sábado, agosto 12, 2023

William Blake morreu há 196 anos

   
William Blake (Londres, 28 de novembro de 1757 - Londres, 12 de agosto de 1827) foi um poeta, tipógrafo e pintor inglês, sendo sua pintura definida como pintura fantástica.
Blake viveu num período significativo da história, marcado pelo Iluminismo e pela Revolução Industrial na Inglaterra. A literatura estava no auge do que se pode chamar de clássico "augustano", uma espécie de paraíso para os conformados às convenções sociais, mas não para Blake que, nesse sentido era romântico, "observava o que muitos se negavam a ver: a pobreza, a injustiça social, a negatividade do poder da Igreja Anglicana e do estado."
 
Infância
Blake nasceu em Broad Street, no Soho, Londres, numa família de classe média. O seu pai era um fabricante de roupas e a sua mãe cuidava da educação de Blake e dos seus três irmãos. Logo cedo a Bíblia teve uma profunda influência sobre Blake, tornando-se uma de suas maiores fontes de inspiração.
Desde muito jovem Blake dizia ter visões. A primeira delas ocorreu quando ele tinha cerca de nove anos, ao declarar ter visto anjos pendurando lantejoulas nos galhos de uma árvore. Mais tarde, num dia em que observava preparadores de feno trabalhando, Blake teve a visão de figuras angelicais caminhando entre eles.
Com pouco mais de dez anos de idade, Blake começou a estampar cópias de desenhos de antiguidades gregas comprados por seu pai, além de escrever e ilustrar as suas próprias poesias.
 
Aprendizagem com Basire
Em 4 de agosto de 1772, Blake tornou-se aprendiz do famoso estampador James Basire. Esta aprendizagem, que se estendeu até aos seus vinte e um anos, fez de Blake um profissional na arte. Segundo os seus biógrafos, a sua relação era harmoniosa e tranquila.
De entre os trabalhos realizados nesta época, destaca-se a estampagem de imagens de igrejas góticas londrinas, particularmente da Abadia de Westminster, onde o estilo próprio de Blake floresceu.
   
Aprendizagem na The Royal Academy   
Em 1779, Blake começou seus estudos na The Royal Academy, uma respeitada instituição artística Londrina. A sua bolsa de estudos permitia que não pagasse pelas aulas, contudo, o material requerido nos seis anos de duração do curso deveria ser providenciado pelo aluno.
Este período foi marcado pelo desenvolvimento do caráter e das ideias artísticas de Blake, que iam de encontro às de seus professores e colegas.
   
Casamento   
Em 1782, após um relacionamento infeliz e que terminou com uma recusa à sua proposta de casamento, Blake casou-se com Catherine Boucher. Blake ensinou-a a ler e escrever, além das tarefas de tipografia. Catherine retribuiu, ajudando Blake devotamente nos seus trabalhos, durante toda a sua vida.
 
Trabalhos    
Blake escreveu e ilustrou mais de vinte livros, incluindo "O livro de Job" da Bíblia, "A Divina Comédia" de Dante Alighieri - trabalho interrompido pela sua morte - além de títulos de grandes artistas britânicos de sua época. Muitos de seus trabalhos foram marcados pelos seus fortes ideais libertários, principalmente nos poemas do livro Songs of Innocence and of Experience ("Canções da Inocência e da Experiência"), onde ele apontava a igreja e a alta sociedade como exploradores dos fracos.
No primeiro volume de poemas, Canções da inocência (1789), aparecem traços de misticismo. Cinco anos depois, Blake retoma o tema com Canções da experiência estabelecendo uma relação dialética com o volume anterior, acentuando a malignidade da sociedade. Inicialmente publicados em separado, os dois volumes são depois impressos em Canções da inocência e da experiência - Revelando os dois estados opostos da alma humana.
William Blake expressa sua recusa ao autoritarismo em Não há religião natural e Todas as religiões são uma só, textos em prosa publicados em 1788. Em 1790, publicou a sua prosa mais conhecida, O matrimónio do céu e do inferno, em que formula uma posição religiosa e política revolucionária na época: "a negação da realidade da matéria, da punição eterna e da autoridade".
Apesar de seu talento, o trabalho de gravador era muito concorrido em sua época, e os livros de Blake eram considerados estranhos pela maioria. Devido a isso, Blake nunca alcançou uma fama significativa, vivendo muito próximo da pobreza.
   
Morte  
No dia da sua morte, Blake trabalhava exaustivamente n' A Divina Comédia, de Dante Alighieri, apesar da péssima condição física que culminaria na sua morte. O seu funeral, bastante humilde, foi pago pelo responsável da aquisição das ilustrações do livro, e apesar da sua situação financeira constantemente precária, Blake morreu sem dívidas.  
Hoje Blake é reconhecido como um santo pela Igreja Gnóstica Católica, e o prémio Blake Prize for Religious Art (Prémio Blake para Arte Sacra) é entregue anualmente na Austrália em sua homenagem.
   
Oberon, Titania and Puck with Fairies Dancing (1786)
     

 

Night



The sun descending in the west,
The evening star does shine;
The birds are silent in their nest.
And I must seek for mine.
The moon, like a flower
In heaven's high bower,
With silent delight
Sits and smiles on the night.

Farewell, green fields and happy grove,
Where flocks have took delight:
Where lambs have nibbled, silent move
The feet of angels bright;
Unseen they pour blessing
And joy without ceasing
On each bud and blossom,
On each sleeping bosom.

They look in every thoughtless nest
Where birds are cover'd warm;
They visit caves of every beast,
to keep them all from harm:
If they see any weeping
That should have been sleeping,
They pour sleep on their head,
And sit down by their bed.

