segunda-feira, julho 22, 2013

Há dois anos um maluco matou 76 pessoas na Noruega

Edifício governamental danificado pela explosão

Os atentados de 22 de julho de 2011 na Noruega consistiram numa explosão na zona de edifícios governamentais da capital, Oslo, e num tiroteio ocorrido poucas horas depois, na ilha de Utøya (no lago Tyrifjorden, Buskerud). Os atentados, perpetrados por um ativista de extrema-direita e fundamentalista cristão, resultaram em pelo menos 76 mortos (68 em Utoya e 8 em Oslo).

Local da explosão - vermelho: prédio do governo; azul: ministério do Petróleo e laranja: localização provável da bomba

Oslo
Às 15.20 horas CET (13.20 UTC), houve uma grande explosão junto dos prédios onde se situa o gabinete do primeiro-ministro da Noruega Jens Stoltenberg, danificando vários edifícios e provocando oito mortos e numerosos feridos. Na zona fica também a sede do Ministério do Petróleo e Energia, que foi o edifício mais danificado. Segundo os meios de comunicação locais, o edifício do governo atingido ficou praticamente destruído e a zona "assemelha-se a uma zona de guerra", pelos danos causados. De acordo com as declarações da polícia, o atentado foi perpetrado mediante um carro-bomba e pode ter consistido em uma ou mais explosões que atingiram os edifícios, deixando o edifício do gabinete do primeiro-ministro em chamas e os seus dezassete pisos com graves danos. Para uma melhor ação das equipas de emergência, a polícia vedou o acesso à área e evacuou a totalidade do resto dos edifícios governamentais.
Meios de comunicação noruegueses asseguraram que "literalmente" se sentiu um movimento no solo com a explosão. Testemunhos no local asseguraram que poderá ter sido causada por um carro-bomba. Além disso, o estrondo da explosão e a onda de choque foram sentidos a muitos quilómetros em redor.

Utøya fica no lago Tyrifjorden, a nordeste de Nes

Utøya
Poucas horas depois, na ilha de Utøya, ao norte da capital, um homem armado abriu fogo contra os participantes de um acampamento de jovens («universidade de verão»), organizado pela juventude do Arbeiderpartiet (Partido Trabalhista Norueguês), que atualmente está no governo do país. Entre 400 e 600 pessoas participavam do evento e pelo menos 68 foram mortas no atentado. O atirador, vestido com um uniforme de polícia, justificou a sua entrada no campo como «verificação de rotina após o atentado em Oslo» e começou a disparar contra os jovens. Estava prevista uma visita do primeiro-ministro Jens Stoltenberg ao acampamento.

Autoria
O cidadão norueguês Anders Behring Breivik (Oslo, 13 de fevereiro de 1979), foi descrito inicialmente como um fundamentalista cristão, embora tal definição seja contestada (não no que concerne ao "cristão"). Muitos mantém a definição de Breivik como um fundamentalista cristão. O ativista, ligado à extrema-direita europeia, filiado numa loja maçónica de Oslo, neoconservador e defensor do Estado de Israel, foi o autor confesso dos atentados. Foi acusado de ter entrado, disfarçado de agente da polícia, no acampamento de jovens do Partido Trabalhista (Arbeiderpartiet), na ilha de Utøya, abrindo fogo contra os presentes e matando pelo menos 68 deles. Também se lhe atribui a autoria do atentado usando bombas em combinação, ocorrido cerca de duas horas antes, em Oslo. Behring foi preso em Utøya, ficando sob custódia da polícia.
De acordo com o chefe da polícia de Oslo, Breivik era dono de uma empresa agrícola. Estava inscrito no registo estadual com duas armas - uma automática e uma pistola do tipo Glock. Em maio de 2009, inscreveu a sua empresa agrícola (uma quinta no leste do país) no registo de comércio com o nome de "Breivik Geofarm". Segundo a polícia, isso permitiu que comprasse grandes quantidades de fertilizantes, que podem ser usados na fabricação de explosivos, sem levantar suspeitas.
De 1999 a 2006, Anders Behring Breivik foi membro do Fremskrittspartiet (Partido do Progresso), de direita, populista, que defende maiores restrições à imigração. Entre 1997 e 2007, Breivik participou ativamente na juventude do partido (Framstegspartiet sin Ungdom, FpU), tendo servido em várias funções, inclusive a de presidente da secção local de Oslo-Oeste (de janeiro a outubro de 2002) da organização e a de diretor da mesma secção, entre outubro de 2002 e novembro de 2004. Apesar disso, o líder do Fremskrittspartiet, Siv Jensen, garante que Breivik já não militava no partido e "nunca foi muito ativo".
Retratado como neonazi pelos media, Anders na verdade auto-proclamava-se anti-nazi e defensor do Estado de Israel como bastião da Civilização Ocidental no Oriente Médio, ao mesmo tempo em que coloca a ideologia nazi, do marxismo cultural e do fundamentalismo islâmico num mesmo "pacote anti-Ocidente".
Segundo o chefe dos serviços de informação, Øystein Mæland, Anders Behring Breivik parecia situar-se na extrema-direita política e seria um "fundamentalista cristão". Breivik manifestou-se em blogs, atacando o multiculturalismo e o Islão. "Quando o multiculturalismo deixará de ser uma ideologia criada para destruir a cultura europeia, as tradições e a identidade do Estado-nação?", escreveu ele em comentário postado no dia 2 de fevereiro de 2010, num site de extrema-direita (www.documento.no). Um jornalista do diário DagBladet definiu Breivik como "islamofóbico, pró-Israel, anti-imigração, hipernacionalista e relativamente intelectual, que cresceu na zona oeste de Oslo, a parte rica e burguesa". Na sua suposta página no Facebook, dizia que é solteiro, cristão (mas contra a política do Vaticano), conservador, interessado em fisiculturismo, francomaçonaria e caça. Devido ao crime, as contas de Anders B. Breivik no Facebook e no Twitter foram bloqueadas pela polícia.
 
