sexta-feira, dezembro 02, 2011

Britney Spears - 30 anos!

Britney Jean Spears (McComb, 2 de dezembro de 1981) é uma cantora, compositora, dançarina e atriz dos Estados Unidos. Britney já vendeu mais de 100 milhões de álbuns, 90 milhões de singles, e 40 milhões de DVD's, segundo a Jive Records. Ela é a 8ª artista feminina que mais vendeu álbuns na história nos Estados Unidos, e 54ª no geral, com mais de 32 milhões de cópias vendidas no país. E a 71º artista que mais vendeu discos na história. É vencedora de 308 prémios, entre eles estão Grammy Awards, MTV Video Music Awards, MTV Europe Music Awards, American Music Awards, Billboard Music Awards, World Music Awards, MTV Video Music Brasil, Teen Choice Awards, Nickelodeon Kids' Choice Awards, entre outros. Britney é a 3ª artista com mais álbuns em primeiro lugar na Billboard 200, e também a artista mais jovem a ter 6 álbuns estreando em primeiro.
Britney é a 3ª artista que mais vendeu álbuns nos anos 2000,com mais de 100 milhões de cópias vendidas na década, sendo 40 milhões de cópias com seus 3 primeiros álbuns dos anos 2000. É a cantora mais jovem da história a ganhar uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, com apenas 21 anos. É a única cantora à ter seus 7 álbuns consecutivos estreando no Top 5 da Billboard 200 (com 6 #1's e 1 #2)É também (Junto a Mariah Carey e Janet Jackson) a única artista na história do Nielsen SoundScan à ter 6 álbuns debutando com mais de 200 mil cópias na semana de estreia. Sua compilação B In The Mix: The Remixes (2005) é o 7º álbum de remixes mais vendido da história com 1.5 milhão do cópias. Foi por 9 anos consecutivos (1999 - 2007) a celebridade mais procurada na internet de acordo com os sites de busca Google e Yahoo! e o Guinness World Records. Em 2000 Spears foi a mais jovem artista da história a vender 10 milhões de discos nos Estados Unidos, (já que seu álbum de estreia vendeu 14 milhões de cópias apenas no país) entrando na lista de recordistas de vendas dos Estados Unidos. Foi a mais jovem artista a conseguir o disco de diamante pelo mesmo número de vendas, com apenas 18 anos. E em 2011 Spears se tornou a mais jovem artista da história a colocar álbuns 6 álbuns em #1 na Billboard 200, em 3 décadas consecutivas, com apenas 29 anos. Dentre seus grandes sucessos estão Baby One More Time, Oops!...I Did It Again, I'm A Slave 4 U, Toxic, Piece of Me, Womanizer, 3 e Hold It Against Me. Em 2002 foi eleita pela Forbes a celebridade mais poderosa do mundo e em 2003, como a mulher do ano pela Glamour Magazine. Também foi eleita o terceiro maior ícone Pop de todos os tempos pela revista People e pelo canal VH1, como o ícone mais importante da cultura americana pela CNN. Em 2004 foi eleita pela revista FHM a mulher mais sexy do mundo. Em 2008 a BBC divulgou a lista dos 1000 artistas musicais mais populares do mundo e Britney ficou em 1º lugar. Em setembro de 2011 venceu a uma enquente da revista Billboard como a cantora mais sexy do mundo, ficando a frente das cantoras Beyoncé e Rihanna que ficaram em segundo e terceiro respectivamente. Sua fortuna está estimada em cerca de 500 milhões de dólares segundo o site MSN, tornando-a a mulher mais rica do mundo com menos de 30 anos  e também a quinta cantora mais rica do mundo. Também teve uma grande influência na moda ao popularizar no mundo o Jeans de cintura baixa, o Piercing de umbigo e o cabelo loiro.
Sua primeira aparição em rede nacional foi no programa de talentos Star Search, em 1992. Logo após, a então jovem artista recebeu um convite para integrar-se ao elenco da produção da Disney The Mickey Mouse Club. Britney participou do programa de 1993 a 1994, quando os produtores decidiram encerrar a atração. Sendo assim, ela retornou para a cidade de Kentwood e levou uma vida normal até 1998, ano de lançamento de seu primeiro álbum, …Baby One More Time, que vendeu 25 milhões de cópias no mundo. Em maio desse ano, Britney e mais 60 cantoras irão receber uma homenagem no Rock and Roll Hall of Fame com uma sessão dedicadas especialmente para elas chamada "Women Who Rock: Vision, Passion, Power".


