segunda-feira, setembro 16, 2013

Torquemada morreu há 515 anos

Tomás de Torquemada (Valladolid, 1420 - Ávila, 16 de setembro de 1498) ou O Grande Inquisidor foi o inquisidor-geral dos reinos de Castela e Aragão no século XV e confessor da rainha Isabel a Católica. Ele foi descrito pelo cronista espanhol Sebastián de Olmedo como "O martelo dos hereges, a luz de Espanha, o salvador do seu país, a honra do seu fim". Torquemada é conhecido por sua campanha contra os judeus e muçulmanos convertidos da Espanha. O número de autos-de-fé durante o mandato de Torquemada como inquisidor é muito controverso, mas o número mais aceite é normalmente de 2.200 vítimas.



Torquemada

Há sempre um nome triste
Na longa vida de cada nação.
Um nome que resiste
Ao esquecimento,
E que é um sinal de atenção
Ao pensamento
E ao sofrimento...


in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga

O Massacre de Sabra e Chatila foi há 31 anos

(imagem daqui)

O Massacre de Sabra e Chatila foi o assassinato coletivo de refugiados civis palestinianos e libaneses perpetrado pela milícia maronita liderado por Elie Hobeika após o assassinato do presidente-eleito do país e líder falangista, Bachir Gemayel. O evento ocorreu nos campos palestinianos de Sabra e Shatila, situados na periferia de Beirute, a sul da cidade, área que se encontrava então sob proteção das forças armadas de Israel.

Evento
A possibilidade dos ataques era previsível. Bashir Gemayel, líder da organização de extrema-direita Falanges Libanesas, considerava os refugiados palestinianos como "população excedente". Bashir foi assassinado em 14 de setembro de 1982. No dia 16, os campos foram atacados.
O massacre ocorreu numa área diretamente controlada pelo exército israelita, durante a Invasão do Líbano de 1982, entre 16 e 18 de setembro do mesmo ano. O número de vítimas não é bem conhecido e, conforme a fonte, a estimativa pode variar de algumas centenas a 3.500 pessoas - na grande maioria crianças, mulheres e idosos - foram mortos pelos falangistas.
O Supremo Tribunal de Israel considerou o Ministro da Defesa do país, Ariel Sharon, pessoalmente responsável pelo massacre, por ter falhado na proteção aos refugiados.
Sharon, quando candidato a primeiro-ministro de Israel, lamentou as mortes e negou qualquer responsabilidade. A repercussão do massacre, entretanto, fez com que fosse demitido do cargo de Ministro da Defesa.
 
Condenação na ONU
Em 16 de dezembro de 1982, a Assembleia-Geral das Nações Unidas condenou o massacre declarando-o um ato de genocídio. A secção D da resolução, que "definiu o massacre como um ato de genocídio", foi adotada por 123 votos a favor, 0 contra e 22 abstenções.
 
O genocídio de Shabra e Chatila foi um dos eventos que chamaram a atenção da opinião pública para o problema dos refugiados palestinianos e dos territórios palestinianos ocupados por Israel.
Em 2008 foi lançado um filme de animação surpreendente e realista sobre o episódio (ver Valsa com Bashir).

Víctor Jara foi assassinado há 40 anos...

Víctor Lidio Jara Martínez (San Ignacio, 28 de setembro de 1932 - Santiago, 16 de setembro de 1973) foi um professor, diretor de teatro, poeta, cantor, compositor, músico e ativista político chileno.
Nascido numa família de camponeses, Jara se tornou um reconhecido diretor de teatro, dedicando-se ao desenvolvimento da arte no país, dirigindo uma vasta gama de obras locais, assim como clássicos da cena mundial. Simultaneamente, desenvolveu uma carreira no campo da música, desempenhando um papel central entre os artistas neo-folclóricos que estabeleceram o movimento da Nueva Canción Chilena, que gerou uma revolução na música popular de seu país durante o governo de Salvador Allende. Também era professor, tendo lecionado Jornalismo na Universidade do Chile.
Logo após o golpe militar de 11 de setembro de 1973, Jara foi preso, torturado e fuzilado. O seu corpo foi abandonado na rua de um bairro de lata de Santiago.
Biografia
Víctor Jara nasceu na localidade de Lonquén, perto da cidade de Santiago. Era filho dos camponeses pobres Manuel Jara e Amanda Martínez. Manuel era um trabalhador braçal analfabeto e queria que seus filhos trabalhassem o quanto antes, em vez de irem para a escola. Assim sendo, aos seis anos de idade, Víctor já estava a trabalhar no campo. Manuel era incapaz de extrair o sustento para a sua grande família - além de Víctor tinha outros quatro filhos: María, Georgina, Eduardo e Roberto - como camponês no imóvel da família Ruiz-Tagle, tão pouco foi capaz de encontrar um trabalho estável. Acabou virando um alcóolico violento. O seu relacionamento com Amanda deteriorou-se, e Manuel abandonou a família quando Víctor ainda era criança. Amanda criou Víctor e os seus irmãos sozinha, insistindo que todos eles deveriam ir para a escola. Ao contrário de Manuel, Amanda - uma mestiza com raízes mapuche, orginária do sul do país - não era analfabeta. Uma autodidata, tocava violão e piano, tendo sido cantora de canções folclóricas em casamentos e funerais de sua cidade natal.

