sábado, setembro 20, 2014

O navegador português Fernão de Magalhães partiu para a 1ª viagem de circum-navegação há 495 anos

Fernão de Magalhães (Sabrosa, primavera de 1480 - Cebu, Filipinas, 27 de abril de 1521) foi um navegador português, que se notabilizou por ter organizado a primeira viagem de circum-navegação ao globo de 1519 até 1522.
Nascido em família nobre, Magalhães era inquieto por natureza: queria ver o mundo e explorá-lo. Em 1506 viajou para as Índias Ocidentais, participando de várias expedições militares nas Molucas, também conhecidas como as Ilhas das Especiarias.
A serviço do rei de Espanha, planeou e comandou a expedição marítima que efectuou a primeira viagem de circum-navegação ao globo. Foi o primeiro a alcançar a Terra do Fogo no extremo sul do continente americano, a atravessar o estreito que hoje leva seu nome e a cruzar o Oceano Pacífico, que nomeou. Fernão de Magalhães foi morto em batalha em Cebu, nas Filipinas no curso da expedição, posteriormente chefiada por Juan Sebastián Elcano até ao regresso em 1522.
(...)
Em 1517 foi a Sevilha com Rui Faleiro, tendo encontrado no feitor da "Casa de la Contratación" da cidade um adepto do projecto que entretanto concebera: dar a Espanha a possibilidade de atingir as Molucas pelo Ocidente, por mares não reservados aos portugueses no Tratado de Tordesilhas e, além disso, segundo Faleiro, provar que as ilhas das especiarias se situavam no hemisfério castelhano.
Com a influência do bispo de Burgos conseguiram a aprovação do projecto por parte de Carlos V, e começaram os morosos preparativos para a viagem, cheios de incidentes; o cartógrafo de origem portuguesa Diogo Ribeiro que começara a trabalhar para Espanha em 1518, na Casa de Contratación em Sevilha participou no desenvolvimento dos mapas utilizados na viagem. Depois da rutura com Rui Faleiro, Magalhães continuou a aparelhagem dos cinco navios que, com 256 homens de tripulação, partiram de Sanlúcar de Barrameda em 20 de setembro de 1519. A esquadra tinha cinco navios e uma tripulação total de 234 homens, com cerca de 40 portugueses entre os quais Álvaro de Mesquita, primo co-irmão de Magalhães, Duarte Barbosa, primo da mulher de Magalhães, João Serrão, primo ou irmão de Francisco Serrão e Estevão Gomes. Seguia também Henrique de Malaca.
Antonio Pigafetta, escritor italiano que havia pago do seu próprio bolso para viajar com a expedição, escreveu um diário completo de toda a viagem, possibilitado pelo fato de Pigafetta ter sido um dos 18 homens a retornar vivo para a Europa. Dessa forma, legou à posteridade um raro e importante registro de onde se pode extrair muito do que se sabe sobre este episódio da história.
A armada fez escala nas ilhas Canárias e alcançou a costa da América do Sul, chegando em 13 de dezembro ao Rio de Janeiro. Prosseguindo para o sul, atingiram Puerto San Julian à entrada do estreito, na extremidade da atual costa da Argentina, onde o capitão decidiu hibernar. Irrompeu então uma revolta que ele conseguiu dominar com habilidosa astúcia. Após cinco meses de espera, período no qual a nau "Santiago" foi perdida em uma viagem de reconhecimento, tendo os seus tripulantes conseguido ser resgatados, Magalhães encontrou o estreito que hoje leva seu nome, aprofundando-se nele. Em outra viagem de reconhecimento, outra nau foi perdida, mas desta vez por um motim na nau "San Antonio" onde a tripulação aprisionou o seu capitão Álvaro de Mesquita, primo de Magalhães, e iniciou uma viagem de volta com o piloto Estêvão Gomes (realmente estes completaram a viagem, espalhando ofensas contra Fernão de Magalhães na Espanha).
Apenas em Novembro a esquadra atravessaria o Estreito, penetrando nas águas do Mar do Sul (assim baptizado por Balboa), e baptizando o oceano em que entravam como «Pacífico» por contraste às dificuldades encontradas no Estreito. Depois de cerca de quatro meses, a fome, a sede e as doenças (principalmente o escorbuto) começaram a dizimar a tripulação. Foi também no Pacífico que encontrou as nebulosas que hoje ostentam o seu nome - as nebulosas de Magalhães.
Em março de 1521, alcançaram a ilha de Ladrões no atual arquipélago de Guam, chegando à ilha de Cebu nas atuais ilhas Filipinas em 7 de abril. Imediatamente começaram com os nativos as trocas comerciais; boa parte das grandes dificuldades da viagem tinham sido vencidas. Dias depois, porém, Fernão de Magalhães morreu em combate com os nativos na ilha de Mactan, atraído a uma emboscada, sendo morto pelo nativo Lapu-Lapu.
A expedição prosseguiu sob o comando de João Lopes Carvalho, deixando Cebu no início de março de 1522. Dois meses depois, seria comandada por Juan Sebastián Elcano.
Mapa da expedição: a vermelho a rota percorrida por Magalhães, a laranja a rota percorrida por Elcano
Regresso
Decidiram incendiar a nau Concepción, visto o pequeno número de homens para operá-la, e finalmente conseguiram chegar às Molucas, onde obtiveram seu suprimento de especiarias. Trinidad acabou ali permanecendo para reparos e a "Victoria" voltou sozinha para casa, contornando o Índico pelo sul, a fim de não encontrar navios portugueses. A Trinidad, após os reparos tentou seguir uma rota pelo Pacífico até a América Central, onde poderia contatar os espanhóis e levar sua carga, no entanto acabou tendo de retornar às Molucas onde seus tripulantes foram aprisionados pelos portugueses que haviam chegado. A nau "Victoria" dobrou o Cabo da Boa Esperança em 1522, fez escala em Cabo Verde, onde alguns homens foram detidos pelos portugueses, alcançando finalmente o porto de San Lúcar de Barrameda, com apenas 18 homens na tripulação.
Uma única nau tinha completado a circum-navegação do globo ao alcançar Sevilha em 6 de setembro de 1522. Juan Sebastián Elcano, a restante tripulação da expedição de Magalhães e o último navio da frota regressaram decorridos três anos após a partida. A expedição de facto trouxe poucos benefícios financeiros, não tendo a tripulação chegado a receber o pagamento.

