terça-feira, fevereiro 08, 2022
Maria I, Rainha da Escócia, foi executada há 435 anos...
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A batalha de Port Arthur começou há 118 anos
Antecedentes
A Guerra Russo-Japonesa começou com um ataque preventivo pela Marinha Imperial Japonesa contra a frota do Pacífico russa baseada em Port Arthur e em Chemulpo. O plano inicial do Almirante Togo era atacar Port Arthur com a 1ª Divisão da Frota Combinada, que consistia de seis pré-encouraçados, liderados pela capitânia Mikasa e a 2ª Divisão, que consistia de cruzadores blidados. Esses navios estavam acompanhados por 15 contratorpedeiros e 20 navios menores. Na reserva, estavam os cruzadores. Com essa força grande, bem treinada e bem armada, e com o fator surpresa ao seu lado, o Almirante Togo esperava causar um grande dano para a frota russa logo após o rompimento das relações diplomáticas entre os governos japonês e russo.
Do lado russo, o Almirante Stark tinha os pré-encouraçados, auxiliados pelos cruzadores leves ou cruzadores protegidos, todos baseados sob a proteção da base naval fortificada de Port Arthur. No entanto, as defesas de Port Arthur não eram tão fortes quanto se esperava, com poucas baterias de artilharia de costa operacionais, fundos para melhorar as defesas foram desviados para as proximidades de Dalian, e a maioria dos oficias estavam celebrando numa festa organizada pelo Almirante Stark na noite de 9 de fevereiro de 1904.
Como o Almirante Togo recebeu informações falsas de espiões locais de Port Arthur de que as guarnições dos fortes que protegiam o porto estavam em alerta máximo, ele não estava disposto a arriscar os seus preciosos navios frente à artilharia russa e, por isso, reteve a sua frota principal da batalha. Ao invés disso, as forças de destroyers foi dividida em dois esquadrões de ataque, um para atacar Port Arthur e outro para atacar a base russa em Dalian.
O ataque noturno de 8-9 de fevereiro de 1904
Por volta das 22.30 horas de 8 de fevereiro de 1904, o esquadrão de ataque a Port Arthur de dez navios encontrou uma frota russa de patrulhamento. Os russos receberam ordem para não iniciar combate, e reportaram o contacto para o quartel-general. No entanto, como resultado do encontro, dois destroyers japoneses colidiram e recuaram, com os restantes a dispersar. Por volta de 00.28 horas de 9 fevereiro de 1904, os primeiros quatro destroyers japoneses aproximaram-se de Port Arthur sem serem observados e lançaram um ataque de torpedo contra um cruzador russo (que foi atingido, começou a arder e afundou) e o Retvizan (que teve o seu casco furado). Os outros navios japoneses tiveram menos sucesso, muitos dos torpedos caíram nas redes de torpedos, que efetivamente preveniram que a maioria dos torpedos atingissem os pontos vitais dos navios russos. Outros destroyers chegaram muito tarde para beneficiar do fator surpresa, fazendo os seus ataques individualmente, ao invés de fazer em grupo. No entanto, eles foram capazes de danificar o mais poderoso navio da frota russa, o Tsesarevich. O destroyer japonês Oboro fez o último ataque, por volta das 02.00 horas da madrugada, quando os russos estavam completamente acordados, e os seus holofotes e artilharia fizeram qualquer ataque de torpedo impossível.
Apesar das condições ideais de um ataque surpresa, os resultados foram relativamente fracos. Dos dezasseis torpedos atirados, todos, exceto três, perderam-se ou não explodiram. Mas a sorte também estava contra os russos pois dois dos três torpedos atingiram os seus melhores navios, o Retvizan e o Tsesarevich foram colocados fora de ação durante semanas, assim como o cruzeiro protegido Pallada.
