terça-feira, julho 25, 2023

Otelo Saraiva de Carvalho morreu há dois anos

 

    
Otelo Nuno Romão Saraiva de Carvalho (Maputo, ex-Lourenço Marques, 31 de agosto de 1936Lisboa, Lumiar, 25 de julho de 2021) foi um coronel de artilharia português, tendo sido um dos principais estrategas do 25 de Abril de 1974, tendo posteriormente fundado e dirigido a organização terrorista «Forças Populares 25 de Abril – FP-25».
  
Biografia
Foi capitão em Angola de 1961 a 1963 e também na Guiné entre 1970 e 1973, sendo um dos principais dinamizadores do movimento de contestação ao Decreto Lei nº 353/73, que deu origem ao Movimento dos Capitães e ao MFA. Entre 1964 a cerca de 1968, foi professor na "Escola Central de Sargentos" em Águeda.
Era o responsável pelo sector operacional da Comissão Coordenadora do MFA e foi ele quem dirigiu as operações do 25 de Abril, a partir do posto de comando clandestino instalado no Quartel da Pontinha.
Graduado em brigadeiro, foi nomeado Comandante-adjunto do COPCON e Comandante da região militar de Lisboa a 13 de julho de 1974, tendo passado a ser Comandante do COPCON a 23 de junho de 1975 (cargo que na prática já exercia desde setembro de 1974). Foi afastado destes cargos após os acontecimentos de 25 de novembro de 1975, por realizar de ânimo leve uma série de ordens de prisão e de maus tratos de elementos moderados.
Fez parte do Conselho da Revolução desde que este foi criado, a 14 de março de 1975, até dezembro de 1975. A partir de 30 de Julho do mesmo ano integra, com Costa Gomes e Vasco Gonçalves, o Diretório, estrutura política de cúpula durante o V Governos Provisório na qual os restantes membros do Conselho da Revolução delegaram temporariamente os seus poderes (mas sem abandonarem o exercício das suas funções).
Conotado com a ala mais radical do MFA, viria a ser preso em consequência dos acontecimentos do 25 de novembro. Solto três meses mais tarde, foi candidato às eleições presidenciais de 1976.
Em 1980 cria o partido Força de Unidade Popular (FUP) e volta a concorrer às eleições presidenciais de 1980.
Na década de 80 foi acusado de liderar a organização terrorista FP-25, responsável pelo assassinato de 17 pessoas. Foi detido em 1984.
Em 1985 foi julgado e condenado em tribunal pelo seu papel na liderança das FP-25 de Abril. Após ter apresentado recurso da sentença condenatória, ficou em prisão preventiva cinco anos, passando a aguardar julgamento em liberdade provisória. Mais tarde acusou o PCP de ter estado por trás da sua detenção e de ter feito com que ficasse em prisão preventiva tanto tempo. Acusou ainda alguns nomes então na Polícia Judiciária, como a actual directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, Cândida Almeida, então na PJ, de, devido à militância no PCP, ter estado por trás da sua detenção.
Em 1996 a Assembleia da República aprovou o indulto, seguido de uma amnistia para os presos do caso FP-25.


  
Otelo assume bigamia

Na biografia Otelo, o Revolucionário, o cérebro do 25 de abril assume a sua bigamia. De segunda a quinta-feira, vive com Filomena. De sexta a domingo, mora com Dina. As múltiplas facetas de um ícone.

Figura proeminente do Movimento dos Capitães, cérebro do plano operacional do 25 de Abril, importante chefe militar no período do PREC, todo poderoso comandante do Comando Operacional do Continente (COPCON) nesse período, duas vezes candidato à Presidência da República, duas vezes preso, uma das quais por envolvimento na rede terrorista Forças Populares 25 de Abril (FP-25), idolatrado por uns, odiado por outros, Otelo Saraiva de Carvalho, 75 anos, é o grande ícone vivo da revolução portuguesa.

Para figurar nas t-shirts das gerações do pós-revolução, falta-lhe, talvez, apenas, uma foto tão feliz como a que Alberto Korda captou de Che Guevara. E, depois, algum espírito empreendedor de uma qualquer marca comercial de vestuário... Mas a maior surpresa da sua biografia, agora dada à estampa, em livro, pela pena do jornalista Paulo Moura (Otelo, o Revolucionário, da D. Quixote, a lançar no próximo dia 25) é, afinal, uma história de amor.

Excessivo, inconvencional, indisciplinado, romântico, Otelo levou para a vida pessoal a transgressão que, nos anos da Revolução, o tornaram célebre. Na página 13 do livro de Paulo Moura, logo a abrir, o autor revela-nos a outra faceta do revolucionário: "Sente-se bem em família. Tanto, que tem duas. Casou cedo, com uma colega de liceu. Mais tarde, na prisão, teve outro amor. Não foi capaz de abandonar a primeira mulher, nem a segunda. (...) Otelo assume as suas duas mulheres. Aparece em público com elas, não mente a nenhuma, trata-as por igual. Também nisso é organizado. De segunda a quinta vive numa casa; sexta, sábado e domingo passa-os na outra."
  
in Visão
 

Forças Populares 25 de Abril (FP-25) foram uma organização armada clandestina de extrema-esquerda que operou em Portugal entre 1980 e 1987.
Parte significativa dos seus militantes procediam das antigas Brigadas Revolucionárias e, ainda que em menor número, da LUAR e da ARA.
Entre 1980 e 1987, as FP 25 foram diretamente responsáveis por 13 mortes - às quais acrescem ainda as mortes de 4 dos seus operacionais - dezenas de atentados a tiro e com explosivos e de assaltos a bancos,viaturas de transporte de valores, tesourarias da fazenda pública e empresas.
No plano legal o julgamento dos atos imputados à organização foi incompleto, quer por prescrição de alguns dos processos, quer pela dificuldade em identificar os autores materiais dos factos.
A figura mais conhecida vinculada às FP-25 foi Otelo Saraiva de Carvalho.