Curiosidade: Na época não existia a Linha Internacional de Data, sendo que ao chegarem a Sevilha a tripulação não subtraiu um dos 1081 dias que permaneceram a bordo da expedição. A precariedade das medições não foi suficiente para conter a discussão que se seguiu sobre a duração da viagem; sugerindo que fosse enviado ao Vaticano uma comissão internacional sobre expedições ao redor da Terra.

sexta-feira, setembro 19, 2014

Há 23 anos dois turistas descobriram a Múmia do Similaun

Ötzi (do alemão Ötzi, nome colcado em homenagem ao seu local de descoberta, o Vale de Ötztal - no Tirol do Sul - em alemão Ötztaler Alpen), Otzi ou Múmia do Similaun, é uma múmia masculina bem conservada com cerca de 5.300 anos. A múmia foi encontrada por moradores da região, nos Alpes orientais, em 1991, num glaciar perto do monte Similaun, na fronteira da Áustria com a Itália, em território italiano. Esta rivaliza a múmia egípciaGinger” no título de mais velha múmia humana conhecida, e oferece uma visão sem precedentes da vida e hábitos dos homens europeus na Idade do Cobre. Ao morrer, trajava vestimentas que o protegiam do frio, com tres camadas de roupas feitas de pele de veado e de cabra, além de uma capa forrada de fibra da casca da tília, árvore tipica no hemisfério norte.