 
(imagem daqui)
 
Anders Behring Breivik (Oslo, 13 de fevereiro de 1979) é um terrorista norueguês e o autor confesso dos ataques na Noruega em 2011. Até este momento (julho de 2013) não se sabe se agiu sozinho. A ideologia de extrema-direita de Breivik é manifesta em uma coleção de textos intitulados "2083 - Uma declaração europeia de independência", que foi distribuída por Breivik nos meios virtuais no dia dos ataques. Nos textos, o terrorista expressa suas visões de mundo, que incluem conservadorismo cultural radical, ultranacionalismo, islamofobia, homofobia, misoginia e racismo. O autor considera o marxismo cultural e a Ásia como duas ameaças à Cristandade. Ele foi acusado de, vestido como um polícia, ter entrado em 22 de julho de 2011, no terreno de um acampamento de jovens da Arbeiderpartiet norueguês (Partido dos Trabalhadores) na ilha de Utøya, abrir fogo contra os jovens presentes e matar pelo menos 68 deles. Ele também foi associado com as explosões combinadas ocorridas duas horas antes em Oslo. Anders foi preso em Utøya e está atualmente sob custódia da polícia. No dia 29 de novembro de 2011, foi divulgado um relatório afirmando que o norueguês estava doente quando matou 77 pessoas. Psiquiatras consideraram o atirador louco, logo não deveria ser condenado a prisão e, no máximo, deveria ser internado num centro psiquiátrico, possivelmente a vida toda.
De acordo com o chefe de polícia de Oslo, Anders era dono de uma empresa agrícola e tinha registadas duas armas (uma automática e uma pistola do tipo Glock). Em maio de 2009 ele registou uma empresa agrícola com o nome "Breivik Geofarm" no comércio.

Condenação
Condenado por unanimidade no dia 24 de agosto de 2012, em Oslo, a 21 anos de prisão, prorrogáveis, ouviu com um sorriso o veredicto no qual foi declarado responsável pelo assassinato de 77 pessoas no dia 22 de julho de 2011 ao disparar contra um acampamento de jovens trabalhistas, depois de detonar uma bomba perto da sede do governo da Noruega. Por decisão do tribunal de Oslo, a sentença é prorrogável e pode estender-se indefinidamente, se a Justiça norueguesa avaliar que o réu continua a representar um perigo para a sociedade. Breivik respondeu pelas mortes causadas em um duplo atentado de 22 de julho de 2011, em Oslo e na ilha de Utoya, na Noruega. A custódia é uma figura legal do direito norueguês, que na prática pode equivaler a uma prisão perpétua.
Anders Behring Breivik sorriu ao ouvir o veredicto da justiça, fez a saudação da extrema-direita e pediu desculpas aos extremistas por não ter conseguido matar mais pessoas no ataque pelo qual foi condenado a 21 anos de prisão, numa prova de que o assassino em massa norueguês permaneceu desafiador até o fim. Para o autoproclamado guerreiro em batalha contra o multiculturalismo e a "invasão do Islão", a sentença máxima de 21 anos de prisão e não o confinamento num hospital psiquiátrico, foi a melhor possível. Ele já havia dito que ser enviado para uma instituição psiquiátrica - como pedido pelos promotores - seria um destino "pior do que a morte". O atirador inicialmente dissera que só recorreria caso fosse declarado doente mental e condenado a tratamento psiquiátrico forçado. O criminoso afirmou querer ser condenado, para que não pesasse dúvida sobre sua sanidade e sua ideologia e não deve recorrer da sentença. O atirador era réu confesso dos piores ataques no país desde a Segunda Guerra Mundial. Seus advogados afirmaram que ele não vai apelar da sentença. Como a culpa de Breivik, de 33 anos, não estava em questão, o tema central do julgamento, que terminou no dia 22 de junho, foi sua saúde mental.
A custódia é uma figura legal do Direito norueguês, que, na prática, pode equivaler à prisão perpétua. Uma vez cumprida a pena, esta pode ser prolongada por forma indefinida caso seja considerado que o réu continua a ser um perigo para a sociedade. A pena será cumprida num centro de segurança máxima em Ila, a oeste de Oslo, onde Breivik permaneceu em prisão preventiva desde o dia do crime.
 

Mais um estranho dinossáurio descoberto na América do Norte...

Era uma vez dinossauro narigudo e cornudo numa ilha chamada Laramídia
Teresa Firmino - 18.07.2013


Não é um boi com um bico à papagaio, embora pareça. É a mais recente coqueluche dos paleontólogos que estudam dinossauros.

Ilustração científica do dinossauro Nasutoceratops

Há mais de 70 milhões de anos, no Cretácico Superior, o nível do mar tinha subido significativamente e muitas terras estavam submersas – a América do Norte não era excepção e o resultado foi o aparecimento de um mar interior de águas pouco profundas, estendendo-se desde o oceano Árctico até ao golfo do México e que dividiu o continente em duas massas de terra. Uma era a ilha Laramídia, onde habitava um “extraordinário dinossauro”, como refere o título do artigo científico que o descreve, por ter um nariz particularmente grande e uns cornos que mais pareciam os de um boi.
O lado invulgar do bicho está expresso no nome científico escolhido pela equipa de Scott Sampson, então conservador do Museu de História Natural do Utah e agora vice-presidente das colecções e investigação do Museu de Ciência e Natureza de Denver, nos Estados Unidos: Nasutoceratops quer dizer em latim “cara cornuda com nariz grande”. O nome completo, Nasutoceratops titusi, é ainda uma homenagem a Alan Titus, paleontólogo do Monumento Nacional Grand Staircase-Escalante, uma enorme zona desértica no estado do Utah onde o dinossauro foi encontrado.
O primeiro exemplar foi descoberto em 2006, por um estudante da Universidade do Utah, seguindo-se outros fósseis deste dinossauro, todos guardados no Museu de História Natural do Utah, em Salt Lake City, e que serviram de base ao artigo que descreve a nova espécie na revista britânica Proceedings of the Royal Society B.
Ela é a mais recente aquisição do grupo de dinossauros com cornos, ou ceratopsídeos, de que o Triceratops, com nove metros de comprimento e mais de cinco toneladas, é o representante mais famoso. Eram corpulentos, quadrúpedes, herbívoros e tinham um focinho em forma de bico de papagaio. A maioria das espécies tinha um grande crânio com um único corno no nariz e outros dois por cima dos olhos e um escudo ósseo na parte de trás da cabeça.
Em relação aos outros ceratopsídeos, o Nasutoceratops, além das particularidades do nariz e dos cornos longos e curvados para a frente, apresentava diferenças no escudo ósseo, menos ornamentado com espinhos. Tinha cinco metros de comprimento e atingia 2,5 toneladas.

