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segunda-feira, setembro 15, 2014

Comeram a carne, agora roam os ossos...

Maria de Lurdes Rodrigues condenada a três anos e seis meses de prisão com pena suspensa
Ana Henriques
15.09.2014

Tribunal deu como provado crime de prevaricação da ex-ministra da Educação na contratação de irmão de Paulo Pedroso. João Pedroso e João Batista igualmente condenados. Ex-ministra vai recorrer.

A antiga ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues foi condenada nesta segunda-feira no caso da contratação, por ajuste directo, do irmão do dirigente do PS Paulo Pedroso para que este fizesse uma compilação da legislação portuguesa sobre o ensino. O tribunal condenou-a a três anos e meio de prisão com pena suspensa, aplicando a mesma sentença ao advogado João Pedroso e a João Batista, então secretário-geral do Ministério da Educação.

A presidente do colectivo de juízes, Helena Susano, disse que Maria de Lurdes Rodrigues e João Batista combinaram, com base em afinidades pessoais e políticas, favorecer patrimonialmente João Pedroso, apesar de terem consciência de que isso implicava a violação da lei. A sentença salienta o facto de nada, no currículo de João Pedroso, justificar a sua contratação, uma vez que o advogado não era especialista nas leis do ensino. Por outro lado, a compilação legislativa também não era tarefa de tal forma complexa ou específica que justificasse a dispensa do concurso público, entenderam os juízes, que assacam, de resto, o atraso que se verificou na entrega do trabalho à falta de experiência de Pedroso no sector e também ao facto de estar ocupado com uma consultoria no Ministério da Justiça - ao mesmo tempo que tinha exclusividade na Universidade de Coimbra, onde dava aulas.

Embora a ex-ministra tenha negado qualquer relacionamento pessoal ou afinidade partidária com os restantes arguidos, o tribunal revelou que o seu companheiro era sócio de João Batista na Celta Editora, tendo todos os acusados desempenhado cargos de confiança em gabinetes governamentais socialistas.

O caso remonta ao período entre 2005 e 2008, tendo a ex-governante socialista sido acusada do crime de prevaricação. Segundo a acusação, foram as afinidades políticas entre os arguidos – o advogado João Pedroso, o secretário-geral do ministério e a chefe de gabinete da ministra, além da própria Maria de Lurdes Rodrigues – que levaram à dispensa de concurso público para a adjudicação de serviços no valor de 265 mil euros e à falta de fiscalização do trabalho desenvolvido por João Pedroso e restante equipa. A antiga governante negou conhecer anteriormente o advogado, que disse ter-lhe sido indicado pelo então colega de Governo Augusto Santos Silva, que já tinha tido a pasta da Educação.

Todos os arguidos foram condenados pelo crime de prevaricação, à excepção da chefe de gabinete de Maria de Lurdes Rodrigues, Maria José Morgado. Maria de Lurdes Rodrigues, João Pedroso e João Batista ficaram com pena de prisão suspensa de três anos e meio, além de terem de pagar ao Estado uma indemnização: 40 mil euros (no caso de João Pedroso) e 30 mil euros cada um, no caso de Maria de Lurdes Rodrigues e de João Batista.

Ex-ministra vai recorrer
Para Maria de Lurdes Rodrigues, a sentença, da qual tenciona recorrer, "constitui um precedente que põe em causa princípios básicos do Estado de direito e do regime democrático", entre outras coisas porque "viola o princípio da separação de poderes". No entender da antiga governante, que se queixa de estar a ser perseguida, o que esteve em julgamento foram "escolhas políticas diferentes das dos queixosos, ou dos instrutores do processo, ou dos julgadores", e não a legalidade dos actos que praticou. Num comunicado enviado às redacções esta tarde, Maria de Lurdes Rodrigues reitera que não cometeu nenhum crime e que não desistirá de lutar "para que se apure a verdade e seja feita justiça".

"Nunca me dediquei a traficar influências ou favores. Vivo hoje, como no passado, exclusivamente do meu trabalho", refere aquela que é hoje coordenadora do mestrado de políticas públicas do Instituto Universitário de Lisboa - ISCTE.

Nem João Batista nem João Pedroso prestaram declarações à saída do tribunal, tendo o ex-secretário-geral do Ministério da Educação chegado a desviar câmaras e microfones dos jornalistas.

segunda-feira, janeiro 16, 2012

Milu e Pedroso Senior vão ter de explicar o negócio das fotocópias caras a um Juiz


Ministério da Educação
Maria de Lurdes Rodrigues julgada por prevaricação
por Carlos Rodrigues Lima

Ex-ministra e João Pedroso foram hoje pronunciados. Em causa está a celebração de um contrato entre o ministério e o advogado para um trabalho de recolha de legislação.
A antiga ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues e o advogado João Pedroso vão enfrentar julgamento no caso do contrato celebrado entre o ministério da educação e o irmão de Paulo Pedroso para a recolha de legislação sobre a educação. A pronúncia de ambos foi, hoje, decidida por um juiz de instrução e abrangeu também a antiga chefe de gabinete, Maria José Matos Morgado, e o então secretário-geral do ministério, João Silva Batista.
De acordo com informações recolhidas pelo DN, a pronúncia acolheu praticamente todos os argumentos da acusação da 9ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP). De acordo com o Ministério Público, "os factos suficientemente indiciados são relativos à adjudicação directa de vários contratos nos anos de 2005, 2006 e 2007 ao arguido professor universitário, com violação das regras do regime da contratação pública para aquisição de bens e serviços. Tais adjudicações, de acordo com os indícios, não tinham fundamento, traduzindo-se num meio ilícito de beneficiar patrimonialmente o arguido professor com prejuízo para o erário público, do que os arguidos estavam cientes".
Apesar de o contrato não ter sido cumprido na íntegra pelo professor universitário, o ministério acabou por renová-lo no valor de 266 mil euros. Como o segundo contrato também não foi cumprido, o Ministério da Educação pediu ao jurista a devolução de metade da verba que lhe tinha sido entregue, ou seja, 133 mil euros.
Em junho do ano passado, quando foi conhecida a acusação, Maria de Lurdes Rodrigues emitiu um comunicado, no qual afirmou estar certa "que ficará provado nas instâncias para o efeito competentes, que a acusação é injusta e falsa.". Maria de Lurdes Rodrigues sublinhou ainda que enquanto foi ministra da Educação, o seu "comportamento pautou-se sempre por critérios de legalidade, rigor, isenção e respeito pelo interesse público".

in DN - ler notícia

NOTA: contratado por valores milionários para fazer fotocópias de toda a legislação do Ministério da Educação, João Pedroso não o conseguiu fazer em 3 anos. Como prémio teve uma renovação do trabalho, que não terminou novamente. Qualquer professor com um computador e acesso aos Diários da República dos últimos 40 anos o conseguia fazer em 2 meses... Se apanharem 8 anos (com refere o Público, em notícia de hoje) será ainda pouco para esta falta de vergonha!