Ötzi foi encontrado por um casal de alemães, Helmut e Erika Simon, que morava ali perto, em 19 de setembro de 1991. Eles primeiro pensaram que se tratasse de um cadáver moderno, como diversos outros que são frequentemente encontrados na região, por causa do frio que fazia na região. O corpo foi confiscado pelas autoridades austríacas e levado para Innsbruck, onde a sua verdadeira idade foi finalmente estabelecida. Pesquisas posteriores revelaram que o corpo fora encontrado poucos metros além da fronteira, em território italiano. Ele agora está exposto no Museu de Arqueologia do Tirol do Sul, Bolzano, Itália.

Há 29 anos um sismo arrasou a Cidade do México

Cidade do México - o Hospital Geral entrou em colapso

O Sismo da Cidade do México de 1985, foi um violento sismo, ocorrido às 07.19 horas locais da manhã no dia 19 de setembro de 1985, tendo o seu epicentro no mar de Michoacán, no litoral do México, alcançando a capital em aproximadamente 50 segundos e chegando a uma magnitude de 8,1 a 8,3 na escala de Richter. Deixou um rasto de destruição e morte na Cidade do México, derrubando vários edifícios na capital mexicana e outros estados. Foi tido como um dos piores sismos da história contemporânea e da América. O evento causou entre três e quatro mil milhões de dólares em danos assim como 412 edifícios desmoronaram e outro 3.124 foram seriamente danificados na cidade. Enquanto os dados são contestados, o número mais citado de mortes é estimado em 10 mil pessoas, mas os especialistas concordaram que poderia ser de até 40.000.

O Armistício de Moscovo foi assinado há 70 anos

The areas ceded by Finland to the Soviet Union after the Continuation War - Porkkala was returned to Finland in 1956

The Moscow Armistice was signed between Finland on one side and the Soviet Union and United Kingdom on the other side on September 19, 1944, ending the Continuation War. The Armistice restored the Moscow Peace Treaty of 1940, with a number of modifications.
The final peace treaty between Finland and many of the Allies was signed in Paris in 1947.

Conditions for peace
The conditions for peace were similar to what had been agreed in the Moscow Peace Treaty of 1940: Finland was obliged to cede parts of Karelia and Salla, as well as certain islands in the Gulf of Finland. The new armistice also handed all of Petsamo to the Soviet Union, and Finland was further compelled to lease Porkkala to the Soviet Union for a period of fifty years (the area was returned to Finnish control in 1956).
Harsher conditions included Finnish payment of $300,000,000 ($4 billion in today's dollars) in the form of various commodities over six years to the Soviet Union as war reparations. Finland also agreed to legalise the Communist Party of Finland (after it had made some changes to the party rules) and ban the ones that the Soviet Union considered as fascist. Further, the individuals that the Soviets considered responsible for the war had to be arrested and put on trial, the most known case being the one of Risto Ryti. The armistice compelled Finland to drive German troops from its territory, leading to the Lapland War 1944–45.

quarta-feira, setembro 17, 2014

Poema para um botânico que nasceu há 81 anos

(imagem daqui)

Amor das plantas e dos doentes

Campô de capuchinha
o seu vermelho
não é o das terríveis paixões humanas,

o da urtiga branca
não fere esta pedinte
(cancerosa) de misericórdia,

o dourante da camomila
torna o cabelo das crianças
inutilmente mais claro,

este de quinina,
lavandisca, vinda do mar
por bem, só por bem sulfuroso,
e as pequeníssimas
centáureas azuis
que do céu alcançam a cor mais límpida.

Champô de folhas de nogueira
que desgrisalham (reavivam?)
e servem talvez aos meus bichos-da-seda
(nunca duram muito, os calvos budas).

Quero às plantas urdindo
desprezadas flores nesta cidade
de gente completamente infeliz.


in O lugar do Amor (1981) - António Osório

segunda-feira, setembro 15, 2014

Comeram a carne, agora roam os ossos...

