quarta-feira, abril 22, 2020

Peter Frampton faz hoje setenta anos!

      
Peter Frampton (Beckenham, Kent, 22 de abril de 1950) é um músico britânico mais conhecido por seu trabalho a solo nos anos 70 como músico de rock de palco (Album-oriented rock). Ele tornou-se famoso, entretanto, como integrante dos The Herd quando se transformou num ídolo das adolescentes na Grã-Bretanha. Frampton ficou famoso por ser o primeiro guitarrista a utilizar do recurso da guitarra falada, que seria anos depois imitado por Slash (Guns n' Roses), Richie Sambora (Bon Jovi) e Dave Grohl (Foo Fighters). Ele então passou a trabalhar com Steve Marriott (dos The Small Faces) na banda Humble Pie, assim como em álbuns de Harry Nilsson, Jerry Lee Lewis e George Harrison. A sua estreia a solo foi em 1972, com Wind of Change.
A explosão solo de Frampton veio com Frampton Comes Alive, seis vezes platina e que incluía os sucessos "Do You Feel Like We Do", "Baby, I Love Your Way" e "Show Me the Way".
Foi o álbum "ao vivo" mais vendido de todos os tempos. Depois que o álbum seguinte I'm in You foi lançado, Frampton envolveu-se em um sério acidente de carro nas Bahamas. Enquanto recuperava  atuou, em 1978, com os Bee Gees, no filme Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, um fracasso retumbante. Nos anos 80, Frampton voltou a gravar, mas só regressou às paradas de sucesso mundiais com "Breaking all the Rules". O seu último álbum é Thank You Mr. Churchill, lançado em 2010.
Depois do atentado ao World Trade Center em Nova Iorque, Frampton decidiu tornar-se cidadão americano. Ele teve papel ativo na campanha eleitoral de 2004 do candidato John Kerry. Recentemente Peter Frampton ganhou o seu primeiro Grammy pelo seu álbum totalmente instrumental "Fingerprints", lançado no fim de 2007 e que conta com integrantes dos Pearl Jam, Rolling Stones, Allman Brothers Band e outros.
  
      
 

Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil há 520 anos

Nau de Pedro Álvares Cabral conforme retratada no Livro das Armadas, atualmente na Academia das Ciências de Lisboa
   
Descoberta, ou descobrimento do Brasil refere-se à chegada, a 22 de abril de 1500, da frota comandada por Pedro Álvares Cabral ao território onde hoje se localiza o Brasil. O termo "descobrir" é utilizado nesse caso em uma perspectiva eurocêntrica, referindo-se estritamente à chegada de europeus, mais especificamente portugueses, às terras de "Vera Cruz", o atual Brasil, que já eram habitadas por vários povos indígenas. Tal descoberta faz parte dos descobrimentos portugueses.
   
A Armada
Para selar o sucesso da viagem de Vasco da Gama de descobrimento do caminho marítimo para a Índia - que permitia contornar o Mediterrâneo, então sob domínio dos mouros e das nações italianas, o Rei D. Manuel I se apressou em mandar aparelhar uma nova frota para as Índias. Uma vez que a pequena frota de Vasco da Gama tivera dificuldades em impor-se e comerciar, esta seria a maior até então constituída, sendo composta por treze embarcações e mais de mil homens. Com exceção dos nomes de duas naus e de uma caravela, não se sabe como se chamavam os navios comandados por Cabral. Estima-se que a armada levasse mantimentos para cerca de dezoito meses.
Aquela era a maior esquadra até então enviada para singrar o Atlântico: dez naus, três caravelas e uma naveta de mantimentos. Embora não se saiba o nome da nau capitânia, a nau sota-capitânia, capitaneada pelo vice-comandante da armada, Sancho de Tovar, chamava-se El Rei. A outra cujo nome permaneceu é a Anunciada, comandada por Nuno Leitão da Cunha. Esta última pertencia a D. Álvaro de Bragança, filho do duque de Bragança, e fora equipada com os recursos de Bartolomeu Marchionni e Girolamo (ou Jerónimo) Sernige, banqueiros florentinos que residiam em Lisboa e investiam no comércio de especiarias. As cartas que eles trocaram com seus sócios e acionistas italianos preservaram o nome do navio.
Conservou-se ainda o nome da caravela capitaneada por Pero de Ataíde, a São Pedro. A outra caravela, comandada por Bartolomeu Dias, teve o seu nome perdido. A armada era completada por uma naveta de mantimentos, comandada por Gaspar de Lemos. Coube a ela retornar a Portugal com as notícias sobre a descoberta do Brasil.
Baseado em documento incompleto que localizou na Torre do Tombo, em Lisboa, Francisco Adolfo de Varnhagen identificou cinco das dez naus que compunham a frota cabralina. Seriam elas Santa Cruz, Vitória, Flor de la Mar, Espírito Santo e Espera. A fonte citada por Varnhagen nunca foi reencontrada, portanto a maioria dos historiadores prefere não adotar os nomes por ele listados. A armada, assim, continua quase anónima.
Outros historiadores do século XIX declararam que a nau capitânia de Cabral era a lendária São Gabriel, a mesma comandada por Vasco da Gama na histórica viagem em que se descobriu o caminho marítimo para as Índias, três anos antes. Entretanto, não existem documentos para comprovar a tese.
Pouco antes da partida, El-Rei mandou rezar uma missa, no Mosteiro de Belém, presidida pelo bispo de Ceuta, D. Diogo de Ortiz, em pessoa, onde benzeu uma bandeira com as armas do Reino e entregou-a em mãos a Cabral, despedindo-se o rei do fidalgo e dos restantes capitães.
Vasco da Gama teria tecido considerações e recomendações para a longa viagem que se chegava: a coordenação entre os navios era crucial para que não se perdessem uns dos outros. Recomendou então ao capitão-mor disparar os canhões duas vezes e esperar pela mesma resposta de todos os outros navios antes de mudar o curso ou velocidade (método de contagem ainda atualmente utilizado em campo de batalha terrestre), dentre outros códigos de comunicação semelhantes.
   