When wolves and tigers howl for prey,
They pitying stand and weep,
Seeking to drive their thirst away
And keep them from the sheep.
But, if they rush dreadful,
The angels, most heedful,
Receive each mild spirit,
New worlds to inherit.

And there the lion's ruddy eyes
Shall flow with tears of gold:
And pitying the tender cries,
And walking round the fold:
Saying, 'Wrath by His meekness,
And, by His health, sickness,
Are driven away
From our immortal day.

'And now beside thee, bleating lamb,
I can lie down and sleep,
Or think on Him who bore thy name,
Graze after thee, and weep.
For, wash'd in life's river,
My bright mane for ever
Shall shine like the gold
As I guard o'er the fold.'

O paleontólogo William Conybeare morreu há 166 anos

 
William Daniel Conybeare (Londres, 7 de junho de 1787 - Winchester, 12 de agosto de 1857), decano em Llandaff, foi um geólogo e paleontólogo inglês, filho de William Conybeare, reitor de Bishopsgate.
Ele é mais conhecido pelo seu trabalho inovador no estudo de fósseis de répteis marinhos na década de 1820, incluindo publicações importantes para a Sociedade Geológica de Londres sobre anatomia e a descrição científica dos plesiossauros.
Foi laureado com a medalha Wollaston de 1844, concedida pela Sociedade Geológica de Londres.
 
 

Les Paul morreu há catorze anos...

   
Les Paul (nome artístico de Lester William Polsfuss; Waukesha, 9 de junho de 1915 - White Plains, 12 de agosto de 2009), foi um virtuoso guitarrista e pioneiro no desenvolvimento de técnicas e instrumentos musicais elétricos. Foi considerado o 18º melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.
   
   

Lauren Bacall morreu há nove anos...


   
Conhecida pela sua voz rouca e aparência sensual, tornou-se um ícone da moda e um modelo para a mulher moderna. Hoje é considerada uma atriz lendária, em parte devido à longevidade da carreira.
É conhecida principalmente por se destacar no cinema noir em filmes como The Big Sleep (1946) e Dark Passage (1947), bem como comediante, como visto em Como Se Conquista Um Milionário (1953).
    

Música adequada à data...

sexta-feira, agosto 11, 2023

Amanhã é noite de Perseidas...


Uma perseida sobre o fundo da Via Láctea
 
As Perseidas são uma prolífica chuva de meteoros associada ao cometa Swift-Tuttle. São assim denominadas devido ao ponto do céu de onde parecem vir, o radiante, localizado na constelação de Perseu. As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra atravessa um rasto de meteoros. Neste caso o rasto é denominado de nuvem Perseida e estende-se ao longo órbita do cometa Swift-Tuttle. A nuvem consiste em partículas ejetadas pelo cometa durante a sua passagem perto do Sol. A maior parte do material presente na nuvem atualmente, tem aproximadamente 1.000 anos. No entanto, existe um filamento relativamente recente de poeiras neste rasto proveniente da passagem do cometa em 1862. Em 1992 (o cometa Swift-Tuttle dá uma volta completa em torno do Sol a cada 130 anos) a nuvem que dá origem às Perseidas foi reabastecida, tendo nos últimos anos havido algumas chuvas de meteoros bastante boas. Como a Terra, nessa noite, viaja pelo espaço em direção à constelação de Perseu, as estrelas cadentes parecem provir desse ponto (chamado de radiante) para aonde a Terra se dirige; marcando (e prolongando essa linha) num mapa celeste, as estrelas cadentes perseidas ir-se-ião cruzar no radiante.

Observação
O fenómeno é visível anualmente a partir de meados de julho, registando-se a maior atividade entre os dias 8 e 14 de agosto, ocorrendo o seu pico por volta do dia 12. Durante o pico, a taxa de estrelas cadentes pode ultrapassar as 60 por hora. Podem ser observadas ao longo de todo o plano celeste, mas devido à trajetória da órbita do cometa Swift-Tuttle, são observáveis essencialmente no Hemisfério Norte.
A famosa chuva de estrelas das Perseidas tem sido observada ao longo dos últimos 2.000 anos, com a primeira descrição conhecida deste fenómeno registada no Extremo Oriente no ano 36. Na Europa recém cristianizada, as Perseidas tornaram-se conhecidas como Lágrimas de São Lourenço.
De forma a viver esta experiência ao máximo, a chuva deverá ser observada numa noite limpa e sem lua, a partir de um ponto afastado das grandes concentrações urbanas, onde o céu não se encontre afetado pela poluição luminosa. As Perseidas possuem um pico relativamente grande, pelo que o fenómeno pode ser observado ao longo de várias noites. Em qualquer uma destas, a atividade começa lentamente ao anoitecer, aumentando subitamente por volta das 23 horas, quando o radiante atinge uma posição celeste relativamente elevada. A taxa de meteoros aumenta de forma contínua ao longo da noite, atingindo o pico pouco antes do amanhecer, aproximadamente 1½ a 2 horas antes do nascer do sol.
      
  
NOTA: este ano  não irei observar o fenómeno (há anos em que o faço em Leiria, na Senhora do Monte, perto de Cortes, sempre que posso). É fácil de ver - basta olhar, sem telescópio, para uma vasta zona de NE do céu, à volta da constelação de Perseu (que fica por baixo da Cassiopeia, uma constelação bem visível, com forma de M ou W, entre as 00.30 e 03.00 horas). Aqui fica um mapa do céu com o radiante desta chuva de estrelas:
  
(imagem daqui - clicar para aumentar)

Notícia interessante sobre evolução e plantas...