Olfacto apurado?
Para que serviam os cornos e os escudos é uma questão para a qual a comunidade científica não tem resposta segura. Hipóteses não faltam, indo desde a defesa de predadores e do controlo da temperatura do corpo até ao reconhecimento de indivíduos da mesma espécie e à competição sexual. Esta última hipótese, a mais aceite pela comunidade científica, considera que os escudos e cornos tinham a função de intimidar os indivíduos do mesmo sexo e atrair os do sexo oposto, como acontece por exemplo com as caudas dos pavões e as antenas dos veados.
“É muito provável que os cornos extraordinários do Nasutoceratops fossem usados como sinais visuais de domínio e, quando isso não chegava, como armas para combater os rivais”, considera um dos cientistas da equipa, Mark Loewen, em comunicado da universidade do Utah.
“Provavelmente, o nariz de Jumbo de Nasutoceratops não tinha nada a ver com um cheiro apurado – uma vez que os receptores do olfacto estão mais para trás na cabeça, junto ao cérebro – e a função desta bizarra característica permanece incerta”, esclarece, por sua vez, Scott Sampson.
Voltemos à Laramídia: o Utah ocupa agora a parte sul dessa ilha de outrora, que era quase do tamanho da Austrália e onde o protagonista desta história vivia há 76 milhões de anos num ambiente pantanoso e quente, a cerca de 100 quilómetros da costa do Mar Interior Ocidental, que dividia o continente em duas massas de terra. A Laramídia, muito rica em fósseis de dinossauros, estava do lado oeste e a Apalachia a leste.
A equipa quer agora perceber o que levava umas espécies de dinossauros a habitar o Norte da Laramídia (Alberta, no Canadá, e Montana, nos Estados Unidos), enquanto outras se ficavam pelo Sul (nos estados norte-americanos do Novo México e do Texas, além do Utah). E como é que nessa ilha conviviam cerca de duas dezenas de espécies de dinossauros de tamanho considerável, enquanto actualmente em toda a África só existem cinco espécies de mamíferos gigantes, do tamanho de elefantes e rinocerontes, sublinha o comunicado.
“O Nasutoceratops”, conclui Eric Lund, outro investigador da equipa, “é um maravilhoso exemplo do quanto ainda temos para aprender sobre o mundo dos dinossauros”.

in Público - ler notícia

Nota: para quem quem perceber o que era a Laramídia e a Apalachia, aqui fica um mapa da altura em que existiam, no final do Cretácico:

(imagem daqui)

Giuseppe Piazzi morreu há 186 anos

Em 1 de janeiro de 1801 Piazzi descobriu o planeta anão Ceres, tendo-o designado inicialmente por Cerere Ferdinan­dea (por causa da deusa da mitologia romana Ceres e do Rei Fernando IV de Nápoles e da Sicília). A existência e a localização de Ceres tinha sido prevista pela lei de Titius-Bode alguns anos antes e durante muitos anos foi considerado como um asteroide.

Homenagens
Em 1871, Constantino Corti esculpiu uma estátua de Piazzi, esta estátua encontra-se na terra natal de Piazzi, Ponte in Valtellina. Mais tarde, em 1923, 1000 Piazzia, o milésimo asteróide a ser numerado, foi batizado em sua homenagem. Em 1935, o seu nome foi dado a uma cratera lunar - Piazzi. Mais recentemente, um grande albedo, provavelmente uma cratera, fotografada pelo telescópio espacial Hubble em Ceres, foi, informalmente, batizada de Piazzi.
Imagem de Ceres tirado pelo Telescópio espacial Hubble

domingo, julho 21, 2013

A República Popular da China executou um cidação português

Chinês com nacionalidade portuguesa foi executado na China


 
Bilhete de Identidade do cidadão português executado

Condenado à pena de morte em 2009 por tráfico de droga e posse de arma proibida, Lau Fat Wai foi morto em fevereiro mas só agora se soube.


Lau Fat Wai, o cidadão chinês de nacionalidade portuguesa condenado à morte em 2009 em Cantão, na China, foi executado em finais de fevereiro, informou um porta-voz da Amnistia Internacional em Londres.
"Falamos com um dos irmãos de Lau Fat Wai, que nos confirmou que [o cidadão chinês com nacionalidade portuguesa] foi executado em finais de fevereiro”, disse o porta-voz da Amnistia Internacional (AI), Olof Blomqvist.
Lau Fat Wai, 53 anos, era residente de Macau e, segundo os irmãos, citados pelo jornal de Macau Ponto Final desta sexta-feira, passou a fronteira para a China continental em 2006 para entregar uma encomenda a alguém com quem tinha alegadamente uma dívida, tendo depois sido detido, e, três anos mais tarde, condenado à morte por tráfico de droga e posse de arma proibida. Segundo a lei chinesa, o tráfico de mais de 50 gramas de heroína incorre na pena de morte, como aconteceu com o cidadão britânico Akmal Shaikh, executado em 2009 em Urumqi, noroeste da China, através de injecção letal.
O primeiro advogado de Lau era o português Vasco Passeira, com escritório em Macau, que contactou as autoridades portuguesas com o objectivo de conseguir a suspensão da pena de morte e substituição desta por uma pena de prisão, mas o caso passou a ser depois acompanhado por um advogado de Cantão. Este outro advogado disse à Lusa, no final de 2009, que aguardava a resposta do Supremo Tribunal Popular a um recurso que tinha apresentado em março desse ano.

Cidadão chinês, diz a lei daquele país
Desde 2007 que as condenações à morte na China têm de ser validadas pelo Supremo Tribunal Popular, o que tem contribuído para reduzir o número de execuções, mas este país continua a ser considerado como o que mais aplica a pena de morte, sendo responsável pela maioria das registadas anualmente em todo o mundo.
A coordenadora do grupo para as relações com a China da Amnistia Internacional em Portugal, Maria Teresa Nogueira, em declarações ao PÚBLICO, explicou que desde que em 2009 foi conhecida a sentença de Lau Fat Wai que tanto o Governo e o Parlamento português como a Amnistia Internacional (AI) fizeram diligências consecutivas para tentar reverter a decisão da pena de morte – tanto quando o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros era Luís Amado como já com Paulo Portas.
A embaixada da China em Portugal e a embaixada de Portugal em Pequim também foram envolvidas no assunto. E existiram ainda tentativas, por exemplo, por parte do deputado Ribeiro e Castro em 2011, da presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, em 2012, do deputado Alberto Martins, ou do secretário do PS para os assuntos internacionais, João Ribeiro, entre muitos outros. A lamentar, a coordenadora tem apenas a ausência de resposta a pedidos da AI por parte do Presidente da República, Cavaco Silva, do Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e do ex-primeiro-ministro José Sócrates.
Maria Teresa Nogueira adiantou que em janeiro de 2012 foi lançada uma acção urgente a nível internacional pela AI, assinada por todos os países, e em que se “pediu ao Supremo Tribunal Popular e ao chairman do Congresso Nacional Popular da China que Lau Fat Wai não fosse executado”. Já em 2011 aquando de uma revisão do Código Penal no país se tinha tentado nova abordagem. Contudo, a partir de finais do ano passado o caso por ser “muito delicado” passou a ser tratado em exclusivo pela Secção Internacional da AI em Hong-Kong, por se considerar que as querelas poderiam ser prejudiciais.
A coordenadora adiantou que um dos argumentos invocados foi não haver pena de morte em Portugal nem em Macau, onde vivia Lau. O problema é que a detenção ocorreu já na China continental, o que dificultou todo o processo, além de que o país não reconhece a existência da dupla nacionalidade. Maria Teresa Nogueira confirmou que também souberam da execução apenas agora, pelo jornal Macau Ponto Final.
Questionada sobre o que poderá ter falhado perante tantos contactos diplomáticos, Maria Teresa Nogueira disse que infelizmente é o mais comum. “A China é o país do mundo que mais executa, seja para intimidar seja para assinalar acontecimentos notáveis. Muitas das execuções não são publicitadas mas mesmo assim é responsável por 80% das execuções confirmadas”, disse, salientando o “medo” que existe no país e considerando que não é por acaso que a família de Lau não teve grandes reacções após a execução.
Falando já não em nome da AI mas da sua experiência sobre estes temas, Maria Teresa Nogueira sublinhou que é “hábito que a China enquanto está a negociar e tem interesses num país que pareça pretender ir ao encontro do que é pedido ou sugerido e que depois não cumpra”. Como exemplos dá o caso dos Jogos Olímpicos ou a libertação de dissidentes aquando de negociações com os Estados Unidos para a Organização Mundial do Comércio, sendo que muitos deles foram de novo perseguidos após o acordo. No caso de Portugal lembra que a execução acabou por acontecer apenas depois das negociações para a venda da EDP e da REN.