Cronologia das FP-25
Março de 1980 - formação da coligação Força de Unidade Popular;
20 de abril de 1980 - apresentação pública da organização Forças Populares 25 de Abril com o rebentamento por todo o país de dezenas de engenhos explosivos de fraca potência contendo o documento “Manifesto ao Povo Trabalhador”;
Maio de 1980 - assalto simultâneo a dois bancos no Cacém que resulta na morte do soldado da GNR Henrique Hipólito durante a confrontação com elementos da organização;
Maio de 1980 - morte do militar da GNR Agostinho Francisco Ferreira durante a detenção de elementos de um comando da organização em Martim Longo, Algarve;
Maio de 1980 - atentado frustrado com explosivos em Bragança;
Julho de 1980 - destruição por incêndio de viaturas da PSP;
Julho de 1980 - assalto à Conservatória do Registo Civil de Vila Nova de Gaia para roubo de impressos para bilhetes de identidade;
Setembro de 1980 - rebentamento de explosivos no consulado e na embaixada do Chile respetivamente no Porto e em Lisboa;
Outubro de 1980 - rebentamento de explosivos nas sedes dos ex-Comandos em Faro e Guimarães; esta associação era considerada pelas FP-25 como a tropa de choque das desocupações de terras no Alentejo;
Outubro de 1980 - assalto simultâneo a dois bancos na Malveira na sequência do qual são mortos dois elementos da organização (Vítor David e Carlos Caldas) e um cliente de um dos bancos (José Lobo dos Santos), ficando ainda feridos dois elementos da população local;
Inicio de 1981 - atentado com explosivos na filial do Banco do Brasil em Lisboa que causa um ferido;
Março de 1981 - ferimentos ligeiros num comerciante da Malveira (Fernando Rolo) acusado de ser o autor dos disparos que causam a morte de um dos elementos da organização aquando de um assalto frustrado naquela povoação em Outubro do ano anterior;
Março de 1981 - disparos nas pernas de um dos administradores da empresa SAPEC, no Dafundo, na sequência de conflitos laborais na empresa;
Março de 1981 - assalto a um banco na Trofa;
Abril de 1981 - ação de solidariedade para com o Exército Republicano Irlandês, cuja bandeira é hasteada numa sucursal da British Airways no Porto;
Maio de 1981 - disparo de um rocket no interior do Royal British Club em Lisboa, em solidariedade com o Exército Republicano Irlandês;
Julho de 1981 - disparos sobre o diretor-delegado da empresa Standard Elétrica em Cascais causando-lhe ferimentos ligeiros; na mesma ação é ferido o seu motorista; a ação é justificada pela organização como uma resposta aos despedimentos e conflitos laborais que afetavam a empresa;
Julho de 1981 - roubo de explosivos de uma empresa de construção, nos arredores de Coimbra;
Julho de 1981 - assalto a um banco de Vila da Feira;
Meados de 1981 - assalto a um banco de Leça do Balio;
Outubro de 1981 - disparos nas pernas de um administrador da empresa Carides, em Vila Nova de Famalicão; a acção é justificada como uma resposta aos salários em atraso e aos despedimentos efetuados na empresa;
Outubro de 1981 - morte de dois militares (Adolfo Dias e Evaristo Ouvidor da Silva) da GNR vitimas da explosão de um carro armadilhado em Alcaínça, arredores da Malveira; a acção inseria-se ainda no processo de retaliação relativo às mortes de dois elementos (Vítor David e Carlos Caldas) da organização num assalto a um banco desta localidade;
Outubro de 1981 - morte de um elemento da organização (António Guerreiro) na sequência de um assalto a um banco na Póvoa de Santo Adrião; no mesmo assalto é morto um transeunte (Fernando de Abreu) que, armado de pistola, faz frente aos elementos da organização;
Dezembro de 1981 - atentado com explosivos ao posto da GNR de Alcácer do Sal;
Finais de 1981 - atentados com explosivos nos postos da GNR do Fundão e da Covilhã;
Janeiro de 1982 - atentado com explosivos ao posto da GNR do Cacém;
Janeiro de 1982 - atentado com explosivos à residência de um industrial no Cacém;
Janeiro de 1982 - assalto a uma carrinha de transporte de valores;
Abril de 1982- atentados com explosivos sobre o automóvel e a residência de dois administradores da empresa SAPEC;
Junho de 1982 - disparos sobre a viatura onde se deslocavam dirigentes da cooperativa “Boa Hora”;
Agosto de 1982 - atentado com explosivos colocados numa viatura, em Montemor-o-Novo;
Outubro de 1982 - assalto a um banco em Pataias;
Outubro de 1982 - assalto a um banco em Cruz da Légua;
Outubro de 1982 - assalto a uma empresa de Vila Nova de Gaia;
Dezembro de 1982 - um militante da organização evade-se da cadeia de Pinheiro da Cruz, em Grândola;
Dezembro de 1982 - atentado mortal sobre o administrador da Fábrica de Louças de Sacavém, Diamantino Monteiro Pereira, em Almada; a organização justifica a ação como uma resposta aos graves conflitos laborais e despedimentos verificados na empresa;
Janeiro de 1983 - elementos da organização libertam da prisão um militante das FP-25, em Coimbra;
Fevereiro de 1983 - assalto a um banco em Espinho;
Fevereiro de 1983 - assalto a um banco no Carregado;
Abril de 1983 - assalto a um banco no Tramagal;
Junho de 1983 - assalto a uma empresa;
Agosto de 1983 - assalto a um banco de Matosinhos;
Setembro de 1983 - assalto a uma empresa, em Pereiró;
Novembro de 1983 - atentado com explosivos ao posto da GNR de Leiria;
Novembro de 1983 - atentado com explosivos visando um administrador da empresa Cometna;
Novembro de 1983 - atentados com explosivos em residências de empresários na Cruz de Pau e Seixal;
Dezembro de 1983 - atentado com explosivos a instalações bancárias em Leiria e Caldas da Rainha;
Dezembro de 1983 - rebentamento de engenhos explosivos com difusão de panfletos em Setúbal;
Janeiro de 1984 - assalto a um banco em Caneças;
Janeiro de 1984 - atentado com explosivos visando administradores das empresas Entreposto, Tecnosado e Tecnitool;
Janeiro de 1984 - atentado a tiro contra a residência do administrador da empresa Ivima, na Marinha Grande;
Janeiro de 1984 - assalto a uma viatura de transporte de valores na Marinha Grande que resulta em ferimentos graves (paraplegia num dos casos) em dois dos seus ocupantes;
Fevereiro de 1984 - atentados com explosivos visando empresários na Covilhã e Castelo Branco;
Fevereiro de 1984 - assalto a uma carrinha de transporte de valores que resulta no roubo de 108.000 contos, em Lisboa;
Abril de 1984 - atentado com explosivos em Évora;
Abril de 1984 - atentado com explosivos na residência de um agricultor em S. Manços, Alentejo; os efeitos da explosão provocam a morte de uma criança de 4 meses de idade (Nuno Dionísio);
Maio de 1984 - sabotagem da Estrada Nacional nº1 através do lançamento de pregos na via;
Maio de 1984 - atentado mortal contra o administrador da empresa Gelmar, Rogério Canha e Sá, em Santo António dos Cavaleiros; a ação é justificada pela organização como uma resposta aos sucessivos despedimentos e falências registados não só na Gelmar como em outras unidades fabris onde o referido administrador havia exercido funções;
Junho de 1984 - atentado a tiro, causando ferimentos graves, contra o administrador Arnaldo Freitas de Oliveira, da empresa Manuel Pereira Roldão, em Benfica; a organização justifica a ação, que deveria resultar na morte do referido administrador, como uma punição pelas alegadas irregularidades e despedimentos verificados na referida empresa;
Junho de 1984 - operação policial ‘Orion’ destinada a desmantelar a organização e da qual resultaria a detenção de cerca de quarenta pessoas a maior parte das quais militantes e dirigentes da Frente de Unidade Popular;
Agosto de 1984 - atentado frustrado com explosivos numa serração de Proença-a-Nova resultando em ferimentos graves no elemento da organização que se preparava para os colocar;
Setembro de 1984 - disparos sobre o posto da GNR de Barcelos na sequência de uma carga desta força policial sobre populares que se manifestavam contra a poluição emitida por uma fábrica de barros contígua;
Setembro de 1984 - disparos nas pernas do proprietário da empresa Cerâmica Modelar, António Liquito, em Barcelos; a organização justifica a ação como uma punição pela recusa do empresário em regularizar uma situação de emissão de resíduos que afetava a população local;
Setembro de 1984 - atentado com explosivos na residência de um agrário, no Alentejo;
Setembro de 1984 - atentados com explosivos em residências de agrários em Montemor-o-Novo;
Setembro de 1984 - atentado com explosivos na Penitenciária de Coimbra;
Janeiro de 1985 - ataque falhado com granadas de morteiro contra navios da NATO ancorados no rio Tejo, em Lisboa;
Março de 1985 - atentado mortal sobre o empresário da Marinha Grande, Alexandre Souto, levado a cabo no recinto da Feira Internacional de Lisboa; a organização justifica a ação como uma resposta à morte de um sindicalista da Marinha Grande alegadamente morto pelo empresário na sequência de uma disputa pessoal;
Abril de 1985 - na sequência de uma operação da Polícia Judiciária perto da Maia, são detidos três operacionais da organização e um quarto (Luís Amado) é morto a tiro;
Julho de 1985 - atentado mortal sobre um dos ‘arrependidos’ da organização (José Barradas), no Monte da Caparica, Almada;
Setembro de 1985 - fuga do Estabelecimento Prisional de Lisboa de um grupo de presos da organização;
Fevereiro de 1986 - atentado mortal sobre o Diretor-Geral dos Serviços Prisionais, Gaspar Castelo Branco, em Lisboa; a ação é justificada pela organização como uma resposta às duras condições de detenção dos seus militantes e à alegada intransigência dos Serviços Prisionais na pessoa do seu Diretor-Geral;
Abril de 1986 - disparos sobre a esquadra da PSP dos Olivais em retaliação pelos alegados maus tratos aí sofridos por um elemento da organização aquando da sua detenção; desta ação resulta um ferido ligeiro;
Setembro de 1986 - atentado com explosivos a um empreendimento turístico no Algarve; esta ação é reivindicada pela ORA (Organização Revolucionária Armada) um grupo formado por dissidentes das Forças Populares 25 de Abril;
Agosto de 1987 - morte do agente da PJ Álvaro Militão durante a detenção de elementos da organização, em Lisboa;
Meados de 1992 - detenção dos últimos militantes ainda clandestinos;
1996 - É aprovada pela Assembleia da República e promulgada por Mário Soares, então Presidente da República, uma amnistia relativa ao caso FUP-FP-25, amnistia que exclui os chamados "crimes de sangue".