Rota seguida por Cabral para a Índia em 1500 (a vermelho) e a rota de retorno (a azul)
  

A guerra química começou há 105 anos...

Pintura Gaseados, de John Singer Sargent (1918) 
   
Em 22 de abril de 1915, perto de Ypres, na Bélgica, milhares de cilindros de gás clorídrico produzidos por indústrias como a Bayer e a Hoechst foram usados pelos alemães contra o exército francês. De efeito asfixiante, o gás provoca queimaduras nos olhos, garganta e pulmões, cegueira, náusea e dor de cabeça. Cerca de 6 mil pessoas morreram dolorosamente. Em setembro desse ano os aliados passaram a usar o mesmo recurso contra as linhas alemãs, até que, em 1917, a fórmula foi superada pelo gás mostarda, ainda mais letal. Balanço de guerra: mais de 124 mil toneladas de 21 agentes tóxicos diferentes, que fizeram 1 milhão de baixas estimados, com 90 mil mortes.
O trauma da Primeira Guerra levou ao Protocolo de Genebra, de 1925, que proibiu o uso de arsenal químico no campo de batalha. O historiador americano Bruce N. Canfield, autor do livro Armas de Infantaria dos Estados Unidos na I Guerra, explica que os gases eram "temidos por todos os lados e também foram usados por todos". "Mas, devido ao vento e a outros fatores, eles poderiam causar mortes tanto para quem os usava quanto para o pelotão visto como alvo. Estrategicamente, não foi um fator determinante na I Guerra Mundial.
   

Hoje é o Dia Mundial da Terra...!

Bandeira não-oficial do Dia da Terra: o Planeta sobre um fundo azul (fonte Wikipédia)
   
São 40 as organizações portuguesas que se juntam às comemorações internacionais do 50º Dia Mundial da Terra, com 80 actividades online, uma adaptação a tempos de confinamento social.

O Dia Mundial da Terra celebra-se a 22 de abril e este ano, em que se celebra o 50º aniversário deste Dia, o tema é “acção climática”. Foi escolhido por ser um “enorme desafio” e pelas “vastas oportunidades” de acção, explicam as Nações Unidas.
“As alterações climáticas representam o maior desafio para o futuro da humanidade e para os sistemas dos quais depende a vida e que tornam o nosso planeta habitável.”
Em Portugal, as celebrações decorrem de 18 a 26 deste mês, todas digitais, com a hashtag #EarthDayEmCasa.
Este ano, a comemoração deste Dia Mundial da Terra é organizada pela Fundação Oceano Azul que desafiou as organizações portuguesas a adaptarem as suas comemorações à realidade actual.
“As atividades vão decorrer durante vários dias, nas respetivas plataformas digitais de cada entidade (sites, páginas de Facebook e Instagram)”, explica a Fundação Oceano Azul em comunicado.
Entre as actividades estão várias dedicadas ao mundo natural e à biodiversidade, como “Biodiversidade de Pantufas” (Associação BioLiving, a 21 e 22 de Abril, às 11h30) – no Instagram (@Bio_Living) e no Facebook (@associacaobioliving) -; “Desafio – Pinta uma ave de esperança” (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, durante todo o dia de 20, 21 e 22 de Abril) – no Facebook (@spea.birdlife) -; “Constrói uma tartaruga marinha” (RIAS, durante todo o dia de 21 de Abril) – no Instagram (@rias_olhao) e no Facebook (@rias.olhao) -; “Ria Formosa – conhecer e preservar” (Centro Ciência Viva do Algarve, a 22 de Abril às 12h30) – no Instagram (@ccvalg) e no Facebook (@ccvalgarve) -; e “Há vida no litoral” (Geota, durante todo o dia de 22 de Abril) – no Facebook (@cw.coordenacao.nacional.
O objectivo é “mobilizar, a partir de casa, o maior número de cidadãos, para celebrar os 50 anos do Dia Mundial da Terra”, segundo a Fundação.
“A Fundação Oceano Azul congratula-se pela adesão de todas as entidades a este desafio, reveladora da forte capacidade de adaptação às dificeis circunstâncias, e pelo facto de, em Portugal, a consciência coletiva e a vontade de proteger a natureza e o oceano serem cada vez maiores.”
O Dia da Terra foi a resposta conjunta a um ambiente em crise: derrames de petróleo, smog, rios poluídos. A 22 de Abril de 1970, cerca de 20 milhões de norte-americanos – representando 10% da população dos Estados Unidos naquele ano – saíram às ruas e campus universitários em centenas de cidades para protestar contra a ignorância ambiental e exigir um novo caminho para o planeta.
Esse primeiro Dia da Terra foi um dos eventos que ajudou a lançar o movimento ambiental moderno e é hoje reconhecido como o maior evento cívico do planeta, salientam as Nações Unidas.

