terça-feira, abril 25, 2023

Música de aniversariante de hoje boa para celebrar a data...

   

Pedra filosofal

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral
pináculo de catedral
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo de Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Columbina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.



in Movimento Perpétuo (1956) - António Gedeão

segunda-feira, abril 24, 2023

O 25 de abril começou há quarenta e nove anos...

Com esta canção era dado o sinal do início das operações militares, às 22.55 horas, música que tinha, pouco tempo antes, representado Portugal no Festival da Eurovisão da Canção de 1974:

 

 

E depois do adeus - Paulo de Carvalho

Quis saber quem sou, o que faço aqui
quem me abandonou, de quem me esqueci
Perguntei por mim, quis saber de nós
Mas o mar não me traz tua voz

Em silêncio, amor, em tristeza enfim
Eu te sinto em flor, eu te sofro em mim
Eu te lembro assim, partir é morrer
Como amar é ganhar e perder

Tu vieste em flor, eu te desfolhei
Tu te deste em amor, eu nada te dei
Em teu corpo, amor, eu adormeci
Morri nele e ao morrer renasci

E depois do amor, e depois de nós
O dizer adeus, o ficarmos sós
Teu lugar a mais, tua ausência em mim
Tua paz que perdi, minha dor que aprendi
De novo vieste em flor, te desfolhei

E depois do amor, e depois do nós
O adeus, o ficarmos sós

Pétain nasceu há 167 anos

  
Marechal Henri Philippe Benoni Omer Joseph Pétain (Cauchy-à-la-Tour, 24 de abril de 1856 - Île d'Yeu, 23 de julho de 1951), mais conhecido como Marechal Pétain, foi um militar francês e líder da França de Vichy instalado na França durante a Segunda Guerra Mundial.
Pétain é considerado um herói pelos seus feitos na Primeira Guerra Mundial, mas foi julgado traidor por seus atos na Segunda Guerra Mundial. Ele foi sentenciado à pena de morte, mas teve a pena comutada para prisão perpétua, que Pétain cumpriu na prisão em Île d'Yeu, uma ilha ao largo da costa do Atlântico. Acabou por morrer na prisão, em Fort-de Pierre de Levée. Foi enterrado num cemitério próximo da prisão.
  

 


A França de Vichy (em francês chamada hoje de Régime de Vichy ou Vichy; na altura autotitulava-se de État Français) foi o Estado francês entre os anos de  1940 e 1944, um governo fantoche de influência nazi, opondo-se às Forças Livres Francesas, sediadas inicialmente em Londres e depois em Argel. Foi estabelecido após o país se ter rendido à Alemanha nazi em 1940, na Segunda Guerra Mundial. Recebeu o seu nome da capital do governo, a cidade de Vichy, a sudeste de Paris, próximo de Clermont-Ferrand.

Barbra Streisand faz hoje 81 anos

   
Barbara Joana Streisand, (Brooklyn, Nova Iorque, 24 de abril de 1942), conhecida como Barbra Streisand, é uma cantora, compositora, atriz, diretora e produtora cinematográfica norte-americana, de origem judaica, vencedora de 2 Óscares, tendo sido nomeada para mais três estatuetas. Ela divide com Cher a distinção de ter sido premiada com o Óscar de Melhor Atriz e também ter gravado um single número um no Hot 100 da Billboard. Ela já ganhou dois Óscares, quinze Grammy, seis Prêmios Emmy, um prémio Tony especial, um American Film Institute, seis People's Choice, onze Golden Globe, três Peabody, um Cable ACE e um Directors Guild of America.
Ela é uma das artistas mais bem-sucedidas do ponto de vista comercial e da crítica na história do entretenimento moderno, com mais de 71,5 milhões de álbuns vendidos nos Estados Unidos e 140 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo. Streisand é uma das poucas estrelas do show business a conquistar prémios em diversas áreas da arte - Óscar (cinema), Grammy (música), Tony (teatro) e Emmy (televisão). Ela foi também a primeira mulher a simultaneamente produzir, dirigir, escrever e atuar em um filme ("Yentl", em 1983).
Ela iniciou a sua carreira em 1965, com a peça da Broadway "I Can get it For you Wholesale". O seu primeiro disco, The Barbra Streisand Album, foi lançado em 1963 e deu-lhe dois Prémios Grammy. Barbra possui uma voz poderosa e imprime uma interpretação dramática às músicas que grava, especialmente nas baladas românticas. Ela fez duetos com artistas como Neil Diamond, Donna Summer, Frank Sinatra, Celine Dion, Bryan Adams, Burt Bacharach e Barry Gibb.
A sua estreia no cinema foi em 1968, com o musical "Funny Girl", e a sua atuação neste rendeu-lhe o Óscar de melhor atriz. Foi indicada também pelo filme "Nosso Amor de Ontem", em 1973. Também ganhou o Óscar de melhor canção original pelo filme "Nasceu uma Estrela" em 1976. Em 1964, casou-se com o ator Elliot Gouldy, de quem teve o seu único filho, Jason, mas o divórcio veio logo depois que conquistou o Óscar de melhor atriz. Depois de vários romances, a atriz e cantora casou em 1998 com o ator e diretor James Brolin.
 