O Imperador D. Pedro II do Brasil nasceu há 186 anos

D. Pedro II do Brasil (nome completo: Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga; Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 1825 - Paris, 5 de dezembro de 1891), chamado O Magnânimo, foi o segundo e último Imperador do Brasil.
D. Pedro II foi o sétimo filho de D. Pedro I e da arquiduquesa Dona Leopoldina de Áustria, porem ele era um dos filhos que mais se destacava . Sucedeu ao seu pai, que abdicara em seu favor para retomar a coroa de Portugal, à qual renunciara em nome da filha mais velha, D. Maria da Glória. Pelo lado paterno, era sobrinho de Miguel I de Portugal, enquanto, pelo lado materno, sobrinho de Napoleão Bonaparte e primo dos imperadores Napoleão II da França, Francisco José I da Áustria e Maximiliano I do México. Sendo o irmão mais novo de D. Maria da Glória, também fora tio de D. Pedro V e D. Luís I, reis de Portugal.
Pedro II governou de 1840, quando foi antecipada sua maioridade, até 1889 ano em que foi deposto com a proclamação da república brasileira. Além dos registos históricos e jornalísticos da época, Pedro II deixou à posteridade 5.500 páginas de seu diário registadas a lápis em 43 cadernos, além de correspondências, que nos possibilitam conhecer um pouco mais do seu perfil e pensamento.
Ele é, ainda hoje, um dos personagens mais admirados do cenário nacional, e é lembrado pela defesa à integridade da nação, ao incentivo à educação e cultura, pela defesa à abolição da escravidão e pela diplomacia e relações com personalidades internacionais, sendo considerado um príncipe filósofo por Lamartine, um neto de Marco Aurélio por Victor Hugo e um homem de ciência por Louis Pasteur e ganhando a admiração de pensadores como Charles Darwin, Richard Wagner, Henry Wadsworth Longfellow e Friedrich Nietzsche. Durante todo a sua administração como imperador, o Brasil viveu um período de estabilidade e desenvolvimento económico e grande valorização da cultura, além de utilizar o patriotismo como força de defesa à integridade nacional. Apesar de, muitas vezes, demonstrar certo desgosto pelas intensas atividades políticas, o último imperador do Brasil construiu em torno de si uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros.

A Doutrina Monroe foi enunciada há 188 anos

Retrato de James Monroe - óleo sobre tela de John Vanderlyn (1775-1852)

A chamada Doutrina Monroe foi anunciada pelo presidente norteamericano James Monroe (presidente de 1817 a 1825) em sua mensagem ao Congresso em 2 de dezembro de 1823.
Julgamos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como susceptíveis de colonização por nenhuma potência europeia […] 
(Mensagem do Presidente James Monroe ao Congresso dos EUA, 1823)
A frase que resume a doutrina é: "América para os americanos"
O seu pensamento consistia em três pontos:
  • a não criação de novas colónias nas Américas;
  • a não intervenção nos assuntos internos dos países americanos;
  • a não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colónias.
A Doutrina reafirmava a posição dos Estados Unidos contra o colonialismo europeu, inspirando-se na política isolacionista de George Washington, segundo a qual "a Europa tinha um conjunto de interesses elementares sem relação com os nossos ou senão muito remotamente" (Discurso de despedida do Presidente George Washington, em 17 de Setembro de 1796), e desenvolvia o pensamento de Thomas Jefferson, segundo o qual "a América tem um Hemisfério para si mesma", o qual tanto poderia significar o continente americano como o seu próprio país.
À época, a Doutrina Monroe representava uma séria advertência não só à Santa Aliança, como também à própria Grã-Bretanha, embora seu efeito imediato, quanto à defesa dos novos Estados americanos, fosse puramente moral, dado que os interesses económicos e a capacidade política e militar dos Estados Unidos não ultrapassavam a região das Caraíbas. De qualquer forma, a formulação da Doutrina ajudou a Grã-Bretanha a frustrar os planos europeus de recolonização da América e permitiu que os Estados Unidos continuassem a dilatar as suas fronteiras na direção do Oeste, dizimando as tribos indígenas que lá habitavam. Essa expansão no continente americano teve como pressuposto o Destino Manifesto, e marcou o início da política expansionista do país no continente.

A diva Maria Callas nasceu há 88 anos

Maria Callas (Nova Iorque, 2 de dezembro de 1923 - Paris, 16 de setembro de 1977) foi uma cantora lírica americana de ascendência grega, considerada a maior celebridade da Ópera no século XX e a maior soprano de todos os tempos. Apesar de também famosa pela sua vida pessoal, o seu legado mais duradouro deve-se ao impulso a um novo estilo de atuação nas produções operísticas, à raridade e distintividade de seu tipo de voz e ao resgate de óperas há muito esquecidas do bel canto, estreladas por ela.

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Porque hoje é o Dia Mundial de Combate à SIDA


Há 21 anos voltou a ser possível ir a pé da França até à Inglaterra (desde há mais de 10.000 anos...)

Mapa do trajeto do Eurotúnel

O Eurotúnel (em inglês Channel Tunnel e em francês Le Tunnel sous la Manche) é um túnel ferroviário submarino e subterrâneo de 50,5 km que atravessa o Canal da Mancha ligando a França à Inglaterra. Os britânicos também o chamam coloquialmente de The Chunnel.
Sua construção foi bastante demorada e o início das obras sofreu alguns adiamentos até a sua efetiva inauguração em 1994. É o terceiro maior túnel ferroviário do mundo, ultrapassado pelo Túnel de Seikan que liga as ilhas de Hokkaido e Honshu no Japão e pelo Túnel de base de São Gotardo, em construção na Suíça.

