Retrato de James Monroe - óleo sobre tela de John Vanderlyn (1775-1852)
A chamada Doutrina Monroe foi anunciada pelo presidente norteamericano James Monroe (presidente de 1817 a 1825) em sua mensagem ao Congresso em 2 de dezembro de 1823.
- Julgamos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como susceptíveis de colonização por nenhuma potência europeia […]
- (Mensagem do Presidente James Monroe ao Congresso dos EUA, 1823)
A frase que resume a doutrina é: "América para os americanos"
O seu pensamento consistia em três pontos:
- a não criação de novas colónias nas Américas;
- a não intervenção nos assuntos internos dos países americanos;
- a não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colónias.
A Doutrina reafirmava a posição dos Estados Unidos contra o colonialismo europeu, inspirando-se na política isolacionista de George Washington, segundo a qual "a Europa tinha um conjunto de interesses elementares sem relação com os nossos ou senão muito remotamente" (Discurso de despedida do Presidente George Washington, em 17 de Setembro de 1796), e desenvolvia o pensamento de Thomas Jefferson, segundo o qual "a América tem um Hemisfério para si mesma", o qual tanto poderia significar o continente americano como o seu próprio país.
À época, a Doutrina Monroe representava uma séria advertência não só à Santa Aliança, como também à própria Grã-Bretanha,
embora seu efeito imediato, quanto à defesa dos novos Estados
americanos, fosse puramente moral, dado que os interesses económicos e a
capacidade política e militar dos Estados Unidos não ultrapassavam a
região das Caraíbas. De qualquer forma, a formulação da Doutrina ajudou a Grã-Bretanha a frustrar os planos europeus de recolonização da América
e permitiu que os Estados Unidos continuassem a dilatar as suas
fronteiras na direção do Oeste, dizimando as tribos indígenas que lá
habitavam. Essa expansão no continente americano teve como pressuposto o
Destino Manifesto, e marcou o início da política expansionista do país no continente.
in Wikipédia
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