Barbra Streisand no filme Hello, Dolly!
 

 


Saudades da música de Mano Solo...

Sérgio Buarque de Holanda morreu há quarenta e um anos

  
Sérgio Buarque de Holanda
(São Paulo, 11 de julho de 1902 - São Paulo, 24 de abril de 1982) foi um historiador brasileiro. Foi também crítico literário, jornalista e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT).
   

Hoje é dia de ouvir a viola de Canhoto da Paraíba...

Hoje é dia de recordar o Genocídio Arménio - e, genocídios, não perdoamos nem esquecemos...

   
Na noite de 24 de abril de 1915 (o Domingo vermelho) foram aprisionados em Constantinopla mais de seiscentos intelectuais, políticos, escritores, religiosos e profissionais arménios, que foram levados à força para o interior do país e selvaticamente assassinados.
Em 24 de abril de 1915, o domingo vermelho, foi a noite em que os líderes dos arménios da capital otomana e depois outros centros foram presos e enviados para dois centros de detenção perto de Ancara pelo então ministro do Interior, Mehmed Talat, com a sua ordem, em 24 de abril de 1915. Estes arménios foram posteriormente deportados com a aprovação da Lei Tehcir (sobre confisco e deportação) de 29 de maio de 1915. A data de 24 de abril, Dia da Memória do Genocídio, relembra a deportação dos notáveis arménios da capital otomana, em 1915, como a precursora para os eventos que se seguiram.
Na sua ordem de 24 de abril de 1915, Talat alegou que os comités arménios "há muito tempo perseguem autonomia administrativa e este desejo é exibido uma vez mais, em termos inequívocos, com a inclusão dos arménios russos que assumiram uma posição contra nós, com o Comité Daschnak e nas regiões de Zeitun, Bitlis, Sivas e Van, de acordo com as decisões já tomadas no congresso arménio em Erzurum". Em 1914, as autoridades otomanas já tinha começado a propaganda (desinformação) para mostrar os arménios que viviam no Império Otomano como uma ameaça à segurança. Um oficial naval do Ministério da Guerra descreveu o planeamento:
Na noite de 24 de abril de 1915, o governo otomano prendeu cerca de 250 intelectuais arménios e líderes comunitários. Esta data coincidiu com desembarques de tropas aliadas em Galípoli, após as infrutíferas tentativas aliadas de romper o cerco aos Dardanelos para Constantinopla, em fevereiro e março de 1915.
  
(...)

Acredita-se que cerca de 1,5 milhão de arménios foram mortos durante o genocídio. Dentre eles, vários morreram assassinados por tropas turcas, em campos de concentração, queimados, enforcados e até mesmo atirados amarrados ao rio Eufrates, mas a maior parte dos arménios morreu por inanição, ou seja, falta de água e alimento.
Os sobreviventes do genocídio saíram do Império Otomano e instalaram-se em diversos países. Esse fato é chamado de diáspora arménia. É estimado que a diáspora arménia contou com mais de oito milhões de arménios. O número de arménios no Brasil, conforme as estimativas, chega a 25 mil, na sua maioria em São Paulo.
   
Monumento comemorativo em Lárnaca, Chipre, um dos primeiros países a reconhecer o genocídio
 

Abel Botelho morreu há 106 anos

Retrato de Abel Botelho (1889) de António Ramalho
   
Abel Acácio de Almeida Botelho (Tabuaço, 23 de setembro de 1854 - Argentina, 24 de abril de 1917) foi um coronel de Estado-Maior do Exército, escritor, político e diplomata português, representante em Portugal do realismo extremo, conhecido como naturalismo. Escreveu, entre outros, o O Barão de Lavos e O Livro de Alda, os dois primeiros títulos da série Patologia Social.
  
