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segunda-feira, agosto 11, 2025

O pico das Perseidas é amanhã...


Uma perseida sobre o fundo da Via Láctea
 
As Perseidas são uma prolífica chuva de meteoros associada ao cometa Swift-Tuttle. São assim denominadas devido ao ponto do céu de onde parecem vir, o radiante, localizado na constelação de Perseu. As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra atravessa um rasto de meteoróides. Neste caso o rasto é denominado de nuvem Perseida e estende-se ao longo órbita do cometa Swift-Tuttle. A nuvem consiste em partículas ejetadas pelo cometa durante a sua passagem perto do Sol. A maior parte do material presente na nuvem atualmente tem aproximadamente 1.000 anos. No entanto, existe um filamento relativamente recente de poeiras neste rasto proveniente da passagem do cometa em 1862. Em 1992 (o cometa Swift-Tuttle dá uma volta completa em torno do Sol a cada 130 anos) a nuvem que dá origem às Perseidas foi reabastecida, tendo nos últimos anos havido algumas chuvas de meteoros bastante boas. Como a Terra, nessa noite, viaja pelo espaço em direção à constelação de Perseu, as estrelas cadentes parecem provir desse ponto (chamado de radiante) para aonde a Terra se dirige; marcando (e prolongando essa linha) num mapa celeste, as estrelas cadentes perseidas ir-se-ião cruzar no radiante.

Observação
O fenómeno é visível anualmente a partir de meados de julho, registando-se a maior atividade entre os dias 8 e 14 de agosto, ocorrendo o seu pico por volta do dia 12. Durante o pico, a taxa de estrelas cadentes pode ultrapassar as 60 por hora. Podem ser observadas ao longo de todo o plano celeste, mas devido à trajetória da órbita do cometa Swift-Tuttle, são observáveis essencialmente no Hemisfério Norte.
A famosa chuva de estrelas das Perseidas tem sido observada ao longo dos últimos 2.000 anos, com a primeira descrição conhecida deste fenómeno registada no Extremo Oriente no ano 36. Na Europa recém cristianizada, as Perseidas tornaram-se conhecidas como Lágrimas de São Lourenço.
De forma a viver esta experiência ao máximo, a chuva deverá ser observada numa noite limpa e sem lua, a partir de um ponto afastado das grandes concentrações urbanas, onde o céu não se encontre afetado pela poluição luminosa. As Perseidas possuem um pico relativamente grande, pelo que o fenómeno pode ser observado ao longo de várias noites. Em qualquer uma destas, a atividade começa lentamente ao anoitecer, aumentando subitamente por volta das 23 horas, quando o radiante atinge uma posição celeste relativamente elevada. A taxa de meteoros aumenta de forma contínua ao longo da noite, atingindo o pico pouco antes do amanhecer, aproximadamente 1½ a 2 horas antes do nascer do sol.
      
  
NOTA: este ano provavelmente irei observar o fenómeno sozinho (de vez em quando faço-o na Senhora do Monte, perto de Cortes, em Leiria, sempre que posso). É fácil de ver - basta olhar, sem telescópio, para uma vasta zona de NE do céu, à volta da constelação de Perseu (que fica por baixo da Cassiopeia, uma constelação bem visível, com forma de M ou W, entre as 00.30 e 03.00 horas). Aqui fica um mapa do céu com o radiante desta chuva de estrelas:
  
(imagem daqui - clicar para aumentar)

sexta-feira, dezembro 13, 2024

Novidades para quem gosta de olhar para o céu...

 A maior chuva de meteoros do ano vai atingir o pico esta semana

 

Chuva de Geminídeas: meteoros sobre o Kitt Peak National Observatory (KPNO), no Arizona

  

O fenómeno das Geminídeas atingirá o pico entre 13 e 14 de dezembro e poderão ser vistos até 150 meteoros por hora.

A chuva de meteoros Geminídeas de 2024, famosa pelo seu espetáculo celeste deslumbrante, já está em curso e atingirá o seu pico entre os dias 13 e 14 de dezembro.

Durante o auge, é possível que sejam visíveis até 150 meteoros por hora, tornando este um dos eventos astronómicos mais esperados do ano.

Contudo, o brilho da Lua quase cheia poderá reduzir ligeiramente o número de meteoros visíveis, especialmente os mais ténues, explica o IFLScience.

