânico até ao início da I Guerra Mundial, altura em que entrou na Contruzioni Mecaniche National, como piloto de testes. Aos 21 anos tentou trabalhar na Fiat, mas foi recusado. Pouco depois ingressou na Alfa Romeo, mas desta vez como piloto. Criou a Scuderia Ferrari no ano de 1925, em Módena, mas durante a II Guerra Mundial viu-se obrigado a transferir a fábrica de automóveis para Maranello, a dezoito quilómetros de Módena. Depois da II Guerra Mundial, a Ferrari ganhou dois títulos mundiais em 1952 e 1953.
Alfredino Ferrari, filho de Enzo, morreu em 1956, aos 26 anos, sofrendo de distrofia muscular progressiva, o que fez com que ele se tornasse uma pessoa triste e amarga. Desde então Enzo nunca mais pisou uma pista de corrida e passou a usar os inseparáveis óculos escuros. Autodidata em mecânica, recebeu em 1960, da Universidade de Bolonha, o título de doutor "honoris causa" em engenharia, e mais tarde, em física. O governo italiano deu-lhe o título de comendador. Enzo Ferrari morreu em Maranello, com 90 anos, tendo, durante o período em que viveu, a sua equipa obtido 19 vitórias nas 24 Horas de Le Mans e nove títulos na Fórmula 1.

   

   

Rosa Ramalho nasceu há 135 anos

   
Rosa Ramalho (1888-1977) é o nome artístico de Rosa Barbosa Lopes, ceramista e figura emblemática da olaria tradicional portuguesa.

Rosa Ramalho nasceu a 14 de agosto de 1888, na freguesia de São Martinho de Galegos (concelho de Barcelos). Filha de um sapateiro e de uma tecedeira, casou-se aos 18 anos, com um moleiro, e teve sete filhos. Aprendeu a trabalhar o barro desde muito nova, mas interrompeu a atividade durante cerca de 50 anos, para cuidar da família. Só após a morte do marido, e já com 68 anos de idade, retomou o trabalho com o barro e começou a criar as figuras que a tornaram famosa. As suas peças simultaneamente dramáticas e fantasistas, denotadoras de uma imaginação prodigiosa, distinguiam-na de outros barristas e oleiros e proporcionaram-lhe uma fama que ultrapassou fronteiras.
Foi a António Quadros (pintor) que se deveu a descoberta de Rosa Ramalho pela crítica artística e a sua divulgação nos meios "cultos". Foi a primeira barrista a ser conhecida individualmente pelo próprio nome e teve o reconhecimento, entre outros, da Presidência da República, que em 9 de abril de 1981 lhe atribuiu o grau de Dama da Ordem de Sant'Iago da Espada. Em 1968 tinha-lhe sido também entregue a medalha "As Artes ao Serviço da Nação".
Sobre a artista há um livro de Mário Cláudio (Rosa, de 1988, integrado na Trilogia da mão) e uma curta-metragem documental de Nuno Paulo Bouça (À volta de Rosa Ramalho, de 1996). Atualmente dá nome a uma rua da cidade de Barcelos e a uma Escola de 2º e 3º Ciclos da freguesia de Barcelinhos. Há também a possibilidade de que se venha a transformar a sua antiga oficina, em São Martinho de Galegos, num museu de olaria com o seu nome.
O seu trabalho teve como sucessora a sua neta Júlia Ramalho.
  
Cristo de Rosa Ramalho
 

João Cabeleira faz hoje sessenta e um anos

    
João Manuel Pereira Figueiredo Cabeleira conhecido como João Cabeleira, nascido a 14 de agosto de 1962, é um guitarrista português, membro da banda Xutos & Pontapés desde 1983, quando veio substituir Francis (até então, guitarrista de solo da banda).