Vida
Abel Botelho nasceu em Tabuaço, pequena vila da Beira Alta, a 23 de setembro de 1854, e faleceu em Buenos Aires, como ministro da República Portuguesa, em 1917. Frequentou o Colégio Militar. Iniciando-se na carreira das armas como simples soldado raso, foi galgando os mais altos postos do Exército, tendo chegado a coronel. Entre outras funções, exerceu a chefia do Estado-Maior da Primeira Divisão Militar (Lisboa). Pertenceu a várias agremiações (Academia das Ciências, Associação dos Jornalistas e Escritores Portugueses, de Lisboa e do Porto, Associação da Imprensa, Sociedade Geográfica de Lisboa, etc.), e foi como um dos delegados dessa última agremiação que esteve em São Paulo, em 1910, por ocasião de um congresso de Geografia. Em 1911 é nomeado ministro da República (embaixador) em Buenos Aires, onde falece em 1917, cargo de grande importância pois a Argentina foi o primeiro país a reconhecer a República Portuguesa após a instauração republicana em 1910.
A sua carreira literária, começou-a em 1885, com um livro de versos chamado Lira Insubmissa.
No ano seguinte, lança Germano, drama em cinco atos, em verso. Proposta à direção do Teatro Nacional, esta peça foi recusada. Originou-se uma polémica, por causa do artigo que Abel Botelho dirigiu aos responsáveis pela sua não aceitação. Daí em diante escreverá outras peças de teatro: Jacunda (comédia em três atos; 1895), Claudina (estudo duma neurótica; comédia em três atos, representada no Teatro do Príncipe Real de Lisboa, na festa artística da atriz Lucinda Simões, a 18 de março de 1890), Vencidos da Vida (peça satírica, representada a 23 de março de 1892 no Teatro do Ginásio; três atos), Parnaso (peça lírica, em verso, em um ato, escrita para a récita de estudantes, em benefício da Caixa de Socorros a Estudantes Pobres, realizada no Teatro de São Carlos, em 3 de maio de 1894), Fruta do Tempo (comédia, escrita para a atriz Lucinda Simões; 1904). Sendo de assunto em geral escabroso, delicado, como pedia o Naturalismo, essas peças causavam agitação, especialmente Imaculável, que terminou em arruaças e apupos, e Vencidos da Vida, que não pôde prosseguir em cena pelo que continha de crítica ao grupo literário com o mesmo nome, e por ser considerada imoral, criando-se uma polémica entre Abel Botelho e os responsáveis pela proibição.
Em 1891, Abel Botelho inicia o estudo da sociedade portuguesa na série "Patologia Social", que deveria ser o exame exigente e científico dos males gerais que infestavam Portugal, sobretudo Lisboa, capital e centro urbano de maior prestígio. O primeiro é O Barão de Lavos (1891), supostamente o primeiro romance em português com um enredo homossexual. Seguiu-se-lhe O Livro de Alda (1898), Amanhã (1901), o primeiro romance em português de sempre com um enredo em torno da classe operária e do anarquismo. Posteriormente escreve Fatal Dilema (1907), Próspero Fortuna (1910). Além desses, deixou mais três romances: Sem Remédio… (1900), Os Lázaros (1904), e Amor Crioulo (incompleto e póstumo; seu título anterior era Idílio Triste; 1919) e o livro de contos Mulheres da Beira (1898; anteriormente publicados no "Diário de Notícias", entre 1895 e 1896, e que serviu de inspiração para o filme homónimo de 1921). Também colabora em diversas publicações periódicas, nomeadamente nas revistas Brasil-Portugal (1899-1914), Serões (1901-1911), Azulejos (1907-1909) e Atlântida (1915-1920).

      

Curiosidades
  • A ele se ficou a dever o projeto gráfico da bandeira da República Portuguesa, em que o verde representa a esperança e o vermelho o sangue derramado pelo povo nas muitas guerras travadas.
  • Fez parte da Maçonaria, tendo sido iniciado no Grande Oriente Lusitano Unido, em 1910, por comunicação, sob o nome simbólico de Spinosa.
 

Vladimir Komarov foi o primeiro cosmonauta a morrer no espaço - faz hoje 56 anos...


