terça-feira, junho 07, 2011

Um interessante texto sobre a Parque Escolar e o efeitos da sua criação/actuação nas Escolas Públicas


Qual o custo económico da requalificação dos espaços escolares?
Carlos Alberto Chagas

Os efeitos provocados por estas medidas, a curto e médio prazo, irão recair sobre a qualidade do ensino público, cuja capacidade de sustentabilidade irá, ano a ano, diminuir.

A Parque Escolar

Com a grave crise económica e financeira, em que o país se encontra, e sendo certo o corte orçamental de 11% sofrido pelo Ministério da Educação (ME), em 2011, quais as repercussões da gestão financeira das rendas a serem pagas à Parque Escolar? Esta fica não só proprietária das escolas como dos seus equipamentos, podendo ainda alugar os espaços lúdicos, desportivos e outros, retirando do seu aluguer 50% para seu benefício e dando à escola os restantes 50%.

Assim, pergunta-se:

1. Poderão existir escolas secundárias requalificadas, inovadoras, com referencial internacional a par de outras escolas degradadas, sem as condições que o Governo propõe? Nestas circunstâncias, parece-nos existir escolas de primeira e escolas de segunda.

2. Quais as implicações dos recursos afectos ao pagamento das rendas sobre os recursos humanos - professores, assistentes operacionais e pessoal técnico -, necessários ao funcionamento das escolas?

3. Que implicações terão estes gastos no desenvolvimento pedagógico da rede escolar?

4. Que comprometimento para a situação económica do país?

Na Resolução do Conselho de Ministros N.º 44/2010, estabelece-se, no seu ponto 9, que a sede do agrupamento de escolas deve funcionar num estabelecimento de ensino público secundário. Deste modo, faremos, ainda, as seguintes perguntas:

1. A Parque Escolar deve ter, em cada escola requalificada, um gestor de instalações. Qual o seu relacionamento, em sede de agrupamento, com os outros estabelecimentos de ensino, tendo em conta que o agrupamento terá escolas de propriedade municipal e de propriedade do ME?

2. Como se respeita a autonomia da escola neste processo de gestão, sabendo-se, à partida, que escola não tem autonomia financeira?

3. Como se processa o modelo de intervenção pedagógico com um único conselho?

De Setembro de 2008 a 2037, o montante a pagar pelo Estado, associado ao número de metros quadrados disponibilizados, foi calculado com base nas responsabilidades decorrentes nos investimentos realizados na construção, remodelação, reequipamento de infraestruturas escolares e manutenção corrente e pesada. O montante relativo ao investimento da construção, remodelação e reequipamento das escolas será fixado por períodos de um ano, enquanto o montante relativo à manutenção e conservação será estabelecido por períodos de três anos. As condições contratuais determinam a remuneração global de todas as escolas já construídas, com efeitos a 1 de Julho de 2009, baseada na operação do montante de 1,65 €/mensais por metro quadrado e na remuneração para o triénio 2009-2011. Actualmente, a rede escolar integra 502 escolas secundárias, sendo que à Parque Escolar competirá intervir na remodelação e modernização de 205 escolas, com uma área de construção de 2 884 637 m2, divididos em três fases até 2010, o que perfaz um investimento estimado em 2500 milhões de euros. É fácil, a partir do cálculo do número de metros quadrados por área de construção a multiplicar pela renda mensal de 1,65 €, comprovar que o Estado pagará de renda o valor de 4 759 651,05 €. Acrescerá, ainda, a adjudicação de mais 153 escolas efectuadas pela ministra da Educação em meados de Abril à mesma empresa estatal, que quase duplicará o valor das rendas.

Deixaremos, para um critério de apreciação mais explícito, as repercussões, que já estão a ser postas em marcha, com a redução de pessoal docente, de pessoal auxiliar (assistentes operacionais), de pessoal administrativo, a redução de vencimentos, a redução dos subsídios dos directores de escola, a redução das verbas de funcionamento, aliadas ao aumento exponencial energético que as climatizações destas escolas impõem e as tornam inoperacionais por não terem verbas para o efeito, entre outras.