Carreira
Antes de ser guitarrista dos Xutos, era guitarrista dos Vodka Laranja, banda da qual foi fundador em 1979.
É considerado dos melhores guitarristas portugueses. Pode ser interpretado por muitos como sendo mal-humorado ou pouco sociável, mas na verdade a sua alegria e boa disposição estão sempre presentes, apesar de em palco isso não ser notório, pois prefere dedicar mais da sua atenção à música em si, do que à atuação, sendo uma presença essencial no som dos Xutos & Pontapés.
Existem filmagens de concertos no famoso clube Rock Rendez-Vous, recentemente editadas em DVD, em que assistia a um concerto da sua futura banda (Xutos) ainda antes de surgir a oportunidade de tocar com eles.
É o único elemento da banda que não participa vocalmente nos espetáculos (nem mesmo em segundas vozes), e apenas por uma vez ocupou o lugar central do palco para interpretar a música "Dantes", no concerto dos quinze anos dos Xutos no Coliseu de Lisboa, ao lado de 2 músicos que na altura faziam parte do line-up dos Delfins (Rui Fadigas, no baixo, e Jorge Quadros, na bateria, fazendo um excecional uso de pedal duplo, que não existia nem nos Delfins, nem nos Xutos; Rui Fadigas também se rendeu a um baixo mais técnico e sentido do que aquele que nos habituámos a ouvir em ambas as bandas). Esta foi uma das atuações mais memoráveis dos Xutos & Pontapés (mesmo que não estivessem presentes na íntegra).
Em 2004, foi agraciado, juntamente com os restantes membros dos Xutos & Pontapés, pelo Presidente da República Jorge Sampaio, com a Ordem do Mérito.
Utiliza uma técnica solista bastante singular em que os seus fraseamentos e acordes são bastante diferentes daquilo a que nos habituámos a ouvir na guitarra solista de rock, ou de outro estilo qualquer.
Algumas das suas influências que se manifestam na sua técnica exímia de tocar guitarra são David Gilmour dos Pink Floyd e Jimi Hendrix.
Em 2019, contribuiu para a canção "Rapazes da Praia", hino do centenário do Clube de Futebol "Os Belenenses", clube do qual é adepto, onde mais uma vez ficaram patentes as suas qualidades na guitarra. 
  No livro «Aqui Xutos & Pontapés», Rolando Rebelo revela que a primeira guitarra elétrica de João Cabeleira foi uma Hondo adquirida em 1979 por 4.500$00, como resultado das poupanças feitas pelo músico, sobretudo provenientes de lembranças de aniversário e de Natal. Posteriormente, o músico viria a comprar - por 8 contos -, uma Stagg 'Les Paul' ao baterista de uma banda com quem tocou antes de ingressar nos Xutos. A história dessa guitarra foi contada pelo músico durante a sua participação na iniciativa «Vamos Falar de Blues», promovida por Budda Guedes, em setembro de 2019, em Braga.
Na foto de capa do disco «Circo de Feras» - datado de 1987 -, o guitarrista enverga já uma Fender Stratocaster de cor preta, pickguard branca e braço em maple. É com este instrumento que faz pelo menos alguns dos concertos da tourné de promoção do álbum.
Por altura do lançamento do trabalho de seguinte, o álbum «88», João Cabeleira passou a usar como instrumento principal uma guitarra Fender, modelo Contemporary Stratocaster, de fabrico japonês, equipada com 1 humbucker, 2 pickups single coil e um sistema de tremolo Fender Schaller. O corpo dessa icónica guitarra é pintado a cinzento escuro metalizado, sendo a pickguard e a headstock pretas, enquanto a escala é em pau rosa. Este instrumento ainda hoje pode ser pontualmente visto em registos ao vivo dos Xutos & Pontapés, nalguns dos temas tocados em modo ‘acústico’.
Porém, a partir do álbum seguinte - «Gritos Mudos» -, a principal guitarra do João passou a ser uma George Washburn EC-29 Spitfire de cor vermelha, com pintura emulando fissuras [crackle finish]. Tratava-se de um instrumento equipado com 2 pickups ativos – um single coil, um humbucker e um tremolo Floyd Rose. Como backup, João Cabeleira possuía ainda duas outras Washburns similares, nas cores preta e azul [embora não fizesse muito uso desta última por não estar equipada com os pickups originais].
Para lá das referidas Fender Contemporary Stratocaster e Washburn EC-29, João Cabeleira costuma tocar em concertos ‘acústicos’ com uma guitarra semi-acústica Gretsch G6122 cor de laranja. No primeiro registo que os Xutos fizeram dentro deste género, editado em 1995 com o nome «Ao Vivo na Antena 3», é visível a parte de trás deste instrumento na fotografia que ilustra o álbum.
Curiosamente, no espetáculo «Febre de Sábado à Noite», apresentado por Júlio Isidro em Matosinhos, em 2006, o guitarrista fez-se acompanhar de uma guitarra Gibson SG sunburst.
Mais tarde, em 2010, foi roubada uma carrinha dos Xutos & Pontapés contendo material de back line da banda no seu interior, nomeadamente, guitarras, baterias e amplificadores. Entre os instrumentos furtados encontravam-se guitarras do João Cabeleira. De acordo com uma notícia então publicada pelo Blitz, a então mulher do músico, Ana Figueiredo [Bastet], dispôs-se a dar uma recompensa monetária a quem devolvesse o material dos Xutos & Pontapés. Porém, esse material nunca viria a ser recuperado. Afortunadamente, o João conseguiu adquirir uma outra Washburn EC-29 vermelha, em tudo igual à que lhe fora roubada, sendo este, atualmente, o seu instrumento de referência.
No teledisco do tema «Tu Também (Há 10.000 Anos Atrás)», apresentado no final de 2013 para promoção do disco «Puro» - que sairia no dia do 35º aniversário da banda [a 13 de janeiro de 2014] -, João Cabeleira aparece a tocar com uma guitarra Ibanez RG550XH, instrumento com 36 trastos.
   