Uma ligação entre a França e a Inglaterra já havia sido proposta em diversas ocasiões, sem sucesso.
Assim, em 1957, foi formado o Grupo de Estudo para o Túnel do Canal (Channel Tunnel Study Group). No seu relatório, publicado em 1960, recomendava-se a construção de dois túneis ferroviários principais e um de serviço, menor. O projeto foi iniciado em 1973 mas, devido a problemas de financiamento, foi interrompido em 1975 quando já estavam construídos 250 metros de um túnel de teste.
Em 1984, a ideia foi relançada com uma proposta conjunta dos governos britânico e francês para a construção do túnel com fundos privados. Das quatro propostas apresentadas, foi escolhida a que mais se assemelhava ao anterior projeto de 1973 e foi anunciada ao público em 20 de Janeiro de 1986. Em 12 de Fevereiro de 1986, os governos dos dois países assinaram em Canterbury, o Fixed Link Treaty que foi ratificado em 1987.
O percurso planeado ligava Calais, na França, a Folkestone, na Inglaterra. Na maior parte do seu percurso, o túnel encontra-se a 40 metros abaixo do fundo do mar, sendo a secção sul mais funda do que a secção norte.

A escavação do túnel demorou sete anos e empregou 15 000 trabal que englobava 15 empresas e 5 bancos de ambos os países. Foram usadas grandes máquinas, tunnel boring machine (TBM). Estas máquinas eram autênticas fábricas móveis que abriam o túnel, retiravam a terra e escoravam as paredes com concreto. Quase 4 milhões de metros cúbicos de cal foram escavados só do lado inglês; a maior parte foi deitada ao mar em Shakespeare Cliff, perto de Folkestone tendo com isso, roubado ao mar cerca de 360 000 m².

Secção-tipo do Túnel da Mancha

O Túnel da Mancha é constituído por 3 túneis paralelos, dois principais ferroviários e um menor, de acesso. Este túnel de acesso, que é servido por veículos pequenos, é ligado aos outros através de passagens transversais em intervalos regulares para permitir que os trabalhadores da manutenção tenham acesso aos túneis principais e para fornecer uma saída de emergência em caso de acidente.
Os passageiros e os veículos automóveis (ligeiros e pesados) são transportados por um serviço de comboios, ou trens, geridos pela companhia Eurotúnel. O trajeto dura apenas 35 minutos. Houve um acidente no Eurotúnel no dia 18 de Novembro de 1996 às 20.45 horas num dos vagões finais.
O encontro dos dois túneis 40 metros abaixo do solo do Canal da Mancha em 1 de dezembro de 1990, num crossover (passagens que permitem trens passar de um túnel a outro), tornou possível caminhar em terra seca da Inglaterra à Europa pela primeira vez desde o fim da última glaciação, mais de 13 mil anos atrás. Os britânicos e franceses, usando métodos de cálculo e pesquisa a laser, encontraram-se com menos de 2 cm de erro.
O túnel foi oficialmente inaugurado pela rainha britânica Elisabete II e pelo presidente francês François Mitterrand, em 6 de maio de 1994.


A poetisa Fernanda Botelho nasceu há 85 anos

(imagem daqui)

Maria Fernanda de Faria e Castro Botelho (Porto, 1 de Dezembro de 1926 - Lisboa, 11 de Dezembro de 2007) foi uma escritora portuguesa.
Era parente afastada do escritor Camilo Castelo Branco. Estudou Filologia Clássica nas Universidades de Coimbra e Lisboa, viria a fixar-se em Lisboa para ocupar a direção do departamento belga de turismo entre 1973 e 1983.
Foi co-fundadora da revista Távola Redonda, tendo ainda colaborado ainda em outras publicações periódicas, nomeadamente a Europa e a Graal.

Obras
  • Coordenadas Líricas (1951)
  • O Enigma das Sete Alíneas (1956)
  • O Ângulo Raso (1957)
  • Calendário Privado (1958)
  • A Gata e a Fábula (1960)
  • Xerazade e os outros (1964)
  • Terra sem Música (1969)
  • Lourenço É Nome de Jogral (1971)
  • Esta Noite Sonhei com Brughel (1987)
  • Festa em Casa de Flores (1990)

Crítica
Sobre o estilo o escritor Urbano Tavares Rodrigues disse que «que é de um rigor, de uma originalidade tais que a troca de uma simples palavra na maioria das suas frases apagaria intenções. esse estilo acutilante, irónico, pessoalíssimo, todo ele nervo e criação, bastaria para impor decisivamente Fernanda Botelho».
O poeta Jorge de Sena afirmou: que a sua escrita era "[...] árida, sarcástica, anti-lirica [...] vivendo a sua lucidez na desagregação e pela desagregação de uma desassombrada e cínica visão que usa insolitamente as palavras e os símbolos."

Prémios
1961 - Prémio Castelo Branco, graças à obra A Gata e a Fábula.


Amnésia

Posso pedir, em vão, a luz de mil estrelas:
apenas obtenho este desenho pardo
que a lâmpada de vinte e cinco velas
estende no meu quarto.

Posso pedir, em vão, a melodia, a cor
e uma satisfação imediata e firme:
(a lúbrica face do despertador
é quem me prende e oprime).

E peço, em vão, uma palavra exata,
uma fórmula sonora que resuma
este desespero de não esperar nada,
esta esperança real em coisa alguma.

E nada consigo, por muito que peça!
E tamanha ambição de nada vale!
Que eu fui deusa e tive uma amnésia,
esqueci quem era e acordei mortal.