Maria de Lurdes Rodrigues condenada a três anos e seis meses de prisão com pena suspensa
Ana Henriques
15.09.2014

Tribunal deu como provado crime de prevaricação da ex-ministra da Educação na contratação de irmão de Paulo Pedroso. João Pedroso e João Batista igualmente condenados. Ex-ministra vai recorrer.

A antiga ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues foi condenada nesta segunda-feira no caso da contratação, por ajuste directo, do irmão do dirigente do PS Paulo Pedroso para que este fizesse uma compilação da legislação portuguesa sobre o ensino. O tribunal condenou-a a três anos e meio de prisão com pena suspensa, aplicando a mesma sentença ao advogado João Pedroso e a João Batista, então secretário-geral do Ministério da Educação.

A presidente do colectivo de juízes, Helena Susano, disse que Maria de Lurdes Rodrigues e João Batista combinaram, com base em afinidades pessoais e políticas, favorecer patrimonialmente João Pedroso, apesar de terem consciência de que isso implicava a violação da lei. A sentença salienta o facto de nada, no currículo de João Pedroso, justificar a sua contratação, uma vez que o advogado não era especialista nas leis do ensino. Por outro lado, a compilação legislativa também não era tarefa de tal forma complexa ou específica que justificasse a dispensa do concurso público, entenderam os juízes, que assacam, de resto, o atraso que se verificou na entrega do trabalho à falta de experiência de Pedroso no sector e também ao facto de estar ocupado com uma consultoria no Ministério da Justiça - ao mesmo tempo que tinha exclusividade na Universidade de Coimbra, onde dava aulas.

Embora a ex-ministra tenha negado qualquer relacionamento pessoal ou afinidade partidária com os restantes arguidos, o tribunal revelou que o seu companheiro era sócio de João Batista na Celta Editora, tendo todos os acusados desempenhado cargos de confiança em gabinetes governamentais socialistas.

O caso remonta ao período entre 2005 e 2008, tendo a ex-governante socialista sido acusada do crime de prevaricação. Segundo a acusação, foram as afinidades políticas entre os arguidos – o advogado João Pedroso, o secretário-geral do ministério e a chefe de gabinete da ministra, além da própria Maria de Lurdes Rodrigues – que levaram à dispensa de concurso público para a adjudicação de serviços no valor de 265 mil euros e à falta de fiscalização do trabalho desenvolvido por João Pedroso e restante equipa. A antiga governante negou conhecer anteriormente o advogado, que disse ter-lhe sido indicado pelo então colega de Governo Augusto Santos Silva, que já tinha tido a pasta da Educação.

Todos os arguidos foram condenados pelo crime de prevaricação, à excepção da chefe de gabinete de Maria de Lurdes Rodrigues, Maria José Morgado. Maria de Lurdes Rodrigues, João Pedroso e João Batista ficaram com pena de prisão suspensa de três anos e meio, além de terem de pagar ao Estado uma indemnização: 40 mil euros (no caso de João Pedroso) e 30 mil euros cada um, no caso de Maria de Lurdes Rodrigues e de João Batista.

Ex-ministra vai recorrer
Para Maria de Lurdes Rodrigues, a sentença, da qual tenciona recorrer, "constitui um precedente que põe em causa princípios básicos do Estado de direito e do regime democrático", entre outras coisas porque "viola o princípio da separação de poderes". No entender da antiga governante, que se queixa de estar a ser perseguida, o que esteve em julgamento foram "escolhas políticas diferentes das dos queixosos, ou dos instrutores do processo, ou dos julgadores", e não a legalidade dos actos que praticou. Num comunicado enviado às redacções esta tarde, Maria de Lurdes Rodrigues reitera que não cometeu nenhum crime e que não desistirá de lutar "para que se apure a verdade e seja feita justiça".

"Nunca me dediquei a traficar influências ou favores. Vivo hoje, como no passado, exclusivamente do meu trabalho", refere aquela que é hoje coordenadora do mestrado de políticas públicas do Instituto Universitário de Lisboa - ISCTE.