Vida Pessoal 
Em 1993, João Cabeleira vivia com Iolanda Batista e nesse mesmo ano teve a sua primeira filha. Posteriormente, de um relacionamento com Sandrine de Matos, teve um segundo filho. Mais recentemente, foi casado com Ana Figueiredo (Bastet), com quem teve uma filha, em 2013.
  
 

Bertolt Brecht morreu há 67 anos

  
Eugen Berthold Friedrich Brecht (Augsburgo, 10 de fevereiro de 1898 - Berlim Leste, 14 de agosto de 1956) foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX. Os seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido a partir das apresentações de sua companhia, o Berliner Ensemble, realizadas em Paris durante os anos de 1954 e 1955.
No final dos anos 20 Brecht torna-se marxista, vivendo o intenso período das mobilizações da República de Weimar, desenvolvendo o seu teatro épico. A sua praxis é uma síntese das experiências teatrais, de Erwin Piscator e Vsevolod Emilevitch Meyerhold, do conceito de estranhamento do formalista russo Viktor Chklovski, do teatro chinês e do teatro experimental da Rússia soviética, entre os anos de 1917 a 1926. O seu trabalho como artista concentrou-se na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista.
   

 

O Vosso tanque General, é um carro forte

Derruba uma floresta esmaga cem
Homens,
Mas tem um defeito
- Precisa de um motorista

O vosso bombardeiro, general
É poderoso:
Voa mais depressa que a tempestade
E transporta mais carga que um elefante
Mas tem um defeito
- Precisa de um piloto.

O homem, meu general, é muito útil:
Sabe voar, e sabe matar
Mas tem um defeito
- Sabe pensar
 
 
Bertolt Brecht

domingo, agosto 13, 2023

Herbert Hall Turner, astrónomo e sismólogo, nasceu há 162 anos


Herbert Hall Turner
(Leeds, 13 August 1861  – Stockholm, 20 August 1930) was a British astronomer and seismologist.

Herbert Hall Turner was educated at Clifton College and Trinity College, Cambridge. In 1884 he accepted the post of Chief Assistant at Greenwich Observatory and stayed there for nine years. In 1893 he became Savilian Professor of Astronomy and Director of the Observatory at Oxford University, a post he held for 37 years until his sudden death in 1930.
He was one of the observers in the Eclipse Expeditions of 1886 and 1887. In seismology, he is credited with the discovery of deep focus earthquakes. He is also credited with coining the word parsec.

Notícia sobre um cometa disfarçado de asteroide - ou vice-versa...

O estranho asteroide 3200 Phaethon acabou de ficar ainda mais estranho

  

 

3200 Phaethon

 

Uma nova descoberta sobre o asteroide 3200 Phaethon - que mais parece um cometa - acabou de o tornar ainda mais estranho do que já era.

O asteroide 3200 Phaethon tem cerca de 5,4 quilómetros de largura e destaca-se por ter características pouco habituais, comportando-se mais como um cometa e menos como um asteroide. Os cientistas pensavam que isto acontecia devido à poeira que escapou do asteroide quando impactado pelo Sol.

No entanto, um novo estudo revelou que a cauda do asteroide é feita de sódio em gás e não é empoeirada como se acreditava, escreve o site Interesting Engineering.