Paleontólogos identificam fóssil de flor com 170 milhões de anos

   

 

   

Uma equipa de cientistas chineses identificou o fóssil de uma planta com cerca de 170 milhões de anos, tornando-a no mais antiga angiospérmica conhecida no noroeste da China.

A equipa da Academia Chinesa de Ciências Instituto de Geologia e Paleontologia de Nanjing, da Universidade de Lanzhou, do Museu Geológico de Ningxia e da Universidade do Noroeste anunciou recentemente a descoberta revolucionária na Life.

No estudo, citado pelo All That’s Interesting, os investigadores relataram ter encontrado botões de flores num fóssil com 17 milímetros de comprimento por nove milímetros de largura, com formato oval, ligados a um talo de 15 milímetros.

O líder do estudo, Wang Xin, disse ao Global Times que o fóssil pertencia a um grupo de plantas conhecidas como angiospérmicas, as plantas mais evoluídas e diversificadas da Terra. “Existem mais de 300.000 espécies de angiospérmicas no mundo atual”, referiu.

Este não foi, porém, o primeiro estudo a examinar este fóssil com 170 milhões de anos. Em 1998, os investigadores examinaram-no e classificaram a planta como uma gimnospérmica, uma planta com sementes desprotegidas por flores ou frutos, semelhante a coníferas. Essa equipa deu-lhe o nome Drepanolepis formosa Zhang.

No entanto, uma nova análise do fóssil com recurso a tecnologia micro-CT – uma técnica de raios X que captura estruturas 3D com resolução à escala de micrómetros – revelou que a planta tinha na realidade um pequeno óvulo invertido protegido por uma camada exterior resistente. Esta é uma característica das angiospérmicas.

Com base nesta nova informação, a equipa deu um novo nome à flor: Qingganninginfructus formosa.

“A Qingganninginfructus formosa é encontrada em grandes quantidades numa vasta área no noroeste da China, incluindo Qinghai, Gansu, e Ningxia. A sua descoberta indica que as angiospérmicas surgiram e foram amplamente distribuídas já há cerca de 170 milhões de anos, ou seja, durante o Jurássico Médio, e atingiram um certo grau de prosperidade. Fornece também uma nova base de referência para a comunidade científica continuar a rastrear a origem e evolução das angiospérmicas”, disse Xin.

A época do Jurássico Médio foi marcada por uma mudança significativa na topografia da Terra. A Pangeia tinha começado a dividir-se e a vida terrestre e marinha também viu evoluções.

Curiosamente, este período foi também definido por uma abundância de gimnospérmicas, especificamente coníferas. Esta informação torna a classificação original de 1998 talvez mais compreensível – e também torna a Qingganninginfructus formosa uma planta mais única para o seu tempo.

Santa Clara de Assis morreu há setecentos e setenta anos...

    
Santa Clara de Assis (em italiano, Santa Chiara d'Assisi) nascida como Chiara d'Offreducci em Assis (Itália), no dia 16 de julho de 1194, e falecida em Assis, no dia 11 de agosto de 1253, foi a fundadora do ramo feminino da ordem franciscana, a chamada Ordem de Santa Clara (ou Ordem das Clarissas).
   
Pertencia a uma nobre família e era dotada de grande beleza. Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, tanto que, ao deparar-se com a pobreza evangélica vivida por São Francisco de Assis, foi tomada pela irresistível tendência religiosa de segui-lo.
Enfrentando a oposição da família, que pretendia arranjar-lhe um casamento vantajoso, aos dezoito anos Clara abandonou o seu lar para seguir Jesus mais radicalmente. Para isto foi ao encontro de São Francisco de Assis na Porciúncula e fundou o ramo feminino da Ordem Franciscana, também conhecido por "Damas Pobres" ou Clarissas. Viveu na prática e no amor da mais estrita pobreza.
O seu primeiro milagre foi em vida, demonstrando a sua grande fé. Conta-se que uma das irmãs da sua congregação havia saído para pedir esmolas para os pobres que iam ao mosteiro. Como não conseguiu quase nada, voltou desanimada e foi consolada por Santa Clara que lhe disse: "Confia em Deus!". Quando a santa se afastou, a outra freira foi pegar no embrulho que trouxera e não conseguiu levantá-lo, pois tudo havia se multiplicado.
Em outra ocasião, aquando da invasão de Assis pelos sarracenos, Santa Clara apanhou o ostensório com a hóstia consagrada e enfrentou o chefe deles, dizendo que Jesus Cristo era mais forte que eles. Os agressores, tomados de repente por inexplicável pânico, fugiram. Por este milagre Santa Clara é representada segurando o Ostensório na mão.

Um ano antes de sua morte em 1253, Santa Clara assistiu a Celebração da Eucaristia sem precisar sair do seu leito. Neste sentido é que é aclamada como protetora da televisão.

Diversos episódios da vida de Santa Clara e São Francisco compõem as florinhas de São Francisco. Escritos muitos anos após a morte de ambos, é difícil atestar a correção destes relatos, mas, com certeza, retratam bem o espírito de ambos e os primeiros acontecimentos quando da criação das Ordens Franciscanas.

      

Joe Jackson nasceu há 69 anos

   
David Ian "Joe" Jackson (Burton upon Trent, Staffordshire, 11 August 1954) is an English musician and singer-songwriter. Having spent years studying music and playing clubs, Jackson scored a hit with his first release, "Is She Really Going Out with Him?", in 1979. This was followed by a number of new wave singles before he moved to more jazz-inflected pop music and had a Top 10 hit in 1982 with "Steppin' Out". He is associated with the 1980s Second British Invasion of the US. He has also composed classical music. He has recorded 19 studio albums and received 5 Grammy Award nominations.