Fernanda Botelho

O poeta Pedro Tamen nasceu há 77 anos

(imagem daqui)

Pedro Mário Alles Tamen (Lisboa, 1 de dezembro de 1934) é um poeta e tradutor literário português.
Pedro Tamen estudou Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde se licenciou. Entre 1958 e 1975 foi director da (extinta) editora Moraes e administrou a Fundação Calouste Gulbenkian de 1975 a 2000. Paralelamente presidiou o P.E.N. Clube Português (1987 - 1990) e foi membro da direcção e presidente da assembleia geral da Associação Portuguesa de Escritores.
Tamen estreou com a obra poética Poema para Todos os Dias em 1956, seguidos por vários edições de poemas e livros. Com Retábulo das Matérias (2001) o autor publicou uma coleção dos seus poemas escritos e publicados entre 1956 e 2001. É tradutor de várias obras literários de - entre outros - Gabriel Garcia Marquez, Marcel Proust e Gustave Flaubert e ganhou vários prémios literários.

NOÉ

Pronto, pronto, eu faço. Dá um trabalhão
mas faço. Corto madeira, arranjo pregos,
gasto o martelo. E o pior também:
correr o mundo a recolher os bichos,
coisas de nada como formigas magras,
e os outros, os grandes, os que mordem
e rugem. E sei lá quantos são!
Em que assados me pões. Tu
gastaste seis dias, e eu nunca mais acabo.
Andar por esse mundo, a pé enxuto ainda,
a escolher os melhores, os de melhor saúde,
que o mundo que tu queres não há-de nascer torto.
Um por um, e por uma, é claro, é aos pares
- o espaço que isso ocupa.

Mas não é ser carpinteiro,
não é ser caminheiro,
não é ser marinheiro o que mais me inquieta.
Nem é poder esquecer
a pulga, o ornitorrinco.
O que mais me inquieta, Senhor,
é não ter a certeza,
ou mais ter a certeza de não valer a pena,
é partir já vencido para outro mundo igual.

in
Analogia e Dedos (2006) - Pedro Tamen

Há 56 anos uma costureira afro-americana desencadeou a luta contra a segregação racial nos estados do Sul dos EUA

 O Autocarro de Montgomery em que Rosa Parks se negou a ceder seu lugar a uma pessoa branca

 Rosa Parks em 1955, com Martin Luther King, Jr. ao fundo

Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913 - Detroit, 24 de outubro de 2005), foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, em 1 de dezembro de 1955, por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco, tornando-se a improvável desencadeadora do movimento que foi denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista.

A Madame Tussaud dos museus de cera nasceu há 250 anos

Madame Tussaud "at the age of 42, when she left France for England". Portrait study (1921) by John Theodore Tussaud.

Anna Maria Tussaud (née Grosholtz; 1 December 1761 – 16 April 1850) was an artist known for her wax sculptures and Madame Tussaud's, the wax museum she founded in London.

Anna Maria Tussaud was born in Strasbourg on 1 December 1761; her father, a soldier named Joseph Grosholtz, was killed in the Seven Years' War just two months before Marie was born. Her mother, Anne-Marie Walder, took her to Bern where she moved to work as a housekeeper for Dr. Philippe Curtius (1741–1794). There she took the Swiss nationality. Curtius was a physician, and was skilled in wax modelling, which he used to illustrate anatomy. Later, he started to do portraits. Tussaud called him uncle. Curtius moved to Paris in 1765, starting work to set up a cabinet de cire (wax exhibition). In that year he made a waxwork of Louis XV's last mistress, Madame du Barry, a cast of which is the oldest work currently on display. In 1767, Tussaud and her mother joined Curtius and also moved to Paris. The first exhibition of Curtius' waxworks was shown in 1770, and attracted a big crowd. In 1776, the exhibition moved to the Palais Royal and, in 1782, Curtius opened a second exhibit, the Caverne des Grands Voleurs, a precursor to the later chamber of horrors, on Boulevard du Temple.
Curtius taught Tussaud the art of wax modelling; she showed a lot of talent and started to work for him. In 1778, she created her first wax figure, that of Jean-Jacques Rousseau. She later modelled other famous personages, such as Voltaire and Benjamin Franklin.
From 1780 to the Revolution in 1789, she claimed in later years to have been employed to teach votive making to Élisabeth the sister of Louis XVI. In her memoirs she claimed that in this capacity she was frequently privy to private conversations between the princess and her brother and members of his court, and that members of the royal family were so pleased with her work that, on their invitation, she lived at Versailles.
In Paris, Tussaud became involved in the French Revolution and met many of its important figures, including Napoleon Bonaparte and Robespierre.
On 12 July 1789, wax heads of Jacques Necker and the duc d'Orléans made by Curtius were carried in a protest march two days before the attack on the Bastille.
Tussaud was arrested during the Reign of Terror together with Joséphine de Beauharnais; her head was shaved in preparation for execution by guillotine. But thanks to Collot d'Herbois's support for Curtius and his household, she was released. Tussaud was employed to make death masks of the victims of the guillotine. Madame Tussaud made death masks of the revolution's most infamous dead such as Louis XVI, Marie Antoinette, Marat, and Robespierre. Her death masks were held up as revolutionary flags and paraded through the streets of Paris. Soon, Madame Tussaud was searching through sanitaries collecting the most illustrious heads she could find.
When Curtius died in 1794, he left his collection of wax works to Marie. In 1795, she married François Tussaud. They had two children, Joseph and François.
In 1802, Marie went to London together with Joseph, then four years old, her other son staying behind. She accepted an invitation from Paul Philidor, a magic lantern and phantasmagoria pioneer, to exhibit her work alongside his show at the Lyceum Theatre, London. She did not fare particularly well financially, with Philidor taking half of her profits.
As a result of the Napoleonic Wars, she was unable to return to France, so she traveled with her collection throughout Great Britain and Ireland. In 1821 or 1822, her other son, François, joined her. In 1835, she established her first permanent exhibition in Baker Street, on the upper floor of the "Baker Street Bazaar". In 1838, she wrote her memoirs. In 1842, she made a self-portrait which is now on display at the entrance of her museum. Some of the sculptures done by Tussaud herself still exist.
She died in her sleep in London on 16 April 1850 at the age of 88. There is a memorial tablet to Madame Marie Tussaud on the right side of the nave of St. Mary's Roman Catholic Church, Cadogan Street, London.
Madame Tussaud's wax museum has now grown to become one of the major tourist attractions in London, and has expanded with branches in Amsterdam, Bangkok, Hong Kong (Victoria Peak), Las Vegas, Shanghai, Berlin, Washington D.C., New York City, and Hollywood.