Em consequência de um grave acidente no lar sofrido pela irmã de Víctor, María, a família vai morar para a capital do país, Santiago, à procura de melhores condições económicas. Víctor, juntamente com o irmão Lalo, ingressa no Liceu Ruíz-Table, onde ambos se destacam pelos seus bons resultados académicos, até acabarem nele os estudos primários.
O duro trabalho da mãe conseguiu algum progresso económico para a família, mas obrigou-a a dedicar pouco tempo aos filhos. A viola de Amanda serviu a Víctor para a sua aproximação da música, com ajuda do seu amigo Omar Pulgar.
A mudança para o bairro de Chicago Chico dá ao jovem Víctor a possibilidade de ter relacionamento com outros jovens da mesma origem e condição, agrupando-se na altura em torno do Partido Democrata Cristão. Cantam, escutam música clássica, saem de excursão, jogam futebol e formam um coro. Os estudos religiosos fazem parte da formação dele nesse tempo.
Durante os estudos secundários no chamado "instituto comercial", parece ter existido em Víctor o sonho secreto de chegar a ser padre. Em 1950, a mãe morre repentinamente.

Mudaram-se para Población Nogales, onde voltou a encontrar Julio e Humberto Morgado, colega da escola primária. A família Morgado proporcionou a Víctor comida e cama. Víctor deixou os estudos para trabalhar numa fábrica de móveis e ajudava Pedro Morgado, pai dos seus colegas, no trabalho de transportador.
Por conselho do padre Rodríguez, ingressa no seminário e na Congregação dos Redentoristas, em San Bernardo. Víctor, mais tarde, assim lembraria esse momento:
"Para mim foi uma decisão muito importante entrar para o seminário. Quando o penso agora, da perspectiva mais dura, acho que fiz aquilo por razões íntimas e emocionais, pela solidão e o desespero de um mundo que até esse momento tinha sido sólido e perdurável, simbolizado por um lar e o amor da minha mãe. Eu já estava envolvido com a Igreja, e naquela altura procurei refúgio nela. Então pensava que esse refúgio iria guiar-me até outros valores e ajudar-me a encontrar um amor diferente e mais profundo, que porventura compensasse a ausência do amor humano. Julgava que talvez achasse esse amor na religião, dedicando-me ao sacerdócio."
Dois anos mais tarde, em 1952, abandonaria o seminário, ao dar pela sua falta de vocação, mas lembraria positivamente o canto gregoriano e a parte da interpretação litúrgica. A saída do seminário coincide com a ida para a tropa.

Música e teatro
Aos 21 anos, entra no coro da Universidade do Chile, participando na montagem de Carmina Burana e começando assim o seu trabalho de pesquisa e compilação folclórica. Três anos mais tarde, faz parte da companhia de teatro "Compañía de Mimos de Noisvander", e começa a estudar actuação e direcção na Escola Teatro da Universidade do Chile.
Em 1957, faz parte do grupo de cantos e danças folclóricas Cuncumén, onde conhece Violeta Parra, que o encoraja a continuar na profissão.
Com 27 anos, em 1959 dirige a sua primeira obra de teatro Parecido a la Felicidad de Alejandro Sieveking, encenando-a por vários países latino-americanos. Como solista do grupo folclórico, grava o seu primeiro disco, "Dos Villancicos". No ano a seguir, participa como assistente de direcção na montagem de La Viuda de Apablaza de Germán Luco Cruchaga, cujo director era Pedro de la Barra, e dirige a obra La Mandrágora, de Machiavello.
Em 1961, como director artístico do grupo Cuncumén viaja pela Holanda, França, União Soviética, Checoslováquia, Polónia, Roménia e Bulgária.
Em 1961, compõe a sua primeira canção, Paloma Quiero Contarte, continuando o seu trabalho como assistente de direcção na montagem de La Madre de los Conejos de Alejandro Sieveking. No ano seguinte, 1962, dirige para Ituch a obra Animas de Día Claro também de Sieveking.
Grava com o grupo Cuncumén o LP Folclore Chileno, onde inclui duas canções próprias, Paloma Quiero Contarte e La Canción del Minero. Começa a trabalhar como director na Academia de Folclore da Casa da Cultura de Ñuñoa, função que desempenharia até 1968. Nessa altura, e até 1970, faz parte da equipa estável de directores do Instituto de Teatro da Universidade do Chile, Ituch e entre 1964 e 1967 é professor de actuação na universidade.
O trabalho de direcção teatral ocupa o seu tempo, realizando, quer como assistente de direcção, quer como director, várias montagens, entre elas uma para a TV da Universidade, além de uma tourné pela Argentina, Uruguai e Paraguai com a obra Animas de Día Claro de Alejandro Sieveking. Em 1963, passa a ser assistente de direcção de Atahualpa del Cioppo na montagem de El Círculo de Tiza de Bertolt Brecht, para o Ituch.
Continua a compor música e, em 1965, dirige a obra La Remolienda de Alejandro Sieveking, bem como a montagem de La Maña de Ann Jellicoe, para o Ictus, recebendo por elas o prémio Laurel de Oro como melhor realizador, e o prémio da Crítica do Círculo de Jornalistas à melhor direcção por La Maña.

