Vítimas do atentado terrorista na escola de Beslan, perpetrado pelos separatistas da Chechénia
A Crise de reféns da escola de Beslan (conhecida também como Cerco à escola de Beslan ou Massacre de Beslan) teve início no dia 1 de setembro de 2004, quando terroristas armados fizeram mais de 1200 reféns entre crianças e adultos, na Escola Número Um, da cidade russa de Beslan, na Ossétia do Norte.
Os terroristas chechenos colocaram explosivos no prédio da escola e mantiveram os reféns sob a mira de armas por três dias. Em 3 de setembro, no
terceiro dia da crise, as forças de segurança russas terão entrado na
escola e atacado os sequestradores, que detonaram explosivos e atiraram sobre os reféns. O resultado foi a morte de 344 civis, sendo 186 deles
crianças, e centenas de feridos.
O grupo terrorista liderado por Shamil Bassaiev, denominado "Brigada Chechena de Reconhecimento e Sabotagem" ligado aos separatistas chechenos, assumiu a responsabilidade pelo atentado terrorista à escola, que foi liderado pelo seu principal subalterno inguche, Magomet Yevloyev.
in Wikipédia
beslan. canção das crianças mortas
in Poesia 2001/2005 - Vasco Graça Moura
o que mais dilacera
é que mate crianças
o abutre cego e
surdo.
devora tudo em
sangue,
com sangue escreve a
morte,
com morte escreve a
noite,
com noite, só com
noite
os nomes dilacera
e dá o seu nome à
morte
e a morte é com
crianças
que suja tudo em
sangue
que faz seu jogo
absurdo
vil jogo a rogos
surdo
turvo rumor da noite
só empapado em
sangue,
que esmaga, dilacera
os corpos das
crianças
e dá vivas à morte
e se nutre da morte
da mesma que o faz
surdo.
não sabem as crianças
que vão entrar na
noite
que a noite as
dilacera
em carne viva e
sangue,
e a carne viva e o
sangue
a ave negra da morte
ávida os dilacera,
assim rasgando o
surdo,
denso estertor da
noite,
com nomes de
crianças.
ah, braços de
crianças
nadando em mar de
sangue
à torpe luz da noite
assim tornada morte,
assim tornada um
surdo
uivar que as
dilacera.
noite sem dó,
crianças
que dilacera um
sangue
de morte espesso e
surdo
in Poesia 2001/2005 - Vasco Graça Moura
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