Nem João Batista nem João Pedroso prestaram declarações à saída do tribunal, tendo o ex-secretário-geral do Ministério da Educação chegado a desviar câmaras e microfones dos jornalistas.

quinta-feira, setembro 11, 2014

Não há dias maus, mas este foi particularmente complicado para muitos povos

(imagem daqui)

O Desastre Ferroviário de Moimenta-Alcafache ou Desastre Ferroviário de Alcafache foi um acidente de natureza ferroviária, ocorrido na Linha da Beira Alta, em Portugal, a 11 de setembro de 1985; este acidente foi o pior desastre ferroviário ocorrido no país.

(...)

Estima-se que, neste acidente, tenham falecido cerca de 150 pessoas, embora as circunstâncias do acidente, e a falta de controlo sobre o número de passageiros em ambos os serviços, impeçam uma contagem exacta do número de vítimas mortais. A estimativa oficial aponta para 49 mortos, dos quais apenas 14 foram identificados, continuando ainda 64 passageiros oficialmente desaparecidos.



Nota: para o ano passam 29 anos sobre este triste evento, em que eu, por minutos, quase participei (era para ir para Coimbra no Regional que foi destruído no acidente, mas um incêndio na minha terra, em que ajudei a apagar, levou-me a adiar a partida...). Esperemos que os 30 anos que para o ano nos irão separar do acidente permitam saber mais sobre o mesmo (não os culpados, que isso o Tribunal provou que não foram homens ou mulheres, mas um sistema anacrónico e ultrapassado de mensagens da CP...) mas, pelo menos, os números reais da tragédia, sempre ocultos pelo estado português e pela CP.

Bombardeamento do Palácio de La Moneda durante o Golpe de Estado no Chile, em 11 de setembro de 1973

O Golpe de Estado de 11 de setembro, ocorrido no Chile em 1973, consistiu no derrube do regime democrático constitucional do Chile, e do seu presidente, Salvador Allende, tendo sido articulado conjuntamente por oficiais sediciosos da marinha e do exército chileno, com apoio militar e financeiro do governo dos Estados Unidos e da CIA, bem como de organizações terroristas chilenas, como a Patria y Libertad, de tendências nacionalistas-neofascistas, tendo sido encabeçado pelo general Augusto Pinochet, que se proclamou presidente.

(...)


Allende decide continuar no Palácio, enquanto às 09.55 chegam os primeiros tanques ao Bairro Cívico, enfrentando-se com franco-atiradores leais ao governo. A CUT apela à resistência nos bairros industriais, enquanto o Presidente decide dar uma última locução:
"Colocado em uma transição histórica, pagarei com minha vida a lealdade do povo. E os digo que tenho a certeza de que a semente que entregaremos à consciência de milhares e milhares de chilenos não poderar ser cegada definitivamente. Trabalhadores de minha Pátria! Tenho fé no Chile e em seu destino. Superarão outros homens nesse momento cinza e amargo onde a traição pretende se impor. Sigam vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor."
O fogo entre os tanques e os membros do GAP se inicia e, às 11h52, aviões Hawker Haunter da Força Aérea Chilena bombardeiam o Palácio de La Moneda e a residência de Allende, na Avenida Tomás Moro, em Las Condes. O golpe surpreende por sua rapidez e violência. O Palácio começa a incendiar-se, mas Allende e seus partidários negam-se a render-se. Perto das 2 horas da tarde, as portas são derrubadas e o Palácio é tomado pelo exército. Allende ordena a evacuação, mas mantém-se no Palácio. Segundo o testemunho do seu médico pessoal, Allende disparou com uma metralhadora contra o queixo, cometendo suicídio. 