terça-feira, abril 21, 2020

Hoje em Israel é o Yom Hashoá, Dia de Recordação do Holocausto


Dia da Memória do Holocausto

O Yom Hashoá, Dia de Recordação do Holocausto e Heroísmo de Israel, é dedicado à memória dos seis milhões de judeus mortos pelos nazis e ao heroísmo da resistência judaica ao Holocausto. 


NOTA: um dos mais importantes feriados hebraicos, a ser comemorado sem sessões públicas e na Internet, só este ano...

A Rainha Isabel II faz hoje 94 anos

Isabel II (Londres, 21 de abril de 1926) é a Rainha do Reino Unido e de quinze outros estados independentes conhecidos como Reinos da Comunidade de Nações, além de chefe da Commonwealth formada por 53 estados. É também a Governadora Suprema da Igreja da Inglaterra e, em alguns de seus reinos, possui ainda o título de Defensora da Fé. Ao ascender ao trono, em 6 de fevereiro de 1952, Isabel tornou-se a Chefe da Comunidade Britânica e rainha de sete países independentes: Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Paquistão e Ceilão. Entre 1956 e 1992 o número de reinos variou, já que certos territórios ganharam sua independência e outros tornaram-se repúblicas. Atualmente, além dos quatro primeiros estados mencionados, Isabel é rainha da Jamaica, Barbados, Bahamas, Granada, Papua-Nova Guiné, Ilhas Salomão, Tuvalu, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Belize, Antígua e Barbuda e São Cristóvão e Nevis.
       
Brasão de Isabel II como Rainha do Reino Unido
    
in Wikipédia

Iggy Pop - 73 anos

Iggy Pop, nome artístico de James Newell Osterberg (Muskegon, 21 de abril de 1947), é um músico de rock dos Estados Unidos, além de ator ocasional.
Em meados dos anos 60, ele tocou bateria num grupo de alunos da sua escola, The Iguanas. O nome artístico, aliás, surgiu devido ao nome da primeira música da banda escolar. Em 1969, surgia o The Stooges, com Ron Asheton na guitarra, Scott Asheton na bateria e Dave Alexander no baixo (que foi demitido após o segundo álbum, abrindo vaga para James Williamson, guitarrista, enquanto Ron assumia o baixo), banda que liderou durante cinco anos. Ao fim da banda, Iggy Pop decidiu iniciar uma carreira a solo.
Em 1977, recebeu a ajuda do seu amigo David Bowie para produzir os seus dois primeiros álbuns a solo: The Idiot, em março, e Lust for Life, em setembro. O primeiro disco incluiu a música "China Girl", que mais tarde seria um sucesso de David Bowie, no álbum Let's Dance, de 1983.
  
  


Robert Smith, o vocalista e líder dos The Cure, faz hoje 61 anos

  
Robert James Smith (Blackpool, 21 de abril de 1959) é um músico britânico. É o vocalista, guitarrista e compositor da banda inglesa The Cure, líder e único membro a permanecer desde a sua formação. Tornou-se, ao longo de várias décadas de carreira coerente e cheia de êxitos, um ícone e uma referencia para a música independente moderna recolhendo a admiração de imensos nomes da música alternativa.
 
O seu reconhecimento, ainda que algo tardio, surgiu em força nos anos 2000 com diversas homenagens tanto à sua banda como à sua pessoa e de onde se podem destacar os tributos da revista Q, MTV, NME, Rock Walk of Fame e Ivor Novello.
 
Robert Smith é também famoso pela sua imagem de marca, v.g. lábios borratados de batom, olhos pintados e, especialmente, o seu cabelo no ar, completamente despenteado.