 


Jackson Pollock morreu há 67 anos...

   
Paul Jackson Pollock (Cody, Wyoming, 28 de janeiro de 1912 - Springs, 11 de agosto de 1956) foi um pintor norte-americano e referência no movimento do expressionismo abstrato. Ele tornou-se conhecido pelo seu estilo único de pintura, por gotejamento.

Durante a sua vida, Pollock gozou de fama e notoriedade consideráveis; ele foi um grande artista de sua geração. Considerado  um recluso, tinha uma personalidade volátil e lutou contra o alcoolismo durante a maior parte de sua vida.

Pollock morreu aos 44 anos, num acidente do carro que dirigia, alcoolizado. Em dezembro de 1986, trinta anos e quatro meses após a sua morte, Pollock recebeu uma exibição retrospetiva memorial no Museum of Modern Art (MoMA) na cidade de Nova Iorque. Uma exposição maior e mais abrangente de seu trabalho foi realizada em 1967. Em 1998 e 1999, o seu trabalho foi homenageado com exposições retrospetivas em larga escala no MoMA e no Tate em Londres.       
      
Autumn Rhythm (Number 30)

Pedro Nunes morreu há 445 anos

    
Pedro Nunes (Alcácer do Sal, 1502 - Coimbra, 11 de agosto de 1578), com o nome latinizado Petrus Nonius, foi um matemático português que ocupou o cargo de cosmógrafo-mor do Reino de Portugal.
Foi um dos maiores vultos científicos do seu tempo. Contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da navegação teórica, tendo-se dedicado, entre outros, aos problemas matemáticos da cartografia. Foi ainda inventor de vários instrumentos de medida, incluindo o "anel náutico", o "instrumento de sombras", e o nónio (nonius, o seu sobrenome em latim).
Traduziu para a língua portuguesa o Tratado da Esfera de Johannes de Sacrobosco (1537), os capítulos iniciais das Novas Teóricas dos Planetas de Georg von Peuerbach (por vezes referido como Jorge Purbáquio) e o livro primeiro da Geografia de Ptolomeu.
Em 1544 foi-lhe confiada a cátedra de Matemática da Universidade de Coimbra, a maior distinção que se podia conferir, no país, à época, a um matemático.
   
Nónio original de Pedro Nunes
      
   
  
NOTA: O nónio é um dispositivo de medição inventado pelo matemático português Pedro Nunes. Através do nónio era possível efetuar medições com rigor de alguns minutos de grau, permitindo planear a navegação com uma margem de erro da ordem da dezena de quilómetros.
Na França, o conceito foi modificado por Pierre Vernier, onde foi usado para construir um instrumento de metrologia, apelidado de vernier, com escalas de medição muito precisas.

Enid Blyton nasceu há 126 anos...


Enid
Mary Blyton
(East Dulwich, Londres, 11 de agosto de 1897 – Hampstead, Londres, 28 de novembro de 1968) foi uma escritora inglesa de livros de aventuras para crianças e adolescentes. É também a criadora original de Noddy e Os Cinco.
 
Os seus livros encontram-se entre os mais vendidos do mundo desde a década de 30, com mais de 600 milhões de cópias. Os livros de Blyton continuam a ser populares, e foram traduzidos em cerca de 90 línguas; o seu primeiro trabalho, Child Whispers, um conjunto de poemas num livro de 24 páginas, foi publicado em 1922. Os seus trabalhos abrangem vários temas desde a educação, história natural, fantasia, histórias de mistério e narrativas bíblicas, mas os seus livros mais conhecidos incluêm o Nodi (Noddy), Os Cinco (Famous Five), Os Sete (Secret Seven), A Rapariga Rebelde (The Naughtiest Girl) e as As Gémeas (The Twins at St. Clare's). Ao longo da sua vida terá escrito mais de 800 obras.

No seguimento do sucesso comercial dos seus primeiros trabalhos como Adventures of the Wishing Chair (1937) e The Enchanted Wood (1939), Blyton continuou a construir o seu império literário, algumas vezes com 50 livros por ano, para além dos seus vários contributos em revistas e jornais. A sua escrita era espontânea e tinha origem na sua mente inconsciente; escrevia as suas histórias como se as estivesse a ver de fronte a si. O volume dos seus livros, e a velocidade à qual eram produzidos, criaram boatos sobre a utilização de escritores fantasmas, uma acusação que Blyton recusou veementemente. Enid Blyton inspirou-se nas suas filhas para escrever os livros de colégios internos.

O trabalho de Blyton foi tornando-se controverso no céu dos críticos literários, professores e família, a partir da década de 50, por causa da natureza sem rival dos seus livros, em particular a série sobre Noddy. Algumas livrarias e escolas baniram os seus trabalhos, os quais a BBC se tinha negado a transmitir desde os anos 30 até 50, pois entendiam que não tinham qualquer mérito literário. Os seus livros têm sido criticados como sendo elitistas, sexistas, xenófobos e, pontualmente, com o ambiente liberal que emergia no pós-guerra no Reino Unido, mas, ainda assim, continuam a ser grandes sucessos de venda desde a sua morte, em 1968.

Blyton sentiu a responsabilidade de fornecer aos seus leitores uma forte mensagem moral e incutiu-lhes a ideia de apoiarem causas nobres. Em particular, através de associações que ela criou, ou que apoiava, motivou-os a organizarem e a juntarem os meios financeiros suficientes para ajudar os animais e as crianças.