Adoptado por família em que a mãe era portuguesa
Lau Fat Wai nasceu em Cantão e foi adoptado por uma família chinesa de Macau - a mãe tinha nacionalidade portuguesa e deixou um filho, também com nacionalidade portuguesa.
Lau obteve, pela última vez, no Consulado-Geral de Portugal em Macau, o passaporte português a 29 de outubro de 2003 e o bilhete de identidade a 2 de fevereiro de 2004, mas, ao contrário das autoridades portuguesas, as chinesas não reconhecem a dupla nacionalidade, considerando-o, por isso, como um cidadão chinês.
Em fevereiro, mês em que Lau foi executado, a presidente da Assembleia da República, Maria Assunção Esteves, emitiu um comunicado em que se manifestava contra a condenação do cidadão sino-português e reuniu-se com o embaixador português em Pequim, tendo-se manifestado "optimista" quanto ao desfecho do caso.

in Público - ler notícia


NOTA: mais um caso dos milhares que todos os anos envergonham meia dúzia de países - desta vez a vítima foi um cidadão sino-português, que nem o seu estatuto conseguiu proteger. Recorde-se ainda os políticos que recusaram sujar as mãos (ou, como Pilatos, as mostraram limpas, depois de as lavar na m... que fizeram) e a boa vontade de alguns, que, não devolvendo a vida aos que assim morrem, nos asseguram alguma confiança no futuro.

O sismo nos Açores, segundo o CVARG e CIVISA


O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) registou às 02.19 (hora local = hora UTC), do dia 21 de julho, um evento com magnitude 3,5 (Richter) e epicentro a cerca de 10 km a N de Santo António, ilha do Pico.

De acordo com a informação disponível até ao momento o sismo foi sentido com intensidade máxima IV (Escala de Mercalli Modificada) na ilha do Pico. O evento foi ainda sentido na ilha do Faial.
Dados no site do CVARG:


Data UTC Lat. Lon. Mag. Região Int. EMM Localidade
2013-07-21 02:19:5238.628 -28.3813.6 MLCanal Pico-S. JorgeIV Pico

Notícia sobre o sismo nos Açores

Sismo de magnitude 3,5 sentido nos Açores

Tremor de terra ocorrido esta madrugada foi sentido no Pico e no Faial

Um sismo com magnitude de 3,5 na escala de Richter foi sentido na madrugada deste domingo nas ilhas do Pico e do Faial, nos Açores, divulgou o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA).
De acordo com o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), o sismo registou-se às 02.19 (03.19 horas em Lisboa), e teve epicentro cerca de 10 quilómetros a Norte de Santo António, na ilha do Pico.
O SRPCBA informou, num comunicado de imprensa, que o sismo foi sentido no Pico com intensidade máxima de IV na escala de Mercali – que indica um sismo com efeitos moderados, sentido como se fosse um veículo pesado a passar, com os vidros e loiças a tilintar.
Em declarações ao PÚBLICO, a responsável de serviço do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores, Irene Mealha, adiantou que o abalo foi sobretudo sentido nos concelhos de São Roque e Madalena, no Pico, mas que até ao momento não há registo de danos ou de réplicas. Segundo a mesma responsável, a Protecção Civil também não recebeu nenhum contacto por parte da população em relação ao sismo.
Ainda assim, Irene Mealha insiste que nestes casos há regras gerais que devem sempre ser seguidas, como agir sempre com tranquilidade e manter distância de estantes e outros objectos pesados que não estejam fixos. Para quem está no exterior, afastar-se dos edifícios é um dos principais cuidados a ter.
Já antes a Protecção Civil tinha recomendado que as pessoas não acendam fósforos ou isqueiros e que cortem de imediato o gás, a electricidade e a água, sugerindo que abandonem a casa se ela não oferecer segurança e que tenham cuidado com vidros partidos, cabos de electricidade e objectos metálicos. Em locais públicos, a população não se deve precipitar para as saídas, nem utilizar os elevadores e deve afastar-se de praias e zonas ribeirinhas.

in Público - ler notícia

Sismo sentido em duas ilhas nos Açores

Informação do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) sobre o sismo desta madrugada nos Açores:


O Instituto Português do Mar e da Atmosfera informa que no dia 21-07-2013 pelas 02.19 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores, um sismo de magnitude 3.5 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 4 km a Este-Nordeste de Santa Luzia (Pico).

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima IV (escala de Mercalli modificada) na região de São Roque, Ilha do Pico.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IPMA na Internet (www.ipma.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (www.prociv.azores.gov.pt).
Dados do IPMA do sismo:

Data(TU)Lat.Lon.Prof.Mag.GrauLocal
2013-07-21 02:19 38,59 -28,39 13 3,5 IVSão Roque

O segundo homem a viajar no espaço e o quinto a pisar a Lua morreu há 15 anos

Alan Barlett Shepard, Jr. (Derry, 18 de novembro de 1923 - Monterey, 21 de julho de 1998) foi um astronauta dos Estados Unidos, integrante dos projetos Mercury e Apollo, segundo homem e primeiro norte-americano a ir ao espaço - num voo suborbital em 1961 - e um dos doze homens que pisaram na Lua, onde esteve na missão Apollo XIV, em fevereiro em 1971.