Matt LeBlanc nasceu há 56 anos

   
Matthew Steven "Matt" LeBlanc (Newton, 25 de julho de 1967) é um ator norte-americano, famoso pelo seu papel como Joey Tribbiani na série Friends.
   

O primeiro bebé-proveta celebra hoje 45 anos...!

(imagem daqui
        
Louise Joy Brown (born 25 July 1978) is the first person to have been conceived by in vitro fertilization, or IVF.
   
Louise Brown was born at Oldham General Hospital, Oldham, by planned caesarean section delivered by registrar John Webster. She weighed 5 pounds, 12 ounces (2.608 kg) at birth. Her parents, Lesley and John Brown, had been trying to conceive for nine years. They faced complications of blocked fallopian tubes.
On 10 November 1977, Lesley Brown underwent a procedure, later to become known as IVF, developed by Patrick Steptoe and Robert Edwards. Edwards was awarded the 2010 Nobel Prize in Medicine for this work. Although the media referred to Brown as a "test tube baby", her conception actually took place in a petri dish. Her younger sister, Natalie Brown, was also conceived through IVF four years later, and became the world's fortieth IVF baby. In May 1999, Natalie was the first IVF baby to give birth herself - naturally - to daughter Casey.
In 2004, Louise married nightclub doorman Wesley Mullinder. Dr. Edwards attended their wedding. Their son Cameron, conceived naturally, was born on 20 December 2006.
John, Louise's father, died in 2006. Her mother, Lesley, died on 6 June 2012 in Bristol Royal Infirmary, at the age of 64, due to complications from a gallbladder infection.
        