   
     
  

O Dirceu de Marília, Tomás António Gonzaga, nasceu há 279 anos

      
Tomás António Gonzaga (Miragaia, Porto, 11 de agosto de 1744 - Ilha de Moçambique, 1810), cujo nome arcádico é Dirceu, foi um jurista, poeta e ativista político luso-brasileiro. Considerado o mais proeminente dos poetas árcades, é ainda hoje estudado em escolas e universidades por seu "Marília de Dirceu" (versos notadamente árcades, feitos para a sua amada).
    
Biografia
Nasceu em Miragaia, freguesia da cidade portuguesa do Porto, em prédio hoje devidamente assinalado. Era filho de mãe portuguesa (de ascendência inglesa, Tomásia Isabel Clarque) e pai nordestino (João Bernardo Gonzaga). Órfão de mãe no primeiro ano de vida, mudou-se com o pai, magistrado brasileiro, para Pernambuco em 1751 depois para a Bahia, onde estudou no Colégio dos Jesuítas. Em 1761, voltou a Portugal para cursar Direito na Universidade de Coimbra, tornando-se bacharel em Leis em 1768. Com intenção de lecionar naquela universidade, escreveu a tese Tratado de Direito Natural, no qual enfocava o tema sob o ponto de vista tomista, mas depois trocou as pretensões ao magistério superior pela magistratura. Exerceu o cargo de juiz de fora na cidade de Beja, em Portugal. Quando voltou ao Brasil, em 1782, foi nomeado Ouvidor dos Defuntos e Ausentes da comarca de Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto, então conheceu a adolescente de apenas dezasseis anos, Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão, a pastora Marília, em uma das possíveis interpretações de seus poemas, que teria sido imortalizada em sua obra lírica (Marília de Dirceu) - apesar de ser muito discutível essa versão, tendo em vista as regras retórico-poéticas que prevaleciam no século XVIII, época em que os poemas foram escritos.
Durante a sua permanência em Minas Gerais, escreveu Cartas Chilenas, poema satírico em forma de epístolas, uma violenta crítica ao governo colonial. Promovido a desembargador da relação da Bahia em 1786, resolve pedir em casamento Maria Doroteia dois anos depois. O casamento é marcado para o final do mês de maio de 1789. Como era pobre e bem mais velho que ela, sofreu oposição da família da noiva.
Por seu papel na Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira (primeira grande revolta pró-independência do Brasil), trabalhando junto de outros personagens dessa revolta como: Cláudio Manuel da Costa, Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto, é acusado de conspiração e preso em 1789, cumprindo a sua pena de três anos na Fortaleza da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, tendo os seus bens sido confiscados. Foi, portanto, separado de sua amada, Maria Doroteia. Permaneceu em reclusão por três anos, durante os quais, teria escrito a maior parte das liras atribuídas a ele, pois não há registos de assinatura em qualquer uma de suas poesias. Em 1792 a sua pena é comutada em degredo, a pedido pessoal de Rainha Dª Maria I de Portugal e o poeta é enviado a costa oriental da África, a fim de cumprir, em Moçambique, a sentença de dez anos.
No mesmo ano é lançada em Lisboa a primeira parte de Marília de Dirceu, com 33 liras (nota-se que não houve participação, portanto, do poeta na edição desse conjunto de liras, e até hoje não se sabe quem teria feito, provavelmente irmãos de maçonaria). No país africano trabalha como advogado e hospeda-se em casa de abastado comerciante de escravos, vindo a casar, em 1793, com a filha dele, Juliana de Sousa Mascarenhas ("pessoa de muitos dotes e poucas letras"), de quem teve dois filhos: Ana Mascarenhas Gonzaga e Alexandre Mascarenhas Gonzaga, vivendo depois disso, durante quinze anos, rico e considerado, até morrer em 1810. Em 1799, é publicada a segunda parte de Marília de Dirceu, com mais 65 liras. No desterro, ocupou os cargos de procurador da Coroa e Fazenda, e o de juiz de Alfândega de Moçambique (cargo que exercia quando morreu). Gonzaga foi muito admirado por poetas românticos como Casimiro de Abreu e Castro Alves. É patrono da cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras.
As suas principais obras são: Tratado de Direito Natural; Marília de Dirceu (coleção de poesias líricas, publicadas em três partes, em 1792, 1799 e 1812 - hoje sabe-se que a terceira parte não foi escrita pelo poeta); Cartas Chilenas (impressas em conjunto em 1863). A data de sua morte não é uma data certa, mas sabe-se que ele veio a falecer entre 1809 e 1810. É um dos melhores escritores da época.
  

 

Lira I


Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
que viva de guardar alheio gado,
de tosco trato, de expressões grosseiro,
dos frios gelos e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
das brancas ovelhinhas tiro o leite,
e mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela.
graças à minha Estrela!

Eu vi o meu semblante numa fonte:
dos anos inda não está cortado;
os Pastores que habitam este monte
respeitam o poder do meu cajado.
Com tal destreza toco a sanfoninha,
que inveja até me tem o próprio Alceste:
ao som dela concerto a voz celeste
nem canto letra, que não seja minha.
Graças, Marília bela.
graças à minha Estrela!

Mas tendo tantos dotes da ventura,
só apreço lhes dou, gentil Pastora,
depois que o teu afeto me segura
que queres do que tenho ser senhora.
É bom, minha Marília, é bom ser dono
de um rebanho, que cubra monte e prado;
porém, gentil Pastora, o teu agrado
vale mais que um rebanho e mais que um trono.
Graças, Marília bela.
graças à minha Estrela!