In the Navy
O seu pai era um oficial do exército.
Formado em Ciências pela Academia Naval dos Estados Unidos em Annapolis em 1944 e pela Escola de Piloto de Teste Naval dos Estados Unidos em 1951, Alan Shepard começou a sua carreira naval na Segunda Guerra Mundial, a bordo de um destroyer, no Oceano Pacífico. Logo depois a guerra, ele entrou em treino aéreo de combate no Texas e na Flórida e recebeu as suas asas de aviador em 1947, aos 24 anos de idade, tendo, nessa altura, casado com Louise Brewer. Integrado num esquadrão da caças, serviu em porta-aviões no Mediterrâneo nos anos seguintes. Na década de 1950 serviu como piloto de diversos tipos de aeronaves de combate e de testes em grandes altitudes e fez duas viagens ao sudoeste do Pacífico como líder de esquadrão baseado em porta-aviões.
Ao fim da sua carreira como piloto militar, Shepard havia acumulado uma experiência de mais de 8.000 horas de voo, 3.700 delas em caças a jato de combate.

Shepard a bordo da Freedom VII

Projeto Mercury
Em 1959, Shepard foi um dos 110 aviadores militares norte-americanos convidados a participar da recém criada agência espacial Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (National Aeronautics and Space Administration - NASA) como voluntários para o programa que pretendia enviar o primeiro homem ao espaço, chamado Projeto Mercury. Após uma série de duros e exaustivos testes físicos e psicológicos, apenas sete daquele total de pilotos foram escolhidos para integrar o programa, entre eles Shepard.
Em janeiro de 1961 ele foi escolhido para o primeiro voo espacial tripulado dos Estados Unidos. Apesar da missão ter sido planeada para se realizar em outubro de 1960, uma série de atrasos, devido a problemas técnicos, adiaram-na para maio de 1961. Com estes atrasos, em 12 de abril de 1961, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin tornou-se o primeiro ser humano no espaço.
Em 5 de maio de 1961, Shepard pilotou a nave Freedom VII e tornou-se o segundo homem a viajar pelo espaço. Lançado de Cabo Canaveral, no Centro Espacial Kennedy, Flórida, Shepard voou numa trajetória balística que o levou a uma altitude 116 milhas no espaço - cerca de 180 km de altura - num voo suborbital, mas ao contrário do voo orbital automático de Gagarin dias antes, ele teve que assumir o controle manual da cápsula espacial por diversas vezes. O seu voo, o retorno do espaço e a sua recolha no mar por helicópteros da marinha foi visto pela televisão por milhões de pessoas em todo mundo.
Após a missão ele se tornou um herói nacional norte-americano, desfilou em carro aberto no meio de multidões em Nova Iorque, Washington e Los Angeles e foi recebido e condecorado na Casa Branca pelo presidente John F. Kennedy.

Projeto Gemini
Em junho de 1963 ele foi designado para comandar o primeiro voo tripulado do projeto Gemini, o programa espacial da NASA que levaria dois homens ao espaço na mesma missão, com Tom Stafford, da nova turma selecionada de astronautas, como seu co-piloto. Mas no começo de 1964 foi-lhe diagnosticada uma doença na parte interna do ouvido, que lhe afetava a audição e o equilíbrio, a Síndrome de Ménière, o que causou sua remoção do status de astronauta do programa espacial por todo o resto da década de 1960, sendo substituído nesse voo pioneiro pelo colega de Projeto Mercury, Virgil Grisson.

Alan Shepard hasteia a bandeira dos Estados Unidos em Fra Mauro

Projeto Apollo
Em maio de 1969, após seis anos trabalhando em funções técnicas no solo, Shepard foi novamente integrado ao corpo de astronautas após uma cirurgia corretiva - através do desenvolvimento de novos métodos - da Síndrome de Ménière e foi inicialmente escalado para o comando da missão Apollo XIII, mas como sentiu que tinha necessidade de um pouco mais de tempo de treino, ele e seus colegas de tripulação - Edgar Mitchell e Stuart Roosa - fizeram uma troca de missões com a então tripulação da Apollo XIV, James Lovell, Ken Mattingly e Fred Haise. A troca iria permitir-lhe pisar a Lua, já que os integrantes da fatídica Apollo XIII, devido a problemas na nave, jamais tiveram essa oportunidade.
Aos 47 anos, o mais velho astronauta do Programa Apollo, ele fez o seu segundo voo ao espaço, desta vez para a Lua, no comando da missão Apollo XIV, entre 31 de janeiro e 9 de fevereiro de 1971, a terceira bem sucedida missão lunar dos Estados Unidos. Pilotando o módulo lunar Antares, ele realizou a mais precisa alunagem de todo o programa, na primeira missão transmitida pela televisão a cores para todo o mundo.
Na Lua, entrou para a história a sua frase quando, ao se tornar o primeiro jogador de golfe fora da Terra, descreveu a tacada com a bola viajando por "milhas, milhas e milhas", pela superfície de baixa gravidade do satélite.
Após a missão ele voltou a assumir a posição de chefe do escritório de astronautas da NASA por mais três anos e, como oficial da marinha, ainda foi promovido a contra-almirante antes de se retirar da vida militar e da NASA, em agosto de 1974.

Depois de sair da NASA
Sempre um homem de negócios experiente, Shepard foi o primeiro astronauta a ser milionário ainda ativo. Após a sua reforma como astronauta, criou sua própria empresa, a Seven-Fourteen Enterprises (Empresas Sete-Quatorze), em homenagem aos números de suas missões, Freedom 7 e Apollo 14, e por vinte anos serviu em direções e conselhos de diversas empresas de seu país.
Faleceu de leucemia, dois anos após lhe ser diagnosticado a doença, em Pebble Beach, Califórnia, aos 74 anos, em 21 de julho de 1998. A sua esposa de 53 anos da casamento, Louise Brewer Shepard, morreu cinco semanas depois. Ambos foram cremados e suas cinzas atiradas juntas ao mar. O mais competitivo, frio e determinado do brilhante grupo de pilotos de teste que compôs o primeiro grupo de astronautas do programa espacial norte-americano, no dia de sua morte disse dele o Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton: "Alan Shepard foi um dos grandes heróis de nossa era".

Condecorações
Entre as diversas honrarias que recebeu em vida, Shepard é um dos 28 homens e mulheres a terem recebido até hoje a Medalha de Honra Espacial do Congresso, a maior condecoração concedida pelo governo dos Estados Unidos a astronautas que tenham realizado algum feito extraordinário para a nação ou para a Humanidade, no desempenho de alguma missão espacial.


Cat Stevens nasceu há 65 anos!