Os efeitos provocados por estas medidas, a curto e médio prazo, irão recair sobre a qualidade do ensino público, cuja capacidade de sustentabilidade irá, ano a ano, diminuir. Tal em consequência de se recriar um modelo de escola que, salvaguardando todas as suas virtualidades espaciais e inovações tecnológicas, ostenta um carácter sumptuário, estando para além das possibilidades financeiras do país. Temos de exigir, a par de uma manutenção periódica e sistemática dos edifícios escolares, que, quando tenham de ser construídas novas escolas, estas devam ser funcionais, simples, apetrechadas com materiais pedagógicos e didácticos fáceis de manusear e adequados às aprendizagens dentro duma racionalização da rede de escolas. O país exige uma repartição justa e igual dos seus recursos financeiros. E, na Educação, a aposta terá de ser nos alunos e nos docentes e demais pessoal técnico, que não podem ser sacrificados às megalomanias do poder político da governação actual socialista da res publica, que preocupantemente, reincidem no seu programa de governo.

Recordar Gauguin

Gauguin



PAUL GAUGUIN: O CRISTO AMARELO (1889)

E sabíamos todos que a hora
era chegada e tudo em volta
escurecia,

e que, em Pont-Aven,
era chegado o tempo da colheita
e os campos estavam todos amarelos.

E aconteceu que as mulheres da Bretanha
ajoelharam,
e vinha eu no caminho
e vi a luz,

e os meus olhos cegaram para que visse
a roda do martírio
e o escárnio.

E aconteceu que as cores se saturaram,
e a paleta recebeu,
vindas do céu,
as cores

–  e eu enchi a tela de perguntas,
e, pelo esplendor,
atirei-me ao chão
e em mim senti um som sombrio.

E vi , então, que as mulheres
choravam
e que os homens
não se compadeciam
de quem sofria,

e tudo tinha um brilho
esplêndido,
um brilho sobrenatural,
à minha volta.

E aconteceu que se ouviu cantar
o galo,
e que toda a terra se abriu para aquele brilho,

e os camponeses vieram,
e choraram.

E vi que preparavam varas novas,
e que as varas eram só espinhos,
e que o homem caía,

caía mesmo em frente aos nossos olhos,
que nada mais fazíamos do que o ver caído.

E eu tomei a tela e preparei-a,

e sangrava o homem
abundantemente,
e eu perguntei ‘quem somos?’
e nada se ouviu.

E chegou o crepúsculo
e, em volta, era só amarelo o que se via,

e o rosto do homem inundava-se de lágrimas e de sangue,
e arquejava-Lhe o dorso,
e puseram-Lhe aos ombros o madeiro.

E as mulheres da Bretanha
irromperam em choro,
e a multidão
adensou-se no lugar,
e suplicou o pão,
e os peixes,

e seguiram-No.

E vi as minhas cores queimadas pelo fogo,

e que os meus pincéis vibravam,
e misturei ao óleo terebentina,
enquanto o homem subia pelo monte
onde reinava o silêncio
e a abominação.

E perguntei:
‘quem somos, de onde vimos?’,

e em volta levantou-se um grande incêndio,
e as labaredas tomaram o lugar,

e era tudo amarelo nesse sítio.

E houve uma mulher que trouxe
água,
e com a água trouxe um pano branco,
e limpou-Lhe o rosto,
e o Seu rosto estava iluminado.

E eram amarelos os Seus cabelos,
e amarela era a Sua barba,
e a cruz, nos ombros,
era amarela,
como um topázio.

E, então, caiu o homem
pela segunda vez,
e as mulheres da Bretanha
arrancaram os cabelos,

e olharam em redor
para que chegasse algum socorro,
de onde quer que fosse.

E os campos em volta permaneciam amarelos,
e eu prendi aos dedos o pincel
porque toda a terra tremia

e o coração
saltava-me do peito,
e a cabeça doía-me
e pesava-me.

E o homem seguiu, arrebatado
pela dor,
e um outro homem veio em Seu auxílio,
e eram grandes as feridas,
e deitavam muito sangue.

E as mulheres da Bretanha
seguiram com Ele,
e vacilavam-Lhe os passos,
e o Seu corpo
era todo amarelo,

a boca,
as mãos,
os pés.

E assim se acercou do cume da montanha,
com as mulheres da Bretanha sempre atrás,

e havia soldados
e outros condenados,
que o viram cair pela terceira vez.

E Ele levantou-se,
e a multidão exultou nesse momento,
e eu, com o pincel, fiz o esboço
daquele quadro de grande sofrimento.

E uma das mulheres chamou-Lhe ‘filho’,
e outra ‘amado’,

e a elas se juntou outra mulher
que Lhe chamou ‘irmão’,

e, nos seus vestidos,
caíram lágrimas de sangue e de estupor.