“A nossa análise mostra que a atividade semelhante a um cometa de Phaethon não pode ser explicada por nenhum tipo de poeira”, disse Qicheng Zhang, autor principal do estudo, em comunicado.

Os asteroides, que são fundamentalmente rochosos, não costumam formar caudas quando se aproximam do Sol. Os cometas, no entanto, são uma mistura de gelo e rocha, e normalmente formam caudas quando o Sol vaporiza o seu gelo.

Quando os astrónomos descobriram Phaethon em 1983, perceberam que a órbita do asteroide correspondia à dos meteoros Geminídeos. Phaethon era a fonte da chuva anual de meteoros, embora fosse um asteróide e não um cometa, explica a NASA.

“Os cometas normalmente brilham intensamente por emissão de sódio quando muito perto do Sol, então suspeitamos que o sódio também poderia ter um papel fundamental no brilho de Phaethon”, disse Zhang.

As recentes observações dos cientistas mostraram que a cauda do asteroide apareceu brilhante apenas no filtro que detetou sódio e não no que detetou poeira. Além disso, a cauda mudou de forma e intensidade quando Phaethon passou pelo Sol. Isto foi de encontro àquilo que os peritos esperavam caso fosse feita de sódio.

Os resultados do estudo foram recentemente publicados na revista científica Planetary Science Journal.

A equipa realça que os resultados deitam por terra “14 anos de pensamento sobre um objeto bem examinado”. Ainda assim, realça o Interesting Engineering, resta uma pergunta importante: se Phaethon não liberta muita poeira, como é que o asteroide fornece o material para a chuva de meteoros que vemos anualmente?

 

in ZAP

O Evento do Curuçá, conhecido como o Tunguska brasileiro, foi há 93 anos

  (imagems daqui - clicar para aumentar)
    
O Tunguska brasileiro, ou evento do Curuçá, são os termos pelo qual ficou conhecido o evento de impacto ocorrido no estado brasileiro do Amazonas no dia 13 de agosto de 1930, análogo ao evento de Tunguska. Trata-se de uma queda cósmica que teria ocorrido na região do Rio Curuçá, localizada no município brasileiro de Atalaia do Norte, no estado do Amazonas. À época, ribeirinhos e indígenas da região afirmaram que viram "bolas de fogo" caindo do céu, tendo estas atingido a margem direita do rio Curuçá.

O fenómeno ficou esquecido por mais de cinquenta anos, tendo sido "reavivado" após o astrónomo inglês M. E. Bailey ter encontrado nos arquivos do Vaticano uma edição de 1931 do L'Osservatore Romano que continha registos do monge capuchinho-franciscano Fedele d'Alviano, que visitou a região apenas cinco dias após o ocorrido. Na época, Fedele d'Alviano entrevistou diversas pessoas da região, que lhe disseram que ficaram assustadas com o ocorrido. Segundo Bailey, o evento do Rio Curuçá foi uma das quedas cósmicas mais importantes do século XX. Investigando a data do evento, acredita-se tratar-se de um meteorito proveniente da chuva de meteoros das Perseidas, que riscam os céus no mês de agosto.
Inspirado no artigo de Bailey e baseado em imagens dos satélites LANDSAT, o astrofísico brasileiro Ramiro de la Reza conseguiu identificar um astroblema de 1 km de diâmetro, localizado a sudeste da localidade de Argemiro, nas seguintes coordenadas geográficas: 5° 11 S, 71° 38 W.
Na primeira semana de junho de 1997, de la Reza liderou uma expedição organizada pela Rede Globo e co-financiada pela ABC-TV da Austrália, até a região onde ocorreu o fenómeno. A suposta cratera realmente foi encontrada, mas no entanto ainda faltam provas que atestem o facto de que ela surgiu a partir do impacto do meteorito relatado em 1930. No entanto um registo do Observatório Sismológico San Calixto em La Paz e interpretado por A. Vega, da mesma instituição, mostrou que aquela cratera poderia ter sido criada na mesma data, sugerindo que o registo sísmico estaria relacionado com o impacto de um meteorito daquele tamanho. No entanto um grupo mexicano recentemente contestou que a cratera e o registo sísmico que estariam relacionados ao evento.

