Fui ao fundo do marComo o velho PiccardSó pra me exibir
sexta-feira, março 24, 2017
Auguste Piccard morreu há 55 anos
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quinta-feira, março 23, 2017
Stendhal morreu há 175 anos
Infância
Órfão de mãe desde 1789, foi criado por seu pai e sua tia. Rejeitou as virtudes monárquicas e religiosas que lhe inculcaram e expressou cedo a vontade de fugir da sua cidade natal. Abertamente republicano, acolheu com entusiasmo a execução do rei e celebrou inclusive a breve detenção de seu pai. A partir de 1796 foi aluno da Escola central de Grenoble e em 1799 conseguiu o primeiro prémio de matemática. Viajou a Paris para ingressar na Escola Politécnica, mas adoeceu e não pôde apresentar-se à prova de acesso. Graças a Pierre Daru, um parente longínquo que se converteria em seu protetor, começou a trabalhar no ministério de Guerra.
Estabeleceu o seu renome de escritor graças à Vida de Rossini e às duas partes de seu Racine e Shakespeare, autêntico manifesto do romantismo. Depois de uma relação sentimental com a atriz Clémentine Curial, que durou até 1826, empreendeu novas viagens ao Reino Unido e Itália e redigiu a sua primeira novela, Armance. Em 1828, sem dinheiro nem sucesso literário, solicitou um posto na Biblioteca Real, que não lhe foi concedido; afundado numa péssima situação económica, a morte do conde de Daru, no ano seguinte, afetou-o particularmente. Superou este período difícil graças aos cargos de cônsul que obteve primeiro em Trieste e mais tarde em Civitavecchia, enquanto se entregava sem reservas à literatura.
Em 1830 aparece a sua primeira obra-prima: O Vermelho e o Negro, uma crónica analítica da sociedade francesa na época da Restauração, na qual Stendhal representou as ambições da sua época e as contradições da emergente sociedade de classes, destacando sobretudo a análise psicológica das personagens e o estilo direto e objetivo da narração. Em 1839 publicou A Cartuxa de Parma, muito mais novelesca do que a sua obra anterior, que escreveu em apenas dois meses e que, por sua espontaneidade, constitui uma confissão poética extraordinariamente sincera, ainda que só tivesse recebido o elogio de Honoré de Balzac.
Ambas são novelas de aprendizagem e partilham rasgos românticos e realistas; nelas aparece um novo tipo de herói, tipicamente moderno, caracterizado pelo seu isolamento da sociedade e a sua confrontação com as suas convenções e ideais, que muito reflete a personalidade do próprio Stendhal.
Outra importante obra de Stendhal é Napoleão, na qual o escritor narra momentos importantes da vida do grande general Bonaparte. Como o próprio Stendhal descreve no início deste livro, havia na época (1837) uma carência de registos referentes ao período da carreira militar de Napoleão, sobretudo a sua atuação nas várias batalhas na Itália. Dessa forma, e também porque Stendhal era um admirador incondicional do corso, a obra prioriza a emergência de Bonaparte no cenário militar, entre os anos de 1796 e 1797 nas batalhas italianas. Declarou, certa vez, que não considerava morrer na rua algo indigno e, curiosamente, faleceu de um ataque de apoplexia, na rua, sem concluir a sua última obra, Lamiel, que foi publicada muito depois da sua morte.
O reconhecimento da obra de Stendhal, como ele mesmo previu, só se iniciou cerca de cinquenta anos após sua morte, ocorrida em 1842, na cidade de Paris.
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Juan Gris morreu há noventa anos
Elizabeth Taylor morreu há 6 anos
Problemas de saúde e morte
Werner von Braun nasceu há 105 anos
quarta-feira, março 22, 2017
Hoje é o Dia Mundial da Água...
Água
Água, feita de volubilidade
mãe das nuvens e do barro.
posso senti-la discreta
transparente inevitável.
Prisioneira gelada
dos refrigeradores,
vago itinerário dos peixes,
húmido túmulo dos detritos
que os homens repudiaram.
Feita de angústia,
saíste dos olhos
para a estrada áspera
das rugas.
Ergues tua bandeira vermelha
no peito dos apunhalados.
Água,
hei-de beber-te comovido
na inodora volúpia
da tua acomodada transparência.
Embebes de esquecimento
os suicidas.
Tuas mãos rudes
agarram os continentes,
dissolvem os náufragos,
projectam no céu
os velames e as quilhas.
Bojo surdo e verde
cofre de algas e flibusteiros,
bactérias e diamantes.
Quero-te agora
inerte de presságios,
mera adolescente
nascida na terra,
filha perdida do azul.
André Carneiro
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Angelo Badalamenti, o responsável pela banda sonora de muitos êxitos de David Lynch, faz hoje 80 anos
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Jean-Baptiste Lully morreu há 330 anos
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Há três anos um deslizamento de terras matou mais de quarenta pessoas
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O primeiro Kaiser do II Reich nasceu há 220 anos
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O poeta brasileiro Guimarães Passos nasceu há 150 anos
Sem aos outros mentir, vivi meus dias
desditosos por dias bons tomando,
das pessoas alegres me afastando
e rindo às outras mais do que eu sombrias.
Enganava-me assim, não me enganando;
fiz dos passados males alegrias
do meu presente e das melancolias
sempre gozos futuros fui tirando.
Sem ser amado, fui feliz amante;
imaginei-me bom, culpado sendo;
e se chorava, ria ao mesmo instante.
E tanto tempo fui assim vivendo,
de enganar-me tornei-me tão constante,
que hoje nem creio no que estou dizendo.
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Newton morreu há 290 anos
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Há um ano o Terror aconteceu em Bruxelas...
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terça-feira, março 21, 2017
Bento de Núrsia, o patrono da Europa, morreu há 1470 anos
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Pocahontas morreu há quatro séculos
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O astrónomo Lacaille morreu há 255 anos
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O príncipe D. Luís Filipe nasceu há 130 anos
in Wikipédia
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Porque hoje é o Dia da Árvore e da Poesia...
Árvore
Antes que tua mão para mim se levante
pensa bem.
Fui eu quem te deu o berço
onde tua mãe te embalou...
Foi no meu corpo que gravaste (disseste ao Mundo) o teu amor
e escondi na minha sombra os teus primeiros beijos...
Fui eu que te deu teu leito,
onde tua mãe te gerou e te pariu...
Fui eu que te aqueci nas longas noites de Inverno
e te alimentei quando tinhas fome...
Foi em mim que fizeste o teu filho,
em noite mágica de amor…
E é em mim que descansas
das agruras desta vida e te recolhes, rendido ao cansaço.
E, quando partires,
minhas tábuas serão tua cama final...
Pensa bem,
antes que tua mão me abata.
Pedro Luna
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segunda-feira, março 20, 2017
O livro A cabana do Pai Tomás foi publicado há 165 anos
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Glosa à chegada da Primavera...
Primavera
Ah! quem nos dera que isto, como outrora,
Inda nos comovesse! Ah! quem nos dera
Que inda juntos pudéssemos agora
Ver o desabrochar da primavera!
Saíamos com os pássaros e a aurora.
E, no chão, sobre os troncos cheios de hera,
Sentavas-te sorrindo, de hora em hora:
"Beijemo-nos! amemo-nos! espera!"
E esse corpo de rosa recendia,
E aos meus beijos de fogo palpitava,
Alquebrado de amor e de cansaço.
A alma da terra gorjeava e ria...
Nascia a primavera... E eu te levava,
Primavera de carne, pelo braço!
Olavo Bilac
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