Cantor de intervenção
Exerce com director artístico para o grupo Quilapayún entre os anos 1966 e 1969 e até 1970 é solista em La Peña de los Parra. Continua a cantar e a dirigir obras de teatro e em 1966 grava o seu primeiro LP, Víctor Jara, editado por Arena.
Com a firma EMI-Odeón grava no ano seguinte os LP's Víctor Jara e Canciones Folclóricas de América, com Quilapayún.
Continua o trabalho como director teatral e monta novamente La Remolienda, sendo premiado pela Crítica graças à direcção de "Entretenimiento a Mr. Sloane" e consegue o Disco de Prata da discográfica EMI-Odeón.
Em 1969 monta a obra Antígonas de Sófocles para a Companhia da Escola de Teatro da Universidade Católica. Com a canção Plegaria a un labrador ganha o primeiro prémio do Primeiro Festival da Nova Canção Chilena e viaja a Helsínquia para participar num Comício Mundial de Jovens pelo Vietname, gravando ainda nessa altura Pongo en Tus Manos Abiertas.
Em 1970, participa em Berlim na Conversação Internacional de Teatro e em Buenos Aires no Primeiro Congresso de Teatro Latino-Americano. Envolve-se na campanha eleitoral da Unidade Popular e edita o disco Canto Libre.
Nomeado embaixador cultural do Governo da Unidade Popular, em 1971 põe música, junto a Celso Garrido Lecca, ao ballet Los Siete Estados de Patricio Bunster para o Ballet Nacional do Chile. Junto a Violeta Parra e Inti-Illimani, entra no Departamento de Comunicações da Universidade Técnica do Estado. Com a casa Dicap, edita o disco El Derecho de Vivir en Paz, com que leva o prémio Laurel de Oro à melhor composição do ano.
Trabalha como compositor de música para continuidade na Televisão Nacional do Chile desde 1972 até 1973; investiga e compila testemunhos em Hermida de la Victoria, a partir dos quais gravaria La Población. Viaja até à URSS e a Cuba e dirige a Homenagem a Pablo Neruda pela obtenção do Prémio Nobel.
Os camponeses de Ranquil convidam-no à realização de uma obra musical sobre o lugar, e dentro seu compromisso social participa nos trabalhos voluntários para impedir a paralisação do país, que as forças reaccionárias querem conseguir mediante a greve de camionistas.
Esse mesmo compromisso leva-o em 1973 a realizar diferentes actos, participando na campanha eleitoral para as eleições e ao parlamento em prol dos candidatos da Unidade Popular. Respondendo ao apelo de Pablo Neruda, participa como director e cantor num ciclo de programas da TV contra a guerra e contra o fascismo. Trabalha ainda em vários discos que não poderá gravar e realiza a gravação de Canto por Travesura.

Golpe de estado e morte
O golpe de estado do general Augusto Pinochet contra o presidente Salvador Allende, em 11 de setembro de 1973, surpreende Jara na universidade. É detido com outros alunos e professores, conduzido ao Estádio Chile (não confundir com Estádio Nacional de Chile), convertido em campo de concentração, e mantido lá durante vários dias. Há alguma controvérsia quanto às torturas que teria sofrido durante os dias de cárcere, antes de seu assassinato a tiros, no dia 16 de setembro do mesmo ano. Havia um boato de que teria tido as suas mãos cortadas como parte do "castigo" dos militares a seu trabalho de consciencialização social dos setores mais desfavorecidos do povo chileno. Porém, na exumação do corpo de Jara, realizada em Junho de 2009, foi confirmado que na verdade teve as suas mãos esmagadas por coronhadas dos soldados.
Jara era membro do Partido Comunista do Chile e, antes de ser preso e assassinado, integrava o Comité Central das Juventudes Comunistas do Chile. Nos dias de cativeiro prévios à sua execução, Jarra escreveu um poema que pôde ser conservado.
Dois discos, gravados por Víctor Jara pouco antes de morrer, não foram editados.

Somente em 1990 o Estado chileno, por meio da Comissão da Verdade e da Reconciliação, reconheceu que Víctor Jara havia sido assassinado a tiros, no dia 16 de setembro de 1973,  no Estádio Chile e, depois, lançaram o seu corpo num matagal perto da Estrada Sul, na parte posterior de um cemitério, juntamente com os corpos de outras três vítimas. Depois desses acontecimentos, o cadáver de Jara foi levado para a câmara mortuária, onde foi identificado pela esposa, a bailarina britânica Joan Turner. Víctor Jara tinha, no seu corpo, 44 marcas de bala e numerosos ossos fraturados, de acordo com o relatório da autópsia, feita após encontrarem o seu cadáver. Os seus restos mortais foram enterrados no Cemitério Geral de Santiago do Chile.
Em setembro de 2003, trinta anos após o assassinato de Jara, o Estádio Chile foi rebatizado como Estádio Víctor Jara, como uma forma de homenagem ao cantor e a sua família.



Victor Jara e Isabel Parra - Lo único que tengo

Quién me iba a decir a mí,
cómo me iba a imaginar
si yo no tengo un lugar
en la tierra.

Y mis manos son lo único que tengo
y mis manos son mi amor y mi sustento.

No hay casa donde llegar,
mi paire y mi maire están
más lejos de este barrial
que una estrella.