Um ditador chamado Fidel Castro nasceu há 97 anos

     
Fidel Alejandro Castro Ruz (Birán, 13 de agosto de 1926 - Havana, 25 de novembro de 2016) foi um político e revolucionário cubano que governou a República de Cuba como primeiro-ministro de 1959 a 1976 e depois como presidente de 1976 a 2008. Politicamente, era nacionalista e marxista-leninista. Ele também foi o primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba de 1961 até 2011. Sob a sua administração, Cuba tornou-se um estado socialista autoritário unipartidário, a indústria e os negócios foram nacionalizados e reformas socialistas foram implementadas em toda a sociedade. Castro morreu em Havana, na noite de 25 de novembro de 2016, aos 90 anos.
     

Ada de Castro - 86 anos

(imagem daqui)
 
Ada Antunes Pereira conhecida por Ada de Castro (Lisboa, 13 de agosto de 1937) é uma atriz de teatro e fadista portuguesa.

A estreia da fadista no teatro de revista aconteceu na peça Tudo à Mostra (1966), no Teatro Maria Vitória, onde cantou "Na Hora da Despedida", um fado de apoio aos soldados portugueses na Guerra do Ultramar, que se tornaria num sucesso.

 

Hughie Thomasson nasceu há 71 anos...

   
Hugh Edward Thomasson Jr. (Buchanan, Virgínia13 de agosto de 1952 - Brooksville, Flórida, 9 de setembro de 2007) foi um guitarrista e cantor dos Estados Unidos da América mais conhecido como membro fundador da banda Outlaws e mais recentemente como guitarrista da banda de Southern rock Lynyrd Skynyrd.
Escreveu a maioria das músicas para os Outlaws, incluindo "Hurry Sundown", "There Goes Another Love Song," e "Green Grass and High Tides". Após a separação dos Outlaws, Thomasson entrou para os Lynyrd Skynyrd.
Thomasson morreu enquanto dormia, a 9 de setembro de 2007, aparentemente de ataque cardíaco, na sua casa, na Flórida.

 


H. G. Wells morreu há 77 anos

     
Herbert George Wells, conhecido como H. G. Wells (Bromley, 21 de setembro de 1866 - Londres, 13 de agosto de 1946), foi um escritor britânico e membro da Sociedade Fabiana.
Nascido num distrito (borough) da Grande Londres, na juventude foi, sem sucesso, aprendiz de negociante de panos - a sua experiência nesta ocupação veio mais tarde a ser usada como material para o romance Kipps. Em 1883 tornou-se professor na Midhurst Grammar School, até ganhar uma bolsa na Escola Normal de Ciências em Londres, para estudar Biologia com T. H. Huxley.
Nos seus primeiros romances, descritos, ao tempo, como "romances científicos", inventou uma série de temas que foram mais tarde aprofundados por outros escritores de ficção científica, e que entraram na cultura popular em trabalhos como A Máquina do Tempo, O Homem Invisível e A Guerra dos Mundos. Outros romances, de natureza não fantástica, foram bem recebidos, sendo exemplos a sátira à publicidade edwardiana Tono-Bungay e Kipps.
Visionário, chegou a discutir em obras do início do século XX questões ainda atuais, como a ameaça de guerra nuclear, o advento de Estado Mundial e a Ética na manipulação de animais.
Desde muito cedo na sua carreira, Wells sentiu que devia haver uma maneira melhor de organizar a sociedade, e escreveu alguns romances utópicos. Começavam em geral com o mundo a caminhar inexoravelmente em direção de uma catástrofe, até que as pessoas se apercebiam da existência de uma maneira melhor para viver: ou através dos gases misteriosos de um cometa, que fariam com que as pessoas começassem subitamente a comportar-se racionalmente (Os Dias do Cometa), ou pela tomada do poder por um conselho mundial de cientistas, como em The Shape of Things to Come (1933), livro que o próprio Wells adaptou mais tarde para o filme de Alexander Korda Daqui a Cem Anos (1936). Aqui descrevia-se, com demasiada exatidão, a guerra que estava a chegar, com cidades a serem destruídas por bombardeamentos aéreos.
Ele analisa a dicotomia entre a natureza e a educação e questiona a humanidade em livros como A Ilha do Dr. Moreau. Nem todos os seus romances terminam em feliz utopia, como mostra o distópico When the Sleeper Awakes. A Ilha do Dr. Moreau ainda é mais sombria. O narrador, após ficar encurralado numa ilha cheia de animais vivissectados (sem sucesso) até se transformarem em seres humanos, acaba por regressar a Inglaterra e, tal como Gulliver no regresso do país dos Houyhnhms, vê-se incapaz de afastar a perceção dos membros da sua própria espécie como bestas só ligeiramente civilizadas, regressando a pouco e pouco à sua natureza animal.
Wells chamava às suas ideias políticas "socialistas", e com o seu gosto por utopias, olhou inicialmente com bastante simpatia para as tentativas de Lenine de reconstruir a destroçada economia russa, como mostra o seu relato de uma visita ao país (Russia in the Shadows 1920). No entanto, desiludiu-se com a crescente rigidez doutrinária dos Bolcheviques e, após um encontro com Estaline, convenceu-se de que a revolução correra terrivelmente mal. Nisto foi provavelmente mais clarividente do que muitos dos intelectuais do seu tempo.
À medida que envelhecia, Wells foi-se tornando cada vez mais pessimista acerca do futuro da humanidade, como é sugerido pelo título do seu último livro, Mind at the End of its Tether. Os seus últimos livros tendiam a pregar mais do que a contar uma história, e não tinham a energia e inventiva dos trabalhos iniciais.