Nova sonda enviada esta semana vai procurar vida em Marte

NASA lança nova missão esta tarde
Se houve vida em Marte, o robô Curiosity vai querer saber
26.11.2011

Um laser capaz de perfurar rochas é uma das novidades do Curiosity (NASA/REUTERS)

Marte nunca viu nada como o Curiosity, o robô cientista que a NASA lançou às 15.02 horas, numa viagem de 570 milhões de quilómetros. É o aparelho mais sofisticado alguma vez enviado para o planeta vermelho, com a missão de descobrir se alguma vez houve condições para a vida no vizinho da Terra.

“É verdadeiramente um robô excepcional, cuja capacidade ultrapassa largamento tudo já enviámos para outro planeta do sistema solar”, garantiu Colleen Hartman, directora adjunta das missões científicas da NASA. Agosto de 2012 é a data prevista para a sua chegada e será o primeiro aparelho de investigação enviado para Marte com uma missão relacionada com a busca de vida desde o programa Viking, nos anos 1970 – que teve resultados inconclusivos.

Mas, apesar disso, não vai procurar vida directamente. “Tudo o que sabemos sobre a vida e o que torna um ambiente habitável é específico da Terra”, disse a astrobióloga Pamela Conrad, do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, responsável por esta missão da NASA. “As coisas em Marte terão sido uma função dos ingredientes iniciais que o planeta teve quando se formou, mas também dos processos que o afectaram.”

Por isso, o robô-cientista mais sofisticado que já alguma vez chegou à superfície do planeta de Marte vai procurar indícios indirectos de vida – sinais de que poderão ter existido condições para se desenvolverem seres vivos no quarto planeta a contar do Sol.

As experiências de SAM
Aparentemente, o Curiosity é igual ao Spirit e ao Opportunity, os robôs gémeos que chegaram ao planeta vermelho em 2004 - com uma missão de três meses que setransformou em sete anos de trabalho. Mas no Curiosity, que custou 2500 milhões de dólares (cerca de 1860 milhões de euros) e é a mais cara missão enviada a Marte, tudo é maior e mais ambicioso. Pesa 900 quilos e é do tamanho de um utilitário desportivo - aquilo a que os norte-americanos chamam um SUV.

Usa uma tecnologia superior à dos exploradores anteriores: por exemplo, as duas câmaras montadas no mastro que se ergue acima do corpo do “rover” funcionam como os seus olhos. Obterão imagens stereo de alta resolução e a cores, e sequências vídeo.

Este é o primeiro aparelho enviado para Marte que terá capacidade para perfurar - até cinco centímetros de profundidade - e recolher para análise amostras de pedras e solo. E consegue fazer algo que parece saído de um filme de ficção científica: dispara um laser até sete metros de distância e que é capaz de vaporizar rochas, para para determinar quais as moléculas de que são compostas.

As experiências feitas por um grupo de instrumentos conhecidos pela sigla SAM (a sigla em inglês de Análise de Amostras em Marte), que incluem um cromatógrafo de gás, um espectrómetro de massa e espectrómetro de laser, serão usados para tentar identificar compostos orgânicos - ou seja, moléculas com carbono. Esta será uma parte importante da sua missão.

"Não são sinais directos de vida", disse John Grotzinger, líder da missão. Afinal, encontram-se moléculas orgânicas no espaço interestelar. "Podem existir sem haver vida, mas a vida tal como a conhecemos não pode existir sem elas, por isso a sua presença seria um importante factor para determinar a habitabilidade de Marte", diz um comunicado de imprensa da NASA.

O Curiosity vai por isso procurar moléculas orgânicas e tentar perceber se serão de origem biológica ou não - podem vir em meteoritos, por exemplo -, medindo a relação entre diferentes isótopos de alguns elementos químicos. Isótopos são variantes com diferentes pesos atómicos de um elemento, como o carbono 12 e o carbono 13. Medir estes isótopos pode ajudar a esclarecer o mistério do metano em Marte.

Foram detectadas bolsas de metano em torno do equador, e este gás tem uma vida curta na atmosfera (cerca de um ano). Para ter uma presença duradoura, precisa de se ir renovando - e a sua origem é um mistério, embora a quantidade na atmosfera seja reduzida (10 partes por mil milhões, muito pouco se compararmos com as 1800 partes por mil milhões da Terra).