Vladimir Mikhailovich Komarov (Moscovo, 16 de março de 1927 - Oblast de Oremburgo, 24 de abril de 1967) foi um cosmonauta soviético, o primeiro soviético a ir ao espaço duas vezes e o primeiro homem a morrer numa missão espacial, a bordo da nave Soyuz 1, em abril de 1967.

   

(...)
     
Em 1967 ele realizou o seu segundo voo espacial, desta vez sozinho na nova nave Soyuz 1, um voo repleto de problemas em órbita e que terminou em tragédia, na reentrada na atmosfera, quando o pára-quedas principal de freio da cápsula não abriu e ela se espatifou e explodiu no solo, matando Komarov.
Pouco antes do impacto, o primeiro-ministro soviético Alexei Kossygin disse a Komarov que o seu país estava orgulhoso dele. Um posto de escuta da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, em Istambul, Turquia, revelou que a resposta de Komarov foi inaudível, apesar dos persistentes rumores, na época, de que ele morreu maldizendo os construtores da nave e o controle de terra.
Desde a sua morte, começaram a aparecer notícias de que a nave Soyuz tinha problemas de conceção e funcionamento desde o início e não estaria em condições de realizar uma missão espacial tripulada, mas, apesar das objeções dos engenheiros do programa espacial, o voo teria acontecido por pressões de líderes políticos soviéticos, que desejavam uma grande missão espacial de comemoração do aniversário de nascimento de Lenine.
  

 

Kelly Clarkson - 41 anos

  
Kelly Brianne Blackstock (Fort Worth, 24 de abril de 1982), mais conhecida pelo seu nome de solteira, Kelly Clarkson, é uma cantora e compositora, ocasionalmente atriz, norte-americana. Atingiu a fama em 2002, após vencer a primeira temporada do reality show American Idol.
    

 


O Telescópio Espacial Hubble foi para o espaço há trinta e três anos...!

  

O Telescópio Espacial Hubble (em inglês Hubble Space Telescope - HST) é um satélite astronómico artificial não tripulado que transporta um grande telescópio para a luz visível e infravermelha. Foi lançado pela agência espacial dos Estados Unidos - a NASA - a 24 de abril de 1990, a bordo do vaivém espacial Discovery (missão STS-31). Este telescópio já recebeu várias visitas espaciais da NASA para a manutenção e para a substituição de equipamentos obsoletos ou inoperantes.
O telescópio é a primeira missão da NASA pertencente aos Grandes Observatórios Espaciais (Great Observatories Program), consistindo numa família de quatro observatórios orbitais, cada um observando o Universo em um comprimento diferente de onda, como a luz visível, raios gama, raios-X e o infravermelho. Pela primeira vez se tornou possível ver mais longe do que as estrelas da nossa própria galáxia e estudar estruturas do Universo até então desconhecidas ou pouco observadas. O Hubble, de uma forma geral, deu à civilização humana uma nova visão do universo e proporcionou um salto equivalente ao dado pela luneta de Galileu Galilei no século XVII.
Desde a conceção original, em 1946, a iniciativa de construir um telescópio espacial sofreu inúmeros atrasos e problemas orçamentais. Logo após o lançamento para o espaço, o Hubble apresentou uma aberração esférica no espelho principal, o que parecia comprometer todas as potencialidades do telescópio. Porém, a situação foi corrigida numa missão especialmente concebida para a reparação do equipamento, em 1993, voltando o telescópio à operacionalidade, tornando-se numa ferramenta vital para a astronomia. Imaginado nos anos 40, projetado e construído nos anos 70 e 80 e em funcionamento desde 1990, o Telescópio Espacial Hubble foi batizado em homenagem de Edwin Powell Hubble, que revolucionou a Astronomia ao constatar que o Universo estava em expansão.

 

A nebulosa planetária M2-9, apenas uma entre as milhares de estruturas cósmicas fascinantes reveladas pelo Hubble

 

O Canhoto da Paraíba morreu há quinze anos...

(imagem daqui)
  
Francisco Soares de Araújo (Princesa Isabel, 9 de março de 1926 - Paulista, 24 de abril de 2008) foi um guitarrista e músico brasileiro. Era mais conhecido como Canhoto da Paraíba (e também por Chico Soares).
  