Do meu pincel só o amarelo
permitia
estender-se na tela,
e tudo era amarelo,

os campos em volta,
o rosto de quem estava,
e a cruz.

E cravaram-Lhe as mãos e os pés
àquela cruz,

e tudo em volta foi um só silêncio,
e parecia que a terra dimanava
um odor amarelo,
que só as mulheres da Bretanha compreendiam.

E um soldado
veio com a esponja
embebida em vinagre,
e prendeu-a a um ramo,
e deu-Lhe de beber, porque a sede
o martirizava.

E eu executava a minha obra,

e tudo era amarelo à minha volta,
as árvores,
as colinas,
as casas que se viam do ponto onde estava.

E o tempo passou,
e olhei o homem,

e olhar a Sua face pacificou-me,

porque o homem sorria
por ver a multidão
a partilhar o pão
e os peixes
que Ele lhes entregava.

E a terra tremeu,

e vi tudo amarelo à minha volta,
e as mulheres da Bretanha olhavam-No
a sorrir,
enquanto eu perguntava:
‘quem somos, de onde vimos, para onde vamos’?

E na linha do horizonte vi os anjos,

e as asas dos anjos
cintilavam,

e cintilava, também, esta pintura
onde, em silêncio, pus
as mulheres da Bretanha,

e o Cristo amarelo
com o meu rosto.


in Doze Cantos do Mundo, Sintra, Edição CM Sintra, 2009

O Tratado de Tordesilhas foi assinado há 517 anos

Folha de rosto do Tratado de Tordesilhas
 
O Tratado de Tordesilhas, assinado na povoação castelhana de Tordesilhas em 7 de Junho de 1494, foi um tratado celebrado entre o Reino de Portugal e o recém-formado Reino da Espanha para dividir as terras "descobertas e por descobrir" por ambas as Coroas fora da Europa. Este tratado surgiu na sequência da contestação portuguesa às pretensões da Coroa espanhola resultantes da viagem de Cristóvão Colombo, que ano e meio antes chegara ao chamado Novo Mundo, reclamando-o oficialmente para Isabel, a Católica.
O tratado definia como linha de demarcação o meridiano 370 léguas a oeste da ilha de Santo Antão no arquipélago de Cabo Verde. Esta linha estava situada a meio-caminho entre estas ilhas (então portuguesas) e as ilhas das Caraíbas descobertas por Colombo, no tratado referidas como "Cipango" e Antília. Os territórios a leste deste meridiano pertenceriam a Portugal e os territórios a oeste, à Espanha. O tratado foi ratificado pela Espanha a 2 de Julho e por Portugal a 5 de Setembro de 1494.

Dean Martin nasceu há 94 anos


Dean Martin (Steubenville, 7 de Junho de 1917Beverly Hills, 25 de Dezembro de 1995) foi um dos mais influentes artistas do século 20, tanto na música, televisão, bem como no cinema. Seu nome de baptismo é Dino Paul Crocetti.
Era integrante da "Rat Pack", um grupo de amigos formado por Frank Sinatra, Sammy Davis, Jr., Peter Lawford e Joey Bishop que realizaram algumas actividades artísticas em conjunto na década de 1960. É bastante reconhecido por sua parceria de enorme êxito com Jerry Lewis. Morreu de cancro do pulmão.

O reformador hungaro Imre Nagy nasceu há 115 anos

Estátua de Imre Nagy em Budapeste

Imre Nagy (Kaposvár, 7 de Junho de 189616 de Junho de 1958) foi um líder comunista húngaro.
Combateu pelo exército da Áustria-Hungria na Primeira Guerra Mundial. Trabalhou depois na secção húngara do Comintern.
Depois da ocupação da Hungria pelos soviéticos em 1945 na sequência da Segunda Guerra Mundial, Nagy tornou-se ministro da agricultura e ministro da justiça durante o perigo de expurgo (1948-1953), mas pertenceu à liderança da ala reformista do Partido Comunista Húngaro após a morte de Stalin.
Em outubro de 1956, tornou-se primeiro-ministro durante a revolução e concordou com medidas radicais anti-soviéticas. Depois de as tropas soviéticas ocuparem a Hungria e esmagado pela força a Revolução Húngara de 1956, Nagy foi executado e enterrado secretamente em 1958.