Combate de superfície de 9 de fevereiro de 1904
Após o ataque noturno, o Almirante Togo enviou o seu subordinado, o Vice-Almirante Shigeto Dewa, com quatro cruzadores em uma missão de reconhecimento às 08.00 horas da manhã para observar a ancoragem de Port Arthur e para avaliar os danos. Às 09.00 horas, o Almirante Dewa estava perto o suficiente para ver a frota russa, através da névoa da manhã. Ele observou 12 navios de guerra e cruzadores, três ou quatro danificados. Os navios menores fora da entrada do porto pareciam estar em desordem. Dewa aproximou-se até cerca de 7 km do porto, mas, como ninguém se apercebeu da presença dos navios japoneses, ele convenceu-se que o ataque noturno paralisou com sucesso a frota russa, e enviou o relatório para o Almirante Togo.
Não sabendo que a frota russa estava pronto para a batalha, Dewa avisou o Almirante Togo que o momento era de extrema vantagem para a frota principal para um ataque rápido. Embora Togo preferisse atrair a frota russa para longe da proteção das baterias em terra, as conclusões otimistas de Dewa fizeram-no acreditar que o risco era justificado. O Almirante Togo ordenou que a Primeira Divisão atacasse o porto, com a Terceira Divisão em reserva na retaguarda.
Ao aproximarem-se de Port Arthur, os japoneses vieram ao encontro do cruzador russo Boyarin, que estava em patrulha. O Boyarin atacou o Mikasa de uma grande distância, depois virou e fugiu. Por volta de meio-dia, numa faixa de 5 milhas, o combate começou entre as frotas japonesas e russas. Os japoneses concentraram o fogo de seus canhões 12" nas baterias terrestres, enquanto usavam os seus 8" e 6" contra os navios russos. A mira era má dos dois lados, mas os japoneses danificaram severamente o Novik, Petropavlovsk, Poltava, Diana e Askold. Entretanto, logo se tornou evidente que o Almirante Dewa cometeu um erro crítico, os russos recuperaram do ataque inicial e os seus navios de batalha moveram-se. Nos primeiros cinco minutos da batalha, o Mikasa foi atingido por um escudo ricocheteador, que se queimou sobre ele, ferindo o engenheiro chefe, o tenente e cinco outros oficiais e homens.
Às 12.00 horas, o Almirante Togo decidiu dar meia volta e escapar da armadilha. Era uma manobra de alto risco, que expôs a frota às baterias terrestres russas. Apesar da artilharia pesada, os navios de guerra japoneses completaram a manobra e rapidamente retiraram-se. O Shikishima, Mikasa, Fuji e Hatsuse foram danificados, recebendo 7 tiros. Alguns tiros também foram feitos nos cruzadores do Almirante Hikonojo Kamimura, quando eles atingiam o ponto de viragem. Os russos, por sua vez, receberam cerca de 5 tiros, distribuídos entre os navios Petropavlavsk, Pobeda, Poltava, e Sevastopol. Ao mesmo tempo, o cruzador Novik chegou a 3 mil metros de distância dos cruzadores japoneses e lançou uma salva de torpedos. Todos se perderam, embora o Novik tenha recebido um tiro grave no casco, abaixo do nível da água.
Era óbvio que o Almirante Dewa não tinha conseguido realizar a sua missão de reconhecimento perto o suficiente, e uma vez que a má situação terrestre russa era aparente, a objeção do Almirante Togo para atacar o inimigo sob o fogo das baterias terrestres era justificado.
A declaração de guerra entre Japão e Rússia foi emitida a 10 de fevereiro de 1904, um dia depois da batalha. O ataque, realizado contra um inimigo despretensioso e não preparado em tempos de paz, foi muito comparado com a Batalha de Pearl Harbor
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O Nascimento de uma Nação, famoso e controverso filme, foi lançado há 107 anos
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Os Beatles invadiram a América há 58 anos...!
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O poeta brasileiro Augusto Frederico Schmidt morreu há 57 anos
Quero morrer de noite —
.............As janelas abertas,
Os olhos a fitar a noite infinda
Quero morrer de noite.
.............Irei me separando aos poucos,
.............Me desligando devagar.
A luz das velas envolverá meu rosto lívido.
Quero morrer de noite.
.............As janelas abertas.