Os AC/DC lançaram o álbum Back in Black há quarenta e três anos

 

Back in Black foi o sétimo álbum de estúdio da banda australiana AC/DC; lançado em 25 de julho de 1980 e, até hoje, já vendeu 51 milhões de cópias, sendo o álbum de rock mais vendido de todos os tempos e o segundo mais vendido da história, atrás apenas de Thriller, de Michael Jackson. O álbum até hoje já vendeu mais de 22 milhões de cópias nos Estados Unidos. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
Depois do sucesso de Highway to Hell, a banda começou a desenvolver o álbum, após a morte de seu vocalista, Bon Scott, cuja causa oficial da morte foi de "intoxicação alcoólica aguda". Quando Scott foi substituído por Brian Johnson, o álbum foi totalmente refeito, com hits como "Hells Bells", "You shook me All Night Long" e a faixa que dá título ao álbum, "Back in Black". O álbum se tornou um enorme sucesso nos Estados Unidos e em outras partes do mundo.
 

 


A paz entre Israel e a Jordânia começou há vinte e nove anos


O tratado de paz Israel-Jordânia (formalmente o "Tratado de Paz entre o Estado de Israel e o Reino Hachemita da Jordânia"), às vezes referido como o Tratado de Wadi Araba, é um acordo que encerrou o estado da guerra que existiu entre os dois países desde a guerra árabe-israelita de 1948 e estabeleceu relações diplomáticas mútuas. Além de estabelecer a paz entre os dois países, o tratado também resolveu disputas de terra e água, proporcionou ampla cooperação em turismo e comércio, e obrigou os dois países a evitar que seu território fosse usado como palco para ataques militares de um terceiro país.

A cerimónia de assinatura ocorreu no cruzamento da fronteira sul de Arabah, em 26 de outubro de 1994. A Jordânia foi o segundo país árabe, depois do Egito, a assinar um acordo de paz com Israel.
   
(...)
   

Em 1987, o ministro israelita das Relações Exteriores, Shimon Peres, e o rei Hussein tentaram secretamente arranjar um acordo de paz no qual Israel concederia a Cisjordânia à Jordânia. Os dois assinaram um acordo que define uma estrutura para uma conferência de paz no Oriente Médio. A proposta não foi consumada devido à objeção do primeiro-ministro israelita Yitzhak Shamir. No ano seguinte, a Jordânia abandonou a sua reivindicação à Cisjordânia em favor de uma resolução pacífica entre Israel e a OLP.

As discussões começaram em 1994. O primeiro-ministro israelita Yitzhak Rabin e o ministro das Relações Exteriores Shimon Peres informaram ao rei Hussein que, após os acordos de Oslo com a OLP, a Jordânia poderia ser "deixada de fora do grande jogo". Hussein consultou o presidente egípcio Hosni Mubarak e o presidente sírio Hafez al-Assad. Mubarak o encorajou, mas Assad disse-lhe apenas para "falar" e não assinar nenhum acordo. O presidente dos EUA Bill Clinton pressionou Hussein para iniciar negociações de paz e assinar um tratado de paz com Israel e prometeu-lhe que as dívidas da Jordânia seriam perdoadas. Os esforços tiveram sucesso e a Jordânia assinou um acordo de não beligerância com Israel. Rabin, Hussein e Clinton assinaram a Declaração de Washington em Washington, D.C., em 25 de julho de 1994. A Declaração diz que Israel e Jordânia acabaram com o estado oficial de inimizade e iniciariam negociações para alcançar o "fim do derramamento de sangue e tristeza "e uma paz justa e duradoura. 

Um acidente acabou com os voos do Concorde há vinte e três anos


O Voo Air France 4590 correspondia a um voo regular da companhia Air France, de Paris a Nova Iorque, feito com uma aeronave modelo Concorde.

O dia 25 de julho de 2000 ficou marcado na história aeronáutica pela ocorrência de um acidente envolvendo essa rota. Uma fuga de combustível, devido à rutura do tanque n.º 5, provocou um grande incêndio sob a asa esquerda da aeronave. Depois de uma sequência de falhas, a aeronave não conseguiu ganhar altitude e caiu, instantes depois da descolagem.

Após o acidente, o Concorde sofreu algumas modificações e 15 meses depois do acidente ele voltou ao serviço de passageiros. Porém, em 10 de abril de 2003, Air France e British Airways decidiram, juntas, encerrar os voos comerciais do Concorde. A Air France encerrou os voos do Concorde em 31 de maio de 2003 enquanto que a British Airways encerrou os voos em 24 de outubro de 2003. 

   

(...)

   

Apurou-se nas investigações que a rutura do tanque ocorreu durante a descolagem, tendo sido causada pelo violento choque de um pedaço do pneu nº 2 (localizado no trem de aterragem principal esquerdo) que estoirou devido a uma peça de um DC-10 da companhia Continental, caída na pista do aeroporto Charles de Gaulle. Logo em seguida houve perda de potência no motor nº 2 e em seguida no motor nº 1. O DC-10 havia descolado cinco minutos antes do Concorde. Após 18 meses de investigações, foi apresentado o relatório final sobre o acidente. 

 

Fernanda Baptista morreu há quinze anos...

(imagem daqui)

 

Fernanda Baptista (Lisboa, 7 de maio de 1919 - Cascais, 25 de julho de 2008), foi uma fadista e atriz portuguesa, presença assídua no Teatro de Revista.

A criadora de êxitos como "Fado da Carta", desenvolveu uma carreira artística longo de mais de 65 anos, participando em cerca de 50 revistas e operetas, tendo realizado várias digressões, incluindo passagens EUA, Brasil, Argentina e Angola.
   

 


E viva a Galiza!