O cantor Tom Jones nasceu há 71 anos


Sir Tom Jones, OBE, nascido Thomas Jones Woodward, (Pontypridd, 7 de Junho de 1940) é um cantor de música pop do País de Gales.
Aos dezesseis anos ele se casou e teve um filho, muito antes de se tornar um ídolo pop. Apesar de suas freqüentes e bem divulgadas relações extra-conjugais (incluindo um romance com a ex-Miss Mundo de 1973 Marjorie Wallace), ele permanece casado, e é tido como um homem de família. Jones mora nos Estados Unidos, mas é visto freqüentemente visitando sua terra natal de Gales.

Gauguin nasceu há 163 anos


Eugène-Henri-Paul Gauguin (Paris, 7 de Junho de 1848 - Ilhas Marquesas, 8 de Maio de 1903) foi um pintor francês do pós-impressionismo.


Autorretrato

A Noruega tornou-se independente há 106 anos

Dissolução da união entre Noruega e Suécia em 1905

Postal comemorativo no qual se pode ler "Sim, nós amamos este país", actual hino nacional da Noruega.

É conhecida como dissolução da união entre a Noruega e a Suécia, o processo político que, durante o ano de 1905, levou à separação definitiva entre os estados da Noruega e da Suécia, e, consequentemente, a transformação da Noruega, em um Estado absolutamente soberano. Este processo foi definido quando o Parlamento norueguês dissolveu a união entre os dois países sob a Casa de Bernadotte, após vários meses de tensão, bem como a existência de um fundado receio de possível confronto militar entre os dois países escandinavos vizinhos. Antes da dissolução parlamentar, negociações ocorreram entre os dois governos, o que levou a Suécia (o Estado que liderava os poderes soberanos dos dois países até o momento, deixando assim a Noruega, em certa medida vista como um estado dependente) a reconhecer a Noruega como uma monarquia constitucional independente, que ocorreu em 26 de Outubro do mesmo ano. Por essa declaração, nesse momento, o rei sueco Óscar II renuncia à sua pretensão ao trono norueguês sob a união pessoal dos reinos unidos, efectivamente dissolvendo o Reino da Suécia e Noruega, que até então operava desde 1814. O evento foi rapidamente seguido pela ascensão ao trono da Noruega em 18 de Novembro de 1905 do príncipe Carlos da Dinamarca, que tomou o nome de Haakon VII.

segunda-feira, junho 06, 2011

E depois do adeus...?!?

Sócrates e a Justiça

O ponto do teleponto e o despautério da pergunta fatal


José Sócrates ao minuto 4:41 deste vídeo mostra que sempre que o teleponto se desliga ou fica vazio de imprevisíveis, como sejam as perguntas avulsas de repórteres mais afoitos, fica aflito.
Susana Martins da R.R. perguntou-lhe se "receia que este resultado eleitoral, esta derrota, abra caminho a novos processos judiciais ou que acelere processos judiciais em curso"...

José Sócrates fez a cara de ponto e começou por perguntar, após o riso amarelo do costume que não vem no teleponto: "processos judiciais?!" E depois de outro ponto de exclamação interrogativo, logo que a populaça presente de apoiantes fiéis e do núcleo duro percebeu melhor o sentido da pergunta, que os levou a apupar perguntadora da R.R., a repórter insistiu: "estou a referir-me a eventuais novos processos judiciais em torno dos casos Face Oculta ou Freeport."
José Sócrates de sorriso amarelo afivelado respondeu aos circunstantes ululantes com a costumeira frase de mentira: "eu compreendo a vossa surpresa que é igual à minha mas confesso que não entendi a pergunta..." E lá voltou a repórter intrépida a explicar se "esta derrota eleitoral possa abrir ou não caminho a novos processos judiciais em torno da Face Oculta ou acelerar processos judiciais em curso..."
José Sócrates visivelmente perturbado no ambiente de aclamação pela derrota e perante os circunstantes pesarosos, lá desenvolveu a retórica sem teleponto:

"Eu não consigo compreender essa pergunta.Pela simples razão que a justiça nada tem a ver com a política.E o que eu desejo é viver num país em que essa separação esteja absolutamente ao serviço do Estado de Direito." E logo depois de limpar o suor frio da testa: "é melhor passarmos a outra pergunta...quem é que tem outra pergunta para fazer?"