Tuas mãos chegarão aos meus lábios
.............Um pouco de água
E os meus olhos beberão a luz triste dos teus olhos.
Os que virão, os que ainda não conheço.
.............Estarão em silêncio,
.............Os olhos postos em mim.
Quero morrer de noite.
.............As janelas abertas,
Os olhos a fitar a noite infinda.
Aos poucos me verei pequenino de novo, muito pequenino.
O berço se embalará na sombra de uma sala
E na noite, medrosa, uma velha coserá um enorme boneco.
Uma luz vermelha iluminará um grande dormitório
E passos ressoarão quebrando o silêncio.
Depois na tarde fria um chapéu rolará numa estrada...
Quero morrer de noite -
.............As janelas abertas.
Minha alma sairá para longe de tudo, para bem longe de tudo.
E quando todos souberem que já não estou mais
E que nunca mais volverei
Haverá um segundo, nos que estão
E nos que virão, de compreensão absoluta.
in O Galo Branco (1948) - Augusto Frederico Schmidt
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O famoso meteorito de Allende caiu no México há 52 anos
Allende contains chondrules and CAls that are estimated to be 4.567 billion years old, the oldest known matter (other carbonaceous chondrites also contain these). This material is 30 million years older than the Earth and 287 million years older than the oldest rock known on Earth, Thus, the Allende meteorite has revealed information about conditions prevailing during the early formation of our solar system. Carbonaceous chondrites, including Allende, are the most primitive meteorites, and contain the most primitive known matter. They have undergone the least mixing and remelting since the early stages of solar system formation. Because of this, their age is frequently taken as the "age of the solar system."
When an Allende stone is sawed into two pieces and the surface is polished, the structure in the interior can be examined. This reveals a dark matrix embedded throughout with mm-sized, lighter-colored chondrules, tiny stony spherules found only in meteorites and not in earth rock (thus it is a chondritic meteorite). Also seen are white inclusions, up to several cm in size, ranging in shape from spherical to highly irregular or "amoeboidal." These are known as calcium-aluminum-rich inclusions or "CAls", so named because they are dominantly composed of calcium- and aluminum-rich silicate and oxide minerals. Like many chondrites, Allende is a breccia, and contains many dark-colored clasts or "dark inclusions" which have a chondritic structure that is distinct from the rest of the meteorite. Unlike many other chondrites, Allende is almost completely lacking in Fe-Ni metal.
Composition
There was found to be a small amount of carbon (including graphite and diamond), and many organic compounds, including amino acids, some not known on Earth. Iron, mostly combined, makes up about 24% of the meteorite.
Subsequent reserch
Close examination of the chondrules in 1971, by a team from Case Western Reserve University, revealed tiny black markings, up to 10 trillion per square centimeter, which were absent from the matrix and interpreted as evidence of radiation damage. Similar structures have turned up in lunar basalts but not in their terrestrial equivalent which would have been screened from cosmic radiation by the Earth's atmosphere and geomagnetic field. Thus it appears that the irradiation of the chondrules happened after they had solidified but before the cold accretion of matter that took place during the early stages of formation of the solar system, when the parent meteorite came together.
The discovery at California Institute of Technology in 1977 of new forms of the elements calcium, barium and neodymium in the meteorite was believed to show that those elements came from some source outside the early clouds of gas and dust that formed the solar system. This supports the theory that shockwaves from a supernova - the explosion of an aging star - may have triggered the formation of, or contributed to the formation of our solar system. As further evidence, the Caltech group said the meteorite contained Aluminum 26, a rare form of aluminum. This acts as a "clock" on the meteorite, dating the explosion of the supernova to within less than 2 million years before the solar system was formed. Subsequent studies have found isotopic ratios of krypton, xenon, nitrogen and other elements that are also unknown in our solar system. The conclusion, from many studies with similar findings, is that there were a lot of substances in the presolar disc that were introduced as fine "dust" from nearby stars, including novas, supernovas, and red giants. These specks persist to this day in meteorites like Allende, and are known as presolar grains.
