domingo, dezembro 29, 2024

Porque um Poeta nunca morre, enquanto for lido, admirado e recordado...

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O POETA

Já te despedes de mim, Hora.
Teu golpe de asa é o meu açoite.
Só: da boca o que faço agora?
Que faço do dia, da noite?

Sem paz, sem amor, sem teto,
caminho pela vida afora.
Tudo aquilo em que ponho afeto
fica mais rico e me devora.

 

Rainer Maria Rilke

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