      
 

Brasília, a sempre nova capital federal do Brasil, faz hoje sessenta anos

Do topo, em sentido horário: Eixo Monumental visto a partir da Torre de TV; Catedral Metropolitana à noite; fachada do Palácio da Alvorada; Ponte Juscelino Kubitschek no Lago Paranoá; edifícios do Setor Bancário Sul e o edifício do Congresso Nacional com o mastro especial da Praça dos Três Poderes ao fundo

Brasília  é a capital federal do Brasil e a sede de governo do Distrito Federal. A capital está localizada na região Centro-Oeste do país, ao longo da região geográfica conhecida como Planalto Central. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2018, a sua população era de 2.974.703 habitantes (4.284.676 com sua área metropolitana), sendo, então, a terceira cidade mais populosa do país. Brasília é também a quinta concentração urbana mais populosa do Brasil. A capital brasileira é a maior cidade do mundo construída no século XX.
A cidade possui o maior produto interno bruto per capita em relação às capitais, o quarto maior entre as principais cidades da América Latina e cerca de três vezes maior que a renda média brasileira. Como capital nacional, Brasília abriga a sede dos três poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário) e 127 embaixadas estrangeiras. A política de planeamento da cidade, como a localização de prédios residenciais em grandes áreas urbanas, a construção da cidade através de enormes avenidas e a sua divisão em setores, tem provocado debates sobre o estilo de vida nas grandes cidades no século XX. O projeto da cidade a divide em blocos numerados, além de setores para atividades pré-determinadas, como o Setor Hoteleiro, Bancário ou de Embaixadas.
O plano urbanístico original da capital, conhecido como "Plano Piloto", foi elaborado pelo urbanista e arquiteto Lúcio Costa, que, aproveitando o relevo da região, adequou-o ao projeto do lago Paranoá, concebido em 1893 pela Missão Cruls. A cidade começou a ser planeada e desenvolvida em 1956 por Lúcio Costa, pelo também arquiteto Oscar Niemeyer e pelo engenheiro estrutural Joaquim Cardozo. Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek, Brasília tornou-se formalmente a terceira capital do Brasil, após Salvador e Rio de Janeiro. Vista de cima, a principal área da cidade é descrita frequentemente como tendo o formato de um avião, mas a proposta inicial de Lúcio Costa era de que se assemelhasse ao sinal da cruz, e um dos eixos foi depois arqueado para se adaptar ao relevo da região.
A cidade tem um estatuto único no Brasil, já que é uma divisão administrativa distinta de um município legal, como outras cidades brasileiras, semelhante ao que acontece com Washington, D.C., nos Estados Unidos, e como Camberra, na Austrália. A cidade, commumente referida como "Capital Federal" ou "BSB", é considerada Património Mundial pela UNESCO, devido ao seu conjunto arquitetônico e urbanístico e possui a maior área tombada (com reconhecimento do valor histórico, artístico ou cultural de um bem, transformando-o em património oficial público e instituindo um regime jurídico especial de propriedade) do mundo, com 112,5 quilómetros quadrados.

Anthony Quinn nasceu há 105 anos!

  
Anthony Quinn, nascido Antonio Rudolfo Oaxaca Quinn (Chihuahua, 21 de abril de 1915 - Boston, 3 de junho de 2001) foi um premiado ator norte-americano nascido no México.
  
Pai de treze filhos, naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos nos anos 40. Antes de iniciar a sua carreira como ator trabalhou como talhante e boxer. Chegou também a estudar arquitetura. Ganhou o o seu segundo Óscar por uma participação de apenas 8 minutos, tempo de todas as suas cenas em Sede de Viver. É o vencedor do Óscar que mais filmes fez ao lado de outros ganhadores do Óscar de actuação: foram 46 no total, sendo 28 com atores vencedores do Óscar e 18 com atrizes vencedoras do prémio. Possui uma estrela no Passeio da Fama, localizado em 6251 Hollywood Boulevard.
  
Anthony Quinn talvez seja o ator que mais papéis diversificados fez, e caracterizou-se por representar personalidades famosas: foi Barrabás e o magnata grego Onassis. Dentre outros gregos que interpretou está talvez o seu papel mais carismático: Zorba. Outros gregos foram o pai de família problemático em "Um sonho de reis" e o combatente de "Canhões de Navarone". Foi esquimó (Sangue sobre a neve, 1960) e toureiro (Sangue e Areia, 1941).
No filme A Vigésima Quinta Hora, que demonstra o absurdo das ideias nazis, faz o papel de um romeno católico que foi preso como judeu, cigano, revoltoso e até como um dos modelos perfeitos da genética ariana. Ainda interpretou os papéis de índio norte-americano, mexicano condenado ao linchamento (Consciências Mortas) e mafioso italiano. A sua versatilidade em cena e a extensa carreira tornaram-no um dos maiores atores do cinema.
  
  


Nina Simone morreu há dezassete anos...