Vulcões activos não se conhecem. Fontes biológicas - vacas com aerofagia em Marte, bactérias que expelem metano? - também não. Mas as possibilidades, sejam elas geológicas ou biológicas, excitam os cientistas. Uma forma de começar a resolver o mistério será estudar a proporção de carbono 12 e carbono 13 em Marte, pois pelo menos na Terra os organismos que metabolizam metano preferem a forma mais leve de carbono. O Curiosity vai equipado para o estudar.

Padrão




Padrão
13-9-1918

O esforço é grande e o homem é pequeno
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
este padrão ao pé do areal moreno
e para diante naveguei.

A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
O por fazer é só com Deus.

E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.

E a Cruz ao alto diz que o que me há na alma
E faz a febre em mim de navegar
Só encontrará de Deus na eterna calma
O porto sempre por achar.

in
Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

O escritor Rex Stout nasceu há 125 anos

Rex Stout, de seu nome completo Rex Todhunter Stout, (Noblesville, Indiana, 1 de dezembro de 1886 - Danbury, Connecticut, 27 de outubro de 1975) foi um escritor norte-americano, especialmente conhecido por ter criado a personagem do detective privado Nero Wolfe.

O detective Nero Wolfe surgiu pela primeira vez no romance Fer-de-Lance (Picada Mortal), inicialmente publicado em fascículos no jornal The Saturday Evening Post, sendo posteriormente editado em livro em 1934. O livro The League of the Frightened Men (A Liga dos Homens Assustados), publicado em 1935, foi adaptado ao cinema em 1937. Em 1937 Stout criou a personagem Dol Bonner, uma detective privada, que viria a protagonizar diversos outros livros de Rex Stout.
Durante a Segunda Guerra Mundial, interrompeu os seus escritos e integrou a Fight for Freedom Organization. Foi presidente do Author's Guild e dos Mystery Writers of America. Em 1959 recebeu o Grand Master Award desta última organização. Stout foi activo em causas liberais e ignorou uma intimação da Comissão das Actividades Antiamericanas, no auge da era McCarthy. Anos mais tarde, perdeu muitos amigos liberais devido à sua posição a favor da intervenção dos Estados Unidos na guerra do Vietname.
Escreveu mais de 70 romances policiais, 46 dos quais com Nero Wolfe, detective excêntrico e obeso, gourmet e grande apreciador de cerveja, cujo companheiro, o intrépido Archie Goodwin, o ajuda na resolução dos crimes. Após a morte de Stout, o escritor Robert Goldsborough continuou as aventuras de Nero Wolte, a partir do final dos anos 80.
Nero Wolfe foi representado no cinema entre as décadas de 30 e 80, do século XX. Em 1981, Nero Wolfe, representado por William Conrad, deu título a uma série de televisão de 14 episódios produzida pela Paramount Television e transmitida pela National Broadcasting Company (NBC), tendo sido nomeada para dois prémios Emmy. Em 2001 foi iniciada uma série televisiva com Maury Chaykin no papel de Nero Wolfe e Timothy Hutton representando Archie Goodwin. Esta série, sob o título genérico A Nero Wolfe Mystery, foi produzida pela A&E, que transmitiu 29 episódios em duas temporadas, tendo sido nomeada para quatro prémios de diversas instituições.
Uma associação de fãs de Stout e de Wolfe, designada The Wolfe Pack, organiza eventos para os leitores incluindo discussões bimensais sobre os livros e um congresso e banquete anual em Nova Iorque. Publica também a revista semestral Gazette.


A primeira história de Sherlock Holmes foi publicada há 124 anos

A Study in Scarlet (Um Estudo Em Vermelho) é um romance policial escrito por Sir Arthur Conan Doyle, publicado originalmente pela revista Beeton's Christmas Annual em 1 de dezembro de 1887. A primeira edição, em formato de livro, só seria lançada em julho de 1888.
Essa obra é famosa por introduzir o personagem Sherlock Holmes, detetive mundialmente conhecido na literatura policial. É também, nessa obra, que acontece seu encontro com Dr. Watson, narrador e participante das aventuras do detetive através de um amigo comum.
Um Estudo em Vermelho propõe um enigma terrível para a polícia, que pede auxílio a Holmes: um homem é encontrado morto, sem ferimentos e cercado de manchas de sangue. Em seu rosto, uma expressão de pavor. Mas Sherlock Holmes comanda apenas a primeira parte do livro e dois capitulos da segunda parte, até desvendar magnificamente a identidade do assassino. Na segunda parte ele pouco aparece, e o autor parece escrever um conto sobre o que viria a ser conhecido como "Velho Oeste", demorando-se a contar a vida dos Mórmons em zona rural dos Estados Unidos, até que vários acontecimentos levassem ao vingativo desfecho em Londres.

O livro Mensagem foi publicado há 77 anos

(imagem daqui)

Mensagem é um Poema constituído por 44 poemas independentes que foram inseridos numa espécie de esqueleto que deu coerência ao conjunto. Este esqueleto está dividido em três partes (Brasão, Mar Português e O Encoberto que tratei individualmente em textos introdutórios) e a coerência é dada, não pelos poemas propriamente ditos, mas antes pelos seus nomes e pelos títulos e subtítulos das partes em que se inserem. Esta é uma solução deveras inovadora!! Para evitar confusões, quando falar do Poema (com maiúscula) estarei a referir Mensagem; se falar de poema (com minúscula) referir-me-ei a qualquer dos 44 poemas que constituem o Poema.