  
O Dia Nacional da Galiza (conhecido popularmente como Dia da Galiza, ou também como Dia da Pátria ou Dia da Pátria Galega), é a festa oficial da Galiza (Espanha), segundo decreto da Junta da Galiza de 1979. Celebra-se a 25 de julho.
As origens desta celebração remontam a 1919, data na que se juntou em Santiago de Compostela a Assembleia das Irmandades da Fala, que acordam celebrar o Día Nacional de Galicia a 25 de julho do ano seguinte.
Durante a ditadura franquista, as sociedades galegas da emigração continuam esta convocatória, e na Galiza o galeguismo concentra-se ao redor da tradicional missa por Rosalía de Castro na igreja de São Domingos de Bonaval. Além durante esta época o dia institucionaliza-se como festa oficial em toda Espanha, sob o nome de Dia do Padroeiro da Espanha, com um marcado caráter religioso, embora após a transição deixasse de ser oficial em todo o país.
Em 1968 voltou-se celebrar de novo, com uma manifestação na Alameda de Compostela. Serão o Partido Socialista Galego (PSG) e a União do Povo Galego (UPG) os que se manifestem de forma clandestina para comemorar o "Dia Nacional da Galiza" que terminavam com confrontos com a polícia franquista, e com a entrada na democracia seguiram a proibir as manifestações da AN-PG (Assembleia Nacional-Popular Galega) e BN-PG, germes do atual Bloco Nacionalista Galego. Até meados dos anos oitenta não foi permitida a manifestação do Dia da Pátria com normalidade democrática, sendo hoje o ato mais multitudinário de todas as celebrações que têm lugar a 25 de julho na capital galega. Atualmente os diferentes partidos nacionalistas da Galiza seguem a convocar manifestações para esse dia, sob a denominação de Dia da Pátria, nas quais fazem reflexões a respeito da situação política galega.
  
   

 

 

Os Pinos

Que din os rumorosos
na costa verdecente,
ao raio transparente
do prácido luar?
Que din as altas copas
de escuro arume arpado
co seu ben compasado
monótono fungar?



Do teu verdor cinguido
e de benignos astros,
confín dos verdes castros
e valeroso chan,
non des a esquecemento
da inxuria o rudo encono;
desperta do teu sono
Fogar de Breogán.



Os bos e xenerosos
a nosa voz entenden
e con arroubo atenden
o noso ronco son,
mais só os iñorantes
e féridos e duros,
imbéciles e escuros
non nos entenden, non.



Os tempos son chegados
dos bardos das idades
que as vosas vaguedades
cumprido fin terán;
pois, onde quer, xigante
a nosa voz pregoa
a redenzón da boa
Nazón de Breogán.

 

segunda-feira, julho 24, 2023

O poeta Alphonsus Guimaraens nasceu há 153 anos

  
Alphonsus Guimaraens, pseudónimo de Afonso Henrique da Costa Guimarães (Ouro Preto, 24 de julho de 1870 - Mariana, 15 de julho de 1921) foi um escritor brasileiro.
A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente mística e envolvida com religiosidade católica. Os seus sonetos apresentam uma estrutura clássica, e são profundamente religiosos e sensíveis na medida em que explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inaptação ao mundo.
Contudo, o tom místico imprime em sua obra um sentimento de aceitação e resignação diante da própria vida, dos sofrimentos e dores. Outra característica marcante de sua obra é a utilização da espiritualidade em relação à figura feminina, que é considerada um anjo, ou um ser celestial. Alphonsus de Guimaraens é simultaneamente neo-romântico e simbolista.
Sua obra, predominantemente poética, consagrou-o como um dos principais autores simbolistas do Brasil. Traduziu também poetas como Stephane Mallarmé Em referência à cidade em que passou parte de sua vida, é também chamado de "o solitário de Mariana", a sua "torre de marfim do Simbolismo".
A sua poesia é quase toda voltada para o tema da morte da mulher amada. Embora preferisse o verso decassílabo, chegou a explorar outras métricas, particularmente a redondilha maior (terminado em sete sílabas métricas).
   
Biografia
Filho de Albino da Costa Guimarães, comerciante português, e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, era sobrinho do poeta Bernardo de Guimarães.
Matriculou-se em 1887 no curso de Engenharia. Perdeu, prematuramente, a prima e noiva Constança, o que o abalou moral e fisicamente.
Foi, em 1894, para São Paulo, onde se matriculou no curso de Direito da Faculdade do Largo São Francisco, voltou a Minas Gerais e formou-se em Direito em 1894, na recém inaugurada Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, que na época funcionava em Ouro Preto. Em São Paulo, colaborou na imprensa e frequentou a Vila Kyrial, de José de Freitas Vale, onde se reuniam os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu Cruz e Souza, poeta do qual já admirava e tornou-se amigo pessoal. Também foi juiz substituto e promotor em Conceição do Serro (MG). No ano de 1897, casa-se com Zenaide de Oliveira. Posteriormente, em 1899, estreou na literatura com dois volumes de versos: Septenário das Dores de Nossa Senhora e Câmara Ardente, e Dona Mística; ambos de nítida inspiração simbolista.
Em 1900 passou a exercer a função de jornalista colaborando em "A Gazeta", de São Paulo. Em 1902 publicou Kyriale, sob o pseudónimo de Alphonsus de Guimaraens; esta obra o projetou no universo literário, obtendo assim um reconhecimento, ainda que restrito de alguns raros críticos e amigos mais próximos. Em 1903, os cargos de juízes-substitutos foram suprimidos pelo governo do estado; consequentemente Alphonsus perdeu também seu cargo de juiz, o que o levou a graves dificuldades financeiras.
Após recusar um posto de destaque no jornal A Gazeta, Alphonsus foi nomeado para a direção do jornal político Conceição do Serro, onde também colaboraria seu irmão o poeta Archangelus de Guimaraens, Cruz e Souza e José Severino de Resende. Em 1906, tornou-se Juiz Municipal de Mariana, MG, para onde se transferiu com a sua esposa Zenaide de Oliveira, de quem teve 15 filhos, dois dos quais também escritores: João Alphonsus (1901 - 44) e Alphonsus de Guimaraens Filho (1918 - 2008).
Devido ao período que viveu em Mariana, ficou conhecido como "O Solitário de Mariana", apesar de ter vivido lá com a mulher e com os seus quinze filhos. O nome foi-lhe dado devido ao estado de isolamento completo em que viveu. A sua vida, nessa época, passou a ser dedicada basicamente às atividades de juiz e à elaboração da sua obra poética.
    

 

O leito

Ontem, à meia-noite, estando junto
A uma igreja, lembrei-me de ter visto
Um velho que levava às costas isto:
Um caixão de defunto.

O caso nada tem de extraordinário.
Quem um velho a levar um caixão tal
Inda não viu? É um fato quase diário
Em qualquer bairro de uma capital.

Mas é que ia de modo tal curvado
Para o chão, e afalar tão baixo e tanto,
Que, manso e manso, e trêmulo de espanto,
Fui seguindo a seu lado.