    
Eunice Kathleen Waymon mais conhecida pelo seu nome artístico, Nina Simone (Tryon, 21 de fevereiro de 1933Carry-le-Rouet, 21 de abril de 2003) foi uma grande pianista, cantora e compositora americana. O nome artístico foi adotado aos 20 anos, para que pudesse cantar blues, nos cabarés de Nova Iorque, Filadélfia e Atlantic City, escondida dos seus pais (a mãe, pastora metodista e o pai barbeiro). "Nina" veio de pequena ("little one") e "Simone" foi uma homenagem à grande atriz do cinema francês Simone Signoret, a sua preferida.
Nina Simone, quando jovem foi impedida a ingressar em um conservatório de música na Filadélfia, mesmo tendo afrontado o racismo e cursado piano clássico na severa Juilliard School, em Nova York. Também se destacou e foi perseguida por abraçar publicamente todo tipo de combate ao racismo. O seu envolvimento era tal, que chegou a cantar no enterro do pacifista Martin Luther King. Casada com um polícia nova-iorquino, Nina também sofreu com a violência do marido, que a espancava. E tudo isso, dizia ela, que tinha acontecido, as portas tinham-se fechado, por ser negra.
Depois de fracassar na tentativa de ser uma grande pianista, através do conservatório, Nina ficou algum tempo em Nova Yorque até ir para Atlantic City, e lá, trabalhando como pianista num bar, foi obrigada a cantar, para não perder o emprego, e tocar piano era o que ela fazia. Foi então que se tornou a Nina Simone, como se batizou naquela ocasião. Cantou músicas clássicas e imortalizou hits como "Feeling Good", "Aint Got No - I Got Life", "I Wish I Know How It Would Feel To Be Free", e "Here Comes The Sun", além de "My Baby Just Cares For Me" que gravou e apareceu numa propaganda de perfume francês.
Num breve contato com a sua obra, aqueles que não a conhecem percebem logo a diversidade de estilos pelos quais Nina Simone se aventurou, desde o gospel, passando pelo soul, blues, folk e jazz. Foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na famosa Juilliard School of Music, em Nova Iorque. A sua canção “Mississippi Goddamn” tornou-se um hino ativista da causa negra, e fala sobre o assassinato de quatro crianças negras numa igreja de Birmingham, em 1963. Ao apresentar-se num evento militar em Forte Dix, New Jersey, em 1971, em plena Guerra do Vietname, Nina Simone deu voz àqueles que eram contrários ao conflito ao soltar a portentosa voz, após 18 minutos poderosos de My Sweet Lord, de George Harrrison. Nina esteve duas vezes no Brasil, gravou com Maria Bethânia e o seu último show ocorreu em 1997, no Metropolitan. Era uma intérprete visceral, compositora inspirada e tocava piano com energia e perfeição. Morreu, enquanto dormia, em Carry-le-Rouet, em 2003.
     
   

segunda-feira, abril 20, 2020

O poeta Paul Celan morreu há cinquenta anos...

   
Paul Celan (Cernăuţi, 23 de novembro de 1920 - Paris, 20 de abril de 1970), pseudónimo de Paul Pessakh Antschel (em alemão) ou Paul Pessakh Ancel (em romeno) foi um poeta, tradutor e ensaísta romeno radicado na França
   
Biografia
Paul Pessakh Antschel nasceu em Cernăuţi (à época chamada Czernowitz), que fora a capital da província da Bucovina. Até o fim da Primeira Guerra Mundial, a região pertencera ao Império Austro-Húngaro, e, por isso, o alemão, ao lado do romeno, era a principal língua de comunicação da aristocracia cultural de origem judaica, à qual o poeta pertencia e que constituía quase metade da população da cidade. Entre 1918 a 1939, Czernowitz foi predominantemente uma cidade judia de língua alemã, com uma produção literária expressiva, que se encerrou no fim da Segunda Guerra. Todavia, mesmo algum tempo depois de 1945, predominava ainda a língua alemã. Celan traduziu mais de quarenta poetas, de diferentes línguas, inclusive Fernando Pessoa.
Sobrevivente do Holocausto, Celan é considerado um dos mais importantes poetas modernos de língua alemã.
Nos últimos anos de sua vida, apresentava tendências autodestrutivas, delírio persecutório e episódios de amnésia.
Suicidou-se, por afogamento, no rio Sena, em abril de 1970, aos 49 anos.
  


Elogio da Distância

Na fonte dos teus olhos
vivem os fios dos pescadores do lago da loucura.
Na fonte dos teus olhos
o mar cumpre a sua promessa.

Aqui, coração
que andou entre os homens, arranco
do corpo as vestes e o brilho de uma jura:

Mais negro no negro, estou mais nu.
Só quando sou falso sou fiel.
Sou tu quando sou eu.

Na fonte dos teus olhos
ando à deriva sonhando o rapto.

Um fio apanhou um fio:
separamo-nos enlaçados.

Na fonte dos teus olhos
um enforcado estrangula o baraço.

A explosão da plataforma Deepwater Horizon foi há dez anos

A explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. O desastre consistiu na explosão da plataforma de petróleo semi-submersível Deepwater Horizon que pertence à Transocean e que estava sendo operada pela BP, afundando na quinta-feira seguinte à explosão, depois de ficar dois dias em chamas. Uma grande mancha de óleo espalhou-se e chegou à costa da Louisiana e a outros estados. Houve 17 trabalhadores que ficaram feridos e 11 faleceram.
  
Imagem de satélite da NASA mostrando a mancha de óleo, a 25 de abril de 2010

O pintor espanhol Enrique Simonet morreu há 93 anos

Autorretrato de 1885
   
Enrique Simonet Lombardo (Valencia, 2 de fevereiro de 1866 - Madrid, 20 de abril de 1927) foi um pintor espanhol nascido em Valência. Ele estudou primeiro na Real Academia de Bellas Artes de San Carlos de Valencia e obteve, em 1887, uma bolsa para estudar pintura na Academia de Belas Artes de Roma, onde ele pintou, em 1890, a "Anatomia do coração", também conhecida como "Ela tinha um coração!" ou "Autópsia". Esta obra trazer-lhe-ia fama internacional e venceu diversos prémios internacionais.
   