Mensagem foi publicada em livro no dia 1 de Dezembro de 1934, em vida de Fernando Pessoa, mas em condições muito particulares que influenciaram a sua composição: destinava-se a participar num concurso com regras rígidas em relação ao prazo e número de páginas. Das três partes do Poema a segunda "Mar Português" já existia como um conjunto e é evidente a sua homogeneidade e a constância da qualidade da generalidade dos poemas; as duas restantes foram fabricadas a partir de poemas soltos. Destes, pelo menos quatro dos dezanove poemas da primeira parte (Brasão) foram escritos no próprio ano da publicação (as datas dos poemas, quando conhecidas, estão indicadas no índice) enquanto que pelo menos sete dos treze da terceira parte (O Encoberto) foram escritos em 1933 ou 1934. Talvez por ter sido mais apressadamente preparada, esta é a "menos boa" (todas são boas!!) do conjunto. Segundo as regras do concurso o livro teria que ter pelo menos cem páginas que foram conseguidas com muita dificuldade à custa dos 44 poemas e das páginas interpostas entre eles (artifício que, aliás, o júri não aceitou). Daqui resultaram enxertos de poemas soltos, anteriores, num conjunto para o qual não teriam sido pensados (pelo menos na posição que vieram a ocupar), duplicações e acrescentos. Quer isto dizer que Fernando Pessoa teve que construir de forma relativamente rápida um Poema que, provavelmente, teria sido diferente se as circunstâncias o não tivessem pressionado.

Os Lusíadas foi escrito ainda no apogeu da expansão portuguesa (na sua fase final, que hoje sabemos ser já irremediavelmente decadente mas que, na época, não seria necessariamente apercebido como tal) glorificando o esforço da Raça e apontando para uma ainda maior predominância futura. Quando a si próprio se pôs como desafio produzir um Poema de grandeza semelhante (se possível superior), Pessoa vivia num Portugal descolorido e atrasado, sem nada que o recomendasse excepto a criatividade dos seus literatos. Há duas caracteristicas de Fernando Pessoa que importa notar: por um lado amava apaixonadamente a Pátria, de uma maneira que hoje, na Europa onde as nacionalidades se diluem, nos é difícil compreender; por outro era um lógico obsessivo cujas tentativas "científicas" de racionalizar o irracionalizável impressionam e, às vezes, divertem pela candura que demonstram.

Posto perante a inelutável equação do seu tempo, parece ter racionalizado a situação da seguinte maneira: o Universo teve uma causa que o contém, um Criador a que podemos convenientemente chamar "Deus"; se Deus contém em si o Universo então também contém toda a História, que deve ter determinado desde o início (a esta determinação chama-se "Destino"); alguns homens conseguem por vezes entrever o futuro porque ele já está estabelecido; um destes homens foi o Bandarra que profetizou nas suas "Trovas" (pensava o Padre António Vieira e com ele Fernando Pessoa, embora reconhecendo-lhes uma autoria múltipla) a hegemonia portuguesa numa época futura; o único trunfo de que Portugal dispunha era a cultura duma elite e, particularmente, um génio poético desproporcionado à sua população; logo a hegemonia terá uma base cultural e será alcançada através de uma poesia tão superior que inspire os homens à fruição da beleza em paz e concórdia...

Este será o Quinto Império, uma época de união e paz universais sem limite final no tempo. Se Portugal está predestinado, então terá que produzir um grande poeta (a que Pessoa chamava super-Camões referindo-se, presumivelmente, a si próprio) e um grande líder que inspirem e conduzam todo o Mundo à união cultural que marcará o advento do Quinto Império. Esse líder é convenientemente chamado de "O Desejado", "O Encoberto" ou "D.Sebastião", uma designação que Pessoa valorizava por pensar ser mais fácil passar a ideia de um mito já estabelecido do que criar um inteiramente novo. Na prática é uma esperança semelhante à do Grand Roi da mitologia francesa, que seria o Carlos Magno do futuro.

 A insistência de Fernando Pessoa na figura de D.Sebastião não significa realmente que esperasse ver o espírito do rei morto reencarnar para conduzir o País à glória. Até porque a história nos ensina (e Pessoa sabê-lo-ia melhor do que eu) que D.Sebastião tinha muito pouco que o recomendasse. Só me ocorre uma coisa: soube morrer bem! Quando o nome do rei morto em Alcácer Quibir ocorre nos poemas, ou se trata de uma passagem histórica e, portanto, literal, ou então deve subentender-se que Pessoa se refere Àquele que há-de guiar Portugal e o Mundo ao Quinto Império. 

Pode-se ver na visão de Mensagem uma estranha beleza, bem como uma inegável grandiosidade. Mas não pode ser ocultado que essa visão é também decadente já que, ao dizer que o futuro nos está traçado em grandeza, desincentiva o esforço que poderia levar a essa meta. Não se trata do tradicional efeito de uma "self-fulfilling prophecy" (que pode realmente ter ocorrido no caso das Trovas do Bandarra em relação à Restauração) mas de um convite à inacção porque nos bastaria esperar pelos Tempos e ter fé no Destino! Mas este meu ensaio é sobre beleza e não sobre decadência, por isso passemos a examinar as grandes linhas do Poema.