Disse-lhe assim: “Talvez seja demência
Quem guie os passos todos que tu dês;
Ou és então, na mísera existência,
Um miserável bêbedo, talvez.”

O olhar fito no chão, como desfeito
Em sangue, o velho, sem me olhar, seguia.
E ouvi-lhe a única frase que dizia:
— “Vou levando o meu leito.”

 

Alphonsus Guimaraens

Volta, Lamarck - estás perdoado...

Os peixes evoluíram para caminhar. Num caso, até se tornaram humanos

  

   

Quando pensa sobre a evolução humana, há uma boa probabilidade de imaginar chimpanzés a explorar florestas antigas ou os primeiros humanos a pintar mamutes lanosos nas paredes das cavernas. 

Mas nós, humanos, junto com ursos, lagartos, beija-flores e tiranossauros rex, somos na verdade peixes com barbatanas lobadas.

Pode parecer bizarro, mas a evidência está nos nossos genes, anatomia e fósseis. Pertencemos a um grupo de animais chamados sarcopterígios terrestres, mas uma grande quantidade de mudanças evolutivas obscureceu a nossa aparência.

Pensamos nos peixes como nadadores experientes, mas na verdade eles desenvolveram a capacidade de “andar” pelo menos cinco vezes. Algumas espécies puxam-se para a frente usando barbatanas dianteiras bem desenvolvidas, enquanto outras “caminham” ao longo do fundo do oceano.

Os nossos antepassados sarcopterígios desenvolveram pulmões e outros mecanismos de respiração aérea, membros ossudos e uma coluna vertebral mais forte antes de se aventurarem na terra. Estas adaptações foram úteis não apenas em ambientes aquáticos, mas permitiram que nossos antepassados explorassem a terra – eram “pré-adaptações” para a vida na terra.


A transição da água para a terra foi um dos eventos mais significativos na evolução dos vertebrados. Pode ter começado como uma forma de escapar de predadores, mas a paisagem que os nossos antepassados descobriram já era rica em plantas como musgos, cavalinhas e samambaias, além de artrópodes (milípedes) que tinham colonizado a terra milhões de anos antes.

 

Não estamos sozinhos

Andar independentemente evoluiu várias vezes em peixes, tornando-se um exemplo de convergência evolutiva (características semelhantes que evoluem independentemente, como asas em morcegos e pássaros). A evolução de caminhar em peixes é rara. Existem mais de 30 000 espécies de peixes como os conhecemos hoje (não no sentido evolutivo), das quais apenas um punhado pode “andar”.

Os sarcopterígios diferem de outros tipos de peixes de várias maneiras importantes. Por exemplo, as nossas barbatanas (membros) têm suportes ósseos e lóbulos musculares que nos permitem mover em terra.

Acredita-se que esta adaptação tenha sido crucial para a evolução dos tetrápodes (anfíbios, mamíferos, répteis e aves) durante a nossa transição da água para a terra no período Devónico Superior, há cerca de 375 milhões de anos. Muitos dos genes envolvidos na formação de membros e dedos em tetrápodes também são encontrados em sarcopterígios aquáticos, como peixes pulmonados, o que indica que essas características evoluíram no nosso antigo antepassado comum.

Não sabemos de que espécie era esse antepassado, mas provavelmente se parecia com o celacanto, que tem um rico registo fóssil e é um “fóssil vivo” que hoje habita o Oceano Índico Ocidental e a Indonésia.

Os peixes sarcopterígios ambulantes estão extintos, como o Tiktaalik, ou tão altamente evoluídos que não os reconhecemos mais como peixes (tetrápodes).

Um exemplo de peixe vivo que anda é o saltador-do-lodo (da família Oxudercidae). Estes peixes vivem em manguezais e planícies de maré e usam as suas barbatanas peitorais para caminhar em terra. Essas barbatanas ajudam-nos a escapar de predadores aquáticos, procurar comida (eles consomem material orgânico na lama) e até interagir uns com os outros em terra, encontrando parceiros.

Outro exemplo é o bagre ambulante (Clarias batrachus), que usa as suas barbatanas peitorais para se deslocar em terra, ajudando-o a escapar de lagoas secas e encontrar novos habitats.

 

Como é que os genes relacionados com a caminhada evoluíram pela primeira vez?

A raia-de-verão (Leucoraja erinacea) é um peixe cartilaginoso parente das raias e tubarões (ao contrário dos peixes ósseos, incluindo os sarcopterígios). É outro peixe que “anda” debaixo de água sobre barbatanas como pernas, imitando os movimentos de animais terrestres.

A raia-de-verão é de grande interesse para os cientistas que pesquisam a evolução da locomoção porque evoluiu andando com barbatanas independentemente dos sarcopterígios. No entanto, até agora, a genética por trás do andar da raia era difícil de estudar devido à falta de dados de qualidade.

Isso mudou recentemente, quando investigadores de Seul e Nova York usaram tecnologia de ponta para construir uma montagem de alta qualidade do genoma da raia-de-verão. Os cientistas descobriram que ela usa apenas dez músculos para andar com barbatanas, enquanto os tetrápodes geralmente usam 50 músculos para mover seus membros.

Uma grande questão sobre a evolução dos vertebrados é: quais genes são importantes para desenvolver os músculos que permitem a caminhada? Para descobrir, a equipa analisou quais genes estavam ativos nos nervos que controlam os músculos dos membros (nervos motores) num rato, numa galinha e numa raia-de-verão.

Eles descobriram padrões de expressão genética semelhantes nos nervos motores que ajudam esses músculos a funcionar. Assim, os peixes ambulantes podem ter seguido vários caminhos evolutivos diferentes, mas este estudo recente sugere um mecanismo genético comum.

 

Os humanos evoluíram para serem os melhores caminhantes

No final do período Triássico, há cerca de 201 milhões de anos, tanto os dinossauros quanto os mamíferos desenvolveram excelentes habilidades de corrida. Os humanos refinaram estes poderes locomotores, desenvolvendo inúmeras adaptações que nos tornam uma das espécies de corrida mais eficientes e capazes do planeta.

Essas adaptações incluem um tendão de Aquiles semelhante a uma mola que ajuda a armazenar energia, uma passada longa e centro de gravidade equilibrado e suor para arrefecer. Estas adaptações permitem-nos percorrer longas distâncias com grande resistência, embora em velocidades lentas.