Quién me iba a decir a mí
que yo me iba a enamorar
cuando no tengo un lugar
en la tierra

domingo, setembro 15, 2013

Música do Zeca cantada por um conterrâneo de uma geopedrada



Era Um Redondo Vocábulo - Janita Salomé
Letra e música - Zeca Afonso

Era um redondo vocábulo
Uma soma agreste
Revelavam-se ondas
Em maninhos dedos
Polpas seus cabelos
Resíduos de lar,
Pelos degraus de Laura
A tinta caía
No móvel vazio,
Congregando farpas
Chamando o telefone
Matando baratas
A fúria crescia
Clamando vingança,
Nos degraus de Laura
No quarto das danças
Na rua os meninos
Brincando e Laura
Na sala de espera
Inda o ar educa

Mais informações sobre o sismo em São Miguel

Sismo de fraca intensidade sentido na ilha de S. Miguel

Água d'Alto

​O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) informa que às 10.25 (hora local = hora UTC), do dia 15 de Setembro foi registado um evento com magnitude 2,1 (Richter) e epicentro a cerca de 6 km a NNE de Água d'Alto, concelho de Vila Franca do Campo, ilha de S. Miguel.

De acordo com a informação disponível até ao momento o sismo foi sentido com intensidade máxima III (Escala de Mercalli Modificada) no concelho de Vila Franca do Campo.

in CVARG

NOTA: mapa e registo do CVARG, Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos, da Universidade dos Açores, deste sismo:

Data UTC Lat. Lon. Mag. Região Int. EMM Localidade
2013-09-15 10:25:4237.769 -25.4362.1 MLFogo-Congro (S. Miguel)III Vila Franca do Campo


Pequeno sismo em S. Miguel

Recebido via e-mail do IPMA:
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) informa que, no dia 15.09.2013 pelas 10.25 (hora local e UTM) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores, um sismo de magnitude 2.1 (escala de Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 4 km a Norte-Noroeste de S. Miguel, em Vila Franca do Campo (S. Miguel).

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima III (escala de Mercalli modificada), em Vila Franca do Campo (ilha de São Miguel).

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IPMA na Internet (www.ipma.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (www.prociv.azores.gov.pt).
NOTA: dados completos do IPMA:

Data(TU)Lat.Lon.Prof.Mag.Ref.GrauLocal
2013-09-15 10.25 37,75 -25,44 1 2,1 Maciço do Fogo IIIVila Franca do Campo

A Cosa Nostra assassinou o Padre Giuseppe Puglisi há 20 anos

Padre Giuseppe Puglisi mais conhecido como don Pino Puglisi (don con n em lingua italiana é sinónimo de padre, e Pino quer dizer Zezinho em giria) (Palermo, 15 de setembro de 1937 - Palermo, 15 de setembro de 1993) foi um sacerdote italiano, assassinado pela máfia pelo seu trabalho de prevenção contra a delinquência e a droga com os jovens.
Em 25 de maio de 2013 foi proclamado bem-aventurado e beatificado pelo Papa Francisco pelo seu compromisso ao Evangelho no uso dessa luta. A cerimónia em Palermo, no parque Foro Italico, foi presidida pelo arcebispo Dom Paolo Romeo, e a carta de beatificação foi lida por Dom Salvatore De Giorgi, delegado do papa.
Foi o primeiro mártir da Igreja Católica por causa da Cosa Nostra.
Foi uma das personagens usadas pelo produtor italiano Roberto Faenza no seu filme "A Luce del Sole", de 2005, mas que segundo consta não era uma personagem amarga e isolada conforme foi aí retratado.

Há cinco anos o Lehman Brothers entrou em falência e os mercados cairam como dominós


Lehman Brothers Holdings Inc. (former NYSE ticker symbol LEH) was a global financial services firm. Before declaring bankruptcy in 2008, Lehman was the fourth-largest investment bank in the US (behind Goldman Sachs, Morgan Stanley, and Merrill Lynch), doing business in investment banking, equity and fixed-income sales and trading (especially U.S. Treasury securities), research, investment management, private equity, and private banking.
At 1:45AM on September 15, 2008, the firm filed for Chapter 11 bankruptcy protection following the massive exodus of most of its clients, drastic losses in its stock, and devaluation of its assets by credit rating agencies. Lehman Brothers' bankruptcy filing is the largest bankruptcy in U.S. history, and is thought to have played a major role in the unfolding of the late-2000s global financial crisis. The following day, Barclays announced its agreement to purchase, subject to regulatory approval, Lehman's North American investment-banking and trading divisions along with its New York headquarters building. On September 20, 2008, a revised version of that agreement was approved by US Bankruptcy Court Judge James M. Peck. The next week, Nomura Holdings announced that it would acquire Lehman Brothers' franchise in the Asia-Pacific region, including Japan, Hong Kong and Australia, as well as Lehman Brothers' investment banking and equities businesses in Europe and the Middle East. The deal became effective on October 13, 2008.

Johnny Ramone morreu há 9 anos

Estátua de Johnny Ramone no Hollywood Forever Cemetery

John William Cummings (Long Island, Nova Iorque, 8 de outubro de 1948 - Los Angeles, Califórnia, 15 de setembro de 2004), mais conhecido como Johnny Ramone, foi o guitarrista da banda de punk rock Ramones. Como o vocalista Joey Ramone, ele foi membro da banda até o fim.
Quando criança tocava em uma banda chamada Tangerine Puppets. Depois ficou conhecido como "gordão". Johnny era conhecido pela sua personalidade volúvel e controladora, postura anti-social, e extrema rigidez na regência interna dos Ramones. O documentário End of the Century: The Story of the Ramones traz relatos de antigos amigos, e do próprio Johnny sobre sua postura pouco amigável durante a juventude. Era o empresário interno dos Ramones, criando e impondo regras a serem seguidas com o intuito do bom funcionamento e manutenção da banda.
Em 15 de Setembro de 2004, ele morreu em Los Angeles, depois de 5 anos lutando contra um cancro da próstata. Encontra-se sepultado no Hollywood Forever Cemetery, Hollywood, Condado de Los Angeles, Califórnia, nos Estados Unidos.
A 27 de agosto de 2003, a Rolling Stone lançou a lista dos 100 melhores guitarristas de todos os tempos, tendo sido escolhido como o 28º melhor guitarrista.