Foram assim os instantes aqui captados pelas câmaras da SIC. As da TVI captaram outros circunstantes, como o antigo ministro da Justiça Alberto Costa que meneava a cabeça em sentido de desaprovação pelo despautério.
Talvez seja melhor rever este vídeo daqui a uns tempos...


in portadaloja - post de José

E a Luta, pá?



A propósito de uma estrondosa derrota de um político de segunda

(imagem daqui)
Este blog, que é um Blog de Geologia, tem tido alguma intervenção na luta contra um político que nos (des)governou nos últimos seis anos e meio, de seu nome José Sócrates. Isto porque este blog acredita em valores com a justiça, a verdade, a honestidade e a honradez, porque não gosta do que esse homenzinho fez aos geólogos (e à Geologia portuguesa), fez aos professores e fez aos funcionários públicos, grupos nos quais me insiro.

Foi com imenso prazer que vimos ontem o povo português castigar Sócrates com uma estrondosa derrota e o vimos encolher o rabinho e bater em retirada (esperemos que para sempre...). Esperamos ainda que os rabos de palha que este senhor deixou e a gestão ruinosa que fez das contas do estado sejam agora verdadeiramente investigados, a bem da verdade e da justiça.

Apetece-nos terminar este post com dois poemas, que escritos para celebrar um dia grande da História Portuguesa, também se poderiam aplicar ao dia de ontem:

25 de Abril

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo


Revolução

Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta

Como puro ínicio
Como tempo novo
Sem mancha nem vício

Como a voz do mar
Interior de um povo

Como página em branco
Onde o poema emerge

Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação
(27 de Abril de 1974)
in O nome das coisas - Sophia de Mello Breyner Andresen

A propósito de um esquecimento de ontem


Martha Argerich (Argentina, 5 de Junho de 1941) é uma pianista de origem argentina. A sua aversão pela imprensa e publicidade afastou-a das câmaras durante quase toda a sua carreira, tendo dado relativamente poucas entrevistas. Em resultado disso será menos conhecida do "grande público" que outros artistas de envergadura semelhante. É largamente reconhecida como uma das maiores pianistas virtuosas de seu tempo.

Hoje é o dia de nascimento de dois controversos Reis portugueses


D. João III de Portugal (Lisboa, 6 de Junho de 1502Lisboa, 11 de Junho de 1557) foi o décimo quinto Rei de Portugal, cognominado O Piedoso ou O Pio pela sua devoção religiosa. Filho do rei Manuel I de Portugal, sucedeu-o em 1521, aos 19 anos. Herdou um império vastíssimo e disperso, nas ilhas atlânticas, costas ocidental e oriental de África, Índia, Malásia, Ilhas do Pacífico, China e Brasil. Continuou a política centralizadora do seu pai. Durante o seu reinado foi obrigado a negociar as Molucas com Espanha, no tratado de Saragoça, adquiriu novas colónias na Ásia - Chalé, Diu, Bombaim, Baçaim e Macau e um grupo de portugueses chegou pela primeira vez ao Japão em 1543, estendendo a presença portuguesa de Lisboa até Nagasaki. Para fazer face à pirataria iniciou a colonização efectiva do Brasil, que dividiu em capitanias hereditárias, estabelecendo o governo central em 1548. Ao mesmo tempo, abandonou diversas cidades fortificadas em Marrocos, devido ao custos da sua defesa face aos ataques muçulmanos.

in Wikipédia
D. José I de Portugal (nome completo: José Francisco António Inácio Norberto Agostinho de Bragança; 6 de Junho de 1714 - 24 de Fevereiro de 1777), cognominado O Reformador devido às reformas que empreendeu durante o seu reinado, foi Rei de Portugal da Dinastia de Bragança desde 1750 até à sua morte. Casou em 1729 com Mariana Vitória de Bourbon.
in Wikipédia

Hoje é outra vez o Dia D


Os desembarques da Normandia foram operações de desembarque durante a invasão da Normandia pelos Aliados, também conhecida como Operação Overlord e Operação Neptuno, durante a Segunda Guerra Mundial. O desembarque começou na terça-feira, 6 de Junho de 1944 (Dia D), com início às 06:30 (UTC+2). No planeamento, o Dia D foi o termo usado para o dia de desembarque real, que era dependente de aprovação final.