Canhoto compôs choros com um "agradável sabor nordestino". Conta a lenda que ao ver Canhoto tocar pela primeira vez, Radamés Gnattali ficou tão impressionado que teria gritado um palavrão e jogado o seu copo de cerveja para o teto e que o dono da casa, ninguém menos que Jacob do Bandolim, nunca teria apagado a mancha do teto para lembrar o momento (tudo indica que é apenas lenda). Pela extinta gravadora Rozenblit, gravou o disco "Único amor", que, recentemente, foi relançado em CD.  Na ocasião, para acompanhá-lo, escolheu Henrique Annes, guitarrista de formação erudita que, mais tarde, viria a se tornar um dos maiores guitarrista brasileiros. Já o produtor musical do disco foi Nelson Ferreira, grande maestro e arranjador de frevos. Outros discos de Canhoto da Paraíba foram: "Com Mais de Mil" (1997), produzido por Paulinho da Viola e "Pisando em brasa" (1993), que contou com as participações de Paulinho e do guitarrista Rafael Rabello. Juntamente com Paulinho da Viola, que produziu o seu disco "O Violão Brasileiro Tocado pelo Avesso" percorreu o Brasil no Projeto Pixinguinha, divulgando o choro.
Foi agraciado com o título de Património Vivo de Pernambuco.
Em 1998 sofreu um AVC que o deixou com o lado esquerdo do corpo paralisado, ficando assim impossibilitado de prosseguir com a sua carreira e, em 2008, após enfarte do miocárdio, morreu aos 82 anos.
  

 


Um estúpido desabamento de um prédio no Bangladesh matou mais de mil pessoas há dez anos...

    

The 2013 Rana Plaza factory collapse (also referred to as the Savar building collapse or the Collapse of Rana Plaza) was a structural failure that occurred on 24 April 2013 in the Savar Upazila of Dhaka District, Bangladesh, where an eight-story commercial building called Rana Plaza collapsed. The search for the dead ended on 13 May 2013 with a death toll of 1,134. Approximately 2,500 injured people were rescued from the building. It is considered the deadliest accidental structural failure in modern human history, the deadliest garment-factory disaster in history and the deadliest industrial accident in the history of Bangladesh.

The building contained clothing factories, a bank, apartments and several shops. The shops and the bank on the lower floors were immediately closed after cracks were discovered in the building. The building's owners ignored warnings to avoid using the building after cracks had appeared the day before. Garment workers were ordered to return the following day and the building collapsed during the morning rush-hour.
  
Collapse and rescue

On the morning of 24 April, there was a power outage and diesel generators on the top floor were started. The building collapsed at about 08:57 am BST, leaving only the ground floor intact. The Bangladesh Garment Manufacturers and Exporters Association president confirmed that 3,122 workers were in the building at the time of the collapse. One local resident described the scene as if "an earthquake had struck."

The United Nations' urban search and rescue coordination group – known as the International Search and Rescue Advisory Group, or INSARAG – offered assistance from its members, but the government of Bangladesh rejected this offer. The government made a statement suggesting that the area's local rescue emergency services were well equipped.[29] Before offering assistance to Bangladesh, the UN held consultations to assess the country's ability to mount an effective rescue operation and they reached the conclusion that they lacked that capability. Bangladeshi officials, desiring to take "face-saving" actions and protect national sensibilities, refused to accept the assistance offered to them by the UN. A large portion of the rescue operation consisted of inadequately equipped volunteers, many of whom had no protective clothing and wore sandals. Some buried workers drank their urine to survive the high temperatures, waiting to be saved. Not only was the Bangladeshi government accused of favoring national pride over those buried alive, but many relatives of those trapped in the debris criticized the government for trying to end the rescue mission prematurely.

One of the garment manufacturers' websites indicates that more than half of the victims were women, along with a number of their children who were in nursery facilities within the building. Bangladeshi Home Minister Muhiuddin Khan Alamgir confirmed that fire service personnel, police and military personnel were assisting with the rescue effort. Volunteer rescue workers used bolts of fabric to assist survivors to escape from the building. A national day of mourning was held on 25 April.

On 8 May, army spokesman Mir Rabbi said the army's attempt to recover more bodies from the rubble would continue for at least another week. On 10 May, 17 days after the collapse, a woman named Reshma was found and rescued alive and almost unhurt under the rubble.     
 

Mano Solo nasceu ha sessenta anos...


Mano Solo
, nome artístico de Emmanuel Cabut (Châlons-sur-Marne, 24 de abril de 1963 - Paris, 10 de janeiro de 2010), foi um cantor francês.
Ele era o filho do caricaturista Cabu (morto no massacre do Charlie Hebdo, em 7 de janeiro de 2015). Morreu aos 46 anos, vítima de múltiplos aneurismas cerebrais, sofridos em novembro de 2009, agravados pela SIDA.
      