   
 Decapitação de São Paulo (1887)
   

Bram Stoker morreu há 108 anos

   
Abraham "Bram" Stoker (Dublin, 8 de novembro de 1847 - Londres, 20 de abril de 1912) foi um escritorirlandês bastante conhecido por ter sido o autor de Drácula, a principal obra no desenvolvimento do mito literário moderno do vampiro. Sempre estudando em Dublin, escreveu seu primeiro ensaio aos 16 anos e, em 1875 recebeu seu mestrado. Conseguiu se tornar crítico de teatro, sem remuneração, no jornal Dublin Eventing Mail. Em 1878 Stoker casou-se com Florence Balcombe, cujo ex-pretendente fora Oscar Wilde. Com a mulher, mudou-se para Londres, onde passou a trabalhar na companhia teatral Irving Lyceum, assumindo várias funções e permanecendo nela durante 27 anos. Em 31 de dezembro de 1879 nasceu o seu único filho, Irving Noel Thornley Stoker. Trabalhando para o ator Henry Irving, Stoker viajou por vários países, apesar de nunca ter visitado a Europa Oriental, cenário do seu famosos romance. Enquanto esteve no Lyceum Theatre de Londres, começou a escrever romances e fez parte da equipe literária do jornal londrino Daily Telegraph, para o qual escreveu ficção e outros géneros. Antes de escrever Dracula, Stoker passou vários anos pesquisando folclore europeu e as histórias mitológicas dos vampiros. Depois de sofrer uma série de derrames cerebrais, Stoker faleceu em Londres em 1912. Alguns biógrafos atribuem a sua morte a um processo desencadeado por uma sífilis terciária. As suas cinzas (foi cremado) estão numa urna no Crematório de Golders Green, em Londres, Inglaterra.
    
 

Richter morreu há 35 anos

   
Charles Francis Richter (Hamilton, 26 de abril de 1900 - Pasadena, 20 de abril de 1985) foi um sismólogo dos Estados Unidos.
Richter ficou famoso ao criar, em colaboração com Beno Gutenberg, uma escala que quantifica a grandeza (energia libertada) pelos terramotos, que ele usou pela primeira vez em 1935. Richter e Gutenberg trabalhavam então no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).
Nascido em Hamilton, Ohio, Richter estudou na Universidade de Stanford e no Instituto de Tecnologia da Califórnia, onde obteve o seu PhD (doutoramento) em física teórica, em 1928. Trabalhou no Instituto Carnegie de Washington (1927-1936) antes de ser nomeado para o Instituto de Tecnologia da Califórnia, onde se tornou professor de sismologia em 1952.
Richter desenvolveu sua escala para medir a força dos terramotos em 1935. Escalas anteriores tinham sido desenvolvidos por De Rossi, em 1880, e por Giuseppe Mercalli, em 1902, mas ambos usavam uma escala descritiva, definida em termos de danos em edifícios, bem como no comportamento e na resposta da população. Isso restringia o seu uso para a medição de terramotos apenas em áreas povoadas.
A escala de Richter é absoluta, com base na amplitude das ondas produzidas pelo terramoto. Ele definiu a magnitude de um terramoto como o logaritmo na base 10 da amplitude máxima das ondas, medido em microns. Isto significa que as ondas cujas amplitudes diferem por um fator de 100 diferem por 2 pontos na escala de Richter. Com Beno Gutenberg tentou converter os valores da sua escala em energia libertada. Em 1956, eles mostraram que a magnitude 0 corresponde a cerca de 1011 ergs (104 joules), enquanto a magnitude 9 é igual a 1024 ergs (1017 joules). 

O Massacre de Columbine foi há 21 anos...

Instituto Columbine (foto de satélite)
   
O Massacre de Columbine aconteceu a 20 de abril de 1999 no Condado de Jefferson, Colorado, Estados Unidos, no Instituto Columbine, onde os estudantes Eric Harris (alcunha ReB), de 18 anos, e Dylan Klebold (alcunha VoDkA), de 17 anos, atiraram em vários colegas e professores.
Eric Harris e Dylan Klebold eram aparentemente adolescentes típicos de um subúrbio americano de classe média alta. Moravam em casas confortáveis. O pai de Klebold era geofísico, e a mãe especialista em crianças deficientes.
Faltavam apenas 17 dias para o fim do ano letivo. Com 1.965 alunos, Columbine é tão boa Escola que muitas famílias mudaram para Littleton, perto de Denver, com o objetivo de matricular os filhos na escola. 82% de seus alunos são aceites em universidades (nos Estados Unidos não há exames, o que conta é o desempenho do aluno no ensino secundário). Columbine também se orgulhava de não registar casos de violência. O polícia da escola limitava-se a multar alunos que estacionavam os carros nos lugares destinadas a professores. Não há, como nas escolas de Nova York, Los Angeles e Chicago, detectores de metais na entrada. Nas festas de formatura, os alunos costumavam aceitar o pedido dos pais para proibir o consumo de bebidas alcoólicas. Columbine era famosa por ser conservadora e privilegiar os jogadores das equipas de futebol americano, basebol e basquetebol.