(imagem daqui)
Anteriormente conhecido pelo nome artístico de Cat Stevens (Londres, 21 de Julho de 1948) é um cantor e compositor britânico.
Seu nome de nascimento é Stephen Demetre Georgiou. Seu pai é de origem greco-cipriota e sua mãe de origem sueca. Vendeu 40 milhões de álbuns, principalmente entre as décadas de 1960 e 1970. Em 1971, escreveu uma música para o filme Harold and Maude. Entre suas canções mais populares estão "Morning Has Broken", "Peace Train", "Moonshadow", "Wild World", "Father and Son" e "Oh Very Young".
Stevens converteu-se ao Islão e abandonou a música em 1978. Desde então passou a se dedicar a atividades beneficentes e educacionais em prol da religião. Toma muito cuidado quanto ao uso de suas músicas. Muitas delas dissertam a respeito de temas de sua vida anterior à conversão, e Stevens não quer mais ser associado a eles. Não surpreende que nunca tenha permitido que qualquer de suas canções fosse usada em comerciais de televisão. Apesar de estar há quase 30 anos afastado da indústria musical, os trabalhos anteriores como Cat Stevens continuam vendendo uma média de 1,5 milhão de discos por ano.


O acordo que acabou com a Guerra do Chaco foi assinado há 75 anos

A Guerra do Chaco foi um conflito armado entre a Bolívia e o Paraguai que se estendeu de 1932 a 1935.
Originou-se pela disputa territorial da região do Chaco Boreal, tendo como uma das causas a descoberta de petróleo no sopé dos Andes. Deixou um saldo de 60 mil bolivianos e 30 mil paraguaios mortos, tendo resultado na derrota dos bolivianos com a perda e anexação de parte de seu território pelos paraguaios.

História
Os antecedentes do conflito residem nas várias disputas entre a Bolívia e o Paraguai pela posse de uma área da região do Chaco que vai até a margem direita do rio Paraguai e que na época do antigo Vice-Reinado do Rio da Prata pertencia à Bolívia. Portanto, após a independência dos dois países da Espanha, a região permaneceu em litígio, muito despovoada e as quatro tentativas de acordos de limites de fronteiras entre 1884 e 1907 foram rejeitadas por ambos os países. Anteriormente, a Bolívia já havia perdido o seu litoral e acesso ao Oceano Pacífico durante um conflito com o Chile, entre 1879 e 1881, conhecido como Guerra do Pacífico, também havia perdido o Acre, rico em seringueiras para produção da borracha, para o Brasil, através do Tratado de Petrópolis em 1903.
A Bolívia desejava ter um acesso ao Oceano Atlântico via rio Paraguai e, para ter pleno acesso àquele rio, necessitava ocupar o Chaco, em território paraguaio.
Uma pequena ocupação e exploração do Chaco havia sido promovida na década de 1920 pelo Paraguai, com alguns assentamentos agrícolas iniciados por imigrantes alemães menonitas.
Além disso os paraguaios faziam algumas operações de corte de quebrachos, ricos em tanino, para o curtume de couros, e haviam construído algumas ferrovias de bitola estreita para o interior do Chaco, a fim de transportar as toras de madeira até ao rio Paraguai.
Em 1930, a Bolívia, assim como outros países ocidentais, estavam sofrendo com a Grande Depressão que provocou o colapso da economia boliviana e, para piorar, o presidente boliviano Hernando Siles Reyes foi derrubado por um golpe de estado quando tentava prolongar seu mandato. Sendo substituído por Carlos Blanco Galindo. Em 1931, o Congresso Nacional elegeu o candidato Daniel Salamanca Urey, um idoso de 62 anos de idade que sofria de terríveis dores abdominais, como novo presidente da Bolívia. A Bolívia reclamava o território do Chaco e pretendia anexá-lo.
Com a suposta descoberta de petróleo no sopé da cordilheira dos Andes, na região do Chaco Boreal, eclodiu o conflito entre ambas as nações. A Bolívia e o Paraguai eram as duas nações mais pobres da América do Sul, sendo que para o Paraguai o Chaco lhe proporcionava grandes vantagens com quase 600.000 km², e as reservas petrolíferas já existentes. A Bolívia devido às crises viu a necessidade de invadir o Chaco. Então em 1932, o Exército Boliviano, sem autorização do presidente, entra no Chaco e nas margens do Lago Pitiantuta, tentam guarnecer o local, mas os paraguaios descobrem e retomam o lago, uma expedição boliviana é enviada e expulsa os paraguaios e também conseguem tomar os fortes paraguaios de Corrales, Toledo e Boquerón, com isso o presidente paraguaio Eusebio Ayala declara guerra à Bolívia.
O Paraguai tinha 2 vantagens. Primeiro, os paraguaios estavam mais perto do Teatro de Operações, permitindo as tropas serem transportadas de navio até Puerto Casado e de lá seguirem de trem até perto do QG em Isla Potí. E segundo, os paraguaios mobilizaram todo o exército diferente dos bolivianos, que tinham dificuldades e temiam um desperdício mobilizando todos os homens, também havia dificuldades para transportá-los pelo Chaco, com estradas esburacadas, pouca água e temperatura de 40º C.
Anos antes da guerra, o Marechal alemão Hans Kundt, comandou o Exército Boliviano, tentando sem sucesso modernizar o exército, melhorar a vida dos soldados e adquirir armas modernas e reorganizar a administração. Era baseado nos princípios alemães, tentou prussianizar o exército boliviano, que entretanto era carente de logística e experiência, os exércitos não tinha comunicação entre si, era difícil promover ataques coordenados.Com a derrubada de Siles Reyes, foi demitido.
O Exército Paraguaio estava em menor número, mas tinha armas modernas e os paraguaios estavam dispostos à lutar até o fim, o Paraguai havia mobilizado, no início, em torno de 15.000 homens, enquanto que os bolivianos mobilizaram, em Agosto, em torno de 10.000 homens. O Marechal paraguaio, José Félix Estigarribia, acreditando que haviam em torno de 1200 bolivianos, preparou um ataque para retomar o forte de Boquerón, com apenas 448 soldados, 350 espingardas, 13 metralhadoras pesadas e 27 leves, além de 2 canhões Krupp, 1 canhão Schneider e 2 canhões anti-aéreo. No dia 8 de setembro, um avião boliviano avistou os paraguaios marchando e avisou os bolivianos. No dia 9, iniciou-se a Batalha de Boquerón, os bolivianos eram 5000, permitindo repelir o ataque paraguaio. Somente nesse dia houve 7 tentativas frustradas de recuperar o forte. Depois de vários dias de combates, os bolivianos, exaustos, famintos e doentes, abandonam o forte, permitindo aos paraguaios de avançarem ao Norte.
Depois da derrota em Boquerón, Salamanca convida Kundt para retornar ao Comando-Geral do Exército. Kundt aceita e tenta promover ataques baseados nos já antiquados métodos da Primeira Guerra Mundial, ele não era um bom estrategista promovendo fracassadas ofensivas.
Em outubro de 1932, os paraguaios atacam o poderoso Forte Arce conseguindo conquistá-lo. Em 1933, os bolivianos, comandados por Kundt, contra-atacam o Forte Nanawa com 7000 homens, os 1485 paraguaios resistem sob o comando de Estigarribia, por vários meses até que em julho, os bolivianos desistem, o Forte Nanawa desde então ficou conhecido como "Verdun da América do Sul".
Durante o Cerco de Campo Vía, em dezembro de 1933, 10000 bolivianos tentam desesperadamente contra-atacar os paraguaios, mas estes descobrem os planos depois que interceptam mensagens de rádio e preparam-se para o ataque, a Força Aérea Boliviana tenta lançar bombas sobre os inimigos, mas infelizmente acerta nos próprios soldados bolivianos, assim, quando o combate se inicia, os 17.000 paraguaios, comandados por Estigarribia, resistem e vencem aniquilando quase todo o exército boliviano de uma só vez. Com isso, o Marechal Kundt foi substituído no Comando-Geral pelo General Peñarada. Kundt retorna para a Alemanha, falecendo em 1939.
Com a ajuda da Marinha do Paraguai, os paraguaios puderam se deslocar mais rápido do que os bolivianos.
Em 1934, a Bolívia tentava enviar mais reforços, mas devido ao clima e às chuvas que encharcavam as estradas esburacadas, dificultando as operações, além das dificuldades económicas, fizeram com que oficias de alta patente, liderados pelo General Peñarada, dessem um golpe de estado derrubando Salamanca e José Luis Tejada passou a ser o novo presidente.
Em 12 de junho de 1935 ocorre a última batalha, em Ingavi, com 3000 bolivianos, comandados pelo coronel Bretel, que combateram 850 paraguaios, comandados pelo coronel Rivarola que derrotou definitivamente os bolivianos. Então sem forças, a Bolívia se rende, iniciando as negociações de paz. Em 21 de julho de 1938, os dois países aceitaram o acordo de paz realizado em Buenos Aires, o Paraguai ficou com 3/4 do Chaco Boreal e a Bolívia ficou com 1/4, acabando com 3 anos de guerra, e levando os dois países à novas dificuldades económicas devido a guerra e a descoberta de que os supostos poços de petróleo não existiam.