As Geminídeas são visíveis em ambos os hemisférios, com condições ideais para observadores localizados a latitudes abaixo dos 30°N. Nessas regiões, os observadores terão cerca de uma hora de escuridão antes do amanhecer, após o ocaso da Lua, aumentando as hipóteses de avistar meteoros a cruzar o céu.

Esta chuva de meteoros deve o seu nome à constelação de Gémeos, de onde os meteoros parecem originar-se.

Ao contrário da maioria das chuvas de meteoros, que são causadas por detritos deixados por cometas, as Geminídeas estão associados a um asteroide — o 3200 Phaethon.

Este asteroide, com 5,8 quilómetros de diâmetro, é incomum, pois comporta-se de forma semelhante a um cometa, libertando poeira quando aquecido pelo Sol. As partículas de poeira, que viajam a cerca de 35 quilómetros por segundo, brilham intensamente ao entrar na atmosfera terrestre, criando os meteoros visíveis.

Os meteoros desintegram-se a uma altitude de aproximadamente 39 quilómetros, produzindo rastos brilhantes visíveis a olho nu. Estes eventos não são apenas um deleite para os observadores em Terra, mas também já foram registados a partir do Espaço.

O astronauta europeu Andreas Mogensen captou as Geminídeas em vídeo , durante uma missão no ano passado, proporcionando uma perspetiva única deste fenómeno deslumbrante.

 

 

Para quem não conseguir observar o evento devido a condições meteorológicas desfavoráveis, o Virtual Telescope Project disponibiliza uma transmissão ao vivo do espetáculo celeste, permitindo que entusiastas de todo o mundo o apreciem no conforto das suas casas.

 

in ZAP

sábado, setembro 07, 2024

Os humanos e a sua mania de contar o tempo...

Encontrado o calendário mais antigo do mundo. Um cometa está na sua origem

 

Pensa-se que as esculturas de Göbekli Tepe representam o calendário mais antigo do mundo

 

Com 12.000 anos, as gravações feitas num pilar de pedra em Göbekli Tepe, um complexo de templos antigos na Turquia, parecem indicar datas de um calendário solar, que seria o mais antigo do mundo.

A criação do registo foi feita como um memorial a uma colisão devastadora de um cometa, segundo os cientistas responsáveis pelo estudo publicado na Time and Mind.

Os riscos foram feitos em forma de “V”, cada um deles a representar um dia. A interpretação revelou um calendário de 365 dias num dos pilares, com 12 meses lunares e 11 dias de sobra.

O solstício de verão aparecia como um dia especial, separado, representado pelo mesmo formato gravado à volta de uma criatura semelhante a um pássaro.

al pássaro seria uma representação da constelação do solstício de verão da época, e a marca em V no seu pescoço também aparece noutras estátuas próximas, provavelmente para representar deidades antigas.

 


 


 

Cometa na origem do calendário

Os ciclos tanto do Sol como da Lua estão representados no pilar turco, pelo que as gravações podem ser o calendário lunissolar mais antigo do mundo, quebrando o recorde por alguns milhares de anos.

Acredita-se que o registo tenha sido um esforço para assinalar a data de uma chuva de fragmentos de um cometa na Terra há 13.000 anos, em 10.850 a.C., mais especificamente.

Este impacto cósmico pode ter gerado, segundo a ciência, uma pequena Idade do Gelo com 1.200 anos de duração, e eliminado diversas espécies animais. Mudanças no estilo de vida e na adoção da agricultura podem ter sido causadas pelo evento, possivelmente, então, ligado ao nascimento da civilização pouco tempo depois, no que chamamos de Crescente Fértil, no oeste asiático, que compreende o atual estado da Palestina, Israel, Líbano, entre outros.

Outro pilar do sítio arqueológico parece representar a chuva de meteoros das Táuridas, possível origem dos fragmentos, que durou 27 dias e emanou luz a partir das constelações de aquário e peixes.

A descoberta também parece confirmar que os humanos antigos conseguiam registar datas tendo em conta a precessão, ou seja, a mudança no eixo da Terra que afeta o movimento das constelações no céu. Isto anteciparia a compreensão do fenómeno em 10.000 anos antes de Hiparco, anteriormente considerado o seu descobridor, em 150 a.C., na Grécia Antiga.

Os investigadores acreditam que o impacto dos cometas tenha sido importante para o povo de Göbekli Tepe por milénios, talvez até dando origem a um culto ou religião que influenciou o desenvolvimento da civilização.

 

in ZAP