 


Genocídios...? Nunca mais...!

Arménios escoltados por soldados otomanos, marchando da cidade de Harput (atual Elazığ) para um campo de prisioneiros, em abril de 1915
       
Genocídio arménio, holocausto arménio ou ainda o massacre dos arménios e, tradicionalmente, como Medz Yeghern (em arménio: Մեծ Եղեռն; "Grande Crime") foi o extermínio sistemático pelo governo otomano de seus súbditos arménios, minoritários dentro da sua pátria histórica, que se encontra no território que constitui a atual República da Turquia. O número total de pessoas mortas como resultado do genocídio é estimado entre 800 mil e 1,8 milhão. O dia 24 de abril de 1915 é convencionalmente considerado a data de início dos massacres, quando as autoridades otomanas caçaram, prenderam e executaram cerca de 250 intelectuais e líderes comunitários arménios em Constantinopla.

O genocídio foi realizado durante e após a Primeira Guerra Mundial e executado em duas fases: a matança da população masculina sã, através de massacres e sujeição de recrutas do exército para o trabalho forçado, seguida pela deportação de mulheres, crianças, idosos e enfermos em marchas da morte que levavam ao deserto sírio. Impulsionada por escoltas militares, os deportados foram privados de comida e água e submetidos a roubos, violações e massacres periódicos. Outros grupos étnicos nativos e cristãos, como os assírios e gregos otomanos, também foram igualmente perseguidos pelo governo otomano e o seu tratamento é considerado por muitos historiadores como parte da mesma política genocida. A maioria das comunidades arménias que surgem após a diáspora deste povo por todo o mundo são um resultado direto do genocídio.

Raphael Lemkin foi expressamente movido pela aniquilação dos arménios ao cunhar a palavra genocídio em 1943 e definir extermínios sistemáticos e premeditados dentro dos parâmetros legais. O genocídio arménio é reconhecido como tendo sido um dos primeiros genocídios modernos, os estudiosos apontam para a forma organizada em que os assassinatos foram realizados a fim de eliminar o povo arménio, e é o segundo caso mais estudado de genocídio após o Holocausto, promovido pela Alemanha nazi durante a Segunda Guerra Mundial. Atualmente este conceito é contestado por autores da segunda metade do século XX, pois o Império nunca teve uma conceção étnica ou colonial de Estado antes do genocídio, diferente do colonialismo europeu.

A Turquia, estado sucessor do Império Otomano, nega o termo "genocídio" como uma definição exata para os assassinatos em massa de arménios, que começaram sob o domínio otomano em 1915. Nos últimos anos, o governo turco tem enfrentado seguidas reivindicações para reconhecer o episódio como um genocídio. Até o momento, 29 países reconheceram oficialmente os assassinatos em massa como um genocídio, uma visão que é compartilhada pela maioria dos estudiosos e historiadores deste período histórico.

    
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Mapa dos locais de massacres e campos de extermínio e deportação no território otomano
   
Negação e revisionismo
A Turquia atualmente não reconhece o genocídio arménio. Ela diz que os arménios passaram por uma terrível mortalidade e que na verdade agiu para defender a soberania nacional. A Turquia também alega que o número de mortes é exagerado. Ela diz que estudos demográficos dizem que antes da Primeira Guerra Mundial, viviam menos de 1,5 milhão de arménios em todo o Império Otomano. Conforme os historiadores, mais de 1,5 milhão de arménios foram mortos na Arménia Oriental. Por isso a Turquia acredita ser exagerado o número de arménios mortos. O governo turco foi acusado de usar fakes de Internet para importunar parlamentares alemães que se pronunciaram contra o genocídio em 2016.
    

domingo, abril 23, 2023

Max Planck nasceu há 165 anos

      
Max Karl Ernst Ludwig Planck (Kiel, 23 de abril de 1858 - Göttingen, 4 de outubro de 1947) foi um físico alemão. É considerado o pai da física quântica e um dos físicos mais importantes do século XX. Planck foi laureado com o Nobel de Física de 1918, pelas suas contribuições na área da física quântica.
   