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Guy-Manuel de Homem-Christo, músico francês de acendência portuguesa, faz hoje 48 anos
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Phoenix, o baixo dos Linkin Park, faz hoje 45 anos
Jeremy Davis, baixo dos Paramore, faz hoje 37 anos
Jeremy Clayton Davis, (North Little Rock, Arkansas, 8 de fevereiro de 1985) é um baixista norte-americano, famoso por tocar na banda de rock alternativo Paramore.
Del Shannon morreu há trinta e dois anos...
Del Shannon (Grand Rapids, Michigan, 30 de dezembro de 1934 - Santa Clarita, Califórnia, 8 de fevereiro de 1990) foi um famoso cantor e compositor norte-americano. O seu nome completo de batismo era Charles Weedon Westover.
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O Czar Pedro I da Rússia morreu há 297 anos
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Pena Branca morreu há doze anos...
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Uma câmara de gás foi usada pela primeira vez numa execução há 98 anos...
Uma câmara de gás é um dispositivo para matar seres humanos ou animais com gás que consiste em uma câmara fechada na qual um veneno ou gás asfixiante é introduzido. Os agentes tóxicos mais vulgarmente utilizados são cianeto de hidrogénio, dióxido de carbono, mas o monóxido de carbono também têm sido utilizado. As câmaras de gás foram usadas como um método de execução de prisioneiros condenados nos Estados Unidos no início dos anos 20. Durante o Holocausto, foram projetadas câmaras de gás de grande escala para assassinato em massa cometidos pela Alemanha nazi como parte do seu programa de genocídio.
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segunda-feira, fevereiro 07, 2022
Poesia para recordar um Poeta - II
Sebastião da Gama
I
Aqui, junto a estas árvores
cresceste como a sua melhor sombra,
a mais alta, solícita.
Aqui, na ribeira te olhaste
e ela em ti se banhava
uma, duas vezes,
quando chegavas e partias.
Aqui, a tua serra, marinheiro
deitado ao longo da praia, esperava-te
ao sábado e depois descansava.
II
Terra marítima, teu corpo.
A alegria enferma, abelha-mestra
fora da colmeia, regedora
da doçura, alheia, sua.
Os olhos verdes, Virgem, equinócio
da Primavera dentro
de catorze mil anos.
A tua fala, muro que construías a pedra
desde a origem, torre de babel
da mesma e única língua:
a inexorável limpidez fraterna.
O sorriso, de seis anos, morto aos vinte e sete.
A boina, travessura mordaz, tua
exclusiva defesa. Os alunos à volta,
atrás do sobretudo, cachorros
que amamentavas.
Os livros debaixo do braço, farnel
de poesia ambulante.
A água que bebias da infusa
como um pedreiro, de um jacto,
chegado ao canto esquerdo da boca,
era a tutela, o rim de que sofrias.
Como sempre não se avisa. Jornal
na rua, de chofre, a patada,
relincho, trigo por ladrão gadanhado.
Não te lembraste (nem podias)
de que eu sofreria
enquanto respirasse.
Que devia ter fugido antes
da minha e tua terra,
cobri-la de vergonha,
para não ser um remorso
viver ao pé de ti,
ser a mãe das tuas coisas.
in A Ignorância da Morte (1978) - António Osório
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Pedro Luna
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Poesia para recordar um Poeta - I
Os que vinham da Dor tinham nos olhos
estampadas verdades crudelíssimas.
Tudo que era difícil era fácil
aos que vinham da Dor diretamente.
A flor só era bela na raiz,
o Mar só era belo nos naufrágios,
as mãos só eram belas se enrugadas,
aos olhos sabedores e vividos
dos que vinham da Dor diretamente.
Os que vinham da Dor diretamente
eram nobres de mais pra desprezar-vos,
Mar azul!, mãos de lírio!, lírios puros!
Mas nos seus olhos graves só cabiam
as verdades humanas crudelíssimas
que traziam da Dor diretamente.
in Campo Aberto (1951) - Sebastião da Gama
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Pedro Luna
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