Possíveis motivações
Harris e Klebold, ótimos alunos de boas famílias, não eram populares na escola. Preferiam os computadores aos desportos. Encontraram o seu enquadramento num grupo chamado a Máfia da Capa Preta. Ridicularizados pelos atletas, remoíam planos de vingança e extravasavam o seu ódio na Internet. Harris, principal cabeça por trás do ataque, tinha um website, agora desativado, no qual colecionava suásticas e sinistros vídeos neonazistas e até dava receitas para a fabricação de bombas. No seu auto-retrato, escreveu: "Mato aqueles de quem não gosto, jogo fora o que não quero e destruo o que odeio". Já Klebold dizia que seu número pessoal era "420", possivelmente uma referência à data de nascimento de Hitler, 20 de abril.
Os diários dos jovens foram encontrados, mas ainda não se chegou a uma conclusão sobre o motivo do ataque. «Não eram rapazes comuns que foram importunados até retaliarem», escreveu o psicólogo Peter Langman no seu livro, "Why Kids Kill: Inside the Minds of School Shooters" ("Por que Crianças Matam: Dentro das Mentes dos Atiradores Escolares") «Não eram rapazes comuns que jogavam jogos de jogos de video demais», «Não eram rapazes comuns que queriam apenas ser famosos», «Eles simplesmente não eram rapazes comuns», «Eram rapazes com problemas psicológicos sérios».
No seu diário Harris mostrava toda a sua revolta e o seu "desejo de ser Deus", enquanto Klebold mostrava grande depressão.
Harris escreveu certa vez: "Eu me sinto como Deus, e gostaria que fosse assim, para que todos estivessem OFICIALMENTE abaixo de mim" Enquanto Klebold escreveu "Eu sou um deus, um deus da tristeza".

Planeamento
Eric Harris e Dylan Klebold conseguiram o seu arsenal comprando pela Internet - duas caçadeiras, uma pistola semi-automática e uma rifle de assalto de 9mm, acharam também na Internet a receita para fabricar as bombas. Um vizinho viu os dois, na segunda-feira, véspera do fuzilamento, partindo garrafas com um taco de basebol. Os cacos seriam usados como estilhaços nas bombas, e o vizinho não desconfiou de nada. Harris escreveu num diário os planos do ataque à escola. Um diagrama mostra como as armas seriam escondidas sob as longas capas de couro preto. Num exemplar do livro de formatura do colégio, Harris escreveu sobre as fotos, quem ia morrer e quem seria poupado: "Morto", "Morrendo" e "Salvo".
Até o final da semana pairava no ar a suspeita de que os atiradores tinham contado com a ajuda de cúmplices no ataque. Duvidando de que pudessem carregar sozinhos mais de 30 bombas para dentro do colégio, a polícia investigava outros membros da Máfia da Capa Preta. Entre a invasão da escola, às 11.30 da manhã, e a descoberta dos corpos pela polícia, às 04.00 da tarde, os cúmplices podem ter deixado o prédio misturados à multidão que conseguiu escapar. A equipe da SWAT ordenava que todos levassem as mãos à cabeça, mas não tinha como separar supostos atacantes de vítimas.
Centenas de alunos e um professor trancados nas salas, ouviam os tiros e explosões sem saber o que estava acontecendo. Muitos ligaram para casa pelos celulares, sussurrando, para pedir por socorro. Harris e Klebold acompanhavam tudo pela TV da biblioteca, vendo a transmissão ao vivo do cerco à escola. No final, depois de meia hora de silêncio, a SWAT invadiu a biblioteca e encontrou os corpos dos dois cercados de outros, alguns irreconhecíveis. O sangue era tanto que a polícia divulgou a estimativa de 25 mortos. Só no dia seguinte, desativadas todas as bombas, pôde-se retirar e contar os corpos.

Passado
Os dois tinham antecedentes criminais. Em janeiro do ano anterior, foram presos depois de arrombar um carro e roubar equipamento eletrónico avaliado em 400 dólares. Condenados, tiveram de prestar 45 horas de serviço comunitário e fazer um tratamento psicológico destinado a pessoas que cometem infrações menores. No mês anterior ao crime completaram com sucesso o programa de recuperação.
No ano letivo de 1997-98, houve 42 homicídios em escolas americanas. O pior, até então, havia acontecido em março de 1998, quando dois meninos de 11 e 13 anos mataram quatro colegas e uma professora numa escola do Arkansas. Nos anos 1980, as escolas das grandes cidades, Nova York, Los Angeles e Chicago, eram campo de batalha de gangs. Nos anos 90, a violência migrou para subúrbios ricos e pequenas cidades rurais, e os matadores passaram a ser meninos solitários e desequilibrados. "Eu não tinha outra saída", explicou o adolescente de 16 anos que em outubro de 1997, no Mississippi, matou a mãe em casa e depois, na escola, fuzilou dois colegas e feriu sete.