 

José Manuel Osório, fadista e estudioso da canção lisboeta, morreu há doze anos...

José Manuel Osório, numa fotografia de 2001 (daqui)

 

José Manuel Osório (Leopoldville, 13 de maio de 1947Lisboa, 11 de agosto de 2011), foi um fadista, músico, produtor cultural, estudioso de fado e ativista anti-SIDA português

 

Vida e obra

Nasceu em Leopoldville (atual Kinshasa) no Congo Belga (atual República do Zaire), e foi registado em 13 de maio de 1947, no seio de uma família da classe média-alta.

Aos cinco anos ouviu o seu primeiro disco de fado, cantado por Lucília do Carmo, a que deu pouca importância na ocasião. Aos dez anos foi viver para Portugal e estudou nas melhores escolas de Lisboa, mostrando uma inclinação para a música clássica. Aos 12 anos inscreveu-se no Conservatório Nacional de Lisboa e concluiu o curso básico e superior de solfejo aos 15 anos. Iniciou então os estudos de piano, terminando o curso nove anos depois, com louvor e distinção. Seguidamente, inscreveu-se no curso de teatro no mesmo Conservatório. Terminados os estudos secundários, juntou-se à Companhia de Teatro Estúdio de Lisboa, dirigida por Luzia Maria Martins, ali permanecendo durante seis anos.

Inscreveu-se então no curso de Direito (que nunca completou), onde fundou o Grupo Independente de Teatro da Faculdade de Direito, onde encenaria a peça O Homúnculo de Natália Correia, primeiro texto desta autora a ser representado publicamente. Nessa ocasião conheceu Vasco de Lima Couto, que lhe escreveu um poema para um fado.

Começou a visitar os retiros de fado em Cascais, e segundo as suas palavras, “apanhei o comboio logo ali”. José Manuel Osório cantou como amador em sítios como O Estribo, O Cartola, O Galito e O Arreda. Conheceu então cantores carismáticos como Alfredo Marceneiro, Maria Teresa de Noronha, Carlos Duarte, João Braga, José Pracana, Chico Pessoa e João Ferreira-Rosa, entre outros. Também conheceu José Carlos Ary dos Santos, que lhe ofereceu para cantar o decassílablo Desespero, a partir de um soneto incluído em A Liturgia do Sangue.

Esses retiros de fado, segundo Osório, eram de certo modo locais de rebelião contra as casas de fado que proliferavam nos bairros históricos de Lisboa e tornavam o prazer de cantar numa obrigação.

Em 1968 gravou o seu primeiro disco, cujo reportório incluía poemas de José Carlos Ary dos Santos, Vasco de Lima Couto, Manuel Alegre, Mário de Sá-Carneiro, António Botto, João Fezas Vital, Luiza Neto Jorge, António Aleixo e Maria Helena Reis. Em 1969 gravou o seu segundo trabalho e recebeu o Prémio da Imprensa para o Melhor Disco do Ano.

Em 1969 Osório aderiu ao Partido Comunista Português. Em 1970 recebeu o Prémio da Imprensa para o Melhor Fadista do Ano, mas foi impedido de cantar no Coliseu, por ordem da PIDE enviada à Casa da Imprensa. Viveu então um período difícil, devido à proibição de vendas imposta ao seu disco.

Em 1968 foi viver para Paris e assistiu ao Maio de 68. Trabalhou num restaurante onde se cantava o fado e conheceu José Mário Branco, Sérgio Godinho e Luís Cília, entre outros. Também conheceu Manuel Correia, que lhe escreveu uma série de belos poemas que foram gravados depois de 25 de Abril de 1974.

Nas décadas de 60 e de 70 dinamizou o teatro amador em dezenas de espetáculos, tanto como ator como encenador, trabalhando essencialmente nas associações populares de Lisboa. Foi-lhe atribuído o Primeiro Prémio do Festival de Teatro Amador (APTA) com o Grupo Oficina de Teatro de Amadores de Alfama, dirigindo o texto Soldados de Carlos Reyes.

O seu quarto disco, para a etiqueta Orfeu, incluía poemas de Fernando Pessoa, Manuel Alegre, António Aleixo, Francisco Viana, do poeta popular Martinho da Rita Bexiga, António Gedeão e de Alda Lara, entre outros. Músicos como António Chaínho, Arménio de Melo, Manuel Mendes, José Nunes, Raul Nery, José Fontes Rocha, Carlos Gonçalves, Pedro Caldeira Cabral, Pedro Leal, Manuel Martins, Joel Pina and Mestre Martinho D'Assunção participaram nas gravações.

Regressou finalmente a Portugal em 1973 e começou a pesquisar e a coligir temas do fado operário e anarco-sindicalista, que mais tarde viria a interpretar.

Depois do 25 de Abril de 1974 participou na fundação do grupo de teatro A Barraca. Juntamente com Fernando Tordo e Samuel compôs música para a peça A Cidade Dourada (A Barraca). Também compôs e interpretou ao vivo música para a peça As Espingardas da Mãe Carrar por Bertolt Brecht na Casa da Comédia, encenada por João Lourenço. Foi um impulsionador dos Cantos Livres e das Campanhas de Dinamização do Movimento das Forças Armadas. A sua iniciativa levaria à afirmação do estudo e pesquisa históricos sobre o fado sindicalista e anarquista.

De 1978 a 1993 colaborou profissionalmente com Paulo de Carvalho.

Gravou mais três discos de fado, sempre com um reportório de fados tradicionais, dando assim por concluída a sua carreira discográfica.