Os restos mortais do ex-presidente do Chile Salvador Allende foram exumados a 23 de maio de 2011 para determinar a causa da morte. A exumação foi ordenada pelo juiz Mário Carroza, na sequência de um pedido feito em representação dos familiares pela senadora Isabel Allende, filha do ex-presidente chileno, para determinar com "certeza jurídica as causas da sua morte". No dia 19 de julho de 2011, a autópsia realizada nos restos mortais do ex-presidente confirmou que a sua morte fora ocasionada "por ferimento de projétil" e que a "forma corresponde a suicídio".



De cima para baixo: o World Trade Center (WTC) a arder após o ataque; uma seção do Pentágono que desabou; o voo 175 choca contra a Torre 2 do WTC; um bombeiro pedindo ajuda no Ground Zero; parte do avião do voo 93 sendo recuperada; o voo 77 ao chocar contra o Pentágono.

Ataques ou atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 (às vezes, referido apenas como 11 de setembro) foram uma série de ataques suicidas contra os Estados Unidos coordenados pela organização fundamentalista islâmica al-Qaeda, a 11 de setembro de 2001. Na manhã daquele dia, dezanove terroristas sequestraram quatro aviões comerciais de passageiros. Os sequestradores fizeram colidir intencionalmente dois dos aviões contra as Torres Gémeas do complexo empresarial do World Trade Center, na cidade de Nova Iorque, matando todos a bordo e muitas das pessoas que trabalhavam nos edifícios. Ambos os prédios desmoronaram duas horas após os impactos, destruindo edifícios vizinhos e causando vários outros danos. O terceiro avião de passageiros colidiu contra o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, no Condado de Arlington, Virgínia, nos arredores de Washington, D.C. O quarto avião caiu num campo aberto próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois de alguns de seus passageiros e tripulantes terem tentado retomar o controle da aeronave aos sequestradores, que a tinham reencaminhado na direção da capital norte-americana. Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos.
Quase três mil pessoas morreram durante os ataques, incluindo os 227 civis e os 19 sequestradores a bordo dos aviões. A esmagadora maioria das vítimas eram civis, incluindo cidadãos de mais de 70 países.

Mortes (excluindo os sequestradores)
Nova Iorque World Trade Center 2.606
American 11 87
United 175 60
Arlington Pentágono 125
American 77 59
Shanksville United 93 40
Total 2.977

(...)
  
Um total de 411 trabalhadores de emergência que responderam aos chamados de socorro morreram quando tentavam resgatar as pessoas e apagar os incêndios. O Corpo de Bombeiros da Cidade de Nova York (FDNY) perdeu 341 bombeiros e dois paramédicos. O Departamento de Polícia da Cidade de Nova Iorque (NYPD) perdeu 23 funcionários. O Departamento de Polícia da Autoridade Portuária perdeu 37 oficiais, e 8 EMTs adicionais e paramédicos de unidades privadas de serviços de emergência foram mortos.
  

quarta-feira, setembro 10, 2014

Niccolò Jommelli nasceu há dois séculos!

Niccolò Jommelli (Aversa, 10 de setembro de 1714 - Nápoles, 25 de agosto de 1774) foi um compositor italiano.
Niccolò Jommelli nasceu em Aversa, então uma cidade do Reino de Nápoles. Iniciou os seus estudos musicais com padre da sua cidade, apelidado de Mozzillo. Em 1725 entrou no Conservatorio di Santo Onofrio a Capuana, em Nápoles, onde estudou com Francesco Durante. Por motivos desconhecidos, o pai retirou-o deste conservatório e, três anos mais tarde, ele estava inscrito no Conservatorio di Santa Maria della Pietà dei Turchini, onde foi treinado por Niccolò Fago, Giacomo Sarcuni e Andrea Basso. Ele foi fortemente influenciado por Johann Adolf Hasse, que esteve em Nápoles durante este período. Após concluir os seus estudos, começou a compor, escrevendo uma ópera bufa intitulada L'errore amorosa, no início de 1737. A sua primeira ópera séria, Ricimero re di Goti, foi um sucesso em Roma, em 1740.
Jommelli escreveu cantatas, oratórios e outras obras sacras, mas de longe a parte mais importante da sua produção foram suas óperas, especialmente suas óperas sérias, das quais deixou cerca de sessenta, muitas com librettos de Metastasio. Em seu trabalho ele tendia a concentrar-se mais na história e no dramatismo do que no puro virtuosismo vocal, como era a norma na ópera italiana na época. Ele aumentou o número de conjuntos e coros nas óperas e, influenciado por compositores da ópera francesa, como Jean-Philippe Rameau, introduziu bailados no seu trabalho. Deu mais importância à orquestra (em especial os instrumentos de sopro) para ilustrar os acontecimentos da história, bem como criou passagens inteiramente orquestrais, em vez de deixar a orquestra como simples apoio para os cantores. De Hasse aprendeu a escrever recitativos acompanhados pela orquestra, e não apenas por um cravo. As suas reformas são por vezes consideradas como iguais, em importância, às de Christoph Willibald Gluck.