Malangatana nasceu há 75 anos

(imagem daqui)

Malangatana Valente Ngwenya (6 de Junho de 1936, Matalana, distrito de Marracuene, Moçambique - 5 de Janeiro de 2011, Matosinhos, Portugal) foi um artista plástico e poeta moçambicano, conhecido internacionalmente pelo seu primeiro nome "Malangatana", tendo produzido trabalhos em vários suportes e meios, desde desenho, pintura, escultura, cerâmica, murais, poesia e música.

domingo, junho 05, 2011

Finalmente uma boa notícia - adeus Sócrates!




As urnas estão quase a encerrar...


Uma supernova na M51...!

Supernova SN2011 dh em M51

Fotos de João Cruz

A M51 regista neste momento a morte de uma estrela, cuja denominação passou a ser SN2011 dh.
Este fenómeno é típico e corrente no universo e não é nada mais nada menos que o culminar da "vida" de uma estrela massiva, que esgotou o seu combustível e acaba numa violenta explosão de matéria e energia, criando novos elementos químicos pesados como o molibdénio que existe no nosso organismo.
A animação representa a galáxia M51 registada no passado dia 1 de Abril, e na noite de 3 de Junho de 2011, podendo ver-se um ponto de luz que não existia antes e que corresponde precisamente à explosão da estrela em supernova.
As diferenças de brilho que se vêem nas restantes estrelas relaciona-se apenas com o tempo de exposição diferente entre as 2 fotos e o processamento das mesmas.

in AstroLeiria - post de João Cruz

Vulcão andino entra em erupção no Chile

Cinzas do Puyehue chegaram à Argentina
Vulcão no Chile “acordou” passados 50 anos e obrigou à fuga de 3500 pessoas

O vulcão lançou uma nuvem de cinzas com cerca de dez quilómetros de altitude

O vulcão Puyehue, no Sul do Chile, entrou ontem em erupção, depois de 50 anos adormecido, e obrigou 3500 pessoas a abandonar as suas casas. A nuvem de cinzas chegou à vizinha Argentina.

A entrada em erupção do Puyehue, 870 quilómetros a Sul de Santiago, provocou “uma explosão que causou uma coluna de cinzas com uma altura aproximada de dez quilómetros e cinco de extensão”, informou ontem o Serviço Nacional de Geologia e Minas (Sernageomin) do Chile.

O Governo ordenou, ao início da tarde de ontem, a retirada de cerca de 3500 pessoas que viviam em cerca de 20 localidades nas proximidades do vulcão. Inicialmente, apenas 600 pessoas tinham recebido ordens de retirada, pela manhã, como medida de prevenção. Mas um alerta do Sernageomin, prevendo uma forte actividade sísmica na região, reforçou as medidas das autoridades.

Às 15h15 (19h15, hora em Portugal), o Departamento nacional de emergências (Onemi) anunciou que “o nível de alerta vulcânico do Serviço de Geologia foi elevado para o nível 6 (numa escala de 8), correspondendo a uma erupção moderada”.

“Apercebemo-nos de uma coluna de fumo no cimo do vulcão (...) e sentimos um odor a enxofre”, contou o autarca da região de Los Rios, Juan Andres Varas, citado pelos media chilenos.

O ministro chileno do Interior, Rodrigo Hinzpeter, acredita que as medidas de emergência accionadas para proteger a população serão de “curta duração”. “Pensamos que foram tomadas as medidas adequadas e esperamos que as coisas evoluam favoravelmente.”

Na Argentina, na cidade de Bariloche, a nuvem de cinzas obrigou ao encerramento do aeroporto. Durante a tarde, “registámos uma forte queda de cinzas, como se fosse neve”, disse à estação de televisão TN o porta-voz da autarquia, Carlos Hidalgo. “A cidade ficou completamente cinzenta.” As autoridades aconselharam os habitantes a não sair de casa e a fechar portas e janelas.

O vulcão Puyehue, com 2240 metros de altura, situa-se na cordilheira dos Andes. A sua última grande erupção aconteceu em 1960, depois do sismo de Valdivia, de magnitude 9,5 na escala de Richter. Morreram 5700 pessoas no Chile.

A entrada em actividade do Puyehue é a última de uma série de alertas vulcânicos no Sul do Chile nos últimos anos. Em 2008, a erupção do Chaiten, a 1300 quilómetros de Santiago, forçou a evacuação da cidade com o mesmo nome. As ruas ficaram cobertas de uma camada de cinzas com dezenas de centímetros de espessura. Também em 2008 e depois em 2009, o vulcão Llaima - um dos mais activos do Chile, a 700 quilómetros de Santiago – forçou a retirada de dezenas de habitantes das localidades mais próximas.