Atuou principalmente em casas de fado amador de Cascais e do Estoril, nunca considerando seriamente tornar-se fadista profissional. Utilizou todo o conhecimento adquirido para desenvolver uma carreira como produtor de espetáculos e agente artístico, que manteve até 1990.

José Manuel Osório foi também, desde 1976, até estar disso impossibilitado, por motivos de saúde, membro do comité organizador da Festa do Avante, apoiando diretamente a criação do espaço exclusivamente dedicado ao fado chamado «Retiro do Fado», que continua atualmente a existir.

Em 1984 soube que era seropositivo, mas só no final de 1989 começou a ter sérios problemas de saúde, que o obrigariam a abandonar a sua atividade profissional. Durante os anos seguintes teve de enfrentar e vencer uma longa série de doenças gravíssimas decorrentes da SIDA, com enorme coragem e determinação, envolvendo-se ativamente na luta e na prevenção contra a SIDA, colaborando com vários médicos entre os quais a Dra. Odette Ferreira. Ficou conhecido por ser o mais antigo seropositivo em Portugal.

Em 1993 fez um regresso pela mão de Ruben de Carvalho, para lançar uma iniciativa artística no sentido de destacar o fado, através d’ "As Noites de Fado da Casa do Registo", no âmbito de Lisboa/94 Capital Europeia da Cultura.

Em 1998 a EBAHL convidou-o a supervisionar as Festas de Lisboa. Em 2005 dirigiu o projeto "Todos os Fados". Em 2011 foi distinguido com o Prémio Amália Rodrigues Ensaio/Divulgação, por se ter destacado nos últimos anos como investigador do fado, tendo coordenado as coleções discográficas “Fados da Alvorada” e “Fados do Fado” na etiqueta Movieplay Portuguesa.

Foi pai do jornalista Luís Osório, nascido em 1971, e que mais tarde o entrevistaria para o programa Portugalmente e lhe dedicaria um documentário e um livro chamados Quanto Tempo?

José Manuel Osório morreu em Lisboa a 11 de agosto de 2011. 

 

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Robin Williams morreu há nove anos...

   
Robin McLaurin Williams (Chicago, 21 de julho de 1951 - Paradise Cay, 11 de agosto de 2014) foi um ator e comediante americano. Após conquistar fama interpretando o alien Mork na série de televisão Mork & Mindy, e pelo seu trabalho posterior em stand-up comedy, Williams foi destaque de diversos filmes desde 1980. Venceu o Óscar de melhor ator coadjuvante pela sua performance no filme Good Will Hunting, de 1997, e também conquistou dois Prémios Emmy do Primetime, seis Globos de Ouro, dois prémios do Screen Actors Guild e cinco Grammys.

(...)

Williams foi encontrado inconsciente na sua casa, em Paradise Cay, Califórnia, por volta do meio-dia no dia 11 de agosto de 2014. A causa de morte foi asfixia devido a enforcamento. As investigações da polícia norte-americana levaram a concluir que o ator teria cometido suicídio.
Segundo Mara Buxbaum, agente do ator, Williams estava "lutando contra uma depressão severa."
Porém, segundo a sua esposa, Susan Schneider Williams, o ator não cometeu suicídio por causa de depressão, uma vez que, momentos antes, ele estava sóbrio, chegando a fazer atividades quotidianas e recreativas que fazia normalmente junto dela, sendo o verdadeiro motivo da sua morte, a doença conhecida como demência com corpos de Levy, que rapidamente alastrou e só foi descoberta após a autópsia.
O corpo de Williams foi cremado dias depois da sua morte e as suas cinzas lançadas ao mar na Baía de São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos.

O Doutor Galopim de Carvalho faz hoje noventa e dois anos...!

 

António Marcos Galopim de Carvalho (Évora, 11 de agosto de 1931), professor universitário português, Prémio Bordalo (1994) em Ciências, conhecido em Portugal como "o avô dos dinossauros". 

Galopim de Carvalho nasceu em 1931, em Évora.

Licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Lisboa (1959), doutorou-se em Geologia (1969) na mesma universidade e viria a ensinar na sua alma mater no Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências até 2001.
Responsável pelo carinho do público pelos dinossáurios, fez “lobby” da questão das esquecidas pegadas da Pedreira de Carenque, Sesimbra - Espichel, um dos trilhos mais longos do Cretácico e conseguiu salvar as pegadas. É um símbolo nacional da defesa e preservação do património cultural e científico, nomeadamente de sinais marcantes da riquíssima evolução da história natural.
Dirigiu inúmeros projetos de investigação, de que são exemplo a "Paleontologia dos vertebrados fósseis do Jurássico superior da Lourinhã e Pombal" e "Icnofósseis de dinossáurios do Jurássico e do Cretácico Português". Dirige e integra diversos organismos nacionais e internacionais, nomeadamente a comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO. Foi colaborador dos Serviços Geológicos de Portugal e trabalhou no Centro de Estudos Geográficos, do Instituto de Geografia da Faculdade de Letras de Lisboa e no Centro de Estudos Ambientais.
Foi consultor científico da RTP para as séries televisivas de divulgação científica na área das Ciências da Terra. Participou e dirigiu várias exposições. Contudo, devido ao enorme impacto causado, sobressai a famosa "Dinossáurios regressam a Lisboa", que contou com 347 mil visitantes em apenas 11 semanas.
Em 1993, foi agraciado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada e foi distinguido pela Casa da Imprensa com o prémio "Bordalo" para a Ciência, em 1994.
Publicou diversos trabalhos e artigos científicos em revistas nacionais e internacionais das diversas especialidades em que desenvolveu investigação.
É responsável por livros didáticos e de divulgação, como "Morfogénese e Sedimentogénese" (1996), "Petrogénese e Orogénese" (1997) e "Introdução à Cristalografia e Mineralogia" (1997). Publicou também alguns livros na área da literatura de ficção: "O Cheiro da Madeira" (1994), "O Preço da Borrega" (1995) e "Os Homens não tapam as orelhas" (1997).