Cronologia
A cronologia do ataque à Columbine High School foi montada a partir de informações captadas pelas câmaras internas da escola, chamadas de emergência e as reportagens locais:
11.10 Harris e Klebold chegam à escola, e deixam seus carros no estacionamento do refeitório.
11.14 Deixam mochilas com cerca de nove quilos de explosivos no refeitório.
11.23 Eles esperam do lado de fora da saída oeste. Então sacam espingardas de caça e armas semi-automáticas e começam a atirar nos alunos. As pessoas começam a correr e um estudante faz a primeira ligação para os serviços de emergência.
11.24 Os alunos do refeitório percebem o que está acontecendo. Os funcionários tentam removê-los para locais mais seguros. Um carro de polícia chega e atira nos suspeitos.
11.27 A dupla entra na escola, atirando a esmo.
11.28 Eles entram na biblioteca, matando 10 e ferindo 12 pessoas em pouco mais de sete minutos. Eles atiram na polícia pela janela em direção ao estacionamento, onde as viaturas se reúnem.
Durante os próximos 40 minutos, Harris e Klebold percorreram a escola, atirando e deixando explosivos pelo caminho.
12.06 Minutos antes da equipe da SWAT entrar no prédio, os suspeitos mataram-se dentro da biblioteca.
Como as autoridades não sabiam que os suspeitos estava mortos e como ainda havia explosivos instalados ao redor do prédio, levou-se mais de três horas para que os serviços de emergência chegassem a todos os sobreviventes e encontrassem Harris e Klebold.

domingo, abril 19, 2020

Hoje, no Brasil, foi o Dia do Índio...

Índios respectivamente das tribos: assurinis do Xingu, tapirapés, caiapós, tapirapés, ricbactas e bororos

O Dia do Índio, celebrado no Brasil em 19 de abril, foi criado pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto-lei 5540 de 1943.
A data de 19 de abril foi proposta em 1940, pelas lideranças indígenas do continente que participaram do Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. Eles haviam boicotado os dias iniciais do evento, temendo que as suas reivindicações não fossem ouvidas pelos "homens brancos". Durante este congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, também sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos indígenas na América. O Brasil não aderiu imediatamente ao instituto, mas, com a intervenção do Marechal Rondon, apresentou sua adesão e instituiu o Dia do Índio no dia 19 de abril, cumprindo a proposta do Congresso de 1940.
A data pode ser considerada como um motivo de reflexão sobre os valores culturais dos povos indígenas e a importância da preservação e respeito a esses valores. 
   
 

Manuel Bandeira nasceu há 134 anos

   
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife, 19 de abril de 1886 - Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.
   
   
 
Vou-me Embora pra Pasárgada
   

 
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
  
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
  
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
  
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
  
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
  
  
Manuel Bandeira

Roberto Carlos - 79 anos

   
Roberto Carlos Braga (Cachoeiro de Itapemirim, 19 de abril de 1941) é um cantor e compositor brasileiro, um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira, foi um dos pioneiros no Brasil do movimento rock'n'roll surgido nos Estados Unidos ao longo da década de 50.
Embora tivesse iniciado a carreira sob influência da Bossa Nova, no início da década de 60, Roberto mudou o seu reportório para o rock. Com composições próprias, geralmente feitas em parceria com o amigo Erasmo Carlos, e versões de sucessos do então recente género musical, fundando as bases para o primeiro movimento de rock feito no Brasil. Com a fama, fez ao lado de Erasmo Carlos e Wanderléa um programa na TV Record chamado Jovem Guarda, que daria nome ao primeiro movimento musical do rock brasileiro. Além da carreira musical, fez filmes inspirados na fórmula lançada pelos Beatles - como "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa" e "Roberto Carlos a 300 Quilómetros por Hora".
Na viragem para década de 70, reformulou o seu repertório de rock'n roll e tornou-se um cantor e compositor basicamente romântico, fórmula que não modificou desde então. Logo também mudou o seu público-alvo, que deixou de ser jovem e passou a ser adulto. Atualmente continua apresentando-se publicamente com frequência e produz anualmente um especial que vai para o ar na semana de Natal na Rede Globo, na mesma época em que costumavam ser lançados os seus discos anuais. Entre 1961 e 1998, Roberto lançou um disco inédito por ano. Dezenas de artistas já fizeram regravações de músicas suas, entre os quais Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia.
Segundo a ABPD, Roberto Carlos é o artista a solo com mais álbuns vendidos na história do Brasil. Os seus discos já venderam mais de 120 milhões de cópias e bateram recordes de vendas - em 1994 chegou a marca de 70 milhões de discos vendidos - incluindo gravações em espanhol, inglês e italiano, em diversos países. Tendo realizado milhares de shows em centenas de cidades no Brasil e no exterior, a sua popularidade tornou-o conhecido no Brasil e na América Latina como O Rei, contando com um dos maiores clubes de fãs do mundo.
   
   
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