Os nossos antepassados costumavam correr para caçar, escapar de predadores e forragear. Isto moldou a nossa anatomia, fisiologia e cultura. E muitos estudos mostram que caminhar e correr são cruciais para o nosso bem-estar e saúde física.

Foi um longo caminho desde a origem da caminhada nos nossos antepassados semelhantes a peixes que primeiro colonizaram a terra. Mas caminhar e correr continuam a ser uma parte central de nossas vidas e do nosso sucesso evolutivo.

 

in ZAP

Poesia para recordar o regresso da Apollo XI...

  

 

Satélite

 

Fim de tarde.
No céu plúmbeo
A lua baça
Paira.

Muito cosmograficamente
Satélite.

Desmetaforizada,
Desmitificada,

Despojada do velho segredo de melancolia,
Não é agora o golfão de cismas,
O astro dos loucos e enamorados,
Mas tão somente
Satélite.

Ah! Lua deste fim de tarde,
Desmissionária de atribuições românticas;
Sem show para as disponibilidades sentimentais!

Fatigado de mais-valia,
gosto de ti, assim:
Coisa em si,
-Satélite.

 

Manuel Bandeira

Alexandre Dumas (Pai) nasceu há 221 anos

     
Alexandre Dumas conhecido como Alexandre Dumas, Pai (Villers-Cotterêts, 24 de julho de 1802 - Puys, 5 de dezembro de 1870) foi um romancista francês. Nasceu na região de Aisne, próximo a Paris. Era neto do marquês Alexandre Antoine Davy de la Pailleterie e de uma escrava (ou liberta, não se sabe ao certo) negra, Marie-Césette Dumas. O seu pai foi Thomas Alexandre Davy de la Pailleterie, mais conhecido como General Dumas, grande figura militar de sua época.

Enquanto trabalhava em París, Dumas começou a escrever artigos para revistas e também peças para teatro. Em 1829 foi produzida sua primeira peça, Henrique III e a sua Corte, alcançando sucesso junto do público. No ano seguinte, sua segunda peça, Christine, também obteve popularidade e, portanto, tornou-se financeiramente capaz de trabalhar como escritor a tempo integral. Entretanto, em 1830, participou da revolução que depôs o rei Carlos X de França e substituiu-o no trono pelo ex-patrão de Dumas, o Duque de Orléans, que governaria com o nome de Luís Filipe de França, alcunhado de Rei Cidadão.
Até meados da década de 1830, a vida na França permaneceu agitada, com tumultos esporádicos em busca de mudanças promovidos por republicanos frustrados e trabalhadores urbanos empobrecidos. À medida que a vida retornava lentamente à normalidade, o país começou a industrializar-se e, com uma economia em crescimento, combinada com o fim da censura à imprensa, a vida recompensou as habilidades de escritor de Alexandre Dumas.
Após escrever mais algumas peças de sucesso, passou a dedicar-se aos romances. Apesar de ter um estilo de vida extravagante e sempre gastar mais do que ganhava, Dumas provou ser um divulgador astuto. Com a alta demanda dos jornais por romances em série, em 1838 simplesmente reescreveu uma de suas peças para criar a sua primeira série em romance. Intitulada "O Capitão Paulo" (em francês Le Capitaine Paul) levou-o a criar um estúdio de produção que lançou centenas de histórias, todas sujeitas à sua apreciação pessoal.
Em 1840, casou-se com uma atriz, Ida Ferrier, mas continuou a manter relações com outras mulheres, sendo pai de, pelo menos, três filhos fora do casamento. Um desses filhos, que recebeu o seu nome, seguiria seus passos na carreira de novelista e escritor de peças teatrais. Por causa do mesmo nome e da mesma profissão, para distinguir um do outro, um é chamado Alexandre Dumas pai (Alexandre Dumas, pére) e o outro Alexandre Dumas, filho (em francês, Alexandre Dumas, fils).
Alexandre Dumas, pai, escreveu romances e crónicas históricas com muita aventura que estimulavam a imaginação do público francês e de outros países nos idiomas para os quais foram traduzidos.
O seu trabalho como escritor rendeu-lhe muito dinheiro, porém Dumas vivia endividado por causa das mulheres e do seu estilo de vida. O grande e dispendioso château que construiu estava constantemente cheio de pessoas estranhas que se aproveitavam da sua generosidade. Com a deposição do rei Luís Filipe após uma revolta, não foi visto com bons olhos pelo presidente recém-eleito, Napoleão III, e, em 1851, Dumas teve que ir para Bruxelas para fugir aos seus credores. Dali viajou à Rússia, onde o francês era a segunda língua falada e as suas novelas também eram muito populares.
Dumas passou dois anos na Rússia antes de se mudar em busca de aventuras e inspiração para mais histórias. Em março de 1861, o reino da Itália foi proclamado, com Vítor Emanuel II como rei. Nos três anos seguintes, Alexandre Dumas envolver-se-ia na luta pela unificação de Itália, retornando a Paris em 1864.
Apesar do sucesso e das ligações aristocráticas de Alexandre Dumas, a sua vida sempre foi marcada por ser mulato. Em 1843, escreveu uma curta novela intitulada Georges, que chamava atenção para alguns aspetos raciais e para os efeitos do colonialismo.

Reconhecimento póstumo
Sepultado no local onde nasceu, o corpo de Alexandre Dumas ficou no cemitério de Villers-Cotterêts até 30 de novembro de 2002. Sob as ordens do presidente francês Jacques Chirac, o seu corpo foi exumado e, numa cerimónia televisiva, o seu novo caixão, carregado por quatro homens vestidos como os mosqueteiros Athos, Porthos, Aramis e D'Artagnan, foi transportado em procissão solene até ao Panteão de Paris, o grande mausoléu onde grandes filósofos e escritores da França estão sepultados.
No seu discurso, o presidente Chirac disse: "Contigo, nós fomos D'Artagnan, Monte Cristo ou Balsamo, cavalgando pelas estradas da França, percorrendo campos de batalha, visitando palácios e castelos - contigo, nós sonhámos." Numa entrevista após a cerimónia, Chirac reconheceu o racismo que existiu, dizendo que um erro agora foi reparado, com o sepultamento de Alexandre Dumas ao lado dos companheiros autores Victor Hugo e Voltaire.
A honraria reconheceu que, apesar de a França ter produzido vários grandes escritores, nenhum deles foi tão lido quanto Alexandre Dumas. As suas histórias foram traduzidas em quase 100 idiomas, e inspiraram mais de 200 filmes.
  