quarta-feira, setembro 03, 2014

Freddie King nasceu há 80 anos

Freddie King (3 de setembro de 1934 – 28 de dezembro de 1976) foi um músico, cantor e guitarrista de blues, mais conhecido por suas músicas "Hide Away", "Have You Ever Loved a Woman" e "Going Down". Foi considerado o 15º melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.
King nasceu como Frederick Christian em Gilmer, Texas. Sua mãe foi Ella May King, seu pai J.T. Christian. A sua mãe e o seu tio, começaram a ensinar Freddie a tocar guitarra aos seis anos. Ele gostou e imitou a música de Lightnin' Hopkins e do saxofonista Louis Jordan.
Em 1950, Freddie foi com a sua família para o sul de Chicago. Lá, aos 16 anos, costumava frequentar bares locais, e ouvia músicos como Muddy Waters, Howlin' Wolf, T-Bone Walker, Elmore James, e Sonny Boy Williamson.
King tocava com uma palheta plástica de polegar e uma palheta de metal para o indicador. Ele atribuiu a Eddie Taylor os ensinamentos sobre o uso das palhetas. A maneira de King usar a alça da guitarra no ombro direito, sendo dextro, era única para sua época. Freddie King era um dos artistas principais da cena do chamado Chicago blues dos anos 50 e 60, que era o local e época pricipal no desenvolvimento do blues elétrico.


Alves dos Reis nasceu há 116 anos

(imagem daqui)
 
Artur Virgílio Alves Reis (Lisboa, 3 de setembro de 1898 - 9 de julho de 1955) foi certamente o maior burlão da história portuguesa até ao surgimento do Caso BPN e, possivelmente, um dos maiores do Mundo. Foi o cabecilha da maior falsificação de notas de banco da História: as notas de 500 escudos, efígie Vasco da Gama, em 1925.

Há dez anos ocorreu o infame massacre de Beslan

 Vítimas do atentado terrorista na escola de Beslan, perpetrado pelos separatistas da Chechénia

A Crise de reféns da escola de Beslan (conhecida também como Cerco à escola de Beslan ou Massacre de Beslan) teve início no dia 1 de setembro de 2004, quando terroristas armados fizeram mais de 1200 reféns entre crianças e adultos, na Escola Número Um, da cidade russa de Beslan, na Ossétia do Norte.
Os terroristas chechenos colocaram explosivos no prédio da escola e mantiveram os reféns sob a mira de armas por três dias. Em 3 de setembro, no terceiro dia da crise, as forças de segurança russas terão entrado na escola e atacado os sequestradores, que detonaram explosivos e atiraram sobre os reféns. O resultado foi a morte de 344 civis, sendo 186 deles crianças, e centenas de feridos.
O grupo terrorista liderado por Shamil Bassaiev, denominado "Brigada Chechena de Reconhecimento e Sabotagem" ligado aos separatistas chechenos, assumiu a responsabilidade pelo atentado terrorista à escola, que foi liderado pelo seu principal subalterno inguche, Magomet Yevloyev.