Há 44 anos Neil Armstrong deu o primeiro passo de um homem noutro planeta

At 02:39 UTC on Monday July 21, 1969, Armstrong opened the hatch, and at 02:51 UTC began his descent to the lunar surface. The Remote Control Unit controls on his chest kept him from seeing his feet. Climbing down the nine-rung ladder, Armstrong pulled a D-ring to deploy the Modular Equipment Stowage Assembly (MESA) folded against Eagle's side and activate the TV camera, and at 02:56:15 UTC he set his left foot on the surface. The first landing used slow-scan television incompatible with commercial TV, so it was displayed on a special monitor and a conventional TV camera viewed this monitor, significantly reducing the quality of the picture. The signal was received at Goldstone in the United States but with better fidelity by Honeysuckle Creek Tracking Station in Australia. Minutes later the feed was switched to the more sensitive Parkes radio telescope in Australia. Despite some technical and weather difficulties, ghostly black and white images of the first lunar EVA were received and broadcast to at least 600 million people on Earth. Although copies of this video in broadcast format were saved and are widely available, recordings of the original slow scan source transmission from the lunar surface were accidentally destroyed during routine magnetic tape re-use at NASA.
After describing the surface dust as "very fine-grained" and "almost like a powder," Armstrong stepped off Eagle's footpad and uttered his famous line, "That's one small step for [a] man, one giant leap for mankind" six and a half hours after landing. Aldrin joined him, describing the view as "Magnificent desolation."

sábado, julho 20, 2013

Faz hoje 44 anos, uma nave espacial tripulada poisou na Lua

Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, no Módulo Eagle

Um drama era a última coisa que alguém queria para o primeiro pouso na Lua. O evento em si já era monumental e excitante o bastante. Finalmente, Neil Armstrong achou um local que gostava, começou a diminuir sua velocidade frontal e deixou o Módulo Lunar descer suavemente para a superfície. Quando baixaram para 25 metros, Houston avisou que eles tinham combustível para 60 segundos e na cabine 'Buzz' Aldrin viu uma luz de aviso que dizia a mesma coisa. Mas agora estavam muito próximos e era apenas uma questão de pousarem suavemente. Armstrong tinha diminuído quase toda a velocidade frontal do Eagle e quando começaram a levantar poeira com o exaustor do motor, pediu a Aldrin para confirmar se ainda se estavam a mover um pouco para frente. Queria pousar numa superfície que pudesse ver à frente, em vez do solo que não podia ver atrás. Aldrin deu a confirmação que ele queria e oito segundos depois viram a luz de contacto. As sondas de dez pés de comprimento que pendiam do trem de pouso tinham tocado a Lua. Um segundo ou dois depois, estavam pousados e desligaram o motor. Só tinham mais 20 segundos de combustível, mas estavam pousados. Então Armstrong disse no rádio a frase imortal: “Houston, Tranquility Base here. The Eagle has landed”. (“Houston, aqui Base da Tranquilidade. A Águia pousou”). A mais de 300 mil quilómetros dali, o mundo, que acompanhava ao vivo as comunicações de rádio entre o Controle de Voo no Centro Espacial Johnson em Houston e a Apolo XI, entrava em comoção e aplaudia e gritava freneticamente.

Carlos Santana - 66 anos

Carlos Alberto Santana Barragán, mais conhecido como Santana ou Carlos Santana (Autlán de Navarro, 20 de julho de 1947), é um conhecido guitarrista e compositor mexicano. Tornou-se famoso na década de 1960 com a banda Santana Blues Band, conhecida posteriormente apenas como Santana - mais precisamente com a sua atuação no Festival de Woodstock em 1969, onde ganhou projeção mundial.


Bruce Lee morreu há 40 anos

Bruce Lee (nascido Lee Jun-fan; 27 de novembro de 194020 de julho de 1973) foi um filósofo, artista marcial, instrutor de artes marciais, ator, roteirista, diretor e produtor cinematográfico sino-americano e honconguês, fundador do movimento de artes marciais Jeet kune do. Ele é amplamente considerado por muitos comentaristas, por críticos, pela mídia e outros artistas marciais como o lutador de artes marciais mais influente do mundo e um ícone cultural.
Lee nasceu em São Francisco, filho de pais honcongueses, mas cresceu em Hong Kong até sua adolescência. Emigrou para os Estados Unidos aos 18 anos para reivindicar a cidadania americana e receber a sua educação superior. Foi durante esta época que começou a ensinar artes marciais, que logo o levariam para papéis em filmes e séries de televisão.
Seus filmes produzidos em Hong Kong elevaram os filmes de artes marciais tradicionais honconguesas a um novo patamar de popularidade e consagração, e provocou uma tendência que aumentou o interesse nas artes marciais chinesas no mundo ocidental na década de 1970. A direção e tom de seus filmes mudaram e influenciaram o cinema de ação de Hong Kong, bem como o resto do mundo. Ele é conhecido por seus papéis em cinco longa-metragens: The Big Boss (1971) e Fist of Fury (1972) de Lo Wei; Way of the Dragon (1972), dirigido e escrito por Lee; Enter the Dragon (1973), da Warner Bros., dirigido por Robert Clouse; e Game of Death (1978), dirigido também por Clouse.
Lee tornou-se uma figura icónica em todo o mundo, particularmente entre os chineses, por ter retratado a cultura chinesa em seus filmes. Inicialmente treinava no estilo Wing Chun, porém posteriormente rejeitou estilos de artes marciais bem definidos, favorecendo, em vez de técnicas de várias fontes, o espírito da filosofia de suas artes marciais pessoais, que ele chamou de Jeet Kune Do.