D'Artagnan e os Mosqueteiros
      

A aviadora Amelia Earhart nasceu há 126 anos

  
Amelia Mary Earhart (Atchison, Kansas, 24 de julho de 1897 - desaparecida a 2 de julho de 1937) foi pioneira na aviação dos Estados Unidos, autora e defensora dos direitos das mulheres. Earhart foi a primeira mulher a receber a "The Distinguished Flying Cross", condecoração dada por ter sido a primeira mulher a voar sozinha sobre o oceano Atlântico. Estabeleceu diversos outros recordes, escreveu livros sobre suas experiências de voo, e foi essencial na formação de organizações para mulheres que desejavam pilotar.
Amelia desapareceu no oceano Pacífico, perto da Ilha Howland, enquanto tentava realizar um voo em redor do globo em 1937. Foi declarada morta no dia 5 de janeiro de 1939. O seu modo de vida, a sua carreira e o modo como desapareceu fascinam até hoje as pessoas.
    
    

As ruínas de Machu Picchu foram (re)descobertas há 112 anos


Machu Picchu
, em quíchua Machu Pikchu, "velha montanha", também chamada "cidade perdida dos Incas", é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruido. As áreas reconstruidas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.
Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.
A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a histórica inca, tudo planeado para a passagem do deus sol.
O lugar foi elevado à categoria de Património mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interação com o turismo por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru.
Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, e a mais aceita afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e o seu séquito mais próximo, no caso de ataque.
Pela obra humana e pela localização geográfica, Machu Picchu é considerada Património Mundial pela UNESCO.

Foi o professor norte-americano Hiram Bingham quem, à frente de uma expedição da Universidade de Yale, redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu em 24 de julho de 1911. Este antropólogo, historiador ou simplesmente, explorador aficionado da arqueologia, realizou uma investigação da zona depois de haver iniciado os estudos arqueológicos. Bingham criou o nome de "a Cidade Perdida dos Incas" através de seu primeiro livro, Lost City of the Incas. Porém, naquela época, a meta de Bingham era outra: encontrar a legendária capital dos descendentes dos Incas, Vilcabamba, tida como baluarte da resistência contra os invasores espanhóis, entre 1536 e 1572. Ao penetrar no canhão do Urubamba, Bingham, no desolado sítio de Mandorbamba, recebeu do camponês Melchor Arteaga o relato que no alto de cerro Machu Picchu existiam abundantes ruínas. Alcançá-las significava subir por uma inclinada ladeira coberta de vegetação.
Quando Bingham chegou à cidade pela primeira vez, obviamente encontrou a cidade tomada por vegetação nativa e árvores (e também era infestada de víboras).
Embora cético, conhecedor dos muitos mitos que existem sobre as cidades perdidas, Bingham insistiu em ser guiado ao lugar. Chegando ao cume, um dos meninos das duas famílias de pastores que residiam no local o conduziu aonde, efetivamente, apareciam imponentes construções arqueológicas cobertas pelo manto verde da vegetação tropical, em evidente estado de abandono há muitos séculos.
 

Rosalind Franklin nasceu há 102 anos

        
Rosalind Elsie Franklin (Londres, 25 de julho de 1920 - Londres, 16 de abril de 1958) foi uma química britânica que contribuiu para o entendimento das estruturas moleculares do DNA, RNA, vírus, carvão mineral e grafite. Embora os seus trabalhos sobre o carvão e o vírus tenham sido apreciados em sua vida, as suas contribuições para a descoberta da estrutura do DNA tiveram amplo reconhecimento póstumo.
Nascida numa notável família judaica britânica, Franklin foi educada numa escola particular em Norland Place, no oeste de Londres, na Lindores School for Young Ladies em Sussex, e na St Paul's Girls' School, em Londres. Depois, ela estudou Ciências Naturais no Newnham College, Cambridge, na qual se formou em 1941. Com uma bolsa de estudos de pesquisa, começou a trabalhar no laboratório de fisico-química da Universidade de Cambridge sob a orientação de Ronald George Wreyford Norrish, que a desapontou pelo sua falta de entusiasmo. Felizmente, a British Coal Utilisation Research Association (BCURA) ofereceu-lhe o cargo de pesquisadora em 1942 e então ela começou seu trabalho com o carvão, o que a levou à conquista de um Doutoramento em 1945. Ela foi para Paris em 1947 como chercheur (pesquisadora pós-doutoral) sob orientação de Jacques Mering, no Laboratoire Central des Services Chimiques de l'Etat, onde se realizou como cristalógrafa de raios-X. Ela tornou-se pesquisadora associada no King's College London em 1951 e trabalhou em estudos de difração de raios X, que mais tarde contribuiria amplamente para a síntese da teoria da dupla hélice do DNA. Em 1953, depois de dois anos, devido ao desacordo com o diretor John Randall e com o colega Maurice Wilkins, foi obrigada a mudar para o Birkbeck College. Em Birkbeck, John Desmond Bernal, presidente do departamento de física, ofereceu-lhe uma equipe de pesquisa separada.
Franklin é mais conhecida pelo seu trabalho com imagens da difração de raios-X do DNA, particularmente pela foto 51, enquanto trabalhava no King's College, em Londres, que levou à descoberta da dupla hélice do DNA, da qual James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins compartilharam o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1962. Watson sugeriu que seria ideal que Franklin fosse premiada com um Prémio Nobel de Química, juntamente com Wilkins, mas o Comité Nobel não faz indicações póstumas. Franklin nunca soube que as suas fotos foram as principais provas para a teoria da dupla hélice. Morreu em 1958, aos 37 anos, devido a um cancro de ovário.
Depois de terminar o seu trabalho com DNA, Franklin liderou o trabalho pioneiro em Birkbeck sobre as estruturas moleculares dos vírus. Aaron Klug, membro da sua equipa, continuou a sua pesquisa, ganhando o Prémio Nobel de Química em 1982.