beslan. canção das crianças mortas


o que mais dilacera
é que mate crianças
o abutre cego e surdo.
devora tudo em sangue,
com sangue escreve a morte,
com morte escreve a noite,

com noite, só com noite
os nomes dilacera
e dá o seu nome à morte
e a morte é com crianças
que suja tudo em sangue
que faz seu jogo absurdo

vil jogo a rogos surdo
turvo rumor da noite
só empapado em sangue,
que esmaga, dilacera
os corpos das crianças
e dá vivas à morte

e se nutre da morte
da mesma que o faz surdo.
não sabem as crianças
que vão entrar na noite
que a noite as dilacera
em carne viva e sangue,

e a carne viva e o sangue
a ave negra da morte
ávida os dilacera,
assim rasgando o surdo,
denso estertor da noite,
com nomes de crianças.

ah, braços de crianças
nadando em mar de sangue
à torpe luz da noite
assim tornada morte,
assim tornada um surdo
uivar que as dilacera.

noite sem dó, crianças
que dilacera um sangue
de morte espesso e surdo


in Poesia 2001/2005 - Vasco Graça Moura

segunda-feira, setembro 01, 2014

Setembro...


September - Daughtry

How the time passed away? All the trouble that we gave
And all those days we spent out by the lake
Has it all gone to waste? All the promises we made
One by one they vanish just the same

Of all the things I still remember
Summer's never looked the same
The years go by and time just seems to fly
But the memories remain

In the middle of September we'd still play out in the rain
Nothing to lose but everything to gain
Reflecting now on how things could've been
It was worth it in the end

Now it all seems so clear, there's nothing left to fear
So we made our way by finding what was real
Now the days are so long that summer's moving on
We reach for something that's already gone

Of all the things I still remember
Summer's never looked the same
The years go by and time just seems to fly
But the memories remain

In the middle of September we'd still play out in the rain
Nothing to lose but everything to gain
Reflecting now on how things could've been
It was worth it in the end

We knew we had to leave this town
But we never knew when and we never knew how
We would end up here the way we are
Yeah we knew we had to leave this town
But we never knew when and we never knew how

Of all the things I still remember
Summer's never looked the same
The years go by and time just seems to fly
But the memories remain

In the middle of September we'd still play out in the rain
Nothing to lose but everything to gain
Reflecting now on how things could've been
It was worth it in the end

Há 210 anos foi descoberto o 3º asteróide, Juno

Juno visto em quatro comprimentos de onda de luz - uma grande cratera aparece obscurecida nos 934 nm

                                          Juno                                         
Número 3
Data da descoberta 1 de setembro de 1804
Categoria Cintura Principal
(Grupo Juno)
Elementos orbitais
Perélio 1,988 UA
Afélio 3,356 UA
Excentricidade 0,2559
Período orbital 1595,4 dias (4,37 anos)
Velocidade orbital 17,93 km/s
Inclinação 12,968º
Características físicas
Dimensões 233 km
Massa 2,67 × 1019 kg
Densidade média 2,98 ± 0,55 g/cm3
Gravidade à superfície 0,12 m/s2
Velocidade de escape 0,18 km/s
Período de rotação 0,3004 d
Classe espectral Asteroide tipo S
Magnitude absoluta 5,33
Albedo 0,238
Temperatura -110,1 ºC

Juno (asteroide 3) foi descoberto a 1 de setembro de 1804 pelo astrónomo alemão Karl Harding em Lilienthal. Localizado na cintura principal, foi o terceiro asteroide a ser descoberto, levando o número de ordem 3. Tem o nome da figura mitológica Juno, a deusa romana suprema, mulher de Júpiter.
Juno, líder da família de asteroides Juno, é um dos maiores asteroides da cintura principal, medindo cerca de 234 km em diâmetro. É um asteroide tipo S, significando que é altamente refletivo e composto de uma mistura de níquel e ferro com silicatos de ferro e magnésio.