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Como consequência do nascimento da física quântica, foi laureado em 1918 com o Nobel de Física. De 1930 a 1937, Planck foi presidente da Kaiser-Wilhelm-Gesellschaft zur Förderung der Wissenschaften (KWG, Sociedade para o Avanço das Ciências do Imperador Guilherme).
Avesso aos ideais nazis, Planck tentou convencer Hitler a dar liberdade aos cientistas judeus. Planck argumentou que haveria diversos tipos de judeus, alguns valiosos e outros inúteis para a Alemanha. O Führer então respondeu-lhe: "Se a ciência não pode passar sem judeus, teremos de nos haver sem a ciência!"
Este facto desagradou a Hitler. Mais tarde o seu filho Erwin foi executado, a 20 de julho de 1944, acusado de traição relacionada com um atentado para matar Hitler.
Foi senador da Sociedade Kaiser Wilhelm, de 1916 a 1947, e participou da 1ª e da 5ª Conferência de Solvay.
    
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A morte trágica do seu filho Erwin abalou-o psicologicamente. Este facto fez com que Planck perdesse a vontade de viver. Assim, após o final da Segunda Guerra Mundial, ele e a sua segunda esposa mudariam para Göttingen, onde, em 4 de outubro de 1947, aos 89 anos, Planck morreria em consequência de uma queda e de diversos derrames e que, segundo James Franck, via "como uma redenção."
Logo após a sua morte, a Sociedade KWG foi renomeada como Max-Planck-Gesellschaft zur Förderung der Wissenschaften (MPG, Sociedade Max Planck para o Progresso das Ciências). O seu corpo encontra-se sepultado no Stadtfriedhof de Göttingen, na Alemanha.
  

Ruggero Leoncavallo nasceu há 166 anos

   

Ruggero (Ruggiero) Leoncavallo (Nápoles, 23 de abril de 1857Montecatini Terme, 9 de agosto de 1919) foi um compositor de óperas italiano.
A sua ópera "I Pagliacci", com os personagens Canio, Tonio, Peppe e Silvio, continua uma das mais populares obras do repertório de ópera.
Filho de um magistrado, Leoncavallo nasceu em Nápoles em 23 de abril de 1857 e estudou no Conservatório San Pietro a Majella. Depois de alguns anos de estudo, e ineficazes tentativas de obter a produção de mais de uma ópera, ele viu o enorme sucesso de Mascagni em Cavalleria rusticana em 1890, e não desperdiçou tempo na elaboração do seu próprio verismo, Pagliacci (segundo Leoncavallo, o enredo deste trabalho teve origem na vida real: um julgamento sobre assassinato a que seu pai tinha presidido).
Pagliacci foi apresentada em Milão em 1892 com sucesso imediato e hoje é o único trabalho de Leoncavallo no reportório padrão de ópera. A sua mais famosa ária Vesti la giubba, "Veste a manta de retalhos") foi gravada por Enrico Caruso e foi o primeiro registo do mundo a vender um milhão de cópias.
I Medici e Chatterton (1896) foram também produzidas em Milão. Grande parte de Chatterton foi gravado pela Gramophone Company (mais tarde HMV). Foi em La bohème, realizada em 1897 em Veneza que o seu talento obteve confirmação pública (as suas duas árias para tenor são realizadas ocasionalmente, especialmente em Itália). Posteriormente compôs as óperas Zaza (1900) (a ópera de Geraldine Farrar, famosa pelo seu desempenho de despedida no Met) e Der Roland Von Berlin (1904). Obteve um breve sucesso em Zingari que estreou em Itália, e Londres, em 1912. (Zingari esteve longo tempo, no Hipódromo Teatro). Zingari chegou aos Estados Unidos, mas logo depois desapareceu do repertório.
Após uma série de operetas, Leoncavallo, num último esforço, criou Edipo Re, mas morreu antes de terminar a orquestração, que foi acabada por Giovanni Pennacchio. Desde a década de 70 esta ópera tem tido um número surpreendentemente elevado de representações (incluindo Roma em 1972, Viena em 1977 e Amsterdão em 1998), bem como uma produção totalmente encenada no Teatro Regio di Torino, em 2002.
A famosa Mattinata foi por ele escrita para a Gramofone Company com Caruso em mente. Escreveu o libreto para a maioria das suas próprias óperas e é considerado o maior libretista italiano do seu tempo, após Arrigo Boito. Importante foi ainda a sua contribuição para o libreto de Manon Lescaut de Giacomo Puccini.
Ruggero Leoncavallo morreu em Montecatini, Toscânia, em 9 de agosto de 1919. 
   

