quinta-feira, abril 25, 2024
Ella Fitzgerald nasceu há 107 anos...
Postado por Fernando Martins às 01:07 0 bocas
Marcadores: Bertolt Brecht, Ella Fitzgerald, jazz, Mack the Knife, música, pop tradicional, swing
sábado, fevereiro 10, 2024
Hoje é dia recordar um Poeta...
A emigração dos poetas
Homero não tinha morada
E Dante teve que deixar a sua.
Li-Po e Tu-Fu andaram por guerras civis
Que tragaram 30 milhões de pessoas
Eurípedes foi ameaçado com processos
E Shakespeare, moribundo, foi impedido de falar.
Não apenas a Musa, também a polícia
Visitou François Villon.
Conhecido como “o Amado”
Lucrécio foi para o exílio
Também Heine, e assim também
Brecht, que buscou refúgio
Sob o teto de palha dinamarquês.
Bertolt Brecht
Postado por Pedro Luna às 22:22 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, teatro
segunda-feira, agosto 14, 2023
Poesia adequada à data...
Do rio que tudo arrasta
Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem
Bertolt Brecht
Postado por Pedro Luna às 06:07 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, teatro
Bertolt Brecht morreu há 67 anos
Derruba uma floresta esmaga cem
Homens,
Mas tem um defeito
- Precisa de um motorista
O vosso bombardeiro, general
É poderoso:
Voa mais depressa que a tempestade
E transporta mais carga que um elefante
Mas tem um defeito
- Precisa de um piloto.
O homem, meu general, é muito útil:
Sabe voar, e sabe matar
Mas tem um defeito
- Sabe pensar
Bertolt Brecht
Postado por Fernando Martins às 00:06 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, teatro
sexta-feira, fevereiro 10, 2023
Hoje é dia recordar um Homem...
Do rio que tudo arrasta
Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem
Bertolt Brecht
Postado por Pedro Luna às 12:50 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, teatro
Poema adequado à data...
Derruba uma floresta esmaga cem
Homens,
Mas tem um defeito
- Precisa de um motorista
O vosso bombardeiro, general
É poderoso:
Voa mais depressa que a tempestade
E transporta mais carga que um elefante
Mas tem um defeito
- Precisa de um piloto.
O homem, meu general, é muito útil:
Sabe voar, e sabe matar
Mas tem um defeito
- Sabe pensar
Bertolt Brecht
Postado por Pedro Luna às 00:12 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, teatro
domingo, agosto 14, 2022
Poesia de autor que hoje precisamos de recordar
(imagem daqui)
Do rio que tudo arrasta
Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem
Bertolt Brecht
Postado por Pedro Luna às 11:11 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, RDA, teatro
Bertolt Brecht morreu há 66 anos
Derruba uma floresta esmaga cem
Homens,
Mas tem um defeito
- Precisa de um motorista
O vosso bombardeiro, general
É poderoso:
Voa mais depressa que a tempestade
E transporta mais carga que um elefante
Mas tem um defeito
- Precisa de um piloto.
O homem, meu general, é muito útil:
Sabe voar, e sabe matar
Mas tem um defeito
- Sabe pensar
Bertolt Brecht
Postado por Fernando Martins às 06:06 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, teatro
sexta-feira, abril 01, 2022
Hoje é dia de ouvir poesia declamada...
Perguntas de um Operário Letrado
Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruída,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Só tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou as Índias
Sozinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?
Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?
Tantas histórias
Quantas perguntas
Bertolt Brecht
Postado por Fernando Martins às 15:51 0 bocas
Marcadores: Bertolt Brecht, declamador, Mário Viegas, Perguntas de um Operário Letrado, poesia
quinta-feira, fevereiro 10, 2022
Hoje é dia de Teatro e Poesia...
(imagem daqui)
Canção da Inocência Perdida
1
O que a minha mãe dizia
Não pode ser bem verdade:
Que uma vez emporcalhada
Nunca passa a sujidade.
.......Se isto não vale pra a roupa
.......Também não vale pra mim.
.......Que o rio lhe passe por cima
.......Breve fica branca, assim.
2
Como qualquer pataqueira
Aos onze anos já pecava.
Mas só ao fazer catorze
O meu corpo castigava.
.......A roupa já estava parda,
.......No rio a fui mergulhar.
.......No cesto está virginal
.......C'mo sem ninguém lhe tocar.