   

O Muro de Berlim foi iniciado há sessenta e dois anos...

Grafitties sobre o Muro de Berlim em 1986

O Muro de Berlim (em alemão Berliner Mauer) era uma barreira física, construída pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era fazia parte dos países capitalistas, encabeçados pelos Estados Unidos; e República Democrática Alemã (RDA), fazia parte dos países países socialistas, simpatizantes do regime soviético. Construído a partir da madrugada de 13 de agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas eletrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro era patrulhado por militares da Alemanha Oriental com ordens de atirar para matar (a célebre Schießbefehl ou "Ordem 101") os que tentassem escapar, o que provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas.
   
Mapa do traçado do Muro de Berlim
  
A distinta e muito mais longa fronteira interna alemã demarcava a fronteira entre a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental. Ambas as fronteiras passaram a simbolizar a chamada "cortina de ferro" entre a Europa Ocidental e o Bloco de Leste.
Antes da construção do Muro, 3,5 milhões de alemães orientais tinham evitado as restrições de emigração do Leste e fugiram para a Alemanha Ocidental, muitos ao longo da fronteira entre Berlim Oriental e Ocidental. Durante a sua existência, entre 1961 e 1989, o Muro quase parou todos os movimentos de emigração e separou a Alemanha Oriental de Berlim Ocidental por mais de um quarto de século.
Durante uma onda revolucionária que varreu o Bloco de Leste, o governo da Alemanha Oriental anunciou a 9 de novembro de 1989, após várias semanas de distúrbios civis, que todos os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental e Berlim Ocidental. Multidões de alemães orientais subiram e atravessaram o Muro, juntando-se aos alemães ocidentais do outro lado, em uma atmosfera de celebração. Ao longo das semanas seguintes, partes do Muro foram destruídas por um público eufórico e por caçadores de souvenirs. Mais tarde, equipamentos industriais foram usados para remover quase o todo da estrutura. A queda do Muro de Berlim abriu o caminho para a reunificação alemã que foi formalmente celebrada em 3 de outubro de 1990. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria. O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos, está marcado no chão o percurso que o muro fazia quando estava erguido.
   
     
Memorial em homenagem as vítimas do muro em Berlim (1982)
   

Carlos Malheiro Dias nasceu 148 anos


Carlos Malheiro Dias, também conhecido como Carlos Dias e como Carlos Malheiros Dias (Cedofeita, Porto, 13 de agosto de 1875 - Campo Grande, Lisboa, 19 de outubro de 1941), foi um jornalista, cronista, romancista, contista, político monárquico e historiador luso-brasileiro.

 

John Everett Millais morreu há 127 anos

   
Sir John Everett Millais, 1.º Baronete de Millais of Palace Gate and Saint Ouen, Jersey (Southampton, 8 de junho de 1829 - Londres, 13 de agosto de 1896) foi um pintor e ilustrador inglês.
Fundou, juntamente com Dante Gabriel Rossetti e William Holman Hunt, em 1848, a Irmandade Pré-Rafaelita, um grupo artístico entre o espírito revivalista do romantismo e as novas vanguardas do século XX.
Foi sepultado na Catedral de São Paulo.
        
      
The Knight Errant (1870) - Tate Britain, London