 


Boris Iéltsin morreu há dezasseis anos

   
Boris Nicoláievitch Iéltsin (Sverdlovsk, 1 de fevereiro de 1931 - Moscovo, 23 de abril de 2007) foi o primeiro presidente da Rússia após o colapso económico da União Soviética. Iéltsin foi também o primeiro líder de uma Rússia independente após o czar Nicolau II. Os seus anos como senador e líder da oposição no Soviete Supremo são lembrados com glória, mas o seu governo, lembrado com frustração por conta das grandes expectativas, ficou marcado na história por reformas políticas e económicas fracassadas e pelo caos social.
Iéltsin foi responsável pela transformação da economia socialista da Rússia numa economia de mercado, implementando a chamada "terapia de choque", com programas de privatizações e liberalização económica. Graças aos meios como foi conduzido este processo, uma grande parcela da riqueza nacional caiu nas mãos de um restrito grupo de milionários, que ficariam conhecidos como "oligarcas russos". A era Iéltsin foi marcada pela corrupção excessiva e generalizada, inflação, colapso económico e enormes problemas políticos e sociais que afetaram a Rússia e também as demais  antigas repúblicas da União Soviética. Alexander Rutskoi, opositor de Iéltsin, denunciou as reformas do adversário, considerando-as um "genocídio económico".
Iéltsin é lembrado, principalmente, pelas suas várias reformas políticas, sociais e económicas da Rússia, as diversas situações constrangedoras, decorrentes do seu alcoolismo, e o seu papel como líder da oposição, tendo sido ele um dos mais notáveis políticos favoráveis à independência da Rússia, uma república então controlada pela União Soviética.
    
(...)
   
Em 31 de dezembro de 1999, num anúncio surpresa, divulgado ao meio-dia pelo horário de Moscovo, Iéltsin renunciava ao cargo de presidente da Rússia. Vladimir Putin assumiu a presidência, consoante à Constituição. As eleições aconteceriam no ano seguinte, em 26 de março

   

Shirley Temple nasceu há 95 anos...

    
Shirley Temple Black (Santa Mónica, 23 de abril de 1928 - Woodside, 10 de fevereiro de 2014) foi uma atriz, dançarina, cantora e diplomata norte-americana. De 1935 a 1938, Temple foi a atriz juvenil que proporcionou a Hollywood os maiores lucros obtidos em bilheteira. Já adulta, foi nomeada embaixadora dos Estados Unidos no Gana e na Checoslováquia, e também atuou como Chefe de Protocolo dos Estados Unidos.
    
   
Temple começou a sua carreira no cinema aos três anos de idade, em 1932. Dois anos depois, alcançou fama internacional com Bright Eyes, um filme projetado especificamente para os seus talentos. Em fevereiro de 1935 recebeu um Óscar Juvenil especial, pela sua contribuição excecional como artista juvenil em filmes durante o ano de 1934. Sucessos como Curly Top (1935) e Heidi (1937) vieram, ano após ano, de meados até o fim da década de 30. Temple capitalizou com mercadorias licenciadas que apresentavam a sua imagem; os produtos incluíam bonecas, pratos e roupas. A sua popularidade nas bilheteiras foi diminuindo conforme chegava à adolescência. Ela apareceu nalguns filmes, de qualidade variável, de meados ao fim de sua adolescência, e retirou-se do cinema em 1950, aos 22 anos de idade.

Em 1958, Temple retornou ao show business com uma série televisiva de adaptações de contos de fadas, a qual durou duas temporadas. No início dos anos 60, ela fez participações especiais em programas de televisão, e chegou a filmar o episódio piloto de uma sitcom, mas a mesma nunca foi lançada. Posteriormente, fez parte do conselho de grandes empresas e organizações, incluindo a The Walt Disney Company, a Del Monte Foods e a National Wildlife Federation.

Em 1969, ela começou a sua carreira diplomática, quando foi nomeada para representar os Estados Unidos em uma sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde trabalhou na missão norte-americana, sob comando do embaixador Charles W. Yost. Em 1988 publicou a sua autobiografia, Child Star.

Temple recebeu inúmeros prémios e honrarias, incluindo o Prémio Kennedy e o Prémio Screen Actors Guild Life Achievement, além de ter sido eleita a 18ª melhor atriz na lista das maiores lendas do cinema americano, feita pelo American Film Institute

  

Foto nos anos noventa