3
Sem ter conhecido algum
Já eu tinha escorregado.
Fedia aos Céus, como uma
Babilónia de pecado.
.......A roupa branca no rio
.......Enxaguada à roda, à roda,
.......Sente que as ondas a beijam:
.......«Volta-me a brancura toda».
4
Quando o primeiro me amou
Abracei-o eu também.
Senti no ventre e no peito
Ir-se a maldade pra além.
.......Assim acontece à roupa
.......E a mim acontecerá.
.......A água corre depressa,
.......Sujidade diz: Vem cá!
5
Mas quando os outros vieram
Um ano mau começou.
Chamaram-me nomes feios,
Coisa feia agora sou.
.......Com poupanças e jejuns
.......Nenhuma mulher se acalma.
.......Roupa guardada na arca,
.......Na arca se não faz alva.
6
E veio depois um outro
No ano que se seguiu.
Vi que me fazia outra
Com o tempo que fugiu.
.......Mete-a na água e sacode-a!
.......Há sol, cloreto e vento!
.......Usa-a, dá-a de presente:
.......Fica fresquinha a contento.
7
Bem sei: Muito pode vir
'Té que nada por fim. fica.
Só quando ninguém a usa
A roupa se sacrifica.
.......E uma vez que apodreça
.......Nenhum rio a embranquece.
.......Leva-a consigo em farrapos.
.......Um dia assim te acontece.
in Canções e Baladas - Bertold Brecht
Postado por Fernando Martins às 11:11 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, RDA, teatro
Hoje é dia recordar um Poeta...
Do rio que tudo arrasta
Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem
Bertolt Brecht
Postado por Pedro Luna às 01:24 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, teatro
Bertolt Brecht nasceu há 124 anos
Nunca te Amei Tanto
Nunca te amei tanto, ma soeur,
Como quando de ti parti naquele pôr-de-sol.
O bosque engoliu-me, o bosque azul, ma soeur,
Sobre que já pousavam as estrelas pálidas a oeste.
Não me ri nem um pouco, nada, ma soeur,
Eu que a brincar ia ao encontro dum destino escuro —
Enquanto os rostos já atrás de mim
Devagar empalideciam no anoitecer do bosque azul.
Tudo era belo naquele anoitecer único, ma soeur,
Nunca mais depois e nunca antes assim —
Verdade é: só me ficaram as grandes aves
Que ao anoitecer têm fome no céu escuro.
Bertold Brecht
Postado por Fernando Martins às 00:12 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, teatro
sábado, agosto 14, 2021
Bertolt Brecht morreu há 65 anos...
Nunca te Amei Tanto
Nunca te amei tanto, ma soeur,
Como quando de ti parti naquele pôr-de-sol.
O bosque engoliu-me, o bosque azul, ma soeur,
Sobre que já pousavam as estrelas pálidas a oeste.
Não me ri nem um pouco, nada, ma soeur,
Eu que a brincar ia ao encontro dum destino escuro —
Enquanto os rostos já atrás de mim
Devagar empalideciam no anoitecer do bosque azul.
Tudo era belo naquele anoitecer único, ma soeur,
Nunca mais depois e nunca antes assim —
Verdade é: só me ficaram as grandes aves
Que ao anoitecer têm fome no céu escuro.
Bertold Brecht
Postado por Pedro Luna às 06:50 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, teatro
Poema adequado à data...
Derruba uma floresta esmaga cem
Homens,
Mas tem um defeito
- Precisa de um motorista
O vosso bombardeiro, general
É poderoso:
Voa mais depressa que a tempestade
E transporta mais carga que um elefante
Mas tem um defeito
- Precisa de um piloto.
O homem, meu general, é muito útil:
Sabe voar, e sabe matar
Mas tem um defeito
- Sabe pensar
Bertolt Brecht
Postado por Pedro Luna às 00:06 0 bocas
Marcadores: Bertolt Brecht, poesia
quarta-feira, fevereiro 10, 2021
Hoje é dia de Poesia...
(imagem daqui)
Do rio que tudo arrasta
Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem
Bertolt Brecht
Postado por Pedro Luna às 12:30 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, RDA, teatro
Bertolt Brecht nasceu há 123 anos
O Vosso tanque General, é um carro forte
Derruba uma floresta esmaga cem
Homens,
Mas tem um defeito
- Precisa de um motorista
O vosso bombardeiro, general
É poderoso:
Voa mais depressa que a tempestade
E transporta mais carga que um elefante
Mas tem um defeito
- Precisa de um piloto.