A penicilina, o primeiro antibiótico, foi descoberto há 85 anos

Alexander Fleming, o descobridor da penicilina

A penicilina G é um antibiótico natural derivado de um fungo, o bolor do pão Penicillium chrysogenum (ou P. notatum). Ela foi descoberta em 15 de setembro de 1928, pelo médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming e está disponível como fármaco desde 1941, sendo o primeiro antibiótico a ser utilizado com sucesso.

A penicilina foi descoberta em 1928 por Alexander Fleming, quando foi de férias e esqueceu algumas placas (caixas de Petri) com culturas de microrganismos no seu laboratório, no Hospital St. Mary, em Londres. Quando voltou, reparou que uma das suas culturas de Staphylococcus tinha sido contaminada por um bolor, e em volta das colónias deste não havia mais bactérias. Então Fleming e seu colega, Dr. Pryce, descobriram um fungo do género Penicillium, e demonstraram que o fungo produzia uma substância responsável pelo efeito bactericida: a penicilina. Esta foi obtida em forma purificada por Howard Florey, Ernst Chain e Norman Heatley, da Universidade de Oxford, muitos anos depois, em 1940. Eles comprovaram as suas qualidades antibióticas em ratos infetados, assim como a sua não-toxicidade. Em 1941, os seus efeitos foram demonstrados em humanos. O primeiro homem a ser tratado com penicilina foi um agente da polícia que sofria de septicémia com abcessos disseminados, uma condição geralmente fatal na época. Ele melhorou bastante após a administração do fármaco, mas veio a falecer quando as reservas iniciais de penicilina se esgotaram. Em 1945, Fleming, Florey e Chain receberam o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina por este trabalho. A penicilina salvou milhares de vidas de soldados dos aliados na Segunda Guerra Mundial. Durante muito tempo, o capítulo que a penicilina abriu na história da Medicina parecia prometer o fim das doenças infecciosas de origem bacteriana como causa de mortalidade humana. A penicilina ajudou muito a sociedade daquela época e hoje ainda o faz.
Tem-se dito que muitas descobertas científicas são feitas ao acaso. O acaso, já dizia Pasteur, só favorece aos espíritos preparados e não prescinde da observação. A descoberta da penicilina constitui um exemplo típico. Alexander Fleming, bacteriologista do St. Mary's Hospital, de Londres, vinha já há algum tempo pesquisando substâncias capazes de matar ou impedir o crescimento de bactérias nas feridas infectadas. Essa preocupação se justificava pela experiência adquirida na Primeira Grande Guerra (1914-1918), na qual muitos combatentes morreram em consequência da infecção em ferimentos profundos. Em 1922 Fleming descobrira uma substância antibacteriana na lágrima e na saliva, a qual dera o nome de lisozima. Em 1928 Fleming desenvolvia pesquisas sobre estafilococos, quando descobriu a penicilina. A descoberta da penicilina deu-se em condições peculiaríssimas, graças a uma sequência de acontecimentos imprevistos e surpreendentes.
No mês de agosto daquele ano Fleming tirou férias e, por esquecimento, deixou algumas placas com culturas de estafilococos sobre a mesa, em lugar de guardá-las no frigorífico ou inutilizá-las, como seria natural. Quando regressou ao trabalho, em setembro, observou que algumas das placas estavam contaminadas com mofo, facto que é relativamente frequente. Colocou-as então, em uma bandeja para limpeza e esterilização com lisol. Neste exato momento entrou no laboratório um seu colega, Dr. Pryce, e lhe perguntou como iam suas pesquisas. Fleming apanhou novamente as placas para explicar alguns detalhes ao seu colega sobre as culturas de estafilococos que estava realizando, quando notou que havia, em uma das placas, um halo transparente em torno do mofo (bolor) contaminante, o que parecia indicar que aquele fungo produzia uma substância bactericida. O assunto foi discutido entre ambos e Fleming decidiu fazer algumas culturas do fungo para estudo posterior.
O fungo foi identificado como pertencente ao género Penicilium, donde deriva o nome de penicilina dado à substância por ele produzida. Fleming passou a empregá-la em seu laboratório para selecionar determinadas bactérias, eliminando das culturas as espécies sensíveis à sua ação.
A descoberta de Fleming não despertou inicialmente maior interesse e não houve a preocupação em utilizá-la para fins terapêuticos em casos de infecção humana até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Em 1940, Sir Howard Florey e Ernst Chain, de Oxford, retomaram as pesquisas de Fleming e conseguiram produzir penicilina com fins terapêuticos em escala industrial, inaugurando uma nova era para a medicina - a era dos antibióticos.