Foi Diretor do Museu Nacional de História Natural durante vários anos e é Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Era irmão do cantor Francisco José e é pai do jornalista Nuno Galopim. 

 

Distinções

  • Em 1994 António Marcos Galopim de Carvalho foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, em 9 de junho.
  • Prémio Bordalo (1994) Ciências, na categoria "Ciências". No mesmo ano a Casa da Imprensa também distinguiu nomes como João Cutileiro (Artes plásticas), Maria de Medeiros (Cinema), Luís Figo (Desporto) ou Rui de Carvalho (Consagração de Carreira).
  • Patrono da Escola C+S de Queluz, em Sintra, rebaptizada "Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Professor Galopim de Carvalho" em maio de 1999.
  • Patrono da Escola EB1/JI do Bacelo, em Évora, rebaptizada "Escola Básica Galopim de Carvalho" em 2014.
  • Medalha Municipal de Mérito Científico atribuída pela Câmara Municipal de Lisboa em 2016.

 

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(imagem daqui)

quinta-feira, agosto 10, 2023

Hoje é dia de cantar poesia de Jorge Amado...

 

É doce morrer no mar - Dorival Caymmi
Música de Dorival Caymmi e letra de Jorge Amado

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

A noite que ele não veio foi
Foi de tristeza pra mim
Saveiro voltou sozinho
Triste noite foi pra mim

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

Saveiro partiu
de noite foi
Madrugada não voltou
O marinheiro bonito
sereia do mar levou

É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar

Nas ondas verdes do mar meu bem
Ele se foi afogar
Fez sua cama de noivo no colo de Iemanjá

Marião...

Notícia interessante sobre paleontologia brasileira...

Encontrado o elo perdido que explica porque os dinossauros eram gigantes

 

Os Macrocollum itaquii tinham sacos ocos que permitiram o seu crescimento

 

O elo perdido entre os dinossauros mais antigos, cujo tamanho variava de alguns centímetros até três metros de comprimento, e os gigantes mais recentes, que podiam ser maiores do que dois autocarros, acaba de ser encontrado.

Num novo estudo, investigadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no Brasil, apontam a evidência mais antiga do traço evolutivo que favoreceu o gigantismo dos dinossauros: um fóssil de Macrocollum itaquii.

Este dinossauro bípede é um sauropodomorfo, grupo ancestral de dinossauros quadrúpedes gigantes de pescoço longo.

A descoberta foi apresentada num artigo publicado em março na revista científica The Anatomical Record.

Enterrado há 225 milhões de anos no que hoje é o município de Agudo, no Rio Grande do Sul, o Macrocollum itaquii é o dinossauro com estruturas conhecidas como sacos aéreos mais antigo estudado até hoje.

Estes espaços ocos nos ossos, que ainda se encontram atualmente presentes nas aves, ajudavam os dinossauros a obter mais oxigénio, arrefecer melhor o corpo, suportar as duras condições do planeta na altura - e a tornar-se gigantes, como é o caso dos famosos Tyrannosaurus rex e Brachiosaurus.

“Os sacos aéreos tornavam os ossos menos densos, permitindo que os dinossauros pudessem superar os 30 metros de comprimento”, explica o paleontólogo Tito Aureliano, primeiro autor do estudo, realizado durante o seu doutoramento no Instituto de Geociências da Unicamp.

“O Macrocollum itaquii  foi o maior de seu tempo, com cerca de três metros de comprimento, e poucos milhões de anos antes os maiores dinossauros tinham cerca de um metro. Foram certamente os sacos aéreos do Macrocollum que lhe permitiram atingir tamanho”, completa.

“Este foi um dos primeiros dinossauros a pisar na Terra, no período Triássico. Essa adaptação possibilitou que crescessem e resistissem ao clima quer desse período quer dos posteriores, o Jurássico e o Cretácico”, explica Fresia Ricardi Branco, professora do IG-Unicamp e co-autora do estudo.

“Os sacos aéreos foram uma vantagem evolutiva sobre outros grupos, como os mamíferos, permitindo aos dinossauros diversificar-se mais rapidamente”, acrescenta a investigadora.

Num estudo anterior, a equipa de investigadores tinha mostrado que os fósseis mais antigos até agora encontrados não tinham evidências de sacos aéreos, o que sugere que esta característica evoluiu pelo menos três vezes de forma independente.

“É como se a evolução tivesse feito experiências diferentes até chegar a uma configuração definitiva, em que os sacos aéreos iam desde a região cervical até à cauda. Não foi um processo linear”, conclui Aureliano.

 

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Morreu o compositor, cantor e guitarrista canadiano Robbie Robertson...

        
Jaime Royal "Robbie" Robertson (Toronto, 5 de julho de 1943 - Los Angeles, 9 de agosto de 2023) foi um compositor, cantor e guitarrista canadiano, mais conhecido por ser um dos integrantes fundadores dos The Band, onde compôs clássicos como "The Weight", "The Night They Drove Old Dixie Down" e "Up on Cripple Creek", entre muitos outros. Foi considerado o 59º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone. Em 1994, foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame como um dos membros dos The Band.