O homem, meu general, é muito útil:
Sabe voar, e sabe matar
Mas tem um defeito
- Sabe pensar
Bertolt Brecht
Postado por Fernando Martins às 01:23 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, teatro
sexta-feira, agosto 14, 2020
Poema adequado à data...
Derruba uma floresta esmaga cem
Homens,
Mas tem um defeito
- Precisa de um motorista
O vosso bombardeiro, general
É poderoso:
Voa mais depressa que a tempestade
E transporta mais carga que um elefante
Mas tem um defeito
- Precisa de um piloto.
O homem, meu general, é muito útil:
Sabe voar, e sabe matar
Mas tem um defeito
- Sabe pensar
Bertolt Brecht
Postado por Pedro Luna às 11:11 0 bocas
Marcadores: Bertolt Brecht, poesia
Bertolt Brecht morreu há 64 anos
Do rio que tudo arrasta
Do rio que tudo arrasta se
diz que é violento
Mas ninguém diz violentas as
margens que o comprimem
Postado por Fernando Martins às 06:40 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, RDA, teatro
segunda-feira, fevereiro 10, 2020
Bertolt Brecht nasceu há 122 anos
Nunca te Amei Tanto
Nunca te amei tanto, ma soeur,
Como quando de ti parti naquele pôr-de-sol.
O bosque engoliu-me, o bosque azul, ma soeur,
Sobre que já pousavam as estrelas pálidas a oeste.
Não me ri nem um pouco, nada, ma soeur,
Eu que a brincar ia ao encontro dum destino escuro —
Enquanto os rostos já atrás de mim
Devagar empalideciam no anoitecer do bosque azul.
Tudo era belo naquele anoitecer único, ma soeur,
Nunca mais depois e nunca antes assim —
Verdade é: só me ficaram as grandes aves
Que ao anoitecer têm fome no céu escuro.
Bertold Brecht
Postado por Fernando Martins às 01:22 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, teatro
terça-feira, fevereiro 10, 2015
Bertolt Brecht nasceu há 117 anos
Canção da Inocência Perdida
1
O que a minha mãe dizia
Não pode ser bem verdade:
Que uma vez emporcalhada
Nunca passa a sujidade.
.......Se isto não vale pra a roupa
.......Também não vale pra mim.
.......Que o rio lhe passe por cima
.......Breve fica branca, assim.
2
Como qualquer pataqueira
Aos onze anos já pecava.
Mas só ao fazer catorze
O meu corpo castigava.
.......A roupa já estava parda,
.......No rio a fui mergulhar.
.......No cesto está virginal
.......C'mo sem ninguém lhe tocar.
3
Sem ter conhecido algum
Já eu tinha escorregado.
Fedia aos Céus, como uma
Babilónia de pecado.
.......A roupa branca no rio
.......Enxaguada à roda, à roda,
.......Sente que as ondas a beijam:
.......«Volta-me a brancura toda».
4
Quando o primeiro me amou
Abracei-o eu também.
Senti no ventre e no peito
Ir-se a maldade pra além.
.......Assim acontece à roupa
.......E a mim acontecerá.
.......A água corre depressa,
.......Sujidade diz: Vem cá!
5
Mas quando os outros vieram
Um ano mau começou.
Chamaram-me nomes feios,
Coisa feia agora sou.
.......Com poupanças e jejuns
.......Nenhuma mulher se acalma.
.......Roupa guardada na arca,
.......Na arca se não faz alva.
6
E veio depois um outro
No ano que se seguiu.
Vi que me fazia outra
Com o tempo que fugiu.
.......Mete-a na água e sacode-a!
.......Há sol, cloreto e vento!
.......Usa-a, dá-a de presente:
.......Fica fresquinha a contento.
7
Bem sei: Muito pode vir
'Té que nada por fim. fica.
Só quando ninguém a usa
A roupa se sacrifica.
.......E uma vez que apodreça
.......Nenhum rio a embranquece.
.......Leva-a consigo em farrapos.
.......Um dia assim te acontece.
in Canções e Baladas - Bertold Brecht
Postado por Fernando Martins às 01:17 0 bocas
Marcadores: Alemanha, Bertolt Brecht, comunistas, poesia, teatro