Colin McRae morreu há 6 anos

Colin Steele McRae (Lanark, 5 de agosto de 1968 - Jerviswood, South Lanarkshire, 15 de setembro de 2007) foi um piloto britânico do Campeonato Mundial de Ralis, filho de Jimmy McRae, cinco vezes campeão do Rali do Reino Unido.
Ganhou o título de piloto do mundo em 1995, foi vice-campeão em 1996, 1997 e 2001, e terceiro em 1998. Ajudou a Subaru a garantir o título de construtores em 1995, 1996 e 1997, e a Citroën em 2003. Foi agraciado com o título de MBE (Member of the British Empire) pela Rainha Isabel II em 1996.

Campeonato Mundial de Ralis (WRC)
Colin venceu o seu primeiro WRC em 1993, ao volante de um Subaru Legacy da equipa Prodrive no Rali da Nova Zelândia, ajudou a equipa nipónica a conquistar três títulos de construtores seguidos, incluindo um para o palmarés de Colin em 1995, após um final de campeonato emocionante na sua terra-natal, com o seu colega de equipa e bi-campeão do mundo Carlos Sainz. Também mais tarde em 1998 venceu a Corrida dos Campeões.
Após vários anos em busca de títulos, Colin McRae mudou-se para a equipa M-Sport Ford em 1999, ao comando do novo Ford Focus WRC. Esta mudança foi realçada com duas vitórias no Rali Safari e em Portugal. Contudo teve de lutar bastante durante o resto da temporada, sobretudo devido à concorrência dos seus principais adversários, o que acabou por falhar o seu segundo título de campeão pela M-Sport em 2001.
Com a vitória no Rali Safari em 2002, McRae ficou no livro dos recordes ao ser o piloto com mais vitórias no campeonato do mundo, sendo mais tarde ultrapassado em 2003 pelo espanhol Carlos Sainz e pelo francês Sébastien Loeb.
Em 2003, McRae decidiu deixar a Ford e assinar contrato com a promissora equipa da Citroën, contudo o escocês apenas se ficou pelo sétimo lugar na geral, sem nenhuma vitória em qualquer rali. Quando a esperança de um segundo contrato com a Subaru se desfez - devido à entrada na equipa do novo talento Mikko Hirvonen para fazer dupla com Petter Solberg em 2003 - acabou por abandonar a competição em 2004.
No final de 2006, tinha participado em 146 provas, foi colega de vários pilotos incluindo Carlos Sainz, Richard Burns, Ari Vatanen e Sébastien Loeb.
Apesar de não oficialmente retirado, Colin optou por se afastar durante um período do WRC e realizar outros desejos, tais como a bordo de uma carrinha da Nissan no rali mais duro do mundo, o Rali Paris-Dakar. Também competiu na prova francesa das 24 Horas de Le Mans.
Após um ano longe dos ralis, em 2004 teve o seu regresso ao volante de um Škoda Fabia WRC no Rally GB do País de Gales, acabando num decepcionante sétimo lugar devido à falta de competitividade do carro. Mais tarde recebeu a trágica notícia da morte do seu companheiro britânico Michael Park. Depois no Rali da Austrália conseguiu um segundo lugar, após problemas no carro a três especiais do final. Entretanto Colin acreditava que podia regressar ao WRC em 2006 com a equipa da Škoda a trabalhar para obter melhores resultados.
A 5 de Agosto de 2006, Colin e o seu co-piloto Nicky Grist competiram pela Subaru no primeiro rali americano transmitido ao vivo pela televisão em Los Angeles, como fazendo parte dos X-Games. A duas curvas do final, o seu carro virou, danificando bastante a frente e o pneu esquerdo, mesmo assim o carro cruzou a linha da meta acabando em segundo lugar.
Em Outubro de 2006 foi anunciado que iria substituir o actual campeão - na altura Loeb - na equipa Kronos Citroën no Rali da Turquia, devido à fractura de um braço em virtude da queda de bicicleta. Na última especial um problema no alternador, fez com que Colin ficasse fora dos dez primeiros lugares. Para Colin esta seria a hipótese de regressar em grande à estrada, o que não aconteceu.

Colin McRae Rally
Uma outra participação de Colin foi no mundo dos jogos de computadores. Em 1998 foi lançado o intitulado Colin McRae Rally, sendo o segundo jogo lançado em 2000 disponível para a PlayStation da Sony e para computador, mais tarde adaptado para Game Boy Advance em 2002. A terceira versão surgiu de novo para computador e Xbox.
A quarta versão chegou em 2005, trazendo novos gráficos e mais realismo, aumentando assim a intensidade da experiência da condução de um verdadeiro carro de rali, mais tarde adaptado para PSP da Sony e N-Gage da Nokia. A nova geração deste jogo será com o título de Colin McRae Dirt, que será adaptado para computador, Xbox 360 e mais tarde para PlayStation 3, finais de 2007.
Colin McRae Dirt é o único jogo que conta com um carro Português, o Saab 9.3 Turbo de Eduardo Veiga, Bi-Campeão Nacional de Ralicross. O aparecimento do carro de Eduardo Veiga é de base no jogo e não um ad-on. Foram preciso mais de 10 gigas de fotografias e vinte páginas sobre as características e comportamento do carro em pista, para dar ao jogo a versão realista que tem. Entre a a escolha do carro do bi-campeão nacional para participar no jogo e o aparecimento do jogo no mercado passaram-se mais de dois anos.
Uma edição especial para telefones móveis também será lançada, numa data a definir.
Participa também do jogo lançado em 2009, Dirt 2, onde é feita uma homenagem in-game, com vídeo mostrando cenas da carreira de Colin McRae.