(...)

Em 10 de maio de 1973, Lee desmaiou no estúdio Golden Harvest, enquanto fazia o trabalho de dobragem para o filme Operação Dragão. Ele sofreu convulsões e dores de cabeça e foi imediatamente levado para um hospital de Hong Kong, onde os médicos diagnosticaram edema cerebral. Eles foram capazes de reduzir o inchaço com a administração de manitol. Esses mesmos sintomas que ocorreram em seu primeiro colapso depois foram repetidos no dia da sua morte.
Em 20 de julho de 1973, Lee foi a Hong Kong, para um jantar com o ex-James Bond George Lazenby, com quem pretendia fazer um filme. Segundo sua esposa, Linda Lee, Lee encontrou o produtor Raymond Chow às 2 da tarde em casa, para discutir a realização do filme Jogo da Morte. Eles trabalharam até as 4 da tarde e depois dirigiram juntos para a casa da colega Lee Betty Ting, uma atriz de Taiwan. Os três passaram o script em casa e, em seguida Chow se retirou.
Mais tarde, Lee queixou-se de uma dor de cabeça, e Ting deu-lhe um analgésico, Equagesic, que incluía aspirina e um relaxante muscular. Cerca das 19.30 horas, foi deitar-se para dormir. Quando Lee não apareceu para jantar, Chow chegou ao apartamento, mas não viu Lee acordado. Um médico foi chamado, que passou dez minutos tentando reanimá-lo antes de enviá-lo de ambulância ao hospital. Lee foi dado como morto no momento em que chegou ao hospital.
Não houve lesão externa visível, porém de acordo com relatórios da autópsia, o seu cérebro tinha inchado consideravelmente, passando de 1.400 a 1.575 gramas (um aumento de 13%). Lee tinha 32 anos. A única substância encontrada durante a autópsia foi Equagesic. Em 15 de outubro de 2005, Chow declarou em uma entrevista que Lee morreu de anafilaxia ao relaxante muscular "Equagesic", que ele descreveu como um ingrediente comum em analgésicos. Quando os médicos anunciaram a morte de Lee oficialmente, o país considerou uma enorme "desgraça".

sexta-feira, julho 19, 2013

A Rainha Filipa de Lencastre morreu há 598 anos

Túmulo de D. Filipa de Lencastre - Mosteiro da Batalha

Filipa de Lencastre (Lincolnshire, circa março de 1360 - Lisboa, 19 de julho de 1415) foi uma princesa inglesa da Casa de Lencastre, filha de João de Gante, 1.º Duque de Lencastre, com sua mulher Branca de Lencastre. Quando tinha dezoito anos, foi-lhe atribuída a distinção inglesa da Ordem da Jarreteira, o que, anos mais tarde, contribuiria para sua imagem de rainha santa. Tornou-se rainha consorte de Portugal através do casamento com o rei D. João I, celebrado em 1387 na cidade do Porto, e acordado no âmbito da Aliança Luso-Inglesa contra o eixo França-Castela.

Ida à Berlenga amanhã...


Tenho neste momento duas vagas para esta atividade de amanhã - há interessados?

Têm até à meia noite para os interessados - pelo telemóvel 960 081 251 ou pelo e-mail fernando.oliveira.martins(arroba)gmail.com


Descrição da Atividade no site da Ciência Viva - Biologia no Verão:

Cagarras à noite na Berlenga

(Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves)

Data: 20.07.2013

Hora de Início: 22.00 horas

Descrição: Venha conhecer de perto as cagarras e os seus ninhos na ilha da Berlenga. Saiba mais sobre a ecologia e hábitos desta ave marinha, assim como os sons característicos e únicos que se fazem ouvir na Berlenga à noite!

Ponto de encontro: Restaurante "Mar e Sol", na ilha da Berlenga. Recomenda-se a comparência no ponto de encontro com 15 minutos de antecedência em relação à hora de início indicada.

Idade mínima: 12 anos

Itinerário: Encontro no restaurante "Mar e Sol". Percurso até à colónia de cagarras. Regresso ao restaurante.

Duração: 3 horas

Transporte durante a acção: A pé


Nota: O acesso à colónia é um pouco inclinado e escarpado, mas a maioria das pessoas consegue fazê-lo. É necessário levar lanterna. A cobertura de rede móvel na ilha da Berlenga não é muito boa, apenas em alguns locais, pelo que se não for possível contactar com o responsável de campo deve ser enviado sms a alertar para essa necessidade ou outra informação relevante.

ADENDA: Mais dados da atividade:

Levar:
- Saco cama;
- Fato e toalha de banho (se quiserem ir ao mar);
- Material de higiene pessoal e banho (para tomar duche no Forte - água fria...);
- Comida e água;
- Lanterna (de preferência de cabeça - frontal).

Eu levo pratos, alguma comida, água, copos, tenda, sacos cama e o resto. Temos é de decidir o que queremos comer...

Quanto ao horário:

Sábado
Chegada à Travessa da Rua das Olhalvas (Café Olhalvas): às 09.30 horas;
Partida de Leiria: antes das 10.00 horas;
Aquisição de bilhetes em Peniche: antes das 11.00 horas;
Partida do barco: 11.30 horas;
Chegada à Berlenga: 12.30 horas;
Montagem de tenda seguido de Almoço: 13.30 horas;
Tarde livre (banhos, kaiak ou passeio de barco);
Jantar: 20.00 horas;
Observação das Cagarras: 22.00 horas;
Domingo
Fim da observação e dormida: 01.00 hora;
Pequeno almoço no Forte: 09.000 horas;
Desmontagem de Tenda e guarda de material: 10.00 horas;
Partida do barco: 10.30 horas;
Chegada à Peniche: 11.30 horas;
Ida ao Pão de Ló de Alfeizarão:12.00 horas;
Chegada a Leiria: 12.30 horas.

Custos:
- Bilhete Adulto (ida e volta de barco) - 18 euros
- Dormida no Parque de Campismo - 4 euros


 Fotos Fernando Martins