As duas primeiras partes de Mensagem percorrem a história de Portugal através de personalidades (quer heróis, quer pessoas-chave que, mesmo sem saber, tiveram consequência no futuro do País, quer ainda e até alguns anti-heróis), mitos e sinopses históricas. A Primeira Parte, chamada Brasão, propõe um extraordinário tour-de-force ao percorrer os campos, peças e figuras de um brasão real do tipo do utilizado por D. Joao II associando, a cada, um traço marcante ou uma personalidade relevante da nossa história. A Segunda, chamada Mar Português, aborda a Idade das Descobertas que foi a época individualizante da história portuguesa. No penúltimo poema do ciclo (A Última Nau) a época de ouro é encerrada com o desaparecimento de D.Sebastião e o poeta como que desperta de um sonho transportando subitamente o leitor à sua actualidade e confiando-lhe os seus pensamentos. Mas esses pensamentos são uma janela para um futuro em que O Desejado regressa para retomar o caminho interrompido para o Império Universal. No último poema (Prece) Pessoa invoca a intercessão de Deus para reacender a Alma Lusitana para que de novo "conquiste a Distância". 

A Terceira Parte de Mensagem, O Encoberto, é quase inesperada e totalmente extraordinária: Fernando Pessoa retoma o tema só indiciado em "A Última Nau" e precisa o que entende pela "Distância" que haveremos de conquistar. Trata-se do advento do Quinto Império do Mundo, um império de cultura, paz e harmonia entre os povos que será liderado por um português- O Encoberto, O Desejado, o Rei ou D.Sebastião, como é indistintamente chamado. Nesta Parte vai intercruzar profecias, mitos antigos, símbolos de vária origem, e factos históricos sempre orientado por três vectores básicos: Portugal que dorme e que tem que despertar; o Quinto Império que há-de seguramente ser estabelecido mas que depende desse despertar; e O Desejado que realizará a visão do poeta.

Porque hoje é 1 de Dezembro


“QUEM A TEM...”

Não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.

Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.

Trocaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas, embora escondam tudo
e me queiram cego e mudo,
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.

in Fidelidade, Poesia-II - Jorge de Sena

Hoje é dia de celebrar a nossa independência

(imagem daqui)
A Restauração da Independência é a designação dada à revolta iniciada em 1 de Dezembro de 1640 contra a tentativa de anulação da independência do Reino de Portugal por parte da dinastia filipina, e que vem a culminar com a instauração da Dinastia Portuguesa da Casa de Bragança. É comemorada anualmente em Portugal por um feriado no dia 1 de dezembro.


NOTA: dizem que vão acabar com este feriado; é pena, pois em muitas partes do país, sobretudo na Raia, é uma data festiva importante...

quarta-feira, novembro 30, 2011

Há 56 anos a queda do meteorito de Sylacauga feriu uma mulher

 (imagem daqui)

  (imagem daqui)

The Sylacauga meteorite fell on November 30, 1954 at 2:46pm (18:46 U.T.) near the town of Sylacauga, Alabama. Although officially known as the Sylacauga meteorite, it is often referred to as the Hodges meteorite because a fragment of it struck Ann Elizabeth Hodges (1923–1972).
The Sylacauga meteorite is the first documented extraterrestrial object to have injured a human being. The grapefruit-sized fragment crashed through the roof of a frame house in Oak Grove, Alabama, bounced off a large wooden console radio, and hit Hodges while she napped on a couch. The 31-year-old woman was badly bruised on one side of her body but able to walk. The event received worldwide publicity.
The Sylacauga meteorite is not the only extraterrestrial object to have struck a human. In 1992 a very small fragment (3 g) of Mbale meteorite hit a young Ugandan boy, but it had been slowed down by a tree and did not cause any injury.

Fireball
The meteor made a fireball visible from three states as it streaked through the atmosphere, even though it fell early in the afternoon.

Following events
he United States Air Force sent a helicopter to take the meteorite. Eugene Hodges, the husband of the woman who was struck, hired a lawyer to get it back. The Hodges' landlord, Bertie Guy, also claimed it, wanting to sell it to cover the damage to the house. There were offers of up to $5,000 for the meteorite. By the time it was returned to the Hodgeses, over a year later, public attention had diminished and they were unable to find a buyer willing to pay.
Ann Hodges was uncomfortable with the public attention and the stress of the dispute over ownership of the meteorite. Against her husband's wishes, she donated it to the Alabama Museum of Natural History.

Fragments
Upon the entry within the atmosphere the Sylacauga meteorite fragmented in at least 3 pieces:
  1. The Hodges fragment (3.86 kg - 33°11′18.1″N 86°17′40.2″W) struck Ann Elizabeth Hodges.
  2. The McKinney fragment (1.68 kg - 33°13′08.4″N 86°17′20.7″W) was found the next day.
  3. A third fragment is believed to have impacted somewhere near Childersburg (a few km north-west of Oak Grove).
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Classification
The Sylacauga meteorite is classified as an ordinary chondrite of H4 group.

Orbit
The meteoroid came in on the sunward side of the Earth, so when it hit our planet it had passed the perihelion and was travelling outward from the Sun. Considering the orbit estimations, the best candidate as parent body is 1685 Toro.