Morte
Colin McRae morreu a 15 de setembro de 2007, quando o helicóptero em que seguia e pilotava caiu perto da sua residência, em Lanark, na Escócia. Com o campeão do WRC estavam o seu filho Johnny, de cinco anos, um amigo do seu filho (Ben Porcelli, de 6 anos) e mais um amigo de Colin (Graeme Duncan, 37 anos). Não houve sobreviventes. Investigações concluíram que Colin foi imprudente ao sobrevoar a baixa altitude o local conhecido como "Mouse Valley" onde ocorreu a queda.

O poeta Bocage nasceu há 248 anos

Monumento de Bocage em Setúbal (estátua)

Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage (Setúbal, 15 de setembro de 1765Lisboa, 21 de dezembro de 1805) foi um poeta português e, possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano. Embora ícone deste movimento literário, é uma figura inserida num período de transição do estilo clássico para o estilo romântico que terá forte presença na literatura portuguesa do século XIX.


Auto-retrato

Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;

Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos, por taça escura,
De zelos infernais letal veneno;

Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades,

Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades,
Num dia em que se achou mais pachorrento.


Bocage

Richard William Wright, o teclista dos Pink Floyd, morreu há 5 anos

Richard "Rick" William Wright (Londres, 28 de julho de 1943 - Londres, 15 de setembro de 2008) foi um músico britânico, teclista da banda de rock progressivo Pink Floyd.

Entrou para a escola particular Harberdashers, e aos 20 anos, foi para a Escola de Arquitetura. Lá conheceu o baixista Roger Waters e o baterista Nick Mason. Formaram um grupo na faculdade e escolheram, seis meses depois, Syd Barrett para a guitarra.
O único nascido em Londres entre os integrantes dos Pink Floyd, Richard Wright sempre foi o terceiro compositor e vocalista do grupo, tal como como George Harrison nos Beatles, John Entwistle nos The Who e John Paul Jones nos Led Zeppelin.
Como compositor Wright contribuía com duas ou três músicas por álbum, ou colaborava na estruturação de obras coletivas como "Echoes" ou "Time". Dark Side of the Moon (1973) representa o seu auge nos Pink Floyd: os teclados equiparam-se à guitarra de David Gilmour e participou na composição de cinco das dez músicas. Em Wish You Were Here (1975), onde os seus teclados estão omnipresentes, Wright trouxe grandes contribuições para o álbum, sobretudo na suíte "Shine On You Crazy Diamond".
A partir do disco Animals (1977) iniciou-se o processo de domínio dos Pink Floyd por Roger Waters, apesar de neste disco Rick Wright ter realizado um competente trabalho no comando dos teclados da banda.
O sucesso começou a afetar as relações pessoais dentro do grupo. Trabalhos a solo eram a única saída para os demais integrantes da banda e Wright realizou Wet Dream em 1978, acompanhado por Mel Collins (sax), Snowy Whithe (guitarra), Larry Steele (baixo) e Reg Isadore (bateria).
Quando os Pink Floyd começaram a gravar The Wall, em 1979,  Roger Waters tinha assumido o total controle da banda. Rick Wright foi afastado do processo de criação e concepção, o que culminou com a sua expulsão da banda durante as gravações de The Wall, apesar de, mais tarde, participar dos shows.
Depois da saída dos Pink Floyd, Wright juntou-se com Dave Harris num grupo chamado "Zee" e gravaram "Identity" em 1984.
O retorno de Wright aos Pink Floyd deu-se em 1987, nas gravações de A Momentary Lapse Of Reason. Ele chegou no meio das gravações, ocasião em que não trouxe contribuição relevante para o álbum, mas participou da turnê mundial de promoção do disco.
Já em The Division Bell, Rick Wright voltou a participar ativamente do processo criativo, retomando-se a cooperação coletiva que se havia perdido nos anos 70. Wright é co-autor de "Wearing The Inside Out" com Anthony Moore e das músicas "Cluster One", "What Do You Want From Me", "Marooned", e "Keep Talking" com David Gilmour.
Em 1996 Rick Wright lançou seu o terceiro álbum, Broken China, gravado no estúdio da sua casa na França. Ele mesmo produziu o disco, com Anthony Moore, que também escreveu as letras. Foi misturado por James Guthrie. Participam deste álbum os guitarristas Tim Renwick, Dominic Miller e Steve Bolton, o baterista Manu Katche e o baixista Pino Palladino. E mais, Sinead O'Connor canta em duas faixas - "Reaching for the Rail" e "Breakthrough".
Apesar do papel coadjuvante ou secundário, é quase consensual entre fãs que o som dos teclados de Richard Wright apresentava-se como elemento fundamental para a constituição do som dos Pink Floyd.
Morreu em sua casa em Londres, em 15 de setembro de 2008, sendo a informação revelada por um porta-voz do grupo, e em seguida, divulgada expressamente no web-site da banda. Wright tinha apenas 65 anos e sofria de cancro.
A morte de Richard acabou com as possíveis esperanças dos Pink Floyd retornarem aos palcos.



sábado, setembro 14, 2013

O Yom Kipur terminou há pouco...

Judeus rezando numa sinagoga no Yom Kippur (pintura de 1878 de Maurycy Gottlieb)

O Yom Kipur ou Kippur é um dos dias mais importantes do judaísmo. No calendário hebreu começa no crepúsculo que inicia o décimo dia do mês hebreu de Tishrei (que coincide com Setembro ou Outubro), continuando até ao seguinte pôr do sol. Os judeus tradicionalmente observam esse feriado com um período de jejum de 25 horas e oração intensa.

Proibições
Existem 5 proibições no Yom Kipur:
  1. Comer (come-se um pouco antes do pôr-do-sol ainda na véspera do dia até o nascer das estrelas do dia de Yom Kipur);
  2. Usar calçados de couro;
  3. Manter relações conjugais;
  4. Pôr cremes, desodorizante, etc. no corpo;
  5. Banhar-se por prazer.
A essência destas proibições é causar aflição ao corpo, dando, então, prioridade à alma. Pela perspectiva judaica, o ser humano é constituído pelo yetzer hatóv (o desejo de fazer as coisas corretamente, que é identificado com a alma) e o yetzer hará (o desejo de seguir os próprios instintos, que corresponde ao corpo). Nosso desafio na vida é "sincronizar" nosso corpo com o yetzer hatóv. Uma analogia é feita no Talmud entre um cavalo (o corpo) e um cavaleiro (a alma). É sempre melhor o cavaleiro estar em cima do cavalo!

Orações
Durante as orações fala-se o Vidui, uma confissão, e Al Chet, uma lista de transgressões entre o homem e Deus e o homem e seu semelhante. É interessante notar duas coisas: primeiro, as transgressões estão em ordem alfabética (em hebraico). Isto torna a lista bastante abrangente, além de permitir a inclusão de qualquer transgressão que se queira na letra apropriada.
Em segundo, o Vidui e Al Chet estão no plural, o que pretende transmitir a ideia de que o povo judeu é um povo "entrelaçado", onde todos devem ser responsáveis pelos outros. Mesmo não cometendo uma determinada ofensa, pretende-se transmitir uma carga de responsabilidade por aqueles que a cometeram - especialmente se a transgressão pudesse ter sido evitada por aqueles que não arcarão com as culpas.

Dia do Perdão
Durante um longo ano comete o homem toda sorte de erros, atropelos, voluntários, involuntários. O processo da teshuvá (arrependimento, retorno ao bem) não poderá realizar-se magicamente em um dia. A tradição judia coloca ao mês de Elul, último do ano, como prefácio para ir preparando o homem para a reflexão profunda, até o grande caminho interior. Cedo, nas manhãs de Elul se ouve o som do shofar.
Uma semana antes de Rosh Hashaná, também durante a madrugada, se dizem as orações que se chamam "selichot" - perdões). O 1º de Tishrei é o grande dia, a base para um ano novo e um novo ano de vida. Depois seguirão nove dias até o dia do perdão. Dez dias, para aprofundar-se dentro de si, afastar o mal, aproximar o bem. O processo chega a sua culminância no dia 10º de Tishrei : Yom Kipur.
A expiação, Kipur, na raiz hebraica, refere-se ao "que cobre", ou seja, o castigo que envolve o ato perverso. Tudo o que se pode anular, deter ou parar é o castigo; mas não o ato cometido; esse ato está aí e a única maneira de superá-la é através de uma transcendental modificação da conduta pessoal posterior. Os atos são do homem, seguirão sendo dele, e a consequência, sua responsabilidade. Deus pode apagar o castigo, não o ato. O jejum - que acompanha todo o dia do perdão - por sua parte não faz milagre. O jejum do dia não sacrifica nada a favor de Deus, sendo que tal ideia seria eminentemente pagã. O que faz é reconcentrar o homem em seu espírito, afastá-lo, por algumas horas, da servidão do homem ao corpo e a suas necessidades.
Observa-se também que as más ações ou transgressões têm duas polaridades: uma do homem em relação ao homem e a outra, do homem em relação a Deus. A primeira é a da vida diária, exterior, social e inter humana. A outra, do âmbito da alma, é o segredo da consciência. A primeira é coisa de homens, e os homens têm de resolvê-la: "As transgressões que vão de homem a homem, não são expiadas pelo Yom Kipur, se antes não forem perdoadas pelo próximo ".
Daí que se costuma pedir previamente o perdão de nossos semelhantes, se eles não perdoam, Deus não poderá intervir.

Jejum
É o dia do perdão - quando Deus perdoa a todo Israel. Durante esse dia, nada pode ser comido ou bebido, inclusive água. Não é permitido lavar a boca, escovar os dentes ou banhar o corpo. Somente o rosto e as mãos podem ser lavados pela manhã, antes das orações. Não se pode carregar nada, acender fogo, fumar, nem usar eletricidade. O jejum não é permitido para crianças menores de 9 anos, pessoas gravemente enfermas, mulheres grávidas e aquelas que deram a luz há menos de trinta dias.
Se uma pessoa enquanto estiver jejuando passar mal, a ponto de quase desmaiar, deve-se lhe dar comida até que se recupere. Se houver perigo de uma epidemia, e os médicos da cidade aconselharem que é necessário comer a fim de resistir à moléstia, exige-se que todos comam.
Existem outras proibições, além daquelas contra trabalhar, comer ou beber. As relações conjugais são proibidas, bem como o uso de perfumes e cremes, exceto para fins medicinais. Além disso, sapatos e outras peças da indumentária feitas de couro não podem ser usadas no Yom Kipur, pois não se pode usar nenhum material para o qual seja necessário matar um animal.
Após o Yom Kipur, espera-se que haja festa e alegria, não perdendo de vista o facto de que o feriado é um dia santo de júbilo.